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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Bem-aventurados os misericordiosos

Bem-aventurado os misericordiosos; Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff. Misericórdia é a capacidade de colocar-se na pele de quem está sofrendo, procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. O misericordioso perdoa injúrias e ofensas e ainda socorre o ofensor; busca transformar ofensores em amigos e irmãos.
As bem-aventuranças formam um crescendo contínuo, uma cadeia progressiva que descreve como são os filhos do Reino de Deus. Pobreza, choro, mansidão, fome... Reconhecer nossa pobreza evita que a vaidade nos cegue, endureça o coração, impeça-nos de reconhecer os erros e sujeitar-nos ao Criador. Corações endurecidos e rebeldes não concedem misericórdia, nem alcançam a misericórdia de Deus. A graça é para todos os mansos; a lei é para os rebeldes.

O misericordioso perdoa injúrias e ofensas e ainda socorre o ofensor; busca transformar ofensores em amigos e irmãos.

Misericórdia também é a capacidade de colocar-se na pele de quem está sofrendo. É procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. É procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. Jesus é sempre o melhor exemplo:sendo Deus, tornou-se hoem e experimentou na pele todas as nossas dores, para então tomar sobre si o castigo que nos estava reservado e trazer-nos paz com Deus.

Nele vemos a misericórdia e a graça lado a lado. Enquanto sua graça nos alcança como pecadores, sua misericórdia nos alcança como sofredores. O misericordioso é alguém atraído pela dor alheia, desejoso de lhe trazer cura.

A indiferença e a falta de perdão matam a alma por dentro. Elas envolvem a alma numa nuvem negra de mágoas, ressentimentos e depressão. São as causas de muitas e graves enfermidades que, não raro, levam à morte. É como o veneno que alguém ingere esperando que, com isso, os outros morram. A alma presa ao arrependimento não consegue ser feliz.

A felicidade vem para os que, livres do egoísmo, abrem-se para o perdão e o amor. Dedicam-se a minimizar a dor dos outros. aquilo que o homem semear, isso ele colherá (Gálatas 6.7).  Quem age com misericórdia encontrará também a misericórdia em farta medida, tanto de Deus quanto dos homens. A vida será graciosa para eles. Deus mesmo se encarregará disso!

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de julho, Curitiba (Luz e Vida). 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Bem-aventurados os famintos por justiça

Bem-aventurados os famintos por justiça. Formação de pessoas desenha a face estilizada de Jesus Cristo.
Normalmente, justiça significa exigir os próprios direitos. Jesus passa bem longe dessa ideia. Ele fala de uma ânsia violenta pela justiça divina, não pela nossa justiça falha, parcial, baseada em emoções que nos fazem ser benevolentes com os que gostamos ou duros e intransigentes com os que nos desagradam. A ênfase é a fome e a sede. Muitos daqueles a quem Jesus falou faziam uma única refeição por dia. A fome e a sede nos ocupa a mente até que a saciemos.

Devemos ter fome de sermos considerados justos diante de Deus, de sermos santos como Ele o é; que Ele nos santifique e purifique de dentro para fora. Para isso, precisamos chegar ao Senhor como mendigos e permitir que Ele nos transforme por completo.

Devemos ter fome de praticar a justiça com o próximo. Dar-lhes o respeito, a honra, a dignidade e os direitos que lhes são devidos. A justiça para com o próximo nos faz servi-los em amor.

Devemos ter fome de justiça social. Diante da pobreza, da miséria, da ignorância e da opressão, os famintos não se calam, mas se levantam em favor dos menos favorecidos.

Devemos ter fome de justiça de Deus, que busca arrependimento e resgate, não vingança e retaliação. Transformar pecadores em santos é justiça maior do que condená-lo ao inferno!

A felicidade está em que "eles serão fartos"! É o resultado natural para quem tem fome e sede dos caminhos do Senhor. Não devemos ter fome e sede de felicidade. Procuramos sempre felicidade, paz, realização. Pagamos um alto preço para alcançá-la, mas ela nunca chega até nós. A felicidade não está no caminho mais fácil, em se acomodar diante da injustiça, da miséria e do pecado, mas no caminho estreito de arrependimento, serviço e socorro ao próximo. Jesus é esse caminho, em que o nosso pecado foi castigado, e a quem devemos sujeita-nos para poder trilhar o caminho da felicidade.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de junho, Curitiba (Luz e Vida).

domingo, 22 de maio de 2016

Dire Straits - Solid Rock (Rocha Inabalável)



Solid Rock
Rocha Inabalável

Solid Rock (Rocha Inabalável)
Existe uma rocha inabalável,
Não se moveu, e não se moverá,
Ainda que as ondas venham estourando
Há uma torre sobre o monte, que não se abala
Jamais se abalará,
Ela está lá desde antes do começo do mundo
Há uma onda que está chegando,
Inundando esta cidade,
[nos edificará ou nos quebrantará,
[nos reinventará,
É hora de eu me entregar

Permaneceremos em Cristo, a Rocha Inabalável
Todos os outros solos são areias movediças
Permaneceremos em Cristo, a Rocha Inabalável
Seremos salvos em seus braços, pois leva-nos a um lugar mais alto

Há uma canção infinita
Ela nunca acaba, foi feita na medida certa
Para criar os filhos e filhas desta terra
Há uma música que está chegando
Invadindo esta cidade, ela é edificante, nos quebranta, nos reinventa
É hora de eu me entregar


Minha esperança está edificada sobre nada menos,
Que o Sangue de Jesus e sua Justiça.
Eu não ouso acreditar na mais doce ilusão desse mundo
Sim eu dependo completamente do Nome de Jesus

Quando a escuridão surgir como um véu sobre seu rosto,
Então descanse em sua promessa imutável
Em cada vento forte e tempestade
Minha âncora está além do véu

Seu juramento sua aliança e sangue,
Me socorrem na terrível cheia d'água
Quando tudo desmoronar ao redor da minha alma
Então Ele permanece sendo toda minha esperança

Quando ecoarem os sons das últimas trombetas
Que eu seja encontrado nEle!
Revestido somente de sua justiça
Sem culpa para estar diante de seu trono.
__________

A letra da canção Solid Rock é baseada no texto bíblico capitulado em Mateus 7.24-29, que contém a parábola dos dois alicerces, as duas casas, uma erigida sobre a rocha e outra sobre a areia.

E.A.G.  

sábado, 14 de maio de 2016

Como buscar primeiro o reino de Deus?



Mateus 6.31. Como buscar o reino de Deus?

O texto bíblico em Mateus 6.31 não me diz e nem te diz que o Reino de Deus é estar no templo nos horários de culto e ali fazer atos litúrgicos acontecerem, embora seja importante que faça isso, voluntariamente.


E também não te diz e nem me diz que é viver constantemente de joelhos orando ao Pai celestial, alienado quanto aos deveres de cidadão, de pai ou mãe, filho ou filha, embora orar seja uma atitude prudente e necessária.

Continue a participar de cultos e a orar, sempre equilibradamente.

O que é priorizar o Reino de Deus, então?

É aceitar a Jesus Cristo como o seu Rei, o seu Senhor. E fazer isso é muito mais do que levantar as mãos para cima durante o convite de um pregador.

Buscar o Reino, é ser alguém que obedece aos mandamentos de amar a Deus de todo coração e pensamento; é amar o próximo como Jesus Cristo amou (Mateus 22.37; João 13.34-35). Buscar o Reino é esforçar-se para viver em amor todos os dias de sua vida aqui neste mundinho de troca de favores, de egoísmo, de inveja, contenda e mentira.

Se há esta prioridade de nossa parte, com toda certeza o Senhor fará com que todas as coisas necessárias nunca faltem em nosso viver.

E.A.G.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Bem-aventurados os mansos


Os mansos não covardes, não são fracos, não são imbecis. Eles são equilibrados o bastante para exibirem coragem, força e inteligência quando existe objetivo nobre e momentos necessários.
Para encontrar a felicidade, Jesus também nos ensina que devemos ser mansos. A mansidão não nos atrai. Vemos o manso como fraco, tímido, sem personalidade, um pau-mandado. O mundo procura a autoafirmação, jamais a mansidão! Muitos são gentis, subservientes e educados apenas por medo ou carência emocional. Mas a mansidão mencionada por Jesus é bem diferente.

O manso é alguém cujo coração foi tratado  a tal ponto que deixou de agir como escravo, toornou-se príncipe. Ele encontrou o tesouro verdadeiro em seu coração, em seu caráter. Essa é a verdadeira força. Então o manso descobre que é capaz de vencer e subjugar inimigos antes invencíveis. Mas ele não se deixa corromper pela experiência do poder.

O escravo, ao alcançar o poder, torna-se tirano e escraviza todos. Ele pode ser temido, mas não é respeitado. Cedo ou tarde vem a sua ruína e desprezo. Ele pode prevalecer pela violência, esperteza, sagacidade ou por ser duro como o ferro. Mas é somente a força de caráter que fará com que seja respeitado, admirado e seguido.

O manso é um príncipe: serve à comunidade aliviando o sofrimento, não o multiplicando. Ele é gentil e amável, não por falta de opção, mas por escolha. Não se torna violento mesmo diante da provocação e injustiça. Não revida, não é ríspido, olha o ofensor com compaixão e misericórdia. A mansidão genuína exige muita coragem e confiança em Deus para abrir mão dos seus direitos.

Eles dizem, como Jesus: "Não seja o que eu quero, mas o que tu, ó Deus, queres" (Mateus 26.42). Por render-se à vontade de seu Senhor, o manso é grandemente usado. Ele vive para servir, acima de tudo, ao seu Criador.

Ele é feliz porque encontrou descanso em Deus. Não tem outro cuidado senão cumprir a vontade de seu Senhor. Ele herdará a terra. Os violentos deste mundo mundo destroem-se mutuamente e desaparecem, mas os mansos, protegidos por Deus, permanecem. A terra que Deus lhes promete está neste mundo, mas também no céu. Lá reinarão juntamente com o seu Senhor. 

O maior exemplo de mansidão é Jesus, o Filho de Deus, Criador dos Céus e da Terra. Bastava-lhe proferir uma palavra e todos os que o injuriavam morreriam imediatamente, mas, em vez disso, orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" e abriu mão dos seus direitos para se tornar o nosso Salvador.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de maio, Curitiba (Luz e Vida).

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Bem-aventurados os que choram

Bem-aventurados os que choram. Mateus 5.4.  Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff.Ilustração: Xícara de chá com uma margarida e uma joaninha preta e amarela sobre uma das pétalas.

Jesus fala de choro convulsivo de dor e perda *, não das lágrimas geradas por boas emoções. Que ligação tem o choro com a felicidade? Para nós, o choro é fruto de dor e infelicidade extrema.

Para entender melhor, vejamos algumas coisas: estar infeliz é diferente de ser infeliz. "Estar" é algo momentâneo, ligado a um evento; "ser" é essência; permanente. "Ser infeliz indica que toda uma existência se perdeu; não cumpriu sua missão, errou o alvo.  Tragédias ou injustiças nos deixam infelizes, mas não precisam nos fazer infelizes. "Estar infeliz" se refere a um evento específico; não à vida como um todo. Por isso o choro pode ser caminho para a felicidade.

O choro pode ser causado por vários sentimentos, como a compaixão e o arrependimento. Arrependimento é a capacidade de julgamento moral sobre as próprias atitudes e o desejo de se corrigir. Compaixão é interesse pelo próximo e desejo de resgatá-lo. Ser frio e insensível é estar morto por dentro. Comover-se diante do sofrimento, chorar pelas misérias (pessoais e dos outros), revela que ainda há vida em nós.

O choro pode indicar um coração quebrantado, com chances de arrependimento e cura, que ainda se importa, ainda quer mudar e fazer mudança. Quem chora, quase sempre é porque se importa. E se realmente se importa, deseja mudar. Se realmente deseja mudar, pagará o preço, estará aberto a rever suas atitudes e a arrepender-se. Este choro resulta de um coração que se quebranta diante de sua miséria pessoal e da miséria humana. Então, volta-se para Deus, disposto a ser transformado pela graça divina. Os quebrantados encontram a graça de Deus, encontram a ternura divina, o favor não merecido que lhes restaura a esperança, cura as feridas e liberta-os para experimentarem o verdadeiro amor. Sendo amados, podem amar o próximo e ajudá-lo.

Somente quem é capaz de chorar pode ser consolado com a certeza do perdão, a cura e a vitória que Deus lhes dará. Aqueles que experimentam as consolações de Deus tornam-se instrumentos do Criador para trazer o alívio e cura aos que sofrem. Quem experimentou e venceu a dor entende melhor a dor de seu semelhante e o ajuda a vencer. Consolamos com as mesmas consolações com que somos consolados (2 Coríntios 1.3-5). Bem aventurados os que choram, pois não estão mortos, insensíveis e frios; ainda conseguem se arrepender e se compadecer.

* - No Grego, pentheo. Esta palavra significa choro em voz alta, convulsivo, pranto por alguém querido que faleceu.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de abril, Curitiba (Luz e Vida).

sábado, 12 de março de 2016

Bem-aventurados os pobres de espírito

Bem-aventurado os pobres de espírito (  ). Menina descalça, com pés no gramado, vê lagarta sobre folha em planta no jardim. Ilustração de Donald Zolan.
Jesus falou: "Felizes são os pobres de espírito". Estranhamos estas palavras; achamos que felizes são os ricos, belos, habilidosos, inteligentes, os que não precisam de nada, nem de ninguém.

"Pobre", indica alguém que não tem absolutamente nada, Jesus não diz que pobre é santo por ser pobre, mas fala do homem que reconhece que depende de Deus para tudo.

Não é o "ter" e o "fazer" que definem  sua identidade e valor; não são suas posses nem suas habilidades, mas o caráter. Devemos viver para Deus e seu Reino, não para nós mesmos. Jesus nos convida a reconhecer nossa dependência dEle. A felicidade, segundo Cristo, começa quando deixamos tudo para segui-lo. Quando todos os recursos somem e nada mais pode ser retido, quando a salvação não pode vir de suas mãos, então o homem pode encontrar a felicidade. O pobre de espírito entende que sua vida não tem propósito fora do Criador. Não há um só recurso que não tenha origem no Criador; nem sequer existiríamos sem Ele.

"Pobreza de espírito" também indica o reconhecimento de que há em nossa vida, coisas que gostaríamos de apagar. Os humildes de espírito se deixam ensinar; reconhecem que precisam de cura e não justificam seus erros. Reconhecer as suas falhas é o início de um processo de cura e libertação interior. Pobreza espiritual é arrependimento na forma mais profunda.

Os pobres de espírito são aqueles que se rendem a Deus. Para eles, Deus é o real tesouro. Deles é o Reino dos Céus, o qual acontece sempre onde prevalece a vontade divina. Se o ego impera, não há Reino. Somente quem reconhece sua condição de pobreza deseja render-se a Deus e ao seu Reino. E onde a vontade de Deus se cumpre, ali há vida, ordem, paz, propósito e felicidade. Felizes são os pobres de espírito.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de março, Curitiba (Luz e Vida). 

quarta-feira, 9 de março de 2016

7 detalhes que precisamos considerar em Mateus 6.33


"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" - Mateus 6.27-34.

"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" - Mateus 6.27-34.

Detalhes que precisamos considerar sobre Mateus 6.33.

1. Jesus nos ensina a amar a Deus em primeiro lugar, orienta a buscar seu reino e a sua justiça, e afirma que ao adotar estas duas prioridades as coisas necessárias nos serão acrescentadas.

A lição não é um incentivo a contentar-se com a pobreza, diz que é preciso confiar em Deus em tempos de crise, sabendo que Ele não deixará faltar alimentos e vestuário, é um alerta importante contra a estar em ansiedade constante e em ganância exagerada.

2. Buscamos e amamos a Deus em primeiro lugar, ou temos Deus em nosso coração no mesmo patamar das riquezas, ou até abaixo das riquezas? O que é mais importante para nós, a bênção ou o Abençoador?

3. Cuide-se para que a espiritualidade não seja trocada pelo sentimento materialista. A pessoa espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernida, mas quem busca, desesperadamente, só coisas dessa vida é o mais miserável dos homens (1 Coríntios 2.15; 15.19).

4. Não despreze a prosperidade que Deus reserva para você (Eclesiastes 3.11-13; 5.18-19). É preciso ser fiel a Deus em tempos de alegrias e farturas, como nos ensinou o apóstolo Paulo em Filipenses 4.12;

5. Paulo também ensinou que o desejo de ser rico é sempre um risco na vida do cristão, principalmente se este cristão for um pastor, como era o caso do jovem Timóteo (1 Timóteo 6.9);

6. É preciso vigiar para não se tornar uma pessoa avarenta. Avareza é idolatria. Idólatras, avarentos, não entrarão no céu (Colossenses 5.5);

7. O acúmulo de dinheiro atrai doenças (Eclesiastes 5.13).

E.A.G.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

As luzes do mundo



"Então Jesus tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida" - João 8.12.

Na ocasião desta frase, minutos antes os fariseus haviam trazido uma mulher flagrada em adultério, para que Jesus Cristo a julgasse. Ele calmamente ajoelhou-se e escreveu algo no chão, e em seguida disse para a multidão que o rodeava: "quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra nesta mulher". E começando das pessoas mais velhas, todos os presentes de retiraram sem apedrejá-la. 

A proposta de julgar a mulher adúltera era um laço dos fariseus para flagrar Jesus em um erro. A Lei ordenava que o casal de adúlteros fossem apedrejados, não apenas o homem ou a mulher. 

Quando Jesus Cristo declarou-se como a luz do mundo, a energia elétrica não havia sido inventada, o período noturno era iluminado com o uso de fogo em lamparinas, a iluminação artificial era bem menor do que temos nos dias atuais. A vida de quem não segue Jesus é assim: visão limitada e escuridão total. E desse jeito, usam a Palavra de maneira distorcida ou jamais fazem menção dela.

Sigamos a Jesus, assim como Ele, façamos o uso correto da Palavra de Deus em todas as situações da vida: "Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa" - Mateus 5.13-15.

E.A.G.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Quais os frutos sua árvore está dando para Jesus?

"A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas” – Mateus 7.18 (NTLH). Sermão do Monte“A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas” – Mateus 7.18 (NTLH).

Há alguns anos, cultivo em vasos a planta Asfodeláceas, cujo nome popular é Babosa. E, para minha surpresa, no ano passado, sem que eu plantasse, apareceram pés de tomate, que cresceram e frutificaram ao lado da Babosa . Provavelmente, as sementes vieram junto com a água ou os insumos depositados na terra. Os tomates serviram para dar sabor em alguns sanduíches com queijo prato e mussarela. E minha esperança é que neste ano os frutos apareçam outra vez.

Podemos dizer que é jargão entre os cristãos usar a frase “o crente tem que fazer a diferença neste mundo”. Afinal, muitos fazem uso dela sem refletir que sua origem está em Malaquias 3.18. Não contextualizam a mensagem embutida na frase. E desta maneira descontextualizada, afirmam que esta diferença a ser apresentada deve ser externa. Esperam vê-la no cumprimento grande do cabelo da mulher, no tamanho maior do vestido e da saia, a recusa de usar anéis, braceletes, pingentes, maquiagens... Quanto aos homens, a recusa de calçados do tipo tênis, a recusa de camisetas estampadas, a recusa do tecido jeans, não deixar cabelo e fios da barba crescidos.

Alguns líderes evangélicos, lançam regras de comportamentos sobre o povo, impõem uma etiqueta no modo de vestir-se alegando que são padrões de bons costumes, a afirmação perante a sociedade da identidade denominacional. Desconsideram que ao ser humano a palavra "bom" tem condição de relatividade: algo que parece bom ao irmão x é considerado péssimo para a irmã y; o que é excelente ao irmão w é totalmente repugnante ao irmão z...

Alguns pregadores, ao usarem o microfone misturam a doutrina de Cristo com doutrinas criadas pelo homem, eles defendem o que acreditam ser os “bons costumes” criando uma confusão na mente de muitos que os ouve, deixando a ideia errada que esses "bons costumes" são a doutrina de Cristo, fazem parecer que é ao usarem versículos bíblicos fora de contexto, intercalando com críticas contra as irmãzinhas que cortaram ou tingiram o cabelo; contra a jovem que usa batom, contra a senhora que usa calça comprida.... Para este tipo de pregação, os teólogos classificam como a prática da EISEGESE.

Eu respeito todas as mulheres cristãs que gostam de se vestir conforme os usos e costumes impostos pelos líderes de suas congregações, aqueles vestidos longos, e que optam também por não usar brincos e nem a maquiagem facial. Mas é necessário vigiar. O perigo está em passar a acreditar que este estilo de vida leva à salvação. Somos salvos através do sacrifício de Jesus, jamais pelo que façamos ou deixamos de fazer, o estilo de roupa que usamos ou desprezamos. Não é isso que o Evangelho afirma? Obedecer regras de usos e costumes não santifica ninguém, apenas transforma pessoas sem religião em pessoas religiosas. E religiosidade não salva.

Eu não escrevo considerando a situação pela ordem pessoal. Sempre escrevo e escreverei considerando situações pela ordem espiritual. Exemplo: você é uma alma, cujo futuro tem a possibilidade de seguir para duas direções, ou céu ou inferno.

Toda pregação deve ser embasada em 100% na Palavra de Deus, pois só a Palavra de Deus nos alimenta espiritualmente.

Repito trecho de um artigo colocado no blog Belverede: “Sempre será preciso analisar o conteúdo da pregação de quem faz uso do microfone e púlpitos, porque o cristão é seguidor de Cristo, não é seguidor de ilustre pastor evangélico X ou Y, para quem ama a Deus de verdade importa obedecer a Deus e não aos homens. O ouvinte cristão deve proceder como os crentes de Bereia, sempre examinar as Escrituras com o objetivo de checar se o conteúdo da pregação está em pleno acordo com o ensino bíblico (Atos 5.29; 17.11).”.

A conversão cristã nada tem a ver com mudança de estilo de roupas e cortes de cabelo, ou maquiagem facial. Tais mudanças acontecem também entre os não-convertidos ao Senhor. Veja as pessoas que devem se apresentar perante os juízes desse mundo, até um boçal usa terno e gravata nos tribunais, mas mesmo assim não deixa de tomar atitudes próprias de boçais depois que sai daquele lugar.

A conversão cristã é interna. É ter disposição de orar, pedindo a Deus com sinceridade de coração, o bem de seus perseguidores; amar os inimigos; é perdoar 70 vezes 7 a mesma pessoa que peca contra você o mesmo tipo de pecado no mesmo dia.

Concluindo esta reflexão, quero dizer que sempre que conversei sobre assuntos de usos e costumes, em campo neutro, aonde não sou o mediador do debate, os crentes defensores dessas ideias ao se depararem com argumentos citando a Bíblia Sagrada e sendo obrigados a responderem usando-a também, partiram para ofensas de ordem pessoal contra mim, usaram palavreado impróprio de gente cristã, se esqueceram do amor cristão e quiseram brigar; inventaram mentiras; lançaram calúnias. Sempre os perdoei, porque a minha conversa está no campo da espiritualidade e não da carnalidade. Esses episódios - da falta de argumentação bíblica dos defensores de usos e costumes e agressões verbais em lugar de Bíblia - só reforçaram o meu ponto de vista. Qual? A conversão cristã é uma situação interna e não de aparências externas. 

E.A.G. 

Mateus 5.4 - Bem aventurado aquele que chora?


Sermão do Monte: Bem-aventurados aqueles que choram.

Parece sem sentido esta declaração, pronunciada por Jesus. Como pode alguém ser feliz, se tem motivos para derramar lágrimas? Muitos crentes choram, mas têm dentro de si o Consolador, o Espírito Santo. É por este motivo que conhecem a bem-aventurança, a felicidade, mesmo quando o momento é de grande lamentação. Infelizes, realmente infelizes, são aqueles que sofrem sem conhecer a Jesus Cristo, pois não há o consolo divino que os faça ter a dor aplacada pelas Mãos Divinas.

E.A.G.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Mateus 5.8 - Cristão limpo, cristão limpo

"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" - Mateus 5.8. Sermão do Monte e a conversão de Mateus.
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” -Mateus 5.8.

Bem-aventurados, ou felizes, os puros lá no íntimo do seu ser. Tal estado de pureza não é visto pelos homens, mas é visível para Deus, e por este motivo receberão as recompensas gloriosas do futuro, no céu.

Jesus limpa o coração do pecador arrependido: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”- 1 João 1.9.

Mateus era um publicano (cobrador de impostos), estabelecido em Cafarnaum ao serviço do governo romano ou de Herodes. Quando Jesus chamou-o para segui-lo, estava assentado na coletoria e posteriormente foi contado entre os doze apóstolos (Mateus 9.9; 10.3). Jesus ao receber um publicano em sua companhia, animou outras pessoas de classes desprezíveis da sociedade a segui-lo também. Isto é evidenciado por ocasião do banquete que Mateus deu a Jesus, logo após a sua conversão, quando a presença de muitos publicanos e pecadores provocou críticas por parte dos fariseus, que os consideravam indignos, cerimonialmente sujos. A eles Jesus disse: “Eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento” – Mateus 9.13.

Mateus, nome pelo qual também é conhecido o primeiro Evangelho na ordem canônica, escrito no idioma dos judeus com o objetivo de atingir a leitores que prezavam pelo Antigo Testamento, apresentou Jesus Cristo como o Messias predito pelos profetas. Provavelmente, escreveu-o em Antioquia. Depois o conteúdo foi traduzido para o grego. O conhecimento que os escritores pós-apostólicos tinham deste texto indica que teve larga aceitação assim que foi divulgado.

E.A.G.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Mateus 5.31-32 em sete traduções diferentes e o significado do termo grego porneia


http://belverede.blogspot.com.brPor Eliseu Antonio Gomes

Primeiramente, é importante que esteja esclarecido que, como leitores da Bíblia Sagrada, precisamos ler e considerar o contexto do que lemos, no escopo histórico e entre os seus sessenta e seis livros.

Mateus escreveu o Evangelho de Cristo, que carrega seu nome, visando como seu público-alvo leitores judeus, porém, também, o conteúdo escrito vale para os gentios. O texto, contido no capítulo 5 e versículos 31 e 32, faz parte do famoso e longo discurso do Sermão do Monte, está endereçado aos discípulos de Cristo, os judeus convertidos e gentios convertidos, da primeira geração da Igreja até a data da volta de Jesus.

Mateus 5.31-32 em sete traduções ao idioma Português (em vermelho, a palavra traduzida).

"Estão lembrados do que dizem as Escrituras: 'Quem se divorciar de sua esposa, que o faça legalmente, dando-lhe o documento de separação e seus direitos legais'? Muitos de vocês estão essa lei como desculpa para seu egoísmo e seus caprichos, fingindo que estão fazendo algo justo só porque é legal. Por favor, parem de fingir! Se você se divorciar da sua esposa, será responsável por torná-la adúltera (a não ser que ela já o seja por ter se tornado promíscua. Se você se casar com uma adúltera divorciada, será automaticamente um adúltero. Você não pode usar a cobertura da lei para mascarar uma falha moral" - A Mensagem: Bíblia em Linguagem Contemporânea - Eugene H. Peterson, lançada pela Editora Vida em 2011.

"Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo o que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz ser adúltera; e qualquer que se casar com a repudiada comete adultério" - Tradução Brasileira,  primeira impressão em 1917, edição de 2010 pela Sociedade Bíblica do Brasil.

"A Lei de Moisés diz: 'Se alguém quiser divorciar-se de sua esposa, deverá entregar-lhe um documento de divórcio'. Porém eu digo que se um homem se divorciar de sua esposa, a não ser por causa de infidelidade, faz com que ela, casando-se de novo, cometa adultério. E aquele que se casar com ela, também comete adultério" -  Nova Bíblia Viva, 2010, Editora Mundo Cristão.

"Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério" - Almeida Revista e Corrigida 4ª Edição, lançada pela Sociedade Bíblica do Brasil em janeiro de 2009.

"Também foi dito: quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe documento de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, a não ser por causa de infidelidade. torna-a adúltera; e quem se casa com a divorciada comete adultério" - Almeida Século 21- publicação da Edições Vida Nova em 2008. 

"Foi dito: 'Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio'. Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério." - Sociedade Bíblica Internacional, lançada em 2000.

"Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério" - 2ª revisão da Almeida Revista e Atualizada, publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil em 1993.

Vamos detalhar o significado de "porneia”?

O termo tem a conotação literal de prostituição. Mas, também significa "adultério" e "incesto". Figurativamente, define a idolatria religiosa. A raiz desta palavra grega é "pornôs" (de onde em nosso idioma Português usamos “pornografia”). “Pornõs” está associado com “comercializar”, “vender”, define a pessoa mercenária, corrupta, libertina, a pessoa que se relaciona com prostitutas, o indivíduo fornicário.

A tradução João Ferreira de Almeida, principalmente as versões mais antigas dela, traduz em alguns trechos a palavra grega "porneia" como "prostituição". Não é errada tal transliteração, mas também não é a melhor opção para se verter, pois "prostituição" é uma palavra que descreve ação específica. No idioma grego, "porneia" tem sentido genérico, descreve diversas práticas sexuais ilícitas, não apenas uma.

"Porneia" não descreve o estado civil de uma pessoa, se ela é solteira ou casada. Portanto, vale para solteiros, casados, viúvos.

E.A.G.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Diferentes entendimentos da felicidade e suas consequências

Os antigos criam que a felicidade dependia de um deus ou deuses. Os gregos tinham deuses volúveis e cheios de vícios que ora favoreciam, ora desgraçavam as criaturas, bastando para isso um deslize do infeliz mortal.

Havia a deusa romana Fortuna. Segundo a crença pagã, era quem distribuía as riquezas e determinava os destinos. Mas sempre era representada com os olhos vendados, pois tomava suas decisões completamente ao acaso.

Ainda hoje, muitos têm uma visão de um Deus caprichoso e volúvel com o qual temos de barganhar para ganhar seu favor. "Eu faço o que você quer e você faz o que eu quero!"

Embora cheia de crendices, a Idade Média mantinha valores nobres e elevados do Cristianismo, apontando a felicidade como resultante da relação adequada com Deus. Quebrar esse relacionamento trazia infortúnios. A felicidade significava cumprir sua missão. Foi esta a atitude do apóstolo Paulo, que, mesmo sofrendo lutas, perseguição e morte violenta, foi feliz. Ele disse: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" - 2 Timóteo 4.7.

O humanismo renascentista rejeitou os valores absolutos, centrados em Deus, e transformou o homem na medida de todos os valores. Surge o relativismo ético e moral: "Se interessa ao bem da humanidade, é certo!" A felicidade passou a ser a glória e a perfeição humana. Mas que glória em a criatura senão em seu Criador? Fez-se necessário dar novo sentido ao homem, agora sem Deus como referência. Contudo, o tempo e as guerras mundiais eliminaram todo o idealismo humanista: não somos seres gloriosos, somos feras que devoram outras feras. Assim resta apenas sobreviver e tirar o máximo da vida.

Sobre isso, basta ler sobre o pensamento dos positivistas anteriores às grandes guerras e sua crença na sublimidade humana e compará-los aos existencialistas do pós-guerra. Estes últimos afrmam que o homem é um nada, um vazo sem sentido e sem esperança. Notamos facilmente a mudança de pensamento.

Muitos, então, voltaram-se ao hedonismo, pensamento que diz que o sentido da vida está no prazer. "Comamos e bebamos porque amanhã morreremos" (Isaías 22.13; 1 Coríntios 15.32). O prazer e o capital acumulado tornaram-se a única esperança de felicidade no pós-modernismo.

O Cristianismo, porém, insiste que a felicidade se encontra na relação de amor com o Criador e na realização do propósito da vida que Ele nos deu. Deus não é volúvel, inconstante e cheio de caprichos, mas fiel e constantemente amoroso. Aliás, é o seu próprio Filho quem nos dá a receita da felicidade suprema.

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Nota: A palavra hedonismo tem sua raiz no idioma grego, está ligada à "hedoné", que significa prazer.

E.A.G.

Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de fevereio, Curitiba (Luz e Vida).  Publicado no blog com adaptação.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A felicidade do ponto de vista de Deus

O Senhor pode curar o seu coração e o seu corpo.

"Provai e vede que o Senhor é bom, bem aventurado o homem que nele confia" - Salmo 34.8.

Bem aventurado ou feliz é todo aquele que compreende e pratica a mensagem de Jesus.

A felicidade é um grande enigma. Todos a desejam, mas quase ninguém sabe o que ela é. Há um anseio constante em nós que grita por satisfação. e isso tem sido o ponto central da história humana.

O que é isso que o homem busca tanto e do qual só encontra vestígios? De onde vem esse buraco na alma que nos empurra a uma busca sem descanso? Psicólogos e antropólogos afirmam:

"Felicidade é um (...) truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só finalidade: enganar você (...) é uma cenoura pendurada em uma vara de pescar amarrada no nosso corpo. (...) 'A depressão é um mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço' afirma o escritor francês Pascal Bruckner, autor do livro A Euforia Perpétua (...) Felicidade está virando um peso; uma fonte terrível de ansiedade".

Os teólogos afirmam que essa busca é motivada pelo vazio de Deus em nós que nos inquieta e nos rouba a paz - outro conceito ligado à felicidade: Se fôssemos fazer uma soma total de toda a matéria (...) escrita pelos mais renomados psicólogos e psiquiatras a respeito da higiene mental (...) e se pudéssemos expressar concisamente estas porções de conhecimento científico puro, na linguagem dos mais iminentes poetas vivos, teríamos um resumo, embora incompleto e desajeitado, do Sermão do Monte. E se comparados um e outro, o primeiro perderia bastante. Pois, há quase dois mil anos, o mundo cristão tem segurado em suas mãos a solução para suas inquietações e improdutividades. Aqui... encontramos a receita para o sucesso humano com otimismo, mente sadia e contentamento.

Vazio de Deus ou um truque? Apresentamos a definição de felicidade do ponto de vista da maior autoridade no assunto; Jesus, o filho de Deus. Ele falou sobre ela no Sermão do Monte. Nosso desejo é que isso o ajude a não só a encontrar alegrias passageiras , mas também a felicidade como expressão de vida.

O que é a felicidade?

Para compreender a felicidade, devemos tirar os elementos estranhos como quem restaura um quadro antigo coberto de sujeira até surgir a imagem verdadeira. A felicidade é um estado emocional? Não! Emoções fazem parte de nós, de nossa inteligência, mas são mutáveis. A felicidade deveria ser contínua, não apenas surtos ocasionais de prazer, alegria, êxtase ou euforia. A euforia atrapalha e impede a concentração que o digam os apaixonados!). É preciso estabilidade emocional para continuar a vida, estudar, edificar o lar ou educar filhos.

Buscar sempre a euforia me faria perder a vida caçando um fantasma que desaparece ao ser tocado. Seria infantil! A vida só se realiza em algo cujo valor justifique sua existência. Os resultados da vida precisam exceder o valor da própria existência para que esta seja plena e feliz. Se viver somente para prazeres, serei vazio. As verdadeiras realizações são relacionais, envolvem os outros, não objetos, nem mesmo pessoas como propriedade. A felicidade precisa ser compartilhada com alguém, é relacional. Não é possível ser feliz só. Se não viver por algo maior, ainda que me divirta muito, sofrerei enorme vazio existencial.

O caminho da felicidade pode passar pelas crises, pois elas nos amadurecem, fazem-nos sábios e melhores. Não há crescimento sem sofrimento e sacrifícios.

A felicidade é, portanto, ligada ao propósito da existência, subproduto de uma vida que cumpre plenamente a missão que Deus lhe deu. Vai além da emoção passageira, independente das circunstâncias; é satisfação com a própria vida. Perguntar: "Eu sou feliz?" trata do próprio sentido da vida: "Cumpro o meu propósito?" "Estou onde deveria estar?" "Sei quem eu deveria ser ou tento ser quem não sou?" "O caminho que trilho dará sentido à minha existência?" Ao conhecer o meu , saberei o caminho da felicidade. Ao conhecer o meu Criador, conhecerei a felicidade.

Deus o abençoe nessa caminhada!

Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de janeiro, Curitiba (Luz e Vida). 

sábado, 24 de janeiro de 2015

As famílias e a providência divina

"Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos" - Mateus 10.29-31.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mateus 6.24-33: O pão de cada dia e a ansiedade

Resumidamente, apresento uma reflexão sobre a relação entre o cristão e a prosperidade segundo a vontade de Deus.

A âmago dessa relação é uma pergunta: quem é servo de quem?

Deus deseja que o cristão seja servido pela prosperidade e não que seja servo dela.

Quem se serve do dinheiro o usa para fins bons, abençoadores. Cuida de si e da família dignamente, financia obras evangelísticas. Etc...

E quem é servo do dinheiro é capaz de mentir, matar, roubar, se prostituir, se deixa ser corrompido e é usado para corromper a muitos.

Alguns textos bíblicos sobre ser servido pela prosperidade:

1 - "A bênção do Senhor enriquece e não acrescenta dores" - Provérbios 10.22;

2 - "Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor" - Eclesiastes 7.12;

3 - "Para rir se fazem banquetes, e o vinho produz alegria, e por tudo o dinheiro responde" - Eclesiastes 10.19.

A absoluta incompatibilidade de servir a dois senhores

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” - Mateus 6.24.

O texto esclarece que precisamos buscar a Deus acima das riquezas, e que não devemos tentar servir ao Senhor e ao mesmo tempo às riquezas. Porém, o texto não diz que o rico é impossibilitado de ser servo de Deus.

Servo de Mamom são as pessoas que fazem do dinheiro um deus.

Quando o Criador não é entronizado como Senhor no coração humano, a pessoa despreza a vontade de Deus, e com o objetivos egoístas deixa de amar o próximo. Muitas vezes pode fazer isso almejando enriquecimento. Sem amor ao semelhante, muitos mentem, roubam, matam, aborrecem e abandonam os seus semelhantes. Quem faz essas coisas com o objetivo de enriquecer é servo de Mamom, não tem condições de agradar ao Criador.

Existe também o caso de quem seja socialmente honesto, mas que serve ao dinheiro. Há quem viva para trabalhar, tem mais de um emprego, e esquece-se da esposa e dos filhos, deixa de servir a Deus na igreja. Ele só trabalha, e trabalha, e trabalha. Não vê os filhos, não lhes dá carinho, não tem tempo para a própria mulher e nem tempo para Deus. Estes são servos de Mamom também. O desprezo também é faltar com amor.

Sim, é preciso trabalhar, mas nosso Deus abençoa os trabalhadores que buscam o reino de Deus e sua justiça. Mas os servos do dinheiro não acreditam que se buscarem a Deus em primeiro lugar as demais coisas lhes serão acrescentadas! Elas consideram que “o pão nosso de cada” é única e exclusivamente originada de seu suor.

O valor do cristão

"Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?" - Mateus 6.25-26.

Jesus orienta ao cristão para não ser ansioso quanto às coisas básicas da vida: a vestimenta, a comida, a bebida. E garante que Deus suprie todas essas necessidades, porque aos olhos de Deus somos mais preciosos do que tudo o mais que foi criado.

De fato, não é preciso estar ansioso quanto às coisas necessárias dessa vida. Como comida e bebida, mantimentos, vestes. Temos muitas promessas divinas de provisão e podemos descansar nossas mentes acreditando que Deus cumprirá todas elas.

Os pássaros têm os piores suprimentos? E os lírios, são flores feias?

Vale ressaltar que este texto bíblico não dá suporte para esperar de Deus só o pior dessa vida, somente fracassos: pior feijão; pior arroz; a roupa usada e feia; o carro velho e feio; o emprego indigno, sem nenhum prazer, com salário baixo e que lhe causa vergonha.

Jesus disse que, se buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus, ou seja, obedecer a Deus, não devemos ser ansiosos porque as demais coisas nos serão acrescentadas. Deus quer acrescentar tudo o que é necessário. Então não precisamos mesmo viver em ansiedade porque Deus quer dar o melhor, o que provoca alegria e bem-estar.

"Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do seu coração" - Salmo 37.4.

O cristão e as preocupações desnecessárias

"E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles" - Mateus 6.27-29.

Com ilustrações claras, Jesus reforça a afirmação que Deus cumprirá suas promessa de provisão, afirma que não é preciso haver solicitações exageradas ao orar, não é necessário preocupar-se com o básico da vida, sobre com o que vestir-se, com o que comer e beber.

Jesus usa como ilustração do cuidado divino um parâmetro alto, cita o rei Salomão, o monarca mais rico de todos os reis hebreus. O nome do filho de Davi não foi citado ao acaso - Deus zela muito pelo bem-estar daqueles que O amam.

Então, os cuidados do Criador seriam cuidados na base da mão-fechada? Não.

Será que você pensa que Deus diz assim? "Olha meu servo, use essa roupinha velha, coloque nos pés esse par de sapatos furados, os furos desses calçados podem ser tapados com pedaços de plásticos dentro das solas! Miséria é humildade!”

Desprezemos o pensamento pessimista. Jesus fez uma ilustração apresentando Salomão, o mais próspero entre os reis da sua geração, para que fique bem claro que é preciso descartar a preocupação. Então, não tenhamos a mente distorcida sobre a bondade de Deus em querer nos abençoar na esfera material.

O cristão e o trabalho

“Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?(Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas” - Mateus 6.30, 31, 32.

Mais uma vez Jesus reforça o contexto dizendo que não devemos ficar inquietos com o que comer, beber ou vestir. E refere-se a Deus como nosso Pai, figura amorosa, e enfatiza que Ele sabe que necessitamos das coisas materiais e quer cuidar muito bem de nós.

É importante considerar que Jesus repreendeu os crentes de pouca fé. Devemos buscar a Deus crendo que Ele é galardoador (presenteador) daqueles que O buscam (Hebreus 11.6). Quem prioriza o reino de Deus e a sua justiça é presenteado. Então, não devemos descrer que as promessas de bênçãos materiais não serão cumpridas pelo Senhor.

Ter a mente tranquila quanto aos cuidados do Senhor não significa cruzar os braços, agir como um vagabundo. É preciso ser disposto e se pôr a trabalhar. Deus acompanha os trabalhadores que são fiéis a Ele e lhes prospera em seu serviço. Dá a eles prosperidade: prazer, alegria, sucesso, recompensas, sono para renovar as forças ao dia seguinte, e um salário que lhe garante gozar a vida com muita felicidade.

“E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus” - Eclesiastes 5.19. 

Objetivos na mente e dinheiro nas mãos

"Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" - Mateus 6.33

Cristo finaliza o ensinamento sobre a ansiedade quanto às necessidades básicas dessa vida lembrando que, primeiramente, o cristão deve viver segundo às normas do Reino e da justiça de Deus, e declara que quem assim se comportar todas as coisas necessárias serão acrescentadas na vida dele.

Buscar a Deus e a sua justiça é andar no Espírito e não atender aos deseejos da carne (Gálatas 5.16-23).

Buscar a Deus e sua justiça é priorizar as coisas de cima e desprezar os costumes da terra (Colossenses 3.1-16).

Ao analisar as coisas da carne e da terra, não encontramos nenhum norma bíblica que condena posses de riquezas. Na Palavra de Deus não existe repúdio à prosperidade financeira, mas repúdio à avareza e à ganância.

Por quê? Porque a pessoa avarenta é incapaz de compartilhar o que tem com os necessitados, e quem é dominado pela ganância é disposto a subtrair as coisas do próximo ilicitamente para si. Ou seja, o ávaro e o ganancioso não amam o próximo, conforme a determinação do mandamento do amor ao próximo.

Quem vive no reino de Deus é praticante do amor ao próximo e usa a prosperidade como maneira de expressar amor. Deus lhe supre de tudo o que precisa, ao ponto dele poder abençoar aos outros como a prosperidade que recebeu do Criador e assim sobrar muito para seu uso pessoal.

Quais são as coisas que Deus acrescenta aos que buscam o reino de Deus e sua justiça? Todas as promessas de bênçãos, da esfera espiritual e também da material.

E.A.G.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pão nosso de cada dia - qual o significado dessa oração?

Que a ênfase do nosso cristianismo seja no Abençoador e não nas bênçãos, precisamos empreender como busca principal ser servos do Senhor e não viver a serviço do materialismo.
Entretanto, convém lembrar que no Novo Testamento, termos encontrados no idioma grego, as palavras "salvação" e "paz", além de seus sentidos na perspectiva espiritual, também significam prosperidade material.
Assim sendo, entendo que todo cristão deve colocar Deus em primeiro lugar, e depois disso buscar sua prosperidade financeira sem que a consciência pese. Desejar ser próspero não é motivo para considerar-se materialista. Quando um cristão deseja vida estável não significa que ele é um cristão sem espiritualidade voltada aos céus.
A prosperidade bíblica está desvinculada de riquezas. De certo ponto de vista, ela é relativa. Podemos ser biblicamente próperos apenas com o sustento básico de cada dia, com uma vida cheia da graça e comunhão com Deus, com o próximo, conosco mesmo e com a natureza. Entretanto, é preciso dizer que jamais está ligada com penúria e miséria. O estômago que ronca com fome nunca é de alguém próspero biblicamente!
Muitos cristão não entendem o significado de "pão nosso de cada dia" (Mateus 6.11; Marcos 11.3). É interessante ver que o “pão cotidiano” é um pedido a Deus de coisas materiais, pedido este orientado por Jesus aos discípulos sobre como orar corretamente.
Segundo estudiosos no idioma original do Novo Testamento, o pão nosso de cada dia é figurativo. O termo “epiousios” não quer dizer o "pão de hoje", mas tem a ver com o futuro também. O termo é derivado de subsistência PERMANENTE, de tudo aquilo que é necessário SEMPRE, não é só o alimento. Mas, a interpretação que se faz disso é um quadro de quase miséria... Não é isso, o pão cotidiano tem a ver com estabilidade financeira, ser feliz, ser próspero, sentir-se bem em todos os sentidos.
E, “epiousios”, de Mateus 6.11, nos remete a primeira carta de Pedro, capítulo 5 e versículos 6 e 7. Ele escreveu: "Humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus, porque a seu tempo Ele vos exaltará. Lançando sobre Ele TODA a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós".

Repare: a humilhação que devemos ter é debaixo da mão de Deus, essa humilhação se consiste em lançar diante do Senhor todas as nossas ansiedades. A mão de Deus é cheia de poder. Ao sermos humildes, nessa perspectiva do apóstolo Pedro, Deus nos exalta. Mas, nem todos os cristãos estão dispostos a lançar todos os seus anseios, julgam pecado orar sobre as coisas materiais, como se fazer isso fosse pecado.
Enfim, o fato de crer que Deus quer nosso bem material faz com que muitas pessoas do meio evangélico faça  suposições injustas. Não é correto afirmar que fulano e cicrano é mais materialista do que espiritual. Fazer essas conjecturas sempre será um julgamento sem bases sólidas, porque o coração alheio é terreno que só Deus conhece. 

E.A.G.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mateus 7.1-2 proíbe o cristão fazer julgamentos

"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós" - Mateus 7:1-2.

Estas palavras de Jesus Cristo não são uma proibição aos cristãos quanto a julgar. Na verdade, é o estabelecimento de critérios para se fazer o julgamento, uma orientação para que a crítica cristã seja sempre construtiva, edificante.

Como cristãos, não devemos julgar esquecendo de fazer uso da Palavra de Deus, são as Escrituras que devem sempre servir de parâmetro para que avaliemos pessoas e situações, se certas ou erradas (Salmo 119.105).

Jesus Cristo disse: "Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça" - João 7.24.

Salomão escreveu: "Quem fala a verdade manifesta a justiça" - Provérbios 12.17.

Um dos nove dons do Espírito Santo entregues à Igreja é o discernimento de espíritos, ou seja, a capacitação para julgar corretamente as motivações de todas as ações (1ª Coríntios 12.8-11).

Toda exortação precisa ser feita com amor (Filipenses 2.1-3).

A apologia cristã deve ser usada como reação e jamais uma ação. O apologista do Evangelho de Cristo é a pessoa que se manifesta diante de perguntas, está sempre bem preparado para responder aos que perguntam a razão da fé cristã - 1ª Pedro 3.14-17; 4.15-16.

O cristão é incentivado a batalhar, com ânimo e cuidado constante, em defesa de sua fé - Judas 3.

Enfim, as palavras de Jesus Cristo registradas por Mateus no capítulo 7, apenas alertam sobre a qualidade do juízo que o cristão exerce. Quem julga segundo os critérios desse mundo, sem nenhum amor  ao próximo, no Dia do Julgamento final clamará por misericórdia e não a encontrará (Tiago 2.13)  mas àqueles que julgam misericordiosamente, encontrarão a misericórdia divina  (Mateus 5.7).  

E.A.G.