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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Pastor Silas Malafaia afirma que é apoiador intransigente de Jair Bolsonaro mas não é subalterno dele

Matéria do UOL, em São Paulo. publicação de 30 de novembro de 2018 às 04h44: Sou apoiador intransigente, mas não subalterno, diz Malafaia de Bolsonaro.

A reportagem é interessante e precisa ser lida com olhos críticos. Parece que há no conteúdo a intenção de criar a tal "contenda entre irmãos".

É importante ler considerando que o portal UOL faz parte do grupo Folha e que parte do grupo Folha pertence às Organizações Globo. E, com esta lembrança, não tenho a intenção de intensificar a ideia de que existe alguma espécie de conspiração contra Jair Bolsonaro, promovido pelo jornalismo militante de simpatizantes da política de esquerda.

Apesar daquele episódio ocorrido durante o segundo turno da disputa presidencial, quando a Folha apresentou matéria acusando a equipe de campanha de Bolsonaro, ao afirmar existir empresários impulsionando propaganda política em mídias sociais - um crime eleitoral capaz de impugnar a candidatura do então candidato do PSL. Houve investigação e NADA foi comprovado.

Após gigantesco ato profissional falho, NÃO ACONTECEU o pronunciamento por parte da Folha expressando um "erramos, desculpem, não somos os irrepreensíveis paladinos da verdade". Que feio, Folha!

Ao contrário do que muitos acreditam e repetem exaustivamente, nós brasileiros temos memória, haja vista a faxina que fizemos nas urnas da recente eleição passada. E apreciamos o exercício do bom jornalismo, aquele que também erra, mas prova ser imparcial e ter compromisso com a verdade dos fatos. Nós sabemos que jornalista é gente e não é um ser perfeito. Apreciamos o trabalho do jornalista que reconhece ser falível e quando falha se esforça para trazer à tona a verdade do fato.

Sabemos muito bem: cair é coisa inerente ao ser humano, levantar-se, limpar-se e seguir adiante é ação própria de quem não ama a lama.

E.A.G.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O medo que apaga o brilho de personalidades da televisão brasileira

Uma boa parte das inúmeras pessoas que fazem televisão, aberta e por assinatura, quando comentam sobre os internautas que compõem as mídias sociais, opinam de maneira negativa, como se todo usuário da esfera virtual fosse gente idiota que só transmite opiniões desprovidas de inteligência e capacidade de fazer análises equilibradas.

Tal comportamento, ao mesmo tempo que entristece, irrita. Esta crítica é generalizante e tosca. É simplória e digna de pena.

É coisa comum de gente que usa o faro, encontra o cheiro ruim sem lembrar que existe o aroma das flores, das frutas, do tempero culinário.

É comportamento atrelado ao indivíduo acostumado com a visão embaçada e é incapaz de apreciar o calor da luz trazida pelo sol nascente, não admira a diversidade das cores nas florestas, em matas e jardins. reação daqueles que preferem envolver-se na fumaça misturada ao barulho desconexo da poluição sonora, ao invés de apreciar os tons naturais e instrumentais, o sonido organizado da música, que em sete notas bem posicionadas representam a vida saudável, é capaz de animar a alma triste vibrando o martelo, a bigorna e o estribo de nossos ouvidos.

Menos generalização e mais especificação, distinção, particularização. Por quê? Porque generalizar é apenas a força do hábito de quem não tem comprometimento com fatos, segue a vida posicionando-se abaixo da linha da mediocridade.

Enquanto há vida há esperança. Rejeitamos a escuridão porque amamos a luminosidade; indicamos o falso porque sabemos o que é verdadeiro; não queremos o medo porque apreciamos a utilidade da coragem.

Respire mais pausadamente. Pense mais. Ouça mais. Veja mais. Fale mais, não se cale.

Mostre-se ser alguém intelectualmente privilegiado. Presenteie-se com o privilégio de voltar atrás naquilo que falou, entendendo que mudar também significa evolução. Ou vá além e reforce tudo com argumentos bem pensados, porque todos têm liberdade de expressão. Porém, jamais seja monossilábico na temporada da comunicação com excelência, nunca seja generalizante porque viver é o eterno diálogo composto de boa explicação.

E.A.G.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O assustador indulto natalino de Michel Temer e as deliberações dos ministros do STF sobre isso


No passado, para muitos o mês de dezembro era tempo de colocar uma árvore de pinheiro no canto predileto da sala de estar, espalhar luzes coloridas piscantes em seus galhos e uma estrela no topo, e depois esperar o dia 25 para realizar a dinâmica das trocas de presentes.

Acontece com todos, a infância vai embora e leva em sua bagagem a inocência junto com a capacidade de alterar em nossos pensamentos aspectos viscerais em sonhos lúdicos. E assim continuamos a viver, seguimos adiante acumulando na memória momentos de susto e temor, sobressaltos que agitam a cefaleia e causam males piores.

Para muitas pessoas, com certeza saber sobre a intenção do presidente Michel Temer de assinar o decreto presidencial para soltar políticos e empresários, corruptos e corruptores, perdoar com uma só "canetada" 80% do número de criminosos que foram alcançados pela Operação Lava Jato, foi mesmo momento de susto acompanhado de temor e enorme sentimento de indignação. Pense nestas solturas sem esquecer o custo alto de dinheiro público usado pela Polícia Federal, Ministério Público e audiências de magistrados. Coisa inédita na história do Brasil! Caso aconteçam as solturas, o dinheiro arrecadado do trabalhador, volume de impostos dos mais altos do planeta, será jogado fora como se fosse lixo fétido. O ciclo prende e solta não é barato!

E a pergunta torturante martela com força dentro de nós: Por que não pensar em trabalhar para endurecer leis contra os bandidos ao invés de afrouxá-las? E cogitamos:
• O senso crítico não usa mais o peso da moralidade. Se a ação é interpretada como constitucional, a moral vai para a lata do lixo. A corrupção é sinônimo de crueldade, mesmo nas vezes que é glamorizada. Então, que vítimas da corrupção morram amordaçadas na fogueira, observados por gente culta e sorridente degustando o mais antigo Henri Jayer Richebourg Grand Cru em taças de cristais. Sim, é bem assim o estilo de vida dos corruptos, mas figurativamente.
• A vergonha está diluída em gotas de nitrato de potássio e armazenado para temperar os pratos de Ceia Natalina de nosso Vito Corleone brasileiro;
• A ética é perfume barato, misturada com água suja, está aspergida no colarinho do nosso Elliot Ness tupiniquim, que passou a usar uma rodela vermelha tapando o seu nariz.
Vamos relembrar e refletir um pouco? Dom Corleone saiu da imaginação de Mario Puzo, do livro migrou para a encarnação de Marlon Brando, que sob direção de Francis Ford Coppola foi às telonas de cinema. E muita gente ao redor do mundo pagou para assistir a máfia glamorizada. E Elliot Ness era gente como a gente, teve carne e ossos, não era personagem da ficção, em sua profissão de policial a serviço do Tesouro Americano mostrou coragem para investigar e prender o mafioso Al Capone e outros facínoras da vida real. A saga do herói de verdade virou seriado de televisão e filme de cinema, com sucesso considerável nos dois meios de comunicação.

É... O indulto de Natal brasileiro parece coisa de ficção. Quem sabe essa história também se transforme em um bom roteiro cinematográfico e compremos bilhete e pipocas e vejamos essa vergonha nacional transmitida via tecnologia 3D? Tudo isso parece ideia saída da cabeça de roteiristas de cinema, que só sabem criar roteiros contendo situações longe da realidade.

Com o devido respeito ao poder judiciário, instalado no Supremo Tribunal Federal, para mim é complicado entender como agem os neurônios de algumas cabeças pensantes.

Como apoiar a redação do decreto presidencial de Michel Temer, que deseja abrir a porta de cadeias para pessoas que realizaram tráfico de influência, peculato, objetivando apenas o enriquecimento próprio sem se incomodarem com o fato de lesar o sistema financeiro brasileiro? Como aceitar perdoar aqueles que comprovadamente agiram como bandos inescrupulosos, e de maneira sistemática e endêmica, meteram a mão em cofres alheios, em detrimento de tantos que passam fome, sofrem com falta de remédios, morrem sem ter dinheiro para enterro digno?

Não quero crer que o benefício presidencial de Natal seja defendido pelo fato de haver envolvimentos de bandidos colecionadores de ternos Armani, usuários de óculos Dior, calçados da Harris ou Colzoleria Leopardi, ostentarem relógio e caneta da Mont Blanc. Por locomoverem-se em automóveis de luxo, helicópteros, jatos bimotores, residirem em apartamentos e casas de padrões hiper luxuosos. É provável que essas coisas sejam a parte visível da acumulação de muitos bens que são frutos de roubalheira assassina. Não do suor de trabalho honesto.

Que haja ponderação das autoridades que amam suas mães e seus filhos. Que mãe teria prazer ao tomar consciência que o filho coloca nas ruas indivíduos assassinos? Que filho sente orgulho do pai que demonstra ser amigo de gente com caráter apodrecido? A corrupção é nefasta e precisa ser controlada. Ela é mais letal que uma bomba atômica e artefato de gás sarin lançados juntos. O resultado negativo da corrupção está na precária Saúde Pública, no descontrole da Segurança, na vergonhosa estrutura da Educação, nas estradas federais, estaduais e municipais cheias de crateras. Tudo isso mal administrado resulta em óbitos.

Como será que o Indulto de Natal de 2018 será contado aos nossos filhos, netos e bisnetos? Quem será descrito como mocinho, quais serão mostrados como mafiosos e quais e quantos serão listados como vítimas? Com certeza, tudo será relatado como fato, quando desejamos que essa realidade de final de ano não passasse de boato, de outra fake news. E toda esta hediondez não será apresentada somente em páginas de livros didáticos, estarão em arquivos das mídias de áudio e vídeo que agora usamos e outras tecnologias mais modernas e precisas que em um futuro breve existirão por todo lado, embutidos em software de smartphones ainda mais modernos e outras miudezas reluzentes que ainda não são comercializadas ou nem foram inventadas.

Ainda estou impressionado com a intenção de Michel Temer. Meus tataranetos um dia saberão que essa persona existiu...

E.A.G.