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quinta-feira, 7 de março de 2019

A primogenitura, um direito sagrado




VERDADE PRÁTICA
Os valores espirituais são eternos

TEXTO ÁUREO
 "Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as roupas"
Lucas 12.23

LEITURA EM CLASSE
Gênesis 25.32-34; Hebreus 12.16-17; Lucas 12.23

Gn 25.32-34:Estou morrendo de fome; de que me vale o direito de primogenitura?
33 - Então Jacó disse: Primeiro jure. Esaú jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó.
 34 E Jacó deu a Esaú pão e o ensopado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Assim, Esaú desprezou o seu direito de primogenitura. 

Hb 12.16-17 - E cuidem para que não haja nenhum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um prato de comida, vendeu o seu direito de primogenitura.
 17 Vocês sabem também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.

 Lc 23 -  Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as roupas.

 COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A linha do patriarcado estava marcando passos para o seu término e aquela dispensação deveria se findar, mas a sempre o período da transição. E esse período varia, em muitos anos, de uma dispensação para outra. Assim sucedeu nas outras, com a morte do último patriarca. Possivelmente José e seus irmãos chegaram à transição num período longo, até a chegada de Moisés e o estabelecimento da Lei.

Então a linha do patriarcado deveria cair sobre um dos filhos gêmeos de Isaque - Esaú, o primogênito, Jacó, o segundo. Entretanto, Esaú era frívolo, sem religiosidade e sem fé em Deus.

SEGUNDA, 15 - LEITURA: 1 Co 16.10-12.

1. GÊMEOS COM IDEIAS DIFERENTES

Aqui cai por terra a filosofia dos astrólogos, segundo a qual o dia das pessoas nascidas sob o tal signo, tem um destino. Deus não deixou os homens dirigidos pelos astros, mas pela Sua Palavra. Is 8.20; 47.13.

Esaú e Jacó nasceram no mesmo dia, sob a mesma influência dos astros, entretanto foram diferentes: física, moral e espiritualmente, enfim, diferentes em tudo.

Por isso Deus condenou tais práticas, a fim da criatura não ser enganada, Is 47.13; Jr 10.2; At 7.42, 43.

TERÇA, 16 - LEITURA: 1 Co 10.12.

II. UM LAR COM DIFERENTES OPINIÕES, Gn 25.28

No lar deve haver um clima de paz e harmonia nas opiniões. Assim deve ser um lar cristão.

Mas entre Isaque e Rebeca, havia opiniões que não se estreitavam,  no plano de Deus, entretanto; Rebeca, conhecedora do plano divino, se inclinava ao lado de Jacó. Observe que Isaque, conhecendo o lado certo da revelação, ouviu o conselho da esposa, Gn 28.34.

Notemos as opiniões surgidas por questões materiais:

a) Isaque amava Esaú, porque ele era caçador e homem do campo;
b) Rebeca amava Jacó, por certo ele era simples e gostava de ficar na tenda. Embora fosse valente na guerra também, Gn 48.22.

Esaú representa o homem terreno, carnal e profano, Hb 12.21.

Jacó homem de fé e amante das coisas espirituais, Hb 11.21, que aproveitava as oportunidades (vs 29, 30) para se apoderar, custe quanto custar, de uma bênção divina, Gn 25.28-30.

QUARTA, 17 -LEITURA: 2 Co 10.1-5

III. JACÓ FORTALECIDO EM SUA POSIÇÃO

Aqui está o ponto alto da lição. Não devemos olhar o lado fraco de Jacó, mas tomar como exemplo as coisas espirituais.

Há pessoas que são frívolas nas coisas espirituais, que não se interessam em recebê-las, tais como batismo com o Espírito Santo, dons espirituais, vida consagradas, At 1.8; 19.2, 6; 1 Ts 4.4.

Feliz o cristão que busca com zelo as coisas do reino de Deus, Mt 6.33. Devemos procurar e buscar zelosamente as coisas de Deus, 1 Co 12.31.

Jacó, preparando um prato saboroso do dia, tinha, porém, o seu pensamento voltado para as coisas de Deus: "Como adquirir o direito de primogenitura..."

O cristão deve pensar nas coisas de cima, dos céus, a todo instante, Cl 3.1. Entretanto, não deve ser egoísta. Não devemos nos aproveitar das fraquezas de um irmão para nos apoderarmos de seus bens, quer materiais ou espirituais, com o interesse de "ajudar" o irmão.

Há muitos anos, um irmão chegou na casa de um Pastor com uma máquina de costura da esposa a fim de arranjar um dinheiro emprestado. O referido Pastou arranjou o dinheiro e lhe devolveu o objeto, para seu uso de trabalho, pois aquilo era o seu "ganha-pão", Dt 24.11-13. Assim deve proceder um Cristão dentro da revelação divina.

Naquele dia Esaú estava enfraquecido pelo desespero da fome, era então o tempo oportuno para Jacó alcançar a vitória dele pela fé. Davi teve muitas oportunidades para vencer Saul pelo poder do braço carnal, mas não o fez; entregou-se nas mãos do Senhor e a vitória veio no tempo certo, 1 Sm 26.10-12.

QUINTA, 18 - LEITURA: Jo 15.1-7

IV. A VIDA ESPIRITUAL EM JOGO. Gn 25.31, 32.

Chegou a hora fatal para Esaú, enfraquecido pela fome, nada para ele valia senão um prato de comida. O Deus de Esaú era o ventre, Fp 3.19.

Para muitas pessoas a sua religião é de alegria carnal.

Chegou o momento da prova diante de Deus, quem seria realmente o sucessor patriarcal? Para Isaque era Esaú, o predileto, forte, caçador e o primeiro a nascer. Mas Esaú era profano, isto é, sem as condições espirituais da fé, Hb 12.16.

Alguém disse que as promessas de Deus exaradas na Bíblia, são cerca de 30 mil, e todas se recebem pela oração da fé, Hb 11.21; Jo 14.14; 2 Co 13.5; estar firme na fé, é ter um crédito de confiança na Palavra de Deus, Jo 15.7.

Isso, Esaú não possuía, mas sim, Jacó.

SEXTA, 19 - LEITURA:  Hb 3.12-15

V. UM DIREITO SAGRADO DESPREZADO

Aqui está o fim de uma vida em flor, para receber a bênção final.

A coisa pior na vida é perder, seja o que for mas, especialmente as coisas espirituais. Judas Iscariotes por causa de 30 moedas perdeu a vida eterna, Jo 17.12; At 1.17, 18.

Paulo fala de alguns que naufragaram na fé e perderam o direito da salvação, 1 Tm 1. 19, 20.

Esaú desprezou pela frivolidade e perdeu o direito de herança de família espiritual, perdeu tudo, enfim.

SÁBADO, 20 - LEITURA: Hb 12.16-17.

VI. QUAIS SÃO OS RESULTADOS DA FALTA DE FÉ?

É realmente uma terrível pergunta para os nossos dias.

O autor aos Hebreus, segundo o texto acima, revela os resultados de uma semeadura na carnalidade. 

Esaú, ao vender e desprezar os direitos espirituais de sua primogenitura, julgou que aquilo de nada lhe valia. "Para que me serviria logo a primogenitura? Gn 25.32. Ele (Esaú) comeu e bebeu, levantou-se e saiu, Gn 25.34.

Naturalmente, saiu para folgar, com a "barriga cheia", mas a alma vazia.

Eis o fim de uma carreira sem fé e indisciplinada

Quando desejava herdar a bênção não encontrou lugar de arrependimento, foi rejeitado, porque o Espírito santão não pôde operar em sua vida. 

Davi orou com insistência: não retires de mim o teu Espírito santo, Sl 51.11. Somente o Espírito Santo pode levar o homem ao arrependimento espiritual, Jo 16.8.

Esaú se perdeu por ter um coração duro e infiel, Hb 3.12.

QUESTIONÁRIO

1. Que significa primogenitura?
2. Quais são os direitos de primogenitura?
3. Por que Jacó herdou a primogenitura?
4. Por que Esaú perdeu o direito de primogenitura?
5. Quais os resultados de faltar fé?
6. Por que Esaú se perdeu?
_______


Lições Bíblicas - Jovens e Adultos - para escolas dominicais e cultos domésticos. 1º trimestre de 1976.

Comentarista Pastor João de Oliveira.

Lição 12: A primogenitura, um direito sagrado (Página 56. Conteúdo apresentado às classes em 21 de março de 1976).

Editora: Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).

quarta-feira, 6 de março de 2019

João 3.8 - O vento sopra onde quer


A História de Jacó - o ensopado de lentilhas e a transferência da primogenitura

Por Eliseu Antonio Gomes

Na sua velhice, Abraão pediu ao seu servo mais antigo que procurasse uma esposa para seu filho Isaque. O servo encontrou Rebeca, filha de Betuel, que por sua vez era sobrinho de Abraão. Rebeca saciou a sede dos camelos do servo de Abraão, sem saber que a atitude de dar água aos animais era resposta de oração à confirmação divina que era ela a pessoa escolhida por Deus para casar-se com Isaque Posteriormente ela foi enviada a Isaque, que estava na idade de quarenta anos quando eles se casaram. Por vinte anos Isaque e Rebeca não tiveram filhos. Isaque sabia tudo sobre a promessa de Deus de abençoar sua família e fazer dela uma grande nação. Então, pediu a Deus que lhes desse um filho. Logo, Rebeca descobriu através da predição de Deus que estava grávida, mas de dois bebês, e que ambos teriam destinos divergentes (Gênesis 25.20-26). Os gêmeos nasceram, primeiro Esaú; depois de alguns minutos Jacó veio à luz. agarrado firmemente aos calcanhar do irmão.

As crianças cresceram. O começo de uma tribulação familiar é avistado desde Gênesis 25.28. Rebeca amava mais a Jacó, que gostava de ficar na tenda em companhia da mãe, enquanto Isaque amava mais a Esaú, que frequentemente ia para o campo, para caçar animais selvagens. O resultado de tal favoritismo foi a desavença familiar entre os irmãos.

Comparando os dois filhos

Os gêmeos eram netos de Abraão pelo laço sanguíneo paterno, e de Betuel por parte da mãe; e sobrinhos de Labão.

Jacó

Jacó, cujo nome em hebraico significa "suplantador", "enganador", "o que segura o calcanhar", indicando o fato de haver segurado o calcanhar de Esaú ao nascer. O significado deste nome também aponta, figurativamente, para o seu caráter de pessoa dissimulada. Tornou-se conhecido como Israel depois de lutar com Deus em Peniel.

Era o filho favorito de sua mãe. Apesar de sua ambição desmedida, era perseverante e tinha compreensão espiritual, exibida nas experiências em Betel (Gênesis 28.10-13) e em Peniel (Gênesis 32.22-32). Mas pelo fato de não colocar a sua vida inteiramente nas mãos do Todo Poderoso, para que nela se operasse a perfeita e sublime vontade divina, sofreu muito.

Casou-se com Lia e Raquel. Além delas, teve filhos com Bila, serva de Raquel, e Zipa, serva de Lia. Foi pai de Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim (os patriarcas das doze tribos da nação de Israel), e de uma filha chamada Diná. Seu filho favorito era José, o que causou brigas em família. Jacó abençoou os filhos de José e seus próprios filhos antes de morrer. Seu corpo foi embalsamado por médicos egípcios e o luto por seu falecimento durou 70 dias. José dedicou uma semana à mais de luto por seu pai próximo ao Jordão. Jacó foi sepultado no campo de Macpela, próximo a Manre, onde também estavam os restos mortais de Abraão, Sara, Isaque, Rebeca e Lia.

Por toda a Bíblia, Jacó é mencionado juntamente com Abraão e Isaque como um dos patriarcas da fé, o pai de todo o povo israelita.

Esaú 

Primogênito dos gêmeos, seu nome significa peludo, é descrito como peludo e vermelho (também é chamado de Edom, que significa vermelho).

Era o filho favorito de seu pai. Caçador habilidoso, Esaú gostava do campo, da vida ao ar livre, das iguarias; pois a sua vida era dominada pelos apetites e paixões sensuais. Com essa índole, era-lhe impossível avaliar devidamente as bênçãos e as promessas concedidas a Abraão e Isaque. Foi capaz de trocar o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas quando estava com fome. Devido a cor avermelhada da comida, pela qual ele trocou seu direito de primogenitura, passou a ser chamado também de Edom, que significa em hebraico "vermelho" (Gênesis 25.30 - 36.1).

Quando Isaque morreu, Esaú decidiu habitar em Seir, país dos horeus, povo idólatra, A extensão territorial de Seir localiza-se ao sul do abrangia ao mar Morto, no meio de um arenito avermelhado de um vale tectônico, ao mar Vermelho, limitado do oriente pelo deserto da Arábia, sendo a sua fronteira ocidental vizinha de Judá, território estreito e montanhoso, com 160 km de comprimento por 32 de largura, sendo a altura média acima do nível do mar uns 600 metros (Gênesis 14.6; Números 24.18; Ezequiel 25.8).

A linhagem de Esaú

Tanto Isaque como Rebeca ficaram entristecidos com o fato de Esaú ter se casado com moças estrangeiras. Esaú casou-se com Judite e Basemate, duas moças heteias que amarguram a vida de seus pais (Gênesis 26.34-35). Além de Ada e Oolibama, mulheres cananeias (Gênesis 36.2), Foi pai de Elifaz, Reul, Jeús, Jalão e Corá. A descendência de Esaú estabeleceu morada na região que veio a ser conhecida como Terra de Edom (Gênesis 36.16) ou Idumeia (Isaías 34.5-6), lugar montanhoso entre o Mar Morto e o Golfo de Acabá, estendendo-se para a Arábia Petreia. Petra era a sua cidade principal, conhecida também como Sela.

A descendência de Esaú era gente guerreira, fez de Seir a sua pátria, afugentou os horeus da região e habitou nas cavernas que outrora eles habitavam, e assim a região passou a ser reconhecida como a nação Edom ou Idumeia (Gênesis 36.1+19; Deuteronômio 2.12; Jeremias 49.16). Os edomitas, também chamados de idumeus, frequentemente hostilizavam os israelitas, proibiram que passassem por dentro de seu território quando estes peregrinavam pelo deserto após serem liberto da escravidão no Egito. Foram descritos como portadores de ódio contra os israelitas (Números 20.14-21 e 21.4; Ezequiel 25.12). Saul guerreou contra eles; Davi os venceu em uma batalha sangrenta e os obrigou a pagar tributos, a tributação durou até o reinado de Josafá (1 Samuel 14;47; 2 Samuel 8.14; 1 Reis 22.47). Também conheceu a derrota de guerra através do exército de Amazias (2 Crônicas 25.11-12). Finalmente, foram subjugados pelos assírios e, como nação, desapareceram.

A cruel hostilidade dos edomitas contra os israelitas trouxe sobre eles a justiça anunciada pelos profetas. Suas terras, outrora muito férteis, e de grande importância comercial, tornaram-se infrutíferas; as caravanas ali cessaram de negociar. Edom se tornou uma região desértica, composta de cidades e fortificações esfaceladas, restos de muralhas e estradas empedradas (2 Crônicas 28.17; Isaías 34.5-15; 63.1-6; Jeremias 49.7-12; Lamentações 25.14; Joel 3.19; Amós 1.11-12).

A principal fortaleza de Edom ou Idumeia era Petra (Sela), maravilhoso e inexpugnável lugar, talhado na rocha.

A primogenitura

Primogênito é o termo que faz referência ao filho mais velho de um matrimônio. O vocábulo "bêth' abh" (casa paterna) reflete o fato que no antigo Israel a herança era normalmente passada para a linhagem masculina. 

O patriarca tinha autoridade sobre toda a casa, incluindo filhos, filhos adotivos, filhas solteiras e netos. Com a morte do patriarca, a primogenitura determinava que o filho primogênito recebesse vantagens especiais na partilha da herança, uma dupla porção da propriedade e porção dobrada dos bens da família (Gênesis 25.5, 31; Deuteronômio 21.15-17). Além disso, o primogênito obtinha autoridade absoluta para exercer o papel de liderança no núcleo familiar. Assim a linhagem paterna da família continuava através dele. Consequentemente, o primogênito tinha além dos privilégios responsabilidade singular, tanto na esfera civil quanto na espiritual.

Também, a lei da primogenitura previa que, em circunstâncias normais o irmão mais jovem de dois filhos poderia ser subserviente ao mais velho (Gênesis 25.23). Mas antes que os bebês nascessem, Deus disse a Rebeca que, na sua gestação, o mais novo iria se tornar o cabeça, que por meio dele, as promessas de Deus a Abraão iriam se cumprir.

É importante lembrar que a inversão de idade nesta situação da bênção da primogenitura não é exclusiva aos irmãos Jacó e Esaú.

Quando Jacó, então Israel, já era avançado em idade, negou-se a abençoar Rúben em reação ao seu ato impetuoso de contaminar o seu leito ao se deitar com Bila, a sua concubina; o direito de primogênito foi transferido para José (Gênesis 35.22; Números 32.1-33; 1 Crônicas 5.1-2).

Vejamos outra circunstância excepcional. Se uma concubina gerasse o primeiro filho, o direito prioritário de receber a bênção poderia ser desconsiderado, caso a esposa gerasse um filho mais tarde, essa situação ocorreu no caso de Isaque e Ismael.

Assim como na era dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, na dispensação da Lei de Moisés, o primeiro filho do casal era consagrado ao Senhor (Êxodo 22.29). A Lei mosaica não permitia ao patriarca agir arbitrariamente ao conceder o direito de primeiro filho; o mais velho deveria ser o beneficiado, mesmo que abençoá-lo dessa forma não fosse a sua vontade (Deuteronômio 21.15-17). E além disso, o filho mais velho devia ser remido por meio de uma oferta de valor de até cinco ciclos, dentro de um mês desde o seu nascimento e era lhe dada uma porção dobrada da herança que lhe cabia. E entre a realeza, o primeiro filho tinha a prioridade sobre os demais irmãos como sucessor natural ao trono (2 Crônicas 21.3).

A troca da primogenitura pela sopa de lentilhas

Apesar de todo o conteúdo bíblico nos fazer saber que eram diversas as prerrogativas que o primogênito possuía, Esaú um determinado dia chegou em casa sentindo muita fome. Um cheiro apetitoso enchia a tenda, pois Jacó preparava uma sopa. Esaú pediu uma porção, Jacó pensou rapidamente em negociar o prato, e propôs uma troca com o direito dele de receber a primogenitura. E Esaú aceitou a proposta. Assim, Jacó entregou-lhe um prato fumegante, que em atitude profana e inconsequente ele bebeu vorazmente, e em seguida saiu sem pensar que acabara de cometer um sacrilégio.

A trapaça

Rebeca havia contado a Jacó sobre a mensagem de Deus anterior ao nascimento dele e de seu irmão. sobre a transferência da bênção da primogenitura, que o beneficiaria. E Jacó pensava em receber a primogenitura com frequência. 

Por ser o filho favorito de sua mãe, foi ajudado por ela a enganar seu pai para conseguir conquistar a bênção reservada ao primogênito Esaú. 

Em determinado momento, Isaque, já velho e com grave problema de visão, recolheu-se ao seu leito esperando a morte, e chamou Esaú para pedir-lhe que fosse ao campo caçar um cervo e preparar uma guisado. Não havia nada de que Isaque gostasse mais do que o delicioso guisado de veado que Esaú cozinhava. E Esaú saiu à caça, sem se lembrar que havia perdido o direito de ser o cabeça da família quando o trocou por uma porção de comida de lentilhas. 

Rebeca ouviu a conversa, ela sabia que para Jacó vir a ser o cabeça da família, ele deveria receber a bênção especial proferida por Isaque. Então, astuciosamente ela arquitetou o plano para Jacó enganar seu marido, pediu-lhe que pegasse dois cabritos do rebanho da casa e trouxesse-os para que os cozinhasse. Quando os elementos estavam cozidos, recomendou-lhe que fingisse ser Esaú ao levar o prato ao pai, A estratégia de fingimento se consistia em vestir as roupas de Esaú, para que Isaque sentisse o cheiro dele, colocasse peles de cabrito ao redor dos braços e ao redor do pescoço, porque Esaú era peludo e Jacó não. 

Impulsionado por ambição e egoísmo, contando com a indecente cumplicidade de sua mãe, Jacó aproximou-se de seu pai com o delicioso ensopado. Isaque perguntou quem ele era e ele mentiu dizendo que era o seu irmão gêmeo, seu pai estranhou sua voz e apalpou seus braços cobertos com as peles dos animais sacrificados. Confundindo-se sobre a identidade, Isaque ingeriu a refeição toda e ao terminá-la deu-lhe solenemente a bênção que lhe permitia ser o novo patriarca da família. Ao ser portador do benefício que via de regra era reservado aos primogênitos, retirou-se do local. Logo a seguir Esaú chegou trazendo a caça. Horrorizado, Isaque percebeu que havia sido vítima de uma mentira, contou a Esaú que Jacó obtivera a primogenitura em seu lugar usando a hedionda tergiversação. Ao saber, o filho mais velho chorou desapontado e o desapontamento não demorou a se transformar em ira, e irado jurou que mataria o seu irmão. 

Rebeca ouviu a ameaça e se preocupou com a segurança do seu filho predileto. Algum tempo depois ela conversou com Isaque, sugerindo a ele que permitisse que Jacó viajasse à Padã-Arã, fosse para a casa de seus pais em busca de uma esposa entre os seus parentes, uma mulher que não fosse cananeia. Isaque o deixou partir, e Jacó saiu em longa viagem à Padã-Arã, onde residiam Betuel, o pai de Rebeca, e também Labão, o irmão dela.

Rebeca errou ao ser precipitada, deveria ser paciente e aguardar que Deus agisse conforme os seus desígnios para os seus dois filhos. Aparentemente.ela não viu mais a Jacó depois que ele seguiu em viagem. Ao falecer, foi sepultada no túmulo da família, adquirido por Abraão.

Sobre Padã-Arã

As Escrituras apresentam uma pessoa chamada Arã (em hebraico "serraria"), irmão de Abraão do qual descendem os sírios, ou arameus. Há também nas Escrituras outro homem chamado Arã, que foi filho de Sem, neto de Noé.

Naor, homem idólatra, casou-se com sua sobrinha Milca, filha deste Arã parente de Abraão (Gênesis 11.26, 27, 29; Gênesis 31.53; Josué 24.2). Após casar-se, viajou para uma localidade chamada cidade de Naor (Gênesis 24.10; 27.43) e ali se tornou o progenitor das doze cidades aramaicas que são alistadas em Gênesis 22.20-24).

No Antigo Testamento, Arã é o título que indica a Mesopotâmia e a Síria, às vezes usado só para a Síria. O povo de Arã ocupava uma parte da Mesopotâmia superior, conhecido como Arã-Naaraim (Arã dos dois rios) e Padã-Arã (planície de Arã). Temos narrativas bíblicas nomeando mais pontos geográficos da localidade: Gesur, região conquistada por Jair (Deuteronômios 3.14); Arã-Maaca (1 Crônicas 19.6); Arã-Bete-Reobe (2 Samuel 10.6) etc.

O aramaico era a língua do povo de Arã e se dividia em dois dialetos, o do nordeste, que era falado na Mesopotâmia, e o do sudeste, chamado também de idioma caldeu. As passagens bíblicas Daniel 2.4; 7.28; e Esdras capítulos 4 ao 7.12-26 foram escritas em aramaico. Na Asia ocidental, este idioma era usado pelo comercio, como hoje o inglês está difundido.

O Novo Testamento usa Esaú como exemplo para advertir o povo de Deus sobre as consequências a longo prazo de decisões precipitadas que demonstram desprezo às bênçãos do Senhor, é usado como comparação de pessoas que desprezam o plano redentor que Deus oferece através do sacrifício vicário de Cristo (Romanos 9.10-13; Hebreus 11.20; 12.16-17).

O início da fuga de Jacó à Padã-Arã

Por causa dos planos humanos, Jacó foi obrigado a fugir de casa, ir para o lar de seu tio Labão, que o tratou com astúcia igual a sua própria. Entretanto, no serviço para Labão, Jacó tornou-se rico e Léia e Raquel, filhas de Labão, tornaram-se suas esposas. Na sua volta de Padã-Arã para Canaã, após a luta misteriosa na escuridão da noite, à beira do rio Jaboque, o Todo Poderoso mudou-lhe o nome para Israel (Gênesis 32.28), nome este, expressivo do novo homem, pois ninguém pode passar a noite com Deus sem experimentar uma transformação espiritual. Após tal experiência sobrenatural, vários anos se passaram e ele teve a oportunidade para reconciliar-se com seu irmão Esaú. 

Conclusão

Hebreus 12.15-17 traz ao crente um alerta, usando como exemplo o caso de Esaú. Seu interesse ímpio ou secular levou-o a uma condição desesperada. Ele trocou o bem-estar espiritual por uma momentânea gratificação carnal. Os crentes podem, pela descrença e pecado carnal perder o seu acesso a Deus por meio de Jesus Cristo quanto às promessas de bênção nEle. O chamado do crente é à busca da paz no sentido de segui-la constante e diligentemente (Salmos 34.14) e também é a busca da santidade. Os crentes devem viver a santificação presente, esforçando-se para viver separados do pecado, esforçando-se para não perder sua posição em Cristo, através da submissão ao Espírito Santo (Romanos 6.11-12).

E.A.G.

Compilação:

Bíblia de Estudo Arqueológica NVI, páginas 41 a 43, 3ª reimpressão agosto de 2014, São Paulo /SP (Editora Vida).

Conciso Dicionário Bíblico (Ilustrado). Por diversos autores americanos e ingleses. Traduzido e ampliado por D. Ana e Dr. S. l. Watson, Rio de Janeiro / RJ (Edição da Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira (JUERP) páginas 256, 271 e 272). Anexo da Bíblia Sagrada 5ª edição, 2005, Santo André SP (Geográfica Editora).

Manual Bíblico Unger, Merril Frederick Unger com revisão de Gary N. Larson, página 630, edição 2006, reimpressão 2008, São Paulo/SP (Editora Vida Nova).

Quem é Quem na Bíblia, Martin H. Manser e Debra K. Reid, páginas 22, 23, 1ª edição 2013, Barueri / SP, Sociedade Bíblica do Brasil / SBB).

terça-feira, 5 de março de 2019

Gaviões da Fiel decepciona ao mostrar figuração de Jesus e Satanás

MMA - Jesus versus Satanás?
Desenho de 2018 não condiz com o Cristo
manso e humilde das Escrituras Sagradas.
  
O Jesus Cristo dos carnavalescos da Gaviões da Fiel não existe. 

No domingo passado, uma escola de samba de São Paulo entrou na passarela do Sambódromo demonstrando falta de inspiração. Com um enredo velho, que já usou em carnaval de 1994, quis aparecer produzindo polêmica. Trouxe em sua apresentação pessoas usando trajes representando demônios e alguém que lembrava a figura do Jesus mostrado nos filmes de Hollywood. Esses personagens brigavam entre si e a figura de Jesus perdia a batalha.

Não tomei conhecimento desse teatro por transmissão de televisão. Meu televisor permanece desligado nesses dias de carnaval, resolvi desligá-lo porque vi que até canal exclusivo ao noticiário estava descolado da sua função, exibia desfile. Liguei o rádio. Eu recebi ontem a informação via WhatsApp de uma das minhas filhas, e por portais de notícia na internet - que li de relance, só a manchete, não li a matéria.

O teatro que a escola de samba criou não é coisa para o cristão se enraivecer. Como cristão, eu não me importei nada com isso, porque eu nada tenho a ver com isso. Estou inocente.

Os produtores disso devem ser ateus com carência de atenção. Está claro que essa bobeira é motivada por quem sente enorme vontade de aparecer - e aparecerá em alguns programas tupiniquins, programas genéricos da Oprah Winfred, mas no restante dos meses desse ano voltará ao ostracismo que tanto detesta.

Esta atitude revela falta de talento para a arte com A maiúsculo, tal criatividade é oca e inexpressiva. A verdadeira arte é aquela que conquista a todos, quando não consegue ser agradável para as maiorias é sinal de que é criação medíocre ou abaixo da linha da mediocridade. E estes costumam consolar a si mesmos com a ladainha "sou incompreendido". Talvez, leve nota 10 dos jurados ao fim do concurso, se acontecer não significará talento verdadeiro, será a reação de um grupo defendendo o seu quintal comunitário.

Coitados dos responsáveis por essa teatralização, porque na Lei da Semeadura quem planta capim não colhe arroz e feijão, perde a capacidade de colocar carne no prato e deixa de apreciar uma boa sobremesa. Não sabemos quando chega a resposta divina aos atos inconsequentes e nem quanto tempo durará essas consequências. Mas a resposta sempre chega. Não existe um padrão definido, porém, é um fato inegável que os maus não recebem colheitas boas.

O cristão não precisa se importar com mais essa afronta contra Jesus Cristo. Sim, o afrontado é o Filho de Deus, não somos nós, os cristãos. Coisas assim fazem a Igreja crescer mais, provoca um crescimento muito mais rápido do que nos tempos de calmaria, provocações assim - e outras piores - tornam a Igreja mais forte do que já é. 

Alguém se esqueceu das afrontas que aparvalhados fizeram na Avenida Paulista, ofendendo a crença católica? E depois não viram que os grupos petista, marxista, ateísta perderam espaço na vida política? Esquerdistas no poder abriram os cofres do governo para patrocinar ongs criadoras de temáticas anticristãs e agora estão bem longe  poder e de cofres públicos. Alguns estão atrás das grades e outros com tornozeleiras eletrônicas e outros tentaram se reeleger e foram derrotados nas urnas. Pois é, prestem atenção agora, observem o que ocorrerá com este grupo que promoveu este escárnio, porque todo aquele que se exalta contra Deus acaba humilhado. 

O cristão não precisa cerrar seu punho contra essa gente, não é necessário irar-se. Esta causa é de Deus e Ele é extremamente justo com todos e em todas as situações. O que tem que ser, será, e ninguém impedirá que aconteça.

Não convém desejar má-sorte para eles. Cabe a mim e a você falar do amor de Deus para essa gente. Ser um profeta como foi Jonas aos ouvidos dos ninivitas, e jamais se recusar a anunciar o plano da salvação aos pecadores. Deus os ama e quer vê-los livres das algemas de Satanás. Oremos para que seus olhos se abram e se convertam ao Senhor, antes que seja tarde demais para eles.

E.A.G.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Bushmen, o homem primata de Botsuwana - África


Os bushmen são considerados os homens mais antigos do planeta. É dito que eles vivem da mesma forma há mais de cinquenta mil anos. Demonstram saber tudo sobre o meio ambiente. Têm uma ciência impressionante das plantas, dos animais, da chuva e do vento. São os últimos caçadores e coletores de alimentos, pegam suas presas munidos de instinto e um prosaico bastão.

A imagem exposta nesta postagem faz parte da coleção de fotografias do fotógrafo profissional Sebastião Salgado, projeto intitulado Gênesis. A cena capturada ocorreu em 2008 durante sua viagem, entre 2004 e 2012, quando percorreu cinco continentes e mais de trinta países em busca de formas de vidas primitivas.

E.A.G.

domingo, 3 de março de 2019

Quem é a mulher que causou escândalo ao comemorar a morte do neto de Lula?

Em 1º de março, o neto de Luis Inácio Lula da Silva, o ex-presidente, condenado por corrupção e preso numa cela da Polícia Federal em Curitiba, faleceu vítima de meningite meningocócica

O garoto se chamava Arthur Araujo Lima e Silva, tinha apenas  apenas 8 anos de idade. Ele  deu entrada no Hospital Bartira em Santo André pela manhã e faleceu às 12h11. Seus pais eram Sandro Luiz Lula da Silva, filho do ex-presidente com a ex-primeira dama, e Marlene Araujo Lula da Silva, a nora.

O nome da blogueira que escandalizou muita gente ao comemorar a morte do garoto numa rede social é Alessandra Strutzel. Na mesma sexta-feira que ocorreu o óbito, ela escreveu assim:
"Pelo menos uma notícia boa". Junto com a frase, ela inseriu emojis de um coração e de uma carinha amarela sorrindo.
Agindo com essa aparente frieza emocional, ela deixou muitos internautas aturdidos, e muito mais ainda as pessoas que a conhecem socialmente.  E, consequentemente, a atitude aguçou a curiosidade de todos, que quiseram saber quem era a Alessandra, a mulher que considerou que a morte de uma criança, pelo fato de ele ter parentesco com um político corrupto e apenado, pode ser motivo para festejar. 

Após a grande repercussão que sua postagem causou, Alessandra tentou retocar a sua imagem arranhada perante o público. Escreveu uma explicação e pedido de desculpas.
"Espero que me desculpem. Quero que todos saibam que jamais iria comemorar a morte de uma pessoa, muito menos a morte de uma criança. Com a postagem que fiz, eu só queria saber como as pessoas reagiriam. mas agora eu sei que eu fiz isso de uma maneira muito infeliz. Fico contente que a reação tenha sido negativa, porque isso mostra que as pessoas não perderam a sensibilidade. Mas fico triste porque mesmo as pessoas que me conhecem tenham achado de verdade que eu seria capaz de um mal sentimento."
Essas palavras foram recebidas com desconfiança. Não demorou a aparecer prints de outras mensagens de Alessandra, que ela havia apagado.

Internauta: Qual é a notícia boa?

Alessandra: Um FDP a menos kkkkk.

Internauta: Acho que você não entendeu, quem morreu foi o neto, uma criança de sete anos.

Alessandra: Entendi, sim. Pense, iria crescer com o exemplo do avô, um FDP a menos para roubar o nosso país.

Conclusão

Quando eu soube dessa situação, o primeiro pensamento que veio em mente foi que a frase deveria ser a manifestação de alguém com traços de psicopatia, pois os psicopatas não conseguem sustentar sentimentos de empatia, afetividade, estima. Mas quem sou eu para afirmar que a Alessandra é aparvalhada? Não sou psiquiatra, não tenho autoridade alguma para diagnosticar o estado de saúde da cabecinha dessa mulher.  

A internet é uma rede pública cuja manifestação se alastra rapidamente por todos os cantos e deixa rastros que não desaparecem, embora sejam postos fora de visualização. Provavelmente, este ato inacreditável de Alessandra gere contra ela um processo judicial, porque não mediu o peso de suas palavras ao digitá-las, causou mais dor nos familiares de Arthur. Ela merece ser processada pela justiça institucionalizada.

Eu não apoio a atitude desta blogueira, e nem qualquer outra atitude parecida. O crente consciente sobre a vontade de Deus sabe que a orientação bíblica que recebemos diz que precisamos nos alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram (Romanos 12.15). É claro, precisamos considerar que ninguém é perfeito. Se nós passarmos a dizer que a Alessandra é um animal por causa da coisa nefasta que fez, ação injustificável e inaceitável, estaremos indiretamente exigindo a sua perfeição. E ninguém é perfeito. Seremos julgados com a mesma disposição que julgamos e condenamos o próximo (Mateus 7.1).

E.A.G.

sábado, 2 de março de 2019

Querem proibir crianças cantarem o Hino Nacional nas escolas? Por quê?




O MEC (Ministério da Educação) na segunda-feira de 25 de fevereiro, enviou um e-mail para todas as escolas públicas e particulares do País. Tratava-se de um comunicado do ministro Ricardo Vélez Rodríguez  orientando que, no primeiro dia de aula deste ano uma mensagem anexada seja lida por um "representante da escola". Pede que professores e alunos sejam perfilados diante da bandeira do Brasil para a execução do Hino Nacional. O ministério ainda especifica que os vídeos contendo o ato gravado sejam enviados à assessoria de imprensa da pasta ou à Secretaria de Comunicação da Presidência da República, identificando o nome da escola e números de alunos, professores e funcionários. A correspondência termina com o lema da campanha de Jair Bolsonaro: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".

No email está escrito o seguinte: “Prezados Diretores, pedimos que, no primeiro dia da volta às aulas, seja lida a carta que segue em anexo nesta mensagem, de autoria do Ministro da Educação, Professor Ricardo Vélez Rodríguez, para professores, alunos e demais funcionários da escola, com todos perfilados diante da bandeira do Brasil (se houver) e que seja executado o hino nacional” Em outro trecho diz o texto do email: “Solicita-se, por último, que um representante da escola filme (pode ser com celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do hino nacional. E que, em seguida, envie o arquivo de vídeo (em tamanho menor do que 25 MB) com os dados da escola".

Segundo matéria do Estadão, diretores de escolas ficaram surpreendidos com conteúdo da carta, e chocou os pais dos alunos porque pede para que as crianças sejam filmadas. Muitos chegaram a pensar que se tratava de fake news ou vírus em enviado por email.

Anexada ao email, o MEC enviou uma carta assinada pelo ministro, que, segundo a recomendação, deveria ser lida aos estudantes. Procurada, a assessoria de imprensa do ministério informou que a carta é apenas uma recomendação e não uma ordem. Em nota divulgada depois que a reportagem do Estado já havia sido publicada, informou que o governo solicitaria autorização legal da pessoa filmada ou de seu responsável “antes de qualquer divulgação”. A pasta disse que atividade faz parte da “política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.”

No dia seguinte (terça, 26), Rodríguez declarou que errou ao pedir que as escolas filmassem as crianças cantando o Hino Nacional, sem a autorização dos pais. "Eu percebi o erro, tirei essa frase, tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais. Evidentemente, se alguma coisa for publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais", afirmou.

Ainda no dia 26, o  ministro fez uma declaração no Senado após se reunir com o presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Em seguida, participou de uma audiência na Comissão de Educação para apresentar aos senadores as diretrizes e os programas prioritários da pasta. Durante a audiência, Vélez foi questionado por senadores sobre o conteúdo da carta enviada às escolas e repetiu que se tratou de um erro. “Cantar o Hino Nacional não é constrangimento, não. É amor à pátria”, disse. E acrescentou: “O slogan de campanha foi um erro. Já tirei, reconheci, foi um engano, tirei imediatamente. E quanto à filmagem, só será divulgada com autorização da família”.

Quatro depoimentos coletados em meu perfil no Facebook:

Cantar o Hino Nacional é atitude louvável, mas ter a imagem deste momento nas mãos do governo é estranho, disse a mim um determinado pai, que se prestou ao papel de cabo eleitoral de Jair Bolsonaro em redes sociais durante a campanha eleitoral. "Além disso, falar 'Brasil acima de tudo e Deus acima de todosé bem sinistro. Sei que você vai dizer que as "sugestões" foram canceladas, porém, o simples fato disso ter sido cogitado já é bem assustador", complementou ele.

Uma simpatizante de Bolsonaro comentou a situação desse modo: "Concordo em 90% com o novo governo e não me arrependo do meu voto. Pois é, eu cantei, e não me causou nenhum trauma de infância, ao contrário, havia respeito entre alunos e professores, aprendi a cantar o hino com a letra inteira decorada, havia patriotismo, lindo patriotismo! Dou parabéns ao ministro Ricardo Velez Rodriguez.

Palavras recheadas de nostalgia: "Cantamos o Hino Nacional com bandeira hasteada! Lamento não ter filmagem para relembrar aqueles ótimos momentos e mostrar para meus filhos e netos.  Todos apreciariam muito se eu tivesse o registro."

Mais um testemunho nostálgico: "Tenho boas lembranças. Não existia celular, não tínhamos internet. Cantávamos o Hino Nacional e depois o diretor escolhia um aluno para levar a bandeira e colocá-la sobre uma mesa. Era muito bonito."


Opinião deste blogueiro.

O fato de cantar o Hino Nacional é apenas um dos fatores que levará a criança a ter senso cívico e de cidadania. Eu não acredito que incentivar as crianças a cantarem resolverá todos os problemas da sociedade atabalhoada em que vivemos. E, sabemos bem, o propósito do ministro Ricardo Vélez Rodríguez não é resolver tudo de uma vez só e sozinho. Quem ainda não assistiu ou leu sobre alunos espancando professores? A iniciativa do ministro é apenas uma proposta que serve como uma peça, de muitas peças de encaixe que faltam, no grande quebra-cabeça que precisamos montar. 

Infelizmente, o que eu percebo, e pode ser percepção equivocada, é que a maior parte da criançada que está nascendo hoje em dia, nasce em lares desestruturados, cujos pais são filhos de pais que tiveram lares desestruturados também. Acompanhe meu raciocínio. Como uma mãe terá condições para oferecer em seu lar educação de boa qualidade para seus filhos, se ela mesma não recebeu educação boa quando era criança? Como um pai será exemplo de gente de bem, se os seus pais não foram exemplo positivo neste aspecto? E se em uma família tanto o marido quanto a mulher vieram de famílias abaladas, há aí o encontro do fósforo aceso e a gasolina. É assim, com exemplos pobres dentro das casas, que o mundo está se deteriorando Então, que ao menos nas redes escolares volte a ser lecionado a matéria Educação Moral e Cívica, para que as famílias brasileiras de hoje recebam ajuda e as crianças do nosso tempo passem a entender o valor do bom comportamento e do amor ao país. Não será a solução para tudo, mas não fará mal para ninguém.

Eu gostaria que as matérias de moral e cívica voltassem ao currículo escolar, e cantar o Hino Nacional faz parte disso. É importante educar as crianças colocando nelas o sendo de patriotismo e o que representa ser um bom cidadão brasileiro.

E.A.G.

Informações extraídas de:

G1 - Ministro diz que errou ao pedir filmagem de crianças cantando hino sem permissão dos pais. Por
 Fernanda Calgaro /  Brasília 26 de fevereiro de 2019, 11h27.  https:// glo.bo/ 2EdFRRd
UOL via BOL - MEC pede Hino Nacional e leitura de lema eleitoral de Bolsonaro em escolas. Por Ana Carla Bermúdez e Bernardo Barbosa / São Paulo 25 de fevereiro de 2019, 18h26 com atualização às 23h07 na mesta data.  https:// bit.ly/ 2SFjnOe
Estadão. MEC manda email para escolas pedindo que cantem o hino e leiam slogan da campanha. Por Renata Cafardo 25 de fevereiro de 2019 às 17h22. https:// bit.ly/ 2BUswgj

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A Mulher Vestida de Sol e o Dragão Vermelho - Escatologia: Acontecimentos Futuros no Plano da Redenção


No livro de Apocalipse, capítulo 1 e versículo.2, encontramos a divisão que está contida nele próprio. "As coisas que tens visto", referem-se ao passado (capítulo 1); "as que são" aludem aos dias que o apóstolo João estava vivendo (capítulos 2 e 3); e "as que depois destas hão de acontecer", apontam ao futuro (capítulos 4 ao 22).

No final do capítulo 10, vemos que foi dito a João para profetizar sobre muitos povos, nações, línguas e reis. O capítulo 11 deu início a esta profecia, que tem continuidade no capítulo 12. Ao ler o décimo segundo capítulo, aprendemos mais sobre Israel, Jesus, o Dragão, o arcanjo Miguel e os habitantes da terra. Nesta leitura, abrimos mais os nossos olhos para a realidade espiritual, pois o texto narra a grande batalha entre o bem e o mal, a luta entre Deus e Satanás, que se intensificará no final dos tempos.

O Dragão

Dragão: fera horrorosa, é frequentemente representado com garras, asas e cauda de serpente. Não bem delineado biblicamente, serviu para os pagãos e gentios, especialmente os babilônicos, como motivo de adoração. Bel, um ídolo com a figura de um dragão, feito de barro e bronze.

Em geral, no Antigo Testamento, duas palavras hebraicas são traduzidas para o termo "dragão". São as seguintes: "tan" e "tannin".
Tan: chacal. Sempre ocorre no plural, usualmente na forma masculina: Jó 30.29; Salmos 44.19; Isaías 13.22; 34.13; 35.7; 43.20; Jeremias 9.11; 10.22; 14.6; 49.33; 51.37; Ezequiel 29.3; Miqueias 1.8; Malaquias 1.3.
Tannin: palavra de sentido incerto, provavelmente não relacionada com "tan". É traduzida de muitas maneiras, como "animais marinhos"  e "monstro marinho" (Gênesis 1.21; Jô 7.12) e serpente (Êxodo 7.9, 10, 13) sendo que esta última é uma tradução mais clara na passagem do livro de Êxodo, que parece ser também o sentido de Deuteronômio 32.33, Salmos 91.13 e Neemias 2.13. 
Monstros no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, muitas vezes as figuras de monstros são usadas representando os inimigos do povo de Deus, a saber, Leviatã (Jó 3.8); Raabe (Salmo 89.10, Isaías 51.9) e Beemote (Jó 40.15; Salmos 74.13-14; 89.10; Isaías 51.9; Amós 9.3).

O monstro Leviatã (hebraico livyãthãn), representante das forças do mal segundo a crença na época de Jó, seria uma espécie de animal marinho grotesco, acreditava-se que ele fosse controlado por feiticeiros para engolir a lua e o sol e assim fazer com que a escuridão dominasse tudo (Jó 3.8).

Evidentemente, em Gênesis 1.21, as grandes criaturas do mar, tais como a baleia, estão em foco, e esse pode ser também o significado de Jô 7.12 e Salmos 148.7.

Em Salmos 74.13, Isaías 27.1 e 51.9, é possível que crocodilo esteja em vista, a mesma possibilidade em Ezequiel 29.3, 32.2 e mesmo Jeremias 51.34. Em vista do Novo Testamento, o termo pode em alguns contextos, referir-se a uma criatura apocalíptica de alguma espécie.

Monstros no Novo Testamento

No Novo Testamento, "drakõn (dragão), é a palavra que se refere a algum monstro apocalíptico, e é empregada figurativamente para Satanás. Essa é a palavra que a Septuaginta usa principalmente para traduzir o hebraico "tannïn".

Nomes e palavras que designam o Inimigo de todas as almas 

João viu Satanás como um Dragão vermelho, isto não significa que o Diabo tem a aparência de um dragão. Ele é um ser espiritual, não é uma criatura física. Ele aparece nas Escrituras de muitas formas e nomes diferentes. Vejamos alguns dos nomes dele:
• Acusador. Este termo tem significado semelhante ao "Diabo", "aquele que calunia" (Apocalipse 12.10).
• Antiga serpente. Esta foi a primeira aparência exterior que Satanás assumiu registrada nas páginas das Escrituras (Gênesis 3.1; 2 Coríntios 11.3; Apocalipse 12.7-9).
• Belzebu, príncipe dos demônios. "Belzebu" é formado pela junção das palavras hebraicas "ba'al" 9senhor" e "zebul" ("altura" ou "lugar de habitação", o que tende a ser "senhor das alturas". Este nome identificava um falso deus cananeu, e o escritor de 2 Reis (2.1-16), expressou desprezo ao grafar com ironia o nome como Baal Zebube ("senhor das moscas).
• Dragão. Esta é a descrição usada pelo profeta Isaías (27.1) e pelo apóstolo João no livro de Apocalipse (12.1).
• Enganador de todo o mundo. Satanás é mentiroso e fonte das mentiras (Apocalipse 12.9; 20.3).
• Maligno. O Diabo é incorrigivelmente mau (Efésios 6.16; 1 João 2.13-14).
• O espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Satanás é um ser espiritual (Efésios 2.2).
Pai da mentira. João 8.44. 
• Príncipe das potestades do ar. "Ar" aponta ao fato de que a batalha com Satanás é uma luta espiritual (Efésios 2.2).
Príncipe deste mundo. João 12.31. 
• Satanás. Título hebraico que significa "adversário" (1 Crônicas 21.1; Jó 1.6-12; Zacarias 3.1-2; Mateus 4.10; 2 Crônicas 11.14). 
• Tentador (Mateus 4.3).
Apocalipse 12: o ápice no último livro da Bíblia Sagrada

O capítulo 12 de Apocalipse , contém o interlúdio central da série de revelações que João viu. Com suas perspectivas proféticas e simbólicas, ajuda ao leitor da Bíblia compreender melhor o período da Grande Tribulação, os eventos escatológicos e muito mais. É chamado de parentético, porque apesar de estar no grupo de capítulos relacionados ao futuro, ele faz menção ao passado e ao presente. Ao abranger o passado, presente e futuro, menciona detalhes esclarecedores acerca da perseguição do inimigo de nossas almas contra Israel, e enfatiza a vitória de Cristo e sua igreja sobre o mal.

Muitos leitores deixam de ver o poderoso quadro que está apresentando nesta passagem bíblica, porque não se dedicam ao exame pormenorizado de cada pequenino detalhe. Existe a mensagem global da justiça, do poder e da absoluta vitória de Deus, mas jamais poderemos entender o significado pormenor específico sem que nos debrucemos sobre ele em oração e aplicação das leituras sistemática e devocional.

12.1, 2 - A mulher vestida de sol e com a lua aos seus pés 

A mulher é a primeira das sete personagens apresentadas em Apocalipse, capítulos 12 e 13. Evidentemente, a mulher simboliza Israel (Isaías 26.17) sendo Jerusalém um símbolo profético da comunhão restaurada entre Deus e os israelitas (Isaías 52.1; Ezequiel 40.2-3; Gálatas 4.26).

Na revelação apocalíptica, a mulher veste-se com esplendor régio e governamental, sua coroa contém doze estrelas, que representam os doze filhos de Jacó (os doze patriarcas que deram origem às doze tribos formadoras do povo de Israel; as doze famílias que foram o início da nação israelita),  como mostra o sonho de José (Gênesis 37.9; Apocalipse 7.5-8).

O sol significava o próprio Israel, que antes de ter um encontro com um anjo se chamava Jacó (enganador). Tal vestidura de sol significa a glória do Senhor, que tem envolvido o povo israelita ao longo dos séculos (Salmos 54.11; 104.1, 2; Malaquias 4.2). A lua abaixo dos pés da mulher é uma alusão à supremacia de Israel como nação escolhida por Deus (Deuteronômio 7.6).

Israel (nome hebraico que significa "aquele que luta com Deus" ou "Deus luta") é o novo nome que Jacó recebeu após sua luta misteriosa à beira do rio Jaboque, e consequentemente passou a ser o nome de todo o povo descendente dele (Gênesis 32.24, 28). A nação de Israel, com frequência era retratada como mulher casada no Antigo Testamento Isaías 54.1) e como esposa adúltera divorciada por causa de seu pecado e rejeição (Isaías 47.7-9; 50.1; Jeremias 3.1-25; Oseias 2.1-23).

Os judeus têm grande importância no plano de Deus para o futuro, são o povo escolhido, ainda que tenham rejeitado o Messias quando Ele veio ao mundo (João 1.11-12). Como nação, Israel já foi restaurada a partir de 1948, mas ainda acontecerá uma restauração espiritual (Salmos 122.3; Ezequiel 37).

Nota apologética: desconsiderando o simbolismo contido em Apocalipse 12, o catolicismo romano aforma que a tal mulher é Maria, mãe de Jesus. Outros teólogos, ignorando o fato de que tem origem em Jesus, e não o contrário, afirmam que a mulher é a Igreja. As duas afirmações são especulações. Mão há dúvida de que a Mulher simboliza Israel, porque o versículo 17 mostra que o Dragão fará guerra "ao resto da semente", numa referência clara ao povo israelita (Romanos 9.27).

12.1, 2, 5 - Uma nação em trabalho de parto

A narrativa desta porção bíblica nos faz saber que a mulher está grávida de um menino que governará as nações, sente dores de parto, ela grita com ânsias de dar à luz. A gravidez é uma referência à sua condição pouco antes do nascimento de Jesus. O símbolo do parto é uma símile comum no Antigo Testamento, usado para retratar o sofrimento agudo, especialmente "a angústia para Jacó". Neste dolorido trabalho de parto, a nação dará à luz ao Messias. O sofrimento da parturiente mostra que o fato de Israel ser um povo escolhido, provoca experiências difíceis. Desde o princípio, o Inimigo luta contra Israel, pois sabe que o Senhor propiciou a redenção da humanidade por meio desse povo  (Jeremias 30.5-7; Isaías 26.15-18; 66.7).

12.3,4 - Os planos de Satanás

Em Apocalipse, nos capítulos 12, 13, 16 e 20.2, encontramos a figura do "grande Dragão vermelho", criatura gigantesca, animal feroz, com característica de lagarto, com sete cabeças coroadas e dez chifres, representando Satanás (12.3-4).

A tonalidade avermelhada o retrata como o orgulhoso e cruel inspirador da Besta, simboliza sua índole violenta e seu caráter assassino (João 8.44); suas sete cabeças coroadas de diademas são referências à autoridade que exercerá sobre os reinos da terra no período da Grande Tribulação e a dificuldade do povo de Deus em matá-lo (Daniel 7.7; Apocalipse 13.1-2; 17.7); e os dez chifres do dragão simbolizam a estrutura final de governança sobre dez reinos gentios que formarão a base do império do Anticristo e da Besta (Daniel 7.8, 24; Apocalipse 13.1-10; 17.12). A grande cauda remete à força, poder e domínio como o deus deste século (Lucas 10.19 e 2 Coríntios 4.4) aponta à característica de astúcia, por meio da qual foi capaz de induzir a terça parte dos anjos que não guardaram seu principado e se rebelaram contra Deus (2 Pedro 2.4; Judas 6.

O objetivo do Dragão ao arrastar um terço das estrelas para a terra é devorar o bebê recém-nascido, porém, no último momento de seu ataque ele encontra a oposição de Deus, e o Filho ascende ao trono celestial (Apocalipse 12.3-6). Mas o que significam essas estrelas arrastadas por Satanás e por qual razão foram lançadas sobre a terra? Essas estrelas são os anjos que se rebelaram e a queda aconteceu antes que o pecado entrasse no mundo. Anteriormente no Apocalipse, as estrelas representaram os mensageiros celestiais (Apocalipse 1.20, 2,1, 3.1). As estrelas simbolizam os anjos fiéis, logo também representam os anjos rebeldes que foram expulsos da presença de Deus (2 Pedro 2,4; Judas 6; Apocalipse 9.1).

12.5, 6 - O bebê

O contexto geral das Escrituras Sagradas (Salmos 2.9 e Apocalipse 2.27), nos faz entender que o menino que a mulher deu à luz, protagonista desta narrativa bíblica, é o Messias (Isaías 9.6; e versículos 5 e 6 de Apocalipse 12). Declara-se quatro coisas a respeito dEle:
1. O nascimento;
2. O destino, que é esfacelar os inimigos (Salmos 2.9);
3  A ascensão;
4. Jesus é destinado a reinar com justiça. 
Ainda antes que o Messias nascesse, o Dragão salivava por antecipação ao planejar destruir os planos de redenção criados por Deus. O nascimento de Jesus aconteceu conforme predito pelos profetas (Isaías 7.14; 9.6; Miqueias 5.2). Ele nasceu em Belém, se tornou o Salvador da humanidade ao dar sua vida em favor de todos os pecadores arrependidos e ressuscitar ao terceiro dia (Mateus 1.1; 2.1; João 3.16 e Gálatas 4.4, 5). Na sua encarnação Jesus Cristo era de descendência judaica (Mateus 1.1; 2 Timóteo 2.8). Assim, com determinação, o Dragão se volta para perseguir a mulher até o fim, empreende esforços para destruir a linhagem messiânica, mas Deus a protege (versículos 13, 14 e 15).

Em 12.5 de Apocalipse, lemos sobre a vitória completa de Jesus, do nascimento à ascensão, Ao nascer, viver sem pecar, sacrificar-se e ressuscitar, Jesus frusta completamente Satanás e provoca sua ira mais aguda. O Dragão conhece o plano da redenção, por saber é perseguidor da parturiente, que é o Israel nacional, não se cansa de perseguir a nação que está nos planos do Criador para abençoar os seres humanos.

O quinto versículo fala sobre o arrebatamento de Cristo para Deus, com isso alude à ascensão de Jesus relatada em Atos 1;9; 2.33; comentada em Hebreus 1.1-3 e 12.2. 6

12.6 - A fuga de Israel ao deserto 

O longo intervalo de tempo da era cristã está entre os versículos 5 e 6 de Apocalipse 12.

Na primeira metade da Grande Tribulação, o Dragão perseguirá Israel com grande fúria, mas Israel será protegido por Deus (Salmos 27.5; 91.1, 4). O versículo 6 descreve o momento de  recuo estratégico de Israel para o deserto, possivelmente para Petra, em Edom, região atualmente conhecida como Jordânia (Daniel 11.41; Mateus 24.16). É interessante que esta região será poupada do ataque do Dragão até transcorrem mil duzentos e sessenta dias (três anos e meio), quando o Anticristo interromperá o culto no templo judaico, e devastará Jerusalém (Apocalipse 11.2). Então, muitos judeus fugirão para preservar suas vidas, Deus os preservará pelo período restante da Grande Tribulação, os outros mil duzentos e sessenta dias que constituirão o tempo de Grande Tribulação.

A simbologia relata que serão dadas à mulher duas asas de águia, para que voe ao deserto, onde será sustentada fora da vista do Dragão. As asas representam a providência divina e a condução de escape Por três anos e meio o remanescente de Israel será afastado do perigo, todas as pessoas que reconheceram a Jesus como o Messias serão salvas.

12.1-8 - A eficácia do sangue do Cordeiro

Este trecho bíblico mostra o que está por trás da grande perseguição aos seguidores do Cordeiro, aqueles que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro, receberam o perdão dos seus pecados por meio da morte redentora de Jesus, que por seu sacrifício na cruz livra o pecador dos seus pecados (Romanos 3.25; 1 João 1.7; Apocalipse 5.9; 12.11).

12.7-12 - O arcanjo Miguel em batalha contra o Dragão

Após o Arrebatamento da Igreja, Satanás declarará guerra contra os anjos do Céu, haverá uma batalha na região em que o Diabo e seus anjos estão. Nesta ocasião Cristo triunfará mais uma vez.

Miguel, encarregado de proteger de Israel, representa o socorro divino (Daniel 10.13, 21; 12.1; Judas 9). Desde sua rebelião, o Dragão e suas hordas vagueiam soltos pelo céu, que não é o Céu onde Deus habita mas a sede do governo do Diabo (Jó 1.6; 2.1; Gênesis 3.1-10; Efésios 2.2; 6.10-12; Gálatas 1.8). No meio da Grande Tribulação, Miguel se envolverá na guerra quando ocorrerá a expulsão de Satanás e os anjos rebelados serão escorraçados, seus adeptos serão excluídos das regiões celestiais sem permissão de retorno (Daniel 10.10-14).

João viu a batalha no céu. Viu os anjos de Cristo vencendo os anjos rebelados, observou o pavoroso dragão vermelho e o arcanjo Miguel, comandante do exército celestial, lutando um contra o outro (versículos 3, 7 e 9). Viu também o povo de Deus participando desta luta. Foi testemunha ocular do momento futuro em que o Dragão e seus anjos sofrerão derrota e serão lançados sobre a terra e lhe serão negadas outras oportunidades para acusar o povo de Deus e  (Apocalipse 12.7-12).

Esta batalha celestial e vitoriosa de Miguel simboliza o triunfo terreno que Jesus conquistou por meio de sua morte e ressurreição. Os santos vencem a "antiga serpente" unicamente pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho" dado acerca de Jesus. O Dragão será derrotado, a derrota do Dragão ocorrerá em virtude do que o Cordeiro fez em favor da humanidade (Apocalipse 12.7-9-11; 31-33; 16.11).

12.5 e Nesta ocasião o Dragão será desmascarado como "a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás". Ele será reconhecido como o espírito que mentiu para o mundo (Apocalipse 20.2).

12.5 - Palavras variantes e sinais vocálicos 

O texto das Escrituras hebraicas existiam apenas na forma de consoantes durante todo o período do Antigo Testamento, inclusive até boa parte dos séculos VII ou VIII d.C. Verifica-se demora semelhante na inserção de sinais vocálicos também nos textos siríacos e arábicos. Contudo, havia uma tradição oral bem definida, preservada pelos escribas, sobre como as consoantes deveriam ser vocalizadas. A partir da LXX, podemos aprender muita coisa a respeito da pronúncia primitiva do hebraico, nos séculos I e III a.C, à vista dos muitos nomes próprios escritos em grego, com o uso, evidentemente, de vogais gregas.

Precisamos confiar bastante na tradição oral dos guardiães judaicos dos originais do AT. Podemos com toda a segurança presumir que, na vasta maioria de casos, o sistema de vocalização deles é fiel às intenções do autor.

12.10-12 - A festa diante da expulsão de Satanás

Satanás não mais acusará o povo de Deus. O ecoar de um brado de alegria é um prelúdio ao estabelecimento do reino de Deus, o estabelecimento do reinado de Jesus.

12.13-16 - O dragão persegue a mulher

Atirado para a terra, furioso o Dragão convoca apoiantes à beira-mar. Ciente que sua derrota tem como motivo a exaltação do Filho, furioso, dispara de sua boca "água como um rio", simbolizando as nações antissemitas, que induzidas pela sagacidade de Satanás, fazem resistência e cheias de cólera pretendem destruir a mulher vestida de sol. As asas de águia que a mulher ganha dão condições para que ela se desloque ao deserto e se esconda, suas asas lembram o episódio em que o Senhor libertou Israel do Egito e o conduziu sobre asas de águia (Êxodo 19.4; Deuteronômio 32.11-12; Isaías 27.1).

Os exércitos do Anticristo marcharão contra Israel, porém, Deus levantará contra eles a sua bandeira (Isaías 8.7; Apocalipse 16. 12, 16; e 17.5). Os asseclas que compõem as fileiras dos exércitos inimigos do povo de Deus rumarão de encontro aos judeus e serão surpreendidos pela abertura do chão abaixo de seus pés. Provavelmente haverá um grande terremoto no momento do ataque a Israel ou nações amigas de Israel virão em seu socorro, batalharão e obterão êxito espetacular ao realizar a proteção aos judeus. Ver também Isaías 59.19; Mateus 25.34-40; Apocalipse 12.16; 13.1-18; 16.14.

12.17 - O grupo restante de israelitas

O Dragão investirá mais uma vez contra a mulher e ela novamente escapará de sua ira. Então, Satanás expressará toda a sua fúria contra cada pessoa que tenha recebido Cristo como seu Salvador que puder encontrar. Gentios de todas as nações e israelitas que não fugiram para o local seguro serão afrontados, perseguidos, sofrerão tentativas de ataques ou atacados (Mateus 24.15-20). Enfurecido em demasia, o Diabo fará oposição extremada, lutará contra todos os praticantes dos mandamentos de Deus.

O Dragão perceberá que o seu tempo é curto, sua expulsão do céu será seguida por seu encarceramento no abismo durante mil anos.

Conclusão

Nos dias atuais, os anjos do mal agem neste mundo, mas com limitações impostas por Deus (Jó 1). Procuram cristãos desatentos, agem como leões no momento da caça, estão desejosos para encontrar quem não esteja vigilante para capturá-los e devorá-los. É preciso estar sóbrio e preparado para resistir usando a fé (2 Pedro 5.8-9).

A narrativa simbólica de Apocalipse 12 enfatiza a grande vitória de Cristo na cruz e seu alcance universal. O livro demonstra o poder de Deus para vencer Satanás e seus seguidores. Comunica uma mensagem encorajadora aos crentes angustiados que enfrentam perseguição, convida seus leitores a observar atrás dos "cenários escatológicos" e notarem o lado espiritual das lutas cotidianas que frequentemente desafiam a fé, para assim aprenderem que o Diabo não pode derrotar Jesus e não é capaz de vencer aqueles que permanecem fiéis aos Senhor.

Os servos de Deus, com o auxílio de Cristo, podem e devem batalhar com confiança, pois lutam contra um perdedor (1 Coríntios 10.13).

E.A.G.

Compilação
Bíblia de Estudo NTLH, páginas 559 e 1555, impressão 2015, Barueri/SP, (Sociedade Bíblica do Brasil/SBB). 
Billy Grahan Responde - Um guia com respostas bíblicas para preocupações de nossos dias, páginas 321 e 322, 3ª impressão, 2014, Rio de Janeiro (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Guia Fácil para Entender o Apocalipse, Daymond R. Duck, páginas 181, 182, 186, 188, 189, impressão 2015, Bonsucesso, Rio de Janeiro/RJ (Thomas Nelson Brasil). 
Guia Profético para o Fim dos Tempos, Timothy Paul Jones, páginas 246, 248, 249, 251, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro, (Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). 
O Novo Testamento da Bíblia, editor organizador J. D. Douglas, editor em português Russel P. Shedd, volume 1, páginas 446 e 447, São Paulo, (Edições Vida Nova).

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Os cristãos, os brincos, os piercings e as tatuagens


Por Sandro Baggio

O uso de piercing está cada vez mais comum em nossos dias. Há dez anos atrás era atitude reprovada pela maioria e alvo do preconceito de muitos, hoje aceito em homens, mulheres, jovens e inclusive crianças. Enquanto a sociedade parece aceitar tais adornos cada vez com mais naturalidade, uma parcela considerável de cristãos se mostram confusos a respeito deste tema. A questão da aparência continua a ser assunto de grande discussão e controvérsia em muitos círculos evangélicos.

Antes que você faça a leitura desta postagem, esclareço que minha intenção não é incentivar pessoas a mudarem o comportamento. O objetivo é mostrar conteúdos bíblicos, para que as pessoas interessadas nas questões de uso de brinco, piercing e tatuagem encontrem subsídios para realizar de maneira saudável a sua reflexão.

Ao abordar sobre aparência pessoal, tema que muitas vezes gera controvérsias no meio cristão e que é algo que muda com o tempo e com o lugar, é importante ter em mente que se trata de usos e costumes - diretamente ligado à cultura.

Basicamente uma cultura é formada por três elementos:
• Cosmovisão: a maneira como o povo vê o mundo;
• Sistema de valores: o que é importante para aquele povo;
• Normas de conduta: o modo como o povo se comporta, e isso diz respeito tanto à vestimenta, como à maneira de se relacionar com os outros. Etc.
Culturas são diferentes de acordo com sua cosmovisão, valores e normas de conduta.

Arrotar em público após uma refeição é totalmente aceitável e louvável em certas culturas, e repugnante em outras. Uma mulher com os seios à mostra é normal em muitos países da África, mas a mesma mulher não pode exibir as pernas acima do tornozelo, enquanto é entendido como obsceno em outras partes do mundo. Beijar na boca em público é normal no Brasil, porém pode levar alguém à cadeia em certos países islâmicos. Nestes mesmos países islâmicos, um homem não pode andar de mãos dadas com sua esposa, mas pode andar de mãos dadas com outro homem. No Ocidente tal prática é interpretada como comportamento homossexual.

Nenhuma cultura é totalmente igual à outra e nenhuma cultura está acima da outra. Todas as situações diferentes entre grupos étnicos são formas de expressão cultural, capazes de insultar e escandalizar os que não fazem parte daquela sociedade mas não são necessariamente erradas para quem faz parte dela. João viu no céu povos de todas as tribos, raças, línguas e nações. Todas as culturas possuem elementos que precisam ser valorizados e outros transformados pelo Evangelho.

Pinturas na face e no corpo estão presentes em diversas culturas. Sendo a aparência pessoal questão de expressão cultural valorizada, a aparência também pode mudar de acordo com a cultura e o tempo. A tatuagem e o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Na Polinésia, os nativos ainda usam a tatuagem para escrever sua história familiar no corpo.

A pós-modernidade impulsiona a globalização. Na atualidade, o mundo está cada vez mais globalizado através da internet e meios de comunicação via satélite. Costumes que antes só eram vistos em algumas culturas isoladas e lugares remotos da terra, estão expandidos e vistos em quase todos os cantos do planeta. É perceptível que pessoas vivendo no ambiente do Oriente são influenciadas pela moda usada em países ocidentais. Em outras palavras, os elementos, característicos da cultura pop de uma região se incorpora ao estilo de vida de outra. Haja vista a propagação dos filmes produzidos em Hollywood, propagadores de elementos culturais e costumes difundidos pela  ideologia liberalista do socialismo marxista/esquerdista por todo mundo, como se fossem comportamentos extremamente naturais: palavreado chulo, uso de drogas legalizadas e ilegais, fornicação e adultério, a prática do sexo entre pessoas do mesmo gênero.

O que a Bíblia relata sobre adornos?

No livro de Gênesis, capítulo 24 e versículo 47, lemos o relato de que o servo de Abrão, Eliezer, entregou a Rebeca, sua futura nora um pendente e uma pulseira como provas do amor de Isaque por ela. Naquela época e localidade, o uso de pendentes de ouro, bronze e metal era uma tradição; causava estranheza a noiva deixar de usar uma argola no nariz e a pulseira nos dois braços. O pendente que Rebeca recebeu era de ouro maciço e enfeitado com duas pérolas, estando um rubi colocado entre eles. Esse rubi era a prova que o seu noivo era um homem bem sucedido financeiramente. E a joia posta na narina direita, junto com uma corrente ou grilhão, suspensa por furo, era a comprovação de que a pretendente estava comprometida ao casamento.

Ainda no livro de Gênesis, há a história de Isaque, que deu a Rebeca uma argola de seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing) e, após fazer isto, ajoelhou-se para adorar a Deus. Penso que se o primeiro ato fosse pecado ou considerado pagão, então Isaque não teria adorado a Deus em seguida.

No livro de Êxodo, percebemos que as mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os quais foram oferecidos como oferta dedicada ao Senhor para a construção do Tabernáculo. Novamente, não penso que Deus aceitaria de seu povo ofertas que representassem costumes pagãos.

O texto mais contundente sobre o assunto está registrado em Ezequiel 16, onde o próprio Deus diz que adornou Jerusalém com joias, pulseiras, colares, argolas para o nariz e brincos para as orelhas. Ao que parece, tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.

Uma vez que o Criador não condena o uso de brinco e piercing, por quê nós, deveríamos fazer tal coisa?

Como se posicionar a respeito de brincos, piercing e tatuagem?

Não existe nenhuma condenação bíblica para o uso de brincos, piercing ou tatuagem. Nosso desafio não é condenar, mas orientar as pessoas, principalmente os jovens, quanto aos riscos que existem em fazer estas coisas sem uma orientação profissional e cuidados de higiene e saúde.
• A pessoa está consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e “efeitos colaterais” diante da sociedade? Está consciente de que algumas alterações são irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de reversão, podem provocar cicatrizes para o resto da vida?
• Precisamos falar sobre questões de identidade, valor pessoal e auto-imagem. Pois são estas as questões mais importantes para quem está considerando qualquer forma de alteração do corpo, seja uma plástica no nariz, implantar silicone nos seios, colocar um piercing ou fazer uma tatuagem.
• A Bíblia é clara quanto ao excesso: não podemos exagerar em nada. Paulo ensina sobre o trajar-se com modéstia. Pedro diz sobre a necessidade de se apresentar moderadamente, destacando a beleza interior, que é a que tem valor real para Deus. Apesar disso, muitas pessoas fazem tatuagens e usam piercing com a intenção de atrair a atenção para si. Esta motivação é claramente condenada por Deus em Isaías 3, o profeta descreve a desaprovação divina explicando que, por causa da arrogância das mulheres, Deus iria arrancar suas roupas caras, raspar-lhes a cabeça num sinal de vergonha e iria arrancar seus enfeites, incluindo piercing no nariz.
O cuidado com a má interpretação dos textos bíblicos

A maioria dos cristãos que condenam tatuagem e piercing como pecado, argumentam usando como base de crítica principalmente o texto de Levítico, capítulo 19 e versículo 28, que diz: “Não façam cortes no corpo por causa dos mortos, nem tatuagens em si mesmos. Eu sou o Senhor”.

É quase uma certeza absoluta que esses mesmos cristãos que utilizam este texto para condenar tatuagem não encontram problema algum em barbear-se, vestir-se com roupas feitas com dois tipos de tecido, não rejeitam o prato com carne de porco ou lagosta e apreciam jardins coloridos com plantas de diferentes espécies. Mas essas coisas também eram proibidas no Livro de Levítico. Tiago diz que se alguém quiser viver pela Lei, então deverá cumprir toda a Lei. Os cristãos, no entanto, não são justificados pela Lei e sim pela fé em Cristo. Quem conhece a Bíblia sabe qual deve ser a atitude e o comportamento do cristão de acordo com Grande Mandamento, ou o “novo mandamento” e a submissão ao Espírito Santo.

Aos que pensam em fazer tatuagem e usar piercing
• A Bíblia recomenda aos jovens honrar e obedecer aos pais. Então consulte seus pais antes de fazer qualquer coisa.
• A Bíblia diz que o corpo do cristão é o templo do Espírito Santo. Então,  não devemos colocar nada em nosso corpo que desonre a Deus ou contrarie nossos valores espirituais. Imagens de nudismo ou que evocam violência, símbolos esotéricos, palavras torpes e de maldição estão fora de cogitação.
• Muitos empregadores tendem a não contratar pessoas tatuadas. Pense bem antes de fazer uma tatuagem, pois ela poderá lhe custar uma vaga de emprego futuramente.
• Talvez você terá a marca de tatuagem e a cicatriz da perfuração em seu corpo o resto de sua vida. Não faça nada que você venha trazer aborrecimento mais tarde. 
• Para todas as situações, devemos orar e pedir a orientação de Deus em primeiro lugar. Será que isso é apropriado para minha vida?

Conclusão

Quando algo em minha vida se torna uma obsessão ou começa a ter mais importância que meu relacionamento com Deus e com o povo de Deus, então tal coisa deve ser desprezada. Paulo esclarece: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine… Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.” - 1 Coríntios 6.12; 10.23.

Textos extraídos do site Guia-Me e adaptado ao blog Belverede de modo resumido:
Piercings, Evangelho e Cultura, 14 de março de 2011 - https:// bit.ly/ 2GucRbu 
Piercings, Evangelho e Cultura II, 15 de março de 2011 -  https:// bit.ly/ 2V9xRrt

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Minha Lista do Nunca Mais


Por Don Gossett

Existe cristão que possui um padrão negativo de conversa. Com frequência usa frases "eu não posso" e "tenho medo", quando a Palavra de Deus diz "eu posso" e não temas". É preciso que a linguagem do cristão esteja sempre em harmonia com a Palavra de Deus; se não estiver, este cristão vive em discordância com as afirmações do Senhor. "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" (Amós 3.3).

Examine-se a si mesmo. Caso seja necessário, mude sua maneira negativa de pensar e falar. Ao se expressar, coloque em suas manifestações as afirmativas da Bíblia Sagrada, em todas as suas sentenças tenha como base as afirmações contidas nas Escrituras Sagradas. Abandone completamente qualquer hábito negativo de comunicação. Ao fazer isso, suas palavras podem se transformar em condutores da energia espiritual que trará a sua vida mais amor, alegria, paz, felicidade, sucesso e prosperidade. Assim, receberá o milagre que precisa, experimentará bênçãos e vitórias. O segredo da pessoa abençoada é concordar com Deus. 

Leia e reflita sobre a Minha Lista do Nunca Mais.

Nunca Mais direi "eu não posso", pois "tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4.13).

Nunca Mais direi que não tenho, pois "o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de minhas necessidades" (Filipenses 4.19).

Nunca Mais direi que tenho medo, "porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação" (2 Timóteo 1.17).

Nunca Mais direi que tenho dúvidas ou falta de fé, porque eu tenho "a medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Romanos 12.3).

Nunca Mais direi que sou fraco, porque "o Senhor é a fortaleza da minha vida" e "o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo" (Salmos 27.1; Daniel 11.32).

Nunca Mais direi que Satanás tem supremacia em minha vida, porque "maior é aquele que está em mim do que aquele que está no mundo" (1 João 4.4).

Nunca Mais direi que estou derrotado, porque Deus "em Cristo sempre m conduz em triunfo" (2 Coríntios 2.14).

Nunca Mais direi que não tenho sabedoria, pois "Cristo ... se tornou da parte de Deus' (minha) 'sabedoria" (1 Coríntios 1.30).

Nunca Mais direi que estou doente, pois "pelas suas pisaduras fui sarado" e Jesus "mesmo tomou as minhas enfermidades e carregou com as minhas doenças" (Isaías 53.5; Mateus 8.17).

Nunca Mais direi que estou preocupado e frustrado, pois estou "lançando sobre ele toda a minha ansiedade, porque ele tem cuidado de mim" (1 Pedro 5.7). Em Cristo estou livre de cuidados!

Nunca Mais direi que estou preso, pois "onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade (2 Coríntios 3.17). Meu corpo é templo do Espírito Santo.

Nunca Mais que estou condenado, pois "já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8.1). Estou em Cristo; portanto, estou livre de condenação.

Fonte:
Há Poder em Suas Palavras - suas palavras estão carregadas de dinamite!, Don Gossett, 28ª impressão, 1999, capítulo 1, São Paulo/SP (Editora Vida). Conteúdo resumido e adaptado aos leitores deste blog.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Elias, o tisbita


A lição nº 2 da revista Lições Bíblicas, comentada pelo Pr. José Gonçalves, professor de teologia, vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB, nos faz refletir que Deus usa pessoas simples para missões importantes.

Quem era Elias?

Além do profeta, existem outros três personagens bíblicos chamados Elias. O primeiro deles era sacerdote benjamita (1 Crônicas 8.27) . O segundo e o terceiro foram um sacerdote e uma pessoa leiga nas coisas religiosas, que se casaram com mulheres estrangeiras (Esdras 10.21, 26). 

Exceto a referência ao profeta em 1 Reis 17.1, que nos informa que Elias era tisbita, um dos moradores de Gileade, não há informação sobre seu passado, nem se quer os detalhes de seu chamado ministerial e informações sobre sua família. Ele aparece nas páginas das Escrituras Sagradas de maneira repentina e sem introdução pormenorizada.

O ministério de Elias pode ser descrito como determinado pelo Espírito Santo através de grandes ações impactantes. Ele é precursor dos profetas escritores, as suas mensagens antecipam os oráculos de Amós e Oséias, traz à memória dos israelitas a necessidade de adoração exclusiva ao Senhor e os padrões de retidão contidos no Código Mosaico. 

Comparações entre Moisés e Elias 

A vida de Elias é comparada em muitos aspectos com a de Moisés.  

No Antigo Testamento, o Monte Sinai também é conhecido como Monte Horebe. O episódio da passagem de Elias na região é bastante relevante e fortalece o paralelo entre ele e Moisés, que viveu no mesmo local experiências extraordinárias com Deus.  

Os ministérios de Moisés e de Elias foram marcados com a presença do fogo (Êxodo 13.21; 19.18; 24.17; Números 11.1; 16.35; 1 Reis 18.38; 2 Reis 1.10, 12).

O fim da jornada terrestre de Moisés é cercada de mistério, de igual modo existe uma aura misteriosa ao fim da caminhada de Elias (Deuteronômio 34.6; 2 Reis 2.11).

Elias recebeu o acompanhamento leal de Eliseu e por ele foi precedido, assim como Moisés teve como companheiro de jornada o amigo Josué, que o substituiu em seu ministério (Deuteronômio 34.9; Josué 4.14; 2 Reis 2.14).

Referências neotestamentárias

Malaquias profetizou que Deus enviaria Elias antes do grande e terrível Dia do Senhor (4.5, 6). Jesus Cristo esclareceu que essa profecia fazia referência à semelhança de ministerial entre Elias e João Batista, à maneira direta como ambos se comunicavam e à simplicidade como viviam e se vestiam (Mateus 11.14; 17.12).

É importante comentar o seguinte: O profeta Elias reapareceu em pessoa no monte da transfiguração, ele é citado pelo próprio Jesus Cristo. Confira em Marcos 9.4 e Lucas 4.25, 26. As Cartas apostólicas também o citam. Ver Romanos 11.2-4 e Tiago 5.17-18.

E.A.G.