Hawthorne, a cientista Cenas retiradas e recuperadas |
No início deste mês, funcionários da Pixar Animation Studios, enviaram uma declaração conjunta ao alto escalão da Walt Disney Company, alegando que os executivos da empresa impediam frequentemente "afeição abertamente gay" em seus filmes. A Pixar é uma empresa de propriedade da Disney.
A alegação de censura tornou-se pública como parte de um protesto maior. A Disney teria financiado parlamentares da Flórida favoráveis ao Projeto de Lei SB 1834, de nome Parental Rights in Education ("Direitos Parentais em Educação", em livre tradução), apelidado por ativistas das causas LGBTQ como “Don’t Say Gay” ("Não diga Gay"). O projeto visa reforçar a autoridade dos pais nas escolas proibindo que professores falem sobre mudança de gênero aos alunos até a terceira série. O financiamento aos políticos irritou ativistas, que passaram a organizar manifestações públicas contra a edição do filme e contra o projeto em diversas partes da cidade e em muitas outras localidades naquele país.
Um trecho do texto diz:
"Exigir que os conselhos escolares distritais adotem procedimentos que estejam de acordo com certas disposições da lei para notificar os pais de um aluno sobre informações específicas; exigir que tais procedimentos reforcem o direito fundamental dos pais de tomar decisões sobre a educação e o controle de seus filhos de maneira específica; proibir um distrito escolar de adotar procedimentos ou formulários de apoio ao aluno que exijam que o pessoal do distrito escolar retenha de um pai informações especificadas ou que encorajem ou tenham o efeito de encorajar um aluno a reter tais informações de um pai; proibir um distrito escolar de incentivar a discussão em sala de aula sobre orientação sexual ou identidade de gênero nas séries primárias ou de uma maneira específica".
Em 24 de fevereiro o projeto foi aprovado na Câmara e aguarda votação pelo Senado americano, para depois ir às mãos do governador, Ron DeSantis, que já demonstrou publicamente apoio ao projeto.
Segundo relato de funcionários da Pixar, houve censura de uma cena no longa-metragem Buzz Lightyear. A personagem feminina Hawthorne tem envolvimento significativo com outra personagem feminina. A alta administração da Disney não teria se manifestado sobre o relacionamento, mas teria proibido a cena de beijo entre as duas.
Após o alvoroço público em torno da declaração dos funcionários da Pixar, Bob Chapek, diretor executivo da Disney - que em sua trajetória na empresa já foi diretor de parques e também foi presidente das áreas de distribuição de filmes, da área de home vídeo e também da área de produtos para o consumidor - assumiu uma posição conciliatória, reintegrando o beijo ao filme.
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