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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

CPAD - EDB 2012 - 4º trimestre: Ageu e o compromisso do povo da aliança

O profeta

O nome Ageu significa "minha festa", ou "festeiro", provavelmente um referência ao retorno do exílio.

Ageu é citado no livro de Esdras (5.1; 6.14).

O profeta foi um dos exilados judeus (das tribos de Judá, Benjamim ou Levi) que retornaram sob o governo de Zorobabel, o chefe civil do povo, e Josué, o sumo sacerdote, 536 a.C, favorecidos pelo primeiro edital de Ciro, escrito 138 anos antes, quando ele (ao tomar ciência de profecias sobre si mesmo, Isaías 44.28; 45.1) permitiu a libertação dos judeus, e forneceu-lhes condições para a restauração do templo (2 Crônicas 36.23; Esdras 1.1, 2:2).

Zorobabel era filho de Pedaías, um irmão de Salatiel. de acordo com a genealogia em Lucas 3.27. Salatiel era filho de Neri, um descendente de Davi através de seu filho Natã. Zorobabel - também chamado de Sesbazar pelos caldeus (Esdras 1.8; 11; 2.2; 3:02 , Esdras 3.8; 5.2. 14, 16) - exerceu o cargo de governador entre seus compatriotas, mas nunca governou de maneira absoluta, se submetia ao governo persa, que permitiu aos israelitas viverem sob suas próprias leis e regulamentos civis em sua terra natal, porém concedia aos repatriados liberdade relativa, sempre considerando-os como uma colônia, sobre o qual tinha uma superintendência contínua.

Apesar dos judeus receberem autorização de Ciro para reconstruírem o templo em Jerusalém, eles se mostraram desinteressados quanto a reconstruí-lo. Como desculpa para não se aplicarem a reedificação, faziam interpretação errada da profecia referente ao templo e ao cativeiro (1.2). Alegavam que não era o tempo oportuno e dedicavam-se às construções de suas próprias residências, belas mansões.

Um dos motivos para os judeus perderem o interesse na reconstrução foi a reação dos samaritanos e de outros povos vizinhos, que temiam as implicações políticas e religiosas de um templo reedificado num estado judaico própero. Eles opunham-se de maneira vigorosa ao empreendimento e conseguiram fazer a obra parar, ainda no estágio dos fundamentos, quando Dario tornou-se rei da Pérsia, por volta de 522 a.C (Esdras 4.1-5, 24).

Dario era interessado no exercício das religiões, não se opunha às práticas da religião judaica, inclusive deu apoio eficaz, durante a oposição de reedificação empreendida pelos judeus (Esdras 5.3-6; 6.8-12).

O livro

Os registros das profecias são muito breves, nos leva à suposição de que são apenas resumos dos discursos originais. O espaço de tempo entre a primeira até a última são de apenas três meses.

As profecias de Ageu culparam a interrupção da reedificação do templo à inatividade dos judeus, não apontaram culpa aos oponentes da finalização da obra.

O livro é citado no Novo Testamento, compare as passagens 2.6, 7, 22 com Hebreus 12.26.

O recado de Ageu também se consiste em exortação para os dias atuais. A exortação que ele proferiu nos faz considerar o padrão de espiritualidade em que estamos vivendo, nos convida a refletir sobre o estado espiritual de nossos corações.

O ministério de Ageu

O ministério profético de Ageu fez confronto ao egoísmo dos judeus, visando despertá-los e fazê-los enxergar qual era a verdadeira prioridade deles.

No segundo ano de Dario, 520 a.C, que veio a suceder o rei Ciro, 16 anos após o retorno do exílio sob o governo Zorobabel, os profetas Ageu e Zacarias foram escolhidos por Deus (1.1), visando despertar os judeus para que eles retomassem o trabalho da reconstrução do templo em Jerusalém.

Ageu começou a profetizar após 14 anos em que estavam suspensas as obras de reconstrução do templo. Emitiu profecia dirigida a Zorobabel, então governador, e assim mostrou aos israelitas a apatia em que eles viviam com relação a Deus, pois não se importavam em ver o templo em ruínas, negligenciavam os assuntos mais importantes da lei. O profeta fez com que entendessem que seus fracassos estavam relacionados ao fato de não honrarem ao Senhor ao estarem afastados do culto em Jerusalém. Resultado dessa mensagem: 24 dias depois, talvez o tempo em que os materiais de construção foram coletados, as obras foram retomadas sob a direção de Zorobabel e eles voltaram a prosperar (1.1, 15; Esdras 6.14).

Em 516 a.C., a reconstrução do templo foi completada e dedicada a Deus (Esdras 6.15-18).

A glória da segunda casa será maior do que da primeira 

A passagem bíblica Ageus 2.3 pressupõe aos leitores que muitos israelitas do tempo da reconstrução sob a direção de Zorobabel, conheceram o templo construído por Salomão, e destruído no ano 588 ou 587.

Reflexão sobre a inversão de prioridades na vida dos obreiros do Senhor

O trabalho que é feito para o Senhor nunca é em vão. Há uma tendência no ser humano a pensar erroneamente, paralisar diante da ansiedade, desprezar os deveres espirituais e ficar parado a esperar o momento aparentemente oportuno para trabalhar para Deus. Não convém parar, é preciso agir, ter fé apesar de não estar perceptíveis aos cinco sentidos naturais as boas oportunidades de empreender taferas à vontade de Deus.

Durante o cansaço, suposto perigo, e do desejo de experimentar os prazeres temporais, como no caso de uma bela moradia, que não é um pecado querer ter, levantemos as mãos para o céu sem pecado, buscando em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, para ter Jesus ao nosso lado como amigo. Ele vê nossos desejos, problemas, desilusões, e faz valer a promessa de que tudo o mais será acrescentado em nossas vidas. Ao priorizar as coisas espirituais, Deus toma conta dos nossos assuntos temporais (Lucas 12.33).

Diante dos problemas que o cristão enfrenta para exercer sua fé, deve permanecer persistente, abandonar os pecados e reformar o que for preciso, ter ânimo para não desistir de seguir a Jesus Cristo. Tomar cuidado para não deixar escapar as oportunidades úteis que Deus espera que sejam aproveitadas plenamente.

Conclusão

O erro dos judeus, após o retorno da Babilônia, foi entregarem-se ao desânimo ao encontrarem oposição. Deixarem de lado o que realmente era importante, o que era para fazer não era feito, partirem para as coisas supérfluas, negligenciarem totalmente a construção da casa de Deus e se ocuparem integralmente em  tarefas que lhes rendiam dinheiro e o conforto temporal.

O procedimento de Ageu é um exemplo aos pregadores da Igreja do Senhor, líderes cristãos devem orientar as almas desanimadas a refletirem sobre os juízos de Deus. São muitos crentes que estão iguais às ruínas do templo de Jerusalém e precisam ouvir o recado divino para diligentemente reiniciarem reconstrução de suas vidas espirituais, voltarem a obedecer, novamente reverenciarem e cultuarem a Deus.

São muitos que alegam não ser possível participar de projetos que representam o amor cristão, que solicitam deles a colaboração financeira para tornar o templo evangélico em ambiente confortável. Os tais, acreditam que tal iniciativa na esfera física não seja espiritual. Mas, não negam gastar seu dinheiro em outras coisas, como o conforto e o luxo em suas casas.

Não é um erro viver com toda a dignidade, confortavelmente. Que tenhamos a prosperidade sem abrir mão da colaboração em construção e manutenção de templos cristãos, pois são neles que muitas almas encontram-se com Cristo através da Palavra de Deus proferida nos púlpitos, é o lugar onde famílais se reúnem e gozam de comunham fraternal.

A bênção de Deus se faz presente na vida do cristão quando este remove seu erro, reverencia ao Senhor de todo o coração, relaciona-se com Ele muito além das práticas de meros ritos exteriores, extirpa máculas de desobediência e vive o cotidiano da vida tal qual  um altar de adoração ao Senhor, ou seja, com a consciência de que deve comportar-se como um templo espiritual a serviço da glória de Deus.

E.A.G.

Consulta:

Bíblia de Estudo NVI, edição 2003, São Paulo, Editora Vida
Bible Suite, http://biblesuite.com/

Existe permissão para cópias. A reprodução poderá ser feita desde que por completo e que não seja por motivação comercial e ao rodapé do texto haja crédito de autoria e coleta da fonte (isto é, Eliseu Antonio Gomes, Belverede, http://belverede.blogspot.com.br)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Lucas Mendes: As palavras mais usadas em 2012


"Socialismo e capitalismo são as duas palavras mais usadas em 2.012, em inglês, segundo o dicionário Merriam-Webster. E a palavra mais usada em português? Mensalão?" - Informação e pergunta de Lucas Mendes, apresentador do Manhattan Connection, programa outrora transmitido pela GNT e agora pela Globo News.

E, ainda, com Diogo Mainardi, Caio Blinder, Pedro Andrade, Ricardo Amorim, houve abordagens de pautas diversas: Vladimir Putin e a corrupção russa; a 69ª posição do Brasil na Transparência Internacional; o crescimento baixo do PIB brasileiro em 2.013; o filme Ferrugem e Osso, dirigido por Jacques Audiard e estrelado por Marion Cotillard e Matthias Schoenaert; a Síria e a ameça de armas químicas. Além disso, e outros assuntos, uma ótima entrevista com Sandra Moscovicht, do Instituto Ling, que oferece bolsas aos universitários que cursam  jornalismo e administração de empresas a oportunidade de fazer mestrado e pós graduação em universidades norte-americanas e europeias. 

E.A.G.

domingo, 9 de dezembro de 2012

André Baliera vítima de homofobia?


Antes de tudo, é preciso deixar claro que todo tipo de agressão é digna de repreensão, seja ela fruto de homofobia ou não.

Eu vejo parte da Imprensa tomar partido em casos de agressões contra homossexuais, parecendo ter a autoridade de bater o martelo do tribunal e sentenciar acusados como culpados de agressividade movida por homofobia. É preciso paciência, deixar os promotores e advogados trabalharem e o juiz dar a sentença. Dizer antes da hora certa que suspeitos são culpados, e a Justiça apontar depois que não são, gera o descrédito do jornalista que assim procede, além de dar brecha para processos legais por calúnia e difamação.

Quando e onde aconteceu o caso?

André Cardoso Gomes Baliera, universitário de 27 anos, estudante na Faculdade do Largo São Francisco, por volta de 19 horas de segunda-feira de 3 de Dezembro, voltava a pé para sua residência pela rua Henrique Schaumann, perto da rua Teodoro Sampaio, na região de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, quando encontrou dois homens em um automóvel e houve o desentendimento entre eles. Os agressores foram detidos pela Polícia Militar e indiciados por tentativa de homicídio qualificado. 

A apuração da PM no momento de atendimento à ocorrência 

Segundo as informações da PM, Baliera andava, quando passou a ser xingando por Portieri e Mosca, que estavam em um carro parado no cruzamento das ruas Teodoro Sampaio e Henrique Schaumann. O estudante revidou os insultos e os dois desceram do carro e agrediram Baliera com chutes e socos. Policiais em ronda pela região detiveram os agressores e os levaram para o 91º DP. [1] 

A versão de Baliera 

A vítima afirmou para a polícia que foi xingado de “v*****” e, ao questionar o motivo da ofensa, recebeu diversos golpes na cabeça. [2] 

A versão dos dois acusados de agressão por homofobia 

Segundo Joel Cordaro, advogado dos suspeitos, não houve motivação homofóbica à agressão. E Bruno Portieri (25 anos) e Diego Mosca (26), estão arrependidos pela violência cometida. “O agredido apanhou, apanhou de besta. Se ele tivesse seguido o caminho dele não teria apanhado”, disse Portieri a TV Record, ao deixar a delegacia. [1]

 “A briga começou depois que o carro em que eles estavam parou em cima da faixa de pedestres diante de um sinal vermelho. Baliera atravessou a rua e fez um gesto ofensivo com a mão. ‘Bruno desceu do carro, discutiu, e depois entrou no carro de novo. Então, André pegou uma pedra e atirou contra o carro, mas não atingiu nada’ ”, contou Cordaro ao portal G1. 

 “Depois, os suspeitos teriam encostado o carro em um posto de combustível. Mosca desceu do veículo e foi pedir satisfações para Baliera, que pegou os óculos que o suspeito usava e o quebrou. Segundo Cordaro, a agressão física teria começado logo depois.” 

“Quanto à homofobia, o advogado afirma que não existiu. “A opção sexual [de Baliera] é problema dele. Todos se agrediram. Um mostrou o dedo, o outro xingou, mas não com intenção homofóbica. Se me chamam de ‘v****’, estão apenas me xingando, mas se é um homossexual, já se sente ofendido”, disse o advogado. 

Provável consequência

Os rapazes, acusados de agressão motivada por homofobia, serão processados pela Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania de São Paulo. Em caso de condenação, cada um deles será obrigado a pagar multa que varia de mais de R$ 18 mil a 55 mil. 

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Consultas:
1 – Portal em Pauta - Escrito por Daniela Novais às 21:06:00 de 04/12/2012 http://brasiliaempauta.com.br/artigo/ver/id/1195/nome/Apanhou_de_besta__diz_acusado_de_agredir_estudante_por_homofobia

2 - G1 - 07/12/2012  às 13h40 de 07/12/12 e atualizado na mesma data às 13h50
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/12/suspeitos-de-agredir-gay-em-sp-negam-homofobia-diz-advogado.html

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Mulher destrói carro na Vila Olimpia São Paulo


Ataque de fúria. Vingança por traição amorosa?

Usando marreta, e rodeada de testemunhas com celulares filmando, uma mulher amassa e quebra parabrisa de um automóvel estacionado na Vila Olímpia, bairro de São Paulo. Automóvel da Honda, talvez o modelo Civic ou Accord. Ao sair é aplaudida pelos transeuntes.


Fonte: Eliseu Antonio Gomes YouTube 17h44

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Apologeta lembre-se da Bíblia e do Consolador

Por Valmir Nascimento

O ponto de partida para uma apologética sadia é o estudo sistemático das Escrituras. De pouco adianta dominar técnicas de argumentação e de raciocínio lógico se você não tiver conhecimento bíblico suficiente para embasar a sua crença.

Infelizmente, muitos que se dizem defensores do evangelho acabam invertendo esses fatores, colocando a técnica na frente do conhecimento bíblico; o que resulta numa apologética espiritualmente deficiente, narcisista e absolutamente racionalista.

Apologética sem Bíblia é o mesmo que Cristianismo sem Cristo. Rende boas discussões, mas não acrescenta nada ao Reino de Deus. Aqueles que se enveredam por esse caminho perdem o foco principal do que seja batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd. v. 3) e com isso partem para ataques pessoais e discussões inócuas.

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Editor de Belverede: Infelizmente, existe quem faça apologia, defesa que diz ser bíblica, colocando em primeiro lugar as próprias opiniões, e através delas define o que seria certo e o que seria errado.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sofonias e o juízo vindouro

Quem era Sofonias? 

 O nome Sofonias significa "tesouro (protegido, oculto) de Jeová". Isto é "O Senhor escondido".

Sofonias é o único profeta canônico que apresenta genealogia detalhada, menciona quatro gerações de seus antepassados. Uma breve pesquisa sobre os Profetas Menores nos revela que informações biográficas sobre os profetas são pouquíssimas. O livro de Sofonias é o único livro profético que oferece informações genealógicas sobre a família de um profeta. 

"Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias" - Sofonias 1.1.

É aceito por muitos biblistas que este Ezequias da linhagem de Sofonias, era ninguém menos que o próprio rei Ezequias (716-687 a.C.), monarca que reinou em Judá. O profeta seria descendente de Ezequias em grau de parentesco distante, um primo de terceiro grau.

Há discordância sobre a árvore genealógica do Sofonias. A argumentação daqueles que defendem que o profeta possuía linhagem real diz que há apenas duas pessoas conhecidas pelo nome Ezequias. A primeira é alguém que retornou do exílio da Babilônia na mesma época de Neemias (Esdras 2.16), e o segundo é o rei. Por haver no livro a apresentação da linhagem detalhadamente do autor, algo incomum nos livros proféticos, crê-se que a ênfase especial ocorreu para esclarecer sobre o vínculo de parentesco entre o profeta e o rei. Isso também é confirmado pela tradição judaica.

Mesmo sendo um aparentado de Ezequias, Sofonias não se esquivou de profetizar a respeito dos passos da monarquia. 

Sofonias, descendência africana?

A informação genealógica no início do livro afirma que o pai de Sofonias foi Cusi. O nome Cusi /Cush tem dois significados. Geralmente, a palavra é traduzida como a Etiópia. E "Etiópia" significa "a terra do povo de rostos queimados." O nome dado à terra foi uma referência para a pele escura dos povos que viveram na Etiópia (Jeremias 13.23). A palavra "Cush" também aparece como o nome de duas pessoas no Antigo Testamento. Cuche foi o bisavô de Jeudi, um oficial na corte do rei Jeoiaquim. A segunda pessoa assim chamada era o pai de Sofonias.

Alguns estudiosos da Bíblia defendem a tese que Sofonias era um estrangeiro. Um desses defensores é, David T. Adamo ¹ , que chama Sofonias de  "o profeta Africano." Adamo acredita que desde que Ezequias teve grande interação com a África, muito mais do que qualquer outro rei de Judá, possivelmente teria se casado com uma mulher africana, e esta então deu à luz a Cusi.

Teoria, nada comprovável. 

Tradição

Segundo a tradição judaica, Sofonias foi contemporâneo do profeta Jeremias, Jeremias teria pregado nos mercados e Sofonias nas sinagogas. E além de Jeremas, os profetas Naum e Habacuque viveram na mesma geração. Sofonias foi um profeta que ministrou em Judá durante o reinado de Josias (640-609 a.C.). Um estudo cuidadoso da mensagem de Sofonias indica que Sofonias começou seu ministério profético antes das reformas religiosas de Josias.

Afirma-se que Sofonias ministrou depois da destruição de Israel, durante os dias do jovem rei Josias.

O livro

O livro de Sofonias é o nono livro da coleção conhecida como os Doze Profetas Menores. É composto por três capítulos, com 53 versos. Ele contém três oráculos entregues por Sofonias durante os primeiros anos do reinado de Josias (639-609 a.C.). O primeiro oráculo castiga o povo de Judá por causa da adoração aos ídolos, adoção de práticas dos povos gentios (1.8).

O ministério de Sofonias é ministério profético de julgamento O profeta anuncia o castigo relatando a punição assemelhando-a a um catástrofe, da mesma forma que fizeram outros profetas antes dele. Deus usaria a poderosa Assíria, que haveria de ser instrumentalizada pelo Senhor para produzir a destruição de Judá. Esta profecia foi cumprida por volta de 586 a.C.. O castigo é nomeado por Sofonias como o Dia do Senhor.

As descrições deste evento são tão vívidas, que o profeta é muitas vezes chamado de "o profeta do Dia do Senhor." 

Sofonias denuncia em seu oráculo líderes políticos e religiosos de Judá. O profeta usou a metáfora do machado lançado contra a raiz da corrupção moral e religiosa, em oposição à idolatria que havia se infiltrado dentro do santuário, foi corajosamente contundente contra o culto a Baal. Defendeu O retorno à simplicidade de seus pais, criticou o uso de roupas de luxo estrangeiras nos círculos aristocráticos. Também conclamou o povo ao arrependimento, avisando a todos que Deus promete trazer contra eles um exército de pessoas de todo o mundo, um composto humano de fiéis do Senhor. Este remanescente será caracterizado pelo uso da justiça e da humildade.

O dia do Senhor desempenha um papel importante na profecia de Sofonias. Não é o tempo da destruição de Jerusalém então iminente, mas o tempo do reinado do Messias que ainda está para vir. Este dia vai começar quando o do Messias aparecer para julgar as nações e irá estabelecer em seguida tempo do reino milenar de paz. Ele é chamado de "dia do Senhor" no Novo Testamento (2 Tessalonicenses 2.1).

Tal expressão não deve ser confundida com o "primeiro dia da semana", que também é chamado de "dia do Senhor" (o dia que pertence ao Senhor) em Apocalipse 1.10. O Antigo Testamento descreve o dia do Senhor principalmente sob o aspecto do juízo.

Com base no capítulo 2 e versículo 13 conclui-se que Sofonias tenha profetizado antes da queda de Nínive, em 612 a.C. E diversos biblistas acreditam que Sofonias teria profetizado antes da reforma empreendida pelo rei Josias. 

E.A.G.

1 -  em seu livro África e africanos no Antigo Testamento (Eugene, OR: Wipf e Publishers banco de 2001), p. 116.

Consultas:
http://www.biblecentre.org/commentaries/ar_40_ot_zephaniah.htm
http://doctor.claudemariottini.com/2010/05/zephaniah-prophet.html
http://bible.org/seriespage/book-zephaniah

__________

Existe permissão para cópias. A reprodução poderá ser feita desde que por completo e que não seja por motivação comercial e ao rodapé do texto haja crédito de autoria e coleta da fonte (isto é, Eliseu Antonio Gomes, Belverede, http://belverede.blogspot.com.br).


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Um Coração Ardente John Bevere

Em Abril de 2010, li ou ouvi comentários muito bons sobre o livro Um Coração Ardente, lançado pela editora Dynamus, cujo autor é John Bevere. Fui à cata dessa obra nas lojas que costumo fazer compras e em outras também, mas havia esgotado na praça. Bem solícita, uma vendedora disse-me que faria um pequeno esforço na sua procura na rede de lojas em que era funcionária e se o encontrasse ligaria para mim. Dito e feito, na semana seguinte eu voltei à loja e comprei o livro.

Com certeza, passados dois anos, o livro já deve ter sido reimpresso, e eu o indico para leitura. Abaixo, a tradicional resenha desse livro, que indico para sua leitura:

"Jesus nunca aceitou mornidão. Pelo contrário, Ele requer paixão! Mas de onde teremos o fogo que incendiou nosso relacionamento com Ele? Ele nunca requer algo que não possa nos dar. Se você sente que um relacionamento íntimo com Ele é inatingível, esse livro te mostrará o contrário.

John Bevere, professor de Bíblia conhecido internacionalmente, te desafia a trocar um relacionamento medíocre com Deus por um relacionamento vibrante, com o fogo de Deus. Um Coração Ardente oferece colocações seguras formuladas por ensinamentos bem elaborados que te ajudarão a manter o amor por Deus. Leia e permita que o Espírito Santo te transforme enquanto o fogo da santidade de Deus toque as profundezas de sua alma.

Não importa onde você está em sua caminhada com Deus, se você considerar as palavras deste livro, ele transformará sua vida. Este é um livro essencial para aqueles que desejam um relacionamento mais íntimo com Deus!"

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Oficina de blogueiro

Quando o blog está há algum tempo no ar, e o blogueiro visita postagens antigas, descobre que algumas coisas podem ser melhoradas nas postagens e que outras precisam de "conserto" - um link quebrou, uma foto sumiu. Pois é, estou mexendo nisso neste mês.

A boa notícia é que o Google reconhece esse trabalho e dá destaque às páginas retrabalhadas.

E.A.G.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O par de tênis velho e outras velharias descartáveis


Sem programar, aleatoriamente, amanheci o sábado girando os canais de televisão. Parei em um deles, que passava o velho seriado Friends. Há oito anos que a sitcom deixou de ser gravada e ainda está no ar. Dá para entender a existência de reprises. Sempre haverá aquele telespectador que nunca assistiu o episódio e os que são nostálgicos e não se importam com as repetições. Se o SBT lucra com a turminha do Chaves, porque a Warner não lucraria com a turma da Jennifer Aniston?

Mas, saindo do abstrato ao concreto, na semana passada, num desses canais de documentário da Discovery, fiquei surpreso com duas senhoras, que eram identificadas como Acumuladoras. Elas tinham compulsão por comprar e guardar quinquilharias. Transformaram a casa delas em depósito, encheram suas residências de objetos por todos os lados, a ponto de causar dificuldade de trânsito de um cômodo ao outro, impossibilitar o uso da mesa da cozinha e interromper o clima de paz entre os membros da família.

O que fazer com todas as coisas velhas que acumulamos ao longo desses doze meses de 2012? O que é inútil deve ir ao lixão ou departamentos de reciclagens. Aquilo que ainda tem condições de uso, mas se tornou menos interessante, que mude de mãos - outras pessoas poderão fazer bom proveito!

E, trocando o campo físico pelo campo espiritual, digo que é preciso pensar e praticar a Palavra de Deus. O praticante da vontade do Senhor é receptáculo das misericórdias divinas, que jamais envelhecem. Ponderemos em textos bíblicos, contextualizemos ao nosso tempo da Dispensação da Graça, para encontrar o perdão e o favor divino de Deus, que se renovaram ontem, se renovam hoje e se renovarão amanhã e serão enderaçados aos que valorizam o.conteúdo bíblico como revigorante diário, que jamais perderá a validade e aplicabilidade!

E.A.G.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Jabes de Alencar na RedeTV!

"Não permita que nada, e nem ninguém, roube a sua felicidade. Sabe quem é o maior interessado em ver você feliz? Deus!"

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Frase proferida durante transmissão de sábado, 1º de Dezembro de 2012, preleção baseada no Salmo 103.1: "Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome", quando foi lembrado que devemos olhar para as coisas que temos e agradecer a Deus, evitar gastar o tempo com lamentações pro aquilo que não possuímos.

E.A.G.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

As fábulas de Esopo: Lobo em pele de cordeiro

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores" - Mateus 7.15.

Diz-se que a frase "lobo em pele de cordeiro" tem origen em uma das fábulas de Esopo. É bastante antiga.

Esopo viveu na Grécia Antiga entre 620 e 560 a.C., segundo Plutarco era gago e corcunda, foi condenado à morte pelos délficos. Existe uma coleção de fábulas creditadas a ele, reunidas por Demétrio de Falero no século IV, mas as que se têm contado nos dias atuais foram compiladas em prosa pelo grego bizantino Planúdio no século XIV. As estórias são todas de cunho moral, e em sua maioria contêm personagens animais personificando a bondade e a vilania. A coleção é aproveitada até nos dias atuais para educar a criançada. São: A Raposa e as Uvas; A Cigarra e a Formiga; A Tartaruga e a Lebre; O Lobo e o Cordeiro, etc. .

Se Esopo foi realmente o autor das fábulas ou não, não sabemos. Ao longo dos séculos as fábulas ganharam diversas versões, uma das mais conhecidas mundo afora entre nós é O Lobo e o Cordeiro. Os contos foram traduzidos para o idioma inglês a partir de 1.484.

A frase "lobo em pele de cordeiro" tem origem em período pré-cristão, refere-se ao comportamento dissimulado, a alguém que esconde a intenção maliciosa, sob o pretexto de bondade. O conselho adverte que não podemos ter pressa para confiar em alguém desconhecido que entra em nossos círculos mais íntimos demonstrando de maneira falsa ser amigável.

Durante os anos em que Jesus Cristo pisou aqui na Terra, a coleção de fábulas de Esopo era popular no Oriente Médio, seus contos tinham grande circulação entre as massas.  

O lobo e o cordeiro
Um Lobo, ao encontrar um Cordeiro desgarrado do rebanho, decidiu, ao invés de deitar mãos violentas sobre ele, encontrar alguma razão para justificar ao Cordeiro seu direito de comê-lo. Então ele lhe disse:
- Seu tratante, você me insultou rudemente no ano passado.
- Como? - redarguiu o Cordeiro num tom choroso de voz - eu não havia nascido ainda.
O Lobo então disse:
- Você pastou em meus campos.
- Não, bom senhor, - respondeu o Cordeiro - ainda não senti o gosto de grama.
Novamente o Lobo disse:
- Você bebeu água de meu poço.
- Não, - exclamou o Cordeiro - eu nunca bebi água, pois o leite de minha mãe é para mim tanto comida quanto bebida.
Após isso, Lobo agarrou e comeu o Cordeiro, dizendo:
- Bem! Não vou ficar sem minha ceia, embora você refute cada uma de minhas acusações.
Moral: O tirano sempre encontrará pretexto para sua tirania. 

E.A.G.

Consulta: Larousse Cultural.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Morre Joelmir Beting


Acompanhava com admiração o estilo de passar informações do jornalista Joelmir José Beting, principalmente em sua fase no Grupo Band. Sempre fiquei muito atento para ouvir as frases que ele inventava.Grande frasista, genuíno e sempre bem humorado. Ele se foi aos 75 anos nesta madrugada de 29/11/2012 depois de um acidente vascular encefálico.

Carta aberta de Mauro Beting, seu filho, lida ao vivo em transmissão de rádio:

Nunca falei com meu pai a respeito depois que o Palmeiras foi rebaixado. Sei que ele soube. Ou imaginou. Só sei que no primeiro domingo depois da queda para a Segunda pela segunda vez, seu Joelmir teve um derrame antes de ver a primeira partida depois do rebaixamento. Ele passou pela tomografia logo pela manhã. Em minutos o médico (corintianíssimo) disse que outro gigante não conseguiria se reerguer mais”.

No dia do retorno à segundona dos infernos meu pai começou a ir para o céu. As chances de recuperação de uma doença autoimune já não eram boas. Ficaram quase impossíveis com o que sangrou o cérebro privilegiado. Irrigado e arejado como poucos dos muitos que o conhecem e o reconhecem. Amado e querido pelos não poucos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

Meu pai.

O melhor pai que um jornalista pode ser. O melhor jornalista que um filho pode ter como pai.

Preciso dizer algo mais para o melhor Babbo do mundo que virou o melhor Nonno do Universo?

Preciso. Mas não sei. Normalmente ele sabia tudo. Quando não sabia, inventava com a mesma categoria com que falava sobre o que sabia.

Todo pai é assim para o filho. Mas um filho de jornalista que também é jornalista fica ainda mais órfão.

Nunca vi meu pai como um super-herói. Apenas como um humano super. Só que jamais imaginei que ele pudesse ficar doente e fraco de carne. Nunca admiti que nós pudéssemos perder quem só nos fez ganhar.

Por isso sempre acreditei no meu pai e no time dele. O nosso.

Ele me ensinou tantas coisas que eu não sei. Uma que ficou é que nem todas as palavras precisam ser ditas. Devem ser apenas pensadas. Quem fala o que pensa não pensa no que fala. Quem sente o que fala nem precisa dizer.

Mas hoje eu preciso agradecer pelos meus 46 anos. Pelos 49 de amor da minha mãe. Pelos 75 dele.

Mais que tudo, pelo carinho das pessoas que o conhecem, logo gostam dele. Especialmente pelas pessoas que não o conhecem, e algumas choraram como se fosse um velho amigo.

Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa.

Com ele aprendi que não tenho de trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande pessoa. Como você fez as duas coisas.

Desculpem, mas não vou chorar. Choro por tudo. Por isso choro sempre pela família, Palmeiras, amores, dores, cores, canções.

Mas não vou chorar por algo mais que tudo que existe no meu mundo que são meus pais. Meus pais, que também deveriam se chamar minhas mães, sempre foram presentes. Um regalo divino.

Meu pai nunca me faltou mesmo ausente de tanto que trabalhou. Ele nunca me falta por que teve a mulher maravilhosa que é dona Lucila. Segundo seu Joelmir, a segunda maior coisa da vida dele. Que a primeira sempre foi o amor que ele sentiu por ela desde 1960. Quando se conheceram na rádio 9 de julho. Onde fizeram família. Meu irmão e eu. Filhos do rádio.

Filhos de um jornalista econômico pioneiro e respeitado, de um âncora de TV reconhecido e inovador, de um mestre de comunicação brilhante e trabalhador.

Meu pai.

Eu sempre soube que jamais seria no ofício algo nem perto do que ele foi. Por que raros foram tão bons na área dele. Raríssimos foram tão bons pais como ele. Rarésimos foram tão bons maridos. Rarissíssimos foram tão boas pessoas. E não existe outra palavra inventada para falar quão raro e caro palmeirense ele foi.

Mas sempre é bom lembrar que palmeirenses não se comparam. Não são mais. Não são menos. São Palmeiras. Basta.

Como ele um dia disse no anúncio da nova arena, em 2007, como esteve escrito no vestiário do Palmeiras no Palestra, de 2008 até a reforma: “explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… é simplesmente impossível!.

A ausência dele não tem nome. Mas a presença dele ilumina de um modo que eu jamais vou saber descrever. Como jamais saberei escrever o que ele é. Como todo pai de toda pessoa. Mais ainda quando é um pai que sabia em 40 segundos descrever o que era o Brasil. E quase sempre conseguia. Não vou ficar mais 40 frases tentando descrever o que pude sentir por 46 anos.

Explicar quem é Joelmir Beting é desnecessário. Explicar o que é meu pai não estar mais neste mundo é impossível.

Nonno, obrigado por amar a Nonna. Nonna, obrigado por amar o Nonno.

Os filhos desse amor jamais serão órfãos.

Como oficialmente eu soube agora, 1h15 desta quinta-feira, 29 de novembro. 32 anos e uma semana depois da morte de meu Nonno, pai da minha guerreira Lucila.

Joelmir José Beting foi encontrar o Pai da Bola Waldemar Fiume nesta quinta-feira, 0h55.

Fonte: Blog do Mauro Beting

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Céu lindo céu

"E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem..."
[Apocalipse 11.12 a]

Céu, lindo céu
 Fernandinho
 [ao vivo]

terça-feira, 27 de novembro de 2012

CPAD - EBD 2012: Habacuque e a soberania de Deus sobre as nações

O perfil de Habacuque

O nome Habacuque significa “abraço”. Ele profetizou para Judá, reino do sul, emitiu profecias a respeito da iminente invasão dos babilônios (caldeus).

Habacuque não era como os outros profetas. Os outros profetas exerceram seu ministério trazendo mensagens de Deus para a humanidade; entretanto Habacuque se limitava a dirigir-se a Deus e a meditar acerca dos enigmas profundos da vida, enquanto se defrontava com duas terríveis realidades: a degeneração de sua própria nação e a certeza de que ela estava a ponto de ser destruída por outra nação ainda pior.

Deus faz o profeta entender que aos fiéis não é difícil compreender as coisas em sua volta.

Contexto

Habacuque exerceu seu ministério em uma época de crise. Comparando os contextos da referência 1.2-4 com 2 Reis 21.22, podemos posicionar seu ministério no período do rei Jeoiaquim, entre 612 e 600.

O profeta abordou o período da opressão babilônica, quando os babilônios se apoderaram do império assírio e dessa forma os judeus, outrora subjugados pela Assíria, ficaram sob o domínio da Babilônia. O jugo dessa nova opressão não era menor do que a anterior. 

As dificuldades internas no reino de Judá eram gravíssimas. O profeta vê isso, medita nesta situação e interroga-se sobre o futuro do seus contemporâneos. Discute o problema do mal, talvez um dos assuntos mais difíceis com o qual a teologia tem de lidar. E Deus faz-lhe ver que não é difícil compreender para quem se mantém fiel.

O livro

Alguns biblistas afirmam que o livro foi compilado em 607 ou 606 a.C.

O livro de Habacuque é resultado da introspecção e observação do profeta. Ele observava seus contemporâneos cometendo iniquidades e se sentia frustrado e confuso e em oração dizia a Deus quais eram os seus sentimentos de incompreensão. Em geral, eram coisas como: “Deus às vezes o Senhor simplesmente não faz sentido!”.

Ao testemunhar a violência, a injustiça e maldade em seu próprio país, em seu coração o profeta se perguntava a razão de Deus não intervir, questionava para si mesmo porque Deus não respondia quando ele clamava pedindo providências. Então, levou seus dilemas internos diretamente a Deus. Em oração, perguntava o motivo de um Deus tão bom não interferir ou demorar a intervir. E clamava pela justiça divina diante de tanta iniquidade.

A resposta do Senhor causou perplexidade ao profeta. Deus informou a ele que os babilônios deixariam Judá em pedaços. Ele não esperava que Deus dissesse que permitiria a opressão dos babilônios sobre Judá como uma maneira de punir os judeus violentos, injustos e maldosos. Ao tomar ciência da crueldade com que a Babilônia era capaz de tratar Judá, o profeta se revoltou. Então volta-se aos questionamentos queixosos: poderia ser considerada justiça permitir que Judá recebesse castigo por meio de uma nação mais malvada que ela? Como pode um Deus justo permitir, e até fazer uso de um mal assim? Não sabemos quanto tempo Habacuque esperou pela resposta de Deus, mas a resposta foi dada a ele.

Para aprofundar plenamente as perguntas de Habacuque, convém ao estudante das Escrituras aprofundar-se no livro de Jó e no Salmo 73, conteúdos bíblicos que exploram temas semelhantes.

Ao ler o livro tente imaginar as transformações emocionais que o profeta experimentou ao falar com Deus.

Os dois primeiros capítulos contêm as perguntas do profeta e a resposta de Deus, que se resume fundamentalmente nisto: Deus age com justiça; é Ele quem domina o mar, a terra e as nações, é capaz de socorrer e salvar o seu povo.

O justo viverá da fé...” (2.4; Romanos 1.17; Gálatas 3.11; Hebreus 10.38). A declaração na referência 2.4 pode ser considerada uma das mais importantes da história eclesiástica. Citada pelo apóstolo Paulo em sua carta aos crentes de Roma, o texto viria a se tornar o grande lema da Reforma Protestante, ocorrida no século 16, o alicerce à apologia da vida cristã.

Habacuque 2.4 é a única citação da palavra “fé” em todo o Antigo Testamento. A passagem confirma a inspiração divina e canonicidade do livro, por ser citada três vezes no Novo Testamento. 

As referências neotestamentárias à Habacuque 2.4 são os mais expressivos textos que confrontam a salvação pela graça e a salvação pela lei.

O livro ainda se ocupa em repreender a idolatria, apontando as “respostas” dos pedidos feitos aos ídolos como uma manifestação do espírito do engano.

O Salmo de Habacuque 

No terceiro capítulo, temos uma das mais belas expressões do amor incondicional a Deus , é a melhor explicação sobre a relação de Deus com o mal existente no mundo. Trata-se da resposta de Deus a Habacuque, que diluiu os dilemas que havia no coração dele.

O capítulo 3 é o desfecho do livro, é composto por um dos mais famosos cânticos da Bíblia Sagrada.

Encontramos um Salmo alegre, uma teofania. Habacuque vê a poderosa glória do Senhor, e seu coração se comove. O que ele viu mudou sua disposição de queixa para alegria. E passa a descrever Deus em ação vencendo os ímpios e toda impiedade. A manifestação do Senhor é inspirada em sua presença majestosa no Monte Sinai (Êxodo 19). 

Habacuque 3.19 parece indicar a associação do autor com a música, o que dá a entender que, talvez, ele fosse um levita.

Lições em Habacuque: semeadura e colheita

Deus mostrou para Habacuque duas coisas seguras. Primeira: os babilônios violentos e orgulhosos seriam destruídos com as mesmas armas que haviam usado contra outros povos, assim como destruíram nações inteiras, também eles seriam destruídos. O mal pode até dominar sobre a terra, mas ela não tem força permanente (2.13). A segunda certeza era o caráter de Deus. Ele permanece em silêncio durante determinado tempo, mas nunca para sempre (2.14).

O livro de Habacuque não responde a razão de Deus permitir o mal. Declara que Deus jamais perde o controle sobre as situações. Esclarece que o mal encontra seu destino lógico de autodestruição. Informa que a glória do Senhor encherá a terra no tempo que o Criador assim determinou acontecer.

Aplicação pessoal

O cristão deve apegar-se à verdade de que o justo vive pela fé.

Seja paciente, o futuro pertence a Deus. O crente pode encontrar esperança e alegria mediante a fé em Deus, sem se importar quais sejam as circunstâncias no tempo presente e no futuro.

É possível que aconteça muitas vezes de o cristão sentir-se confuso ao presenciar a escalada, aparentemente triunfante aos olhos de Deus, de pessoas injustas. E em sua mente confusa fazer reclamações a Deus por considerar que Ele esteja sendo omisso. Habacuque não permaneceu apenas no campo das reclamações. Demonstrou que acontecesse o que acontecesse, para ele a vida só seria considerada plena na presença do Senhor. E aproximou-se de Deus em oração, abriu seu coração com clareza plena fazendo indagações que desejava respostas. Ao agir assim, mostrou ser homem de fé.

Podemos fazer a mesma coisa? Sim, porque existe um pouco de Habacuque dentro de nós. É exatamente isso que nós cristãos devemos fazer quando nos sentimos confundidos com ocorrências em nosso derredor. Emitir reclamações "perturba" ao Senhor, porém, as perguntas sinceras são sinais de confiança e Lhe agradam!

Deus lhe concederá contato direto e exclusivo para tirar todas as dúvidas. Quando alguma coisa não faz sentido, costuma ser porque ainda não dispomos de informações suficientes. Falta uma visão geral da situação. Em situações confusas, peça em oração que Deus esclareça tudo, mas não espere que Ele esclareça no momento seguinte, continue perseverante em sua devoção ao Senhor, mantenha a confiança de que Ele esclarecerá você no momento certo, e se realmente for preciso terá todos os detalhes muito bem explicadinhos.

Medite sobre a origem da confiança e alegria de Habacuque.

Conclusão

O profeta expressou maravilhosamente essa atitude de fé nos últimos três capítulos do livro e por seu procedimento aprendemos que não importa quão difícil a vida possa ser, pela fé encontramos fontes de alegria e de renovação das forças para continuar em pé e seguindo adiante.

A declaração sobre a importância da fé não resolve problemas, mas ajuda o ser humano a superar os momentos difíceis, até que o julgamento divino chegue. No caso de Habacuque, o julgamento divino sobre a Babilônia.

É quase certo que Habacuque não viveu tempo suficiente para ver a destruição dos babilônios, mas hoje a Babilônia é apenas parte de memória histórica conforme a predição. Assim como Habacuque, devemos esperar com fé que as promessas divinas se cumpram, pois é exatamente no cumprimento delas que a glória do Senhor enche a terra (2.14).

E.A.G.

Compilação:

A Bíblia Apologética de Estudo, edição 2.005, São Paulo, Instituto Cristão de Pesquisas.
Bíblia Devocional de Estudo, edição 2.007, Rio de Janeiro, Editora Fecomex.
Bíblia Faith Girlz!, edição 2.009, São Paulo, Editora Mundo Cristão.
__________

Existe permissão para cópias. A reprodução poderá ser feita desde que por completo e que não seja por motivação comercial e ao rodapé do texto haja crédito de autoria e coleta da fonte (isto é, Eliseu Antonio Gomes, Belverede, http://belverede.blogspot.com.br).

Repúdio contra o tratamento do Facebook em oposição aos evangélicos



Quem é Carlos Roberto Silva? Brasileiro, casado, Ministro do Evangelho, Vice Presidente Executivo da COMADESPE, Vice Líder da Assembléia de Deus - Ministério de Cubatão, Secretário do Conselho de Doutrina da CGADB, Relator do Conselho Consultivo da UNIPEC - Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos de Cubatão.

Também, editor do blog Point Rhema desde de 15 de Abril de 2007 e membro da comunidade UBE Blogs - União de Blogueiros Evangélicos , que nesta data soma 18.575 integrantes.

Pois bem, nesta data eu recebi uma postagem dele, via Facebook, e o que surgiu em minha tela foi a imagem acima, gerada pelo Facebook, com a mensagem indutora a pensar que o Point Rhema não é idôneo, não é site seguro.

Proteste, repudie: A política do Facebook quanto ao relacionamento de blogueiros evangélicos não é louvável. O site se levanta contra as indicações de leituras na Blogosfera Cristã. O blogueiro não tem a liberdade de indicar outro blogueiro ou site? Por quê?

 Sugiro que nós, blogueiros e blogueiras, atentemos com bastante atenção para isso e escrevamos contra tais atitudes de má qualidade como essa em nossos blogs, sites, e redes sociais concorrentes do Facebook.

E.A.G.
__________

Postagem original de Abrindo e Fechando Parênteses.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pica pau agradece divulgação gratuita de Mário Meirelles



O diretor global Mário Meirelles, apavorado com o fraco desempenho do seu trabalho no programa TV Xuxa, que perde no índice do IBOPE para a ave maluca Pica Pau, apresentado pela Rede Record, esqueceu a boa compostura. 

No sábado passado, ele postou impropérios no Twitter contra os fãs do personagem criado por Walter Lantz. Digitou: "Atenção retardados que estão assistindo Pica Pau começou #TVxuxa”. Não deu certo, a reação foi rápida e ele foi obrigado a tentar remendar seu erro.

Gafe enorme, Meirelles fez propaganda da grade de programação da concorrência, de graça!

Salmo 40

Alguns se equivocam ao dizer que Deus tarda mas não falha. Ele é perfeito em tudo que faz, e sempre faz tudo pontualmente. Não se atrasa, não se adianta.

Muitos entregam suas vidas ao Senhor, porém, por serem apressados erram quando não esperam em Deus. É um grande desperdício de tempo apresentar os problemas ao Todopoderoso e não esperar que a solução tenha desfecho de acordo com a Palavra, contida na Bíblia Sagrada. 

Vale esperar! Porque Deus não está parado, Ele sempre está trabalhando e indo na direção e rítmo certos!
 

domingo, 25 de novembro de 2012

Fazer a diferença


Quero ser um crente diferente.
Não quero ser conhecido apenas como alguém
que
"não bebe, não fuma e não joga".
Isso é muito pouco.
•••
A
geração saúde,
que frequenta as academias e come comida natural,
não bebe
e
não fuma,
e
nem por isso pode ser chamada
de
cristã.
•••
Também
não me contento em ser chamado de crente por ter um modo diferente
de me vestir.
Durante muito tempo, no Brasil, a diferença que os crentes queriam mostrar era que eles se vestiam de uma maneira
esquisita,
e isso acabou tornando-se motivo
de
chacota
e
que em nada engrandecia o Reino.
Com certeza, usar uma roupa fora de moda, não faz de ninguém um cristão.
•••
Também
não me satisfaço com o modelo
gospel de crente que há hoje em dia.
Broche de Jesus,
caneta de Jesus,
meias de Jesus.
Sabe-se lá onde isso vai chegar.
Tem muita gente ganhando rios de dinheiro com esses cosméticos
para
o
crente moderno.
A grife "JESUS" tem vendido muito.
•••
Mas
não adianta.
Usar
toda a parafernália do marketing gospel
não faz de ninguém um
cristão.
•••
Pensei comigo:
a moçada evangélica hoje está toda na Internet.
E saí à busca de salas
de
bate-papo
de
evangélicos.
Confesso que tentei inúmeras vezes, mas não consegui.
Me adentrava por assuntos
importantes e profundos
da
vida cristã
e as respostas eram chavões
o
tempo todo.
Não se pensa, cria ou reflete,
só se repete chavão do tipo
"glóooooria",
"Tá amarrado",
"É tremendooo",
etc.
Definitivamente,
repetir chavões a todo o momento não faz de ninguém um cristão.
•••
Quero ser um crente diferente.
Que não seja alienado da vida e de seus acontecimentos.
Que saiba discutir
e
entender as questões existenciais,
como
a dor,
a miséria,
a sexualidade,
a paixão,
o amor.
•••
Quero ser um crente que não vive acuado,
com medo de tudo,
vendo o diabo em toda a parte
e
querendo amarrá-lo a todo momento:
Jesus Cristo o derrotou na cruz,
ele é um derrotado,
e eu não preciso ficar me preocupando com ele 24 horas por dia.
Sei que sou mais que vencedor por Aquele que me ama!
(Romanos 8.37-39)
•••
Quero ser um crente que saiba falar
de tudo
e não apenas de religião,
e
que tenha,
em todas as áreas,
discernimento
e
sabedoria.
•••
Quero ser um crente que não tenha
uma
atitude conformista
diante
do mundo, do tipo:
Ah, Deus quis assim...,
mas
que eu seja um agente de transformação nas mãos de Deus.
Que a minha diferença não esteja
na
roupa,
mas
na essência: coração bom, olhos bons.
•••
Quero ser um crente que cria os filhos
com
liberdade,
apenas
corrigindo-lhes, para que cresçam
e
desabrochem toda a criatividade que Deus lhes deu.
•••
Quero ser um crente que vive bem com o seu próximo.
Quero ser reconhecido como um crente
pelo
que eu "sou"
e
não por aquilo que "não faço".
•••
Quero ser um crente simpático aos outros,
agradável,
piedoso,
que se entristece com a dor do próximo,
mas
também se alegra com
o
seu
sucesso
- já reparou que as pessoas se solidarizam com nossas derrotas, mas poucos manifestam alegria quando vencemos?
Não quero ter de falar a todo momento que sou crente,
para que outros saibam,
mas
quero viver de tal modo que outros percebam
Cristo
em
mim.
•••.
.
[Autor Desconhecido]


__________

Reprodução de postagem do blog Belverede, publicada originalmente em 18 de Junho de 2007, sob o título Quero Ser Um Crente Diferente.

sábado, 24 de novembro de 2012

Hernandes Dias Lopes na Redetv!

"Não é Roma que vai me matar. Eu é quem vou me entregar. Não vou me entregar para Roma. Eu vou me entregar para Deus em sacrifício santo e agradável."
__________

Frase proferida na transmissão de 24/11/12 do programa Verdade e Vida, por volta das 7h15, durante preleção baseada em 2 Timóteo 4.6 cujo assunto era o exemplo do apóstolo Paulo, o maior pensador do seu tempo, sobre o comportamento dele quando aprisionado e antevendo a própria morte, percebendo estar abandonado pelos homens mas assistido por Deus.

E.A.G.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

CBF demite Mano Menezes


Ainda não é oficial, mas, vale publicar.

Segundo informações do repórter Leandro Quesada, da rádio Bandeirantes, Mano Menezes está demitido do cargo de técnico da seleção brasileira. A deposição ocorreu hoje, 23, em reunião na Federação Paulista de Futebol (FPF), em São Paulo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Gênesis 10.9: Ninrode poderoso caçador

Quem foi Ninrode?

Não se sabe muito a seu respeito. Era filho de Cuxe, que por sua vez era filho de Cam, e este filho de Noé, portanto, era bisneto de Noé.

Nasceu logo após o dilúvio. Pensa-se que o pai de Ninrode não seria o mesmo Cuxe da Etiópia, mas uma pessoa pertencente à dinastia caxita da Babilônia.

Era guerreiro e tinha fama de herói. O título de “caçador” pode ser compreendido literalmente a respeito daquele que vai à caça de animais ferozes, ou talvez signifique o chefe das incursões contra as nações circunvizinhas.

Atos de Ninrode

Sabe-se que Ninrode era um homem deveras capaz de atrair pessoas ao redor de si, grande empreendedor, uma personalidade proeminente, um líder que viveu por  400 anos entre a geração que veio a existir após o dilúvio e a vida do patriarca Abraão. A julgar pelas idades mencionadas em Gênesis 11.10-16, viveu intensamente durante todo este período.

Ninrode é descrito como homem valente “poderoso caçador diante do SENHOR” (Gênesis 10.9). Provavelmente, a fama de “poderoso caçador” adveio-lhe de ser ele protetor do povo, num tempo em que animais ferozes era uma constante ameaça de morte. A descrição ”diante do SENHOR” talvez tenha sentido teológico, leva-nos a pensar que as proezas de Ninrode fossem de interesse do Criador (Gênesis 10.9).

Além do livro de Gênesis, a ocorrência do nome Ninrode é encontrada no livro de Miquéias, capítulo 5 e versículo 6, quando “terras da Assíria” e “terras de Ninrode” são citadas em paralelo - recurso poético usado pelo profeta para referir-se ao mesmo lugar. A Assíria, nesse trecho bíblico é símbolo de todas as nações ímpias do mundo.

A torre

Sabe-se que, primeiramente, Ninrode estabeleceu um império em Sinar (Babilônia). Cogita-se que na ambição de controlar a multiplicação dos povos e evitar a dispersão rápida da raça, empreendeu o projeto de construção da torre em Babel, cidade fundada por ele (10.10 – 11.9). Os povos da região se ajuntaram para edificar a torre com a intenção de alcançar o céu. A narrativa bíblica informa que o Criador confundiu a língua dos edificadores e confundidos todos se dispersaram sem que entendessem um ao outro.

Após a confusão de idiomas em Babel e a dispersão do povo, Ninrode continuou seu projeto de expansão. Iniciou as obras de construção das cidades da Babilônia, ele fundou nas proximidades de Babel, as cidades Ereque, Acade, Cainé (Gênesis 10.11-12).

A Babilônia foi por longo tempo conhecida como “País de Ninrode”. Nos sinetes e relevos babilônicos primitivos muitas vezes se representava um rei em luta com um leão. Pode ser isto uma tradição de Ninrode.

A presumível ambição de Ninrode

Com o passar do tempo, talvez ambicionando controlar a raça que ainda se dispersava, estendeu seu império ao norte de Babel, dirigiu-se 482 km mais para o norte seguindo o curso do rio Tigre, fundando um segundo grupo de cidades: Nínive, Reboane-Ir, Calá e Resém, que são consideras as principais capitais criadas por ele, que se transformaram em seu reino setentrional.

Descoberta arqueológica apresentou inscrições cuneiformes informando que a colonização de Nínive partiu da Babilônia. Durante muitos séculos as duas cidades, Babilônia e Nínive, fundadas por Ninrode, foram os principais centros populacionais do mundo.

Tradição 

De acordo com o Livro de Jasar, uma obra extrabíblica, criou-se uma lenda de que Ninrode teria adquirido poderes especiais devido o uso de uma capa sobrenatuaral, presente de seu pai, que ganhou de Noé, que por sua vez teria recebido de Deus. Ao usar o vestuário, Ninrode dispunha de poder de grande influência sobre os animais e sobre seus semelhantes. A obra apócrifa ainda o descreve como líder carismático, muitíssimo inteligente e forte.

A tradição acerca de Ninrode é forte entre os árabes da atualidade. Atribuem a ele quase todas as grandes obras públicas da antiguidade, e associam sua pessoa ao mitológico Gilgamesh (metade ser humano e metade deus).

Reflexão

Até quanto a fama e o poder afetam a personalidade de alguém? As pessoas dotadas de carisma,  grandes talentos, podem tornar-se orgulhosas e deixar de ser instrumentos nas mãos de Deus para abençoar o próximo? Provavelmente isso deve ter acontecido com Ninrode, ao passar de caçador bem sucedido a governante de nações.

A Bíblia não relata o final da vida de Ninrode.

E.A.G.

_______

Compilação: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, edição 2004, Brasil, CPAD. Dicionário Bíblico Universal – edição revista e atualizada; A. R. Buckland & Luckyn Williams; maio 2007; São Paulo; Editora Vida. Manual Bíblico; Henry H. Halley; 4ª edição 1994 reimpressa em 1998; São Paulo; Edições Vida Nova. Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer; 1992; Minas Gerais; Editora Vida.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CPAD – EBD 2012 – 4º trimestre: Naum e o limite tolerância divina

Quem era Naum?

O nome Naum significa “consolo”, cujo ministério profético apresentaria a consolação do Senhor aos judeus de Judá.

Pouco se sabe acerca de Naum, exceto que talvez esteja na lista genealógica apresentada pelo evangelista Lucas, e que sua cidade natal era Elcos – de localização incerta, provavelmente seria Cafarnaum, pois em árabe “Kefr-Nahum” significa “cidade de Naum”.

De acordo com dados históricos apresentados no livro, cogita-se que o profeta tenha vivido durante o reinado de Josias e tenha sido contemporâneo de Sofonias e Jeremias, então um jovem.

O livro

O livro contém a visão de Naum. Apresenta a natureza de Deus. Revela de maneira magnífica uma extraordinária descrição do caráter de Deus, em especial no capítulo 1, versículos 2 ao 8.

O estilo literário do livro é poético e profético, uma mescla de expressiva descrição simbólica com a contundente e clara sinceridade da declaração profética. A data do livro é calculada de acordo com as evidências internas e fatos históricos conhecidos. Existem duas datas fixas entre as quais o livro deve ser situado. A primeira referência é a captura de Nõ Tebas, capital do alto Egito (3.8), que caiu perante os assírios entre os anos de 663 e 661 a.C. A segunda é quando Naum prediz a condenação iminente de Nínive (2.1; 3.14, 19). Portanto a obra tem de se situar em algum momento entre essa data e a subsequente queda de Nínive, em 612 a.C.

Naum escreveu anunciando a futura queda de Nínive, que no século VII a.C dominava Israel e quase todo o Oriente.

O ministério de Naum

Em data anterior à ministração profética de Naum, o profeta Jonas proclamou a destruição de Nínive (Jonas 3.4), quando os ninivitas se arrependeram e a condenação divina foi suspensa. Mas, após receberem a misericórdia divina, Nínive voltou a praticar iniquidade, desumanidade e soberba.

A Assíria já havia destruído Samaria, por volta de 722-721 a.C., o que resultou no cativeiro do Reino do Norte, Israel, e ameaçava Judá.

Por volta de 700 a.C, Senaqueribe, rei da Assíria, fez de Nínive a capital do império assírio e a cidade permaneceu assim até ser destruída, por este motivo Naum refere-se à Nínive representando-a como toda a nação Assíria.


O comandante do rei da Assíria, Senaqueribe, desafiara o poder do Deus de Ezequias. Este é um dos motivos de Naum ser levantado por Deus profetizando contra Nínive. A profecia em 1.11-14 tem seu cumprimento registrado detalhadamente em 2 Reis 18.35; 19.37.


O ministério de Naum tinha duplo propósito: predizer a destruição de Nínive, por causa de seus pecados, e diminuir a lastimável falta de esperança de Judá, demonstrando-lhes que as promessas de Deus são verdadeiras.

O erro de Judá

A primeira derrota dos judeus para os assírios foi a queda de Samaria (722-721 a.C), e do Reino do Norte em 701, a invasão de Senaqueribe (2 Reis 18.13 – 19.37; Isaías 36, 37 - que não foi uma investida totalmente bem sucedida). Deus nunca permitiu uma vitória bem consolidada dos assírios contra os judeus. Mas, Judá sentia falta de uma resposta segura a suas perguntas, e um desconsolo muito grande predominava na terra. De súbito a voz de Naum trovejou: “Nínive cairá. Deus preservará o seu povo”.

A mensagem de juízo que Naum entregou para Nínive foi profética para Judá. Judá mostrara-se infiel ao desconfiar de Deus e entrar em aliança com nações estrangeiras com a intenção que essas alianças aumentassem seu poderio. A condenação de Nínive lhe serviu de aviso divino.

O erro dos ninivitas

A Assíria era uma nação perversa que oprimia o povo de Deus. Era conhecida por viver à custa da pilhagem de outras nações. Seus reis eram retratados alegrando-se com os castigos sanguinários aplicados aos povos conquistados. O rei assírio Samaneser III orgulhava-se de ter levantado uma montanha de cadáveres com cabeças decapitadas em frente de uma cidade inimiga. Outros reis assírios empilhavam cadáveres, como se fossem lenhas, nas proximidades dos povos derrotados.

A Assíria cometia inúmeras atrocidades contra as nações que invadia: amputações, empalações, decapitações, incêndios. Cobrava tributos opressivos e infligia com pesada escravidão os povos conquistados.

Os assírios eram brutos e cruéis. Conduziam suas guerras com ferocidade aterrorizante, arraigavam populações inteiras como política nacional e as deportavam para outras partes de seu império. Os líderes derrotados eram torturados e horrivelmente mutilados antes de ser executados (3.3).

Por ter pecado desconsiderando a Deus, quanto à mensagem entregue por Jonas, a Assíria seria completamente destruída.

Semeadura e colheita

 O auge da brutalidade dos ninivitas ocorreu durante o reinado de Assurbanipal, o último grande governante do império assírio (669-627), que subjugou o Egito e a quem o rei Manassés foi obrigado submeter-se como vassalo ( 2 Crônicas 33.11-13). O julgamento de Deus se cumpriu de maneira terrível, depois da morte deste rei, influência e o poder da Assíria entraram em declínio até ser destruída em 612 a.C.. O capítulo 2, versículos 1, 6, 9, trata de Ciaxares, comandante dos medos, e de Nabopolassar, o babilônio, que conquistaram Nínive. Os babilônios, citas e medos invadiram, saquearam e destruíram a cidade até não sobrar coisa alguma. A Assíria havia feito o mesmo com todos os países que capturara.

Nínive era uma cidade construída junto a três rios, o Tigre e rios menores, e se abastecia das águas deles por meio de canalizações que se estendiam ao redor e dentro de seu território. As entradas dos canais fluviais foram tomadas, as comportas foram estrategicamente fechadas e abertas pelos inimigos e as águas inundaram toda a cidade a ponto de ruir até o palácio real e outras construções mais baixas da cidade.

A invasão da Assíria contra Judá, durante o reinado de Manassés, foi o último ataque que esta nação pagã realizou.

Arqueologia

As muralhas de Assíria tinham aproximadamente 13 km de comprimento e 15 portões. Certo historiador da antiguidade, autor de Crônicas da Babilônia, narra um episódio em que uma grande inundação derrubou parte dessa muralha, por onde podemos aceitar a hipótese de que tenha sido o caminho de entrada dos medos, babilônios e citas. Este livro confirma o cumprimento da profecia de Naum, dizendo que os corações dos outrora insolentes e poderosos ninivitas se paralisaram ao haver grande quantidade de bens despojados.

Uma das peças arqueológicas da Assíria contém uma frase do rei Assurbanipal, na qual ele narra o tratamento dispensado a um líder vencido: “Coloquei nele uma corrente de cachorro e o obriguei a ocupar um canil no portão leste d Nínive” (Bíblia de Estudo NVI, página 1.553).

A história confirma que o então rei da Assíria morreu queimado dentro de seu palácio durante a invasão ocorrida em 612 a.C. Também, que o exército assírio dispersou-se sobre as montanhas da Arménia em 609 a.C., e que os soldados foram aniquilados por completo em 605 a.C..

No capítulo 3 e verso 11, Naum aponta para o fim e sumiço de Nínive. “se esconderás". Durante muitos séculos a localização de Nínive permaneceu desconhecida e a sua história considerada apenas uma lenda até que fosse redescoberta no século XIX d.C., mais exatamente por Layard e Botta em 1.842. Tal achado arqueológico revelou, confirmando a profecia de Naum, que o fogo contribuiu para a destruição da cidade. 

Conclusão

A mensagem de Naum é pertinente para todas as épocas. Avisa que a justiça divina não suporta a vigência do poder humano que se assenta no orgulho. Fala aos que resistem a Deus, aos que são arrogantes, para aqueles que desprezam Sua Palavra e deixam de confiar que Ele proverá e cuidará dele. Estes, inevitavelmente, experimentarão o juízo divino.

Quem confia em Deus será resgatado da vergonha e salvo da perdição eterna.

E.A.G.

Texto paralelo: Gênesis 10.9 -  Ninrode: poderoso caçador
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Compilações:

A Bíblia Anotada Expandida - Charles C. Ryrie; edição 2007; São Paulo; Editora Mundo Cristão.
Bíblia Almeida Século 21; edição 2008; São Paulo; Editora Vida Nova / Hagnos.
Bíblia de Estudo NVI; edição 2003; São Paulo; Editora Vida.
Os Doze Profetas Menores; Alexandre Coelho e Silas Daniel; 2012; Rio de Janeiro; CPAD.