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domingo, 13 de maio de 2018

Ética Cristã e Sexualidade

INTRODUÇÃO

A sexualidade não deveria jamais ser tratada como tabu, pois é parte natural e integrante de cada indivíduo. O relacionamento sexual é uma dádiva que o Criador concedeu ao primeiro casal, bem como às gerações futuras (Gênesis 2.24).

Se precisássemos de uma razão para explicar porque Deus uniu as primeiras pessoas no Éden, poderíamos declarar que o motivo foi a preservação da família e que a união conjugal pautada nas Escrituras Sagradas legitima a procriação (Gênesis 1.27,28; Salmos 139.13-16).


I - SEXUALIDADE: CONCEITOS E PERSPECTIVAS BÍBLICAS

Se por um lado a atividade sexual tem seu conceito deturpado na sociedade pós-moderna, por outro lado alguns cristãos insistem em tratá-la como temática proibida. Embora possa trazer incômodo para alguns, a sexualidade humana não pode ser desconsiderada por ninguém.

1. Conceito de Sexo e Sexualidade.

Sexo e sexualidade possuem conceitos próprios, ambos constituem-se atos da criação divina. A união estável de homem e mulher conduz a complementação sexual, e a Igreja abençoa no sacramento do matrimônio.

Relativamente, em biologia, o termo "sexo" se refere a uma condição de espécie orgânica que apresenta de maneira clara e inequívoca a diferenciação entre macho e fêmea, o homem da mulher, seja em seres humanos, plantas e animais.

O termo "sexualidade" tem aspectos gerais, como sua relevância, sua legitimidade, sua instituição divina, indissolubilidade, e importância, etc. Representa o conjunto de comportamentos de pessoas que estão relacionadas com a busca da satisfação do apetite sexual;  retrata ações e práticas, seja pela necessidade do prazer ou da procriação do gênero humano.

Segundo as Escrituras, o homem surgiu como alvo de toda a atividade criadora no que diz respeito à terra como habitação especial. Desde o princípio a sexualidade não é símbolo de impureza. Deus não faria nada ruim. Ele planejou e formou o homem, a “coroa da criação”, numa totalidade, incluindo o sexo.  

2. O sexo foi criado por Deus.

As mãos que elaboraram o cérebro, também fizeram os órgãos sexuais masculino e feminino. Aquele que fez a mente, fez também o instinto sexual. A íntima junção de corpos é uma criação divina. O contato íntimo não pode ser considerado sujo e indecente; não deve ser tratado como atitude obscena e desprezível. Ao contrário, se dentro do casamento, que é a união legítima entre um homem e uma mulher, o sexo é algo sublime, digno e bonito.

O enlace matrimonial faz parte do plano de Deus, é a condição que torna o sexo em causa de satisfação pessoal ao casal. O que transforma o sexo uma relação abominável por grande número de pessoas é o seu uso antibíblico (Oseias 4.12; 5.4, Romanos 1.26-27). Com a Queda no Éden, no lugar de aceitação veio vergonha; alegria e amor foram marcados pela dor, pela luxúria e repressão (Gênesis. 3.7, 16). O uso da sexualidade desordenada é uma das razões porque o Pentateuco refere-se às expressões sexuais como uma fonte de impureza cerimonial (Levítico 15.1-18).

No que se refere a viver segundo a vontade de Deus, em relação a sexualidade, é necessário a cada um de nós orientar-se pelos princípios morais e éticos das Escrituras Sagradas. O escritor de Provérbios (5.18-23). recomenda aos cônjuges que desfrutem do sexo, sem neste caso referir-se ao ato procriativo. 

3. A sexualidade é criação divina.

Ninguém ensina ao bebê mamar o leite maternal, porque ele nasce dotado do instinto de sobrevivência. Ele cresce e passa a fazer amizades, assim demonstra ter instinto gregário. Caso a criança se sinta ameaçada, reage defensivamente pois há o instinto de preservação da vida. E neste grupo de estímulos, está contido o impulso sexual que define a tendência de preservação da espécie.

A sexualidade, em conformidade aos sentidos vitais da constituição e amadurecimento da personalidade, envolve objetivo e componentes mais amplos que a fraternidade. O amor conjugal compõe o instinto sexual, feito de partes psicológicas nutridas nas qualidades físicas dos cônjuges.

A sexualidade ideal do Éden mudou com a queda. O pecador desvirtua o impulso, gera as muitas degradações que desestruturam a sociedade: a depravação física; a baixeza ética e a vileza moral. Contudo, tal situação lamentável não anula o plano do Criador de manter a existência da espécie humana por meio da sexualidade saudável.

Quando se aceita que o desejo humano prevaleça sobre a vontade de Deus, surge a semente da teimosia, esta provoca o endurecimento do coração e morte espiritual.


II – O PROPÓSITO DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS

Os nossos corpos são membros de Cristo e templo do Espírito Santo e não podem servir a promiscuidade (1 Coríntios 3.16 e 6.13, 15, 16). São consideradas práticas sexuais ilícitas: adultério (Êxodo 20.14); incesto (Levíticos 18.6-18); zoofilia  (Levítico 18.23); e homossexualidade (Romanos 1.26-27).

O propósito do casamento é "um homem para cada mulher e uma mulher para cada homem". Esta doutrina também foi apresentada por Jesus: "deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher" (Gênesis 2.24). Mateus 19.5).

As referências bíblicas de Eclesiastes (9.9) e Cantares (4.1-12; 7.1-9) advertem quanto ao adultério. Nos levam a estar conscientes que pessoas casadas têm o direito legítimo de desfrutar a sexualidade de maneira exclusiva com quem se casou. A legitimidade cristã para a satisfação dos apetites sexuais restringe-se ao casamento monogâmico heterossexual (1 Coríntios 7.9).

1. Multiplicação da espécie humana.

Em Gênesis, capítulo 1 e versículos 18 ao 23, lemos sobre a afirmação do Senhor dizendo que uma raça assexuada ou unissexuada não seria boa. Há o anúncio do propósito divino em criar a companhia feminina para Adão, a companheira idônea capaz de estar no mesmo plano físico, mental, moral e espiritual com ele. Deus fez Eva a partir de Adão e a apresentou a ele para ser sua esposa. Assim está definida a pureza do casamento: um homem, uma mulher, uma só carne (Gênesis 2.18-25).

Deus, ao criar Adão e Eva, quis que os primeiros seres humanos dessem continuidade à espécie. Com propósitos específicos, puros e elevados, dotou-os de sexualidade plena, deu a ambos a constituição físico-emocional atrelada ao instinto e à aptidão ao ato sexual que os capacitou para a reprodução e preservação da espécie humana. Inclusive, diante disso, está registrado na Bíblia: “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom e foi a tarde e a manhã: o dia sexto” (Gênesis 1.27, 31).

O homem participa da criação ao reproduzir-se. A procriação é o ato criador do Eterno através do homem. Deus criou o ser humano com a capacidade reprodutiva, instituiu o matrimônio e a família, visando a legitimação desse maravilhoso e sublime processo que a mente da humanidade jamais poderá explicar. “Frutificai e multiplicai-vos”, foi a ordem do Criador (Gênesis 1.27,28).

2. Satisfação e prazer conjugal.

Pesquisadores descobriram um hormônio chamado 'ocitocina'. Essa substância química, conhecida como 'hormônio do amor" é liberada no cérebro durante o prelúdio e ao longo do sexo em si. Ela produz efeitos de empatia, confiança e profunda afeição.

De acordo com as Escrituras Sagradas, o objetivo primordial do sexo é fazer o casal procriar. Mas está claro que entre outros motivos para Deus dar origem ao sexo é o homem encontrar satisfação plena no corpo da mulher e vice-versa (Eclesiastes 9.9).

O texto de Provérbios 5.18,19 fala claramente da recreação física e do benefício humano em um nível biológico proveniente do sexo: "Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, como a cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente". Claramente, os versículos 19 ao 23 recomendam aos cônjuges que desfrutem do sexo, sem referir-se, neste caso, ao ato procriativo; de maneira evidente incentivam a valorizar a união conjugal honesta e santa, visivelmente exaltam a monogamia e a fidelidade.

No Antigo Testamento, por determinação do Senhor, a “lua de mel” durava um ano (Deuteronômio 24.5).

3. O correto uso do corpo.

Os deleites físicos e emocionais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são propostos por Deus e por Ele honrados. Apenas o ato sexual monogâmico, entre homem e mulher casados entre si, é abençoado por Deus. O desvio do padrão santo implicará punição aos que praticam a imoralidade.

O plano divino sempre foi um único homem para uma única mulher, a união sexual monogâmica, entre o marido e a sua esposa, os consortes formando uma só carne. Deus condena de maneira enérgica a poligamia (Provérbios 5.17, 18).

A sonhada felicidade a dois exerce papel importante ao relacionamento entre os cônjuges. A relação feliz é resultado da harmonia espiritual, cordial, física e emocional. Não é conquistada por meio de abstrações ou estratagema intelectual de um ou de outro. É resultado da observância de regras bíblicas voltadas ao relacionamento interpessoal.  

A convivência amorosa, recíproca e sincera, é um preceito primário da preservação do casamento e de toda família. A aliança matrimonial produz filhos que serão, ou deveriam ser, criados para servirem a Deus. Após os filhos deixarem o lar, pai e mãe preenchem a ausência, desde que exista entre ambos o companheirismo sob as bênçãos de Deus.



Ill - O CASAMENTO COMO LIMITE ÉTICO PARA O SEXO

O matrimônio foi instituído por Deus em caráter indissolúvel e como limite ético dos impulsos sexuais. A união conjugal é a relação legítima onde a cópula pode ser realizada sem que se incorra em atos pecaminosos. (Gênesis 2.18; Mateus 19.4, 5, 8).

1. Prevenção contra a fornicação.

A fornicação é o contato sexual entre pessoas solteiras, ou entre uma pessoa casada com uma pessoa solteira. A ordem de crescer e multiplicar não foi dada a solteiros, mas a casados (Gênesis 1.27,28). Deus não quis que o homem vivesse só e lhe deu uma mulher para ser sua esposa, cujo biotipo já era de alguém em fase adulta, fisicamente preparada para a união conjugal.

Durante a passagem de Paulo por Corinto, havia naquela cidade o templo pagão dedicado a deusa Vênus. Ali, mil sacerdotisas, prostitutas, mantidas às expensas do povo, permaneciam prontas para se entregar aos prazeres imorais, como culto a falsa deusa. Alguns cristãos coríntios, que se davam a essa religião, consideravam difícil acostumar-se com a doutrina apregoada pelo cristianismo, que proibia a prática devassa. Enfaticamente, Paulo orienta os cristãos a se casarem, para evitar a fornicação, e proíbe o desregramento sexual (1 Corintios 7.2, 12).

A intimidade e interação sexual é privativa dos casados. O ensino bíblico sobre sexo é que o homem deve desfrutar o relacionamento íntimo com a esposa de modo natural, racional, sadio e amoroso; mas jamais com a namorada ou noiva ou alguém sem nenhum compromisso ou vínculo afetivo.

A sexualidade descontrolada, é descrita nas Escrituras como concupiscência da carne, é a responsável pelos desvios de comportamento que arrastam o ser humano à transgressão carnal da lascívia. Os fornicadores não entrarão no céu: 1 Coríntios 6.18; Gálatas 5.19; Apocalipse 21.8.

2. O casamento e o leito sem mácula.

"Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará" - Hebreus 13.4. Neste texto, "desonra" diz respeito ao uso do corpo para práticas sexuais ilícitas com ênfase nos casos de relações extraconjugais, com pessoas solteiras ou compromissadas em outro casamento (Mateus 19.9; 1 Coríntios 6.10).

Segundo a vontade de Deus, o casamento deve ser respeitado por todos, não pode ser maculado por ninguém. Alguns desonraram a união conjugal. Embora, muitas vezes, escapem da reprovação humana, porém não escaparão do juízo divino (Mateus 19.6; Naum 1.3).

A mídia consente, promove e exalta o erotismo, a lascívia, a prostituição, e o sexo fora do casamento. De modo irresponsável e pecaminoso, incentiva a prática sexual como instrumento de prazeres egocêntricos. Cabe ao cristão ignorar essas sugestões antibíblicas e cumprir o propósito estabelecido por Deus para a sexualidade.  

A relação sexual entre pessoas casadas deve ser exclusiva. 1 Coríntios 7.2, 3, 5 nos diz: "Por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.' (...) 'Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência".

CONCLUSÃO

O propósito original de Deus para a sexualidade é que tanto o homem quanto a mulher vivam uma vida feliz como esposo e esposa. E para atingir esta meta no casamento, é necessário cumprir o compromisso diário de fidelidade e respeito ao parceiro, ou parceira de núpcias. Tal aliança implica direitos e deveres recíprocos entre as partes envolvidas.

Em sua vida de casado ou casada, é preciso que mantenha postura equilibrada e responsável, firmada nas promessas contidas na Palavra de Deus. Se você percebe que não cumpre corretamente seu papel no casamento, ainda é tempo de se corrigir. Em primeiro lugar, reconheça o seu equívoco, busque o perdão do Senhor e do seu cônjuge. Depois, recomece com oração e fé em Deus,. Com essas atitudes, o Senhor lhe dará graça para viver de acordo com os preceitos bíblicos. O apóstolo Paulo afirma que o Senhor nos abençoou com todas as bênçãos, isto inclusive significa a habilidade para fazer do casamento um sucesso (Efésios 1.3). A presença de Cristo no casamento é garantia de alegria duradoura (João 2.1-11).


E.A.G.

Compilação

Dictionary of the Old Testament: Pentateuch. T. D., Baker, D. W. Alexander, página. 742. edição 2003. Downers Grove, IL: (InterVarsity Press).
Lições Bíblicas Adulto. Valores Cristãos - Enfrentando as Questões Morais de Nosso Tempo-O-Cristao-e-a-Sexualidade, Douglas Baptista, lição 7 - Ética Cristã, e Doação de órgãos, 2º trimestre de 2018, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas Adulto. Ética Cristã - Confrontando as questões morais. Lição 10: O cristão e a doação de órgãos, Elinaldo Renovato de Lima, 3º trimestre de 2002, Rio de Janeiro (CPAD).
Manual Bíblico Unger, Merril Frederick Unger, reimpressão 2008, páginas 39 e 80, São Paulo -SP (Edições Vida Nova).

sábado, 12 de maio de 2018

Mateus 6.22-23. Quando as luzes são trevas?


O que você me diz sobre a declaração de Cristo em Mateus 6.22, 23? Está escrito assim: “Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz; se, porém, os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará em trevas. Portanto, se a luz que existe em você são trevas, que grandes trevas serão!” (NAA).

Uma pessoa desabafou mostrando-se entristecida com um irmão que reencontrou por acaso em um estabelecimento comercial. A conversa só causou chateação. Quando quis compartilhar sua bênção de uma porta de emprego aberta, após muito tempo sofrendo desempregado, o tal desdenhou de sua alegria. Também, zombou do seu peso, chamando-o de “gordinho”. 

Eu digo que existe gente magra e saudável e outras magras por motivo de alguma doença; há pessoas obesas saudáveis e outras pessoas pesadas por motivo de enfermidade. Mas tais detalhes não passam pela cabeça de quem está escravizado pelo mau-hábito de falar sem pensar antes. 

É claro que a crítica construtiva é boa. Pois é o reflexo da mente virtuosa. Mas o bom-alvitre recomenda expressá-la somente quando solicitada, para que nunca sejamos inconvenientes.

Vamos refletir: Jesus disse “se a luz que há em você são trevas”?

Esta frase parece não ter sentido algum, é complicado encontrar o significado. Talvez seja uma força de expressão conhecida como hipérbole, o recurso de linguagem que usa o exagero como meio de chamar a atenção. Mas prefiro acreditar que “luzes que são trevas” seja aquela situação em que a pessoa está acostumada com a escuridão, deixa de se sentir incomodada com a falta de luz e não se importa mais com a utilidade que a iluminação representa durante o período noturno. 

Indo da ilustração para a prática, tal lição fala sobre comportamento. Os olhos são figuras de linguagem cujo sentido alude às intenções do coração humano. No caso, ver é o mesmo que estabelecer metas e se esforçar para atingi-las.

Ao cristão, cabe alimentar “objetivos iluminados”, fazer a vontade de Deus no que tange às relações interpessoais. Amar. O amor não faz mal ao próximo e jamais acaba. Portanto, em toda a nossa vida precisamos buscar a luz e vigiar para não nos acostumar com o breu desse mundo que não quer obedecer os mandamentos de Jesus Cristo.

E.A.G

Cientista David Godall comete eutanásia aos 104 anos de idade



David Goodall, londrino com nacionalidade australiana, aos 104 anos de idade, cercado por netos e um amigo, colocou fim a própria vida em uma clínica na Balileia, a cidade considerada capital cultural da Suíça. A eutanásia ocorreu nesta quinta-feira, 10 de maio de 2018. Ele foi botânico e ecologista, pesquisador honorário da Universidade Edith Cowan de Perth, influente no estudo da vegetação, e teve sua fama acentuada ao trabalhar como editor-chefe da série de livros "Ecossistemas do Mundo", enciclopédia em 30 volumes, publicados entre 1972 a 2015 pela Elsevier.

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Exceto pelo ensurdecimento, o cientista não tinha qualquer problema de saúde. Ao som de Beethoven, o cientista pôs fim a própria vida em uma clínica de suicídio assistido na Suíça. Talvez tenha escolhido tocar Beethoven porque como ele o compositor alemão também sofria com o mal da surdez. 

Goodall não tinha nenhuma doença grave ou terminal, mas alegava que já havia vivido muito e que sua qualidade de vida estava aquém da que gostaria. Após uma queda, ele ficou em seu escritório por dois dias até ser descoberto caído e levado para um hospital.

Aos 102 anos, Goodall chamou a atenção da mídia para si quando a universidade em que trabalhava o afastou de suas atividades "por razões de segurança"; acionou a imprensa tentando fazer com que as circunstâncias se revertessem conforme sua vontade. Apesar de criar um debate local sobre a força de trabalho de pessoas idosas, a universidade não o recolou em seu quadro de funcionários.

Depois disso, ele tentou, sem sucesso, tirar a própria vida na Austrália, o país onde morava. E decidiu transformar seu desejo de morte em uma missão a mídia teria que contar. Então fez campanha aos australianos, com o objetivo de receber a autorização legal para cometer o suicídio assistido. Sua campanha mórbida não obteve sucesso.

Na data do 104º aniversário, no início de abril deste ano, convidou a emissora estatal para registrar o momento em que apagaria as velas do bolo, ocasião que aproveitou para dizer sobre sua tristeza em ter atingido seu centenário e outra vez falar sobre seu desejo de morrer. Circunstância em que usou as câmeras de televisão como vitrine e divulgar que planejava viajar para Liestal, Suíça, onde uma clínica havia aprovado sua morte assistida.


O transporte foi pago, ao custo de 20 mil dólares australianos, pela Exit International, a instituição que ajuda suicidas a darem cabo de suas vidas. A Suíça não é o único país onde o suicídio assistido, ou eutanásia, é legal. Também está liberado na Bélgica, no Canadá, em partes dos Estados Unidos, na Holanda, e em Luxemburgo. Mas a Suíça é o único país em que o serviço também pode ser oferecido a estrangeiros. É por isso que Goodall voou para lá.

Antes de cometer o suicídio, o botânico fez uma grande conferência de imprensa para enfatizar a ideia da liberação da eutanásia ao redor do mundo. Declarou ele: "Eu não pensava  ir para a Suíça, embora seja um bom país. No entanto, preciso viajar, para ter a oportunidade de suicídio que o sistema da Austrália não permite. Estou muito ressentido. Percebam como minha vida aqui é insatisfatória em quase todos os aspectos. Quanto mais cedo chegar ao fim, melhor. Sinto tristeza pelo fato de uma pessoa como eu, que deveria ter direitos de plena cidadania, incluindo o direito de suicídio assistido, não tê-lo".

Instantes antes da morte, o idoso assinou documentos sobre sua decisão na presença da família e amigos e médicos, comeu peixe e batata frita, o prato preferido dele, e cheesecake, de sobremesa. Após ele mesmo aplicar a injeção letal, ouviu a Nona Sinfonia de Beethoven, conhecida pelo quarto movimento como Ode à Alegria. E morreu ao término dessa peça musical.
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Segundo a Exit International, Goodall não acreditava em nenhum tipo de continuação de vida após a morte. Ele pediu que nenhuma cerimônia fosse realizada em sua memória e que seu corpo fosse entregue à ciência ou que, em caso de rejeição, as cinzas fossem espalhadas na Suíça.

No processo pela qual passou para cometer a eutanásia, Goodall precisou apenas girar  uma espécie de roda, esta liberou uma substância letal, que ao fluir entrando em seu organismo através da corrente sanguínea do seu braço, não demorou para se mostrar eficaz em seu efeito.

Vale lembrar, o cientista morreu em seu suicídio na Suíça, após ter o pedido de suicidar-se negado na Austrália. Segundo a agência France Presse, o ato de eutanásia era totalmente proibido na Austrália, e no ano passado foi legalizado no estado de Victoria, mas apenas para solicitantes com doença em fase terminal.

É óbvio que todos que nascem sabem que em seu futuro há a sombra da morte. Goodall escolheu data e hora para dar fim em sua existência nesse mundo, e morreu da maneira que considerou ser a melhor possível. 

Fala-se em liberdade individual, o direito de acabar com a própria vida. Mas é preciso questionar isso, principalmente quando a pessoa não passa a certeza de que está com o controle total de suas faculdades mentais. Alguém aos 104 anos continua a raciocinar perfeitamente?

Seu suicídio ocorreu em conformidade com a lei daquele país, mas dificilmente será considerada em concordância com as diretrizes da Academia Suíça de Ciências Médicas. A instituição revisa o tema e demonstra posição contrária à escolha pela eutanásia. ​​

E.A.G.

Consultas:
Exame - Cientista australiano de 104 anos morre na Suíça por suicídio assistido - 10 maio 2018 - 09h56 - https://exame.abril.com.br/ciencia/cientista-australiano-de-104-anos-morre-na-suica-por-suicidio-assistido/
G1 - Cientista David Goodall, de 104 anos, morre na Suíça após suicídio assistido - 10/05/2018 08h16 - Atualizado 10 de maio de 2018 10h19 - https://g1.globo.com/bemestar/noticia/cientista-david-goodall-de-104-anos-morre-na-suica-apos-suicidio-assistido.ghtml
BZ Basel - Darum inszeniert der 104-jährige Australier David Goodall seinen Freitod in der Schweiz - atualização em 8 de maio de 2018 às 08h09 - https://www.bzbasel.ch/basel/baselbiet/darum-inszeniert-der-104-jaehrige-australier-david-goodall-seinen-freitod-in-der-schweiz-132543607

domingo, 6 de maio de 2018

Ética Cristã e Doação de Órgãos



Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Na prática, ética é a conduta ideal e reta esperada de cada indivíduo. No campo teórico é o estudo dos deveres do indivíduo, isolado ou em grupo, objetivando a exata conceituação do que é certo e do que é errado. A Ética Cristã  deve ser fundamentada  no conhecimento de Deus como revelado nos ensinos de Cristo. Para os crentes em Jesus, significa o comportamento, o porte, a compostura tendo como base a Bíblia Sagrada, considerando-a como regra de fé e prática.

Doar significa salvar vidas. Então a disposição em conhecer o tema doação de órgãos em profundidade é importante. Embora o assunto seja complexo, também é cativante. O que faz com que o cristão conhecedor da matéria, via perspectiva bíblica, consequentemente, seja um componente útil, capaz de fazer a diferença positiva, a toda hora que for necessário falar sobre este tema.

I – DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: CONCEITO GERAL

No Brasil e em praticamente todas as partes do mundo civilizado, a doação de órgãos é gratuita e de livre decisão do doador ou familiar responsável em caso de doação pós-morte. Em circunstância alguma esse processo pode envolver negociação comercial ou interferência econômica. Vender órgão humano é crime.

A lei brasileira que definiu a doação de órgãos diz que, se a pessoa não declarar em documento sua decisão de não ser doador, seus órgãos podem ser retirados para salvar vidas de pessoas doentes. Mas parece que causou mais prejuízo do que vantagem em termos de motivação para a doação. Cerca de 70% das pessoas aprova a doação de órgãos, mas parece que por sentimentalismo, pois o número de não doadores tem aumentado.

1. Definição de transplante.

A Constituição Federal de 1988 determina de forma precisa o direito à vida. E para acentuar esse direito, a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, fundamenta a legalidade sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para objetivos de transplante e tratamento, desde que seja de livre vontade e autorizada pelo doador ou seu familiar responsável. A doação de órgãos é liberada e grátis. É uma decisão que deve elaborada de maneira clara entre o doador e os familiares. O médico e a equipe hospitalar podem colaborar nesse desenvolvimento do assunto, com orientações seguras dos procedimentos, considerando o bem de todos e da vida.

O "transplante", ou "transplantação" é o procedimento cirúrgico que consiste na retirada do órgão ou tecido de um indivíduo, ou medula óssea, juntamente com vasos que o irrigam, com o objetivo de colocar em outro ser humano para compensar ou substituir uma função perdida. Pode ser realizado entre pessoas vivas ou ser usado o organismo de alguém recém-falecido. São reutilizados órgãos como coração, pulmão, fígado, rim etc. Na maioria das vezes, o órgão tem origem em um cadáver.

São transplantados órgãos como o coração, o fígado, o pâncreas, os rins, os pulmões, os tecidos e outros. O caso de transplante de pele, é realizado com a finalidade recuperar áreas atingidas por queimaduras.

Além disso, há o transplante de células-tronco que são encontradas, principalmente, na medula óssea, placenta e cordão umbilical. Ò transplante de células-tronco adultas pode ser realizado entre pessoas vivas e, portanto, não apresenta problemas éticos. Como a Bíblia ensina que a vida tem início na fecundação (Jeremias 1.5), a ética cristã desaprova o uso das células-tronco embrionárias, pois este procedimento só é possível matando o embrião.

Atualmente, para quem é cristão ou não, o transplante de rim  é considerado um dos mais comuns. Também é considerado comum o transplante da da transfusão de sangue. Não há polemica quanto à intervenção da ciência médica no doente renal crônico, pois está largamente constatado que assim o paciente recebe oportunidade para continuar a viver, tem sua vida normalizada.

2. O conceito de doação na Bíblia.

A ideia de "doar" está exposta amplamente nas Escrituras Sagradas, diretamente ligada ao mandamento de "amar o próximo".

Os pais que estão na terra costumam dar o melhor e de maneira rápida o que seus filhos necessitam, mas o Pai celeste, que ultrapassa infinitamente os pais da nossa carne, tanto em poder quanto em bondade e sabedoria, nos dá o Espírito Santo aos que lhe pedirem (Lucas 11.9-13). Jesus recebeu todos os talentos do Espírito sem medida, e assim era apto para realizar as obras do seu ministério, que consistia em socorrer os aflitos, apregoar a liberdade aos cativos, dar vista aos cegos (Lucas 4.19; João 3.34). Ao cristão não basta saber orar bem e orar constantemente, é necessário praticar o bem, sendo parte ativa daquilo que diligentemente ora. A pessoa que verdadeiramente tem o Espírito em sua vida, ama o próximo da mesma maneira que Cristo amou; sabe que o socorro aos enfermos é a marca registrada do cristão autêntico, que "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber"  (João 15.10, 13; Atos 20.35; 1 João 3.16).

O Criador, ao formar o corpo humano do pó da terra e soprar em suas narinas o fôlego celestial, fez com que a origem da vida humana fosse um evento nobre. Portanto, doador e receptor, que expressam a imagem e a semelhança de Deus, em suas atitudes de receber e doar órgãos, perpetuam a nobreza do ato divino da criação (Gênesis 1.26; 2.7; Provérbios 15.32).

A excelência da doação repousa na disposição de fazer o bem ao próximo, com base na prática da vontade do Senhor. Doar ao necessitado é uma forma de colocar a fé em prática.  O apóstolo Tiago que a fé sem obras é morta (2.14-17). Por sua vez, João escreveu que aquele que afirma amar a Deus mão não ama ao seu irmão, está faltando com a verdade (1 João 4.20).

Jesus Cristo prometeu a todos que não se negam ao gesto de doar proceder generosamente com bênção de reciprocidade: ""dai, e ser-vos-á dado" (Lucas 6.38 a).

3. A doação de si mesmo: pertencemos a Deus.

No Brasil. órgãos, tecidos e partes do corpo humano podem ser doados para beneficiar a saúde de outra pessoa, desde que não cause prejuízo ao organismo do doador.  O cristão autêntico deve observar esta situação levando em conta a sua consciência, que necessita estar ajustada aos parâmetros bíblicos e assim atuar segundo a orientação da Palavra de Deus.

Como cristãos, precisamos tratar deste assunto possuindo o mais alto interesse, evitar a posição do mero sentimentalismo sujeito a mudanças de ponto de vista. Pois o sentimento superficial não é fé, não é amor, não está em conformidade com o reflexo da imagem de Deus no ser humano; o amor deve ser demonstrado por obras, não apenas de palavras (1 João 3.17,18).

Você teria coragem de doar um de seus rins para salvar uma pessoa? Ter doado ou recebido algum tipo de órgão do corpo é uma experiência dramática, experimentar o episódio implica aos envolvidos na situação em passar por momentos tensos e de dúvidas.

II - EXEMPLOS DE DOAÇÃO

A doação de órgão e de tecidos humanos é a aprovação manifestada por parte de uma pessoa, permitindo que seus órgãos e tecidos sejam retirados, para serem aproveitados por pessoas portadoras de doenças crônicas, com o objetivo de aumentar-lhes sua sobrevida. O procedimento cirúrgico consiste na remoção do elemento orgânico enfermo para ser substituído por outro saudável.
Doação de órgãos após a morte 
O doador deve decidir livremente sobre a sua vontade de realizar a doação e para isso deve ser bem informado. Para que esse direito seja exercido mesmo após a morte, cabe aos familiares saberem o desejo do doador e cabe ao potencial doador manifestar e expor essa vontade ainda em vida. 
Doação de órgãos em vida
Para doar órgãos e tecidos em vida é preciso que o doador tenha compatibilidade com o paciente que receberá a doação, boas condições de saúde e tenha parentesco de até quarto grau familiar ou ser casado com a pessoa. Se não existir vínculos, a doação só poderá ser realizada mediante ordem judicial. A doação de órgãos não pode afetar a saúde do doador e ele precisa estar ciente dos riscos e consequências da cirurgia. O órgão para ser doado precisa ser duplo ou ter capacidade de reconstituir no organismo. 
Não existe implicação ética para a questão do transplante de órgãos, por doação entre pessoas vivas, à luz das Escrituras Sagradas,  caso a consciência de ambos, doador e recebedor, esteja em paz e sem dúvidas (Romanos 14.1-23; 1 Coríntios 8.7-13; 10.23-33).
1. O exemplo dos gálatas.

A igreja da Galácia, atual Turquia, foi fundada por Paulo. Aparentemente, os crentes daquela localidade desejaram doar até o que não podiam, para amenizar ou eliminar de uma vez por todas uma extrema aflição que acometia o apóstolo. Não há nas páginas da Bíblia informação específica sobre qual era este mal e cogita-se que fosse uma enfermidade nos olhos ou na visão.

Ao evangelizar na região da Galácia, Paulo deixou indícios de ter sentido os efeitos da dificuldade em sua carne. E orou a Deus três vezes para livrar-se do mal, o Senhor lhe respondeu: "a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (Gálatas 4.13-15; 2 Coríntios 12.7, 9 a).

O fato incontestável é que era grande o apreço dos crentes gálatas por Paulo, e Paulo destaca que os gálatas não o desprezaram nem o rejeitaram por causa disso. Ele escreveu que os membros daquela igreja viviam o cristianismo através de atos bondosos, se necessário arrancariam os próprios olhos e os doariam no objetivo de fazer acabar seu sofrimento (Gálatas 4.15).

2. O desprendimento de Paulo.

Assim que Paulo tomou ciência do perigo que corria em Jerusalém, foi aconselhado a recuar. Porém, ao invés de voltar atrás, demonstrou estar plenamente decidido a dar continuidade ao seu ministério missionário, não apenas sofrer "mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus" (Atos 21.10-13).

Com uma obstinação positiva, humilde e resoluto, Paulo discursou ao voltar de sua terceira viagem missionária a Jerusalém: "Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus" (Atos 20.24).

Demonstrou notável disposição para suportar dores e sofrer prejuízos em prol do Reino de Deus. Escreveu que doaria seu tempo, corpo, força, interesse, tudo para servir aos irmãos em Cristo (2 Coríntios 12.15).

3. A doação suprema de Cristo.

A Bíblia mostra a suprema doação. A morte vicária do Salvador é o maior exemplo do ato de doar. Jesus Cristo se doou, de corpo e alma, para que não morrêssemos. Para que não fôssemos condenados à morte eterna, doou muito mais que um ou outro órgão para salvar as nossas vidas.  Ele entregou a sua vida por inteiro na cruz do Calvário.

Foi por intermédio do sacrifício de Cristo, e de sua vitória sobre a morte, que fomos resgatados de nossa vã maneira de viver (1Pe 1.18-21). O apóstolo João enfatiza essa doação e no incentiva a fazer igual: "Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos" (1 João 3.16).

Doar órgãos para salvar outras vidas é um sublime ato de amor. Podemos entender que um órgão a ser doado é um “bem” do mais alto valor para a salvação da vida orgânica de um doente.

Ill - DOAR ÓRGÃOS É UM ATO DE AMOR

Muitas pessoas ainda morrem à espera de um órgão para sobreviver. Informações da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que 2.333 doentes morreram à espera de um transplante no ano de 2015. Muitas pessoas apesar disso rejeitam a doação por dilemas éticos e por falta de informação.

A doação de órgãos humanos, da mesma maneira que a de tecidos, antes de tudo, deve ser vista como um ato de amor e coragem. Doar é a ação concreta de extremo afeto. É a boa ação que representa literalmente o sentimento de benevolência que sentimos pelo outro. Tal ação dá a conhecer, de maneira irrefutável o verdadeiro bem-querer através do ato de solidariedade. 

1. O princípio da empatia e da solidariedade.

Cristo nos ensinou no Sermão do Monte: "tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós" -  Mateus 7.12.

Se uma mãe tem um filho que padece de problema cardíaco crônico, a quem a medicina aponta  poucas chances de sobrevida, certamente deseja ansiosamente que os médicos encontrem um coração de alguém, que dê oportunidade de sobrevivência para sua criança doente.

A empatia é definida como sentir o que a outra pessoa sente. É a posição de colocar-se no lugar do outro. A pessoa que se coloca no lugar do próximo, se estiver diante de uma situação extrema como doar órgãos, tende a ser doador de órgãos, pois o verdadeiro amor o impulsiona-nos à doação.

Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo é a síntese da lei e dos profetas, o resumo da lei de Cristo, que nos ensina não haver maior amor do que doar a sua vida ao próximo (Mateus 22.37-40; João 15.13).

Portanto, identificar irmãos na igreja que estejam em luta contra uma enfermidade séria. precisando de doação de sangue ou de um órgão, dá a cada cristão a oportunidade de socorrer pessoas que estão sofrendo bem perto de nós.

2. O princípio do verdadeiro amor.

A questão humana de doar órgãos está fundamentada no princípio do verdadeiro exercício do amor, quem realmente ama entende o altruísmo do auxílio mútuo, é solidário, e tem raízes no princípio da empatia e da solidariedade, que a Bíblia Sagrada apresenta como princípios cristãos. Portanto, desde que dentro das suas possibilidades, jamais deixa de socorrer alguém que estiver em dificuldade.

Salvar a vida de alguém é, sem dúvida, uma demonstração de elevado sentido espiritual e moral. A ação em nada contraria os preceitos éticos ou bíblicos, exceto no caso de células-tronco embrionárias. A pessoa que declara sua vontade de doar seus órgãos vitais após morrer não deve ter sua vontade desrespeitada.

Não é fácil a uma família tratar desse assunto num momento de fragilidade e luto. Mas, com certeza, a maior barreira ao ato de doar órgãos é a desinformação, que inviabiliza aos familiares agir em tempo adequado. Neste momento de pesar, a consciência do cristão para agir corretamente precisa estar alinhada e sintonizada com a Palavra de Deus.

CONCLUSÃO

A doação de órgãos em vida, ou depois de morto, é um elevado gesto de amor. Ninguém deve ser forçado à prática de tão nobre gesto. Portanto, cabe aos líderes da igreja conscientizar os membros a agirem amorosamente, lembrar da questão humanitária, não deixar esquecer que a transferência de órgãos é um modo de fazer com que a pessoa falecida esteja ainda um pouco mais de tempo entre nós.

Como cristão, cada um de nós, precisa ser capaz de se manifestar tendo como base a Palavra de Deus, pois é apenas nesta condição que o crente é agente que faz a diferença positiva e traz à luz os princípios da Ética Cristã.

E.A.G.

Compilação:
Bíblia de Estudo do Expositor, segunda edição revisada 2015, Jimmy Swaggart, página 2014,  Baton Rouge, EUA (Ministério Jimmy Swaggart)
Lições Bíblicas Adulto. Valores Cristãos - Enfrentando as Questões Morais de Nosso Tempo, Douglas Baptista, lição 7 - Ética Cristã, e Doação de órgãos, 2º trimestre de 2018, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas Adulto. Ética Cristã - Confrontando as questões morais. Lição 10: O cristão e a doação de órgãos, Elinaldo Renovato de Lima, 3º trimestre de 2002, Rio de Janeiro (CPAD)

IPOG Blog - Conheça a lei sobre transplantes e doações de órgãos - 21 de agosto de 2017 - https:// blog.ipog.edu.br/ gestao-e-negocios/ transplantes-e-doacoes-de-orgaos/

terça-feira, 1 de maio de 2018

O que separa o cristianismo de toda religião mundial?

Por David Fairchild

O que separa o cristianismo de toda religião mundial?

Você ora? Os muçulmanos também.

Você evangeliza? As Testemunhas de Jeová também.

Incêndio e desabamento de edifício na cidade de São Paulo



O feriado do 1º de maio de 2018, celebração do Dia do trabalhador, amanheceu com cenas impressionantes, assustadores e tristes.

Incêndio de grandes proporções atingiram duas edificações no centro velho da Capital de São Paulo, no inicio da madrugada. Era 1h30 quando o Corpo de Bombeiro combatia o incêndio e o edifício Wilton Paes de Almeida, com seus de 24 andares, ruiu. A igreja Luterana, ao lado, foi parcialmente afetada em sua estrutura.

O prédio, que pertence ao governo federal, já havia sido evacuado, quando em chamas veio abaixo, em torno de 2 horas da madrugada. No momento do colapso um soldado do Corpo de Bombeiro, Diego Francisco Santos, tentava resgatar uma pessoa e ambos desapareceram envolvidos por destroços da estrutura, fogo, muita fumaça e pó. O bombeiro sobreviveu e não se tem notícia da pessoa que estava sendo socorrida. Está confirmada 1 vítima fatal e 320 pessoas são dadas como desaparecidas.

No passado, o edifício era usado pela Polícia Federal, e atualmente estava desativado. O edifício estava sendo ocupado ilegalmente por grupos de famílias de baixa renda, ocupação esta organizada pelo Movimento sem Teto Luta pela Moradia, que cobrava aluguel no valor médio de R$ 350,00. Situava-se entre as avenidas  Rio Branco e Antonio Godói, próximo ao Largo do Paissandu, no conhecido centro velho da Capital, perto da divida dos bairros Campos Elísios e Santa Cecília, regiões conhecidas como Cracolândia.

A primeira equipe da imprensa de televisão a estar na região foi o SBT, com o jornalista Marcelo Bitencout, que fez transmissões ao vivo. Vizinhos gravaram o sinistro e o exato momento do desabamento, as imagens circulam na internet, nas redes sociais. O flagrante já roda o mundo, como é possível assistir nesse vídeo. Link: Brazil highrise fire causes building to collapse.

Bem próximo dessa tragédia, em 24 de fevereiro de 1972, houve o incêndio no Edifício Andraus, na Avenida São João, que vitimou 346 pessoas, sendo 16 vítimas fatais.

E.A.G.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Ética Cristã e Suicídio


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Na obra clássica "O Peregrino, João Bunyan narra a caminhada do "cristão" que buscava o fim de um estado opressor provocado pela sua atividade de pecados. Ele peregrinava com o fardo de pecados, cujo peso era esmagador, procurando alívio em diversas fontes. Foi quando o "interprete" lhe apontou o Calvário. Então, o Peregrino reconheceu que Jesus Cristo morreu por ele. Nesse momento, ele recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, e transferiu o fardo para as mãos de Jesus. É o que o ser humano deve fazer também para aliviar-se dos seus fardos.

Muitas pessoas estão à beira da total exaustão, vivem oprimidas em decorrência da sobrecarga diária. O esforço é custoso, impõe a elas esforço difícil de suportar. Vivendo neste processo desgastante, não são todas que reconhecem a solução que Jesus Cristo oferece. Não suportam o sofrimento e dão cabo da própria vida.

A expressão "suicídio" é derivada de dois vocábulos latinos: sui (“de si mesmo”) e caedĕre (“matar”), isto é, matar-se a si mesmo. Atitude também conhecida como "morte autoinfligida".

Sobre a decisão de colocar um ponto final a própria existência, o crente não deve basear-se em raciocínio, filosofias e justificativas puramente humanas. Precisa considerar as Escrituras, as vastas abordagens que a Palavra de Deus possui sobre este tema.


l - O SUICÍDIO NAS ESCRITURAS E NO MUNDO

Nas Escrituras, encontramos o registro de alguns casos de suicídio. Em todos eles, vemos que seus protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do Senhor, e desobedeceram à sua Palavra

A vida só tem sentido quando está sob o controle irrestrito de seu Criador (Isaías 41.13). O aumento do suicídio é resultado da ideologia que enaltece a criatura em lugar do Criador. Quando o homem evoca autonomia sobre o próprio corpo e a vida, desprezando e afrontando a soberania divina, graves e funestas consequências ocorrem.

1.1 No Antigo Testamento.

Na passagem bíblica de 1 Samuel, capítulo 31 e versículos 3 ao 5, encontramos o caso de suicídio de Saul, monarca  fracassado, que deixou o Senhor, e foi em busca de uma médium espírita (1 Samuel 28.1-19; 1 Crônicas 10.13,14). O texto registra que o rei cometeu suicídio precipitando-se sobre sua espada e o seu escudeiro viu que ele estava morto e suicidou-se também.

Aitofel,  cujo nome em hebraico significa "irmão de conversa tola", foi conselheiro importante de Davi e conspirou contra ele juntando-se com Absalão Ao se ver desacreditado por Absalão, sentiu profunda angústia e se enforcou (2 Samuel 17.23).

Zinri, um rei sem nenhum temor de Deus, usurpou o trono por traição e matança, reinou em Tizri por apenas sete dias. Após matar Elá, seu mestre, o povo se revoltou contra ele e declarou Onri rei em seu lugar. Então, apavorado, considerando não morrer pelas mãos de Onri, ateou fogo no palácio e propositalmente morreu no incêndio (l Reis 16.18,19).

Moisés pediu a Deus que tirasse a sua vida; o profeta Elias também fez o mesmo pedido; e da mesma forma o profeta Jonas. Eles temeram tirar a própria vida e pediram a morte. E Deus não atendeu a nenhum desses pedidos (Êxodo 1.17; Números 11.15; 1 Reis 19.4; Jonas 4.3). 

Sansão morreu como suicida?

Sansão viveu no período teocrático de Israel. Agiu em sua função de juiz sobre os israelitas (Juizes 3.6 a 16.31). O termo "juiz" pode trazer uma impressão errada aos que não possuem conhecimento bíblico. Qual era o papel de um juiz? Deus chamava indivíduos de diferentes posições sociais e dava-lhes poder para servir como juiz, liderando uma ou mais tribos de Israel. Assim, exerciam todos os poderes governamentais durante seu tempo no ofício executivo, legislativo e judiciário. Eles, na sua maioria, também eram líderes militares.

Há quem acredite que o caso de Sansão, o décimo terceiro e último juiz de Israel, é um exemplo de suicídio aprovado por Deus. Sansão não se suicidou, ele não tirou a vida como um suicida; mas sacrificou-se por seu povo quando esteve em seu último lance de combate contra os inimigos mortais dos israelitas.

Os filisteus haviam arrancado seus olhos e zombavam dele durante a realização de uma festa dedicada ao deus Dagon. Neste momento de escárnio, Sansão orou ao Deus verdadeiro pedindo-lhe força para contra-atacar. Ao receber esta força, abraçou duas colunas do templo pagão e provocou o seu desmoronamento sobre todos os inimigos de Israel (Juízes 16.28-31). Através de Sansão o ciclo de derrotas nas mãos dos filisteus foi quebrado. Não fosse esta iniciativa corajosa um ato de guerra, Sansão não seria mencionado entre os heróis da fé (Hebreus 11.32-34).

1.2 No Novo Testamento

Encontramos nas páginas neotestamentárias o triste exemplo de Judas Iscariotes, um dos doze discípulos de Jesus, tesoureiro e ladrão de ofertas (Lucas 6.16; João 12.6; e 13.29) Tomado por uma ambição egoísta, traiu o Mestre por trinta moedas de prata (Marcos 14.10-11). Após trair Jesus, ele foi dominado por um profundo remorso, e, ao invés de pedir perdão ao Senhor, preferiu dar cabo de sua vida enforcando-se, tendo suas entranhas derramadas no chão (Mateus 27.3-5; Atos 1.18). Antes desse fim horrível, Cristo o havia exortado, para que não o traísse e evitasse o sofrimento (Marcos 14.21).

Em nossos dias, infelizmente, há quem siga o caminho de Judas e banalize a vida e a fé cristã. Por amor ao dinheiro, muitas pessoas são atraídas aos mais diversos tipos de pecado. Gente crente em Cristo, abandonam a fé e são traspassadas por muitas dores. No entanto, as pessoas podem ter dinheiro, amar a Deus acima de todos e tudo e não amar as riquezas (Jó 42, capítulo completo; 2 Timóteo 6.10).

Jesus se recusou a cometer suicídio ao ser tentado por Satanás (Mateus 4.5-6; Lucas 4.9-11).

O carcereiro de Filipos se propôs a cometer suicídio, quando ocorreu um terremoto na região da prisão na qual  ele era o responsável pelo aprisionamento dos presos, entre os quais Paulo e Silas. O abalo sísmico abriu as grades dos cárceres e ele apavorou-se pensando que os detentos haviam fugido. Quando o apostolo o viu tirando a espada com o intento de matar-se, gritou para impedi-lo "não faça este mal contra si mesmo, estamos todos aqui". E o carcereiro perguntou a Paulo e Silas o que deveria fazer para ser salvo. Então, ouviu: "Creia no Senhor Jesus, e será salvo tu e tua casa" (Atos 16.23-32).

Durante a Grande Tribulação muitos tentarão cometer suicídio, mas serão incapazes de encontrar a morte (Apocalipse 9.6).

1.3 O suicídio no mundo

O suicídio aparece nas Escrituras Sagradas e reflete-se no mundo de hoje. Pesquisas mostram que no Brasil o número de suicídios entre jovens cresce de modo lento, mas constante. Dados mostram que, em 12 anos, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5.1 por 100 habitantes em 2002 para 5,6 em 2014 - um aumento de quase 10%.

Esses números, obtidos pela rede de televisão britânica, BBC Brasil, são do Mapa da Violência 2017, publicado anualmente a partir de dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Em números absolutos, foram 2.898 suicídios de jovens de 15 a 29 anos em 2014, um dado que costuma desaparecer diante da estatística dos homicídios na mesma faixa etária, cerca de 30 mil.

Um olhar atento permite ver que este melancólico fenômeno  não é recente  nem isolado sobre o que acontece com a população brasileira. Segundo Blaize Conzati, colunista e pesquisador do Instituto Familiar, em um artigo publicado em maio de 2017, de 2000 a 2015, a taxa de suicídio aumentou 27% entre as pessoas de 20 a 35 anos de idade nos Estados Unidos. Entre todos os grupos etários, a taxa média saltou quase 21% durante o mesmo período de tempo.

De acordo com Instituto de Pesquisa familiar, a perda de fé em Deus e o declínio da religião estão  entre as principais razões  pelas quais  jovens estão cometendo cada vez mais suicídio nos Estados Unidos. Os jovens americanos têm se distanciado das instituições religiosas ao longo das últimas décadas, escolhem viver de acordo com "sua própria espiritualidade" ou desprezam inteiramente a fé em Deus.

Os suicídios merecem atenção porque indicam um sofrimento imenso, que faz a pessoa tirar a própria vida. Muitos indivíduos se submetem a um desejo desenfreado de chegar ao "topo do sucesso" e, independentemente dos sacrifícios pessoais, fazem de quase tudo para "manter-se por lá" o máximo de tempo possível. Isso torna a existência um enorme fardo pesado, considerando que sucesso nem sempre é sinônimo de felicidade e estar em evidência não garante a autorrealização. Esse comportamento decorre de uma vida sem a presença de Deus, gera o aumento das tensões da pessoa com ela mesma e com muitos indivíduos em sua volta. Produz doenças psicossomáticas, das quais a mais conhecida é a depressão, e é a causa do índice de suicídios.

Pesquisa empírica sobre as causas do suicídio revelou que a maioria das pessoas não comete suicídio após a devida consideração e em desafio deliberado aos mandamentos de Deus, mas é levada a isso por doença mental grave ou experiências extremamente traumáticas.

Não é cabível ao cristão encorajar o suicídio. Fazer isso significa não possuir amor ao próximo e não ter resposta para o desespero e nenhuma condição de levar o conforto aos aflitos. O Evangelho de Cristo é o oposto de tudo isso.

Encorajar, incitar, dar apoio ao ato de suicídio de outra pessoa, é um crime em vários países ocidentais, visto como uma maneira de homicídio doloso (intenção de matar). Aliás, até quando realizado através  da Internet. Em território brasileiro, o artigo 122 do Código Penal prevê reclusão de dois a seis anos para quem leva alguém a cometer suicídio, ou reclusão, de um a três anos, se a tentativa de suicídio provocar lesão corporal de natureza grave.


II - TIPOS DE SUICÍDIOS

O que faz uma pessoa famosa cometer suicídio? Por que indivíduos que aparentemente não têm falta de nada tiram a própria vida? As aparências de alegria no cotidiano muitas vezes mascara o que realmente as pessoas estão sentindo e vivendo.

São muitas as pessoas que não conhecem a Jesus que são induzidas a matar a si mesma. Existem três tipos de suicídios: convencional, pessoal e sacrificial.

2.1 Suicídio convencional.

Após Constantino introduzir o cristianismo em 312 como a religião oficial do Império Romano, os cristãos participaram do governo, Agostinho, em A Cidade de Deus (I, 17-27) formulou a primeira rejeição ética cristã abrangente do suicídio argumentando que o sexto mandamento implica uma proibição contra a morte de todas as pessoas inocentes e, portanto, implicação também contra tirar a própria vida. Um argumento adicional foi que o suicídio está absolutamente errado, já que rouba da pessoa responsável qualquer oportunidade de confessar o pecado mortal cometido contra si mesma.

É descrito pelo  nome de “convencional” o suicídio provocado pela tradição cultural ou coerção do grupo social. Exemplos:
• Os esquimós  toleram e esperam o suicídio de idosos e incapacitados.
• Era comum entre os japoneses a prática dohara-kiri como expressão de orgulho, a morte autoinfligida em nome da honra. O suicida era visto como gente nobre ao tirar sua vida para não experimentar alguma situação intolerável. 
Ainda há nos dias atuais a propensão ao suicídio naquela cultura. Em maio de 2007, ao ser investigado por corrupção, o Ministro da Agricultura do Japão sentiu-se extremamente envergonhado e cometeu o suicídio por enforcamento. Em 2014, a taxa média de suicídios no Japão era de 70 pessoas por dia. 
2.2 Suicídio pessoal.

Há hoje entre os cristãos uma atitude não bíblica com relação às dificuldades e aos sofrimentos. Quando as adversidades surgem, muitos creem que estão em pecado e abandonados por Deus. Contudo, foi o próprio Jesus quem nos alertou que não devemos nos surpreender com o fato de encontrar tribulações (João 16.33). A fé não nos isenta das dificuldades, mas nos capacita a enfrentá-las. É necessário aceitar o fato de que a vida presente não é constituída apenas de alegrias e conquistas terrenas. Os crentes são chamados a ter alegria e esperança em meio às provações atuais, com os olhos fitos na era vindoura.

O suicídio de ordem pessoal, obviamente, é realizado por  iniciativa individual, sem a influência de tradição cultural. As motivações para este tipo de morte são variadas e muitas vezes não é possível conhecer a causa direta. No entanto, a atitude é compreendida como um escapismo de problemas.

Quase sempre o suicídio ocorre em resposta ao sofrimento ou em decorrência da ansiedade exagerada, causadora do sofrimento antecipado. O sofrimento pode ser de natureza física, mental, emocional ou espiritual. As principais razões que transformam um individuo em suicida, são: depressão, problemas financeiros, dissolução de um relacionamento, uma forma de protesto, confusão sexual entre gêneros, ritual religioso, fuga da punição e fuga da dor.

Há cristãos que definem o uso do cigarro de nicotina, álcool e drogas ilícitas como maneiras de suicidar-se, lenta e gradativamente.

De maneira equivocada, alguns podem pensar que o suicídio deveria ser aceito como um direito, argumentar que o seu corpo é propriedade pessoal. A Bíblia Sagrada declara que o nosso corpo pertence ao Espírito Santo (1 Coríntios 6.19-20). Somos portadores de uma imagem irradiada na sociedade, seres humanos vivendo em comunidade e nesta condição o ato de suicídio aflige os que testemunham ou recebem a informação do ato suicida, além de gerar culpa e outras circunstâncias tensas.

2.3 "Suicídio" sacrificial.

No Antigo Testamento, a morte de Sansão é um exemplo de auto-sacrifício. Ele agiu de maneira altruísta, com o propósito de livrar Israel da opressão causada pelos filisteus. E por este motivo é mencionado entre os Heróis da Fé (Juízes 16. 23-31; Hebreus. 11:32).

No Novo Testamento, encontramos a questão de alguém salvar a vida alheia em detrimento da sua própria. O ensino de Jesus aborda este tema. Ele disse que a “morte em prol dos outros” é a prova de um amor maior. E como o Bom Pastor que tem um carinho muito especial com suas ovelhas, o próprio Senhor entregou a vida dEle por nós, através de um sacrifício amoroso. A cruz é o ponto central do cristianismo, foi na crucificação que Ele garantiu a vida eterna a todos nós. (João 10.15, 16).


III - O POSICIONAMENTO CRISTÃO PARA O SUICÍDIO

3.1 O posicionamento teológico.

A fundamentação bíblica do cristão contra o suicídio encontra-se no sexto mandamento do Decálogo: "não matarás". O preceito que nega ao ser humano tirar a vida de outro ser humano, também o proíbe de “assassinar” a si mesmo. (Êxodo 20.13; Deuteronômio 5.17).

A razão pela qual o suicídio é considerado uma violação da vontade de Deus, é que Ele é o Criador e Sustentador da vida. O suicida rejeita a soberania de Deus e usurpa sua prerrogativa em relação à vida e à morte (Jó 12:10). Somos produtos das mãos do Criador, portanto, a vida humana pertence a Deus (Salmo 100.3). Cabe ao Criador determinar o tempo de nascer e o tempo de morrer. Somente a Ele é cabível decidir quando e como a vida deve cessar, seja por doença, velhice ou acidente. (Eclesiastes 3.2).

Ao longo da História da Igreja, o suicídio sempre foi visto como um pecado grave. Houve a diferenciação do suicido com outros pecados, destacando-o como o pecado que não permite ao pecador arrepender-se por tê-lo cometido. Assim, no passado era costume da igreja negar o cerimonial de enterro aos cadáveres indicados como alguém suicida.

3.2 O posicionamento ético.

A posição da Ética Cristã é contrária ao suicídio pelos seguintes e principais motivos:
Suicidar-se denota inversão dos valores da vida e falta de confiança em Deus, o suicídio é um gesto de ingratidão que interrompe o ciclo e a missão da vida outorgada por Deus.
Falha por não reconhecer a natureza antinatural da morte (Romanos. 5.12; 1 Coríntios 15.26; 1 Tessalonicenses 4.13-18).
O suicida desconsidera ser criado à imagem e semelhança de Deus, não considera a santidade da vida humana O suicídio implica banalizar a vida que Deus criou (Gênesis 1.26–27; 9.5–6).
O suicídio é uma má administração do corpo. Suicidar-se demonstra amor mal direcionado e é prejudicial para os outros. O ato suicida viola o mandamento de amar “o próximo como a si mesmo” (Mateus 22.36-39; 1 Coríntios 6.19-20,  Efésios 5.29).
O suicídio é um ato egoísta de quem pensa em aliviar seu sofrimento sem se importar com os outros; a pessoa que comete suicídio ignora o sofrimento humano do próximo, de seus pais, irmãos e amigos (Romanos 5.3-5; 8.28; 2 Coríntios 4.17-18; 12.10).
Em face dessa situação lamentável na existência de alguns, a Igreja deve estar disposta a ajudar. Aos cristãos é necessário discernir a condição da pessoa que tem a predisposição ao suicídio.

Alguns sinais da iminente tragédia, são: falar em suicídio de maneira romântica; declarar não ter esperança, dizer ou realmente estar desamparado, descrever-se como pessoa inútil; perda de interesse em coisas materiais; abandono de bens materiais; felicidade súbita seguida pela demonstração de apatia ao visitar entes queridos. Atenção: tais características podem ocorrer em pessoas que não estão propensas ao suicídio.


CONCLUSÃO

Como Igreja de Deus, o cristão é convocado a militar pela vida, levar esperança às pessoas angustiadas. Perante um potencial suicida, é importante persuadi-lo a buscar ajuda e a companhia de parentes e amigos. Assim que houver suspeita, é necessário conduzir o mesmo ao envolvimento com grupos de apoio, sendo que os principais são os familiares que, comprovadamente, o amam e a coletividade da estrutura eclesiástica, voltada ao ministério de socorro aos aflitos.

Os problemas éticos são desafios gigantescos à igreja do Senhor. Por este motivo é necessário sempre buscar maior conhecimento bíblico a respeito do tema. Estar disposto a orar no sentido de estar capacitado a contribuir com ações consistentes. E assim, tornar-se apto a vencer este problema social, tão inquietante até aos servos de Deus.

E.A.G.

Compilações:
Geração JC, ano 27, número 118, páginas 13 e 14
Guia Fácil para Entender a Bíblial. Larry Richards, página 74 e 75, edição 2013, Rio de Janeiro (Thomas Nelson Brasil).
Lições Bíblicas Adulto. Valores Cristãos - Enfrentando as Questões Morais de Nosso Tempo, Douglas Baptista, lição 6 - Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia, 2º trimestre de 2018. 
Lições Bíblicas Adulto. Ética Cristã - Confrontando as questões morais. Lição 9: O cristão e eutanásia e o suicídio, Elinaldo Renovato de Lima, 3º trimestre de 2002. 
Quem é Quem na Bíblia Sagradaeditado por Paul Gardner, 19ª reimpressão 2015, páginas 580 e 581, São Paulo (Editora Vida). 

SciELO - May Christians request medically assisted suicide and euthanasia?, D. Etienne de Villiers, www. scielo. org. za/ scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0259-94222016000400090
The Ethics & Religious Liberty Commission, Suicide from a Christian perspective, 14 de Outubro de 2014, https:// erlc.com/ resource-library/articles/ suicide-from-a-christian-perspective  

Deus cuida de você


No livro de Isaías, capítulo 40 e versículo 31, a Palavra de Deus nos diz que todos que esperam no Senhor renovam as suas forças e voam com as águias. E então questionamos: Quantos cristãos estão vivendo hoje a sua fé ao estilo dessas aves de grande porte, bico e garras?

Durante as tempestades, as águias não se amedrontam. Elas abrem suas asas e voam acima de todas as agitações atmosféricas, enquanto as outras aves têm medo das densas nuvens, raios, trovões, chuvas ventos, granizo, temporal, procela.

É preciso confiar no Senhor em momentos ruins. Se Ele não muda a tempestade, dá asas de águias aos que o servem com fidelidade.

Será que durante as circunstâncias adversas nos esquecemos das promessas e instruções do apóstolo Paulo, ao escrever aos crentes da cidade de Filipos? O texto bíblico contido na Carta aos Filipenses, capítulo 4 e versículo 6, nos ensina que não é necessário que o coração permaneça ansioso durante as tempestades. Mas somos falhos e sentimos a ansiedade quando as coisas não estão bem. Neste momento de fraqueza, devemos abrir as asas e voar alto, é necessário empreender esforços para trocar a motivação criada pela ansiedade por orações, súplicas ações de graças, conforme recomendou o apóstolo.

Deus quer tocar em seu coração, em seu espírito e alma, para que você seja forte em todo tempo. Não importa qual e de qual tamanho é a luta que, inevitavelmente, é travada. O fato de confiar em Deus nos envolve na proteção divina, e dar lugar ao Espírito Santo durante a circunstância adversa, faz com que o desfecho contribua para o nosso bem. 

Estejamos disponíveis ao toque do Espírito Santo. Ao toque do Senhor, podemos todas as coisas em Cristo, que renova as novas forças.

E.A.G.

sábado, 28 de abril de 2018

Lições de superação: Nick Vujicic e Kanae-Miyahara


Nicholas James Vujicic, conhecido como Nick Vuijicic, é o filho mais velho de um casal de imigrantes sérvios, da Iugoslávia, que se estabeleceram na Austrália. Nasceu em Melbourne, em 4 de dezembro de 1982.

Nick Vuijicic veio a este mundo vitimado por uma doença congênita rara, caracterizada por uma falha embrionária que causa deformação física e  leva a maioria dos portadores à morte pouco depois do nascimento. A síndrome chama-se Tetra-amelia, conhecida também como focomelia. Os bebês afetados por este mal, durante todo o desenvolvimento na fase da produção intra-uterina, têm seus membros superiores e inferiores formados de maneira inadequada. Esta condição fez com que faltassem a Nick pernas e braços normais. Ele possui dois pés pequenos, um dos quais com dois dedos. Exceto pela deficiência física, Vujicic é uma pessoa que goza de saúde.

Nick é apontado como um dos sete indivíduos sobreviventes do planeta que vivem com a síndrome. Originalmente, os dedos de Nick eram fundidos, uma operação foi realizada para separá-los, para que pudesse usá-los para agarrar objetos, virar uma página e executar outras funções. Após a intervenção cirúrgica, é possível a ele manusear o copo de água e bebê-la, barbear-se, pentear o cabelo e escovar os dentes, operar uma cadeira de rodas elétrica, escrever, usar um computador, atender ao telefone celular. 

De acordo com sua autobiografia, após sua mãe dar-lhe à luz, recusou-se a vê-lo ou abraçá-lo enquanto a enfermeira o segurava na frente dela. Declarou em palestra que sua mãe, por estar em choque emocional, não conseguia tê-lo nos braços e nem amamenta-lo. Mas ela e o marido acabaram aceitando a condição do filho e consideraram que seu estado físico era o plano de Deus para sua vida.

Depois que sua mãe lhe mostrou um artigo de jornal sobre um homem que sofria de uma deficiência grave aos dezessete anos, ele começou a dar palestras em seu grupo de oração.

Devido ao problema de saúde, Vujicic cresceu afligido por dificuldades e privações. Ainda menino, foi proibido de frequentar uma escola regular por causa de sua deficiência física. Durante a sua escolaridade, as leis foram mudadas e Vujicic foi um dos primeiros estudantes deficientes físicos a ser integrado numa escola regular.

Apesar de se ver intimidado por sua realidade, sofrer bullying e depressão e ter pensado em suicidar-se aos oito anos de idade, pedir a Deus que fizesse seus braços e pernas crescerem, afirma que o período da sua infância foi surpreendentemente normal, e prosperou em sua juventude e adolescência. Aos dez tentou se afogar e desistiu por causa do amor de seus pais, não quis provocar neles o sofrimento causado pela atitude de dar cabo da própria vida.


Aos nove anos de idade, residia em Malbourne, com seus pais, um irmão e uma irmã. Era depressivo, achava que nada de bom poderia acontecer a sua vida, via pessoas com braços e pernas e perguntava a razão de não ter esses membros. Pensava que nunca seria feliz e que sua vida jamais teria um propósito além da dor e da humilhação. Acreditava que nunca teria um emprego e que seria um peso financeiro para seus pais. Tinha a certeza que jamais iria se casar e que nunca estaria pronto para segurar os filhos quando eles chorassem.

Os pais de Nick também oravam pedindo a Deus braços e pernas para ele, porém, conscientes que se não fossem atendidos acreditavam que havia um bom propósito de Deus para aquela situação. E lhe disseram: "confie em Deus, faça o seu melhor; aceite o que não pode mudar e tente mudar aquilo que você pode". Então, Nick se deu conta que suas realizações poderiam ser inspiradoras para muitas pessoas e começou a agradecer por estar vivo.

A grande mudança ocorreu quando sua mãe lhe mostrou um artigo de jornal sobre um homem lidando com uma grave deficiência.  Isso o levou a perceber que ele não era o único que lidava com grandes problemas, que mesmo que não recebesse um milagre poderia ser um milagre para a vida de outras pessoas.

Aos 15 anos de idade, começou a sua jornada de fé, acreditando em Deus e numa vida de orações, sem ter nenhuma ideia de qual plano Deus tinha para sua vida, cujo objetivo principal era que ajudasse outras pessoas. Quando leu o Salmo 139 entendeu que foi feito pelo Criador de maneira maravilhosamente assombrosa. Entendeu que havia uma Força Maior, que na verdade não precisava de braços e pernas, e sim, de Deus! Compreendeu que não precisava de dinheiro, o que realmente precisava era da paz de Deus. Entendeu que todo o dinheiro, todo o sexo, todas as coisas desse mundo se comparadas com a paz de Deus são apenas lixo.

Aos dezessete anos, demonstrou haver superado sua deficiência ao realizar palestras em seu grupo de oração. Depois do período de ensino regular, Vujicic frequentou a faculdade. Graduou-se na Griffith University aos 21 anos, obteve o grau de bacharel em Comércio, com dupla especialização em contabilidade e planejamento financeiro.

No colégio, uma funcionária o fez entender que poderia ser um bom palestrante, e o colocou diante de colegas estudantes. Assim que começou a falar, se apaixonou pela ideia de transmitir esperança e dizer que todos podem ter sonhos, “sonhar grande”. Ao ouvi-lo, algumas pessoas começaram a chorar, e uma adolescente desabafou dizendo-lhe: “nunca alguém havia me dito que eu era bonita como eu sou e que me amava do jeito que eu sou”. 

Em 2005, fundou a Life Without Limbs (Vida sem Membros), uma organização sem fins lucrativos. Em 2007, a empresa Attitude is Altitude, pela qual passou a viajar como palestrante motivacional, recebendo a cobertura da mídia de massa devido a essa atividade. Concedeu sua primeira entrevista de televisão, com potencial alcance mundial, a Bob Cummings, em 28 de março de 2008, apresentada pela ABC. Esteve como entrevistado no programa The Oprah Winfrey Show.



Dirige-se às congregações cristãs, escolas e reuniões empresariais. Ele dá palestras regularmente, mostra sua experiência de vida como exemplo aos que buscam a felicidade. apresenta a superação de sua dificuldade, como vive plenamente apesar da dificuldade. Fala sobre esperança e o sentido da vida. Enfoca temas que os adolescentes de hoje enfrentam.

Até o momento, o número de sua audiência ultrapassa três milhões de pessoas, esteve em 24 países e  e participou de conferências nos cinco continentes. Reflita sobre duas frases motivacionais de Nick:
"Nós temos feridas abertas, nós todos temos medos. O medo de falhar, o medo do escuro ou de o que quer que seja. Mas o bonito disso é que podemos transformar as nossas fraquezas em grandes oportunidades."
"O seu valor não é determinado por quem te reconhece, ou que tipo de instrução secular você teve ou quanto dinheiro você tem. Dinheiro, drogas, álcool, sexo, pornografia.. Se você colocar a expectativa da sua felicidade em coisas temporárias, sua felicidade será temporária também. Precisamos descobrir a verdade sobre nosso objetivo e o nosso valor." 
Vujicic estrelou o curta-metragem"Butterfly Circus" (O Circo da Borboleta) e em 2010 no Method Fest Independent Film Festival  foi premiado como Melhor Ator por sua atuação como Will. 

Vujicic escreveu o livro intitulado Life Without Limits: Inspiration for a Ridiculously Good Life (Vida Sem Limites: Inspiração para uma Vida Ridiculamente Boa), publicado em 2010 pela editora Random House. 


Em 2006, ele se mudou para a Califórnia, e dois anos depois conheceu nas proximidades de Dallas a jovem Kanae Miyahara, filha de um engenheiro agrícola japonês e uma mãe mexicana, nascida no México e residente no Texas. Ela compareceu em uma de suas palestras e se casaram em 2012. Atualmente Nick tem quatro filhos com ela e todos moram no sul californiano.

Na fase adolescente, pensava que jamais poderia se casar, e se casasse jamais pegaria na mão de sua esposa e filhos. Ao entrar na fase adulta e já casado, disse em entrevistas e palestras que compreendeu que mesmo não tocando na palma da mão de sua mulher é possível segurar o coração dela. Na questão da paternidade, lamentava não haver a possibilidade de abraçar os filhos quando chorarem, e ao ser pai de duas crianças entendeu que precisa ser o melhor pai do mundo, se não pode abraçá-los, eles têm que sentir o desejo de lhe abraçar.

Nick trabalha com órgãos governamentais em seis países da Europa. Governantes europeus implementam o seu método nas escolas, cuja didática aborda o valor do caráter, a responsabilidade, a identidade, a boa auto-estima, o empreendedorismo, o bullyng e como refutá-lo, como criar bons líderes para a sociedade.

É evangelista cristão. Em suas páginas virtuais, Vujicic declara ter renascido espiritualmente e sua adesão ao Cristianismo. Expõe abertamente aos internautas sua crença na inerrância da Bíblia Sagrada. Fala sobre as doutrinas do pecado, da redenção e da Segunda Vinda de Cristo. Porém, não compartilha qual é a denominação evangélica na qual congrega.

E.A.G.

Com informações de:
Arquivos Gerais, Nick Vujicic no Encontro com Fátima Bernardes - 13/12/2016 - completo, https://www.youtube.com/watch?v=z_ns6-Lehds&t=180s
Arquivos Gerais, Lindo e Emocionante! Nick Vujicic no Caldeirão do Huck - 31/12/2016 - completo, https://www.youtube.com/watch?v=ALcjrF1h_hw&t=482s
Wikipedia Estados Unidos - https://en.wikipedia.org/wiki/Nick_Vujicic
Wikipedia Brasil - https://pt.wikipedia.org/wiki/Nick_Vujicic 

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A vida é fantástica



"Você nunca dará uma topada se ficar parado. Quanto mais depressa andar, mais chances terá de dar topadas, mas também terá mais oportunidades de chegar a algum lugar" (Charles F. Kettering).
"O urso veio e preparou Davi para o leão. O leão veio e preparou Davi Para Golias. Golias veio e preparou Davi para Saul. Saul veio e preparou Davi para o trono.
Deus permite situações aparentemente impossíveis em nossas vidas para nos levar a lugares maiores. Quando chegamos no limite: Deus chega com providência.
O limite de Moisés era o mar. Deus abriu as águas para ele e o povo de Israel atravessar em terra seca.
O limite de Abraão era a morte de Isaque. Deus providenciou o cordeiro, com vista a honrar sua fidelidade e fé..
O limite de Ana era a esterilidade. Deus lhe deu um filho, mostrando que seu plano criador se consiste em que as mulheres conheçam a fecundidade. 
O limite de Jesus (como homem) era a morte. Deus o ressuscitou porque é o Autor da vida.
Deus conhece o seu limite e deseja levá-lo ao estado de excelência e primor.
Que Deus abençoe a sua vida abundantemente. Ao encontrar a limitação, que ela seja apenas o instrumento para o milagre acontecer.
Não olhe para o problema como o fim, mas como a oportunidade da manifestação da glória de Deus!!!"
Tudo que está ao nosso alcance é capaz de nos surpreender de alguma maneira positiva, porque existe nelas a capacidade de oferecer a alegria, muitas vezes despretensiosamente. Mantenha seu coração e olhos e ouvidos abertos para pessoas que compõem sua rotina e repense sobre alguns relacionamentos que se esfriaram. Queira escutar mais do que falar. Valorize ideias, objetos esquecidos em fundos de gavetas, quinquilharias no quartinho da bagunça. Não se apresse a descartar situações e coisas que parecem não merecer seu tempo e atenção. Faça tudo isso tendo como base os ensinamentos da Bíblia Sagrada.
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Nota Belverede: Encontrei o este texto, publicado entre aspas, em uma rede social, fiz uma pequena adaptação ao blog com o objetivo de compartir com os leitores deste espaço. A autoria é desconhecida.

E.A.G.