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sexta-feira, 11 de março de 2011

TSUNAMI E TERREMOTO ARRASAM SENDAI NO JAPÃO

Amanheci recebendo notícias alarmantes sobre catástrofes em Sendai, província ao nordeste de Tóquio, Japão. Agências da imprensa informavam que por volta das 2h46 (horário de Brasília) houve tremores de terra em magnitude 8.9, Escala Ricther, seguidos por ondas gigantes, e explosão em refinaria de petróleo e risco de liberação de material radioativo na atmosfera japonesa.

O governo japonês lançou alerta de emergência nuclear, que pode significar vazamento de radioatividade ou esfriamento de reator. Quatro usinas nucleares pararam de funcionar automaticamente. O governador de Fukushima ordenou que cerca de duzentos cidadãos, situados em Onagawa, evacuem a área da usina nuclear Fukushima 1, em no mínimo um raio de dois quilômetros.

O governo também informou que existem 97 pontos de incêndios. Um deles se encontra descontrolado e em grandes proporções, originado na refinaria de óleo da localidade de Chiba. Na cidade de Kesennuma casas e prédios queimam.

Imagens geradas ao vivo pela televisão japonesa NHK, retransmitidas pela CNN e NHK são impressionantes. Mostraram redemoinhos enormes, ondas de 10 metros de altura invadindo o litoral, destruindo lavouras e portos; passando por cima de viaduto, casas, fábricas; arrastando carros, barcos, conteiner e muitos destroços.

O epicentro do terremoto ocorreu no oceano Pacífico, na península de Oshika, há 130 quilômetros da costa asiática e 10 quilômetros de profundidade, ocasionado pelo atrito das placas tectônicas descritas como Anel de Fogo do Pacífico. Ao moverem-se, geraram o maremoto devastador - o tsunami.

Especialistas em oceanografia explicam que tsunamis são ondas longas no oceano, elas podem atingir a velocidade demais de trezentos quilômetros por hora, provocadas por terremotos no fundo do mar. Esse terremoto já é considerado o 7º pior da História.

A imprensa informa que ao baixar as águas, a polícia encontrou centenas de corpos espalhados na areia das praias. Até o momento, em caráter oficial, divulga-se 228 óbitos e 349 desaparecidos.

Uma embarcação em Niagy foi mostrada à deriva, sendo lançada com violência mar a dentro, depois as autoridades consideraram que estava desaparecida e informaram que havia mais de 100 tripulantes.

Um trem, com quantidade de passageiros não conhecida, desapareceu em Myuagi, envolvido pelas fortes ondas.

O Japão possui arquitetura preparada para suportar terremotos. Prédios são vistos em pé. O tsunami é o maior responsável pela devastação.

Segundo o embaixador do Brasil no Japão, Marcos Bezerra Abott Galvão, informando de Tóquio, para uma entrevista concedida à rádio Band News, dos 254 mil brasileiros residentes naquele país asiático, nenhum nome consta como vítima. Esperamos que essa informação permaneça assim, que todos nossos compatriotas estejam bem.

Galvão, informa que a embaixada em Tóquio funciona em esquema de plantão e quem precisar se comunicar pode entrar em contato. No momento, as linhas telefônicas estão mudas, congestionadas. O acesso pela Internet é melhor.

E-mail: comunidade@brasemb.or.jp.
Telefone: 00 xx 81 334045211

Oremos por todos os moradores brasileiros que estão no Japão e por todos os nativos, e em especial pelos nossos irmãos em Cristo que foram para lá em busca de trabalho e com objetivo de fazer missões evangelísticas.

E.A.G.

Atualizado 15h52

Era uma vez uma jovem bela no Carnaval...


Cheio de razão, um adágio popular diz que beleza e feíúra têm em comum a capacidade de chamar a atenção.

Eu evito sintonizar canais de televisão durante os dias de carnaval. Mas, é notória a realidade que as avenidas  servem para culto ao corpo feminino. Para as feias, resta ocupar as arquibancadas. Mas, essa realidade é motivo para lamúria daquelas que participam das escolas de samba e não das que têm como opção apenas assistir.

Todos sabemos. Para viver bem, é necessário saber lidar com a situação da presença e ausência da beleza. A nossa e a do outro.

Nem todas as pessoas portadoras de beleza têm noção que são belas. É grande o número de pessoas incapazes de avaliar corretamente a imagem que possuem. Para elas, o conceito sobre o que é belo é diferente do que elas enxergam em si mesmas, são admiráveis que não se admiram, são felizes sem saber que são.

O valor do frasco de perfume não reside em sua aparência, mas na qualidade que seu conteúdo exala. A beleza feminina não deveria estar ligada aos atos vulgares, à la garotas semi-nuas no carnaval, dançarinas do funk carioca e de conjuntos do axé music.

É incontável o número de mulheres conscientes da representação do biotipo que possuem. Para elas, é inevitável ouvir declarações e perceber o impacto que suas presenças causam. Então, nesta geração capitalista em que estamos mergulhados, elas passam a usar sua figura para projetar-se na vida e conquistar o que lhes interessa. Algumas fazem isso caminhando em porte elegante enquanto outras caem na vulgaridade.

A beleza deveria estar sempre associada com a felicidade. Coexistir entre comportamentos naturalmente sofisticados. Deveria ser reverenciada pela bondade. Que pena, a realidade não é assim.

Não poucas mulheres se vestem, ou se despem, para receber buzinaços, assobios, onomatopéias. Muitas vezes o destino da passarela dessas garotas exibicionistas é uma bifurcação que as conduzem para encontros não programados com seres brutos, homens cujos cérebros são piores que amebas podres, gentes com coração incontinente. Tais encontros resultam para elas em lágrimas, sangue, epitáfio.

E.A.G.

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Lei e a Graça - ofertas alçadas nas igrejas evangélicas

"Então toda a comunidade de Israel saiu da presença de Moisés, e todos os que estavam dispostos, cujo coração os impeliu a isso, trouxeram uma oferta ao Senhor para a obra na Tenda do Encontro, para todos os seus serviços e para as vestes sagradas. Todos os que se dispuseram, tanto homens como mulheres, trouxeram jóias de ouro de todos os tipos: broches, brincos, anéis e ornamentos; e apresentaram seus objetos de ouro como oferta ritualmente movida perante o Senhor" - Êxodo 35.20-22 (NVI).

O texto é claro, na construção do Tabernáculo, Moisés fez uso da solicitação de ofertas alçadas orientado por Deus. O relato informa que nem todos os israelitas se dispuseram a contribuir entregando peças de ouro e de prata - anéis, brincos, fivelas -, para servir de ornamento da Casa do Senhor, apesar de Moisés solicitar tais ofertas após descer do monte com as duas tábuas da lei nas mãos, e o seu rosto sobrenaturalmente resplandecer, conforme registro do capítulo anterior.

Não sabemos o peso das peças preciosas que os israelitas ofertam. Mas, fazendo pouco exercício do intelecto chegamos ao consenso que o anel, o broche, o bracelete não deveriam chegar à 500 gramas cada uma. E a quantidade entregue de ouro (o metal mais precioso), foi suficiente para cobrir a arca da aliança, os querubins, tábuas da lei, móveis do lugar santo do santos, e peças das roupas usadas no ofício dos sacerdotes (Êxodo 25.24; 26.29; 28.13; 36.34; 37.11).

O texto bíblico remete o leitor da Bíblia Sagrada à questão da oferta alçada, mas este artigo toca na questão da prática dos dízimos também, pois são assuntos paralelos.

Hoje, o ouro e a prata são objetos de valores e também eram valiosos no tempo relatado na passagem bíblica em foco.

Deus poderia ter pedido aos israelitas duas, três, todas as jóias que eles tinham. Mas, por meio de Moisés, ordenou que cada membro da congregação entregasse de suas posses UMA oferta de peça preciosa.

Após terminado o trabalho de revestimento do Tabernáculo, Deus mostrou contentamento, porque a glória do Senhor encheu o local (Êxodo 50.34).

A Bíblia, os dogmas e as liturgias

Muitos cristãos demonstram possuir familiaridade com dogmas e liturgias denominacionais, mas não demonstram estar familiarizados com a Bíblia toda. É preciso lê-la, estudá-la de maneira devocional e sistemática e viver conforme seus ensinos recomendam.

Dízimo e oferta alçada, heresias?

A prática de ofertas alçadas não é uma heresia, como alguns pensam e afirmam. Embora devamos respeitar tal pensamento, não devemos trocar a opinião humana pela Palavra de Deus.

Ao abrir a Bíblia Sagrada, ninguém conseguirá encontrar Jesus Cristo ensinando os discípulos a dar o dízimo e nenhum discípulo entregando o dízimo aos apóstolos. Então, aquelas pessoas que opinam que a oferta alçada é uma heresia, deveriam afirmar também que o dízimo é a heresia maior, pois o dízimo não é mencionado no Novo Testamento como uma prática entre os cristãos, ao passo que a oferta alçada é. Já citei neste artigo Atos 4.7, a oferta alçada sendo praticada na Igreja Primitiva, o caso do valor da herdade de Barnabé depositada aos pés dos apóstolos.

Em tempo: não sou contra a prática do dízimo. Apenas pontuo o assunto porque alguns tendem a banalizar a palavra “heresia”.

Raciocínio sem nexo

Não faz sentido alguém considerar a prática da arrecadação de dízimos correta e ao mesmo tempo considerar a prática da arrecadação de oferta alçada incorreta. As duas palavras ,“dízimo” e “oferta alçada”, estão lado a lado em Malaquias 3.8. Como considerar uma praticável e a outra não? Ora, porque aceitar a primeira prática (dízimo) e rejeitar a segunda (oferta alçada), se ambas estão envolvidas na mesma situação - no mesmo versículo bíblico?

Penso que os cristãos, sendo a maioria membros de denominações evangélicas cujas liturgias adotam a prática do dízimo em sua liturgia, deveriam encontrar facilidade sobre o tema oferta alçada. Mas, não existe tal facilidade, eles estranham essa prática. Talvez, o estranhamento ocorra porque a arrecadação de ofertas alçadas não fez e ainda não faça parte de seu cotidiano como membro de uma denominação evangélica.

Sobre as ofertas alçadas nos dias de hoje

A oferta alçada, pedir e contribuir quantias especificando valores, é um ato de fé.

O texto bíblico mais conhecido sobre esse tema que nós encontramos é Malaquias 3.8 (versão Almeida Corrigida – SBB).

Ao contrário do que muitos cristãos pensam, a oferta alçada não é prática vincula à Lei de Moisés, apesar de ter coexistido por algum tempo com o Código Mosaico. A prática de ofertar existia antes da instituição da Lei de Moisés e continuou a existir depois dela. No período da Igreja Primitiva, Barnabé vendeu sua herdade (uma grande propriedade) e depositou o valor da venda aos pés dos apóstolos (Atos 4.7).

Voluntariedade e denúncias

Deus quer ofertas apenas de quem estiver alegre e quer contribuir. Toda oferta a Deus deve ser voluntária. Nenhum cristão é forçado pela Palavra de Deus a ofertar durante as coletas efetuadas nas igrejas.

Na prática de entregar ofertas e dízimos à Obra do Senhor, é importante ter coração voluntário.. O ato de liberalidade é recebido por Deus como cheiro de suavidade e sacrifício prazeroso (Filipenses 4.18).

Se você presenciar um pastor fazendo coersção no momento de solicitar ofertas, ajunte provas e vá à Delegacia de Polícia mais próxima e peça para abrir um Boletim de Ocorrência, ou procure o Ministério Publico e faça uma denúncia, porque o ato de coagir é crime.

Coerção: acredito que isso não ocorra na maior parte das igrejas evangélicas. Quem faz este tipo de acusação sem provas cabais (pastor coagindo os membros das igrejas a contribuir) deveria ser levado aos tribunais, merece processo judicial. Fica aqui a minha sugestão ao pastorado: processem!

Conclusão

Amigo não contribuinte da Obra de Deus, não se sinta constrangido quando presenciar solicitações de dízimos e ofertas durante os cultos evangélicos, porque Deus jamais se interessa por ofertas de gente cujo coração está fechado. Os pastores comprometidos com o Evangelho também não querem esse tipo de contribuição. Que o dinheiro continue nas mãos de quem não quer colaborar com a expansão do cristianismo.

Se você se sente triste em se desfazer de parte dos valores monetários que está em seu bolso, fruto do suor de seu rosto, suor proveniente da capacidade que Deus lhe dá para acordar, levantar-se, trabalhar, então não colabore. Mas proponho que examine com cuidado os seus motivos, se por acaso for a avareza, saiba que ela é condenada pelo Senhor, os avarentos não entrarão no céu. Confira: 1 Coríntios 6.10; Efésios 5.5.

E.A.G.

Atualização: 08 de dezembro de 2015;  8h08.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A barba de José e a barba de Jesus Cristo

Apesar de estar no meio evangélico há muito tempo, fico pasmo com líderes que pregam usos e costumes denominacionais. Eu fiquei sobressaltado com um deles, não apenas pelo que disse, mas por ser líder de renome nacional. Pela perspectiva teológica, a fala foi frívola demais!

Disse mais ou menos assim:

- José tomou banho e se barbeou para comparecer diante de Faraó, meus irmãos, temos que fazer o mesmo como servos do Senhor.

Sim, é verdade que as Escrituras Sagradas afirmam que José se barbeou para comparecer diante de Faraó, rei dos egípcios. É verdade também que em muitas vezes esses mesmos defensores de usos e costumes usam a figura de Faraó como representação de Satanás.

O caso de José raspando sua barba é sui generis aos judeus. Ele estava na condição de prisioneiro em terra estrangeira. O texto é apenas uma narração de um fato, sem haver juízo de ser certo ou errado.

Os defensores de usos e costumes vivem interpolando textos narrativos com os textos normativos. "Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupa, e foi apresentar-se a Faraó" - Gênesis 41.14.

Vejamos o contexto desse texto:
• os leprosos eram proibidos de deixar a barba crescer por questão de higiene da pele doente (Levíticos 14.9);
• o judeu não deveria cortar os cantos da barba em momentos de luto (Levítico 19.27; 2 Samuel 19.24; Esdras 9.3; Isaías 15.2; Jeremias 41.5; 48.37);
• injuriar a barba era interpretado como ação de insanidade (1 Samuel 21.13);
• raspar a barba de um judeu era sinal de ofensa (2 Samuel 10.4, 6, 7);
• os judeus usavam barba e se envergonhavam se não as mantivesse (2 Samuel 10.5);
• tocar e beijar a barba de um judeu era sinal de respeito (2 Samuel 20.9);
• os sacerdotes usavam barba (Salmo 133.2);
• puxar a barba de um judeu significa ato de zombaria, grave insulto (1 Crônicas 19.4; Isaías 50.6);
• ao judeu, barba raspada simbolizava momento de penitência e dor (Jeremias 41.5).
José cortou a barba, podemos afirmar que com tristeza, raspou-a mesmo ela representando sinal de virilidade e respeitabilidade aos judeus. Sim, José barbeou-se, apesar da barba ser uma diferença entre israelitas e egípcios, que os escravizaram.

Não somos seguidores de José, mas de Jesus Cristo. Quando o profeta Isaías mencionou o sofrimento do Salvador pouco antes de ser levado para a cruz, descreveu o seguinte sobre seu rosto: "As costas dou aos que me ferem e a face, aos que me arrancam os cabelos; não escondo a face dos que me afrontam e me cospem" (Isaías 50.6 - Almeida Revista e Corrigida, ARC). Na Bíblia cuja tradução é a Nova Versão Internacional, lemos assim: "arrancavam minha barba", porque no idioma hebraico o vocábulo encontrado é "lemoretim", cuja conotação é "tornar liso ou careca". E conforme os textos citados acima, puxar e raspar a barba de um judeu era sinal de desrespeito e grave ofensa.

Como judeu, Jesus Cristo foi coerente, seu discurso não destoava da sua prática. Tenha a certeza que Ele manteve sua barba crescida e bem cuidada. Por quê? A Lei proibia cortá-la à maneira dos egípcios. Ele foi cumpridor de toda a Lei sem exigir que os gentios praticassem o judaísmo. 

E.A.G.

Deus quis que João Batista. Estevão e Tiago morressem como mártires da Igreja Primitiva?

A Igreja Católica costuma beatificar personagens bíblicos. E temos esse costume como herança religiosa, somos obrigados a nos policiar, fugir dessa prática.

Apesar de João Batista e Estevão serem pessoas tementes a Deus, tal qualidade não os fez perfeitos. Eles falhavam, como todos nós falhamos.

João Batista foi degolado. Eu creio que não deveria ter sido. Ele tinha temperamento colérico, apesar de conhecer Provérbios 15.1, saber que responder com brandura desviava a fúria de todos seus interlocutores e promovia a paz, e ser duro em palavras e truculento provocava reações raivosas, cheias de sede de vingança contra ele. Mesmo assim ele saiu do deserto com pouca delicadeza.

Lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1ª Coríntios 14.32). 

João Batista exerceu sua função profética. Qual era a missão de João Batista? Anunciar a chegada do Messias. Mas quis ir além, quis denunciar publicamente o pecado de adultério do rei e de Herodias e, com sua dureza, provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Veja: Mateus 14.1-12.

E quanto a Estevão? Quando Jesus subiu ao céu, deu uma ordem expressa e clara aos seus discípulos (incluso Estevão). Disse: "ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Marcos 16.15). Os cristãos deveriam sair de Israel, anunciar o Evangelho aos gentios, mas se esqueceram muito rapidamente o mandamento, ficaram no mesmo local em que residiam. Então se tornaram alvos de judeus enfurecidos.

Se Estevão tivesse obedecido a ordem de Jesus, não teria se tornado apedrejado, nem Tiago teria sido morto à espada, nem Pedro teria sido preso e passado pelo risco de morte (Atos 6.10-15; 7.1-60; 12.1-18).

Em suma, o Salmo 36.9 nos diz que em Deus está o manancial de vida, na luz dEle vemos a luz, mas João Batista não levou em conta a luz de Provérbios 15.1 e Estevão não considerou corretamente a importância das palavras iluminadas e registradas em Marcos 16.15. E pagaram com suas vidas!

E.A.G.