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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Administrando nossos talentos


“Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos. Disse-lhe o seu senhor: bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.” Mateus 25:14-30


Vamos falar sobre o servo que recebeu um talento e não o negociou. Vamos conjecturar: talvez ele tivesse medo de sair na rua com aquele talento e ser roubado. Aquele talento representava certa quantia em dinheiro, então ele poderia ter pensado: se me roubarem o que vou dizer ao meu senhor? Pois eu bem sei que ele é severo e não tolerará que eu me apresente diante dele com as mãos vazias, então vou esconder o meu talento num lugar que eu sei que ninguém vai poder tirá-lo de mim, então devolverei ao meu senhor àquilo que lhe pertence.

O medo e a insegurança tomou conta daquele homem e não deixou que ele pelo menos fosse até o banco e fizesse aquele dinheiro render juros. Além de ser medroso ele foi negligente.

Provavelmente aquele senhor não queria deixar aquele valor guardado, pois para ele não seria nenhum pouco inteligente guardar dinheiro em casa. Ele poderia ter depositado no banco para render juros, mas ele preferiu confiar em seus servos entregando para eles seus bens preciosos, pois ele queria ver o resultado do trabalho de seus servos. Para ele era importante o lucro, no entanto ter servos fieis, inteligentes, criativos e dedicados fazia toda a diferença.

A nós cristãos foi confiado uma tarefa muito importante que é amar.  O primeiro mandamento amar a Deus, o segundo amar nosso próximo como a nós mesmos. E se amamos a Deus o obedecemos. Assim devemos viver nossas vidas de acordo com as instruções que Deus nos dá e compartilhar com o nosso próximo o que temos recebido da parte Dele. E uma forma também de realizar esta tarefa é cumprindo o “IDE” (Marcos 16:15) pois esta missão foi confiada pelo Senhor a nós e não devemos decepciona-lo.
Devemos negociar os nossos talentos com sabedoria. Em Sua Palavra o Senhor nos fala a todo tempo sobre o amor, então entendemos que devemos ir com amor. No meio do caminho há vários empecilhos, porém temos que nos lembrar que em todas estas coisas somos mais que vencedores (Romanos 8:37). Assim como a aqueles servos foi confiado talentos, o Senhor Jesus também nos confiou talentos e cabe a nós a tarefa de administrá-los com fidelidade, sabedoria e responsabilidade.
É interessante quando o texto diz que cada um recebeu talentos de acordo com a sua capacidade. Não seremos cobrados por algo que não somos capazes de realizar, pois Deus nos deu talentos e também capacidade para administrá-los.

“Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o seu próprio dom para o bem dos outros! Quem prega pregue a Palavra de Deus; quem serve sirva com a força que Deus dá. Façam assim para que em tudo Deus seja louvado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o poder para todo o sempre! Amém!” 1 Pedro 4:10,11

A grande diferença que devemos observar em nossas vidas com Cristo é que Ele não nos trata como empregados e sim como amigos. E isso aumenta nossa confiança Nele, pois Ele nos tem revelado através da Sua Palavra a vontade de Deus para nossas vidas. Temos tarefas a cumprir, porém temos grandiosas promessas da parte de Deus a nosso respeito.
“Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome.” João 15:15,16

Porém não é porque agora somos considerados amigos que devemos agir de maneira negligente sendo avessos a vontade de Deus, pelo contrário: “... devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas. Não há dúvida de que a mensagem que foi dada por meio dos anjos é verdadeira; e aqueles que não a seguiram nem foram obedientes a ela receberam o castigo que mereciam. Sendo assim, como é que nós escaparemos do castigo se desprezarmos uma salvação tão grande? Primeiro, o próprio Senhor Jesus anunciou essa salvação; e depois aqueles que a ouviram nos provaram que ela é verdadeira.” Hebreus 2:1-3

Por isso devemos aguçar nossos ouvidos para ouvir e entender, pois essa é uma oportunidade única que o Senhor nos concede e não devemos desperdiçá-la.

“Escutem o que Deus diz: “Quando chegou o tempo de mostrar a minha bondade, eu atendi o seu pedido e o socorri quando chegou o dia da salvação.” Escutem! Este é o tempo em que Deus mostra a sua bondade. Hoje é o dia de ser salvo.” 2 Coríntios 6:2

Devemos nos lembrar que a volta de Jesus hoje está mais próxima de acontecer. Ele virá e não tardará, grandes são os sinais de sua volta e devemos estar na posição para que, quando Ele voltar estejamos de pé.

“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo...” Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” Mateus 25:31-34 e 41

“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” 2 Coríntios 5:10

Pois: “Muitos dos que já tiverem morrido viverão de novo: uns terão a vida eterna, e outros sofrerão o castigo eterno e a desgraça eterna.” Daniel 12:2

Portanto sejamos um negociador de nossos talentos, cada um de nós deve fazer a sua parte. Não sejamos inseguros, nem medrosos e muito menos tímidos e negligentes. Pois um dia prestaremos contas ao Deus que tudo vê e nada está oculto aos seus olhos.

Que Deus vos abençoe!

Neiva Silva

domingo, 28 de junho de 2015

Dom precioso é a alegria de Deus!


por Dr. M. Peschutter
Nossa alegria humana não é constante; ela está sujeita a variações e ao desgaste da rotina. Ela é sufocada pelos acontecimentos e depende das circunstâncias. 

A alegria de Deus – a alegria que vem de Deus e está estabelecida nEle, a alegria no Senhor, é bem diferente. É uma alegria que tem a Jesus Cristo no centro e não a nós mesmos. A alegria em Deus é muito diferente porque é de outra natureza, porque tem outra base e outra origem. 

A alegria de Deus vem da eternidade, por isso dura para sempre e tem valor eterno. Ela não se desgasta. 

É uma alegria que mesmo em meio às provações, ao sofrimento e até diante da morte dá toda a glória a Deus e louva o Seu nome. É uma alegria entre lágrimas, muitas vezes bastante amargas (veja 2 Co 6.10; Cl 1.24). Por essa razão, “o mundo” não entende e nem pode entender essa alegria! 

A alegria em Deus não é segundo a natureza humana nem produz reações tipicamente humanas. Ela é divina e, assim, sobrenatural.

Essa alegria soberana só é encontrada em Deus, que a presenteia aos Seus como um dom precioso. A alegria de Deus tem dimensões, qualidades e quantidades que nos são desconhecidas. Ela repousa em si mesma e permanece imutável porque o próprio Deus é imutável, pois Ele é o Ser Eterno.

Quando as Sagradas Escrituras nos conclamam: “Alegrai-vos sempre no Senhor”, é um Pai amoroso que pede a nós, Seus filhos, que confiemos e creiamos nEle, pois Ele criou algo que supera as nossas mais fantásticas expectativas. [...]




sexta-feira, 26 de junho de 2015

O mendigo e o espantalho

Por Eliseu Antonio Gomes

"O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem" - Cantares de Salomão 2.10.

"Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade" - Provérbios 5.18.

A cada dia que passa temos visto com mais ênfase determinadas alas da sociedade combaterem o conceito judaico-cristão da instituição familiar. Eu me refiro aos conceitos da monogamia e da heterossexualidade. Como disse Jesus na cruz aos seus algozes: eles não sabem o que fazem.

Nada melhor que, ainda na fase da juventude, receber o aconchego quente de um pai e de uma mãe, o abraço caloroso deles naqueles dias frios e as palavras doces de ânimo em tempos que estamos cansados das adversidades dessa vida, ter o conforto do aconselhamento e de uma direção se as dúvidas nos assaltam e levam embora a tranquilidade.

O Criador nos fez saber da importância da família ao pôr o Messias nos braços de Maria, ao colocar Maria ao lado de José como sua esposa. Como gente de carne e ossos, Jesus Cristo conheceu desde os primeiros minutos de vida a figura feminina ao ser embalado por uma mãe amorosa; e na fase de crescimento conheceu a figura masculina de um pai presente na pessoa do marido de sua mãe. O Filho do Altíssimo recebeu o apoio necessário do calor de uma família, aos moldes bíblicos, desde a mais tenra idade. Antes de conseguir equilibrar-se sobre os próprios pés, antes de ser capaz de andar sem cair, teve as mãos masculinas e femininas o levantando todas às vezes que foi ao chão.

Quando chegamos na fase adulta, o Criador nos presenteia com a oportunidade de um encontro com a pessoa que será companhia para a formação de nossas próprias famílias. Como indivíduos maduros, física e psicologicamente, chegamos ao momento de formar o nosso Lar Doce Lar escolhendo alguém do sexo oposto para estar conosco o resto de nossas vidas.

Mas, é tão triste observar matrimônios que se desmancham por motivos banais. Os seguidores de Cristo devem continuar a segui-lo enquanto maridos e esposas, observando o que Ele disse: "Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" - Marcos 10.6-9.

É importante continuar a crer em Deus quando as crises na relação conjugal chegam. O Senhor nos indica procedimentos que consequentemente resolvem os problemas que enfrentamos, as orientações que Ele nos dá restabelece o convívio tranquilo em nossas casas. Se no círculo familiar o amor prevalecer entre as diferenças individuais de homem e mulher, as desavenças se dissiparão como a névoa desaparece ao raiar do sol.

A união entre os cônjuges é muito valiosa e jamais o marido e a esposa devem se esquecer desse valor. O matrimônio é a relação humana que precisa ser protegida mais do que se protege as grandes fortunas em cofres de instituições bancárias. Esta proteção se consiste em o marido cultivar ao longo dos anos o seu amor pela esposa, amá-la como ama a si mesmo; a esposa estar disposta a renovar diariamente o compromisso de acompanhar o marido, exercendo o encargo de auxiladora que Deus lhe confiou. Proteção exercida através da troca de gentilezas, por intermédio de diálogos, exercício do respeito e perdão mútuos.

Que cada cristão não permita que as crises sejam desculpas para a separação do casal. Que não se deixe levar por opiniões propagadas neste mundo, afirmações que desejam nos fazer crer que a satisfação em viver pode ser conhecida nas relações extraconjugais; que cada um de nós despreze o senso comum da sociedade que diz não existir alegria em manter fidelidade a pessoa com quem um dia casamos e dividimos o leito matrimonial.

E, nesta permanência do estilo de vida a dois estabelecido por Deus, que possamos ser genitor ou genitora que gerem filhos que venham a ter a consciência plena de que são almas que têm a liberdade de viver a vida intensamente, porém, um dia terão que prestar contas por tudo que fizerem (Eclesiastes 11.9-10).

"E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele..." - Gênesis 2.18.

"Deus faz que o solitário viva em família..." - Salmo 68.6 a.

"Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará" - Hebreus 13.4.

E.A.G.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O convite é "Vinde a mim"

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve."   Mateus 11:28-30



                                        _______ por Warren Berkley _______

Durante centenas de anos e para milhões de pessoas estas palavras têm sido uma bênção. Não há uma palavra ou sentença aqui que não contenha um tesouro de pensamento para qualquer um que queira ouvir e aprender.

O convite feito aqui é captado por três palavras: "Vinde a mim"

Quando ouvimos o evangelho, quando lemos a Bíblia e estudamos o Novo Testamento e aprendemos sobre o Salvador o que somos chamados a fazer não é apenas mudar de religião! É certamente verdadeiro, se temos estado envolvidos em erro religioso, precisamos arrepender disso e seguir os ensinamentos dos apóstolos de Cristo. Mas isso pode ser apenas parte do que precisamos fazer. Não é exigida apenas uma mudança para a conversão. É uma decisão especial de deixar o pecado, confiar em Cristo e começar a segui-lo.

O convite é Vinde a mim, e isto significa que uma decisão deve ser feita de deixar o pecado, afastar-se do erro e vir a Jesus Cristo. E não se pode ler sobre Jesus com um coração honesto sem ser motivado para vir a ele. Ora, pode-se ler sobre ele meramente por certos interesses acadêmicos, ou curiosidade intelectual. 

O conhecimento que se ganha deste tipo de estudo pode jamais resultar em qualquer conversão ou salvação. 

Mas, quando abrimos nossa mente -- quando nosso coração é bom -- quando sabemos que precisamos de alguma coisa melhor na vida e lemos sobre Cristo, somos motivados a mudar nossa direção, abandonar o pecado em nossa vida e vir a ele.

Ele diz: "Sou manso e humilde de coração." Como isso é verdade! E se tivermos lido sobre Jesus saberemos que isto é verdade.

Lemos sobre ele na casa de Maria e Marta, em Betânia, consideramos sua atitude para com Pedro, antes e depois da queda de Pedro. Na história de sua vida e sua obra experimentamos a brandura e mansidão de Cristo. Jamais esqueça disso.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

A ressurreição de Jesus

Por Eliseu Antonio Gomes

A doutrina da ressurreição

"Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" - Atos 4.10-12.

A doutrina da ressurreição é maravilhosa, confortante e enche o cristão autêntico de esperança. Esperança para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que nosso Senhor estará conosco para sempre.

A ressurreição nos contextos do Antigo e Novo Testamento

A doutrina da ressurreição do corpo está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
O filho da viúva de Sarepta.
1 Reis 17.17-24 narra a primeira ocasião de ressurreição dentre os mortos registrada nas Escrituras Sagradas. É notável que uma pessoa não-israelita, original de Sarepta de Sidom, recebeu a suprema bênção antes do povo judeu: a dádiva da vida resgatada do poder da morte.
Uma viúva fenícia, recebera em sua casa o profeta Elias e o sustentou com seus poucos recursos e circunstâncias limitadas, agindo pela fé, segundo a Palavra e providência do Senhor, através da multiplicação da farinha na panela (1 Reis 17.8-16).  Jesus Cristo fez menção deste episódio em seu ministério (Lucas 4.25-26).
A bênção da ressurreição veio na pessoa de seu filho, a única esperança para uma viúva naquela sociedade antiga. Na mente da mãe do menino falecido havia um senso de culpa, ela concluía que a morte de seu filho era a expressão do castigo divino por seus pecados (versículo 18). Diante da situação, o profeta Elias deitou-se sobre o cadáver e orou para que voltasse a viver, a fim de que através do milagre fosse demonstrado que o Deus de Israel é mais poderoso que o falso deus Baal, e assim ficassem esclarecidas a veracidade e fidedignidade da Palavra de Deus entre todos os povos (versículo 24).
O filho da viúva de Naim
Lucas 7.11-17 narra a primeira das três vezes em que Jesus Cristo fez alguém tornar a viver, as outras situações são a filha de Jairo e Lázaro (8.40-56; João 11.38-44).
Próximo da porta de Naim, um pequeno povoado situado próximo de Nazaré, Jesus Cristo era seguido por uma grande multidão e encontrou outra multidão que seguia um enterro. A pessoa morta era transportada em um esquife -  uma espécie de maca ou caixão aberto. Era o filho único de uma viúva. A narrativa nos faz entender que a motivação de Jesus para realizar o milagre é a compaixão que sentiu pela mãe que perdera o filho. O texto nos faz pensar que o corpo estava à vista e envolto em lençóis, conforme o costume judaico e o fato de o defunto sentar-se e passar a conversar após receber a ordem de Jesus: "Jovem, eu te mando, levanta-te" (versículo 14 - ARA).

A natureza literal e corporal da ressurreição de Cristo

Após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres foram ao túmulo de Jesus: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Jesus (Lucas 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lucas 24.6, 7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo.

As evidências diretas e indiretas da ressurreição de Jesus

O túmulo vazio
A ressurreição destaca a Cristo das demais religiões. Os lençóis que envolviam o corpo não estavam desarranjados e ilesos, mantinham a forma que tinham quando cobriam Jesus, a parte superior tendo caído sobre a inferior devido ao peso das especiarias, e o envoltório da cabeça separado do resto através do cumprimento do pescoço. Aparentemente, o corpo tinha simplesmente passado pelo sudário do enterro.
Entre discípulos e apóstolos
A Bíblia declara que a ressurreição de Jesus e o seu posterior aparecimento aos discípulos foi corporal e literal, eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos. (1 Coríntios 15.5-8). 
O encontro dos discípulos com Jesus ressurreto no caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente do Pentecoste demonstra os discípulos mais fortes e maduros na fé.
No capítulo 24 do Evangelho escrito por Lucas, encontramos a passagem dos dois seguidores de Jesus, entristecidos devido a crucificação e morte do Senhor, sendo que um deles é identificado como Cleopas, que segundo uma tradição antiga seria irmão de José, marido de Maria, a mãe de Jesus (versículo 18).
Os dois discípulos estavam espiritualmente cegos em seus entendimentos quanto aos acontecimentos trágicos, cegueira provocada talvez pela intervenção divina ou pelo fato de terem considerado Jesus apenas como mais um profeta comum entre tantos outros que viveram em Israel, e não como o Unigênito Filho de Deus, cujas profecias prediziam a necessidade do sofrimento do Messias. Ambos não faziam parte do grupo dos doze apóstolos, caminhavam conversando e Jesus passou a andar com eles, apresentou-lhes conteúdos da Escrituras que falavam a seu respeito. Convidado por eles para pernoitar em suas casas, aceitou sentar-se à mesa, abençoou e partiu o pão e o distribuiu. Neste instante os dois perceberam que estavam diante do Cristo ressuscitado. Então Jesus desapareceu daquele ambiente e os dois discípulos foram encontrarem-se com os onze apóstolos para relatar-lhes o que havia ocorrido. Após o relato, Jesus apareceu aos onze apóstolos e aos que estavam com eles. Todos estavam perplexos e ficaram alegres com sua aparição, quando mostrou-lhes cicatrizes nos pés, mãos, ao lado de seu corpo, e comeu com eles. O impacto da aparência de Cristo - uma pessoa de carne e ossos - ajudou os apóstolos a entenderem as Escrituras no que tange a crucificação e ressurreição, tornou-os capazes de interpretar as profecias a esse respeito à luz do seu cumprimento.
"Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus... E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" - Atos 1.3, 9-11. 

O propósito da ressurreição de Jesus

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" - Romanos 10.9.

Embora todo o Novo Testamento descreva benefícios abrangentes que a ressurreição de Cristo nos traz, o apóstolo Paulo, no texto capitulado em Romanos 4.25, especifica que a ressurreição nos declara justos perante os olhos de Deus. O propósito da ressurreição de Jesus é salvar, justificar e redimir o corpo de todo aquele que crer e se arrepender de seus maus caminhos.

Ao ressuscitar Cristo dos mortos, Deus declarou tanto a sua aprovação por Cristo ter completado a obra da redenção quanto sua aprovação em relação a todos os que crêem e são assim unidos a Cristo em sua ressurreição.

Conclusão

Jesus ressuscitado é a razão da fé cristã. Ele é a certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de Cristo significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. A ressurreição de Jesus é a garantia da realidade da vida vindoura, nos assegura que todos os que morreram em Cristo se levantarão do pó da terra para estar com o Criador para todo o sempre no céu.

Cristo está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel (1 Timóteo 2.5).

As Escrituras não anunciam apenas a morte e ressurreição de Jesus, também ordenam que a mensagem da salvação deve ser oferecida a todas as nações (Lucas 24.47).

E.A.G.

Compilações
Bíblia de Estudo NVI, páginas 565, 1739, 1ª edição, 2003, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Plenitude, páginas 374, 1065, 1156, 1098, edição 2001, Barueri-SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Lições Bíblicas - Professor, José Gonçalves, 2º trimestre 2015, páginas 90-95, Rio de Janeiro (CPAD).

terça-feira, 23 de junho de 2015

Introdução à etimologia da palavra hebraica promessa

Daladier Lima

Há, em hebraico, ao menos duas palavras cuja raiz expressa diretamente uma promessa ou juramento. Abaixo as colocamos em hebraico, com sua transliteração:

A primeira é alah, e diz respeito ao compromisso objetivo, à descrição do que é acertado. Alah é da mesma raiz de Elohim, daí não ser novidade que Deus é um Deus que se compromete e cumpre (Jr 1:12).  E a segunda, dabhar, diz respeito ao ato e à palavra empenhada para a consecução do compromisso. Davar se refere ao emprego de palavras onde se promete alguma coisa, tenha o promitente consciência de suas implicações ou não. O substantivo alah ocorre muito mais vezes que o verbo no texto original, apesar de terem o mesmo formato. Uma conotação paralela vem da palavra berith, que significa aliança. De modo que quando alguém faz uma aliança (berith) com alguém, jura (alah) através de sua palavra (davar).

Nos relatos mais antigos de juramentos e alianças não existem documentos escritos, assinaturas reconhecidas em cartório, ou coisas semelhantes, para que alguém cumpra o que prometeu. Apenas a palavra é suficiente, muitas vezes assumida publicamente, à porta das cidades, na presença dos mais velhos, como recomendavam as tradições mais arcaicas. Expressa tanto juramentos entre homens, como Abraão fez com Eliezer em Gn 24, como entre Deus e os homens em Gn 6:18. Promessas do ponto de vista de Deus não precisam de assinaturas de qualquer natureza, afinal ele não é o homem para que minta (Nm 23:19)! Do ponto de vista do homem há vários exemplos de juramentos escritos, alguns dos quais do homem para com Deus, como alguns dos Salmos. O Salmo 119, por exemplo, é um juramento para seguir a Lei do Senhor.

A palavra é, portanto, a verbalização do contrato assinado mentalmente (intencionalmente) entre as partes. Documentos antigos mostram que quando o juramento tinha vulto, os contratantes imolavam e dividiam os pedaços de alguns animais. Em seguida, passavam por entre aquelas partes como a testemunhar que assim deveria ser feito a quem falhasse. É exatamente o que acontece em Gn 15:17, quando Deus se apropria de um simbolismo humano, para mostrar a Abraão seu empenho no acerto. Ainda que no caso em apreço Abraão tenha falhado, Deus permaneceu cumprindo sua parte, inclusive, exigindo em Jesus a morte que não recaíra sobre Abraão.

Há promessas de vitória (Êx 3:8) e de derrota (Dt 28:20). Deus é justo o suficiente para zelar por ambas (Na 1:2). O mesmo empenho que Ele teve para fazer com que Abraão gerasse filhos na velhice apesar de seu sorriso zombeteiro (Gn 17:17), teve para espalhar Israel pelas nações por causa da idolatria (Compare Dt 4:27 com Ne 1:8), inclusive, uma parte das tribos que foi para a Assíria não voltou do cativeiro até os dias modernos. Como dizíamos é um compromisso, para o bem ou para o mal, para a morte ou para a vida. Às vezes, um compromisso de derrota, gera uma maldição, porque se repete através de diversas gerações (Dt 5:9), o mesmo ocorre com a benção que é perpetuada nos filhos (II Rs 15:12). Curiosamente, nós só esperamos de Deus promessas de vitória, mas não é isso apenas o que a Bíblia mostra.

Como os seres humanos se especializaram na arte de falhar com os compromissos assumidos, com outros e com Deus, as promessas divinas tomaram uma relevância importante, a ponto de um salmista desiludido afirmar: É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem (Sl 118:8), nem mesmo os príncipes são confiáveis (Sl 118:9). Quando adicionamos o ingrediente da morte, que fez com que muitas pessoas falhassem nas suas promessas, dada a finitude da vida, então restou somente Deus. E Ele não foge à sua responsabilidade quando, por exemplo, prometeu a Abraão que seus filhos voltariam para Canaã, após a quarta geração (Gn 15:16), e mesmo estando este homem ilustre morto há muitos anos, cumpriu!

Às vezes, a promessa é um objetivo a ser alcançado com a ajuda de Deus. É o que aconteceu a Israel. Embora a terra que mana leite e mel estivesse prometida, Deus estaria subordinado à disposição do povo para conquistá-la. Quando eles lutavam adequadamente a vitória era certa, caso contrário eram entregues nas mãos dos inimigos (Jz 2:14). Isto acontece para que não pensemos que fomos nós que conseguimos a vitória (Jz 7:2), para que toda a honra, a glória e o louvor sejam dados a Deus. E para que nossa vigilância não dê lugar ao comodismo. Em outras palavras, pensaríamos: se Deus prometeu, então Ele que cumpra.

Exceto, naquelas situações em que as forças humanas se acabam, quase sempre Deus usa o homem como instrumento do cumprimento de suas promessas. Até mesmo quando cumpre uma maldição. É o caso de Nabucodonosor, que Deus usou para cumprir seus juízos sobre várias nações (Ez 29:18,19). Foi a liderança de Josué, por outro lado, tonificada pela ordenança divina, que possibilitou a entrada em Canaã (Js 1:9).

Deus não está atrelado aos anos para cumprir suas promessas, basta-nos ver Gn 3:15. Do ponto de vista do homem, temos sempre pressa. Uma pressa que acaba personalizando nossa necessidade. Do ponto de vista de Deus, as coisas acontecem em pararelo umas com as outras, de maneira que situações diversas estão interconectadas. Deus promete a Abraão (Gn 15:16) que seu povo desceria ao Egito, somente para que não pereça na fome em Canaã. Uma atitude que soa desconcertante, mas que José capta bem (Gn 45:5-7). Jacó poderia pensar ser penoso que Deus não tenha o abençoado ali mesmo onde morava, mas a benção precisava repercutir. Quatrocentos e trinta anos depois é que houve o regresso. Logo, o abrangente relógio kairológico de Deus nem sempre se enquadra no restrito relógio cronológico humano (Is 55:8). Assim se expressa o salmista: Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite (Sl 90:4).

Em alguns casos um posicionamento errado do homem pode anular uma aliança de Deus. Foi o que aconteceu a Saul, em I Sm 15. A ordem que foi-lhe dada era para destruir tudo dos amalequitas. Mas não foi cumprida. Então Deus anulou a escolha que havia feito (I Sm 10:24) e pôs outro em seu lugar (I Sm 28:17). O que nos leva a concluir que escolhas erradas possam mudar o curso de uma promessa de Deus em nossa vida. De fato, ações erradas de nossa parte podem, conforme diz a Palavra de Deus, até mesmo abreviar a vida (II Cr 35:21). Por outro lado, promessas de morte podem se tornar em promessas de vida, quando alguém ora ao Senhor, foi o que aconteceu a Ezequias (Is 38:21).

Que tenhamos paciência para aguardar o cumprimento das promessas de Deus em nossa vida. Ele não falhará!

A voz devocional da jovem poesia evangélica

A poesia de três jovens e talentosos autores evangélicos.



HYGGE


Tu és o meu conforto quando me deito
O meu prazer perfeito    
Em ti está o meu bem-estar
O meu clarear
A boa-nova que vem a galope
Ou pelo vento que sopra nas folhas

Tu és a roda de violão com os amigos
Sobre a relva fresca no fim da tarde
Tu és cada sorriso decorado
Com sonhos a se preservar
E cada riso incontido
Do que jaz nos corações

Tu és o alívio, o remédio
O bálsamo que refresca e refrigera
Aquele bom momento que nem toda língua traduz
O som doce que a clarineta produz
À meia-luz, na penumbra da alma necessitada
Aquela resposta há muito esperada

Tu és o piquenique, o luau e o sarau
A confluência das artes
A união das partes
Meu natural transmigrado para o sobrenatural
O pranto e o perdão
A celebração da união

Tu és alguma coisa que nessas fracas palavras
Da minha humilde linguagem
Ecoa na língua do amor, a língua da verdade
Que se traduz no calor do abraço teu
Meu Deus




Dádiva

Patrícia Costa    

No convidativo tapete verdejante
deleito  pensamentos
enquanto a brisa acaricia os meus cabelos          
e a minha pele.

Silente
não arrisco nenhuma palavra acostumada
que acelere o tempo
ou  desfaça a inteireza
do plácido momento.

Deixo-me
nesse terno acontecimento
de sorver o milagre da esperança
em cada particularidade 
presenteada pelo GRANDE TAPECEIRO.




Sonhos de amor

Luciano dos Anjos

Sigo pelas ruas

Com a cabeça nas nuvens

Escalando estrelas

E plagiando o voo dos pássaros



As pedras que me ofertam

Transformo em poesia
Na foz do meu silêncio
Nasce sempre um novo salmo
Meu coração é um menino 

Só quer falar de amor. 


*Em breve estes e outros autores estarão presentes no volume 4 da Antologia Poética Águas Vivas.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

6 Diferentes Tipos de Oração




Por: Frederick K.C. Price
Tradução e versão: Carla Ribas

A oração pode tornar-se frustrante se não entendermos a Palavra de Deus e Seus caminhos.

A maioria dos cristãos não estão cientes de que há vários tipos de orações discutidas na Palavra de Deus, e se você usar um tipo quando deveria estar usando outro, ela não será eficaz. 

Você estaria aplicando a ferramenta espiritual errada para suas necessidades ou pedidos. Deus diferencia cada uma das seis formas de oração mencionadas na bíblia que têm funções diferentes, como descrito abaixo.

1. A Oração de Concordância

Em Mateus 18:19, Jesus introduziu a oração de concordância quando Ele disse: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu."

Logo de inicio, você pode notar que, para que a oração de concordância seja eficaz, as pessoas envolvidas na oração precisam concordar! Você não pode saber o que outra pessoa quer - no que ela anseia - e Deus não pode responder a sua oração por alguém contra a sua vontade. Para usar a oração de concordância, você deve ter certeza de que a pessoa com quem você está concordando está alinhada com o que você está pedindo.

Se alguém me pede para orar em concordância com ele, eu pergunto: "Pelo que especificamente você quer que eu ore?" É absolutamente necessário certificar-se de que você está em perfeito acordo com o que o seu pedido de oração antes de juntar-se a outro crente na oração de concordância.

2. A Oração da Fé

A oração da fé, também conhecida como oração de petição, é a oração que a maioria das pessoas pensa quando usa o termo "oração". Oração de petição é entre você e Deus. É você pedindo a Deus um resultado determinado.

O versículo chave para a oração da fé é Marcos 11:24, onde Jesus diz: "Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.”
A regra a considerar aqui é quando você orar, não depois de orar, não quando você sentir alguma coisa, não quando você vir algo. Quando orardes (no momento em que ora) você deve acreditar que recebe o que pediu.

Hebreus 11: 1 diz: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e”a prova das coisas que se não vêem." Sua fé é a substância é algo real, algo tangível. É a prova das coisas que você não pode ver.

Observe que Marcos 11:24 não diz quando você realmente verá o resultado da sua oração. Não fala quanto tempo vai demorar para que o resultado da oração apareça, e é ai que muitos cristãos se complicam.

Deus vive em um eterno agora. Não há passado ou presente para Ele. Mas nós somos seres temporais que vivemos no contexto do tempo.
Quando você ora com fé, Deus imediatamente concede o seu pedido - no reino espiritual. Mas, no mundo natural, devido a uma série de fatores, pode levar algum tempo para a resposta se manifestar.

Deus responde às orações, e Ele vai responder a sua oração específica de acordo com a Sua Palavra, mas é sua fé que traz a resposta do mundo espiritual para o mundo físico. Quantas vezes nas Escrituras que Jesus diz a alguém, "segundo a vossa fé"?
Ele se referiu a fé dos povos constantemente, e apesar de ter sido o Seu poder que os curou, Ele sempre creditou sua fé como sendo o catalisador. De fato, quando Jesus foi à sua cidade natal, somos informados de que Ele "não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles" (Mat. 13:58).

Será que Jesus de repente perde seu poder durante essa visita a Nazaré? Não!
Seu poder nunca mudou. O que mudou? Foi nível de fé do povo misturado com Seu poder
Há uma explicação espiritual simples para isso. Deus não vai fazer algo contra sua vontade. Deus não pode violar o seu livre-arbítrio. Se você não tem fé para fazer algo, Ele não vai arbitrariamente substituir a sua falta de fé.

3. A Oração de Consagração e Dedicação

Em Lucas 22: 41-42, vemos delineada a oração da consagração e dedicação: "E [Jesus]  apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.”
Ele estava orando, na verdade, "Se há alguma outra maneira de fazer isso, vamos fazê-la." 

Mas a chave para Jesus, e para nós, é: "Todavia não a minha vontade, mas a Tua, seja feita".
Você ora para que a vontade de Deus seja feita quando você não conhece a Sua vontade e nem  um caminho alternativo que aparece é igualmente "correto" ou da "vontade de Deus”. Na ausência de instruções diretas, a oração de consagração e dedicação diz que você permitirá que Deus defina sua direção ou tome as suas decisões.

A oração de consagração e dedicação funciona quando você tem duas (ou mais) alternativas certas à sua frente, e você não está recebendo uma direção clara, nesse momento sobre qual opção Deus quer que você escolha. Quando a direção não é clara, mas qualquer uma das opções parecem ser legítimas, corretas - esse é o momento perfeito para dizer: "Senhor, se for da Tua vontade, eu estou escolhendo a opção A."
Acredite em mim, Ele irá alertá-lo se você estiver tomando a direção errada na estrada.

4. A Oração de Louvor e Adoração

Nesta oração, você não está pedindo que Deus faça algo por você ou para dar-lhe alguma coisa. Você não está mesmo pedindo direção e dedicando sua vida a alguma coisa que Deus o tenha chamado para fazer. Ao invés disso, você só quer louvar o Senhor, para agradecer a Ele por Suas muitas bênçãos e misericórdia. Você quer dizer a ele o quanto você O ama.

Um bom exemplo deste tipo de oração está em Lucas 2:20, que descreve a reação dos pastores que tinham visto o bebê Jesus: "Então voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.

Em Lucas 18:43, o homem cego curado foi descrito como "glorificando a Deus." O versículo também diz que todo o povo que testemunhou o milagre "deu louvores a Deus." Eles oraram orações de agradecimento.

Veja como Jesus orou em João 11:41: "Pai, graças te dou por me haveres ouvido", referindo-se a sua oração anterior sobre Lázaro. Na oração do Senhor, Jesus disse aos discípulos: "Quando orardes, dizei: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o teu nome" (Lucas 11: 2).
Paulo escreveu aos Filipenses: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.(Filipenses 4:6) Isto quer dizer que, mesmo quando oramos a oração da fé, devemos sempre intercalar adoração e louvor.

5. A Oração de Intercessão

Intercessão significa que você está intercedendo  - agindo em oração - em favor de outra pessoa. A pessoa pode ser incapaz de orar por si própria. Talvez ela esteja nas drogas ou mentalmente confusa por doutrinas demoníacas. Talvez a pessoa esteja tão doente que não seja capaz de reunir a energia para se manter alerta, muito menos para orar.

A intercessão envolve orar pelos outros. Ela pode envolver orar de uma maneira geral por coisas tais como a igreja ou o governo, ou oferecer orações mais específicas com base em seu conhecimento sobre a necessidade de uma pessoa.

Em Efésios 1: 15-18, Paulo escreveu: "Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos."

Aqui, Paulo deixa claro que ele orou regularmente para a igreja em Éfeso e para que as pessoas de lá recebessem estas bênçãos. Ele não se pôs de acordo com qualquer um, de modo que este parece ser um bom exemplo de oração de intercessão.

Da mesma forma, em sua saudação aos Filipenses, ele escreveu: "Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas" (Filipenses 1: 3-4.). O fato de Paulo dizer que fez pedidos por eles sugere que este também foi um exemplo de oração de intercessão.

6. A Oração de Ligar e Desligar

Esta oração é encontrada em Mateus 18: 18-19. Jesus diz: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus."

Existem vários pontos importantes nas declarações de Jesus aqui, sendo o primeiro que temos autoridade aqui nesta terra pela virtude de nossos direitos por meio do pacto que temos através de Jesus. A segunda coisa que notamos é a direção da ação. As coisas não começam no céu e vem para a Terra, ao contrário, a ação começa aqui na Terra. Observe que ele diz: "Tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu."

Como todas as coisas no sistema de Deus, este tipo de oração funciona apenas alinhada com a Palavra de Deus e Suas leis. Você não pode vincular as coisas à toa. 

Você pode, no entanto, vincular os espíritos imundos que estão agindo na vida das pessoas ou espíritos angelicais trabalhando em seu favor, por ordem de Deus, nas áreas em que Deus já prometeu-lhe resultados. Quando você ora dessa maneira, Deus afirma que no céu Ele coloca seu selo de aprovação em sua oração. Ligar e desligar tem que estar baseado na autoridade que Deus lhe concedeu na Escritura, não em algum desejo que você tenha.

Deus providenciou cada tipo de oração para uma finalidade específica. Embora você possa usar mais do que um em determinado momento, é importante ser claro sobre qual tipo você está usando e porquê, e estar ciente de suas limitações. Se você seguir os exemplos na Bíblia, certamente os usará corretamente.


Fonte: Charismamag.com
Trechos Biblicos: bíbliaonline.com