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sexta-feira, 25 de junho de 2021

A ocasião em que Silvio Santos foi à igreja presenciar a consagração do neto Senor



"A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais" - Provérbios 17.6.

Era um domingo, 12 de janeiro de 2020, quando o casal Fábio Faria e Patrícia Abravanel, filha e genro de Silvio Santos, o dono do Sistema Brasileiro de Televisão. mais conhecido como SBT, levaram o filho Senor para ser apresentado a Deus na Igreja Lagoinha, situada em Orlando - Flórida, Estados Unidos. 

O pequeno Senor é o caçula da bela família, sendo seus irmãos mais velhos Pedro e Jane. O nome dado ao  garotinho é uma homenagem ao avô Silvio, cujo nome real é Senor Abravanel. Na ocasião, estavam presentes os avós do pequenino, Silvio e Iris Abravanel, e os outros filhos de Fábio e Patrícia, cujos nomes são Pedro e Jane. 

O ato de apresentação, que se consiste de oração, foi realizado pelo pastor, e também cantor, André Valadão, amigo da família Abravanel. A consagração das crianças a Deus é uma resposta pública dos pais diante do compromisso cristão de repassar a fé aos filhos, onde os pais expressam a compreensão quanto a responsabilidade como educadores, e o desejo de ensiná-los a viverem de acordo com a doutrina de Cristo, amando a Deus e ao próximo. 1 Samuel 1.27-28; Lucas 2.22-24.

Na cerimônia, Silvio Santos obteve a oportunidade de se pronunciar, quando demonstrou sabedoria e bom humor dizendo: "Nesses primeiros dias do mês de janeiro, eu espero que todos vocês consigam os objetivos que desejam e que todos vocês estejam por aqui por muitos anos, com muita saúde, e que todos vocês consigam chegar na minha idade, que já estou com 89 anos."


Hospedagem original do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=DSZSCMGqueE

domingo, 20 de junho de 2021

Adorando em meio a dor.


"Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se ungiu, e mudou de roupas, e entrou na casa do Senhor, e adorou. Então foi à sua casa, e pediu pão; e lhe puseram pão, e comeu" - 2 Samuel 12.20.

Davi pecou com Bate-Seba e teve um arrependimento genuíno. Porém, o resultado de suas ações equivocadas permanecem. O filho do adultério nasce muito doente, Davi abriga em seu coração a expectativa que o Senhor mude de ideia e deixe a criança viva. Num tempo em que o jejum e o sacrifício eram muito raro entre os israelitas, ele passa a suplicar e jejuar pedindo sua saúde. Mas a criança morre.

Algumas passagens das Escrituras Sagradas nos fazem parar e pensar. Como Davi, após interceder fervorosamente perante Deus por seu filho, e não ter a resposta desejada, encontra forças para se levantar, se lavar, ungir-se, trocar de roupas, ir à Casa do Todo-Poderoso, adorar a Deus e se alimentar? Diante do falecimento do filho, tal comportamento foi contrário ao esperado, normalmente o jejum seguia a morte do ente querido.

Davi não sentiu nenhuma indignação, nenhuma ira ou revolta contra Deus? A resposta é simples, mas chata ao nosso coração. Davi entende que todo juízo de Deus é justo e que tendo feito o tudo o que lhe era humanamente possível, só restava se submeter à vontade divina, ardentemente continuar a adorar ao Senhor.

"E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se DEUS se compadecerá de mim, e viverá a criança? Porém, agora que está morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12.23).

Que exemplo!

domingo, 30 de maio de 2021

Quando o peixe quer o pescador como almoço

"Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor ; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo" - Jonas 2.7.

Jonas sabia que os ninivitas eram idólatras, perversos e tinham enorme preconceito contra os israelitas (1.2). Então, assim que recebeu a missão para proclamar o arrependimento ao povo de Nínive, não quis obedecer ao Senhor e partiu em direção contrária ao lugar que deveria ir (1.3)

Quantas vezes já desprezamos o que o Senhor espera de nós? Não é prudente viver longe da vontade de Deus. Em desobediência, somos engolidos por circunstâncias fora do nosso controle. E dentro do "grande peixe" viajamos em direção à Nínive. 

Pela misericórdia divina, lá dentro do estômago nojento do animal marítimo, não somos dissolvidos com o restante de alimentos. Somos expelidos nas areias de alguma praia de Nínive, lugar que Deus pediu que fôssemos voluntariamente. 

Como estamos aportando no destino que Deus pediu para realizar a nossa missão? Chegamos carregados à força ou por vontade própria? 

O destino certo pode ser em um país remoto e hostil, a missão poder ser apresentar o plano da salvação aos que nunca ouviram falar de Jesus como Salvador e Senhor. 

Mas, também, o lugar que o Senhor quer que estejamos, pode ser dentro do próprio lar, participando das atividades da família. Estar ao pé da cama de um filho ou filha, para motivar o menino ou menina a orar orando junto, a missão pode ser declarar afetos contínuos ao estender a coberta sobre o garoto ou garota adolescente e dizer-lhe "eu te amo, durma com Deus."

Não espere pelo grande peixe para realizar o que Deus quer que faça. É possível evitar o sofrimento causado pela desobediência ao agir com prontidão. O caminho da obediência é melhor, o caminho da bênção nos enche de alegria e paz.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Os benefícios do aprendizado de música durante a infância

Arte: Katty Fincher.
No decorrer dos primeiros anos de formação das crianças, as oportunidades de cursos e de diferentes aprendizagens são notoriamente sem-fim. A instrução musical é capaz de produzir uma enorme diferença em muitas áreas da vida dos pequeninos. Um dado interessantíssimo é que a música tem extraordinário potencial para melhorar as habilidades matemáticas na escola.

As áreas cerebrais responsáveis pela música e pela matemática são as mesmas. O ensino musical abrange contas, frações e bases comparativas. Seja qual for a escolha, todos os instrumentos irão melhorar o raciocínio de cálculos matemáticos da criançada.

Outras vantagens estão relacionadas à disciplina, à paciência e, inclusive, ao comportamento social. Alguns instrumentos, como o violino e o piano, requerem aplicação e perseverança durante o ano inteiro, sempre focando o núcleo mental. Por outro lado, os instrumentos de grupo, quando exercitados em uma classe, aprimoram as habilidades sociais das crianças, pois o convívio com professores e com colegas é necessário.

Como resultado do preparo musical, os jovens têm a confiança em suas qualidades e satisfação pessoal aumentadas, porque atingem suas metas numa classe. Também, lições de música inserem a juventude às inumeráveis e melhores expressões da cultura artística de civilizações remotas.

E.A.G.

Fonte: Jornal Viva Cidade, edição 1380, dezembro de 2019, www.vivacidade.com.br

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Miriã: a hebreia que ajudou sua mãe Joquebede a salvar o bebê Moisés

Por Eliseu Antonio Gomes

Míria  é uma personagem muito interessante , uma mulher retratada de modo destacado na Bíblia, alguém grandemente usada por Deus. Referências sobre ela: Êxodo 2:1-8; 15:20-21; Números 12:1-16.

Origem

Miriã em grego é Maria. Filha de Anrão e Joquebede e irmã de Arão e Moisés (Números 26.59). 

Moisés era o mais jovem dos irmãos. Sendo Miriã mais velha, era ela a responsável que vigiava o cesto do bebê Moisés em uma das margens do Nilo, quando ele foi colocado na água para ser levado pela correnteza com a intenção de que escapasse da morte, pois na época Faraó havia feito um decreto ordenando que toda criança hebreia do sexo masculino deveria ser morta.  (Êxodo 2.4).

Miriã ajuda sua mãe e salvar o caçula Moisés. (Êxodo 2.1-25)

No Antigo Testamento, a palavra "faraó" aparece como um título e também um nome próprio. O rei do Egito era considerado como um deus, tido como a encarnação do deus Horus, através do qual produzia as inundações anuais do Nilo e, portanto, visto como responsável pela fertilidade da terra. Era dito que ao ser coroado, se fazia deus-homem; ao morrer, fazia-se inteiramente deus, abandonando a condição de ser humano, e por este motivo deveria ser adorado nos templos dos mortos, as pirâmides. O faraó contemporâneo de Miriã, enquanto ainda menina, é apontado como sendo Seti I, este impôs aos hebreus trabalhos forçados e excessivos, e outras restrições, cuja finalidade era impedir o crescimento e o progresso dos hebreus entre os egípcios. Dele, a narrativa bíblica diz que não conheceu a José, governador hebreu que livrou os egípcios da fome antes que chegasse o tempo de grande seca (Êxodo 1.8).

Seti percebeu que o número de hebreus no Egito era grande, temeu a rebelião dos hebreus contra seu governo e por causa deste medo colocou em prática um desígnio mau contra o povo de Deus,
 extinguir todos os bebês de sexo masculino. Nesta época, Joquebede deu à luz a Moisés. Arão era três anos mais velhos que Moisés, não correu perigo de morrer porque o edito macabro entrou em vigor quando sua idade não se encaixa no plano de infanticídio (Êxodo 6.20; Nm 26.59).

Da perspectiva humana, Moisés não sobreviveria, mas Deus usou Joquebede e Miriã para que não morresse na fase de primeira infância pelas  mãos dos egípcios. Miriã agiu em obediência às orientações de sua mãe. A fé e a inteligência de Joquebede e a coragem de Miriã fizeram com que o edito de Faraó não tivesse efeito contra o futuro  Libertador de Israel. 

Moisés permaneceu escondido por três meses. Aparentemente, Miriã tinha idade o suficiente para oferecer os cuidados apropriados e a proteção que era exigida naquela situação crítica. Apesar de Miriã ser muito nova nessa época, ela era destemida e seguindo a orientação de sua mãe, levou o bebê dentro de um cesto e deixou-o  num lugar em que a princesa do Egito normalmente frequentava, próximo de juncos. Ali, posicionada de longe, estrategicamente, observou quando o pequenino e indefeso irmão foi encontrado pela filha de Faraó. Assim que o viu, a princesa  ficou encantada e decidiu que cuidaria dele como se fosse seu filho. E Miriã logo foi ter com ela usando as palavras certas para que procurasse uma mulher hebreia para ajudá-la a criá-lo. E assim foi feito (Números 26.59). 

Joquebede, pôde continuar a amamentar Moisés, foi possível a ela acompanhar seu crescimento, testemunhar sua privilegiada vida como se fosse um príncipe egípcio, viu como ele recebeu a melhor educação possível para um menino daquela época e ainda foi paga para que cuidasse do próprio filho.
Ela teve a oportunidade de semear em seu coração o fruto da fé que agrada ao Senhor, e assim posicioná-lo na fase adulta a proceder com o senso de justiça que o tornou líder do povo hebreu.

É digno de nota que o nome Moisés remete para sua origem, o significado hebraico é “tirado para fora” e o significado egípcio é “salvo da água”. 

Anos depois, Miriã juntou-se a Moisés e a Arão, quando houve a libertação do povo de Israel do Egito. Ramsés II e Menepta II são apontados por egiptólogos como o faraó que reinava quando os israelitas saíram do Egito.

O cântico

Aparentemente, Miriã possuía dotes musicais. Era ela quem dirigia as mulheres de Israel no cântico e na dança, para celebrar o livramento que Deus deu a Israel da escravidão do Egito,  após a passagem do mar Vermelho (Êxodo 15.20,21). Tal manifestação festiva dá nome ao livro "Êxodo". Junto com uma multidão de ex-escravos da nação mais poderosa da terra. Efusivamente, Miriã louvou a Deus porque havia escapado do regime opressor de Faraó. Os salmos 78 e 105 referem-se ao momento e os profetas neotestamentários relembraram os dias do êxodo com o mesmo objetivo de Miriã, manter a consciência avivada do povo quanto ao grande feito do Todo Poderosos em favor dos israelitas. 

Simbolicamente, o Egito representa ideologias que confrontam a vontade de Deus para o ser humano, na Bíblia o Egito raramente aparece como amigo de Israel.  A passagem dos judeus com os pés enxutos pelo Mar Vermelho, alude ao livramento triunfal do pecador da escravidão do pecado, rumo à liberdade. Os feitos poderosos, pelos quais este cântico rende graças a Deus, quando Miriã dançou alegremente, prefigura os feitos ainda mais poderosos pelos quais os remidos cantarão louvores a Deus pelas eras sem fim da eternidade. No porvir, um dos cânticos triunfais dos remidos chama-se "Cântico de Moisés e do Cordeiro (Apocalipse 15.3).

Profetisa

Miriã é a primeira personagem feminina citada na Bíblia como profetiza (Êxodo 15:20-21_, embora não exista nas Escrituras nenhum relato de Deus falando com Miriã ou dando-lhe qualquer revelação ou instrução para ser repassadas aos judeus. 

Infelizmente, aparentemente, Miriã deixou ser levada pela inveja, ao ver  a posição de destaque que seu irmão caçula havia alcançado. Este sentimento fez com que ela cometesse erros. como castigo, Deus permitiu que ficasse leprosa. Ao reivindicar a posição de profetiza em Números 12.2, em vez de confirmar sua reivindicação, foi repreendida severamente. Parece que foi ela quem deu origem à rebelião de Números 12.1 e 2, desde que seu nome vem primeiro em vez da ordem usual (seguindo o dos homens) como nos versos 4 e 5. 

Apesar do seu comportamento, Arão e Moisés fizeram intercessão, pelo clamor de seus irmãos Deus a curou; antes da doença chegar ao fim, ela desejou não ter pecado (Números 12.10).

O descanso

Miriã não conheceu a terra prometida, pois faleceu antes da travessia à Canaã. Parece haver um lapso de 38 anos entre os capítulos 19 e 20 de Números. Neste intervalo de tempo, Miriã, com aproximadamente 130 anos de idade, morreu e foi sepultada em Cades. Moisés e Arão , morreram todos no mesmo ano. Miriã em Cades (20.1); Arão, com cerca de 130 anos, no monte Hor (20.28) e Moisés, aos 120 anos de vida, no monte Nebo (Deuteronômio 32.50).

Conclusão

Miriã cometeu equívocos graves e acertos impactantes. Se observamos sua vida tendo como base de avaliação as páginas bíblicas onde estão os textos normativos à fé cristã, temos a oportunidade de crescermos espiritualmente como servos do Senhor Jesus Cristo. 


Comentário Bíblico Beacon. Gênesis a Deuteronômio. Volume Página 1. Edição 2012. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
Principais Personagens Bíblicos. Forrest  L. Keener Volume 1. Lição 19: Miriã. Página 44. Web site Palavra Prudente.
Manual Bíblico Henry H. Halley. Edição 1994. Páginas 120 e 138. São Paulo. (Vida Nova).
Tesouros de Conhecimento Bíblico. Emílio Conde. Edição 1983. Página 279, Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Professora pinta a unha de aluno de 4 anos e psicóloga Marisa Lobo faz grave alerta aos pais

Por Will R. Filho

Mais um caso de doutrinação ideológica dentro da sala de aula causou indignação entre os internautas esta semana, após uma tia-avó denunciar que o seu sobrinho-neto de apenas 4 anos teve às unhas pintadas por uma professora na sala de aula. O caso chamou atenção até mesmo da psicóloga Marisa Lobo, autora de vários livros na área de educação familiar.

"Essa mãozinha não é de uma menina e sim de um menino que é o meu sobrinho neto de 4 anos simplesmente ele chegou da escola com as unhas pintadas de azul a Professora dele fez o dia da beleza e pintou a unha de todos os meninos (sic)", denunciou a tia em uma postagem na sua rede social.

A mulher completou dizendo que a professora "falou que as crianças tem que experimentar de tudo ele está usando ideologia de gênero na sala de aula amanhã dia 9 vai ter reunião e eu estarei lá".

Marisa Lobo, por sua vez, fez uma publicação denunciando a suposta professora e fazendo um alerta aos pais. "Precisamos ter a coragem de denunciar esses abusos contra a infância. Pais, prestem atenção! Se acontecer isso com seu filho grite!, denuncie, esta escola passou de todos os limites", escreveu a psicóloga.

"Como psicóloga não posso me calar diante dessa desconstrução da identidade de um menino. O que querem, o que estão fazendo é 'feminilizar' seu filho, não aceitem pais, mães, famílias, essa violência psicológica, violência simbólica contra suas crianças, proteja a integridade psicológica de suas crianças", completou.

O Opinião Crítica entrou em contato com Marisa Lobo, pedindo maiores esclarecimentos sobre os efeitos de tal atitude na mente de uma criança. A psicóloga, que é autora do livro "Ideologia de Gênero na Educação" e "Famílias em Perigo", respondeu da seguinte maneira:

"Crianças estão em processo de formação biopsicossocial. Os primeiros cinco anos de vida são cruciais para a formação da personalidade da criança, e isso inclui a própria identidade de gênero, que deve estar em harmonia com o sexo biológico dela. Essa personalidade/identidade vai se consolidando ao longo dos anos, até a fase da adolescência.

Quando uma professora induz elementos simbólicos que vão na contramão do que é atribuído à identidade do sexo masculino ou feminino, ela está provocando confusão na mente dessa criança, e se ela por algum motivo já vier de um contexto confuso, isso só agrava ainda mais".

Marisa Lobo explicou que a intenção dos ativistas de gênero é justamente "desconstruir" esses padrões, o que eles chamam de "heteronormatividade", porque acreditam que tudo se resume à cultura, como se os sexos masculino e feminino não fossem definidos, na verdade, pela biologia, mas sim por uma narrativa cultural.

"A ideologia de gênero consiste na ruptura com a realidade biológica do ser humano. Os ativistas pensam que tudo é uma questão de narrativa cultural, quando não é. Existe uma construção lógica e perfeitamente ordenada na formação do ser humano, a qual inclui a definição dos sexos e da identidade relacionada a ele. A cultura apenas sancionou o que a biologia definiu.

Claro que há alguma flexibilidade, sim, pois não podemos tratar tudo de forma determinista, mas também não podemos fingir que uma pessoa pode ser qualquer coisa, porque isso é uma mentira inventada por pessoas inconsequentes e alienadas ideologicamente.

Portanto, o professor que diz ao aluno que ele pode 'experimentar de tudo' está violando sua competência, a educação familiar e a integridade moral da criança em formação. Essa professora, se realmente fez isso, precisa ser denunciada pelos pais e processada por abuso psicológico infantil, e se a escola atuar como cúmplice dessa violência psicológica, ela também deve responder na justiça".

E.A.G.

Fonte: Opinião Crítica. Data: 08/10/2019 às 19h48 com atualização às 21 horas  - https://tinyurl.com/yysgy8kr

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

O Tamanho de Deus


O filho perguntou ao seu pai:

- Qual é o tamanho de Deus?

Sabiamente, aquele homem aproveitou muito bem o momento de curiosidade infantil do seu garoto. Era possível avistar uma aeronave de grande porte passando sobre ambos, e então ele perguntou ao filho:

- Qual é o tamanho daquele avião?

- Quase não consigo vê-lo, é pequeno, papai...

O pai convidou o menino para passear e levou-o ao aeroporto no qual a aeronave se dirigia para fazer a decolagem. Chegando lá, mostrou-lhe na pista o avião estacionado. Pela segunda vez, dirigiu-lhe a pergunta:

- Filho, qual é o tamanho daquele avião?

- É enorme, papai!

Só então ele respondeu ao seu filho:

- Quanto mais perto você estiver de Deus, 'mais grande' Deus será em sua vida. Para ter esta aproximação, viva a sua vida como seguidor de Jesus Cristo.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Os motivos que levam pessoas a agirem como William Algusto da Silva, sequestrador que ameaçou passageiros do ônibus 2520 viação Galo


William Augusto da Silva, nasceu em 1999, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, havia completado 20 anos de idade e trabalhava como vigilante. 

Sobre ele, uma irmã disse que era o caçula da família. Trabalhava com o pai, gostava de trabalhar. Pensou em ser bombeiro, dizia que o Brasil estava precário e precisava de ajuda. Era uma pessoa alegre, tranquila e caseira. Mas, aos dezoito anos saiu de casa e foi morar com a avó. E às 5 horas da manhã da última terça-feira, 20 de agosto, quando o sol ainda não havia iluminado a cidade carioca, entrou em um ônibus da linha 2520, da viação Galo Branco, e fez 38 pessoas reféns na ponte Rio-Niterói, inclusive uma mulher grávida. Naquele momento, ele portava uma arma de brinquedo, simulacro de arma de fogo, uma arma de choque, spray de tinta com cor preta, garrafas contendo combustível e um isqueiro. Amarrou os sequestrados e ameaçou queimá-los. 

Cogita-se que William sofria de depressão. Ele revelou que sentia dor de cabeça, estava triste e cansado, e por conta disso sua mãe procurou assistência médica e assim passou a tomar remédios para controlar seu mal estar. Uma irmã do rapaz acredita que William decidiu sequestrar o ônibus e ameaçar pessoas porque não suportava mais a pressão na cabeça, não aguentava mais o sofrimento com ele mesmo; não pensava em se matar mas desejava que alguém o matasse. 

O comandante do Batalhão de Operação Especiais (Bope), que administrou a ocorrência, descreveu William como uma pessoa portadora de perfil psicótico. Seu estado emocional oscilava entre altos e baixos. Não foi capaz de explicar com clareza para a polícia qual era sua motivação para sequestrar os passageiros do ônibus, no entanto, pediu 30 mil reais. Os reféns disseram para jornalistas que William havia dito estar vivendo problemas pessoais, sem detalhar quais seriam, não queria machucá-los e manteve a calma durante todo o período de negociação com a polícia.

William usou uma máscara igual à utilizada pelo atirador que matou oito pessoas no dia 13 de março na escola de Suzano. O sequestro durou quatro horas e terminou quando atiradores de elite o alvejaram de modo fatal, aproveitando um momento em que desceu do veículo. No momento dos disparos, diversas pessoas no local comemoraram ao ver seu desabar inerte no asfalto; os pais do sequestrador se dirigiam ao local para tentar ajudar na solução do problema, ficaram muitos abalados com a morte e a atitude do filho, e receberam proposta de tratamento de psicólogo. 

Segundo Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, que conversou com a família do sequestrador, a mãe de William demonstrou sentir uma imensa dor na alma, um dos parentes do criminoso pediu perdão a ele e para a sociedade. “Conversei com familiares dele, um deles me pediu desculpa. Mas ele queria pedir desculpas e pediu à toda sociedade, pediu desculpas aos reféns, disse que alguma coisa falhou na criação. Vamos também cuidar da família dele, tentar entender o problema para que outros não ocorram", destacou o governador.

Os atiradores serão promovidos por Witzel. 


Por que William quis fazer isso?

É preciso analisar com muito cuidado assuntos assim. Famílias sofrem em agonia. Vidas foram separadas. A devastação produzida pela atitude inconsequente do jovem William é indescritível no coração da sua família. Porém, é por essa razão que não podemos ficar calados. Para erradicar o fruto de baixa qualidade, o agricultor cuida da raiz ruim. É preciso entender a razão de acontecimentos dessa natureza e nos concentrar e achar respostas.

Famílias desestruturadas. 

Aparentemente, o caso de William tem a ver com saúde. debilitada. O relato da mídia sobre como os pais se comportaram diante do fato estarrecedor, demonstra que eram genitores de bom coração.

Quais são os denominadores comuns nessas tragédias? Logicamente, quando alguém decide pegar em armas e ameaçar tirar vidas alheias, tal indivíduo é o responsável por seus atos de assassino. Entretanto, outros fatores podem contribuir para que tenha um estado mental perturbador.

Na fase de crescimento, a presença de pais bons e de presença estável cria reflexos positivos para que a pessoa se transforme um cidadão de bem, adulto sociável. Não podemos ignorar as consequências ruins de famílias desfeitas. Não podemos desprezar os dados de que nos Estados Unidos, a grande maioria dos atirados em massa moravam em lares sem pai.

Está comprovado que haver a presença do pai biológico ao longo da criação e desenvolvimento da criança é algo extremamente benéfico para ela. Quando o homem separa o sexo da paternidade, quando o divórcio desfaz a união de pai e mãe, é quase uma certeza absoluta que haverá estragos na cabeça do filho.

Os assassinos vêm em grande parte de lares sem pai?

O divórcio cria abalos psicológicos marcantes na vida de crianças, jovens e adolescentes. Não negamos a existência das exceções nestes casos. 

O contraponto importantíssimo, que salva muitas pessoas na idade infantil, é a adoção. A relação de amor é mais forte do que o aspecto consanguíneo; o laço de afeto verdadeiro de bons pais adotivos é capaz de remediar as consequências da ação nociva de famílias desestruturadas.

É importante enfatizar: crianças precisam de pais, e os pais precisam ter Jesus como seu Salvador e Senhor, todos precisamos considerar a Bíblia Sagrada a nossa regra de fé e conduta.

A ideologia marxista versus família cristã. 

Como cristãos devemos estar atentos para as forças espirituais e sociológicas que estão unidas para destruir o padrão bíblico estabelecido por Deus para a instituição familiar. Nesta ação simultânea de ataque às bases da sociedade cristã, existe:
• a perda da noção exata da santidade, que há no matrimônio;
• a pornografia, que transforma homens viciados em sexo e mulheres em objetos da luxúria masculina;
• o feminismo, que desdenha da responsabilidade masculina no casamento e na família; 
• a defesa do direito ao aborto em qualquer circunstância, que incentiva a cópula irresponsável e egoísta.
Todos esses elementos de ataque visam acabar com casamentos, desestabilizar a vida de crianças tirando delas a figura paterna, e assim desfazer o núcleo social aos moldes bíblicos, que é a família estável, composta da união de um marido ao lado de sua esposa criando seus filhos juntos.


Pecadores e ímpios 

A alegria de alguns com a morte de William, mostra falta de compaixão. Será que não existe mais aquele amor, proposto por Jesus? "Amai os vossos inimigos." Se estes que comemoraram são pessoas que se dizem crentes em Cristo, precisam crescer na fé e no conhecimento da Palavra de Deus. A posição correta dos autênticos cristãos, é desejar que o bandido se entregue, se converta e abandone a criminalidade. Mas, se ele resiste à prisão e ameaça as vítimas e a polícia, entre a vida de inocentes e a de um criminoso, será sempre preferível que os inocentes vivam. Quem é realmente de Cristo, prefere dizer "bandido bom é bandido convertido; ex-bandido; morto apenas para as atividades desse mundo cheio de pecados." Melhor seria se aquele sujeito tivesse conhecido a Cristo antes de sequestrar e tentar incinerar mais de 40 pessoas amarradas.

Deus não tem prazer na morte de ninguém, nem do ímpio e nem do pecador. Existe diferença entre o ímpio e o pecador. O ímpio é aquele que faz oposição consciente contra Deus e a sua obra. é quem comete impiedade, é aquele que se posiciona, conscientemente, contra a piedade (religião). Deus não tem prazer na morte de ninguém, nem dessa gente inimiga declarada de religiosos. E o seguidor de Jesus também não sente alegria. Apesar de Deus não ter esse prazer, todos os ímpios e pecadores que não se converterem, receberão a sentença da segunda morte.

A autoridade divina que Deus dá às autoridades

O que a Bíblia diz sobre pessoas à margem da lei? "Que todos estejam sujeitos às autoridades superiores. Porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas. Assim, aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus, e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Você quer viver sem medo da autoridade? Faça o bem e você terá louvor dela, pois a autoridade é ministro de Deus para o seu bem. Mas, se você fizer o mal, então tenha medo, porque não é sem motivo que a autoridade traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar quem pratica o mal" - Romanos 13.1-4.

Note, está escrito que as autoridades policiais, e de outras esferas, são ministros de Deus para castigar aqueles que praticam o mal. (Rm 13). As Escrituras incentivam a respeitar as autoridades, que são instituídas por Deus, e avisa que as autoridades não carregam a "espada" em vão, isto é, estão preparadas e dispostas a usar a arma quando necessário.

William agiu como se fosse um bandido que quis chamar a atenção de todos para si. E conseguiu, da pior maneira que alguém poderia imaginar. Se por acaso for verdade que pensava em não viver mais, mas não queria terminar com sua vida através do suicídio, morto por alguém, que coisa horrenda ele fez para alcançar seu objetivo; não ter amor a própria vida e colocar em risco a integridade física alheia, ser infeliz e querer provocar a infelicidade nos outros e atitude deplorável.

Conclusão. 

Nos principais polos urbanos da sociedade brasileira, a violência está presente em número alarmante. Neste caos, causado pela filosofia da pós-modernidade. Observamos que o maior número de gente predisposta a cometer as mais variadas modalidades de crimes vêm de lares com pais ausentes. Não podemos negligenciar o fato do sistema de justiça criminal ser falho, emitir sentenças desiguais para casos similares, e que ao causar a sensação de impunidade merece receber sua parcela de culpabilidade neste caos. Também É preciso voltar a sinalizar a existência de cidadãos de bem, pessoas que conseguiram superar muita dificuldade em seus lares e se tornaram as raras e nobres exceções neste assunto tão grave, que é a criminalidade.

Havia dentro do ônibus tomado pelo William pessoas em aparente risco de se transformarem em vítimas de assassinato. Garrafas com gasolina poderiam servir para atear fogo no veículo com todos dentro. Assim como o governador do Rio, nós lamentamos a morte do bandido e festejamos a continuidade da vida dos reféns. Seria muito chocante se o desfecho fosse o ônibus em chamas, com os sequestrados amarrados.

O trabalho do BOPE é inquestionável, merece parabéns.

E.A.G

Com informações de:
Charisma News - The Spirit of Jezebel, Fatherless America, and Mass Shootings - Michael Brown - 10 horas. 19/08/2019 - https://bit.ly/2NwWgGR 
G1 - Sequestro na Ponte: criminoso exigiu R$ 30 mil e avisou que não queria machucar ninguém, diz refém. 11h24 - 20/08/2019 com atualização em 22/08/2019. https://glo.bo/2TR6qmz
R7 - Balanço Geral - Irmã revela perfil do jovem que sequestrou e fez reféns em ônibus no Rio 14h54 - 21/08/2019 - - https://bit.ly/2L6FSts 

domingo, 21 de julho de 2019

A Mordomia da Família


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A família é uma instituição divina. Possui atribuições, que são as seguintes: vida íntima conjugal, multiplicação do gênero humano, preservação da espécie, educação, proteção, afeto. É o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe. Em termos de unidade, a família não é um grupo de pessoas alheia aos interesses uma das outras, que competem entre si; a rivalidade é posta de lado, seus membros visam ao bem-estar do lar; se comunicam, se amam e se ajudam.

Individualmente, seus membros devem fazer a sua parte com o propósito de tornar mais resistente os seus laços de união, ocasionar segurança, felicidade e desempenhar sua missão bíblica para a glória de Deus. Todo cristão deve ter em alta conta que o Criador possui um propósito específico ao estabelecê-la, confere responsabilidades a cada membro dela e um dia teremos de prestar-Lhe contas.

I - A FAMÍLIA NO PLANO DE DEUS

1. A instituição do casamento.

Quase todos conhecem muito bem os relatos sobre a origem do casamento. Está em Gênesis, capítulos 1 e 2. No princípio, Adão foi a única criatura do sexo masculino que vivia sozinho no jardim do Éden. Deus criou todos os animais aos pares, mas o ser humano foi feito antes da sua figura feminina. Uma simples parceira seria incapaz de preencher as necessidades orgânicas, emocionais e sociais de Adão, por esta razão, ao formar Eva, Deus não os fez exatamente iguais, mas companheiros conjugais.

Deus poderia ter trazido Eva à existência criando-a a partir do pó da terra, assim como fez com aquele que viria a ser o seu esposo, mas formou-a da costela do homem para que houvesse um relacionamento mais íntimo entre os dois (Gênesis 2.24; Efésios 5.28-29). Em Gênesis 2.4, sobre o relato da criação de Eva. encontramos a expressão hebraica "kenegdô", que descreve algo diferente e que se ajusta com perfeição.

A narrativa bíblica esclarece a condição de solidão de Adão com as seguintes palavras: “para o homem não se achava uma auxiliadora que fosse semelhante a ele". Em seguida temos o relato de como Deus fez uma provisão sob medida para Adão. Extraiu uma costela dele, da parte óssea criou um ser vivente consanguíneo, fez Eva para Adão, "e a levou até ele” (Gênesis 2.19, 20). E daquele dia até hoje, nenhum outro acontecimento tem tido maior importância para homem do que sua mulher. Sozinho o homem é incompleto.

A obra-prima de Deus são uma fêmea e um macho juntos, feitos segundo a imagem e semelhança do Criador (Gênesis 1.27), para se complementarem e gerarem filhos também à sua imagem e semelhança (Gênesis 5.3). Eles foram o primeiro casal de seres humanos a celebrarem o casamento. Começando pelo casal Adão e Eva, o matrimônio é uma instituição estabelecida com elevados objetivos em todos os sentidos da vida. No ambiente íntimo do encontro de corpos surge o lar com crianças, e conforme o planejamento divino, a linhagem descendente do ser humano cresce. Assim, a posteridade do primeiro casal, atravessa gerações, é a Humanidade da qual somos parte.

Deus criou e abençoou o casamento, para ser único e definitivo na vida do homem e da mulher (Gênesis 2.24). Moral e legalmente para que marido e esposa se relacionem afetivamente, e com a mesma dignidade entre si, estejam vinculados por toda vida. A expressão do verbo “apegar-se-á à sua mulher” (Gênesis 2.24, ARC) pressupõe afeição e amor que une homem e mulher, também aliança; amizade (Deuteronômio 11.22-25; Rute 1.14; Provérbios 18.24).

A união física do casal,  sempre deve fluir do amor e do acordo mútuo:

"Seja bendito o seu manancial, e alegre-se com a mulher da sua mocidade" - Provérbios 5.18.

"Aproveite a vida com a mulher que você ama, todos os dias dessa vida fugaz que Deus lhe deu debaixo do sol, porque esta é a parte que lhe cabe nesta vida pelo trabalho com que você se afadigou debaixo do sol" - Eclesiastes 9.9.

Usando como base bíblica Gênesis 1.28 "Frutificai, e multiplicai-vos" (ARC), por muito tempo interpretes das Escrituras falharam ao afirmar que a única finalidade da conjunção carnal de pessoas casadas era a fecundação. De fato, o Criador assegurou a dádiva da fertilidade e ordenou a reprodução do homem para que houvesse o povoamento do gênero humano na terra, porém, tal designação não significa que não deve haver o prazer e a felicidade conjugal na vida a dois.

2. A origem da família.

Antes de estabelecer a família, Deus instituiu o casamento. Consequentemente, é de suma importância zelar com extremo cuidado tanto da união matrimonial quanto das pessoas que estão ligadas a nós pelos laços do parentesco sanguíneo ou da adoção.

Lemos que Adão viveu por algum tempo sozinho no Éden, dava nome aos animais que passavam diante dele, até que o Criador providenciou para ele aquela que seria a mãe de seus filhos e pôs fim ao seu período de solidão. Lemos, em Gênesis 1.24-27, que no sexto dia da criação, após criar os animais que vivem sobre a Terra, criou o homem e a mulher, e os pôs para cuidar de toda a natureza. A bênção do Senhor para eles, então foi: "Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra" (versículo 28).

Após criar a família (Gênesis 2.18-25), Deus estabeleceu o governo (Gênesis 9.4-7; 10.5; Romanos 13.1-8) e muito tempo depois a Igreja (Mateus 16.18). As três instituições formam o elemento básico de uma sociedade firme e bem estruturada.

II - A MORDOMIA DA FAMÍLIA

1. Os princípios que regem o casamento cristão.

A monogamia foi instituída pelo Criador, porém a poligamia foi criada pelo ser humano. O primeiro polígamo da história foi o quinto descendente de Caim, chamado Lameque, ele teve duas mulheres e tal qual Caim foi um assassino (Gênesis 4.17-19, 23-24). A declaração bíblica "e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2.24) fala de monogamia, ou seja, o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e da mulher com um só homem. O Novo Testamento ratifica o princípio monogâmico apresentado em Gênesis (Ler em Mateus 19.5; 1 Coríntios 7.2 e 1 Timóteo 3.2).

O corpo do cristão é membro de Cristo e templo do Espírito Santo, assim sendo as Escrituras proíbem marido e esposa de realizarem práticas sexuais ilícitas (1 Coríntios 6.16). São consideradas transgressoras, dentre outras, as relações incestuosas (Levíticos 18.6-18), o coito com animal (Levíticos 18.23), o adultério (Êxodo 20.14) e a homossexualidade (Romanos 1.26-27). O corpo não pode servir a libertinagem (1 Coríntios 6.13), entretanto deve prestar adoração a Deus em todas as circunstâncias (1 Coríntios 6.20).

No plano de Deus para a família, os princípios que regem o casamento cristão são a monogamia e a heterossexualidade. Quando o casal não aplica os fundamentos bíblicos em seu matrimônio, a relação humana se transforma em caos no ambiente do lar.

2. A prioridade da família.

Toda pessoa cristã, que é um potencial pai ou mãe, analisando cuidadosamente a situação de gerar e criar uma vida, deve meditar nas palavras do salmista: “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão' (...) 'Feliz o homem que enche deles a sua aljava" (Salmos 127.3-5).

A Palavra de Deus nos ensina a valorizar a família, esclarece a missão dos pais em ensinar a criança no ambiente familiar tradicional (Deuteronômio 6.1-9). É vontade de Deus que cada criança tenha um pai e uma mãe para zelar por ela e cuidá-la. Cada bebê que nasce ou criança que é aceita na família envolve o pai e a mãe nas seguintes responsabilidades:
• cuidar do corpo (prover roupas, manter sua saúde etc);
• alimentá-la;
• estruturar sua personalidade convenientemente;
• educá-la;
• conduzi-la a Cristo, seu Salvador e Senhor. 
A Carta aos Efésios contém alguns princípios que norteiam o relacionamento familiar, entre o casal, pais e filhos. O conselho do apóstolo Paulo é que exista uma plena união entre os casados, uma parceria de amor e de respeito. Quanto aos filhos, ele exorta-os à obediência. Aos pais, seu aconselhamento recomenda-lhes a cuidar bem de seus filhos (Efésios 5.22 a 6.4).

2.1 - Exemplo dos fiéis como marido e pai.

Ao escrever sobre as qualificações de presbíteros e diáconos, isto é, fazer uma abordagem destinada às classes ministeriais do pastorado e do diaconato, o apóstolo Paulo inicia o assunto com uma frase que diz muito sobre uma ação exterior e não interior: "se alguém deseja o episcopado, excelente obra almeja" (1 Timóteo 3.1). Desejar e almejar são duas palavras que juntas descrevem bem a pessoa que possui uma motivação muito forte para conquistar um objetivo.

Em seguida, o apóstolo passa a falar sobre a necessidade do pretendente ao ministério eclesiástico possuir um estilo de vida que representa um comportamento exemplar (3.1-12). Entre outras exigências, aquele que pretende liderar o rebanho de Cristo na igreja, antes de assumir o posto, precisa:
• provar na intimidade da sua família que é capaz de guiá-la à salvação e à edificação. (3.4, 12).
• ser um testemunho-vivo em ambiente público que é capaz de guiar sua família à salvação e à edificação. (3.4, 12).
• viver relacionamento excelente ao relacionar-se com a esposa e seus filhos no ambiente familiar;
• viver relacionamento excelente como marido e pai em ambientes longe do lar;
• precisa ter bom relacionamento com sua companheira e sua prole em momentos de crises internas e externas que os envolva diretamente;
• ser um modelo daqueles que sabem usar a autoridade (que não é o mesmo que autoritarismo) sobre tudo o que está relacionado à sua casa;
• possuir a imagem de pai que todos os filhos gostariam de ter tanto na infância, quanto na adolescência e ao atingir a maturidade.
Ao ser alguém que tem índole de pessoa justa e afável ao  relacionar-se com a esposa e seus filhos, e possuir histórico familiar contendo lições de boa convivência entre os familiares,  o pretendente ao ministério eclesiástico é apto para realizar a governança espiritual.

A pergunta perspicaz do apóstolo sobre esta condição deve ressoar nos tímpanos de todos os cristãos: "Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?" (3.5).

2.2 - Qual tipo de esposo e pai você tem sido para sua família?

Não é apenas as pessoas que pretendem ser ministros na Obra do Senhor que precisam exercer boa liderança no lar. Todo cristão tem o dever de cuidar bem da instituição familiar que Deus lhe confiou o papel de mordomo. Que espécie de impressão sua esposa e seus filhos têm da sua pessoa? Sua mulher quase não o vê acordado, porque está dominado pelo cansaço? Os filhos se relacionam com um pai que costuma ler a Bíblia com eles, orar e brincar junto, ou o diálogo entre vocês é apenas no momento de repreendê-los? Será que as crianças conhecem um pai dedicado a gastar toda a energia fora de casa trabalhando, alguém não que não tem nenhum, ou tem pouco tempo de atenção para dar a eles?

Logicamente, é compreensível o esforço de estar muitas horas longe de casa, gastando quase toda a energia em um labor que produz o meio de sustento para a família. Porém, não é aceitável aceitar isso como se fosse uma situação natural, sem buscar a Deus em oração para que Ele, que criou a família, estenda suas mãos abençoadoras e crie condições para você ter espaço de tempo satisfatório para estar no lar desempenhando as funções de marido e pai.

Para recomeçar a atitude de priorizar o tempo em família, um ponto de conversão considerável é planejar a reestruturação da convivência familiar com antecedência, sem criar grandes expectativas na cabeça dos pequeninos. Para isso, convém organizar bem a agenda, separar de todos os outros compromissos o tempo em que estará presente e com a atenção voltada por inteira aos filhos e à esposa (a). Então, neste momento, desligar o televisor e o smartphone para orarem juntos, comerem juntos, brincarem juntos. É importante conversar descontraidamente, falar em tom amoroso com a criançada. Sem se esquecer que é preciso reservar também noites à sós, e divertidas, com o cônjuge.

3. O relacionamento entre pais e filhos.

O primeiro mandamento que Deus deu a Adão e Eva foi: “Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra” (Gênesis. 1.28). Os filhos não são estorvos na vida do casal, ao contrário disso, eles são bênçãos (Salmos 128.1-6).

Deus tem posto os pais cristãos por seus mordomos ao confiar a eles as crianças (Colossenses 3.21). Pai e mãe são os responsáveis pelo clima do ambiente familiar, o bom andamento da rotina diária depende muito das atitudes pessoais e da maneira de pensar dos pais. Se eles têm comportamento seguro quanto ao exercício da fé no Pai celeste, tal conduta se refletirá nas relações familiares, pois seus exemplos - tanto positivos quanto negativos - são estímulos aos membros do lar. O jeito de liderar o lar produz reflexos na condição psicológica e espiritual dos filhos. Quando o casal não aplica os princípios do plano de Deus  para a família, desprezam os preceitos que regem o casamento cristão, a relação matrimonial se transforma em caos e afeta profundamente de modo negativo o ambiente do lar.

Atualmente, a ciência coloca ao alcance dos casais recursos que possibilitam a redução de filhos, e até, em muitos casos, a ausência total deles. É importante ter cautela quanto ao planejamento familiar. Não há pecado quando o casal faz controle entre as datas de um e outro nascimento e limita o número de filhos ou filhas, porém, comete pecado se isso é feito por simples interesse material. Não convém a mulher evitar a gravidez para não mudar a anatomia do seu corpo; e também não é correto ao homem evitar procriar para fugir da responsabilidade paternal. O casal que consulta ao Senhor, e aceita a vontade divina sobre a questão da paternidade ou maternidade quanto ao número de seus bebês, é abençoado em toda a esfera de sua família.

III - A FAMÍLIA CRISTÃ SOB ATAQUE

1. O ataque do Estado materialista.

A palavra ideologia é composta dos vocábulos gregos eidos, que indica “ideia”, e logos cujo sentido é “raciocínio”. Assim, ideologia define qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar a maneira de pensar e de agir. Em sentido amplo, é apresentada como o que seria ideal para um determinado grupo.

O termo Ideologia de Gênero foi desenvolvido pelo francês Destutt de Tracy (1758-1836) e aproveitado pelos alemães Karl Marx e Fredrich Engels, autores do Manifesto Comunista (1848). É um conjunto de propostas, ideias e práticas que visa cumprir as pretensões de Marx e Engels de destruir a estrutura familiar judaico-cristã.

A Palavra gênero tem origem no grego genos e significa "homem" e “raça”. Na concepção da lógica, o termo indica “espécie”. Deveria ser apenas esta indicação, como ocorre na Gramática, porém, na sociedade pós-moderna tal significado foi relativizado e distorcido.

Agora, este termo também é conhecido como “ausência de sexo”, pois ignora a natureza e os fatos biológicos, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. É dito por essa gente que o sexo biológico criado por Deus não é interessante. Segundo esta filosofia, ninguém nasce com o "gênero masculino" ou "gênero feminino", quem faz o "homem" e a "mulher" é a sociedade, "homem" e "mulher" é uma construção social.

Marx e Engels, preconceituosos contra o judaísmo e o cristianismo, ateus e fundadores do comunismo, ao mentirem dizendo que nenhuma pessoa nasce com o sexo masculino ou feminino, tentaram em vão destruir a identidade biológica do ser humano. Absurdamente, possuem seguidores repetindo tal inverdade como se fossem papagaios. Ninguém mudará o que Deus criou (Gênesis 1.26, 27).

O padrão bíblico da família é alvo de constantes agressões. A classe intelectual desprovida da fé em Deus age completamente contrária aos valores cristãos. Evidentemente, existe um grande sentimento de incômodo de movimentos progressistas em relação ao modelo tradicional da família. Esta cultura pós-moderna impulsiona a parcela não cristã da sociedade a afrontar e desvalorizar o núcleo familiar constituído de um casal heterossexual, monogâmico e com gênero definido.

As influências da civilização, regida pela doutrina marxista, atrapalham, de muitas maneiras, a tarefa dos pais na educação dos filhos, dia após dia ameaças veladas e diretas são dirigidas à integridade e ao bem-estar da família. Quando os valores morais e éticos do cristianismo são debatidos e em alguns casos até trocados por membros desta sociedade pós-moderna, o cristão autêntico não é tolerante e flexível com tal prática. Ao crente em Cristo que verdadeiramente ama a Deus, a Lei de Deus é mantida acima da Lei dos homens. Se os interesses dos homens contrariam as diretrizes das Escrituras Sagradas, o servo do Senhor faz posicionamento firme e declara em alto e bom som para todos - principalmente para sua família - quais são os princípios estabelecidos pelo Criador que todos devem obedecer.

2. O ataque da famigerada Ideologia de Gênero.

Ideologia de Gênero é uma maneira de esconder o que há por trás de uma campanha comunista, pois não se trata apenas de uma "ideologia", mas de um conjunto de propostas desprezíveis, ideias péssimas e práticas ignóbeis que visam cumprir as pretensões de Karl Marx e Friedrich Engels de destruir a estrutura familiar judaico-cristã. Segundo essa filosofia repulsiva, ninguém nasce com o "gênero masculino" ou "gênero feminino". Esta ideologia condenável também apregoa que quem faz o "homem" e a "mulher" é a sociedade, "homem" e "mulher" é uma construção social. o sexo biológico criado por Deus não interessa. Tal investida é uma grande afronta diabólica contra os princípios do Criador, que fez o ser humano "macho" e "fêmea" (Gênesis 1.27, 28).

Marx e Engels, preconceituosos contra o judaísmo e o cristianismo, ateus e fundadores do comunismo, ao mentirem dizendo que nenhuma pessoa nasce com o sexo masculino ou feminino, tentaram em vão destruir a identidade biológica do ser humano. Absurdamente, possuem seguidores repetindo tal absurdo como se fossem papagaios. Ninguém mudará o que Deus criou (Gênesis 1.26, 27).

Usando o conhecimento elementar da ciência, líderes de igrejas, pais e mães podem rebater a Ideologia de Gênero. O cristão precisa estar atualizado quanto a essas investidas de cunho materialista. Ao estarem conscientizados que a família é de importância vital para a criança, protegê-la de indivíduos que tentarão confundir sua crença e a verdade quanto a sua masculinidade ou feminilidade. O temperamento herdado dos pais constitui uma forte contribuição para a formação dos filhos, a educação recebida na família é que determina a direção que o temperamento irá tomar na fase adulta. A família é, sem dúvida alguma, a influência de impacto mais profundo no futuro da criançada, não existe outra instituição que possua tão grande capacidade de moldar o caráter e personalidade das pessoas.

No exercício da mordomia da família cristã, a valorização da Palavra de Deus no ambiente do lar, a escolha de boas literaturas cristãs; momentos devocionais em família e o culto doméstico, são estratégias eficazes para vencer o ataque do mal. O convívio e a boa comunicação entre os familiares indica o grau e o nível das relações com o Pai celeste e determina o curso do sucesso do casal como pais de família.

3. Um ataque a  Deus e à ciência.

Notamos que em muitas passagens das Escrituras, ao fazer menção à Humanidade, o Criador a denomina de "homem". A designação do gênero masculino retrata a Humanidade. Movimentos feministas se empenham para mudar esse critério, não se conformam com o tratamento fixado por Deus, de igual maneira os ativistas das causas ligadas aos homossexuais brigam pelo fim do uso dos termos que apontam os gêneros sexuais, homem e mulher.

O marxismo exerceu enorme poder sobre as feministas. O livro “A Origem da família, a propriedade privada e o Estado” (1884), trata a família patriarcal como sistema opressor do homem para com a mulher. A ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de Beauvoir autora da obra “O Segundo Sexo” (1949), onde diz que “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Assim, a marxista Beauvoir, deu desdobramento à “luta de classes”, rebaixando-a à “luta de gêneros”, que é a “luta de classes entre homens e mulheres”. Há feministas que defendem "a libertação da mulher da prisão da maternidade", para que ela desfrute total liberdade sexual, e que o ser humano pode fazer sexo com quem quiser, inclusive com crianças, parentes sanguíneos de primeiro grau, e um número incontável de pessoas desconhecidas. No entanto, Deus deu para a mulher a bênção de ser mãe, abomina a pedofilia, o incesto, o adultério e a prostituição.

A Ideologia de Gênero despreza a base científica e ataca de maneira desonesta a realidade biológica do ser humano. Veja:
• A séculos que a Biologia mostra que uma pessoa é homem porque seu aparelho reprodutor é masculino, além de ter hormônios masculinos, dos quais a testosterona é o principal responsável pelas características do homem, e em sua genética tem os cromossomos XY, como marcadores biológicos que são impossíveis de serem apagados.
• A ciente mostra que uma pessoa é mulher porque seu aparelho reprodutor é feminino, além de ter hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona. Em sua genética, as mulheres possuem os cromossomos XX, que marcam sua identidade feminina, e também é impossível apagá-los.
A Ideologia de Gênero não tem nexo algum. Está reprovada por cientistas de alto nível. A Associação de Pediatria Americana [ 1 ] rejeita-a, repele o seu ensino nas escolas, principalmente a crianças. O Conselho de Medicina de São Paulo [ 2 ], órgão da classe médica e de caráter normativo sobre a ética na Medicina, divulgou uma resolução contra ela; segundo esta entidade paulista que responde pelos profissionais de Medicina, "a Ideologia de Gênero não tem que ser banida apenas das escolas ou das políticas de saúde, ela tem que ser banida da vida pública".

CONCLUSÃO

Há um meio de cuidar da mordomia da família de modo eficaz, preservando-a da destruição espiritual e moral pelas forças do mal. A Palavra de Deus é um guia para tudo na nossa vida, seu conteúdo precisa ser exposto no lar, periodicamente. É da Bíblia que vamos extrair o padrão de comportamento que cada membro da família deve ter, a partir da mais tenra infância. Procedendo assim, a vida de cada um de nós se aproximará bastante do ideal estabelecido por Deus.

E.A.G.

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1 - Associação de Pediatria dos Estados Unidos: https://www.semprefamilia.com.br (acesso 30 de junho de 2018).
2 - Conselho Regional de Medicina de São Paulo contra a Ideologia de Gênero: http://www.criticanacional.com.br  (acesso 30 de junho de 2018).
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Compilações:

Lições Bíblicas. Tempo, Bens e Talentos - Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Elinaldo Renovato. Lição 3: A Mordomia da Alma e do Corpo. Terceiro trimestre de 2019. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Lições Bíblicas Jovens. Novos Tempos Novos Desafios: Conhecendo os Desafios do Século 21. César Moisés Carvalho. 3º Trimestre de 2015. Lição 8: As mudanças dos valores morais. Bangu, Rio de Janeiro (Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD).
Quem é Quem na Bíblia. Martin H. Manser e Debra K. Reid, 1ª edição 2013. Barueri/SP. (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).
Tempo, Bens e Talentos - Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Elinaldo Renovato. Bangu, 1ª edição 2019, capítulo 4 - A Mordomia da Família. Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Teologia para Pentecostais: Uma teologia sistemática expandida - Volume 3; Valter Brunelli. 1ª edição / abril de 2016 ; página 46. Rio de Janeiro - RJ (Central Gospel).

sábado, 20 de julho de 2019

O que fazer depois que os filhos cresceram e foram embora de casa?

Existe um número imenso de casamentos que não terminam bem, depois que o casal passou mais de 30 anos juntos, criando seus filhos. O momento em que os filhos saem de casa para construir as suas famílias e marido e mulher ficam sós na casa, é o que se chama A Idade do Lobo (a). O comportamento deles, certo ou errado, é a decisão de pessoa para pessoa. Quem não tem Cristo no coração, passa por muitas situações ridículas nessa fase. 

Assim como na educação de crianças, os pais precisam prepará-los para o período da adolescência, e quando já adolescentes prepará-los para serem pessoas independentes financeiramente quando adultos, marido e esposa devem se preparar para viverem a dois quando não mais tiverem o compromisso de educar seus filhos. O casal pode experimentar a Idade do Lobo (a) voltando a namorar um ao outro, apreciar um ao outro no começo e durante toda a sua velhice. É o que Deus quer de cada um de nós, cristãos casados, cristãos pais e mães.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Conselhos para cristãos evangélicos divorciados


Por Gilson Bifano

Você se divorciou recentemente?

Muitos pastores e igrejas erram por não fazerem distinção a situação do divórcio e novo casamento e o mandado pastoral de ministrar em amor e com graça àqueles que tiveram o dissabor de passarem por uma experiência de divórcio. E pensando nessa necessidade, veja abaixo alguns conselhos práticos para quem se separou recentemente. 

Cuide-se. Procure cuidar da saúde. O divórcio tem um impacto tão grande nas emoções que o corpo pode  sofrer consequências. Cuide de suas emoções. Se achar que é preciso, não hesite em procurar ajuda terapêutica.

Cuide de sua alimentação, comece a se exercitar, procure ter uma vida saudável, especialmente se filhos pequenos e adolescentes estão envolvidos nesse processo.

Se você já viajou de avião, pode se lembrar daquela recomendação que as comissárias fazem, antes da decolagem: "Se houver despressurização na cabine, coloque a máscara de oxigênio primeiro em si e depois nas pessoas que estão ao seu lado, especialmente nas crianças." Você precisa estar bem para ajudar os seus filhos! 

Não se afaste da igreja. As igrejas, pelo menos muitas delas, já estão sabendo separar a teologia do divórcio da pessoa divorciada. Faça parte de uma igreja que seja, de fato, uma família. Uma igreja acolhedora ajudará você a superar essa fase difícil.

Conecte-se com pessoas que já passaram pelo divórcio. Um grupo de ajuda poderá ser muito útil a você neste momento. Muitas igrejas, hoje, já têm grupos de adultos solteiros que fazem programações de entretenimento e atividades culturais, bem como servem de apoio espiritual. De preferência, procure um grupo  que não esteja se reunindo com objetivo de arranjar casamento para seus membros.

Não fuja deste momento. Não sobrecarregue sua agenda para tentar esquecer a dor.  Se desejar chorar, chore. Elaborar o luto será importante para você prosseguir na vida de maneira saudável.

Reveja seu orçamento. Divórcio mexe com orçamento familiar. Converse com seus filhos sobre o novo momento e confie em Deus. Saiba que Ele não deixará faltar o que é necessário para a família.

Não fale mal do seu ex nem use seu filho como arma. Muitos cometem estes erros, falam mal do ex ou da ex para os filhos ou usam estes para feri-los. Lembre-se de que o casamento acabou, mas a relação pais e filhos continua.

Perdoe! Procure não guardar rancor do seu ex-marido ou ex-esposa. Perdoe a si mesmo. Perdoe seu ex-cônjuge. Guardar mágoa, rancor ou ódio só trará prejuízos para si mesmo.

Apegue-se a Deus. É verdade que Deus não deseja o divórcio, mas é verdade também que Ele ama, profundamente, todas as pessoas, inclusive os divorciados. Você é tão importante para Ele quanto aquele marido dedicado e aquela esposa amorosa de sua igreja.

E.A.G.

Fonte: Comunhão, ano 13, número 169, setembro de 2011, página 32. Jucutuquara / Espírito Santo (Next Editorial)

Gilson Bifano é pastor, escritor, pedagogo, filósofo e palestrante na área de casamento, família, sexualidade, educação de filhos e outros temas ligados à família. Lidera o Oikos - Ministério Cristão de Apoio à Família. Tem pós-graduação em Terapia da Família.

sábado, 1 de junho de 2019

Adoção: um ato de amor


A adoção é um ato de amor que pode salvar vidas. No Brasil há cadastrados mais de 6 mil crianças e adolescentes aptos para serem adotados. Em contrapartida existem 35.226 pretendentes a pais adotivos igualmente cadastrados (isso mesmo, cerca de 5 pretendentes para cada criança ou adolescente necessitado).

Os números de crianças em situação de abandono já poderiam estar zerados, mas adoção não é uma questão de matemática. Entendemos que há muitas variáveis nesse processo, tais como crianças especiais, ou com irmãos que precisam ser adotados juntos, entre outros. A adoção não é apenas uma questão de amor, mas é principalmente um compromisso cheio de responsabilidades.

A Bíblia apresenta histórias que ilustram alguns tipos de adoção. Vejamos:


a) Adoção parental

A Bíblia mostra alguns exemplos desse tipo de adoção. Um caso bem conhecido é o de Moisés, que foi adotado pela filha de Faraó (Êxodo 1.22; 2.5-6). Tal ato lhe poupou a vida e (como passou a ser membro da realeza egípcia) isso lhe deu oportunidade de aprender ciências, política, sobre liderança e principalmente a ler e escrever. Habilidade esta que permitiu que, no futuro, Deus usasse para escrever 5 livros que hoje estão em nossa Bíblia.

Há também a história da orfã Hadassa, criada por seu primo Mardoqueu, que lhe encaminhou de tal forma que a tornou rainha de um império que escravizava o povo hebreu (Ester 2.5, 7).

E a mais decisiva de todas: a adoção de Jesus por José (Mateus 1.19-21). Jesus "precisava" ser reconhecido como filho de José, pois haviam profecias que anunciavam o Messias como um descendente de Davi (Mateus 1.1, 16). Além disso, todo o cuidado, educação, proteção e sustento que José promoveu a Jesus, preservou a vida do Salvador ao longo dos anos de vulnerabilidade da infância e adolescência (Mateus 2.13-14). Jesus foi um filho adotivo!


b) Apadrinhamento material

Algumas adoções são um comprometimento de proteção e sustento. Esse foi o caso do adulto, enfermo e órfão Mefibosete. Ele foi adotado por Davi porque era filho do seu grande amigo Jônatas. Davi o tirou da miséria, o hospedou, lhe devolveu terras e garantiu a preservação de sua vida (2 Samuel 9.6-9).


c) Adoção espiritual

Ocorre quando alguém assume a responsabilidade de ensinar, ajudar e fortalecer outra pessoa que necessita de apoio e auxílio na fé. Podemos citar o nome de Saulo e Barnabé. Saulo era um perseguidor da Igreja, e sua conversão era questionada por muitos. Ele foi enviado pelos irmãos da comunidade para sua terra natal. Foi Barnabé quem o buscou, quem acreditou no potencial dele e quem iniciou Paulo no ministério (Atos 11.25).

Barnabé era um homem dedicado a gerar filhos na fé, da mesma forma que ele orientou Paulo, ele também acolheu e ensinou João Marcos. E perseverou em cuidar dele, mesmo quando o próprio Paulo não o apoiou (Atos 15.37-39). O resultado nós sabemos, este jovem se tornou o autor do Evangelho de Marcos e o Apóstolo dos Gentios reconheceu o seu valor futuramente (2 Timóteo 4.11).

Entretanto, a história mais incrível de adoção que há na Bíblia é a nossa. Nós fomos adotados por Deus. Em Cristo recebemos o direito de sermos chamados filhos de Deus (João 1.12). Deus nos adotou mesmo conhecendo os nossos defeitos, nossos pecados e nosso caráter. Ele nos tornou seus filhos, transformando-nos também em herdeiros simplesmente porque nos amou (Romanos 8.17; Efésios 1.4,-5; Gálatas 4.6-7).


d) Adoção é um desafio atual

Em nosso país, qualquer pessoa adulta pode adotar, seja solteira, casada ou viúva, desde que tenha condições de proporcionar uma vida digna para a criança. Claro que existe um processo burocrático e outras avaliações que visam garantir a segurança do adotado. Mas não é impossível!

Todos os que desejam amar a alguém assumindo a paternidade ou a maternidade de alguma criança ou adolescente em situação de abandono podem procurar a Vara da Infância e da Juventude de seu município.

Outra forma de praticar é procurar alguma família, criança ou adolescente que precise de ajuda financeira, oportunidade de estudo, que necessite de abrigo ou mesmo de apoio emocional e oferecer apoio pessoal. Há pessoas e famílias que praticam esse tipo de "apadrinhamento".

Todo cristão pode praticar a adoção, especialmente a espiritual. Discipulado é outro nome para adoção espiritual. Assumir a paternidade espiritual de alguém novo na fé é um desafio para todos. Abra seu coração para este tema e veja em qual dessas três opções e Espírito Santo te desafia.
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Fonte: Mensageiro da Paz, ano 89, número 1608, maio de 2019, página 6, coluna Em Tempo, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).

Flavianne Vaz, autora deste artigo, é historiadora, possui formação teológica pela FTSA e trabalha no Centro de Estudos do Movimento Pentecostal (Cemp/CPAD).