Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta dinheiro. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta dinheiro. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

EBD 2012 O Novo Testamento e o ensino sobre a prosperidade (parte 2)

A riqueza em si não é um mal, embora o amor a ela o seja. O apóstolo Paulo ensinou que o amor ao dinheiro é raiz de todos os males (1 Timóteo 6.10). Não há nada de mal  com o dinheiro em si. Mas devido ao pecado que habita no coração humano, o amor a ele pode aprisionar uma pessoa - até mesmo crentes - e causar-lhes terríveis sofrimentos. ¹

O dinheiro é como o camaleão: assume a cor do coração de quem o possui. Será que existe mesmo o que se chama de dinheiro contaminado, ou "manchado de sangue"? Os principais sacerdotes achavam que sim, pois se recusaram a guardar as moedas pagas a Judas no cofre das ofertas. ¹

De fato, o dinheiro é muito importante para nós, e por isso a Palavra de Deus fala bastante sobre ele. Existem na Bíblia nada menos que 3.225 referências a questões financeiras. Quem estuda as Escrituras encontra muita informação acerca do que Deus determina com relação ao dinheiro e à maneira como devemos gastá-lo. ¹

"Dai, e ser-vos-á dado..." (Lucas 6.38). Dando é que se recebe, é uma verdade que só pela experiência podemos comprovar. Muitos cristãos têm até mesmo o coração "dilatado" para isso e compreendem sinceramente a importância de dar, entretanto têm dificuldade de abrirem suas mãos e começar. ²

A lei da vida é dar para receber. Quem não dá, não pode receber, porque corta o elo da corrente divina. As nuvens dão chuva, o sol dá os seus raios vivificantes, as plantas dão flores, sombra e frutos, a terra produz para os homens e os demais seres, os mares dão de volta a água que recebem tornando-a em forma de vapor que as nuvens acolhem e dão de novo. Tudo dá e tudo recebe. ²

Paulo apresenta Jesus como o verdadeiro modelo na beleza de dar. Essa "bem-aventurança", que diz: "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber", foi eloquentemente ilustrada em toda a vida e história de Jesus. A cruz foi o ponto culminante ou a fruição completa desse espírito desinteressado de entrega. As dádivas de Cristo não se limitaram às suas curas espirituais e a outros atos de bondade, mas, pelo contrário, estendem-se a todos os séculos e a todos os seres, porquanto Ele é o Salvador de todos quantos dEle se queiram valer. ²

É interessante vermos como Paulo elevou a um ponto culminante toda a sua fala, cristalizando-a com algumas palavras do Mestre. Tudo se assemelhou a um sermão que leva a um texto. Verdadeiramente, muito mais feliz é o homem que, como Paulo, passa os seus dias e as suas noites dando de si mesmo, dando o que tem e dando o que é, do que o homem que, temeroso do que o futuro lhe possa reservar, passa os seus dias amealhando quantas coisas possa colher. ²

Os apóstolos do Senhor trataram o assunto da mesma forma que Jesus tratou. Eles recomendaram que não confiássemos na incerteza das riquezas, e que tívessemos um coração aberto para não apenas contribuir com a obra de Deus, mas também para socorrer os necessitados. Na igreja, havia pessoas de diferentes classes sociais, e as orientações apostólicas deixam claro que os que mais tinham deveriam ajudar os que tinham pouco. ³

"Agora vou tratar do dinheiro para ajudar o povo de Deus da Judéia. Façam o que eu disse às igrejas da província da Galácia. Todos os domingos cada um de vocês separe e guarde algum dinheiro, de acordo com o que cada um ganhou. Assim não haverá necessidade de recolher ofertas quando eu chegar. Depois que chegar, eu enviarei, com cartas de apresentação, aqueles que vocês escolherem para levarem a oferta até Jerusalém. Se for conveniente que eu também vá, eles farão a viagem comigo" - 1 Coríntios 16.1-4 (NTLH).

Contribua na medida de sua possibilidade. O ato de doar não tem como objetivo empobrecer o contribuinte. O que agrada a Deus não é montante da doação comparada com a nossa disponibilidade, mas a disposição em fazê-lo. Contribua para satisfazer as necessidades. 4

Contribuir é semear. A oferta é um investimento para o nosso futuro eterno. Quanto maior o investimento, maior será o retorno (2 Coríntios 9.6). 4

Existe por aí muitos planos de enriquecimento, a prometer independência financeira. Deus também garante que podemos ser livres nesse aspecto. Entretanto a independência financeira que Ele oferece é muito diferente das promessas vazias dos "vendedores da sorte". Ele diz que conheceremos a verdade e a verdade nos libertará. E nessa afirmação está incluída a verdade sobre as finanças. Podemos ser verdadeiramente livres. ¹

Antes, porém, precisamos tomar conhecimento da relação do nosso adversário. Deus não é o único que está interessado nessa questão. Satanás, o nosso inimigo, também costuma imiscuir-se nela, tanto em escala mais ampla, no plano internacional, como na pessoal, a nível do indivídio. ¹

Como designaríamos Satanás hoje? Ele controla os homens por meio da ganância. Através de um comércio injusto, procura assumir as rédeas não só dos negócios, mas também da ciência, da tecnologia, da saúde pública, da política e do governo, dos meio de comunicação de massas, das artes, dos entretenimentos, dos esportes, da educação, e até das igrejas e das famílias. E para escravizar financeiramente os homens, emprega os seguintes recursos: ganância, sede de poder, orgulho, medo, e em especial o temor da insegurança financeira. ¹

A Bíblia condena o "amor do dinheiro", mas não a sua aquisição através do trabalho honesto e responsável (1 Timóteo 6.10). Na História Sagrada, encontramos várias pessoas ricas e, nem por isso, foram condenadas, pois tinham a Deus em primeiro plano (Mateus 27.57; Lucas 19.2). Mas, infelizmente muitos preferem as riquezas a manter uma profunda e doce comunhão com o Senhor (Lucas 18.24). Na perspectiva mundana, os bens materiais produzem: acepção de pessoas, consumismo, avareza, inveja, orgulho e outras práticas ruins. Mas, na perspectiva bíblica, amor altruísta, consumismo consciente, bons frutos, generosidade, cortesia, humildade. 4

"Sempre que puder, ajude os necessitados. Não diga ao seu vizinho que espere até amanhã, se você pode ajudá-lo hoje. Não planeje nenhum mal contra o seu vizinho; ele mora ao seu lado e confia em você. Nunca discuta sem motivo com alguém que não lhe fez nenhum mal. Não tenha inveja dos violentos, nem faça o que eles fazem, pois o SENHOR Deus detesta os que praticam o mal, mas é amigo dos que são direitos. O SENHOR amaldiçoa a casa dos maus, porém abençoa o lar dos que são corretos. Ele zomba dos que zombam dele, mas ajuda os humildes. Os sábios ganharão prestígio, mas os que não têm juízo passarão cada vez mais vergonha" - Provérbios 3.27-35 (NTLH).

"Alguém está pensando que é religioso? Se não souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e ele está enganando a si mesmo. Para Deus, o Pai, a religião pura e verdadeira é esta: ajudar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e não se manchar com as coisas más deste mundo" - Tiago 1.26-27 (NTLH).

A vida abundante está relacionada a um correto relacionamento com Deus, que resulta em paz interior. Embora possamos ser agraciados com bens materiais, nossa vida não deve ser direcionada  por uma cultura de consumismo que busca desenfreadamente a realização do ego em detrimento dos valores espirituais. É o que ensina o Novo Testamento. 4

Confira todas as abordagens sobre as matérias da revista no blog Belverede: EBD 2012 primeiro trimestre: Verdadeira prosperidade - vida cristã abundante.

E.A.G.

Encontre mais sobre o assunto:

EBD 2012 - O Novo Testamento e o ensino sobre a prosperidade (parte 1)

_________
Compilação:


1. Fé e Finaças no Reino de Deus. Loren Cunningham & Janice Rogers - 1ª edição, 1993, páginas 50, 52 (Editora Betânia).


2. O crente e a Prosperidade. Severino Pedro da Silva - edição de 1989, páginas 86, 87, 88, 89 (CPAD).


3. Ensinador Cristão - Ano 13, nº 49 - janeiro/fevereiro/março 2012, página 38 (CPAD)


4. Lições Bíblicas, A Verdadeira Prosperidade - A vida Cristã Abundande - José Gonçalves - 1º trimestre de 2012, páginas 28, 29, 31, 32.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O dinheiro e (a falta) de fé

.
..
.
Em pleno século XXI ainda existe gente alimentado a idéia equivocada de que o dinheiro seja maldito e que quem lida com a pregação do Evangelho não pode ter contato com ele. Argumentam que não combina com o genuíno exercício da fé.
.
Na verdade o dinheiro é uma bênção, ajuda na propagação do cristianismo. A verdadeira maldição é ter a falta dele.
.
Temos registros bíblicos afirmando que Jesus Cristo usava-o, pois entre os doze discípulos mais próximos nomeou um ao cargo de tesoureiro - Judas Iscariotes era o responsável.
.
A lógica mostra que se houve a preocupação de Cristo no sentido de colocar uma pessoa na função de ficar encarregada, especialmente, em administrar finanças, significa que houve coletas de dinheiro durante o ministério itinerante. Jesus e nenhum dos doze discípulos tinham atividades remuneradas.
.
Naquela época em que Cristo pisou o solo deste planeta, ocupado especificamente em anunciar o Evangelho de cidade em cidade, algumas pessoas que amavam o dinheiro poderiam dizer que Ele cobrava para pregar... Sabemos que não é verdade!
.
O dinheiro é um excelente instrumento para mostrar qual é a espécie de amor e qual é o nível da fé que existe dentro do coração de todas as pessoas:
.
• Egoísta - ama a si mesmo, tem dificuldade para o repartir;
.
• Avarento - ama exageradamente o dinheiro, é capaz de roubar e assaltar, e até matar o semelhante para tomar posse dele; e
.
• Convertido a Cristo - ama a Deus de verdade, usa seu dinheiro em favor da expansão do Evangelho e para propiciar o bem ao próximo.
.
.
E.A.G.
.
.
.

segunda-feira, 1 de março de 2010

REFLETINDO SOBRE PROSPERIDADE E DINHEIRO

Observo pessoas usando a passagem bíblica sobre Lázaro e o rico, que encontramos em Lucas 16.31, com o objetivo de falar contra os pregadores evangélicos que ensinam sobre a riqueza e a pobreza. Estes críticos não demonstram aprofundamento nas Escrituras e nem aprofundamento sobre quem criticam.

É importante se posicionar contra todos os desvios doutrinários. Porém, de maneira completa. Tratar do tema indo do começo ao meio e o fim. Evitar que da manifestação surja interpretação errada daquilo que dissemos.

O resultado de manifestações superficiais é triste: quase sempre deixa pairado no ar a interrogação da ambiguidade. E por causa disso já ouvi quem relatasse que foi à igreja e voltou se sentindo pior do que quando entrou nela.

Sobre o dinheiro, é preciso esclarecer que não existe virtudes e nem defeitos nele.

Dinheiro é bênção quando é fruto do trabalho honesto

"E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus" - Eclesiastes 5.19.

A prosperidade de Deus vem do trabalho.

Quando abrimos a Bíblia, logo no capítulo 1, vemos uma ação. Trabalho da criação! Deus trabalhando! Temos que ser imitadores de Deus e trabalhar também.

Mas, essa prosperidade bíblica não significa acúmulo de dinheiro. Há milionários que não são prósperos, pela perspectiva das Escrituras. São infelizes.

Não podemos amar ao dinheiro

"Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína" - 1ª Timóteo 5.9.


Aqui, neste versículo, está esclarecido que a condenação não recai sobre o fato de ser rico, mas se dirige contra a vontade de ser rico a qualquer custo, por todos os meios que aparecerem, seja por meio ilícito ou não, desonesto ou não, imoral ou não.

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" - 1ª Timóteo 6.10.

Por amar ao dinheiro, os avarentos assaltam e roubam, mentem, prostituem-se. Com dinheiro e amando a Cristo, pessoas abastadas ajudam a manter missionários em campo, sobrevivem bem e ajuda aos necessitados.

E.A.G.
_______

O artigo está liberado para uso, desde que citadas autoria e fonte.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Você sabe como buscar em primeiro lugar o reino de Deus?

Por Eliseu Antonio Gomes

"Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça" - Mateus 6.33. 

O versículo acima é parte de sermão do monte, é muito conhecido no meio cristão, é muito comum ser recitado em momentos de adoração. Realmente, trata-se de uma sublime exortação e precisa mesmo estar em voga. Mas, mesmo tão evocado em tantas gerações de cristãos, quantos crentes sabem o que significa buscar em primeiro lugar o reino de Deus?

Na dúvida, é importante observar o texto e o contexto para ter condições de interpretar corretamente o que Jesus quis nos ensinar em Mateus 6.33. Ao nos lançar no estudo do capítulo, a pesquisa no leva a perceber que o Mestre não fala diretamente "como fazer". A linha de raciocínio do sermão de Cristo nos traz ilustrações de provisões de Deus para as aves e para os lírios do campo.

"Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas" - Mateus 6.24.

"Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles" - Mateus 6.25-29.

Para entender o que o Mestre quis dizer sobre como buscar o reino de Deus, é necessário fazer a conexão dos versículos 24, 25 ao 29 com o 33.

Não é possível ao ser humano servir inteiramente a Deus e ao Dinheiro. A ansiedade em não ter o necessário é um sinal negativo. A pessoa que vive ansiosa e temerosa em faltar o suficiente para comer e vestir-se é escravizada pelo Dinheiro, não é serva de Deus. .

As ilustrações de Deus alimentando pássaros e proporcionando beleza às flores do campo é uma lição para nós, nos ensina que o Criador - que dá água e comida aos pássaros e faz o serviço de jardineiro às plantas que, humanamente, estão abandonadas - é o nosso Provedor.

"Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (versículo 33) é um imperativo que decorre da frase reveladora "não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo" (34). Ou seja, a inquietação é uma ocupação mental precipitada e inútil!

Na preleção do monte, Jesus Cristo nos convida a servir a Deus de maneira clara e plena, solicita-nos a escolher quem é o nosso Senhor. Apresenta a opção de desprezar o atrativo que o Dinheiro tem e descansar na fé e amor de Deus, que zela eficazmente pelo nosso bem-estar. Afirma que não é possível servir a Deus e ao Dinheiro ao mesmo tempo, ser uma pessoa escravizada pelo medo da escassez e simultaneamente agradar a Deus. Nos diz que é preciso escolher apenas um senhorio. Assim, o Mestre, tal qual a sugestão encontrada em Deuteronômio 30.19, nos mostra que de maneira voluntária o crente deve fazer sua opção pelo bem e pela vida.

É importante escolher o caminho correto. Faça a sua escolha! Não há nenhuma necessidade de viver angustiado pensando que passaremos fome e sede, vergonha e frio por carência de roupas. Quando o crente de aplica a priorizar as coisas pertinentes ao reinado de Deus em seu viver, sua vida é devidamente cuidada por Aquele que criou todas as coisas.

Ser cristão autêntico é mais do que apenas ter uma vida religiosa de oração e leitura da Bíblia Sagrada e viver socialmente com uma moral aceitável pela sociedade. Este tipo de pensamento equivocado era o engano do jovem rico, que foi ao encontro de Jesus e desistiu de segui-lo quando Cristo solicitou que distribuísse suas riquezas com os pobres (Mateus 19.16-23). Na mente religiosa e mundana daquele jovem religioso, não havia a fé de que Deus era o seu Provedor, ele acreditava que a resposta de todos os seus problemas estava no poder aquisitivo das riquezas, ao ouvir a sugestão de compartilhamento de seus bens logo se amedrontou pensando que passaria por privações se compartilhasse sua fortuna, e entristecido deu às costas para o Salvador.

Como priorizar de maneira correta o reino de Deus e sua justiça? O sermão do monte e o relato do jovem rico nos revelam que o coração do ser humano precisa fazer a sua escolha entre servir ao Dinheiro (confiar no poder de resposta que o Dinheiro dá substituindo problemas por soluções) e servir a Deus (confiar em Deus e seu amor, que gera a provisão sob medida às aflições desse mundo).

A relação com a preocupação em possuir Dinheiro, a riqueza como solução para tudo, é incompatível com a fé em Deus. Qualquer pessoa que busque em primeiro lugar o Dinheiro e dê vazão à preocupação com o que tem para comer e vestir, jamais será realmente realmente serva de Deus, no mínimo será uma pessoa religiosa e bem quista aos olhos humanos.

O medo é o inverso da fé e sem a fé é impossível agradar ao Senhor, quem se aproxima dEle precisa crer que Ele é galardoador, isto é, dá presentes, aos que o buscam (Hebreus 11.6).

A caminhada de busca ao reino de Deus e sua justiça exclui apenas a "preocupação" e não a ocupação com as coisas desse mundo. "Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai" - Filipenses 4.6-8. No idioma grego, neste versículo, o verbo pensar tem a ver com planejamento.

Jamais devemos pensar que importar-se com as coisas dessa vida será sempre algo pecaminoso. Aos casados, afirmou o apóstolo Paulo, cabe a responsabilidade de cuidar das coisas dessa vida em como agradará ao seu companheiro de matrimônio (1 Corintios 7.32-33). Deus não censura o preparo educacional, a reciclagem profissional e o fruto trabalho honesto que gera uma vida de conforto e riqueza. É importante ocupar-se de maneira digna para através do próprio suor comprar a alimentação e o vestuário pessoal e da família, ter a habitação que o abrigará e abrigará a família. A prosperidade conquistada honestamente é um dom de Deus (Eclesiastes 5.19).

A nossa fé em Jesus Cristo como Filho Unigênito de Deus nos faz filhos de Deus. Ele é nosso Pai Celestial, sabe de tudo que precisamos, nos ama e vê a realidade antes que o ontem se torne hoje e o hoje se torne em amanhã e dessa maneira cuida de nós, não permitindo que nenhuma necessidade básica não seja suprida, portanto, ignoremos o desconforto das incertezas. É um despropósito ignorar a justiça do Senhor, perder a paz e alegria no Espírito ao ponto de trocar a busca do reino de Deus pela ansiedade provocada pelo medo da falta de comida e bebida (Romanos 14.17).

"Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso" - Mateus 6.31-32.

E.A.G.
___________

Artigo parcialmente compilado e inspirado na postagem "Seek Ye Firts" de Alex Cameron, pastor anglicano que escreve e mantém o blog "Does anyone read these things?" http://sttimothyburlington.blogspot.com.br/2014/02/seek-ye-first.html

terça-feira, 6 de junho de 2017

Dízimo em dinheiro no Antigo Testamento - o comentário do leitor


Em 19 de julho de 2011, escrevi e postei algo com o título Dízimo em dinheiro no Antigo Testamento. Aquela postagem, e outras escritas naquele ano com a mesma temática , era resultante das minhas trocas de mensagens em grupos de rede social. Fiz um apanhado do que escrevia, adaptei e lancei aos leitores do blog de maneira concisa. Todas tiveram repercussão, algumas menos e outras mais. Na postagem em questão, daquela data até o dia de hoje, houve cerca de mil visualizações e dois comentários.

Nesta ocasião, faço destaque da participação mais recente de um internauta, também apresento minha resposta deixada para ele. Para ler o que foi escrito por ele na íntegra, acesse o link.

"O que tem haver quinta parte com 10%? Além do mais foi um mandamento para os filhos de Israel no monte sinai! (...) Nos dias de hoje quem recolhe dízimo não é levita, muitos São milionários e tiram de pessoas simples. Não repartem o dízimo com o necessitado conforme Deus também ordenou, e ainda dizem que quem não pratica é ladrão e vai para o inferno. Os dízimo recolhido nos dias de hoje tem origem do concílio de Macon em 585 DC. A igreja católica utilizou essa forma de arrecadação na época da Inquisição, inclusive escumungava quem não fazia." 
Anderson Galvão. 6 de junho de 2017, 11h22. 


Caro Anderson Galvão.

Eu observo que existe bastante pessoas usando a Internet para criticar pastores e a prática de entrega de dízimos entre os cristãos. Fazendo uma leitura cuidadosa daquilo que eles escrevem, e ouvindo com a máxima atenção o que publicam em vídeos, eu tenho a forte impressão que desconhecem a realidade do que estão escrevendo.

Talvez, a minha impressão seja pelo fato de que esses críticos de pastores e dízimos entre os cristãos não sejam zelosos com a própria comunicação que realizam. Pode ser que não se importem em cometer a injustiça da generalização. Conhecem um fato restrito e tratam como se fosse geral. Não se dão conta que a generalização é um fator de injustiça.

Você escreveu sobre os pastores:

• “Muitos são milionários e toram das pessoas simples”.

Eu sou uma pessoa que se converteu ao cristianismo há 35 anos, sendo que pertenço a família de cristãos evangélicos por parte de avós. Contudo, nesta condição o que tenho conhecido são pastores que trabalham em empregos seculare
s e dirigem cultos durante duas noites no meio de semana e aos domingos; não são pastores milionários. E entre os membros que entregam dízimos, conheço bastante gente que possui curso superior; algumas dessas pessoas dizimistas são ricas, outras são da classe média, existem pobres, mas nunca conheci alguém miserável entregando dízimos.

Aliás, percebi que todos os miseráveis que cruzaram meu caminho eram pessoas com discursos contra pastores e contra a arrecadação de dinheiro nas igrejas.

• "Não repartem o dízimo com o necessitado conforme Deus também ordenou, e ainda dizem que quem não pratica é ladrão e vai para o inferno."

Respondo outra vez usando a minha história de vida. Repetindo: tenho 35 anos como cristão evangélico e possuo o histórico de avós crentes. Ou seja, eu sou do meio evangélico, não cheguei ontem, carrego uma bagagem sobre o que escrevo e falo.

Na igreja que eu congrego, o pastor jamais disse que aquele que não entrega o dízimo vai para o inferno. Ele ensina o povo a contribuir por gratidão e amor.

Aqui, nós somos testemunhas sobre como o dinheiro é usado:

1. Existe obra missionária;
2. Existe pagamento de aluguéis de templos;
3. Existe assistência de caridade;
4. O pastor da igreja que eu congrego tem seu emprego secular, não sobrevive com dinheiros de dízimos e ofertas.

Concluindo minha resposta, quero deixar esclarecido que não consideraria meu pastor em falta caso ele sobrevivesse dos valores da arrecadação na igreja.

Eu me pergunto qual é a razão de essas pessoas que criticam pastores não lembrarem que nenhum padre trabalha em emprego secular. Será que não sabem que os padres vivem, e vivem muito bem, com o dinheiro arrecadado de cristãos católicos?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Deus ama a prosperidade de seus servos

"Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, e digam continuamente: O SENHOR seja engrandecido, o qual ama a prosperidade do seu servo". Salmo 35.27.

Na Tradução NTLH, lemos o verso em apreço da seguinte forma: "Porém que gritem de alegria os que desejam que eu seja declarado inocente! Que eles digam sempre: “Como é grande o SENHOR! Ele está contente porque tudo vai bem como o seu servo".

Definição

A prosperidade pode ser levada para qualquer área da vida, mas é comum ligar este termo somente às finanças bem-sucedidas, empreendimentos de sucesso. Ela não significa apenas isso. Na Bíblia Sagrada, a prosperidade significa “ir em aumento”; progredir; crescer, desenvolver-se.

A prosperidade abrange vários sentidos. Tanto no plano espiritual quanto financeiro, no campo da saúde e no campo da fé. Tem a ver com a saúde e a vida social.

O que o salmista quis expressar? Afirmou que a vontade de Deus é que o crente prospere em tudo. Afirmou que Deus fica alegre quando vê que um justo seu cresce, progride, se desenvolve. Ele se alegra quando progredimos, quando crescemos, quando prosperamos.

Jesus e Pedro


Jesus foi próspero quando criança, pois Ele "crescia em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens." - Lucas 2.52.

Pedro foi prosperou no sentido espiritual. Em determinado momento de seu ministério sua própria sombra curava (Atos 5. 15). Vemos um grande progresso na vida dele: no início de seu ministério, como discípulo, foi voluntarioso, mostrou-se violento e sem fé ao lançar mão da espada e decepar a orelha de um soldado romano e em seguida negar conhecer a Jesus.

O grupo dos apóstolos

Quantos apóstolos existiram na Igreja Primitiva? Doze. Mas nós temos conhecimento, com alguns detalhes, apenas sobre João, Pedro e Paulo. O Espírito Santo não nos permitiu saber tudo sobre o grupo inteiro. Portanto, não é possível afirmar que todos os apóstolos foram pobres em toda a vida deles.

O que sabemos e podemos declarar concretamente sobre a vida financeira de Mateus após a ascenção de Jesus? E das vidas de André, Tomé, Filipe, Bartolomeu, Judas Tadeu, Tiago Zebedeu, Tiago Alfeu e Simão Zelote e Matias (substituto de Judas Iscariotes)?


Quase nada sabemos da vida dos apóstolos. Não há dados conclusivos, pouco ou nada sabemos sobre eles, seja na Bíblia ou textos extra-bíblicos. Então, não há uma resposta concreta sobre a vida financeira deles após Jesus Cristo ser elevado ao Céu. Assim sendo, qualquer afirmação sempre será hipotética.

O equilíbrio espiritual do apóstolo Paulo

Filipenses 4.11-12: "Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece".

Paulo recebeu e preservou as forças de Cristo na vida dele. Aprendeu o segredo de viver contente em toda e qualquer situação. Aprendeu a adaptar-se a todas as circunstâncias. Sabia o que era passar necessidade e o que era ter fartura. Estar bem alimentado. Ter fome. Ter bastante. Passar necessidade.

Precisamos ter o mesmo equilíbrio de Paulo. Sendo milionários ou pobres, os sentimentos de avareza e inveja não podem ter lugar em nossos corações. Nosso coração deve dar lugar ao sentimento de alegria, independente do saldo bancário que possuímos.

A prosperidade financeira e o pão conquistado com o suor do próprio rosto

A verdadeira prosperidade vem do trabalho honesto.Quando abrimos a Bíblia, logo no primeiro capítulo vemos uma ação. Trabalho da criação! Deus trabalhando! Temos que ser imitadores de Deus e trabalhar também.

Há quem peça explicações sobre haver gentes ímpias tão prósperas financeiramente, com excelentes empregos, salários altos, enquanto que servos do Deus Altíssimo passam dificuldades. A prosperidade acontece na vida do ser humano de uma única forma: com o suor da dedicação. Os ímpios de esforçam estudando e trabalhando. Então, colhem os frutos de seu labor.

A prosperidade bíblica não significa apenas acúmulo de dinheiro. Há milionários que não são próspero, são infelizes pela perspectiva das Escrituras Sagradas. Apesar do dinheiro no banco, não sentem paz interior, não têm paz com o próximo, vivem insatisfeitos e sem alegria. Jesus é quem nos abençoa e não as riquezas!

"E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus" - Eclesiastes 5.19

O condenável amor ao dinheiro

"O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" - 1ª Timóteo 6.6.

Na Bíblia lemos claramente que o amor ao dinheiro, e não o dinheiro, é condenado. O dinheiro não é bom ou mau.

E sabe o que isto significa? Quer dizer que muitos seres humanos sem tê-lo já erram, pecam.


Se o coração da pessoa é ganancioso e avarento -  em  estado de extrema miserabilidade ou cheio de riquezas -  pode se tornar extremamente mau. Movido pela cobiça e avareza, com o objetivo de obter e/ou manter a posse do dinheiro, muitas pessoas são capazes de invejar, mentir, roubar, assaltar, matar, se prostituir. 

A maldade encontra espaço no coração humano que não prioriza e não se abastece com a Palavra de Deus.

Minha postura

Podemos crer que existe prosperidade na condição de bênção de Deus. Há prosperidade para aqueles que são fieis ao Senhor, principalmente àqueles que contribuem por amor a obra de Deus, com o objetivo de vê-la crescer.

O crente que se acomoda em uma vida de pobreza perde uma grande oportunidade de ser mais feliz. Se Deus ama a prosperidade de seus servos, logo é também sua vontade que tal aconteça na vida dos seus filhos.



Conclusão

Eu entendo que a prosperidade bíblica não é aquela que muitos dizem ser a liberdade de permutar com Deus: "dê cem para ganhar duzentos". Não é possível ter uma vida cristã saudável quando o crente vive apenas em função da prosperidade financeira. Deus espera muito mais de cada um de nós.

A melhor característica da prosperidade para nossas vidas é a espiritual. Ela só acontece se desejamos que aconteça. É muito importante querer crescer em graça e em conhecimento de Deus, e querer viver em santificação perante os homens. 

O cristão, quando abandona o comportamento de menino na fé e passa a viver como alguém maduro, à estatura de Cristo, torna-se próspero. O progresso na parte financeira é uma consequência de buscar o reino de Deus, dar ouvidos à Palavra, então, "todas as demais coisas são acrescentadas" (Lucas 12.31).

Não é pecado ser rico. Não existe uma placa na entrada do Céu proibindo a entrada de ricos lá. Não entendo que há pecado em querer e ter uma vida financeira bem sucedida, se as estratégias escolhidas para crescer são caminhos de honestidade (Filipenses 4.8).  Porém, existe perigo, vemos no epísódio bíblico quando Jesus Cristo teve o encontro com um jovem de muitas posses, e constatou-se que o rapaz não tinha capacidade de renunciar os seus bens e seguir o Mestre, porque ele amava mais ao dinheiro do que a Deus (Mateus 19. 20-23; 1ª Timóteo 6.6).

 

A salvação dos mais abastados é muitíssimo mais dificultada que a dos menos afortunados, afirmou Jesus. Que também declarou que nada é impossível para Deus, ou seja, há possibilidade dos ricos serem salvos também (Marcos 10.23--27).

 

Deus ama a prosperidade de seus servos, isso significa que é vontade dEle que seus servos sejam prósperos. E só existe uma maneira da prosperidade, nos moldes bíblicos, acontecer na vida do crente, é tendo Jesus Cristo como seu Redentor, Consumador, e Conselheiro.

 

E.A.G.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Silas Malafaia investigado em esquema de lavagem de dinheiro



O senso comum, quando em raciocínio do nível mediano, às vezes ao reboque do preconceito religioso, quase sempre por causa da letargia ao ato de pensar de maneira inteligente, considera um investigado como se fosse culpado. Sejamos e ajamos como pessoas acima da mediocridade!

Na data de hoje, o Pastor Silas Malafaia é alvo de mandado de condução coercitiva, na esfera da Operação Timóteo, desencadeada nesta manhã, de 16 de dezembro, pela Polícia Federal. A imposição foi decretada pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite, que trabalha na 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília,

A ação policial é batizada de Operação Timóteo fazendo alusão ao texto bíblico encontrado em 1 Timóteo 6.10: "Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores".

O pastor é suspeito de esquema de lavagem de dinheiro em esquema que envolve cobrança de royalties. Como seria o suposto envolvimento? Emprestando contas bancárias da instituição religiosa na qual é o líder religioso, com a finalidade de ocultar o dinheiro desviado de royalties da mineração.

Aproximadamente, 300 policiais federais saíram às ruas para realizar 52 apreensões; 29 conduções coercitivas; 12 prisões temporárias; 4 prisões preventivas; e, 3 sequestros de imóveis. Aconteceram ações em Tocantins; Sergipe; Santa Catarina; Rio Grande do Sul; Pará; Paraná; Bahia, Distrito Federal; Goiás; Mato Grosso; Minas Gerais; e Rio de Janeiro.

Em posts no Twitter, o pastor afirmou que está em São Paulo e vai se apresentar à PF na cidade.

Entenda o caso fraudulento.

Segundo as investigações da Operação Timóteo, o diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Marco Antônio Valadares Moreira, responsável pela Diretoria de Procedimentos Arrecadatórios da autarquia, oferecia informações privilegiadas sobre dívidas de royalties da exploração mineral a dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria.

As investigações apontam que a suposta organização criminosa tinha a seguinte estrutura:

1º. núcleo captador, formado por Marco Antônio Valadares Moreira, diretor do DNPM, e sua esposa, que, segundo a PF, procuravams prefeitos interessados em ingressar no esquema;

2º. núcleo operacional, formado por escritórios de advocacia, uma empresa de consultoria registrada em nome da esposa do diretor do DNPM, que exercia liderança no esquema e repassava valores indevidos a agentes públicos. A empresa é de fachada;

3º. núcleo político, composto por políticos e servidores públicos, que contratavam os escritórios de advocacia integrantes do esquema;

4º. núcleo colaborador: responsável pela ocultação e dissimulação do dinheiro desviado.

Entre os integrantes desse núcleo, a PF pretende apurar se há a participação de Malafaia na ocultação de dinheiro ilícito.

Postagens de Malafaia em seu perfil oficial no Twitter (@PastorMalafaia). 

Abaixo, as palavras entre parêntesis são inserções minhas no corpo de texto do pastor.
"Nesta manhã. fui acordado por um telefonema informando que a Polícia Federal esteva na minha casa. Estou em São Paulo e vou me apresentar.
Recebi uma oferta de cem mil reais de um membro da igreja do meu amigo Pastor Michael Abud. Não sei o que ele (ofertante) faz. Tanto é (verdade) que o cheque foi depositado em conta. Por causa disso sou corrupto? Recebo ofertas de inúmeras pessoas e declaro no Imposto de Renda tudo o que recebo. Quer dizer que se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido?
(O mandado de condução coercitiva) é a tentativa para me desmoralizar na opinião pública. Não poderia ter sido convidado para depor? Vergonhoso!
Recebi um cheque de um advogado, como recebo inúmeras ofertas e as declaro no Imposto de Renda. Sou responsável pela bandidagem de outros? Estou indignado."

Áudio de Silas Malafaia esclarecendo mais sobre o assunto.

Malafaia conta que há três anos atrás, aproximadamente, recebeu em seu escritório um advogado em companhia do Pastor Michael Abud, o advogado trouxe um cheque no valor de cem mil reais em caráter de oferta, o valor foi depositado em sua conta. Declara que recebeu apenas um cheque, não mais que um cheque, que foi declarado em Imposto de Renda. Descreve a situação como show piroténico feito com a intenção de desmoralizá-lo perante a opinião pública.  Informa que a PF entrou em sua casa, no Rio de Janeiro, enquanto está em São Paulo. Ele pergunta a razão de não ter sido convocado para depor. Comenta que não houve convocação com a intenção de gerar notícia que o desmoraliza. Diz que não é ladrão e não estar envolvido em corrupção.Enfatiza que apenas recebeu uma oferta, que esta oferta está declarada à Receita Federal. Pede que repasse a declaração. Ouça: áudio aqui.

E.A.G.

Com informações de Verdade Gospel, O Estadão, G1.

Silas-Malafaia-investigado-em-esquema-de-lavagem-de-dinheiro-assembleia-de-Deus-vitoria-em-Cristo-ADVEC

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Verdades e equívocos sobre o dízimo antes, durante e depois da Lei de Moisés

Dízimos e ofertas são importantes

A igreja precisa deles para dar continuidade no trabalho da propagação do Evangelho. Não reconhecer isso é muito estranho, afinal, o dinheiro move tudo nesta vida. A denominação é uma instituição física, tem CNPJ, contas a pagar.

Exemplos errados quanto a administração do dinheiro se sobressaem sempre mais do que os exemplos bons. Percebemos isso nos casos de Judas e Matias. Talvez alguns nem saibam quem é Matias... Ele é o tesoureiro que substituiu Judas Iscariotes, e o primeiro tesoureiro da história da Igreja!

Exegese em Hebreus 7

1 - Quem era a tribo sem herança e sem salário na época de Moisés?

A tribo de Levi, composta de sacerdotes. Hoje nós somos os reis e sacerdotes. Então, quem assume posto de liderança, nos templos não estão errando em receber os dízimos. Conferir: Apocalipse 1.6; 5.10.

2 - Melquisedeque tinha pai e mãe definidos, que poderiam lhe alcançar herança?

Pais e filhos? As Escrituras não dizem nada a respeito da origem de Melquisedeque e nem sobre sua vida famililar. No Novo Testamento ele é apresentado como uma figura de Cristo, sendo descrito como o sacerdote do Deus Altíssimo (versículo 1).

Melquisedeque é a tipificação de Cristo. O capítulo 7 do livro Aos Hebreus nos mostra que Levi (representação dos sacerdotes da Lei) não pertencia à linhagem de Melquisedeque. Claramente temos a informação que Abraão dizimou para quem não tinha nada a ver com o código mosaico, o patriarca entregou o dízimo para a figura que representa Jesus Cristo.

Matias: o tesoureiro da Igreja Primitiva

Quase todos se lembram de Judas, e se esquecem de Matias, que deu a continuidade no trabalho de tesouraria.

Atos 1.21-26: "É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos".

Quem quiser reter seu dinheiro e não ofertar, que não colabore. Não existe obrigação para isso. Mas, saiba, nós só trocamos dinheiro por serviços e coisas que reconhecemos terem valor.

Eu valorizo o Evangelho. Quero vê-lo sendo anunciado. E você?

É obrigatório entregar o dízimo?

Jesus aboliu a Lei de Moisés, e com ela a necessidade de rituais forçados. Mas, é necessário lembrar que o dízimo não pertencia à Lei, apenas foi incorporado nela. Dizimar era um ato que existia antes da Lei, se manteve enquanto a Lei existiu.

Não existe depois? Onde está escrito isso na Bíblia? Em lugar algum.

Sabemos da biografia de Abraão e de Jacó. Sabemos que Abraão viveu antes da Lei e é declarado pelo apóstolo Paulo no Novo Testamento, na Nova Aliança, agora no Tempo da Graça, que Abrãao é o Pai na fé de circuncisos e incircuncisos, de judeus e gentios. Conferir: Gênesis 14.17-20; Romanos 4.12,16.

Com isso, não entendo que dizimar seja um ato de obrigação como aconteceu no tempo da Lei. Não entendo que os pastores que obrigam membros a dizimar, estejam sendo corretos, não concordo com a ação deles.

E também não concordo com quem diga ser errado dizimar na Dispensação da Graça. Acredito que qualquer cristão pode seguir o exemplo de Abraão e dizimar voluntariamente, creio porque não vejo impedimento bíblico para quem faz isso. Não existe base bíblica para afirmar isso. Só o que podemos afirmar com certeza, porque temos referências bíblicas devidamente contextualizadas, é que a obrigatoriedade de dizimar não existe mais. O ato é de fé, não é por obrigação, como era no tempo da Lei de Moisés.

Para mim é como ocorreu com Abraão. Ele entregou o dízimo num ato voluntário. Acredito que qualquer cristão pode seguir o exemplo desse patriarca, creio porque não vejo impedimento bíblico para quem faz isso. Todo cristão que se propõe a ser dizimista deve agir conscientemente assim. Ele precisa entender sua condição de liberdade e fazer a entrega com alegria e por amor a Cristo, sem constrangimento algum.

Dar dízimo em dinheiro é ato bíblico

Quem é contra os dízimos dizem que ele era apenas de produtos da agricultura e da pecuária. Esta informação é errada! Dava-se dinheiro também!

O cristão que entrega o dízimo deve fazer isso com o espírito da graça, com voluntariedade e em amor a Deus, não deve ser constrangido ou como ato de sacrifício

Hoje, o que mais se informa sobre os dízimos, é que durante a Lei eles foram entregues em ofertas de grãos e de animais. Talvez isso ocorra porque Malaquias 3.8-10 seja o texto mais recitado da Bíblia, muito mais que João 3.16! Mas, haviam entregas em espécies também, em dinheiro. E isso era feito segundo a
vontade dos dizimista!

O texto bíblico que esclarece isso é Levíticos 27.31,33: "Se alguém, das suas dízimas, quiser resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. (...) Não se investigará se é bom ou mau, nem o trocará; mas, se dalgum modo o trocar, um e outro serão santos; não serão resgatados. São estes os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai".

Resgatar: pagar certa quantia.

E.A.G.

__________

Texto revisado em 27/02/10 - 19h53.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O poder do dinheiro


Por Roger Fleming

O assunto finanças é focalizado por Jesus em Lucas 16. Sua mensagem foi clara: o crescimento espiritual está, em grande parte, relacionado à nossa forma de lidar com o dinheiro.

Riqueza é mais do que dinheiro

Dinheiro é somente um aspecto da riqueza. Os bens de uma pessoa podem incluir imóveis, carros e até o prestígio de uma posição. Tudo o que possuímos pode ser usado positivamente para influenciar outros ao Evangelho. David Livingstone afirmou: "Não darei valor a qualquer coisa que possua, a não ser à luz do relacionamento com o Reino de Deus. Usarei tudo que venha possuir para promover a glória dAquele a quem devo toda minha esperança no tempo e na eternidade".

terça-feira, 26 de junho de 2012

O sacrifício vivo que Deus quer


Quando Jesus parou para descansar e tomar água, junto ao poço que o patriarca Jacó abriu, dialogou com uma mulher que ali estava para tirar água. A mulher samaritana levantou a questão sobre qual era o local correto para adoração. Naquela época havia o templo em Jerusalém e também houvera outro, enorme, em Samaria – possivelmente frequentado apenas pelo povoado samaritano.

As ruínas do templo samaritano foram descobertas por arqueólogos e são visitado hoje em dia por turistas.  Ler: Jesus Cristo e o monte Gerisim.

Sobre as construções dos templos judaico e samaritano, é preciso levar em consideração a resposta de Cristo, pois é útil para o denominacionalismo evangélico dos dias atuais, para todos os cristãos que semanalmente frequentam uma denominação cristã. 

A resposta: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. - João 4.23-24. 

Jesus explicou para a samaritana que a verdadeira adoração cristã não depende da localização geográfica. Ser um verdadeiro adorador depende do espírito da pessoa e seu objetivo. É preciso o quê?

1 - adoração em espírito - empreender louvores com todo o ser, aplicando intensidade à adoração ao Pai; ser adorador por toda a vida, interna e externamente, e não apenas em alguns momentos; adorar em público e em particular. 

2 - usar a verdade: é preciso adorar sinceramente. Em casa, na reunião no templo, ou outros lugares, dedicar culto ao Senhor com o único interesse de cultuá-lo, jamais com objetivos paralelos. 

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." - Romanos 12.1. 

O culto a Deus que está ao nosso alcance realizar ao Senhor está relacionado aos nossos corpos, vivos. Deus quer nossos membros em sacrifício vivo. Ou seja, quer que vivamos andando no Espírito e evitando praticar as obras da carne (Gálatas 5.16-23). 

Neste processo, é preciso ponderar como lidamos com o amor. Se usamos o dinheiro que temos com ganância e avareza, logo não amamos a Deus e ao próximo, então, não estamos sacrificando nada que seja agradável a Deus. 

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre." - 2 Coríntios 9.7-9. 

O que seria uma oferta voluntária agradável ao Senhor? É a entrega do corpo, da alma e do espírito. Também tem a ver com o dinheiro entregue na igreja por iniciativa pessoal, sem pressão alguma de qualquer pessoa. 

Penso que o cristão dizimista se encaixa perfeitamente em 2 Coríntios 9.7-10 ao querer entregar 10% de seu salário, mensalmente, com o objetivo de assim adorar a Deus e praticar amor ao próximo. Se ele entende perfeitamente que a salvação está em Cristo e não em qualquer tipo de contribuição financeira à igreja ou à assistência social, sua atitude colaborativa é aceitável. Quanto ao dinheiro da oferta estar estipulado em porcentagem não invalida a situação, se a pessoa o entrega com alegria em seu coração.

A relação entre o cristão e a denominação referente ao dinheiro compete apenas ao ofertante e ao pastor solicitante. Vivemos em um país que goza de liberdade religiosa, e se o ofertante é maior de idade pode fazer o que bem quiser com seu dinheiro. Eu, você, qualquer outra pessoa, não temos o direito de pensar em opinar sobre finanças alheias. Deus nos deu livre arbítrio e permite que usemos o dinheiro que temos em mãos como desejamos. Considero uma invasão interferir nas escolhas que o cidadão trabalhador faz com seus salários, quando ele não deseja opinião a respeito. 

E.A.G.

domingo, 24 de junho de 2012

Deus precisa de dinheiro?

Pergunta importante: Deus precisava do animal que foi oferecido em sacrifício por Abel? Não. Mas diz a Bíblia que o Senhor se agradou de tal atitude. Foi uma oferta agradável porque foi entregue devocionalmente.

Ocorre de igual forma hoje em dia. Antidizimistas, e anticristãos de modo geral, afirmam que Deus não precisa de dinheiro. Muitos críticos dos pastores que pedem ofertas e dízimos, recusam-se a entregar ou entregam dinheiro na igreja no estilo de Caim, o primeiro filho do casal Adão e Eva que o Senhor rejeitou.

Deus não precisa do seu dinheiro, mas o seu semelhante sim. Através da arrecadação cuida-se das almas, tanto física como espiritualmente. Você ama o próximo como a si mesmo? As passagens bíblicas que abordam o dinheiro sinalizam com clareza o nosso relacionamento com Cristo e com Deus devocionalmente. Quem não é liberal nas finanças geralmente não se importa com o bem-estar de pessoas necessitadas, elas parecem apenas pensar em acumular e usar o dinheiro em benefício próprio.

Acredito que o assunto “dízimo” é o mais polêmico para a cristandade na atualidade. Penso que a fogueira da polêmica não apaga pelo jeito como grande parte da liderança cristã apresenta a questão dos dez por cento. Conheço poucos líderes que esclarecem que a vigência da obrigatoriedade referiu-se aos judeus, poucos afirmam que o cristão precisa adotar o sistema de dízimo com o coração voluntário e decidido a demonstrar na condição de dizimista o amor a Deus e ao próximo.

Infelizmente – palavras de um pastor assembleiano, com aproximadamente 70 anos, jubilado, e com a cabeça ainda bastante lúcida – a má administração do montante arrecadado chama mais atenção do que as boas administrações, que são em números maiores.

Não costumo frisar o livro de Malaquias no assunto dízimo. Gosto de usar Gênesis 14; Gênesis 28; Salmo 110.4; Hebreus 5; e Hebreus 7. Por quê? Porque nessas passagens está claro e patente o relacionamento de Cristo com a Igreja e através de Cristo o relacionamento do ser humano com Deus devocionalmente.

Entregar o dízimo e a oferta na igreja com o coração desejoso de ser alguém usado para abençoar vidas é uma situação que o Senhor se agrada. É um privilégio muito bom fazer parte do grupo de irmãos que sustentam financeiramente missionários no exterior; investem no evangelismo urbano; patrocinam abertura de novos templos; cuidam da manutenção de templos já abertos!

E.A.G.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz Ano Novo: quando o assunto é dinheiro

Feliz Ano Novo: quando o assunto é dinheiro

Ao chegar nesta época de final de ano, além da tradicional saudação "como vai você?", são manifestados os tradicionais votos de boas festas e o desejo de muitas felicidades, paz, saúde e prosperidade. A virada de ano traz o clima bom aos relacionamentos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mateus 6.24-33: O pão de cada dia e a ansiedade

Resumidamente, apresento uma reflexão sobre a relação entre o cristão e a prosperidade segundo a vontade de Deus.

A âmago dessa relação é uma pergunta: quem é servo de quem?

Deus deseja que o cristão seja servido pela prosperidade e não que seja servo dela.

Quem se serve do dinheiro o usa para fins bons, abençoadores. Cuida de si e da família dignamente, financia obras evangelísticas. Etc...

E quem é servo do dinheiro é capaz de mentir, matar, roubar, se prostituir, se deixa ser corrompido e é usado para corromper a muitos.

Alguns textos bíblicos sobre ser servido pela prosperidade:

1 - "A bênção do Senhor enriquece e não acrescenta dores" - Provérbios 10.22;

2 - "Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor" - Eclesiastes 7.12;

3 - "Para rir se fazem banquetes, e o vinho produz alegria, e por tudo o dinheiro responde" - Eclesiastes 10.19.

A absoluta incompatibilidade de servir a dois senhores

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” - Mateus 6.24.

O texto esclarece que precisamos buscar a Deus acima das riquezas, e que não devemos tentar servir ao Senhor e ao mesmo tempo às riquezas. Porém, o texto não diz que o rico é impossibilitado de ser servo de Deus.

Servo de Mamom são as pessoas que fazem do dinheiro um deus.

Quando o Criador não é entronizado como Senhor no coração humano, a pessoa despreza a vontade de Deus, e com o objetivos egoístas deixa de amar o próximo. Muitas vezes pode fazer isso almejando enriquecimento. Sem amor ao semelhante, muitos mentem, roubam, matam, aborrecem e abandonam os seus semelhantes. Quem faz essas coisas com o objetivo de enriquecer é servo de Mamom, não tem condições de agradar ao Criador.

Existe também o caso de quem seja socialmente honesto, mas que serve ao dinheiro. Há quem viva para trabalhar, tem mais de um emprego, e esquece-se da esposa e dos filhos, deixa de servir a Deus na igreja. Ele só trabalha, e trabalha, e trabalha. Não vê os filhos, não lhes dá carinho, não tem tempo para a própria mulher e nem tempo para Deus. Estes são servos de Mamom também. O desprezo também é faltar com amor.

Sim, é preciso trabalhar, mas nosso Deus abençoa os trabalhadores que buscam o reino de Deus e sua justiça. Mas os servos do dinheiro não acreditam que se buscarem a Deus em primeiro lugar as demais coisas lhes serão acrescentadas! Elas consideram que “o pão nosso de cada” é única e exclusivamente originada de seu suor.

O valor do cristão

"Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?" - Mateus 6.25-26.

Jesus orienta ao cristão para não ser ansioso quanto às coisas básicas da vida: a vestimenta, a comida, a bebida. E garante que Deus suprie todas essas necessidades, porque aos olhos de Deus somos mais preciosos do que tudo o mais que foi criado.

De fato, não é preciso estar ansioso quanto às coisas necessárias dessa vida. Como comida e bebida, mantimentos, vestes. Temos muitas promessas divinas de provisão e podemos descansar nossas mentes acreditando que Deus cumprirá todas elas.

Os pássaros têm os piores suprimentos? E os lírios, são flores feias?

Vale ressaltar que este texto bíblico não dá suporte para esperar de Deus só o pior dessa vida, somente fracassos: pior feijão; pior arroz; a roupa usada e feia; o carro velho e feio; o emprego indigno, sem nenhum prazer, com salário baixo e que lhe causa vergonha.

Jesus disse que, se buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus, ou seja, obedecer a Deus, não devemos ser ansiosos porque as demais coisas nos serão acrescentadas. Deus quer acrescentar tudo o que é necessário. Então não precisamos mesmo viver em ansiedade porque Deus quer dar o melhor, o que provoca alegria e bem-estar.

"Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do seu coração" - Salmo 37.4.

O cristão e as preocupações desnecessárias

"E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles" - Mateus 6.27-29.

Com ilustrações claras, Jesus reforça a afirmação que Deus cumprirá suas promessa de provisão, afirma que não é preciso haver solicitações exageradas ao orar, não é necessário preocupar-se com o básico da vida, sobre com o que vestir-se, com o que comer e beber.

Jesus usa como ilustração do cuidado divino um parâmetro alto, cita o rei Salomão, o monarca mais rico de todos os reis hebreus. O nome do filho de Davi não foi citado ao acaso - Deus zela muito pelo bem-estar daqueles que O amam.

Então, os cuidados do Criador seriam cuidados na base da mão-fechada? Não.

Será que você pensa que Deus diz assim? "Olha meu servo, use essa roupinha velha, coloque nos pés esse par de sapatos furados, os furos desses calçados podem ser tapados com pedaços de plásticos dentro das solas! Miséria é humildade!”

Desprezemos o pensamento pessimista. Jesus fez uma ilustração apresentando Salomão, o mais próspero entre os reis da sua geração, para que fique bem claro que é preciso descartar a preocupação. Então, não tenhamos a mente distorcida sobre a bondade de Deus em querer nos abençoar na esfera material.

O cristão e o trabalho

“Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?(Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas” - Mateus 6.30, 31, 32.

Mais uma vez Jesus reforça o contexto dizendo que não devemos ficar inquietos com o que comer, beber ou vestir. E refere-se a Deus como nosso Pai, figura amorosa, e enfatiza que Ele sabe que necessitamos das coisas materiais e quer cuidar muito bem de nós.

É importante considerar que Jesus repreendeu os crentes de pouca fé. Devemos buscar a Deus crendo que Ele é galardoador (presenteador) daqueles que O buscam (Hebreus 11.6). Quem prioriza o reino de Deus e a sua justiça é presenteado. Então, não devemos descrer que as promessas de bênçãos materiais não serão cumpridas pelo Senhor.

Ter a mente tranquila quanto aos cuidados do Senhor não significa cruzar os braços, agir como um vagabundo. É preciso ser disposto e se pôr a trabalhar. Deus acompanha os trabalhadores que são fiéis a Ele e lhes prospera em seu serviço. Dá a eles prosperidade: prazer, alegria, sucesso, recompensas, sono para renovar as forças ao dia seguinte, e um salário que lhe garante gozar a vida com muita felicidade.

“E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus” - Eclesiastes 5.19. 

Objetivos na mente e dinheiro nas mãos

"Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" - Mateus 6.33

Cristo finaliza o ensinamento sobre a ansiedade quanto às necessidades básicas dessa vida lembrando que, primeiramente, o cristão deve viver segundo às normas do Reino e da justiça de Deus, e declara que quem assim se comportar todas as coisas necessárias serão acrescentadas na vida dele.

Buscar a Deus e a sua justiça é andar no Espírito e não atender aos deseejos da carne (Gálatas 5.16-23).

Buscar a Deus e sua justiça é priorizar as coisas de cima e desprezar os costumes da terra (Colossenses 3.1-16).

Ao analisar as coisas da carne e da terra, não encontramos nenhum norma bíblica que condena posses de riquezas. Na Palavra de Deus não existe repúdio à prosperidade financeira, mas repúdio à avareza e à ganância.

Por quê? Porque a pessoa avarenta é incapaz de compartilhar o que tem com os necessitados, e quem é dominado pela ganância é disposto a subtrair as coisas do próximo ilicitamente para si. Ou seja, o ávaro e o ganancioso não amam o próximo, conforme a determinação do mandamento do amor ao próximo.

Quem vive no reino de Deus é praticante do amor ao próximo e usa a prosperidade como maneira de expressar amor. Deus lhe supre de tudo o que precisa, ao ponto dele poder abençoar aos outros como a prosperidade que recebeu do Criador e assim sobrar muito para seu uso pessoal.

Quais são as coisas que Deus acrescenta aos que buscam o reino de Deus e sua justiça? Todas as promessas de bênçãos, da esfera espiritual e também da material.

E.A.G.