Apesar de João Batista e Estevão serem pessoas tementes a Deus, tal qualidade não os fez perfeitos. Eles falhavam, como todos nós falhamos.
João Batista foi degolado. Eu creio que não deveria ter sido. Ele tinha temperamento colérico, apesar de conhecer Provérbios 15.1, saber que responder com brandura desviava a fúria de todos seus interlocutores e promovia a paz, e ser duro em palavras e truculento provocava reações raivosas, cheias de sede de vingança contra ele. Mesmo assim ele saiu do deserto com pouca delicadeza.
Lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1ª Coríntios 14.32).
João Batista exerceu sua função profética. Qual era a missão de João Batista? Anunciar a chegada do Messias. Mas quis ir além, quis denunciar publicamente o pecado de adultério do rei e de Herodias e, com sua dureza, provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Veja: Mateus 14.1-12.
E quanto a Estevão? Quando Jesus subiu ao céu, deu uma ordem expressa e clara aos seus discípulos (incluso Estevão). Disse: "ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Marcos 16.15). Os cristãos deveriam sair de Israel, anunciar o Evangelho aos gentios, mas se esqueceram muito rapidamente o mandamento, ficaram no mesmo local em que residiam. Então se tornaram alvos de judeus enfurecidos.
Se Estevão tivesse obedecido a ordem de Jesus, não teria se tornado apedrejado, nem Tiago teria sido morto à espada, nem Pedro teria sido preso e passado pelo risco de morte (Atos 6.10-15; 7.1-60; 12.1-18).
Em suma, o Salmo 36.9 nos diz que em Deus está o manancial de vida, na luz dEle vemos a luz, mas João Batista não levou em conta a luz de Provérbios 15.1 e Estevão não considerou corretamente a importância das palavras iluminadas e registradas em Marcos 16.15. E pagaram com suas vidas!
E.A.G.
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