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domingo, 29 de setembro de 2013

Pentecostal no século 21



"Portanto, procurai com zelo os melhores dons" - 1 Coríntios 12.31a.

Uso o  adjetivo "pentecostal" para enfatizar aquelas pessoas que dizem que o crente é obrigado a falar em línguas porque ela é sinal que a pessoa está batizada no Espírito. A adjetivação aponta à triste realidade da existência de tanta gente dentro das igrejas, antigas frequentadoras de reuniões em templos evangélicos, mas que não abriram seu coração à comunhão e ao conhecimento pleno da vontade do Senhor, e assim não buscam os dons do Espírito por pensarem que o dom de línguas é a mais importante manifestação de Espírito Santo para a vida cristã.

Hoje em dia muita gente parece pensar que o batismo no Espírito ocorre apenas para que se fale em línguas estranhas. Parece que há desconsideração ao catálogo de dons, são nove dons espirituais citados em 1 Corintios 12. Entre eles o dom que capacita a falar em línguas para edificação própria.  

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" - 1 Coríntios 12.7-11.

O Espírito Santo faz o fracassado conhecer a vitória. Isto é, levanta  o ser humano fraco, aquele que está mergulhado em Cristo torna-se nova criatura, tudo se faz novo na vida dela. O batismo no Espírito torna o crente pentecostal eficazmente preparado para vencer o pecado, triunfar com maior facilidade sobre os vícios, físico e da alma, para não viver mais apenas para si, mas objetivando o bem estar do seu próximo (1 Coríntios 14.4; 2 Coríntios 5.15-17).

Sem exercitar o amor de nada vale falar línguas estranhas e ser agente de dons espirituais. Praticar amor é o sinal da conversão, enquanto que manifestar dons é sinal da misericórdia de Deus em nossas vidas, realizados durante o relacionamento interpessoal na comunidade cristã.

Note bem, o falar em línguas tem o propósito específico de EDIFICAR quem fala. E o portador dos demais dons é canal para abençoar o próximo sobrenaturalmente, para glória de Deus (1 Coríntios 14.4, 12).

Observando 1 Corintios, capítulos 12, 13 e 14, percebemos que não são apenas os dons de línguas com interpretação que edificam. Os outros sete dons também são edificantes para a igreja. Nos versículos 12 e 26, capítulo 14 da primeira carta aos crentes de Corinto, lemos que a manifestação de todos os dons existem para a edificação espiritual coletiva: "Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja (...) Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação." 

Assim sendo, aonde estão nos dias atuais os nove dons? Porque tantos falam em línguas e há escassez dos outros oito dons no meio pentecostal? 

E.A.G.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

EBD Lição 5: As virtudes dos salvos em Cristo - Lições Biblicas CPAD

Por Eliseu Antonio Gomes

A salvação é obra da graça de Deus, garantida à humanidade mediante à morte expiatória de Cristo na cruz (Efésios 2.8; Hebreus 12.2, 3). Deus em Cristo opera a nossa salvação através do Espírito Santo, que convence o homem do seu estado de pecado.

O brado de Cristo na cruz  "está consumado" representa o significado atemporal da salvação. Nesta declaração, somos salvos do passado, preservados do presente, e alimentamos a esperança no futuro. No passado, com a justificação do pecador mediante sua fé em Cristo; a obra presente da salvação pela prática da santificação como um processo contínuo do crente na presença de Deus; no futuro, mediante o estado de glória na vida além-túmulo. "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" - Romanos 8.1.

Paulo escreveu: "... operai a vossa salvação com temor e tremor" - Filipenses 2.12. A orientação do apóstolo não quer explicar que o sacrifício de Cristo no Calvário foi imperfeito e que o cristão precisa fazer boas obras para aperfeiçoá-lo. A instrução do apóstolo indica que a salvação é dinâmica e progressiva, cada cristão precisa desenvolver a sua vida cristã em obediência e santidade.

A salvação é recebida através da prática da obediência, é pela fé (Romanos 1.16, 17). Obediência pode ser definida como "estar sujeito", "sujeitar-se à vontade de...", "estar sob autoridade de...". Quando o apóstolo Paulo cita na carta aos filipenses a palavra obediência refere-se à virtude da disposição de fazer o bem por parte de quem aceitou a mensagem do Evangelho.

Enquanto no mundo, o cristão tem dentro de si a luta dos desejos da carne contra a vontade do Espírito. Todo ser humano é livre para ouvir e acatar a voz do Espírito Santo. Somos chamados por Deus para produzir bons frutos."Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos" - João 15.7-8.

A Bíblia dá muita importância à virtude moral e ao caráter do que às regras de conduta. O catálogo de virtudes apresentados pelo apóstolo: "Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" - Gálatas 5.16-22.

As boas obras, isto é, obedecer a Palavra de Deus,  evidenciam a salvação (Efésios 2. 9, 10). O cristão precisa viver neste mundo de maneira irrepreensível, conduzir-se de maneira correta e moralmente pura, dominar a carne, andar no Espírito (Gálatas 5. 23). Não ceder aos apetites carnais é uma expressão de amor aos Senhor.  

Os três aspectos da salvação, são: a obra realizada e consumada eficientemente na cruz do Calvário; o caráter progressivo da salvação na vida do crente; a redenção gloriosa quando do retorno de Cristo.

Dar frutos no espírito é praticar obras de amor. Paulo entregou sua vida para servir aos crentes filipenses (Filipenses 2.17).  Para ele, a melhor maneira de praticar o bem é anunciando o Evangelho de Cristo ao mundo e fez isso até as últimas circunstâncias.

E.A.G.

Consultas:
Ensinador Cristão, ano 14, nº 55, página 38, Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas - Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja - Mestre; Elienai Cabral; 3º trimestre de 2013 (CPAD)
Filipenses - A Humildade de Cristo como exemplo para a Igreja, Elienai Cabral, páginas 72-73; 1ª edição 2013, Rio de Janeiro (CPAD). 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O que significa ser manso e humilde de coração?



Dias atrás, escrevi sobre a humildade de Jesus Cristo, o seu nascimento em uma estribaria que deveria estar cheia de animais, local fétido. Alguém então fez um comparativo entre riqueza e pobreza, referindo à virtude da humildade relacionando-a à pobreza. É um equívoco pensar assim, porque nem todo pobre é humilde e nem todo rico é orgulho.

O local em que Jesus nasceu não tinha a ver com questão financeira. José procurou estalagem, local adequado para pernoitar com Maria, portanto o problema que ele enfrentou não era falta de dinheiro,  não havia vaga em Belém para alugar (Lucas 2.7).

Uma outra pessoa na conversa, disse: Cristo era humilde,  mesmo que usufruísse de todo conforto de uma condição multimilionária, ainda que tivesse nascido em um suntuoso palácio, cercado de toda a pompa real, continuaria sendo humilde e simples. Comparando o céu, o lugar onde Cristo estava, qualquer posição na pirâmide socioeconomica aqui no mundo é um lixo.
"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." - Mateus 11.29. O texto bíblico diz "manso e humilde de coração". Por quê? Porque a humildade cristã que Jesus quer de cada um de nós é na alma, não se refere a  questão de falta ou posse de bens materiais.

Em outra passagem bíblica (João 16.33), Jesus Cristo comentou que no mundo teríamos aflições. E desde o parto percebemos que enfrentou problemas. Imagine a aflição de Maria aos nove meses de gravidez, longe de casa e sem um quarto com uma cama para conceber o bebê. Com isso entendemos que ter dinheiro ou não ter, estamos sujeitos a passar por contrariedades absurdas. E nestes momentos caóticos devemos nos manter mansos e humildes de coração.

Por outro lado, precisamos entender que a permissão de Deus para que Jesus nascesse próximo aos bichos não é necessariamente um problema, porque se tratava do nascimento do Criador de todas as coisas, o evento era o encontro físico do Criador com as criaturas que criou, tanto a flora quanto a fauna. (Salmo 148.5; João 1.1-3). Excetuando os seres humanos Maria e José, quem viu Jesus primeiro foram os animais no estábulo. Tal situação é um recado divino aos homens: prestigiem a natureza irracional!

E.A.G.

sábado, 18 de maio de 2013

Os roubadores da vingança do Senhor

Ontem pela manhã, me deparei com um desabafo de uma pessoa evangélica que sentia injustiçada e ao entardecer conversei com outras a respeito. Refleti sobre injustiça e vingança. Ponderei sobre a vingança do Senhor e os roubadores dela. Compartilho essa reflexão aqui.

"Não digas: Vingar-me-ei do mal; espera pelo SENHOR, e ele te livrará" - Provérbios 20.22.

"Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" - Romanos 12.19-21.

“Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo” – Hebreus 10.30.

Se a minha memória não falha, nunca ouvi, detalhadamente, sermão realizado em igreja com abordagem afirmando que existem frequentadores de templos evangélicos que são roubadoras da vingança de Deus.

Estamos rodeados de evangélicos que pensam ser aceitável ao Espírito executar a justiça divina no lugar de Deus, sendo que o Senhor não permite tal ação. Tiago alertou aos leitores de sua carta e consequentemente a todos nós, focando precisamente os crentes que acreditam ter licença para agirem como vingadoras, inclusive pensando serem possuidores da eficácia divina ao vingar-se. O apóstolo declarou: “Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus” (1.20).

O ser humano é pecador, falho. Não há uma só pessoa na face da terra que não peque, erre. Por este motivo, Cristo afirmou que não devemos julgar o próximo usando os critérios desse mundo falível e sujo. Ele apenas permite que haja julgamento se for usado como regra de avaliação a Palavra de Deus, que é pura, limpa (Provérbios 30.5; Hebreus 4.12).

Confira:

1º - Jesus disse: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” – João 7.24.

2º - E orou a Deus em nosso favor assim: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” – João 17.17.

Examinando as Escrituras, entendemos que só é possível julgar com justiça quando fazemos uso da verdade, e isso é válido tanto no âmbito físico quanto espiritual. Espiritualmente, manifestamos a verdade ao pronunciar o conteúdo das Escrituras Sagradas de maneira contextualizada e com objetivo de citá-la de maneira imparcial (Provérbios 12.17; Tiago 3.17).

Temos o exemplo do diabo, a nunca ser seguido. Nos episódios das tentações de Eva e de Jesus Cristo, ele se apresentou como pregador da Palavra de Deus. Mas sua explanação era realizada com parcialidade e objetivo de indução ao erro. Assim, manifestava a mentira e a injustiça (Gênesis 3.1-7; Lucas 4).

Sejamos prudentes. Não basta fazer a coisa certa, é preciso que também seja feito com o objetivo correto. Deus observa as intenções de todos nós, ou seja, nosso coração (1 Samuel 16.7; Provérbios 21.2).

Façamos como Davi, ele usou a paciência e esperou no Senhor e recebeu a atenção dEle e obteve plena vitória sobre quem desejava seu mal (Salmo 23.5; 40.1). O Evangelho orienta a responder o mal com o bem. O amor, a paciência e a mansidão são ações que pertencem ao fruto do Espírito e devemos praticá-los sempre em todas as circunstâncias (Mateus 5.38-39; Gálatas 5.16-23).

Quando o Senhor exercer sua justiça contra os maus, não façamos festa por causa da infelicidade deles, porque sentir alegria com a tristeza alheia é atitude repudiada por Deus. Está escrito: "Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que, vendo-o o SENHOR, seja isso mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira” - Provérbios 24.17-18.

Nós cristãos devemos rejeitar o sentimento de vingança e amar aqueles que se comportam como nossos inimigos, porque o verdadeiro inimigo do cristão é apenas aquele ser que se apresentou diante da esposa de Adão como uma serpente, e diante de Jesus no deserto como se fosse o dono deste mundo (Efésios 6.12). O diabo é mentiroso, sua mentira visa colocar irmãos contra irmãos e toda a raça humana contra Deus (Provérbios 6.19; Zacarias 3.1-7; João 13.2; 1 João 3.8).

Enfim, a recomendação apostólica para todos os cristãos é envolver-se nas seguintes retórica e prática: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" - 2 Timóteo 2.15.

 E.A.G.

domingo, 24 de março de 2013

A diferença em apenas crer e renascer em Cristo


Ninguém pode imaginar que está salvo porque Jesus Cristo morreu na cruz em seu lugar. O perdão divino está condicionado à necessidade de converter-se, é um dom de Deus dado coletivamente, mas que precisa ser recebido individualmente por meio da fé em Cristo e mudança de vida. O novo nascimento é a condição essencial para a salvação

 "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas" - 2 Coríntios 5.17.

Certa vez, Albert Einsten disse: "É mais fácil decompor o plutônio do que decompor o espírito mau do homem." O físico alemão não considerava a transformação espiritual, do mal ao bem, que Deus fez ser possível ao ser humano por meio do trabalho vicário de Cristo na cruz. 

A Bíblia Evangelismo em Ação traz uma nota de rodapé em Tito 3.3. Relata que duas mulheres em viagem durante a noite encontraram à beira da estrada um filhote de animal doente. Na escuridão, concluíram ser um cãozinho chiuaua e decidiram socorrê-lo, levá-lo para casa e tratá-lo até ficar curado. Ainda na estrada deram-lhe água e comida. Quando chegaram em casa, uma delas ficou muito impressionada com a tamanha fragilidade daquele pequenino ser e decidiu que dormiria ao lado dele para ter a certeza que nada de mal aconteceria com ele, acordando várias vezes durante a madrugada para constatar se ele estava bem. Ao amanhecer, o bichinho ainda estava mal e foi necessário levá-lo ao veterinário. Lá, as duas mulheres souberam que não cuidavam de um chiuaua, mas de um rato dágua com a doença raiva. 

Quando a pessoa não nasceu em Cristo, ama e cuida com carinho do pecado - bicho selvagem e mortal - como se ele fosse um dócil e inofensivo animal doméstico. A Palavra de Deus ilumina o estado de ignorância do pecador e aponta seus enganos. Se a pessoa realmente se converteu, dá valor às admoestações das Escrituras Sagradas e abandona o pecado.

Alguém que afirma conhecer a Deus, mas insiste em tomar atitudes contrárias aos ensinamentos de Jesus Cristo, dá sinais que não nasceu de novo e que não alcançou a salvação (João 3.1-7). Se perguntarmos a ela se tem certeza de sua salvação, provavelmente descobriremos que não tem certeza disso. A resposta é um indicativo de que na verdade ela ainda não renasceu em Cristo, conforme 1 João 5.10.
  
A diferença entre crer em Deus e nascer de novo é a mesma em acreditar na eficiência de um para-quedas e colocá-lo no corpo e lançar-se ao salto. "Não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" - Tito 3.5. 

O nosso cristianismo deve ser vivido como a expressão da natureza renascida em Cristo. É preciso arrepender-se, desejar decompor hábitos que se chocam com as orientações bíblicas que nos recomendam amar a Deus acima de todas as pessoas, e tudo o mais, e ao próximo como amamos a nós mesmos. Querer mudar o nosso jeito habituado ao pecado é o primeiro passo para renascer em Cristo. A consequência desta decisão coloca a nossa existência em situação de prazer - como o peixe que se alegra em nadar em alto mar e o pássaro em alçar voo em céu de brigadeiro.

E.A.G.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A religião verdadeira


Neste mundo existe a necessidade alheia e a frieza de quem pode ajudar e não ajuda o próximo. Lembro-me das Escrituras Sagradas e de quatro episódios que ocorreram em minha vida. 

A Palavra de Deus:

"Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." - Tiago 2.14-17.   

Experiências: 

1ª - Encontrar o próximo necessitado é uma ótima oportunidade para que possamos compartilhar a bênção que Deus nos deu; para que façamos o bem. Primeiro, fazer o bem a nós mesmos, pois dessa forma obedecemos ao mandamento de Cristo. Em segundo lugar, fazemos o bem quando passamos o bom exemplo aos nossos filhos, mostrando que é preciso praticar o amor, praticando-o. E em terceiro, pelo fato de suprir aos necessitados. 

2ª - Em nossa casa, acostumamos dar alimentos e roupas, junto com literatura cristã. Alguns dias atrás, uma pedinte apertou nossa campainha. Nossa filha atendeu, levando para ela um sanduíche que havia especialmente preparado e voltou com ele nas mãos: "Pai, a senhora quer comprar remédio, pediu dinheiro". Respondi: "não damos dinheiro aos estranhos, não sabemos se de fato será usado como é dito que será."

Em 1979 ocorreu um fato que me levou a agir assim. Numa manhã, por volta de 9 horas, uma mulher com criança no colo passou em meu local de serviço, um estabelecimento comercial na Lapa, região oeste de São Paulo, ela pedia dinheiro para alimentar o bebê em seu colo, era uma criancinha que aparentava ter aproximadamente três anos. Eu dei o valor que pedia. Instantes depois, não mais que cinco minutos, saí para comer lanche e beber um refrigerante do outro lado da esquina, e encontrei a mesma pessoa, sem a criança, com um copo de cerveja sendo levado à boca. O dinheiro foi usado para o vício!

3ª - Na região onde moramos estamos bem longe das favelas (o "politicamente correto" exige que se use o sofisma "comunidades") De tempos em tempos, passam alguns moradores desses lugares mais pobres pedindo comida ou roupa. Uma jovem senhora, tímida, por muito tempo passou em nossa porta uma vez por semana e, sem muito diálogo, levava o alimento do corpo e da alma, Depois de uns meses não mais voltou. E, em uma determinada noite fomos surpreendidos quando estávamos em visita na congregação de um parente. No meio do grupo de louvor, lá estava ela cantando para Deus. Ao final do culto, tivemos a felicidade de saber que era uma nova-convertida. 

4ª - Uma vizinha, incomodada com a presença de pedintes em nossa rua, gente com aparência desagradável por falta de banho, uso de roupas velhas e falta de uso de pente nos cabelos, queixou-se: "Não doe nada, ao doar incentiva que eles sempre retornem". Ouçamos o que Deus diz, e nunca corações duros como esse!

E.A.G.

domingo, 30 de dezembro de 2012

O cristão e o réveillon de 2013

O réveillon é na segunda-feira, amanhã. O momento para quem quer comemorar a chegada de 2013.

É uma pena que em momento tão festivo também aconteçam fatos tristes. Existe quem beba exageradamente - ou use outras drogas - e ao reboque tóxico se envolva em brigas com assassinatos. Outros, entorpecidos de álcool ou outras drogas, assumem o volante de um automóvel e provocam acidentes fatais no trânsito. Se você é evangélico não costuma consumir essas coisas, mas outros que ainda não tiveram a oportunidade de encontrar-se verdadeiramente com Jesus Cristo, sim... Todo cuidado é pouco para não se transformar em vítimas deles. Sempre aparecem notícias assim depois do réveillon.

As Prefeituras das maiores cidades do Brasil promovem grandes queimas de fogos de artifícios nesta época. Em São Paulo, já é praxe aguardar o estouro de rojões na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana. Tais acontecimentos são pautas obrigatórias nas redações da Imprensa brasileira.

A Virada de Ano movimenta a economia. Muita gente gasta e muita gente ganha dinheiro. As redes hoteleiras preparam-se para receber quem sai para festejar passeando. Casas de show, idem.  Isso é capitalismo.

E o seu réveillon? Não basta amar. Expresse a Deus e para as pessoas que você ama o seu amor.

Onde você estiver na última hora da véspera de Ano Novo, sugiro que seja com seu coração voltado para Deus. É importante lembrar-se dEle em momentos felizes. Lembre-se de agradecer por mais um ano de vida. É o Senhor quem sustentou você nos 366 dias de mais um ano bissexto.

Com ou sem celebração usando fogo de artifício, nos últimos instantes de 2012 queira estar junto das pessoas mais importantes da sua vida. Abrace as pessoas da sua família e faça todos ouvirem que elas são importantes para você. Se não for possível abraçar e dizer, use o telefone ou celular para conversar, ou enviar um recadinho digitado, fazendo-as saber que tem os melhores sentimentos reservados para elas no próximo ano e quer que elas sejam muito felizes em 2013.

Feliz Ano Novo para você!

E.A.G.

Belverede

sábado, 10 de novembro de 2012

Ana Paula Valadão e a polêmica quanto aos pastores barrigudos

Glutonaria: assunto polêmico

Precisamos tomar cuidado diante do prato, não devemos comer nada além da medida necessária.

Durante culto de mulheres, realizado no dia 31 de Outubro de 2012, na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte – MG, Ana Paula Valadão usava o microfone palestrando uma mensagem cujo título  é Lembrem-se da Mulher de Ló, baseado em Lucas 17.32. Falava sobre a necessidade de manter o foco nas coisas espirituais e não nas da terra, e em determinado momento foca sobre os benefícios do jejum, quando revela não conseguir entender haver pastores barrigudos. “Gente, não combina com a liderança” – disse ela.

A mensagem que ela entregou dura mais de 90 minutos. Mas apenas dois minutos chamaram a atenção geral. O pequeno trecho da fala repercutiu em redes sociais, sites e na Blogosfera Cristã.

A impressão que ficou aos que não tiveram acesso ao sermão na íntegra não é das melhores, para alguns ficou a ideia que ela apontava para a estética como critério de escolha para o exercício ministerial. Não era isso! É preciso enfatizar que o assunto da preleção era não olhar para trás, como fez a esposa de Ló, na pregação há um sub tópico sobre jejum. Ao citar "barrigudo", a cantora fazia menção à glutonaria (uma das características das obras da carne).

 

Recomendo a todos assistir o conteúdo inteiro, para tirar conclusões próprias. Querendo assistir o vídeo, atente ao trecho em 1.05.20 até 1.09.40, que é o contexto próximo para o uso do termo barrigudo. Neste trecho, Ana Paula Valadão lembra que 31 de Outubro é o Dia da Reforma Protestante, o mesmo dia da palestra, lembra que os cristãos do tempo da reforma jejuavam dois dias por semana e os compara com as lideranças cristãs dos dias atuais.

A cultura da igreja brasileira

Sem a intenção de julgar, apenas informar, aqui na Capital de São Paulo, há uma igreja-sede, importante ao cenário pentecostal em nível nacional, que uma vez ao mês oferece grandes banquetes reservados às lideranças.

Noto que faz parte da cultura da igreja brasileira evitar o assunto da glutonaria. Acho que deveríamos falar mais sobre isso.

Confesso que sou convidado para banquetes em igrejas.

Pedido de desculpas 

Não podemos esquecer que Ana Paula Valadão usou seu blog para retratar-se. Na terça-feira, de 6 de Novembro ela escreveu se dirigindo a todos que se sentiram ofendidos com o que disse. “Quero pedir desculpas às pessoas que se ofenderam com algumas colocações que fiz em um dos cultos de mulheres. Eu me expressei mal. Obesidade não é um impedimento para o exercício da liderança e da espiritualidade”.

Apesar do pedido de perdão, Ana Paula Valadão remarcou seu posicionamento quanto aos valores espirituais do jejum. "De qualquer forma, continuo acreditando que a prática do jejum, da oração, da leitura da Bíblia e das disciplinas espirituais são fundamentais, não apenas para os líderes, mas, para todos os cristãos".

Costumes errados e a saúde

Nem toda pessoa acima do peso é assim por sua culpa. Obesidade é doença que precisa ser tratada. Além disso, é preciso considerar que nem todo glutão é um gordinho. Existem pessoas magras que comem à beça e ninguém sabe para onde vai tudo o que comeu! Como bem lembrou Robson Silva no Point Rhema, ¹ quem sofre com a anorexia não vive espiritualidade acima da média.

É verdade que comer é uma das melhores coisas que existe! Outra verdade é que nem toda pessoa acima do peso é gordinho porque come muito. Vários fatores contribuem para a obesidade. Às vezes trata-se de disfunção da tiroide. De igual forma, existem casos de uma barriga sobressair por causa do sedentarismo. Também há casos de costume errado à mesa, comer e beber mal: muita ingestão de frituras e refrigerantes.

No Point Rhema, outro participante comentou: “falo de costumes e tabus, principalmente assembleianos, achar que a vida dos lideres são só espirituais, não vão aos médicos periodicamente, não tiram férias com sua família, pouco lazer ou nenhum, muito estresse, mas nunca vão ao neuro, inclusive já ouvi pastor criticar membros que utilizam remédio controlado receitado por psiquiatra”. ²

Um terceiro, escreveu: “Fiquei feliz com o público pedido de perdão de Ana Paula Valadão. Contudo, receio que se nossos líderes não mudarem os hábitos, inclusive de quebra de tabus e costumes, a média de vida entre os líderes evangélicos diminuirá sensivelmente. Líderes há que se queixam de hipertensão, problemas cardiovasculares, dores na musculatura ou nas juntas, cefaleias, perda de libido, etc. Tudo porque? Por não fazer exercícios físicos, caminhadas, exames periódicos. Até o exame de próstata, que inicia com o psa colhido pelo sangue no laboratório, não se preocupam...” ³

Minha opinião

Sou uma pessoa com peso um pouco acima do que é ideal para minha altura. Carrego uma pequena e “charmosa” área abdominal. Em agosto, na minha mais recente visita ao clínico geral, o doutor chamou minha atenção, me fez entender que preciso emagrecer. Lembrou a mim sobre os cuidados que eu devo ter com respeito à saúde.

Não refuto o que a Ana Paula Valadão quis dizer, apenas digo que é lastimável a forma que ela fez a abordagem do tema obesidade na vida de líderes, pois o assunto é bastante complexo e deve ser abordado em sua complexidade.

Faça uso da  mente de Cristo

Há muita gente acertando com interesses errados, e muita gente que erra com intenções nobres Deus olha para as ações da humanidade e presta atenção na motivação de cada um. Toda pessoa que possui a Jesus Cristo deve imitar o jeito que o Senhor observa cada um de nós.

Façamos uso da mentalidade cristã, sempre.

_________
1 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pede-perdao-pelo.html
2 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pastores-barrigudos-e.html
3 - http://pointrhema.blogspot.com.br/2012/11/ana-paula-valadao-pastores-barrigudos-e.html  

Atualização: 11/11/12 - 16h27

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Paz e harmonia


"Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz" - Tiago 3.11.

Analise comigo. A criação de Deus possui contrastes: homem e mulher; escuro e claro, preto e amarelo... Então, nada mais aceitável do que conviver em harmonia com quem pensa diferente da gente.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Jesus Cristo e o livre arbítrio de cada dia


VIDA CRISTÃ. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
Deus prioriza a liberdade de decisão, porque Ele é o Autor da liberdade de escolhas.

Morrer não é o fim. É o começo da existência no porvir, espaço onde cada qual dará conta de suas decisões  nesta vida. Vide Hebreus 9.27.

Em Mateus 11.28, Jesus Cristo nos convida a estar com Ele, chama almas cansadas e em opressão a receber o alívio que Ele tem condições de dar.

E, em Romanos 1.25, está escrito que o Criador abandona na vida de pecado quem não dá importância ao conhecimento de Deus. O próprio Deus os abandona às consequências nefastas da vida em pecado, e por suas opções erradas os tais não têm discernimento de que praticam coisas inconvenientes a eles próprios. Então sofrem em consequências de suas paixões e desprezo ao Senhor, por honrarem mais a criatura do que o Criador.

Via de regra, o cristão prega a Palavra de Deus sem enfatizar condutas. E é fato que quem sempre fala através da pregação é o próprio Criador. A mensagem de Deus salta aos olhos do ser humano em pecado, incomoda-o, porque o Espírito Santo quer comunicar-se com ele. Para alguns pecadores, expressar a verdade é como se fosse insulto, mostrar a realidade espiritual é o mesmo que desejar-lhes o mal. Não compreendem que a Verdade liberta. Então, às vezes, o crente é perseguido por anunciar o Evangelho, é desdenhado e visto com maus olhos por quem tem mentalidade apenas para as coisas desse presente momento, é contraditado e ridicularizado por quem não consegue entender os fatos que ocorrem além-túmulo.

A Palavra de Deus tem poder para libertar o pecador. Porém o Senhor não age como ditador, prioriza em sua relação com o ser humano à liberdade de escolha, nunca força os ouvintes à conversão. A libertação da alma só acontece quando ela aceita o convite para receber em seu coração o Caminho Certo - Jesus Cristo.

O pregador não deve aumentar e nem diminuir o que está escrito, através de interpretações particulares

Mesmo quando a Palavra de Deus é enérgica, não tem propósito de ofender, mesmo aqueles que se sentem ofendidos ao ouvi-la.

É importante anunciar o conteúdo bíblico exatamente como é. Quando citamos textos bíblicos sobre determinado comportamento errado, cabe a nós mostrar a posição bíblica, e nada mais que isso. Como cristãos evangélicos, devemos tão-somente anuncia-la..

O cristão temente a Deus não aceita a abominação e sentimentos perversos, sabe que seus praticantes caminham para o inferno, e por este motivo odeia o pecado. Ama o pecador e sabe que a verdade precisa ser dita e ele. E faz isso.

 E.A.G.

domingo, 6 de maio de 2012

Sacrifício e egoísmo


"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" - Romanos 12.1.

A publicação deste artigo tem como objetivo criar uma reflexão em cada leitor, de todas as idades e fases da vida cristã, e assim levar para uma comunhão diária com Jesus Cristo. Sabemos que a meditação centrada na Palavra de Deus é um recurso divinamente projetado para atender às complexidades espirituais, emocionais, físicas e mentais, pois nos prepara e nos sustenta para reconhecer o Mestre na maneira significativa que Ele é.

Se você anotasse tudo o que fez nos últimos dias, que tipo de observações faria? O que diria sobre a sua vida? A que atividade dedicou seu tempo? Será que alguém pode determinar as prioridades de sua existência? 

A sociedade nos empurra a buscar as coisas que nos causam prazer. Adquirimos títulos e nos associamos com organizações, com a finalidade de alcançarmos nossos interesses. Temos nossas formas favoritas de diversão.

Permita que o exemplo de Jesus Cristo motive a entregar a sua vida por completo a Ele e a ser, assim, um sacrifício vivo para Deus.

Paulo empregou um termo bastante claro, para descrever como deve ser a existência do cristão: um sacrifício vivo.

A vontade de Deus para você

A vontade de Deus é melhor compreendida quando entendemos que existe dois níveis.

O primeiro nível é a vontade geral. Aquelas coisas que Deus quer de maneira mundial, sem exceção. Isto inclui aceitar a Cristo como Senhor e Salvador pessoal. Viver uma vida de relacionamento de amor com Ele e com os semelhantes, ter dentro do coração um sentimento profundo de compromisso ao cumprimento das Escrituras Sagradas, diuturnamente.

O segundo nível da vontade divina pode ser chamado de "vontade específica".  Está ligado com as escolhas de casamento e profissão. A vontade de Deus para cada um é diferente e única. Precisamos viver de acordo com aquilo que somos, conforme Deus nos criou. Devemos observar essa condição com cuidado e humildade, mediante oração, consagração, dando ouvidos para pessoas sábias, como nossos pais, pastores e professores.

Sacrificar-se?

Em tudo devemos glorificar a Deus com o nosso corpo. Então, não devemos ultrapassar as horas determinadas de trabalho por dia, por semana ou ano.  É fundamental que tenhamos momento reservado para dormir e uma hora certa para levantar, que façamos exercícios físicos regularmente, que tenhamos horários para as refeições, que cuidemos bem de nossa saúde e de nossa família.

Não podemos glorificar a Deus com um corpo descuidado, maltratado. Somos limitados em nossas energias. Depois do turno de trabalho, é preciso descansar. Toda a natureza tem períodos de descanso. O próprio Criador deu o exemplo ao descansar no sétimo dia da criação do mundo.

Conclusão

Nossa vida pertence completamente ao Senhor. Você vive para agradar a Deus ou apenas a si mesmo? O serviço cristão inclui o sacrifício dos desejos pessoais, se estes estiverem em conflito com a vontade de Deus. Algumas atividades não são necessariamente más. Aliás, através de algumas delas, fazemos uso dos talentos que Deus nos deu.

Ao assumir o compromisso de seguir a vontade de Senhor de todo o coração, mente e força, querer dedicar-se a praticar a vontade geral de Deus, a consequência é ser guiado pelo Espírito Santo a encontrar e praticar plenamente a vontade específica. Encontramos as respostas para todas as perguntas que formulamos sobre o que é preciso ser feito para viver em sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor.

Jesus Cristo não nos chama para levar um fardo pesado nas costas. Ele troca conosco o peso das dificuldades por um conteúdo proporcional às nossas capacidades, por algo que consideramos leve.  O convite de Jesus Cristo para nós é esse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" -  Mateus 11.28-30.

E.A.G.

__________

Consulta:
A Rocha - A Bíblia Que Conduz Às Escolhas Certas, 1ª impressão, 2002, Editora Candeias;
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, 2009, Sociedade Bíblica do Brasil;
Revista O Mestre, volume 10, 1998, Editora Vida.

segunda-feira, 26 de março de 2012

A luz no fim do túnel

Existe quem diga que a luz no fim do túnel é o sinal da solução dos problemas. Nem sempre... Pode ser a agudez da crise, quando chega o momento do recuo necessário para continuar vivo.

Foto: Chinoko Coocolog Nifty 

Para nós, os crentes em Jesus Cristo, existe o pertinente alerta sobre os anjos, mensageiros, que nas sete cartas para as igrejas no livro do Apocalíse, são os pastores. A advertência diz respeito a saber discernir sobre quais são as motivações deles.

O apóstolo Paulo, escreveu:

"Ora, o que faço e ainda farei, é para cortar ocasião aos que buscam ocasião; a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós. Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo.

E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras. "

2 Coríntios 11.12-15
Almeida Revisada (Imprensa Bíblica Brasileira).
O que fazer para discernir entre a luz de Deus e a falsa luz espiritual? Entre quem presta serviço a Deus e aqueles que fazem uso do nome do Senhor em benefício pessoal? Jesus Cristo afirmou que conhecemos as qualidades das árvores pelos frutos que elas dão.

Ora, quem se disfarça de ministro da justiça divina não é alguém justo. Eles agem motivados pela natureza humana, não são espirituais. É possível encontrar na vida deles o seguinte: imoralidade sexual, impureza e libertinagem, idolatria e feitiçaria, ódio e discórdia, ciúme e ira, esforço constante para conseguir o melhor para si próprio, queixas e críticas, dissensões, facções, inveja, embriaguez, orgias e coisas parecidas com essas. (Gátatas 5.19, 21, Nova Bíblia Viva).

A justiça do Senhor está catalogada em Gálatas 5.23: amor, alegria, paz, paciência, retidão, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (NBV).

Não acompanhe líder que esteja agindo segundo a natureza humana, seja ele pentecostal, neopentecostal ou da linha tradicional ou reformada. Esteja com quem fale de Jesus Cristo e age como Jesus Cristo, pois o Filho de Deus é a verdadeira Luz.

"Depois, em um de seus ensinos, Jesus disse ao povo: 'Eu sou a luz do mundo. Se vocês me seguirem, não vão tropeçar na escuridão, mas terão a luz da vida'."
João 8.12 (NBV).
E.A.G.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O pensamento divino e o pensamento humano


"Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época de sua migração. Mas o meu povo não conhece as exigências do Senhor" - Jeremias 8.7 (NVI). 

Sobre o reconhecimento pessoal:

O ser humano é incrível! Ele quer que aqueles que não têm capacidade de observá-los em todo tempo, os observe... E se esquece dAquele Observador que nunca dorme, esquece que Ele os vê diuturnamente. Quer ouvir a opinião de quem pode falhar ao opinar, mas despreza qual seja o pensamente do Opinante Infalível.

Não me excluo desse disparate. 

E.A.G.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Efésios 5.4: o que significa torpeza no idioma grego

Adultério: torpeza moral.

"Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças" - Efésios 5.4.

No dicionário Michaellis, o verbete torpeza é definido assim: tor.pe.za sf (torpe+eza) 1 Qualidade de torpe. 2 Procedimento indigno ou ignóbil. 3 Desonestidade, desvergonha, impudicícia. 4 Brutalidade, selvageria. 5 Torpidade, torpitude.

No idioma português, tendemos a pensar que seja apenas a falta de vergonha, o torpe seria o sujeito que não se ruboriza com nada e causa rubor em quem convive com ele.

Torpeza, em grego é aischrotes, da raiz aischros. Significa vergonha, vil, infâmia, obscenidade, corrupção, baixeza. E muito mais do que as inconveniências das piadinhas sujas e palavreados de baixo calão. Vai um pouco além da explicação que os dicionários em português nos dão.

Segundo a definição bíblica, ser uma pessoa torpe é falar e agir no papel do vilão. É ser aquela pessoa que  "joga sujo", falta com o decoro, desrespeita regras, comete ações vergonhosas, aceita a corrupção e é corruptor. Ser desonesto, amoral, desleal, traidor de confiança, com vista a ter algum privilégio pessoal contra quem age honestamente. O torpe não é amigo de ninguém.

Isto posto, fica o seguinte conselho bíblico: fuja da aparência do mal (1 Tessalonicenses 5.22).

A definição do termo grego para parvoíce
Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, cita a Bíblia e diz que esposas têm que fazer sexo com seus maridos para evitar traição deles 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Paz: questões principais e secundárias

Bem aventurado os que persistem em seguir a paz!

Nos esforcemos para manter a paz. Jesus afirmou que são bem-aventurados (gente de sucesso) apenas aqueles que são pacificadores. E nas cartas apostólicas encontramos o conselho para que sejamos teimosos na manuntenção da paz (Mateus 5.9; Romanos 12.18; 2 Timóteo 2.22; Hebreus 12.14; 1ª Pedro 3.11).

Então, que questões secundárias não sejam motivos para discórdias que levem à falta de paz entre os irmãos.

Avante, em paz!


A paz nas questões principais


Jesus Cristo mandou vigiar (Mateus 26.41; Marcos 13.33; Lucas 21.36).

Atalaias são vigias. "Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, porém o seu sangue requererei da mão do atalaia" - Ezequiel 33.6.

O cristão é instado a avisar do perigo do inferno aos que desobedecem a Palavra de Deus.

Por exemplo: homossexualismo é pecado (Romanos 1.26-27). A conjunção carnal de homem com homem e mulher com mulher não é o plano de Deus para a configuração do casamento (Gênesis 2.18-25). Outra forma de constituição familiar é invenção da carne, e quem semeia na carne colhe corrupção (Gálatas 6.7-8).

Repercutir o que a Bíblia diz não é homofobia, é amor aos homossexuais.

A paz nas questões secundárias


Deus nos chamou para a paz (1ª Corintios 7.15).

A graça de Deus tem muitas formas e através dela, nós que somos membros do Corpo de Cristo, recebemos dons distintos (1ª Pedro 4.10). 

É preciso haver unidade apesar da diversidade de ministérios na Igreja do Senhor, o Corpo de Cristo não é monopólio de nenhuma denominação evangélica. É composto de diversos membros com funções distintas, objetivos evangelísticos próprios. Tem usos e costumes, liturgias, dogmas, culturas regionais peculiares. 

A união que haverá no céu deve começar aqui na terra. Portanto, em nome da paz, aquilo que não é configurado pelas Escrituras Sagradas como heresias deve ser respeitado. 

Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união (Salmo 133).


"Cristo... ele é a nossa paz" - Efésios 2.13-14.

Vamos falar sobre a etimologia do nome Jesus Cristo.

Jesus significa “salvador”.

Cristo significa “ungido”, e “ungido” significa Messias.

Portanto, Jesus Cristo é uma forma apropriada para definir o Filho de Deus, que é Deus, se fez carne e morreu por nós.

Não existe burocracia para entrar no céu. Quem aceita a Cristo [o Emanuel = Deus conosco] como salvador [Jesus], é salvo.

A salvação é pela fé.

E.A.G. 


Veja mais neste blog:


domingo, 17 de abril de 2011

A FÉ CRISTÃ ENTRE BRIGAS E DIVISÕES


Reflexão evangélica de Leandro Alves:

A religiosidade brasileira sempre foi amante das regras. É fato histórico que a maioria das denominações evangélicas do Brasil nasceram de uma mistura de regras e princípios morais. Era comum receber, mesmo que indiretamente (ou não), a cartilha da denominação com suas centenas de leis de comportamento e disciplinas. “Não pode!” - assim começavam os parágrafos da cartilha. “Não beba”, “Não corte o cabelo”, “Não use calças compridas”, “Não use barba”, “Não pinte as unhas”, “Não assista TV”, “Não jogue futebol”, “Não raspe as pernas”, “Não beba Coca-Cola”, “Não depile as axilas” (eca!), não… não… e não. [leia mais...]

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Fruto do Espírito - amor

Por John W. Ritenbaugh

"O que o mundo precisa agora é de amor, doce amor". Essas são as palavras iniciais de uma música de anos atrás. Ela expressa o desejo que praticamente todos têm. Mas o que é amor? A julgar pelo entendimento comum de "amor", o mundo não precisa de mais do mesmo! Se o que está acontecendo no mundo é uma evidência, é muito claro que o mundo só tem noções vagas do que é o amor. Se não sabe, não tem condições de realizá-lo.

O amor é um termo banalizado. Devido a nossa experiência, todos temos diferentes idéias sobre o assunto. A noção mais prevalecente no mundo ocidental é que o amor é um ambiente aconchegante, sentimento às avessas, uma emoção que começa na boca do estômago ou um formigamento subindo e descendo a espinha. Pensamos nisso como um ingênuo senso de respeito, um forte desejo de estar com alguém ou ser satisfeito por alguém ou algo.

Alguns têm equacionado com cuidado, descrevendo-o como sentimento benévolo ou nada mais do que pura emoção. Na ocasião, usamos o termo muito casual e vagamente. As pessoas expressam seu "amor" para a liturgia de uma determinada igreja. Alguns vão dizer que "amam" sorvete, cerveja, pizza, o estilo da arquitetura da casa, determinada cor, automóveis, a garota que é modelo de passarela, a equipe de futebol. As pessoas dizem que amam um número infinito de coisas. O que algumas pessoas chamam de "amor" alguns teólogos poderiam chamar de luxúria desenfreada.

Estas declarações levam às situações de vexames quando compreendemos o que é o amor bíblico. "Amor" na boca do povo passou apenas a descrever uma opinião de preferência. A preferência não é amor. Usar o termo assim desta forma desvaloriza-o.

A Suprema Importância do Amor

Em 1 Coríntios 13, a Bíblia revela a suprema importância do amor à vida. Paulo compara diretamente o valor do amor, da fé, da esperança, da profecia, do sacrifício, do conhecimento e o dom de línguas e indiretamente com todos os outros dons mencionados no capítulo 12.. Ele em nada denigre a utilidade dos outros dons para a vida e ao propósito de Deus, mas nenhum se compara em importância ao amor.

Os cristãos da cidade de Corinto tiveram grande prazer em seus dons, assim como nós, mas um dom tem importância relativa, embora importante seu uso é temporal. Ou seja, há momentos em que um presente não tem qualquer utilidade. Mas o amor nunca acabará, será sempre usado.

De fato, o recebimento dos dons de Deus quando não são acompanhados e usados com amor têm o potencial de danificar o seu recebimento. Os dons de Deus são poderes conferidos para melhorar a capacidade de uma pessoa para servir a Deus na igreja. No entanto, todos nós já ouvimos o clichê, "o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente". Se os dons não são recebidos e utilizados com amor, eles vão desempenhar um papel na corrupção do destinatário, assim como corromperam os membros da igreja em Corinto. O amor é o atributo de Deus que nos permite receber e utilizar seus dons sem corrupção.

A Bíblia diz em 1 Coríntios 8.1: "O conhecimento incha, mas o amor edifica".  "Incha", quando em oposição a "edifica", implica demolição, destruição. Paulo está dizendo que o orgulho tem o poder de corromper o portador do conhecimento. Esta declaração é parte do prólogo do grande capítulo sobre o amor, escrito porque os crentes de Corinto haviam permitido que houvesse ênfase à deriva em áreas erradas.  Mesmo como um dom de Deus, o conhecimento tem o potencial de danificar o seu destinatário, se não for acompanhada pelo amor.

Portanto, Paulo começa o capítulo 13, contrastando amor com outros dons de Deus. Ele faz isso para enfatizar a importância do amor, integridade, permanência e supremacia sobre todas as outras qualidades que consideramos importantes para a vida e / ou o propósito de Deus.

A necessidade de amor nunca se esgota, nunca se torna obsoleto. Deus quer usá-lo em qualquer ocasião.

Paulo também nos exorta ao instruir-nos "para as coisas de menino" (v. 11), bem como a sua referência a um espelho (versículo 12) que o amor é algo que cresce dentro. Deve ser aperfeiçoado. O que temos agora é parcial. Portanto, Deus não dá o amor a nós em uma enorme parcela a ser utilizado até ficarmos sem ele. Nesse sentido, devemos sempre nos vermos como imaturos. Mas a hora vem, quando o amor vai ser perfeito, e teremos em abundância como Deus. Entretanto, enquanto estamos na carne, estamos a perseguir o amor (1 Coríntios 14.1).

Isso indica que o amor bíblico não é algo que temos naturalmente. É verdade que algumas formas dessa qualidade que chamamos de amor vêm espontaneamente, isto é, eles surgem por natureza. Mas isso não é assim com o amor de Deus, que surge em nós através da ação sobrenatural de Deus, pelo Espírito (Romanos 5.5).

Amor da dívida, e Motivação

Em Romanos 13.8-10 Paulo injeta amor no âmbito do direito, mostrando que é a soma de todas as funções:

A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto amar uns aos outros, porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Para os mandamentos, "Não cometerás adultério", "Não furtarás", "Não levantarás falso testemunho", "Não cobiçarás", e se há qualquer outro mandamento, está tudo resumido nesta palavra, isto é, "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". O amor não faz mal ao próximo, por isso o amor é o cumprimento da lei.

Ele não diz que o amor acaba a necessidade de lei, mas que cumpre ou executa, realiza a lei.

Em relação aos homens, não devemos estar em dívida. Ele não está dizendo que um cristão não pode dever dinheiro a ninguém, mas que existe uma dívida que temos com cada pessoa que devemos nos esforçar para pagar todos os dias. Essa dívida é de amor, pagou por manter a lei de Deus , e a isso Paulo ilustra, citando vários itens dos Dez Mandamentos!  Inerente a esta dívida é que não importa o quanto pagamos em cada dia, ao acordar no dia seguinte, a dívida é restaurada, e nós devemos, tanto como nós fizemos no dia anterior!

Isso configura um paradoxo interessante, pois todos nós devemos mais do que podemos sempre esperar para pagar. O paradoxo, porém, é mais aparente do que real, porque não é isso que Paulo está ensinando. Ele está ensinando que o amor deve ser a força motriz, a motivação , de tudo que fazemos. Isso aponta uma fraqueza da lei sobre a justiça. A Lei, de si e por si, não prevê a motivação certa para uma mantê-lo.

Observe Romanos 13.3. "Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para o mal. Você quer ter medo da autoridade? Faze o bem e terás louvor do mesmo". As leis são indicativos e têm penas.  Governantes usam leis como regras aos cidadãos, mas isso não impede as pessoas de quebrá-las, em muitos casos com a impunidade, especialmente quando é percebido que nenhum representante do governo está observando-os. O poder do governo está em grande medida de coerção, ou seja, restrição ou retenção forçada, seja física ou moral. Em outras palavras, é o governo pela força.

Por exemplo, existem muitas pessoas em flagrante desobediência ao limite de velocidade nas estradas e rodovias. O limite de velocidade é esquecido quando a polícia está fora de vista. A lei está nos livros, é bem visível e é conhecida, mas falta motivação para muitos motoristas obedecê-la..

Mas o amor para com Deus, o amor de Deus, pode nos motivar a fazer o que a lei diz que devemos fazer, mas não pode nos forçar a fazer. Podemos concluir que Paulo afirma que se exercita o amor de Deus ao pagar a dívida para com o homem, quem age assim guarda os mandamentos.

Nós também poderíamos concluir que Paulo diz que se não se quebrar os mandamentos, ele está agindo por amor. Este é o mais fraco dos dois. Dentro deste contexto, então, a cada fase, cada faceta de nossa responsabilidade para com Deus e o homem.

Se realmente amamos uma pessoa, não prejudicamos ela. O amor sufoca qualquer pensamento que leva ao adultério, homicídio, roubo ou qualquer forma de cobiça, porque o amor não pode prejudicar. Desde que o amor não pode quebrar as leis destinadas a proteger o outro, é supremo em fornecer o tipo certo de persuasão.

O amor como um elo

Em Colossenses 3:12-14 Paulo mostra um outro aspecto de suprema importância do amor à vida da comunidade: "Portanto, como eleitos de Deus, santos e amados, de misericórdias, bondade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando uns aos outros, e perdoando-vos mutuamente, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou , então você também deve fazer. Mas, acima de todas essas coisas sobre o amor, que é o vínculo da perfeição".

Paulo coloca o amor "acima de tudo", mostrando que o amor é o epítome das virtudes. Aqui, a sua importância como "o elo", algo que se liga ou mantém as coisas, como uma congregação, juntos.

Eventualmente, os grupos tendem a fazer parte. Eles não permanecem unidos pela magia. Geralmente, um grupo mantém sua unidade através de uma causa comum. Como cada pessoa contribui para atingir um objetivo comum, a unidade é geralmente atingida.  No entanto, mesmo que os indivíduos façam esforços para atingir a causa, as fricções surgem de uma infinidade de razões. O amor é a suprema qualidade que permite que os membros do grupo vivam a unidade. Isto acontece porque algumas pessoas recusam-se a agir com amor.

Curiosamente, qualidades que normalmente pensamos como sendo unidade, coragem, determinação e agressividade estão ausentes desta lista em Colossenses 3. Embora não sejam inerentemente mau, eles tocam diretamente o ego humano, freqüentemente resultando em individualismo crasso.

Porque ela tende a produzir uma divisão, o individualismo não é o que Paulo está apontando neste caso. Sem o controle espiritual forte, esses traços tendem a descer para a competitividade, à raiva, à ira, à malícia, à dissimulação, às acusações, às calúnias, ao palavreado de baixo calão. Estes, por sua vez, são nada mais do que vergonha egoísta, características que empurram às divisões, aos partidarismos.

Cada virtude que Paulo lista é realmente uma expressão do amor, são características que tornam possível viver em uma comunidade. Não há nada de fraco: é preciso uma pessoa forte para resistir o que vem naturalmente e fazer o que Deus ordena ao invés de ir junto com anseios de nossos sentimentos carnais. No enfoque de Paulo, o amor é apresentado como atributo de Deus, o destacamos aqui para mostrar que ele não está limitado às descrições humanas.

Deus, o Homem e o Amor

Alguns consideram 1 João 4.7-12 como a declaração mais sublime da Bíblia a respeito da natureza de Deus: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece Deus, porque Deus é amor. Deste modo, o amor de Deus se manifestou em relação a nós, que Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas que Ele nos amou e enviou o Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados .Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o Seu amor foi aperfeiçoado em nós".

Se vamos ser como Ele, esses versículos são importantes para nós porque nos dizem muito sobre ele e as nossas responsabilidades. Primeiro, o amor vem de Deus, Ele é sua fonte. Este amor que os apóstolos citam vem de Deus, não faz parte da natureza do homem. É o amor ágape. O amor humano sem Deus está no seu estágio mais intenso, é um mero reflexo pálido e vago do que Deus é.

Em seguida, João diz: "Deus é amor".  Sublime declaração, mas alguns têm entendido mal, porque apesar dela ser descritiva não é detalhada. Deus não é apenas uma abstração, como o amor. Deus é um ser vivo, dinâmico e poderoso, cuja personalidade tem várias facetas. Ele não pode ser embalado, acondicionado e apresentado como sendo meramente um atributo.

A afirmação de João diz textualmente: "Deus é amor". Os gregos usaram uma forma enfática de escrever, e aqui a ênfase está na palavra "Deus". A sintaxe significa que as duas palavras "Deus" e "amor" não são intercambiáveis. "Amor" descreve a natureza de Deus. Uma paráfrase boa é: "Deus, em Sua natureza é amor". Deus é um Deus de amor!

Isso não significa que amar é uma das atividades de Deus, mas que toda a atividade de Deus é amar. Se Ele cria, Ele cria no amor. Se Ele reina, Ele reina no amor. Se julga, julga em amor. Ele faz tudo manifestando a Sua natureza. Deus e Sua natureza se manifesta por aquilo que Ele faz. Pelo amor Deus é revelado e conhecido.

A própria existência de vida em outros além de si mesmo é um ato de amor. Seu amor é revelado em Sua providência e cuidado da criação. Uma vez que não são robôs, o livre-arbítrio-moral é um ato de Seu amor. Deus, por um ato deliberado de auto-limitação, dotou-nos a responder com a mente e emoção. O amor de Deus é a explicação para a redenção e a esperança da vida eterna. Por amor, Deus nos deu algo para viver. A vida não é só uma questão de passar os ritmos. Nós não vivemos nossas vidas em vão.

Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança. Mas a Bíblia diz: "Deus é Espírito" e "Deus é amor". O homem, porém, é carne, e a Bíblia nos descreve como carnais, egoístas e enganosos. Na realidade prática, isso significa que o homem não pode ser o que ele pretende ser até que ele ame como Deus ama. Só amando é que o homem passa a ser a imagem de Deus, porque ele passa a ter a mesma natureza de Deus. Assim, para alcançar seu potencial, a pessoa precisa de amor, mas deve amar com o amor de Deus.

João 13.35 acrescenta: "Com isso todos saberão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros". Assim como Deus é revelado pelo que Ele faz, também são os Seus filhos. Nosso amor por Deus não tornou isso possível, mas o Seu amor por nós, como 1 João 4.19 diz: "Nós amamos porque Ele nos amou primeiro. Assim, o nosso amor por Ele é uma resposta ao Seu amor por nós. Uma vez que Deus mostra seu amor por nós, chamando-nos a Ele, cabe a nós fazer atos de amor para com os outros para imitá-lo.

O.ato de amor de Deus ao dar Seu Filho define a exigência final do verdadeiro amor, a doação de seus bens mais queridos em sacrifício por outro. Podemos entender, então, que o amor divino terá sempre o sacrifício envolvido em doação. O sacrifício é a essência vital de amor.

O amor de Deus tem origem em si mesmo, foi manifestado em Seu Filho e é perfeito em Seu povo. O amor de Deus é perfeito em nós quando o praticamos entre nós. Isto explica em parte a intensa preocupação do apóstolo João sobre a irmandade. Praticar o amor não é uma opção aos crentes, é uma saída fundamental para a manifestação do perfeito caráter de Deus entre os santos.

Como podemos ter esse amor?

Deveria ser óbvio que nós não temos o amor de Deus por natureza, nem é auto-gerado. Romanos 5.5 confirma esse entendimento: "Ora, a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Santo Espírito que nos foi dado". Nós recebemos o amor divino de sua fonte, Deus, por meio de Seu Espírito.

Só conhecendo a Deus é que podemos ter esse amor, e só amando podemos conhecê-Lo! Isto pode soar como uma situação cíclica, mas os dois andam juntos. Só aprendendo a amar a Deus podemos conhecer Sua natureza, isto é, como Ele é. Nós não podemos ter esse amor sem primeiro conhecê-Lo. Na comunhão com Ele, passamos a conhecê-Lo e receber o Seu amor, e no uso de seu amor, tornamo-nos semelhantes a Ele e demonstramos conhecê-Lo realmente. Só podemos realmente conhecer a Deus, experimentando o uso de Seu amor.

Tudo isso é possível porque Deus, em Seu amor, inicia um relacionamento conosco, nos concede o arrependimento, nos dá o Seu Espírito e, em seguida, por causa do Seu amor, assume a liderança na manutenção do relacionamento. É por isso que Paulo diz em Romanos 5.10 que "seremos salvos pela sua vida". Jesus levou em Seus ombros o fardo de nossa salvação. Como é consolador!

Onde está o amor?

1 João 5.1-3 é útil na definição do amor de Deus de uma forma prática: "que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus e todo aquele que ama Aquele que gerou ama também aquele que é nascido dele. Por isso sabemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Pois este é o amor de Deus, que guardemos os Seus mandamentos. E os seus mandamentos não são penosos".

Deus quer o amor dEle e que o amor do homem sejam partes inseparáveis da mesma experiência. João explica isso dizendo que, se o amor do Pai está em nós, nós também amamos a criança. O amor do Pai que gerou as crianças, então devemos amar os filhos, caso contrário, não temos o amor de Deus. Em 1 João 4:20 , ele amplifica o seguinte: "Se alguém diz, 'Eu amo Deus' e odeia a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão a quem vê, como pode amar a Deus quem não viu?"

1 João 5.3 é a base da definição bíblica do amor. Os mandamentos esclarecem quais os elementos básicos devem definir nossas ações. É o amor. Isto significa que a obediência a Deus é a prova de amor. A obediência é uma ação que se submete a uma ordem de Deus, um princípio divino revelado em Sua Palavra e / ou um exemplo de Deus.

Em certo sentido, este é o lugar onde o amor divino começa em um ser humano. Na obediência aos mandamentos de Deus está o amor, porque Deus é amor. Porque a Sua natureza é amor, é impossível para Ele o pecado. Assim, Ele nos dá os comandos no amor, e eles vão produzir resultados corretos e bons. Qualquer comando de Deus reflete o que ele mesmo faria se estivesse na mesma situação.

Jesus diz em João 14.15 : "Se me amais, guardai os meus mandamentos". Guardar os mandamentos é como se exprime o amor. Ele acrescenta, em João 15.10. "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no Seu amor."

Uma pessoa pode ter um pensamento de fazer o bem ou abster-se do mal. Ele pode ter um sentimento de piedade, compaixão ou misericórdia. Pode sentir repulsa em fazer uma ação má. Mas nenhum desses comportamentos se tornou amor até o pensamento ou sentimento motivador que fez a pessoa agir. No sentido bíblico, o amor é uma ação.

O amor não tem ainda um outro aspecto, no entanto. Nós podemos mostrar o amor friamente, relutantemente, em "obediência obediente." Podemos também mostrá-lo com entusiasmo, alegria sincera ou devoção afetuosa, em gratidão. Qual é mais atraente para Deus ou o homem como um testemunho?

Independentemente da atitude, é muito melhor do que não obedecer a todos (Mateus 21.28-31). Se não podemos ir além de fazer o que é direito, os próprios sentimentos nunca serão formados. Experiência é o maior responsável pela atitude de formação e emoção. Nós nunca manifestaremos emoções de forma adequada sem primeiro executar as ações corretas com o espírito certo, o Espírito Santo de Deus.

Para conhecer a Deus

1 João 2.3-6 nos ajuda a entender como podemos ter a atitude certa e emoção em nossa obediência:

"Agora, por isso nós sabemos que nós conhecemos: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: 'Eu o conheço', e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Mas quem guarda a sua palavra, verdadeiramente o amor de Deus é aperfeiçoado nele. Por isso sabemos que estamos nele. Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar como Ele andou".

Nós conhecemos a Deus através do mesmo processo geral que podemos conhecer outros seres humanos por companheirismo ou experimentar a vida com eles.

Cerca de 500 anos antes de Cristo, os filósofos gregos acreditavam que poderiam vir a conhecer Deus através do raciocínio intelectual e argumento. Essa ideia tinha uma premissa simples: que o homem é curioso! Eles argumentaram que é da natureza do homem fazer perguntas. Uma vez que Deus fez o homem assim, se os homens pensassem e fizessem as perguntas certas eles teriam capacidade para induzir Deus a se revelar. Tal processo não poderia mudar a natureza do homem.

Para os filósofos gregos, a religião tornou-se algo semelhante a matemática superior. Foi como uma atividade mental intensa, gerando satisfação intelectual, mas nenhuma ação moral. Sócrates e Platão, por exemplo, não viam nada de errado com a homossexualidade. Os deuses da mitologia grega também refletem essa imoralidade, tinham as mesmas fraquezas de seres humanos.

Centenas de anos mais tarde, pesquisando a natureza de Deus, os gregos investigaram as religiões de ocultismo. Encontraram a cena da paixão, que sempre teve o mesmo tema geral: um deus que viveu, sofreu terrivelmente e teve morte injusta e após isso retornou à vida. Antes de receber autorização para entrar no jogo, enfrentou o início de um longo curso de instrução e disciplina ascética. Como ele avançou na religião, foi gradualmente transformado em um estado de intensa expectativa.

Então, na hora certa, seus instrutores o levaram para o jogo de paixão, onde orquestrou o ambiente para aumentar a experiência emocional: iluminação, astúcia, a música sensual, incenso aromático e liturgia edificante. Por causa do desenvolvimento da história, o início tornou-se emocionalmente muito envolvente até que ele se identificou com o que acreditava, e compartilhou o sofrimento de Deus e a vitória da imortalidade.

Mas este exercício de pesquisa não fez os gregos conhecerem realmente Deus. Tal resultado de pesquisa não altera a natureza do homem, mas a paixão pelo jogo, além de ser cheia de mentiras! O resultado não era o verdadeiro saber, mas apenas o sentir. Agia como uma droga religiosa, cujos efeitos foram de curta duração Foi uma experiência anormal, algo como uma reunião pentecostal moderna onde os fiéis oram para baixo, o "espírito" a falar em línguas. Tais atividades são escape das realidades da vida cotidiana.

Deus revela a Si mesmo!

Contraste estes métodos com a forma grega da Bíblia de conhecer a Deus. O conhecimento de Deus vem, mas nunca por especulação ou sentimentalismo, vem direta de Deus por auto-revelação. Em outras palavras, o próprio Deus inicia o nosso conhecimento sobre Ele, começando a nossa relação, chamando-nos por Seu Espírito (João 6.44).

O que Deus revela é igualmente importante. Ele se revela como um santo, pelo processo de amar e dar a Si com o propósito tão impressionante que nossas mentes não podem compreender todas as suas implicações, embora possamos apreciá-la. Ele mostra que, se realmente desejamos fazer parte de Seu propósito de incrível criatividade, a nossa aliança com Ele nos obriga a ser tão santo, amoroso e generoso como Ele é!

Deus orienta e capacita-nos nesta grande peregrinação pelo Espírito Santo. Pela obediência, nós conhecemos a Deus. É como andar em seus sapatos, como se fossem o nosso meio de transporte. A obediência é o caminho onde começamos essa experiência de conhecimento, seguindo os mandamentos dEle, crescemos na vida divina, atendemos à chamada da "vida eterna", segundo as Escrituras.

Em seu uso bíblico, a palavra "conhecer" implica intimidade. A partir de exemplos bíblicos, esta implicação pode significar até mesmo a intimidade sexual. Isso é realmente conhecer alguém de perto, especialmente considerando o tempo que há em uma relação com Deus. Quando aplicamos isso em nosso relacionamento com Deus, a dimensão sexual desaparece, e a intimidade se torna uma profunda e permanente reverência, devoção e lealdade.

As pessoas podem pensar de Deus como nada mais do que um exercício intelectual. Elas podem dizer: "Eu conheço Deus", ou acreditam em uma "primeira causa" ou o Criador, sem ter qualquer escrúpulo moral. Eles vão à igreja no domingo e vivem o resto da semana, assim como todos os seus vizinhos e colegas de trabalho que jamais participaram de um culto.

As pessoas podem ser emocionais, dizendo que Deus está com eles e que eles são preenchidos com o "espírito", mas não conseguem ver a Deus em termos de mandamentos. Eles vêem Deus como algo morno e sem folga, uma figura de um avô que corre em sua ajuda para afastar os seus problemas, mas não vejo como ainda propositalmente criando.

Inequivocamente e sem compromisso, Jesus, Paulo e João mostram que a única maneira que nós podemos mostrar que conhece a Deus, que Ele está em nós e nós o amamos é se fomos regenerados pelo Espírito Santo e obedecê-lo.

Qual é o padrão?

Podemos abordar esta questão de várias maneiras, mas na comparação entre algumas escrituras, a resposta se torna claro quando vemos um padrão de desenvolvimento. Jesus declara o grande segundo mandamento, "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:39). Por si só, isso estabelece um padrão muito elevado, porque nós nos amamos muito. Vamos sacrificar muito para agradar a nós mesmos.

Ele levanta a um entalhe ou dois, quando Ele diz em Mateus 5:44 : "Mas eu vos digo, amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai por aqueles que maldosamente usá-lo e vos perseguem". Este é um grande desafio, confirmando que o amor de Deus certamente não é natural para nós.

Nosso Salvador também diz em João 15:13 , "o amor Ninguém tem maior do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos".  Paulo chama este padrão se ainda mais, reiterando próprio exemplo: "Jesus, em Romanos 5:7-8: "Porque dificilmente um homem justo, alguém morreria, ainda talvez por um homem bondoso alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós"

Ele acrescenta em Efésios 5.25 que devemos amar "como também Cristo amou a igreja ea si mesmo se entregou por ela".


Estamos lidando com um amor de força e determinação altaneiro como aquela com que vai se sacrificar por um longo tempo até mesmo para seus inimigos. E se isso não for suficiente, ele vai, finalmente, dar-se totalmente com a morte de seu bem-estar antes de ser retribuído!

Será que algum dia viver de acordo com isso? É possível, mas somente porque Deus nos fez participantes da natureza divina. Nós agora temos o mesmo Espírito em nós que habilitado e com poderes de Jesus. Peter writes: Pedro escreve:  "Graça e paz vos sejam multiplicadas no pleno conhecimento de Deus e de Jesus nosso Senhor, como o seu divino poder nos deu todas as coisas que dizem respeito à vida e à piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude, pelo qual ter sido dado a nós promete muito grande e precioso, que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que há no mundo pela concupiscência". (2ª Pedro 1.2-4 ).

Amor, amor divino, é o fruto, o produto de que o Espírito, que agora circula em nossas vidas. Esse Espírito nos guia e nos conduz à verdade. Resta a nossa responsabilidade, no entanto, optar por seguir a sua orientação, para obedecer as verdades do grande Deus que é a criação de sua imagem em nós. Obediência aos Seus mandamentos é piedoso amor, o fruto do Seu Espírito que nos dá força, a virtude suprema do Criador Todo-Poderoso.

Fonte: Church of the Great God