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domingo, 2 de maio de 2021

O Ministério de Apóstolo

Por Eliseu Antonio Gomes

Esta postagem tem o propósito de apresentar subsídio trazendo comentário aos textos bíblicos apresentados no box Leitura Diária, da lição número 6, incorporada na revista Lições Bíblicas: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário, cujo comentarista ao segundo trimestre de 2021 é o Pastor Elinaldo Renovato. 

Para obter outro subsídio, na forma que acostumamos entregar, sugerimos que acessem neste blog a abordagem que fizemos no passado,, com muito carinho, quando a CPAD fez uma abordagem anterior deste tema. Confiram: O ministério de apóstolo

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Jesus, o apóstolo por excelência.

"Por isso, santos irmãos, vocês que são participantes da vocação celestial, considerem atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus" -  Hebreus 3.1.

Nesta passagem, Jesus é descrito como apóstolo e sumo-sacerdote da nossa confissão. No idioma grego, o termo especifica a função de embaixador, mensageiro, enviado extraordinário, pessoa que representa aquela que a enviou. Entretanto, a palavra que Jesus usou era aramaica (shaliah), alguém que recebeu a comissão e a autoridade explícitas daquele que o enviou, mas sem a capacidade de transferir seus atributos para outro.

Ao abrir o dicionário Michaellis da Língua Portuguesa e ler o verbete "vocação", Contida em Hebreus 3.1, encontramos três definições altamente significativas. São: tendência, inclinação e disposição natural do espírito. Com tal característica é preciso observar atentamente o ministério terreno do Filho de Deus. O Evangelho que Jesus anunciava era acompanhado do milagres, maravilhas e coisas extraordinárias. O cristão deve estar aberto ao mover milagroso que o Espírito concede através dos dons. A pregação do crente não deve estar estruturada somente em declarações teológicas bem embasadas biblicamente. É necessário ir além dos argumentos intelectuais e usar os dons à operação de milagres como experiência cristã habitual.

Sinais do apostolado

"Pois as minhas credenciais de apóstolo foram apresentadas no meio de vocês, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas" - 2 Coríntios 12.12.

O contexto imediato de 2 Coríntios 12.12. são os versículos 1 ao 11, em que Paulo revela a experiência singular de ser "arrebatado até o terceiro Céu". Embora não tenha esclarecido o nome da pessoa mencionada no versículo 2, está óbvio com base no versículo 7 que falava de si próprio. É possível que tenha mencionado o fato porque os coríntios se vangloriavam de não haver falta de nenhum dom na igreja da qual faziam parte, seu objetivo foi demonstrar-lhes que possuía uma experiência espiritual muito superior a qualquer coisa que eles haviam conhecido. Paulo fez isso sem esquecer a modéstia,  ao usar a terceira pessoa demonstrou ser humilde. Seu comportamento é um exemplo a ser seguido por nós.

Deus confirmou o ministério de Paulo com sinais, maravilhas e milagres. A circunstância sobrenatural é parte essencial do ministério. Apesar disso a fé cristã não deve se apoiar somente nisso, mas em Cristo, pois a vida cristã é vivida por meio da fé em Jesus, nosso Senhor e Salvador. 

Em 1 Coríntios 12.28 a Bíblia declara: "E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. O ministério apostólico espiritualmente sadio possui esses dois aspectos em sincronia perfeita: ensino bíblico (Atos 2.42; 4.33) e operações dos dons espirituais (Mateus 10.1; Atos 5.12).

A doutrina dos apóstolos

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" - Atos 2.42,43.

Após receber os dons e autoridade do Espírito Santo, Pedro se levantou disposto a entregar a mensagem da parte de Deus à comunidade judaica e pessoas de outras nações que estavam presentes no dia do Pentecostes (Atos 2.9-11). No primeiro dia, três mil pessoas foram salvas e se juntaram à Igreja e muitos milagres eram realizados por meio do ministério dos apóstolos.

A Igreja do livro de Atos vivia em um ambiente sobrenatural, mas também pairava sobre os crentes o temor a Deus. Ele liam as Escrituras e viviam em comunhão. A doutrina (didachê) dos apóstolos se consistia em fielmente em transmitir os preceitos de Cristo, jamais conceitos próprios. O significado bíblico de perseverança tem a ver com ser constantemente diligente, dedicar-se, acompanhar de perto, servir continuamente e ser assíduo. O vocábulo "comunhão" é "koinonia" e significa muito mais do que a amizade, é o amor cristão expressado por ações fraternais como compartilhamento, participação, companheirismo. Trata-se de uma unidade criada e composta pelo Espírito Santo no círculo cristão.

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo

"Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança" - 2 Timóteo 1.1.

Quando Paulo escreveu a segunda carta a Timóteo, ele estava preso e consciente que a sua morte estava perto. Assim sendo, ele deu algumas palavras de encorajamento, instrução e exortação a Timóteo. Ele queria que Timóteo permanecesse fiel à pregação do Evangelho, apesar das perseguições, abandonos e privações que passaria. O conselho de Paulo desceu ao coração do jovem discípulo, pois a história relata que Timóteo continuou firme em seu ministério por cerca de trinta anos, até ser apedrejado por ser um pastor cristão.

Deus é o Criador do universo e a sua lei é absoluta e imutável. Paulo e Timóteo não quiseram interpretá-la fora de contexto para que se encaixasse no modelo de crenças e práticas da geração em que viveram. Em todos os tempos, a sociedade promoveu práticas que são contrárias às leis morais do Senhor. O cristão autêntico não se esquece que possui um ministério e que ministério significa serviço. O crente fiel é servo da Palavra de Deus. Como servo, divulga a Palavra corajosamente, exatamente como ela é, em todas as oportunidades que surgem.

Apóstolo, uma missão sacrificial

"Porque me parece que Deus pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte. Porque nos tornamos espetáculo para o mundo, tanto para os anjos como para os seres humanos" -  Coríntios 4.9.

De acordo com a Bíblia Sagrada, ninguém conhece tão bem a mente humana, seus anseios, suas angustias como o Senhor Jesus Cristo, que disse: "Eu sou aquele que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês segundo as suas obras". Nos dias atuais encontramos líderes que se intitulam apóstolos, porém, textos bíblicos, como Atos 15.4, 6, 22-23, mostram que presbíteros, ou pastores e bispos, não tiveram a ousadia de se autointitular como apóstolos e nem consagraram outros ao apostolado. Em suas cartas, Paulo se referiu a ele e aos doze escolhidos por Jesus como apóstolos, apenas fez menção a Andrônico e Junia nesta mesma qualificação (Romanos 16.7).

1 Coríntios 4.9 pode ser melhor entendido quando examinado em seu contexto (versículos 4.7), quando Paulo usa a expressão "eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento", indicando que estava resolvendo as divisões da congregação com Apolo (1 Coríntios 1.10-13). Este relacionamento de líderes tinha o propósito de ser um exemplo para que os crentes coríntios seguissem na solução de suas divisões. Paulo usou a humildade como um exemplo, não permitiu que o colocassem em evidência maior do que a que Deus lhe deu, ciente que todos são servos do Senhor e não de si mesmos (Romanos 12.3, 16).

Os doze apóstolos de Jesus

"Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor" - Lucas 6.12-16.

Duas prerrogativas são fundamentais para a qualificação do apóstolo:  possuir conhecimento íntimo da vida terrena de Jesus e ser testemunha ocular de sua ressurreição. Paulo conquistou sua nomenclatura de apóstolo ao ser chamado diretamente pelo Cristo ressurreto (1 Coríntios 15.9).

Os doze apóstolo escolhidos por Cristo terão uma posição de destaque e honra no Céu, por terem sido os primeiros desbravadores do Evangelho de Cristo. Em Mateus 19.28, Jesus prometeu que os doze apóstolos que o seguiram fielmente, se assentariam ao lado dele em doze tronos para julgarem as doze tribos de Israel. E em Apocalipse 21.14, está escrito: "E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro".

Conclusão

A maturidade cristã é resultado do conhecimento aprofundado da Bíblia Sagrada, contribui para o desenvolvimento espiritual, integridade e responsabilidade do crente. Leva-o a aceitar que a autoridade apostólica dos primeiros apóstolos trouxe aos cristãos do século 21 as Escrituras Sagradas, encerrada em 66 livros. 

Esta autoridade não é transferível aos apóstolos da atualidade. Os apóstolos da nossa geração são missionários e evangelizadores que fazem uso da doutrina apresentada nas Escrituras Sagradas,  para estabelecer igrejas em diversos lugares, não dão vazão ao medo, arriscam suas vidas em lugares anticristãos para que o nome do Senhor seja anunciado e almas se curvem aos pés de Cristo.

E.A.G.

Compilações:

Bíblia de Estudo Palavras Chave Hebraico e Grego. Rio de Janeiro - RJ, edição 2011.

Bíblia de Estudo Plenitude para Jovens. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil. Impressão 2018.

Bíblia do Pregador Pentecostal. Comentários: Erivaldo de Jesus Pinheiro. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil. Impressão 2016.

Dons Espirituais. Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Elinaldo Renovato. Rio de Janeiro - RJ, edição 2011. 8ª impressão 2021. 

terça-feira, 13 de abril de 2021

Quando qualquer coisa é pecado em sua vida

Tudo pode se consistir em pecado, se a consciência acusa o crente por causa daquilo que ele faz.

Ferir a consciência é pecado porque essa atividade é faltar com amor a si próprio. O mandamento do amor é: Amar a Deus em primeiro lugar e o próximo como a si mesmo (Mateus 22.37-39). Então, que aja amor em nós por nós mesmos, evitado qualquer ação que fira a consciência. 

Em Romanos 14 está escrito: "Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.' [...] 'tudo o que não é de fé é pecado (Romanos 14.22,23).

segunda-feira, 5 de abril de 2021

EBD Lição 2: O propósito dos dons espirituais



Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

O Espírito não é uma coisa,  não é um ser neutro ou impessoal. Ele é o Espírito Santo (Lucas 11.13), o Espírito Santo da promessa (Efésios 1.13); Espírito de santidade, de vida  e de  julgamento (Romanos 1.4 e 8.4; Isaías 4.4); é o Espírito da verdade, de sabedoria e entendimento (João 14.17; Isaías 11.2); Espírito de conselho, poder, do conhecimento e do temor do Senhor (Isaías 11.2).

O Espírito é Deus. Possui os quatro atributos divinos: onisciência, onipresença, onipotência e eternidade (1 Coríntios 2.10-11; Salmos 139.7-10; Lucas 1.35; Hebreus 9.14). Ele é uma das três pessoas da Trindade e atua com personalidade destacada. Possui conhecimento (1 Coríntios 2.10-11), vontade (1 Coríntios 12.11), sentimento ou emoção (Romanos 15.30). Age examinando, falando, ensinando, testificando, guiando, comandando os cristãos (1 Coríntios 2.10; Apocalipse 2.7; João 14.26; 15.26; Romanos 8.24). É o Espírito da graça, da súplica e da glória (Zacarias 12.18; Hebreus 10.29, 1 Pedro 4.14). É transmissor de vida e autor de profecia (Gênesis 2.7; João 6.63; 2 Pedro 1.21). Ele é o Espírito eterno, o Consolador, é Deus em nós, a esperança da glória (Hebreus 9.14; João 14.26; Colossenses 1.27).

É importante não haver confusão de ideias sobre quem é o Espírito Santo e qual é a finalidade do batismo com o Espírito Santo. É preciso conhecer sua natureza divina, saber a forma de receber o batismo, ter o consciência plena sobre finalidade ou propósito de ser um cristão batizado. Na igreja em que há crentes batizados com o Espírito Santo, uns falam em línguas, outros profetizam; outros interpretam; outros manifestam dons de curas e milagres; outros possuem conhecimento espiritual. Deve ser assim os cultos pentecostais, pois os dons espirituais são meios pelos quais podemos conhecer melhor nosso Pai e servi-lo com mais eficácia. 

I - OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE

1. A igreja coríntia.

"Sirvam uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como encarregados de administrar bem a multiforme graça de Deus" -  1 Pedro 4.10. Nesta passagem bíblica, o apóstolo anima os destinatários de sua primeira carta quanto à iminente volta do Senhor Jesus. Adverte-os escrevendo que todo crente deve se comportar como bom despenseiro da multiforme graça de Deus. 

Multiforme significa de muitos estilos, estados, formas e jeitos. A Igreja do Senhor, através de cada cristão portador de dom espiritual, expressa-se eficazmente com muitas maneiras e estados distintos a graça de Deus. Há muitos estilos de pregar e ensinar, muitos procedimentos para operação de curas, muitos modos de apresentar o dom de profecia. Pela multiformidade de instrumentalização de seus servos, a misericórdia do Senhor alcança a todos que o buscam com humildade e fé.

Os membros da igreja em Corinto, na Grécia, não eram unidos ao se reunirem para receber o ensino das Escrituras Sagradas. Eles se separavam tendo como motivação o gosto quanto ao estilo dos pregadores (1 Coríntios 1.12). Uma turma de crentes gostava da maneira como Paulo fazia exposição da Palavra, a segunda turma tinha preferência pelo estilo da pregação de Pedro, o terceiro grupo mostrava favoritismo pelo modo como Apolo expunha seus sermões, e o quarto grupo se satisfazia com pregadores que imitavam a gesticulação corporal e entonação de voz com que Jesus Cristo era acostumado a apresentar a Palavra de Deus antes de subir ao céu.

A firmeza da Igreja se deve ao fato de não ser uma organização humana, porém um organismo espiritual. Sua fortaleza é assegurada através de provisões do Espírito. As manifestações do poder do Espírito são imprescindíveis ao êxito e  autenticação da missão da Igreja. 

Os dons de Deus fazem parte dos "mistérios de Deus". Todos os crentes devem ser vistos pelos homens como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus (1 Coríntios 4.1). Deus quis fazer conhecer quais são os mistérios e as riquezas da glória entre os gentios, que é Cristo, esperança da glória (Romanos 11.13; Colossenses 1.26-27). E assim, esse mistério foi revelado através da Igreja, agora a multiforme sabedoria de Deus é conhecida dos principados e potestades (Efésios 3.10).

2. Uma igreja de muitos dons. 

1 Pedro 4.10 nos informa que é preciso administrar os dons espirituais como "bons despenseiros" (ARC), "encarregados" (NAA). No texto grego o termo em que é feita a tradução ao português, o vocábulo original, equivalente à mordomo, é "oikonomos". Essa palavra está associada à "oiko (casa) e "nemo", que significa "dispor," arrumar", "ajeitar". Generalizadamente, "oikonomos" descreve o administrador de uma propriedade ou família. um mordomo fiel. Em 1 Coríntios 4.1 e Tito 1.7, esta palavra refere-se aos ministros cristãos, mas em 1 Pedro 4.10 remete aos crentes em geral, concernente ao uso de dons que o Senhor confiou a eles com a finalidade de estimular a vida cristã de seus irmãos.

O Novo Testamento inclui três catálogos para apresentar os dons que o Espírito Santo concede aos cristãos. Para uma boa hermenêutica, considere que  Efésios 4 fornece as categorias de funções eclesiásticas, enquanto Romanos 12 e 1 Coríntios 12 e  listam dons espirituais.
• Efésios 4.11: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres". 
• Romanos 12.6-8"Temos, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, seja segundo a proporção da fé; se é ministério, dediquemo-nos ao ministério; o que ensina dedique-se ao ensino; o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com generosidade; o que preside, com zelo; quem exerce misericórdia, com alegria. Romanos 12.6-8.

• 1 Coríntios 12.7-10: "A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento. A um é dada, no mesmo Espírito, a ; a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos. A um é dada a variedade de línguas e a outro, capacidade para interpretá-las."
Jesus operou seus milagres por meio do Espírito. Pelo poder do Espírito, foi ressuscitado dos mortos. Através do Espírito, após sua ressurreição, deu mandamentos a seus apóstolos. E desde então o Espírito atua entre os crentes em Cristo, começou entre  apóstolos e profetas, dando-lhes dons especiais para propósitos específicos (Mateus 12.28; Romanos 8:11; Atos 1.2; 1 Coríntios 12.4, 8-11, 28, 29). 

Agora o Espírito dá testemunho de Jesus em nossa contemporaneidade. Ele nos envia para vocações definidas (João 15.26, 27; Atos 13.2-4). Os dons espirituais  é uma das maneiras mais significativas pelas quais o Espírito Santo afeta a vida dos cristãos. Os dons são para a igreja o que os órgãos e partes do corpo são para o corpo humano. O estudo desses dons é o estudo da anatomia da Igreja, o corpo de Cristo.

3. Dom não é sinal de superioridade espiritual.

A experiência da vida cristã indica que grande parte das pessoas, nas igrejas pentecostais, não sabe lidar muito bem com os recursos espirituais que Deus coloca à disposição dos crentes. A começar pelo batismo com o Espírito Santo, há uma confusão sobre sua finalidade e propósito.

O dom de profecia não existe com a finalidade de transformar o seu portador em pessoa em grau de autoridade maior que os demais irmãos, não faz daquele ou daquela alguém habilitado espiritualmente  para dirigir a vida do pastor e de outros membros da igreja. O dom de profecia existe para trazer mensagens, aos que cultuam a Deus, objetivando a renovação de ânimo, o conforto e o fortalecimento espirituais. O indivíduo que profetiza é usado pelo Espírito no seguinte parâmetro: exortação, consolação e edificação (1 Coríntios 14.3-4). 

Possuir dons espirituais não é motivo para considerar-se superior aos outros, pois não é selo de espiritualidade. É possível medir o grau de espiritualidade do cristão? Sim. Medimos o grau de entrega de nossos vidas ao Espírito através da manifestação ou ausência das características do fruto espiritual em nossas conversas e atitudes. 

Observemos o tipo de vocabulário e a espécie de ação, façamos um paralelo com as nove características do fruto espiritual: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gálatas 5:22-25).

II - EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS

1. Edificando a si mesmo.

Quando o crente fala em línguas, sem que haja interpretação, não edifica a igreja, porque não há quem o entenda. Paulo escreveu que o cristão que fala em língua estranha edifica apenas a si mesmo (1 Coríntios 14.4). 

Consideremos que não é possível haver igreja edificada se não houver crente espiritualmente estruturado, e que cada crente precisa ser espiritualmente edificado para que a coletividade também se estruture. É necessário empreender ensino sobre essa situação. O crente que eleva sua voz em língua ininteligível durante o culto, precisa compreender que tal atitude não é conveniente. É preciso fazê-lo compreender sobre a importância do hábito de ser buscar ao Senhor em local apropriado, a reservar lugar e tempo para momentos devocionais.   

Geralmente, o cristão sincero e novo na fé sente alguma dose de insegurança quando fala sobre a maneira como o Espírito entrega os dons espirituais. Inclusive, parece não existir entre os teólogos uma definição padronizada sobre o meio no qual o Senhor revela haver confiado o uso de seus dons aos crentes. Alguns afirmam que o Espírito comunica-se especificamente sobre a entrega de dons para cada servo que o recebe, enquanto outros preconizam que apenas basta ao cristão prestar atenção à rotina ministerial em que está inserido, observando oportunidades de serviço, examinando habilidades adquiridas, mensurando graus de interesse e satisfação ao desempenhar a Obra do Senhor.  

Quando pela fé nos entregamos ao Espírito para ser instrumentalizados, somos capacitados para o propósito de execução do plano de Deus em nossa vida e nas vidas de muitas outras pessoas. O Espírito atribui tarefas de maneira compatível com os dons que seus servos possuem. A pessoa que é eficaz no ensino infantil, está dotada com o dom de ensinar a petizada com a facilidade necessária. Aquele que é convidado constantemente às palestras com temáticas de difíceis abordagens, detém o dom da exortação, ou encorajamento; o indivíduo que demonstra desenvoltura ao relacionamento interpessoal e ao aconselhamento bíblico, tem chamada para pastorear as ovelhas de Cristo.

2. Edificando outros.

Podemos considerar que, se o batismo com o Espírito Santo e o uso dos dons espirituais não forem bem compreendidos, certamente haverá a manifestação estranha de comportamentos inadequados de espiritualidade. 

A igreja de Corinto, possuía todos os dons espirituais (1 Coríntios 1.7), porém, Paulo fez uma referência indesejável aos irmãos que nela congregaram. Entre eles havia inveja, contenda, dissensões, demonstrando assim que eles não eram espirituais quanto pareciam ser. Apesar do fato de terem tantos dons,  no resultado de sua avaliação, o apóstolo declarou que eles eram crentes "carnais" e ainda "meninos em Cristo" (1 Coríntios 3.1,3,4; 14.20).

Crentes invejosos, criadores de contendas e dissensões entre irmãos não entendem o propósito dos dons espirituais para a igreja. A Bíblia diz em 1 Coríntios 13.1-3: "Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, isso de nada me adiantará". 

3. Edificando até o não crente. 

Por meio do Espírito, Deus habita no coração do crente. Deus se relaciona com o mundo perdido através da vida cristão, provê ao crente fortalecimento e meios para que cumpra a missão de levar o Evangelho de Cristo ao mundo, abrir os olhos das almas que caminham à perdição eterna e edificar os novos convertidos através do ensino bíblico. É o Espírito que equipa o cristão com as armas espirituais para que vença as lutas contra satanás (Mateus 28.18-20; Efésios 6.10-17; 1 João 4.4). 

III - EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO

1. Os dons na igreja.

Algumas pessoas perguntam sobre a relação entre dons naturais e  espirituais. Os dons naturais são dados por Deus, mas nem todos são usados ​​no serviço de Cristo. Três exemplos de dons naturais: o talento para compor, cantar música e tocar instrumentos musicais. Quando a pessoa está em Cristo, os dons naturais são santificados pelo cristão que os tem e usados com satisfação para glorificar ​a Deus. 

Sobre os dons espirituais, habilidades que o Espírito Santo dá a cada crente para equipá-los para seu ministério específico na igreja. Cristo credenciou-se após sua ressurreição, diante de Deus, dos anjos e dos poderes do mal para conceder "dons aos homens", repartindo-os como particularmente a cada um como quer (Efésios 4.8, 12.11).

A concessão de dons foi realizada com o objetivo  de capacitar os servos do Senhor. Os dons estão colocados à disposição dos salvos para que através do mesmos o Senhor realize seus propósitos especiais (1 Coríntios 12.11). Dessa forma, Paulo registra que há nove tipos de dons. Numa igreja bem edificada, há a palavra da sabedoria, ciência de Deus, existe a fé; há os dons de curar; há operação de maravilhas; há profecias autênticas; há o dom de discernir espíritos; há línguas e interpretação de línguas.

A presença de dons diferenciam a atuação da Igreja de qualquer outra entidade ou organização. Foram e ainda são parte da vida da Igreja de Jesus, para o cumprimento de sua gloriosa missão. As operações de dons espirituais produzem a condição para a proclamação do Evangelho de Cristo a todos os lugares, contribuem para fortalecer e destacar a Igreja de Cristo de movimentos religiosos heréticos (Atos 1.8). Através da operação sobrenatural a Igreja tem o único recurso que lhe oferece condições de suplantar o império do mal. 
 
2. Os sábios arquitetos do Corpo de Cristo.

Stanley Horton, no livro I e II Coríntios - os problemas da igreja e suas soluções (páginas 112) afirma que o Espírito Santo quer honrar Jesus, não só chamando-o de Senhor, mas distribuindo uma diversidade de dons livremente. 

Deus capacitou a igreja  com características  e recursos que transcendem à esfera humana, pois  deseja que sua multiforme sabedoria seja conhecida dos principados e potestades nos céus (Efésios 3.10). Além da propagação da mensagem da salvação, fazer conhecida a multiforme sabedoria divina é uma das missões mais importantes da igreja. Através da profundidade das riquezas espirituais, tanto da sabedoria como da ciência de Deus, o Senhor proporciona à igreja o acesso aos recursos espirituais para que o crente demonstre o seu poder no meio dos homens através dos dons espirituais. 

Se não fosse os dons espirituais, a igreja seria apenas uma instituição meramente humana. Os dons espirituais são indispensáveis à unidade e à ação da Igreja (1 Coríntios 12.4-6). Deus quis que houvesse uma diversidade de dons espirituais, porque a mente humana jamais entenderia a grandeza e a profundidade do saber divino. Os recursos existentes na multiforme sabedoria de Deus são demonstrados através da variedade de dons. Então, de modo equilibrado, os crentes são capazes de  compreender e atuar na dimensão espiritual, glorificam ao Senhor neste mundo.

3. Despenseiros dos dons.

Os dons de Deus devem ser exercidos com sobriedade e vigilância (1 Pedro 4.7 e 5.8; Mateus 26.41), cultivados com a prática do amor a Deus e ao próximo (João 13.34-35), vividos sem que se faça acepção de pessoas (Tiago 2.9). O que administra o rebanho de Deus deve ser hospitaleiro, retirar da "despensa" de Deus o melhor alimento e vigiar pela própria vida e a vida do próximo (1 Pedro 4.9; Hebreus 13.2).

Para pôr em movimento a atividade do dom espiritual no serviço cristão, é necessário haver dedicação motivada pelo amor. Só assim é imprimido no resultado final a alegria do Senhor, que gera força para seguir adiante na caminhada de fé.

CONCLUSÃO

O Senhor dá sua maior alegria àqueles que ajudam a cumprir sua Grande Comissão. Ao encontrar e usar seus dons espirituais, você encontrará a paixão, o propósito e a paz de Deus.

É importantíssimo que os líderes de igrejas promovam o ensino bíblico quanto à origem, sobre a natureza e o propósito dos dons espirituais. Ao compreender a essência e o objetivo dos dons. Sendo conhecedores de tamanha bênção, os crentes glorificam a Deus na igreja, edificam-se uns aos outros, promovem o bem à coletividade dos salvos (Efésios 4.10-14, 16; 1 Coríntios 12.7). 

E.A.G.

Compilação:
Bíblia do Pregador Pentecostal, página 1920, edição 2006, Barueri - SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bíblia Plenitude, página 1313, edição 2001, Barueri - SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bibleinfo - https://www.bibleinfo.com/sv/topics/andliga-gavor [acesso à página em 08/04/2021]
Denison Forum - www.denisonforum.org/resources/who-is-the-holy-spirit/ [acesso: 08/04/2021] 
Ensinador Cristão. Ano 22, nº 85, abril a junho de 2021. Páginas 25-26. Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Bangu - RJ (CPAD). 
Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário, 2ª edição 2021, Elinaldo Renovato, páginas 22-25, 28-29. Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Bangu - RJ (CPAD). 

sábado, 27 de março de 2021

Dons Espirituais e Ministeriais - servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário

Em face dos 110 anos das Assembleias de Deus no Brasil, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil (CPAD), nos meses de abril, maio e junho de 2021, dá continuidade aos estudos bíblicos sobre a ação do Espírito Santo na vida do cristão. Pormenorizadamente, mostra que dons são dádivas do Espírito Santo para a Igreja do Senhor em nossa contemporaneidade, com o proposito de edificá-la.

O comentarista das lições, cujo tema é tão relevante, é o pastor Elinaldo Renovato, autor de diversos livros publicados pela CPAD, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN, e professor universitário.

Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário.

Não deixe de acessar o link direcionador para "box Leitura Diária". É um reforço. São artigos extras contendo comentários adicionais sobre seis versículos bíblicos, um para cada dia da semana, de segunda-feira ao sábado. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

O Sopro de Vida

Por Eliseu Antonio Gomes

Que tipo de Deus você acredita? Existe no mundo três espécies de relacionamento com Deus: o teísmo, o ateísmo e o panteísmo.

O teísta, sem dificuldade alguma, diz: "Deus fez tudo". É a pessoa que crê no Deus pessoal, que é o Criador do Universo, mas não é parte do Universo. As principais religiões teístas são o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.

O ateu é alguém que diz: "Não há Deus". Ele não acredita em nenhum tipo de Deus. Os humanistas pertencem a essa turma.

A pessoa panteísta diz: "Deus é tudo". Eles creem num Deus impessoal, que é o Universo. Afirmam que Deus é a árvore e o fruto, o alimento e o excremento, a fera predadora e o animal perseguido como caça; o fogo e a água, sou eu e é você etc. Neste grupo, estão os adeptos da Nova Era, budistas e hinduístas.

O apologista Norman Geisler, em coautoria com Frank Terek, no livro Não Tenho Fé para Ser Ateu (Editora Vida), fez uma analogia interessante sobre a origem do Universo. Deus é o pintor, e sua criação é a pintura. O artista fez a arte, e seus atributos estão minunciosamente detalhados em sua obra de arte.

Assim, o crente reconhece que o pintor fez a obra de arte; o panteísta, em vez de acreditar que o pintor fez a pintura, acredita que o pintor é a pintura; e, os ateus são categóricos em afirmar que não há nada além do mundo físico, não há pintor responsável pela pintura e mesmo assim a pintura sempre existiu sem que ninguém a tenha criado.

No Antigo Testamento encontramos o vocábulo hebraico "ruach", cuja equivalência em português é “espírito”. Significa, vento, sendo que em muitas passagens o termo define o sopro.

Nos dois primeiros capítulos do Livro de Gênesis, temos o relato da criação. Depois que o Criador traz à existência todo o Universo através do poder da sua palavra, faz Adão, porém, Adão só é descrito como ser vivente quando Deus sopra o fôlego de vida em suas narinas. A partir deste instante, Adão passa a andar segundo a orientação divina. Tempos depois, Adão troca a orientação do seu Criador pela iniciativa humana, própria.

A vontade humana está descrita pelo apóstolo Paulo como "obra da carne": "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus" - Gálatas 5.16-23.

Ainda hoje temos diante de nós o Criador. Ele sopra vida, mas há em nosso íntimo a iniciativa pessoal. Fazemos a seguinte escolha: nos guiamos pela vontade do alto ou vivemos conforme a vontade pessoal.

Viver de acordo com o sopro vivificante é o mesmo que andar no Espírito: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.  Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros" - Gálatas 5.22-25.

Tal qual um trompete, ilustração usada neste singelo artigo, somos nós: nas mãos do instrumentista profissional, tal instrumento de sopro pode apresentar melodias em uma excelente orquestra. Sem o Instrumentista, vivemos apenas como uma peça esquecida dentro da maleta ou encostada em algum canto escuro de um lugar qualquer.

Adão, o Primeiro Homem

sábado, 26 de outubro de 2019

Princípios da Primeira Epístola de João


Por Eliezer de Lira e Silva

A Primeira Epístola de João provavelmente foi escrita na última parte do primeiro século, por volta do ano 85 d. C. Os melhores historiadores informam que João, já em idade avançada, estava em plena atividade ministerial em Éfeso, na região da Ásia Menor, quando escreveu esta carta. Podemos notar algumas particularidades no estilo literário de João. Enquanto Paulo se dedica a fundamentar suas declarações e torná-las Compreensíveis aos seus leitores, João confronta seus leitores com verdades decisivas em sentenças breves e radicais, isto é, preto no branco, sem qualquer explicação mais dedicada. O leitor é conduzido a ler, considerar e aceitar as irrefutáveis palavras da revelação divina.

Quem lê as cartas de João se vê sedento por viver uma vida no centro da vontade de Deus e de forma muito simples. João foi enriquecido com o amor de Deus de uma forma tão distinta que foi e continua sendo considerado o apóstolo do amor, isso porque de todos, ele é o único que aborda o tema com profundidade e perícia, mesmo nos momentos de apresentar verdades contundentes.

O apóstolo estava sentindo a responsabilidade de defender a igreja dos ataques de homens que, se desviando da verdade (1 João 2.19 e 2 João 2.9), estavam tentando persuadi-la a se desviar do foco central do Evangelho, que é a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus. Esses passaram a profetizar falsamente, na tentativa de convencerem os remanescentes. João afirma que esses aliciadores, mesmo havendo saído da igreja, nunca pertenceram aos santos.

Esta carta tem realces de fundamental importância teológica:
• Quanto à humanidade de Jesus, ele fala do que viu, ouviu e tocou (1.1-4). Se João não nos desse tantos detalhes, estaríamos convivendo com uma cristologia inadequada, sem base e sem teto (2.18,22; 4.3; 2 João 2.7).
• No que tange à impecabilidade de Jesus, ele afirma que Jesus Cristo é o justo (l João 2.1; 10.30; 17.22). Afirma também que Ele se manifestou sem pecado para tirar os nossos pecados (1 João 3.5).
• Como Filho de Deus, Jesus mesmo disse "porque Deus enviou Seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele" (Jo 3.17). Nesta carta, João aborda esse ponto 22 vezes (1 João 2.22,23; 3.23; 4.15; e 5,10,12,13 são alguns exemplos).
• Ele satura a sua carta com amor, por saber que Deus é, na sua essência, amor (1 João 3.1; 4.8,9,16; 5.3). João nos impele a amar a Deus e uns aos outros como princípio do cristianismo (1 João 3.16b; 4.7).

Um dos principais motivos desta carta é o seu zelo pela igreja, face à ousadia dos falsos mestres introduzirem inverdades acerca da divindade de Jesus, como fazia o gnosticismo.

O fundamento doutrinário de toda verdadeira comunhão é a pessoa de Jesus Cristo. E impossível haver verdadeira comunhão com os que têm perspectivas distorcidas acerca dEle. Os primeiros versículos desta carta enfatizam Sua eternidade e Sua encarnação. O mesmo que existiu desde toda a eternidade com Deus veio a este mundo como verdadeiro homem. A realidade de sua encarnação está autenticada pelo fato de os apóstolos O terem ouvido, visto e tocado nEle. Não se trata de uma ilusão, mas de uma pessoa real com todas as características de humano.

João apresenta Aquele que estava com o Pai, a quem denomina de Vida Eterna; o que se fez carne habitou entre nós e foi visto por todos os apóstolos. De maneira que, para que creiamos nesta verdade doutrinária, não necessitamos de filosofia nem mesmo da teologia; o incontestável testemunho dos nossos irmãos apóstolos é suficiente para que estejamos seguros disso. Os apóstolos não mantiveram essa maravilhosa experiência sigilosamente consigo, mas a transformaram em notícia alvissareira que gerou a base para a nossa comunhão. Observe que João diz que os que recebem esse testemunho têm comunhão com o Pai e corno Seu Filho Jesus Cristo.

Deus é luz

Em seu estilo João escreve de maneira simples, mas muito precisa e clara. Ele diz que Deus é espírito (João 4.24); depois diz que Deus é amor (1 João 4.16). Ele ainda afirma que Deus é luz. Ele consegue exprimir a essência do caráter de Deus quando diz que Ele é luz. Deus não é uma luz em meio a outras luzes; Ele não é um refletor de luz. Das afirmações acerca do Ser essencial de Deus, nenhuma é mais compreensiva do que Deus é luz. Essa expressão sobre Deus nas Santas Escrituras é primeiro empregada para a verdade de Deus que pode ser vista em Jesus (João 14.6; 8.12). Trata-se da verdade absoluta e única que faz o homem vir a Deus, assim como a luz faz o homem seguir para a Eternidade (Salmos 119.105). A auto revelação de Deus, sua Palavra, também é descrita como luz (Provérbios 6.23; Salmos 119.105,130; 2 Pedro 1.19). Segundo, a palavra luz é empregada para identificar a pureza de Jesus, isto é, a sua impecabilidade, para manifestar a pureza e a beleza do seu caráter. Em sua inspiração, ele identifica Cristo Jesus na perspectiva de sua natureza divina, apresentando-O como luz na magnitude da excelência do ser moral (João 8.35). Só em Jesus vemos a luz eterna de Deus. Do momento do seu nascimento até a sua ressurreição, a vida de Jesus foi cheia da luz de Deus. Quem viu a Jesus viu o Pai (João 14.9).

Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai

As trevas representam o estado no qual o mundo e o homem sem Deus se encontram. Elas se caracterizam pelas ações pecaminosas do homem, resultantes da desobediência de Adão (Gênesis 3.6). Essa desobediência no Éden causou este estado de trevas. Foi na plenitude dessas trevas que Deus enviou o seu Filho (João 3.16).

Assim, andar na luz (1 João 1.7) significa viver uma vida de separação permanente das ações pecaminosas. Do cristão se espera uma vida de alegria, de segurança, um homem de vida irrepreensível em todas as esferas de sua vida e em toda e qualquer circunstância (2 Reis 4.9; Jeremias 17.7,8; Eclesiastes 9.8). Ele se tornou membro da família de Deus (Efésios 2.19 e Lucas 8.21), participante da plenitude de Deus e de suas bênçãos (Efésios 3.19; 1.3), participante da natureza de Cristo de modo que se espera que suas atitudes expressem retidão (João 15.4 e Mateus 5.48), bondade (Lucas 10.25-37) e justiça (Romanos 6.18-22). Enquanto os homens pecadores evitam a luz (João 3.19,20), Jesus responsabiliza os salvos a tornarem evidente a sua luz para que o Pai seja glorificado por meio das suas atitudes (Mateus 5.14,15).

Deus é amor

Uma das mais importantes marcas da vida do cristão é o amor aos irmãos. O Senhor Jesus já havia falado a seus discípulos para se amarem uns aos outros, desde o principio do seu ministério terreno. O escritor da Epístola aos Hebreus nos alerta dizendo que convém atentarmos para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas (Hebreus 2.1). Mas, esse mandamento do amor não é só um mandamento antigo, mas a cada dia novo. Quando o Senhor Jesus esteve neste mundo exercendo o seu ministério, não só ensinou aos seus discípulos com teorias, mas também com seu exemplo vivo e o seu significado: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também", João 13.15. A vida de Jesus sempre se caracterizou pelo amor que tem pelo ser humano. Essa verdade não só existe no Ser de Jesus, mas também na vida daqueles que receberam de Deus uma nova natureza (2 Coríntios 5.17).

Professar o cristianismo ao mesmo tempo que aborrece os irmãos é um sinal patente que tal pessoa está em trevas. Essa expressão joanina não aponta para uma recaída, mas, sim, identifica alguém que até agora não conheceu a Deus. Logo, ainda está em trevas. Por outro lado, o que ama a seu irmão, nele não há tropeço.

Quem não ama, odeia; e o ódio é um pecado mais grave do que o suicídio (Marcos 9.42). Os que assim procedem estão em trevas, andam em trevas e não sabem para onde, vão porque as trevas cegaram-lhe os olhos (1 João 2.11).

João saúda a igreja na perspectiva de uma grande família com a expressão "filhinhos". Conquanto alguns teólogos admitem que ele estava se dirigindo às criancinhas da igreja, outro são mais coerentes em afirmar que se trata de um tratamento carinhoso destinado aos irmãos recém-conversos, isto é, àqueles que tendo aceitado a Cristo ainda não alcançaram a estatura esperada. Esta é uma verdade que pode se aplicar a todos os santos. Depois, ele se dirige àqueles que chegaram ao conhecimento dAquele que é desde o princípio, isto é, o Filho de Deus. Trata-se dos que atingiram a maturidade e conhecem a doce comunhão de Cristo, com quem estão satisfeitos. Em seguida, se dirige aos jovens, cuja característica é a força que deve ser aplicada ao combate. Lembrando que é neste período que vem o conflito, as lutas com o inimigo das nossas almas se intensifica. Observe que ele reputa os jovens como vencedores. Isso nos remete à responsabilidade de investirmos considerações e credibilidade nesta faixa etária da igreja, sabendo que dela sairá todos os valores de que ela necessita.

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Eliezer de Lira e Silva é pastor na Assembleia de Deus em Curitiba (PR), conferencista e  comentarista da revista Lições Bíblicas (CPAD).

Ensinador Cristão. Ano 10, número 39. Julho a agosto de 2019. Páginas 14 a 16. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Ananias e Safira e a mentira ao Espírito Santo


Por Eliseu Antonio Gomes

É comum encontrar alguns cristãos manifestando o desejo de ter nascido na época da Igreja Primitiva. Talvez, tal ideia esteja baseada na impressão errada de que a geração apostólica fosse melhor do esta em que estamos vivendo, no engano que os crentes do passado não viviam entre problemas como estamos envolvidos hoje.

Pensar que na Igreja Primitiva havia convívio perfeito entre os irmãos, pode ter fundamento em textos bíblicos isolados, na leitura de trecho fora do contexto. Por exemplo a narrativa de Lucas descrevendo como os novos convertidos tiveram uma bela convivência. Atos dos Apóstolos, capítulo 2.42 a 47, relata o seguinte:

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por meio dos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, o Senhor lhes acrescentava, dia a dia, os que iam sendo salvos" (NAA).

Atos 4.32 tem a seguinte descrição sobre a comunidade cristã contemporânea dos apóstolos: "Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum" (NAA).

Se ficarmos com a atenção focada apenas neste cenário ideal, faz todo sentido acreditar que sempre houve um ambiente agradável na fraternidade cristã do primeiro século. Mas o livro Atos dos Apóstolos é composto de 28 capítulos, aborda outras situações além da inicial, dando um relatório mais amplo daquela realidade, mostrando que os primeiros cristãos eram tão imperfeitos como são os cristãos nascidos nos séculos 20 e 21.

Os fatos registrados na Bíblia mostras pontos altos e baixos da conduta humana, as fraquezas e quedas revelam o poder e a misericórdia do Altíssimo sobre todos que reconhecem o Salvador Jesus Cristo como Senhor. O objetivo das Escrituras Sagradas ao expor a verdade da primeira era cristã é impedir que o inimigo da alma humana encontre estratégias eficazes para desanimar os salvos e desapontá-los com a busca vã de tentar encontrar a salvação por méritos próprios.

Vejamos uma passagem importante sobre este tema:

O casal Ananias e Safira.

"Entretanto, certo homem chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, mas reteve uma parte do dinheiro. E Safira estava ciente disso. Levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. Então Pedro disse: Ananias, por que você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, para que você mentisse ao Espírito Santo, retendo parte do valor do campo?" - Atos 5.1-3.

Ananias era uma pessoa que viveu durante o tempo dos apóstolos e possivelmente tenha visto a Jesus Cristo durante sua itinerância anunciando o Evangelho, curando enfermos e libertando os cativos de Satanás. O texto bíblico que conta o seu comportamento e punição, provavelmente pode ter ocorrido em data aproximada ao Pentecoste, quando o Espírito Santo batizou os crentes de então, pois os primeiros fiéis ainda estavam concentrados em Jerusalém e arredores.

Havia ali gente convertida que era dona de posses materiais e disposta a oferecer sua propriedade para favorecer os crentes pobres.

Neste ambiente fraternal de generosidade, Ananias e Safira, eram membros da Igreja Primitiva, deviam ter descido às águas batismais e podem ter experimentado o batismo no Espírito Santo. Contudo, desejosos de fixar no senso comum daquela sociedade o pensamento de que ambos eram pessoas desprendidas de bens materiais, tomados pela falta temor ao Senhor, cometeram o pecado contra Deus.

Não nos passa desapercebido que no começo da história da humanidade o diabo tentou Eva e ela, juntamente com Adão, cedeu ao pecado; e no começo da história da igreja a serpente atacou outro casal e atingiu o seu objetivo outra vez.

Aquele que usa de engano não ficará na casa do Senhor.

Esse pecado desconsidera o propósito do sofrimento e da morte de Cristo e revela falta de temor ao Senhor, ausência de respeito e honra ao Espírito Santo (Efésios 1.4, Hebreus 13.12). Assim sendo, o Senhor repudia a todos que se beneficiam da duplicidade de sentidos, para confundir o semelhante, não se apraz da conduta de quem age fraudulentamente (Salmos 101.7). E por este motivo, Deus feriu com severidade a Ananias e Safira, manifestando sua aversão ao engano, mentira e desonestidade (Atos 5.10-11)

Rejeitemos a mentira. 

A pessoa que se converte, renasce do Espírito para ter um novo estilo de vida. Ela não apenas se "reveste" uma vez, mas é conclamada a se "revestir" a cada dia na prática como cristã. É preciso despojar-se dos hábitos do velho homem, daquilo que fazíamos antes de aceitar a Cristo e ter disposição para revestir-se do novo homem, que é submeter-se voluntariamente ao que Cristo indica como novo jeito de viver.

Da mesma maneira como se trocam roupas sujas por limpas, assim também o cristão é instruído pelo Espírito a renunciar diariamente aos hábitos maus e viver de acordo com as regras do reino de Deus (Gálatas 3.27; Efésios 4.24-25; Colossenses 3.9-10. 12-14).

Tal troca de roupas, remete-nos à armadura do soldado, apresentada em Efésios 6.10-17: é necessário estar cingido com a verdade, protegido com a couraça da justiça, estar com os pés calçados com o Evangelho da paz, sempre embraçado com o escudo da fé, protegido com o capacete da salvação e ter firme na mão a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

Conclusão.

Tenha sempre em viva lembrança que Deus se agrada daqueles que possuem coração sincero. É preciso perseverar em seguir os mandamentos do Senhor e ser um servo íntegro e com coração voluntário ao realizar a sua vontade, pois Ele esquadrinha o coração humano (1 Crônica 28.7-9). É importante estar consciente que tudo vem do Senhor; dEle recebemos e a Ele devolvemos tudo que nos tem dado (1 Crônicas 28.7-9, 17; 29.1). Como seres criados, tudo o que temos e somos vem do Pai, e não há nada que possamos fazer para retribuir por seu imenso amor e infinita bondade. Resta-nos adorar ao Altíssimo com coração sincero.

E.A.G.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Pérgamo o trono de Satanás e o Natal

Por Abraão de Almeida

O último Livro da Bíblia afirma o seguinte acerca da Babilônia: "Pois todas as nações beberam do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria" (Apocalipse 18.3). É notável, entretanto, que o Senhor Jesus na Sua revelação a João, na Ilha de Patmos, tenha citado a cidade de Pérgamo (Apocalipse 2.13,13) como o trono de Satanás, não Babilônia. Por quê?.

É preciso buscar as respostas nos rastros dessas duas cidades, Pérgamo, a mais famosa cidade da Mísia, estava situada no vale do rio Caico, a 30 quilômetros do Mar Egeu, o que lhe conferia grande importância comercial e espiritual. Havia sido uma cidade-estado grega, doada ao Império Romano em 133 a.C. por Atallus III. A celebre cidade possuía a segunda mais importante biblioteca do mundo, com 200 mil volumes, os quais foram levados depois para Alexandria.

Quanto ao aspecto religioso, Pérgamo era considerada, segundo uma lenda, cidade natal do deus Júpiter. Sob o domínio dos reis atálacos, a cidade se encheu de templos, colégios e palácios reais. Um dos principais monumentos era o templo dedicado ao deus Esculápio, representado por uma serpente.

Estavam ainda sediados em Pérgamo quatro dos maiores cultos aos deuses gregos: Zeus, Atená, Dionísio e Asclépio, cujos templos possuíam majestosa beleza arquitetônica. A cidade tinha também uma antiga forma de adoração ao diabo e um antigo culto babilônico (o culto dos magos), além de ser um centro de propagação do famigerado culto ao imperador.

Antes de o apóstolo João escrever o Livro de Apocalipse, Antipas morreu como mártir em Pérgamo.

A influência de Babilônia na transformação de Pérgamo  em "trono de Satanás" e, mais tarde, na transformação de Roma em assento da "grande prostituta" (Apocalipse 17.1), remonta ao ano 487 a.C. Naquele tempo, pelo fato de Artaxerxes haver tomado Babilônia, a hierarquia religiosa daquela cidade se transferiu para Pérgamo.

De Pérgamo, o supremo pontífice da Ordem babilônica legou como herança, por lei, toda a sua autoridade e domínio à hierarquia babilônica de Roma, e, assim, os Césares se tornaram pontífices máximos e soberanos dessa organização idólatra. Esses imperadores ostentavam tais títulos, com todas as cerimônias, ritos e dignidades, mesmo depois de nominalmente convertidos ao cristianismo.

O primeiro imperador romano a receber tal autoridade foi Julio César, o qual foi eleito pontífice em 63 a.C., o qual foi eleito pontífice em 63 a.C. De Julio César a Graciano, todos os imperadores exerceram a autoridade babilônica, porém, este último, em 376 d.C., considerou que não convinha a um cristão ser pontífice da ímpia e idólatra Babilônia, por isso renunciou ao título.

Não havia naquela época, tribunal que julgasse os pagãos, por isso seguiu-se a confusão. Então, a autoridade da Babilônia foi outorgada ao bispo de Roma, Dâmaso, no ano 378 d.C., e colocada sobre ele, que se tornou pontífice máximo. Dessa maneira, concluímos que o poder papal realmente advém da Babilônia - do diabo.

No rastro da paganização - O caminho para a paganização do cristianismo romano, aberto da maneira como mencionamos, foi iniciada no início do século 4, quando o Papa Silvestre, falecido em 335 d.C., adotou a mitra dos sacerdotes pagãos, a qual aparece nos mais remotos monumentos assírios e egípcios, e era usada como símbolo de autoridade pelos egípcios, assírios, hindus e medos. A mesma mitra era usada na Pérsia pelas autoridades eclesiásticas.

No ano 381, surgiu o decreto da adoração a virgem Maria, que, de maneira alguma, honra de maneira alguma a bem-aventurada mãe do Salvador, porque tal adoração se inspirava nos mistérios babilônicos. Acompanhando essa heresia, a qual, mais tarde, ficou conhecida como mariolatria, várias outras foram admitidas no seio da Igreja de Roma, como a adoção de rezas Ave-Maria e Pai-Nosso, que surgiram pro volta do século II e, a partir de 1326, tornaram-se rezas comuns entre os católicos.

Natal: nascimento do Sol? - Não foi apenas a mariolatria introduzida pelo catolicismo. O cristianismo originário de Roma avançou tanto na sua tentativa de cristianizar o Natal babilônico, que consagrou até mesmo o pinheiro como símbolo natalino, não desconhecendo, por certo, que era esta a árvore preferida de Tamuz. Segundo algumas autoridades no assunto, a Bíblia se refere à celebração do Natal pagão quando afirma: "Porque os costumes dos povos são vaidade. Cortam uma árvore do bosque, e um artífice a trabalha com o machado. 4 Com prata e ouro a enfeitam, com pregos e martelos a fixam, para que não caia" (Jeremias 10.3,4).

Outro aspecto pagão do Natal é a data de 25 de dezembro, rejeitada por muitos especialistas em História e Cronologia bíblicas. Embora seja de importância capital por marcar o início oda era cristã, a data do nascimento de Jesus ainda não foi satisfatoriamente definida. Assim, o nascimento de Jesus foi comemorado no dia 20 de maio no Egito e na Palestina, até o século 3, e, em outros lugares, no dia 6 de janeiro ou no dia 25 de dezembro ou 28 de março.

O imperador Aureliano estabeleceu, em 275, a comemoração obrigatória da natividade do Sol invicto no dia 25 de dezembro, data que foi adotada pela Igreja Romana a partir do ano 336 para a comemoração do nascimento de Jesus, com reação ao paganismo.

O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philocalus (354). No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a ideia de festejar o nascimento de Cristo "como se ele fosse um faraó".

A data atual foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãos realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa, rival do cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis invicti Solis (Nascimento do vitorioso Sol), e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a saturnália em Roma e os cultos solares entre os celtas e os germânicos.

Segundo alguns conhecedores do assunto, o nascimento de Jesus teria ocorrido, provavelmente, entre a segunda metade de março e as primeira metade de abril, quando faz calor na Palestina, e não em dezembro, época em que o forte frio desaconselharia a iniciativa imperial de realizar o alistamento. Reforça esse argumento o fato de pastores estarem no campo, na noite de Natal. É possível que, devido ao calor, os rebanhos permanecessem no curral durante o dia, á sombra, e fossem apascentados à noite.

E.A.G.

Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.
Fonte: Graça. Página 35. Dezembro de 2000.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

1 Corintios 10.13 - Aquele que está em pé cuide para não cair

Por Cícero Manoel Bezerra

Certa vez alguém havia caído em um pecado desastroso para sua vida, disse-me: "Eu pensava ser suficientemente forte para vencer aquela situação sem precisar de ajuda de ninguém." Como consequência de sua autossuficiência, essa pessoa caiu e trouxe sobre sua vida, marcas que ficarão para sempre.

Em 1 Corintios 10.13, Paulo nos mostra que nunca seremos tentados além de nossa capacidade de suportar a tentação e que Deus a usará para nos fortalecer: "Não sobreveio a vocês nenhuma tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; pelo contrário, juntamente com a tentação proverá livramento, para que vocês a possam suportar."

Se encararmos com sinceridade e honestidade a questão do pecado veremos que o número dos que têm caído é altíssimo! Muitos se deixam levar pelo engano e prazeres do pecado. Tornam-se escravos de sua prática, e quando se dão conta já estão longe do Senhor e perdidos nas trevas da pecaminosidade. São levados e se deixam levar pelas armadilhas preparadas por Satanás para derrubá-los.

Observando nosso círculo de amigos, descobrimos que muitos já não estão mais com o Senhor. Afastaram-se de Deus por se julgarem fortes o suficiente para vencerem sozinhos as tentações. Não conseguindo, acabam vivendo uma falsa imagem de espiritualidade. Estes já não estão em nosso meio, e bem longe estão do Senhor Jesus.

Por que caíram? É uma pergunta que muitos têm feito, mas não t~em obtido resposta. Consideremos duas razões que poderiam ser usadas como tentativas de resposta:

1. Vida dupla. Viver uma falsa espiritualidade. Duplicidade de imagem, levando as pessoas a terem de nós uma ilusão. Projetamos uma devoção que não temos, dando a aparência de que não existe alguém com mais comunhão com Deus do que nós, quando, na verdade, nossa vida é seca, nossos pensamentos são terríveis e nossas fantasias são alucinantes. Estamos literalmente envolvidos em uma falsidade tamanha, que chegamos ao ponto de enganar a nós mesmos. A falta de quebrantamento nos leva a ouvir a verdade, sem deixar que ela encontre guarida em nosso coração. Não queremos ser de maneira alguma descobertos. "O que os outros vão pensar?" Não confiamos nas pessoas ao ponto de pedir-lhe ajuda em situações onde ela seria altamente necessária. Preferimos alimentar o gosto da lascívia, da luxúria, e nos render á escravidão do pecado. Quem nos conhece a fundo sabe que tudo é fantasia e falsidade. Nossa espiritualidade realmente não exite. Vivemos uma vida dupla.

Para sanarmos esse mal, precisamos usar de transparência, tirando a máscara e mostrando o que realmente somos. Isso exigirá de nós muita coragem, pois expor nossos pecados é humilhante. É um tratamento de choque, mas quando o Espírito entra em nossa vida, Ele nos convence de que é necessário mudar. Precisamos tratar tudo e não deixar nada para trás.

Talvez tenhamos a impressão de que perderemos coisas valiosas. Mesmo que isso aconteça,o que ganharemos será muito mais valioso. Teremos comunhão com Deus, paz de espírito e viveremos nossa verdadeira realidade. Não há nada mais gostoso que falar com Deus, ter a consciência limpa, e saber que Ele está nos ouvindo sem nenhuma barreira.

Não há pecado que possa proporcionar melhor sensação que está: estar bem com Deus!

2. Prazer na prática do pecado. Tentação é o convite ao pecado. E isto não é algo horrível e assustador à primeira vista. Ele nos atrai e nos traz prazer. Se começarmos a alimentar nossa vida de fantasias, chegará um tempo e que a verdade não nos incomodará mais. Ela ficará apenas no intelecto, e para qualquer pecado teremos sempre uma explicação lógica que nos satisfaça. Tornaremos-nos "especialistas" nas na racionalização: "Faça isto por causa disto"; não é minha culpa gostar dessas coisas". Quando menos percebemos, estaremos literalmente escravizados por determinadas atitudes ou outros tipos de envolvimentos pecaminosos.

O prazer na prática do pecado é sinal de falta de conversão. Quando recebemos a Jesus como Senhor e Salvador, a situação muda. Nosso prazer deixa de ser a prática do pecado para ser uma vida de bem com Deus e com o próximo. Quando nos sobrevêm as tentações e oportunidades para pecar, fazemos a opção de estar com o Senhor. Avaliamos, refletimos sobre todas as consequências do pecado e damos espaço para que o Espírito Santo nos convença de que viver com Deus é melhor que qualquer prazer mundano.

A fantasia pecaminosa nada tem de bom para nos oferecer, apenas satisfação à carne, desagradando a Deus. Devemos tomar cuidado com o que entra em nossa mente, pois dependendo do nível da fantasia que vivermos, ela poderá tornar-se real. Muitos não praticam suas fantasias apenas por falta de oportunidade. Vivemos num mundo onde recebemos sugestões de fantasias na área de sexo, dinheiro, comida, drogas e das vantagens pessoais. Mas o salário do pecado é a morte e o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo (Romanos 6.23).

Apenas o interesse por informações religiosas ou pela vida religiosa não fará diferença. Precisamos estar conscientes do poder da Palavra de deus. Ela é como uma espada que penetra o mais interior do homem, discernindo tudo o que se passa em sua alma e seu espírito. A Palavra de Deus é poderosa. Devemos dar liberdade ao Espírito Santo para que a use em nossa vida.

É necessário que tenhamos comunhão com Deus e com sua Palavra. Hoje em dia há muitos curiosos da religião. Pessoas que querem saber a verdade, mas não estão dispostas a praticá-las. Não adiante ter uma grande mente e um coração pequeno. A verdade deve passar pelo intelecto, e depois atingir fortemente o nosso coração. Devemos dar lugar ao Senhor, reagir positivamente em relação ao que Ele manda. Deixar de lado a religiosidade vazia, e praticar a verdadeira comunhão com o Pai. É frequente vermos nos religiosos que caem, que sua religião não é forte o bastante para mantê-los firmes. Só quem nos mantém firmes e vitoriosos contra o pecado é Jesus Cristo.

A vida cristã é uma constante batalha. Não podemos nos esquecer disso. Não adianta sermos cristãos nominais, muito menos religiosos. Nenhuma dessas coisas tem poder para nos dar a vitória. A vitória dessa batalha é garantida através de tudo o que Cristo realizou por nós na cruz. Apropriemo-nos dela. Podemos ser livres do pecado. A vida pode ser totalmente diferente, basta pedir perdão, reconhecer que o pecado gera a morte e a separação de Deus. A Bíblia diz que: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1.9).

Alguns pecados terão que ser confidenciados a uma pessoa de nossas confiança, com quem abriremos o coração e de quem com certeza receberemos ajuda. Alguém que participe da luta conosco, até a obtenção da vitória total total sobre o problema. Não deixemos o pecado nos atormentar. Tiremos a transgressão de uma vez por toda de nossa vida no nome poderoso de Jesus Cristo.

E.A.G.

Fonte: Mensagem da Cruz, número 113, maio a junho de 1997.  página 13.Venda Nova - MG (Editora Betânia).

quinta-feira, 11 de julho de 2019

A escatologia na parábola O Joio e o Trigo

Na literatura mundial, de todos os tempos, não há livro mais cheio em material alegórico do que a Bíblia. As Escrituras Sagradas empregam a linguagem figurada para através delas transmitir verdades profundas e necessárias.

E nas páginas da Bíblia, não há nenhuma personagem que mais fez uso da parábola do que Jesus Cristo. Ao usar parábolas, Ele ilustrou lições com figuras familiares e fez referência especial aos seus diferentes efeitos produzidos nos homens de disposições diferentes, revelou o modo de progresso do Reino de Deus aqui na Terra e como será  a sua consumação.

Entre as parábolas que encontramos nos Evangelhos, a parábola do Joio e do Trigo é a que tem a explicação mais ampla sobre o Juízo Final e a natureza do Reino, de modo a não deixar dúvida na sua interpretação. Tudo ali está claríssimo: há um campo; há pormenores sobre este campo; fala de dois semeadores, um que semeia uma semente de boa qualidade e o outro que semeia ervas daninhas; fala do tempo da colheita e como e por quem ela será realizada.


"Jesus lhes propôs outra parábola, dizendo: 'O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas, enquanto todos estavam dormindo, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e foi embora. E, quando as plantas cresceram e produziram fruto, apareceu também o joio. Então os servos do dono da casa chegaram e disseram: 'Patrão, o senhor não semeou boa semente no seu campo? De onde, então, vem o joio?' Ele, porém, lhes respondeu: 'Um inimigo fez isso.' Mas os servos lhe perguntaram: 'O senhor quer que a gente vá e arranque o joio?' O dono da casa respondeu: 'Não! Porque, ao separar o joio, vocês poderão arrancar também com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até a colheita. E, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Ajuntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; mas recolham o trigo no meu celeiro.'" - Mateus 13.24-30.
Jesus diz que a boa semente foi lançada em boa terra, mas alguém semeou entre ela o joio. Esclarece que o joio precisa crescer junto com o trigo até a colheita, para depois ser arrancado, evitando desta maneira que, ao remover o joio, com ele seja tirado também o trigo. Percebendo a falta de compreensão dos discípulos, Cristo passa a revelar o significado de cada elemento que aparece na parábola. Explica:
"O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do Maligno. O inimigo que o semeou é o diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos. Pois, assim como o joio é colhido e jogado no fogo, assim será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, que ajuntarão do seu Reino todos os que servem de pedra de tropeço e os que praticam o mal e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." - Mateus 13.37-43.

Tanto Jesus como o Diabo são semeadores. A parábola diz com extrema clareza que Jesus plantou o trigo, que representa os cristãos; Satanás plantou o joio, que representa os falsos irmãos; o tempo da ceifa será o tempo do fim; e que os ceifadores são os anjos. Apesar de estar tão claro, há muitos que têm a mente cauterizada, confundem as palavras do Mestre, dando-lhes uma interpretação que Jesus jamais autorizou; não sabem diferenciar o joio do trigo, para eles qualquer gramínea é trigo, desde que esteja no campo. Pensam que já foi realizada a colheita. A colheita ainda não está feita.

O plantio de joio é a configuração de uma ação diabólica, traduz o retrato da prática do mal ao extremo. Como erva daninha, o joio não tem nenhum valor comercial e é uma semente que não é possível diferenciar quando comparada ao trigo até que tenha brotado. No círculo da cristandade, os maus são semeados entre os bons, e a diferença nem sempre é visível. Muitos que não são do Senhor assemelham-se aos que são: eles frequentam os cultos e participam diretamente da liturgia, são leitores da Bíblia, oram como se fossem cristãos fervorosos, mas não têm Cristo, seus corpos não são morada do Espírito Santo e não amam a Deus.

Ninguém se engane, não pense que nas igrejas há somente grãos. A vivência na comunidade cristã nos tem mostrado que nelas sempre houve e haverá também a palha. As folhas secas são os crentes que se julgam superiores ao joio e ao trigo. Eles não vigiam, não guardam a Palavra de Deus em seu coração, e de quando em quando, cortam a erva daninha que tenta sufocar o trigo, não se importam com o aviso de Jesus Cristo. O Senhor disse que a separação de um e outro só cabe a Ele realizar, pois o homem é incapaz de limpar a plantação. Portanto, enquanto houver o cultivo do trigal, isto é, igrejas avivadas antes do Arrebatamento, haverá também a erva daninha ocupando espaço na plantação.

A ceifa acontecerá na primeira fase da Segunda Vinda de Cristo, quando então o trigo será separado pelo Senhor definitivamente da erva maligna. Quando ocorrer o Arrebatamento, apenas os crentes perseverantes na doutrina do Senhor, que preservam a fé e a simplicidade, serão salvos, somente os salvos irão com o Salvador para o Céu. Não há salvação aos que vivem dentro das igrejas sob o manto da religião, agindo dissimuladamente, pensando que apresentar-se como crente lhe dá o direito de praticar todas as coisas que a sua imaginação inventar. Quem não estiver espiritualmente preparado não será arrebatado pelo Senhor  (1 Coríntios 15.42-44; 50-56; Filipenses 3.20-21; 1 Tessalonicenses 4.15-16).

Quando Jesus falou sobre o joio e o trigo, seu objetivo era mostrar aos crentes o perigo da má influência que há aos que são trigos, pois convivem com o joio, os falsos irmãos que carregam no coração o amor ao mundo e suas efemeridades.


Ninguém se iluda. Toda pessoa, por mais religiosa que seja, que não queira se converter dos desejos desenfreados da carne ao senhorio de Jesus Cristo, terá a mesma sorte da igreja em Laodiceia (Apocalipse 3,14-22). Não pense que por haver crido em Jesus, está transformado definitivamente em trigo; o crente que não se manter vigilante e dormir, como fizeram os crentes da igreja de Laodiceia, ouvirá contra si a mesma frase que os laodicenses ouviram: "estou a ponto de vomitá-lo da minha boca" (verso 15).

Por acaso, não tinha a igreja de Laodiceia possuído a vida e o amor de Cristo? Não foi, a princípio, modelo de fidelidade, sofrendo pela causa e nome do Senhor? Sim. Mas depois aquela igreja se tornou morna, nem fria e nem quente, indiferente, e perdeu o direito às bênçãos. Embora antes tivesse sido a representação do trigo, veio a tipificar o misto do joio e da palha. Tal deformação ainda acontece nos dias atuais.

Muitos vivem no meio religioso julgando que são trigo, porém, na verdade, são o joio ou a palha. Caso o indivíduo não seja um praticante da Palavra de Deus, mesmo que viva assiduamente dentro da igreja a vida toda, não receberá a salvação; é possível frequentar uma igreja por toda a vida e não ser salvo. Conferir: Provérbios 13.13; Tiago 1.19-27.

O "não vos conheço" será proferido para muitas pessoas que diversas vezes disseram "Senhor, Senhor" e não obedeceram aos mandamentos de amar a Deus e ao próximo, não apresentaram o fruto do Espírito. Muitos que profetizaram, manifestaram dons espirituais de curas e expulsaram demônios, estiveram entre os verdadeiros servos do Senhor, ouvirão a sentença "afastai-vos de mim". Mateus 7.22-23.

O joio é joio tanto dentro quanto fora da igreja; de igual modo o trigo é trigo em todo o lugar que estiver. Portanto, ninguém se glorie sendo joio, por crescer no meio do trigo, ou seja, estar atrelado à rotina da igreja. Chegará o momento em que o trigo será recolhido e guardado no celeiro e o joio posto à distância, para ser julgado e condenado a passar sua existência no castigo eterno.

Conclusão

A serpente entrou no Paraíso como se fosse a melhor amiga de Eva; o sangue de Abel foi derramado por seu irmão Caim; Judas infiltrou-se entre os doze apóstolos e beijou Jesus hipocritamente, Estevão e Tiago foram martirizados por pessoas que pretendiam erradicar o cristianismo, falsos cristãos atrapalharam os ministérios dos apóstolos Paulo, Pedro e João. O joio está presente na Terra há bastante tempo!

A Terra pertence a Deus e nela Jesus Cristo proclamou o Evangelho da salvação, entregou sua vida no sacrifício da cruz para, sem pecado, morrer no lugar de todos os pecadores, ressuscitar dos mortos para que os pecadores arrependidos de seus pecados tenham a oportunidade de abandonar a natureza nociva de joio pelo bom caratismo do trigo.

E.A.G.