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quinta-feira, 8 de abril de 2010

CARTA ABERTA AOS PASTORES FILIADOS À CGADB

Aos pastores e teólogos filiados a Convenção Geral da Assembleia de Deus no Brasil.

Corro o risco de me passar como alguém em defesa do Malafaia, devido aos episíodios de Morris Cerullo e Mike Murdock no programa Vitória em Cristo, recentemente. Mas não me importo com a minha imagem. A minha defesa é em favor do povo, em favor da Palavra pregada com clareza, da verdade na sua inteireza e proferida com muita coragem.

Longe de mim parecer fazer apologia da miséria e da pobreza. Longe de mim parecer fazer apologia da avareza e da ganância. Longe de mim parecer fazer apologia da Teologia da Prosperidade.

Pois é, observo que é isto que acontece no meio cristão brasileiro. Os pregadores deixaram de fugir da aparência do mal. Muitos têm a vida próspera financeiramente, entendem o sentido da prosperidade vinda do esforço nos estudos e trabalho honesto, e são abençoados devido tal saber, mas não explicam ao povo mais simples qual é o caminho da bênção material. Tudo em nome da manutenção do seu nome ligado à “boa fama ortodoxa”.

A pregação com ambiguidade é torpe!

Com tristeza, neste semana, encontrei uma pessoa assembleiana, que reclamava de um pastor que pediu ofertas para a construção de uma grande garagem num templo-sede situado em nossa cidade de São Paulo. Para a irmãzinha, a solicitação das ofertas ao projeto da garagem era algo extremamente pecaminoso, pois, segundo ela, automóvel e garagem são vaidades, luxo que a carne corrompida pelo pecado quer ter. “Crente santo não precisa de carro, vai ao culto através de lotação pública ou caminhando”, disse ela, bem enfática. Chorei por dentro com um riso no rosto, porque as lamúrias dela mereciam meu respeito.

Daí, depois, fiquei pensando: que geração é esta que está formada e que estão formando em nossas igrejas? Fala-se tanto contra prosperidade, sendo que a Bíblia não condena gente próspera, não condena o dinheiro.

Por que não aparecem pregadores corajosos, saídos dos seminários da AD, revelando toda sua capacidade espiritual e intelectual para distinguir publicamente o rico avarento do rico mão-aberta? Porque eles não explicam aos mais simples que Deus não condena a fortuna vinda do trabalho honesto? Porque não esclarecem que o coração avarento e ganancioso é pecador e que estes adjetivos também são aplicáveis aos “pés-rapados”?

Tem gente sofrendo porque não possui dinheiro para comprar remédios! Isto é bênção? Muitos crentes humildes pensam que sim, estão morrendo alegremente porque estão enganados pensando que o sofrimento que os atinge é por amor a Cristo! Estão neste cenário triste porque pregadores prolixos não se cansam de pregar contra a prosperidade!

Tem gente, como esta irmã que eu citei, pensando que a posse de um carro novo, condução vinda do suor honesto de alguém pós graduado e com uma excelente profissão, é vaidade de gente carnal!

Qual é o texto bíblico que nos afirma que ser próspero é pecado? Existe? Não.

Quando os ilustres pregadores assembleianos vão perder o medo de arranhar suas imagens e colocar os pingos nos ís, conforme está nas Escrituras? Quando descortinarão o hebraico e o grego plenamente?

Um dia Deus irá cobrar de quem sabia fazer o bem, teve a oportunidade de fazê-lo e não o fez.

Passou da hora de distinguir prosperidade bíblica da Teologia da Prosperidade!

Abraço, na paz de Cristo.


E.A.G.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A IGREJA EVANGÉLICA E AS OBRAS ASSISTENCIAIS - QUAL É O CONCEITO BÍBLICO NESTA QUESTÃO?

No Novo Testamento, está claro que a Igreja deve ajudar aos necessitados, porém, a missão principal da Igreja não é essa.
Existem muitos críticos sobre este assunto, gentes muito mal informadas e mal intencionadas. Afirmam que existe o dever da Igreja em prestar assistencialismo perante a sociedade. Tais críticos parecem não conhecer o papel da Igreja no mundo e também não conhecer a Bíblia tanto quanto deveriam.
A obra social deve ocorrer de acordo com os parâmetros bíblicos. Quais são estes parâmetros da Bíblia?
O apóstolo Paulo tratou sobre este assunto em 1ª Timóteo 5, é a questão da inscrição de viúvas. Ele esclarece quais daquelas mulheres poderiam ser favorecidas com ajuda humanitária, assistência social da Igreja, e quais não. E a situação daquela época serve de padrão para nós, hoje.
Eis os critérios que servem de padrões bíblicos:
1 – o pastor deve ajudar aos membros, o pastor não tem nenhuma obrigação de ajudar aos que estão no mundo sem servir a Deus (1ª Timóteo 5.3-4; 9-10);
2 - o pastor deve ajudar aos necessitados cristãos que não possuem em sua família quem possa fazer isso por eles (1ª Timóteo 5.16);
3 – o pastor não tem nenhuma obrigação de ajudar crentes rebelados, maldizentes, o pastor deve socorrer só aos crentes fiéis, aos tementes a Deus que dão bom testemunho dentro de seus lares e na sociedade (1ª Timóteo 5.9-10).

E.A.G.

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terça-feira, 6 de abril de 2010

A sociedade de ontem e de hoje e o cristão protestante do passado e do presente

Crente, evangélico ou protestante? Dependendo do contexto destas palavras, elas podem ter o mesmo sentido. E pode ser usada de maneira respeitosa ou pejorativamente.

É lógico que o termo crente é apenas um rótulo. Crente todo mundo é, o ser humano sempre crê em algo. Os ateus creem nas teorias de Charles Darwin. Os evangélicos creem nos Evangelho de Jesus.

No passado, a sociedade brasileira discriminava os cristãos evangélicos. Éramos chamados de seitas em um Brasil que é Estado laico. Éramos chamados de protestantes, por cristãos católicos fanáticos, como a afirmar a que a Igreja de Roma era verdadeira e o protestantismo o cristianismo falsificado. A mídia era porta-voz da sociedade preconceituosa e na televisão nos ridicularizava em programas humorísticos, novelas e telejornais com as suas notícias distorcidas.

Hoje em dia, a sociedade e a mídia mudaram. Já existem canais de televisões e rádios cujos donos são evangélicos. E parte desta mídia, cujos donos não são protestantes, convida cristãos evangélicos a participar de suas programações e pautas jornalísticas, e respeitam a nossa fé.

No passado éramos ridicularizados e hoje não mais. Então, diante disso é comum encontrar cristãos evangélicos a olharem para esta multiplicação de cristãos protestantes no Brasil e para a melhoria de tratamento que recebemos e desdenharem dessa mudança, como se ela fosse totalmente negativa.

Estes cristãos evangélicos são extremamente pessimistas, eles proferem comentários cheios de desdém: “Quando eu era garoto sentia discriminação e não me chamavam pelo nome na escola, me chamavam de crente. Não me convidavam para nada. O motivo do desprezo? Diziam: 'ele é crente', e para as meninas 'ela é crentinha' e se sucediam muitos constrangimentos”.

Os evangélicos pessimistas afirmam que ser crente hoje em dia virou moda. E até parece que lembram das perseguições e discriminações religiosas do passado como se fossem tempos bons. Fazem pouco caso de quem se converte e faz parte da mídia atual, criticam quem se apresenta como evangélico na televisão, esquecendo-se que o mais importante não é como nos intitulamos, mas se aceitamos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador pessoal.

Paulo plantou, Paulo regou, mas Deus deu o crescimento (1ª Corintios 3.6).

O fato de haver maior número de pessoas se dizendo crentes, evangélicas ou protestantes, não deveria ser motivo de críticas, pois é o resultado do evangelismo que os nossos antepassados de fé plantaram. É o tempo de regar e colher! O que devemos fazer diante deste cenário? Procurar manter a doutrina bíblica, continuar sendo o crente-evangélico-protestante que protesta contra todo pecado e manter a paz e a comunhão com todos os irmãos em Cristo.

E.A.G.

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segunda-feira, 5 de abril de 2010

AS CARACTERÍSTICAS QUE DIFERENCIAM O BOM EVANGELISMO E O BOM DISCIPULADO - PARTE 2

Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” - 1ª Corintios 2.14-16 .

O apóstolo Paulo ensina sobre a capacidade de entendimento de cada alma antes e depois de aceitar a Jesus como Senhor e Salvador.

Quando o evangelista sai às ruas para evangelizar, trava relacionamento com as almas que ainda não são espirituais, então precisa ter esclarecido a condição da mente humana com quem se relaciona.

A alma que é alvo do evangelismo não têm a capacidade para discernir as coisas espirituais. Quem não experimentou o novo nascimento tem a mente natural, ainda não possui a capacidade de compreender as coisas do Espírito, porque não passou por nenhuma etapa da transformação mental, não têm a mente renovada em Cristo (Romanos 12.1-2).

Portanto, entendo que não é possível pregar o Evangelho tratando de assuntos bíblicos mais aprofundados com pessoas não convertidas. O alvo das mensagem mais profundas devem ser os convertidos e não quem estamos evangelizando.

Penso que existe diferença entre evangelizar e discipular. Apesar do termo “discipular” não ser verbo nos dicionários, acostumei a usar o termo no sentido de fazer discípulos.

Na rua, a mensagem pregada deve ser diferente da mensagem pregada nos púlpitos, pelo fato de serem almas com estados espirituais diferentes. A responsabilidade do evangelista é diferente da responsabilidade do pastor. Fazer evangelismo não é o mesmo que fazer discípulos (apascentar ovelhas), porque a alma que ainda não aceitou a Cristo não é uma ovelha, pois ela não passou pelo novo nascimento, não renasceu em Cristo.

E.A.G.

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