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terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher - Reflexão sobre o papel de mãe, cristã evangélica e trabalhadora fora do lar

8 de março: Dia Internacional da Mulher. Neste data, a minha proposta não é descrever Deus, o que é o ser humano, suas qualidades e limitações e nem como o homem e a mulher foram feitos segundo à imagem e semelhança do Criador. Nestas linhas breves, reflito sobre a mítica história de Adão e Eva, e a etimologia de seus nomes. Por quê? Porque na Bíblia Sagrada os nomes representam muito mais do que a distinção de uma pessoa da outra, traduz sua missão, o seu papel existencial neste mundo.

A definição da vida

Nas escolas, estudando Biologia, nos é informado que vida é uma palavra originada do latim (vita), pode ser entendida como o conjunto de características que mantém os seres em constante atividade. O ser humano nasce, cresce, reproduz-se, envelhece e morre. Nascimento, crescimento, reprodução, envelhecimento e morte constituem o ciclo vital, que é uma característica geral dos seres vivos.

Na Bíblia Sagrada, vemos que o Criador formou o ser humano, gênero masculino, a partir do pó da terra e soprou em seu nariz e desse sopro o ser inanimado se transformou em ser vivente. E após isso, de sua costela criou o gênero feminino. A mulher é introduzida na cultura hebraica como auxiliadora do homem, como sua companheira (Gênesis 2.20). Mulher: no hebraico, é “ 'ishshã”, termo em paralelo com 'ïsh (varão).O termo correlato em grego é "gin", "gyn", "gyne": fêmea, mulher, feminino.

Eruditos explicam que o nome Adão (hebraico: 'ãdhãm) significa humanidade, e Eva é derivado de hawwã, que significa “ser que vive”, termo traduzido como “ zoe” (vida) na Septuaginta em Gênesis 3.20.

A religião e a feminilidade

Existe relação entre a saúde da mulher com a amamentação.

Os médicos recomendam que a amamentação seja feita até os seis meses de idade do bebê.

A partir de 1940, a amamentação entrou em declínio e as mães passaram a usar mais mamadeiras e chupetas. Entre as causas desse declíno está o fato de que cada vez mais mulheres passaram a trabalhar, não havendo tempo para ou condições para amamentar. Além disso, a indústria alimentícia passou a produzir leites especiais para bebês, o que parecia mais prático para a mãe e mais saudável para a criança.

Entretanto, não há alimento mais completo para um bebê do que o leite materno. A queda no índice de amamentação coincidiu com o aumento na taxa de mortalidade infantil desde aquela data.

Os especialistas recomendam que o leite seja o alimento exclusivo do bebê até os seis meses de vida e só depois desse período é que deve oferecer água, chás e alimentos.

O leite materno mata a sede, pois é constituído por cerca de 80% de água, e nutre pois apresenta todos os nutrientes que o bebê precisa (carboidratos, lipídios e proteínas). E, ainda, contém anticorpos, fato importante se considerarmos que até os seis meses o sistema imunitáqrio da criança é pouco desenvolvido. Além disso, está comprovado que a amamentação evita infecções e benefia a disposição correta dos dentes.

Em relação às mães, a amamentação está relacionada com menores chances de desenvolver osteoporose, anemia, câncer de mama e ovário, além de ser alimentação econômica e prática. Também, a amamentação é o método natural da contracepção, impede uma nova gravidez com quase 100% de segurança por cerca de seis meses. Os picos de prolactina e de estrogeno estão envolvidos com esses benefícios.

A religião e o feminismo

Os principais pontos no movimento feminista são: o aumento da consciência pelos quais pequenos grupos avaliam seus papéis e posições na sociedade, campanhas públicas sobre assuntos como o aborto, igualdade de pagamento e oportunidades no mercado de trabalho, cuidado com crianças, pornografia e violência doméstica contra mulheres; e a disciplina acadêmica de estudo da mulher e da cultura.

Os grupos de mulheres integrados ao movimento feminista nos países em desenvolvimento provêm em geral das classes com mais acesso à educação.

No século 21, as mulheres ainda sofrem maior grau de desigualdades. Sua participação no mercado de trabalho e sua taxa de instrução tendem a ser menores, e taxas de fertilidade e de mortalidade durante a gravidez ou parto são maiores. Menor oportunidade de acesso à educação somada à influência de tradições sociais e religiosas que colocam em posição inferior a mulher e seu trabalho são responsáveis pelo limitado papel da mulher na vida política, econômica e pública do país. As que estão no mercado de trabalho tendem a ocupar posições de menor remuneração e que exigem menos especialização, enquanto a carga de trabalho, em muitos casos, inclui o cuidado com a família. Nas sociedades árabes islâmicas, as mulheres vêm tantando melhorar suas condições opondo-se aos códigos de afastamento, e à mutilação genital. Na áfrica, grupos apóiam as mulheres agricultoras, que produzem cerca de 71% dos alimentos do continente, dando-lhes maior acesso aos conhecimentos tecnológicos.

Concluindo

Nas últimas décadas, a mulher brasileira tem alcançado muitas conquistas importantes. Desde a Constituição de 1988, ela está livre da exigência legal, absurda, de precisar pedir autorização ao marido para trabalhar fora de casa. E hoje, sendo parte da maioria da população, maioria do eleitorado, maioria com curso superior completo, e apesar de haver uma representante na presidência da república, durante o período de Carnaval milhares de mulheres desfilam semi-nuas pelas principais avenidas dos mais importantes estados do Brasil, como parte de um grande espetáculo, um negócio que gera milhões de reais. O que nos faz constatar que na sociedade brasileira a filosofia machista ainda manda, está impregnada até às estranhas do Brasil. A figura feminina ainda está esteriotipada entre nós neste país.

Tanto homens quanto mulheres precisam entender que a missão que o Criador deu a Eva, lá no jardim do Éden, não é missão de subserviência, porque ao casar, o homem deve tratá-la com amor sacrificial, amá-la como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela na cruz. O homem cristão, na condição de marido, deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja ao ponto de morrer por ela (Efésios 5.25).

Embora ao longo dos séculos as religiões trataram as mulheres com injustiça, vemos que o Criador incumbiu a elas uma missão sem-igual. Da mulher ('ishshã), surgiu a vida. De uma mulher, Maria, nasceu  Jesus Cristo, que se definiu como o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14.6), o único ser vivente capaz de proporcionar à humanidade o futuro ao lado de Deus, lá no céu.

Jesus Cristo nasceu como gênero masculino, mas veio a este mundo apenas com a participação direta do gênero feminino.

E.A.G.

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