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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

EBD 2012 O Novo Testamento e o ensino sobre a prosperidade (parte 2)

A riqueza em si não é um mal, embora o amor a ela o seja. O apóstolo Paulo ensinou que o amor ao dinheiro é raiz de todos os males (1 Timóteo 6.10). Não há nada de mal  com o dinheiro em si. Mas devido ao pecado que habita no coração humano, o amor a ele pode aprisionar uma pessoa - até mesmo crentes - e causar-lhes terríveis sofrimentos. ¹

O dinheiro é como o camaleão: assume a cor do coração de quem o possui. Será que existe mesmo o que se chama de dinheiro contaminado, ou "manchado de sangue"? Os principais sacerdotes achavam que sim, pois se recusaram a guardar as moedas pagas a Judas no cofre das ofertas. ¹

De fato, o dinheiro é muito importante para nós, e por isso a Palavra de Deus fala bastante sobre ele. Existem na Bíblia nada menos que 3.225 referências a questões financeiras. Quem estuda as Escrituras encontra muita informação acerca do que Deus determina com relação ao dinheiro e à maneira como devemos gastá-lo. ¹

"Dai, e ser-vos-á dado..." (Lucas 6.38). Dando é que se recebe, é uma verdade que só pela experiência podemos comprovar. Muitos cristãos têm até mesmo o coração "dilatado" para isso e compreendem sinceramente a importância de dar, entretanto têm dificuldade de abrirem suas mãos e começar. ²

A lei da vida é dar para receber. Quem não dá, não pode receber, porque corta o elo da corrente divina. As nuvens dão chuva, o sol dá os seus raios vivificantes, as plantas dão flores, sombra e frutos, a terra produz para os homens e os demais seres, os mares dão de volta a água que recebem tornando-a em forma de vapor que as nuvens acolhem e dão de novo. Tudo dá e tudo recebe. ²

Paulo apresenta Jesus como o verdadeiro modelo na beleza de dar. Essa "bem-aventurança", que diz: "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber", foi eloquentemente ilustrada em toda a vida e história de Jesus. A cruz foi o ponto culminante ou a fruição completa desse espírito desinteressado de entrega. As dádivas de Cristo não se limitaram às suas curas espirituais e a outros atos de bondade, mas, pelo contrário, estendem-se a todos os séculos e a todos os seres, porquanto Ele é o Salvador de todos quantos dEle se queiram valer. ²

É interessante vermos como Paulo elevou a um ponto culminante toda a sua fala, cristalizando-a com algumas palavras do Mestre. Tudo se assemelhou a um sermão que leva a um texto. Verdadeiramente, muito mais feliz é o homem que, como Paulo, passa os seus dias e as suas noites dando de si mesmo, dando o que tem e dando o que é, do que o homem que, temeroso do que o futuro lhe possa reservar, passa os seus dias amealhando quantas coisas possa colher. ²

Os apóstolos do Senhor trataram o assunto da mesma forma que Jesus tratou. Eles recomendaram que não confiássemos na incerteza das riquezas, e que tívessemos um coração aberto para não apenas contribuir com a obra de Deus, mas também para socorrer os necessitados. Na igreja, havia pessoas de diferentes classes sociais, e as orientações apostólicas deixam claro que os que mais tinham deveriam ajudar os que tinham pouco. ³

"Agora vou tratar do dinheiro para ajudar o povo de Deus da Judéia. Façam o que eu disse às igrejas da província da Galácia. Todos os domingos cada um de vocês separe e guarde algum dinheiro, de acordo com o que cada um ganhou. Assim não haverá necessidade de recolher ofertas quando eu chegar. Depois que chegar, eu enviarei, com cartas de apresentação, aqueles que vocês escolherem para levarem a oferta até Jerusalém. Se for conveniente que eu também vá, eles farão a viagem comigo" - 1 Coríntios 16.1-4 (NTLH).

Contribua na medida de sua possibilidade. O ato de doar não tem como objetivo empobrecer o contribuinte. O que agrada a Deus não é montante da doação comparada com a nossa disponibilidade, mas a disposição em fazê-lo. Contribua para satisfazer as necessidades. 4

Contribuir é semear. A oferta é um investimento para o nosso futuro eterno. Quanto maior o investimento, maior será o retorno (2 Coríntios 9.6). 4

Existe por aí muitos planos de enriquecimento, a prometer independência financeira. Deus também garante que podemos ser livres nesse aspecto. Entretanto a independência financeira que Ele oferece é muito diferente das promessas vazias dos "vendedores da sorte". Ele diz que conheceremos a verdade e a verdade nos libertará. E nessa afirmação está incluída a verdade sobre as finanças. Podemos ser verdadeiramente livres. ¹

Antes, porém, precisamos tomar conhecimento da relação do nosso adversário. Deus não é o único que está interessado nessa questão. Satanás, o nosso inimigo, também costuma imiscuir-se nela, tanto em escala mais ampla, no plano internacional, como na pessoal, a nível do indivídio. ¹

Como designaríamos Satanás hoje? Ele controla os homens por meio da ganância. Através de um comércio injusto, procura assumir as rédeas não só dos negócios, mas também da ciência, da tecnologia, da saúde pública, da política e do governo, dos meio de comunicação de massas, das artes, dos entretenimentos, dos esportes, da educação, e até das igrejas e das famílias. E para escravizar financeiramente os homens, emprega os seguintes recursos: ganância, sede de poder, orgulho, medo, e em especial o temor da insegurança financeira. ¹

A Bíblia condena o "amor do dinheiro", mas não a sua aquisição através do trabalho honesto e responsável (1 Timóteo 6.10). Na História Sagrada, encontramos várias pessoas ricas e, nem por isso, foram condenadas, pois tinham a Deus em primeiro plano (Mateus 27.57; Lucas 19.2). Mas, infelizmente muitos preferem as riquezas a manter uma profunda e doce comunhão com o Senhor (Lucas 18.24). Na perspectiva mundana, os bens materiais produzem: acepção de pessoas, consumismo, avareza, inveja, orgulho e outras práticas ruins. Mas, na perspectiva bíblica, amor altruísta, consumismo consciente, bons frutos, generosidade, cortesia, humildade. 4

"Sempre que puder, ajude os necessitados. Não diga ao seu vizinho que espere até amanhã, se você pode ajudá-lo hoje. Não planeje nenhum mal contra o seu vizinho; ele mora ao seu lado e confia em você. Nunca discuta sem motivo com alguém que não lhe fez nenhum mal. Não tenha inveja dos violentos, nem faça o que eles fazem, pois o SENHOR Deus detesta os que praticam o mal, mas é amigo dos que são direitos. O SENHOR amaldiçoa a casa dos maus, porém abençoa o lar dos que são corretos. Ele zomba dos que zombam dele, mas ajuda os humildes. Os sábios ganharão prestígio, mas os que não têm juízo passarão cada vez mais vergonha" - Provérbios 3.27-35 (NTLH).

"Alguém está pensando que é religioso? Se não souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e ele está enganando a si mesmo. Para Deus, o Pai, a religião pura e verdadeira é esta: ajudar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e não se manchar com as coisas más deste mundo" - Tiago 1.26-27 (NTLH).

A vida abundante está relacionada a um correto relacionamento com Deus, que resulta em paz interior. Embora possamos ser agraciados com bens materiais, nossa vida não deve ser direcionada  por uma cultura de consumismo que busca desenfreadamente a realização do ego em detrimento dos valores espirituais. É o que ensina o Novo Testamento. 4

Confira todas as abordagens sobre as matérias da revista no blog Belverede: EBD 2012 primeiro trimestre: Verdadeira prosperidade - vida cristã abundante.

E.A.G.

Encontre mais sobre o assunto:

EBD 2012 - O Novo Testamento e o ensino sobre a prosperidade (parte 1)

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Compilação:


1. Fé e Finaças no Reino de Deus. Loren Cunningham & Janice Rogers - 1ª edição, 1993, páginas 50, 52 (Editora Betânia).


2. O crente e a Prosperidade. Severino Pedro da Silva - edição de 1989, páginas 86, 87, 88, 89 (CPAD).


3. Ensinador Cristão - Ano 13, nº 49 - janeiro/fevereiro/março 2012, página 38 (CPAD)


4. Lições Bíblicas, A Verdadeira Prosperidade - A vida Cristã Abundande - José Gonçalves - 1º trimestre de 2012, páginas 28, 29, 31, 32.

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