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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Polícia investiga ação de estelionatários que tentaram lesar em milhões de reais Igreja Deus é Amor

Maquete do projeto do novo templo
Sede Geral da Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA)

Por José Alves Braga 

A Polícia investiga golpe de R$ 194 milhões contra a IPDA, Igreja Pentecostal Deus é Amor. Com aproximadamente 1,1 milhão de fiéis, a denominação evangélica possui mais de 22 mil igrejas no Brasil e tem filiais em 136 países no mundo. A direção da IPDA procurou a polícia e o Judiciário relatando ter sido alvo de uma tentativa de um golpe milionário em Gilbués, cidade de cerca de 10 mil habitantes no interior do Piauí. Gilbués, é o lar do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba.

Templo-sede
Fachada frontal
Glicério - São Paulo (SP)
De acordo com o relato feito pela Igreja, com base em documentos falsos, golpistas entraram com um processo na Justiça do município, localizado a cerca de 770 km da Capital do Piauí, Teresina, cobrando uma suposta dívida de R$ 194 milhões. A dívida, nos autos do processo, seria referente à compra de duas fazendas no interior do Estado, em 2014, uma de 12 mil hectares e outra de 9.800. Antes que a Deus é Amor pudesse se manifestar na ação, a Justiça de Gilbués havia determinado o bloqueio de R$ 194 milhões das contas bancárias da igreja. Na sequência, ordenou a penhora de 10% dos valores bloqueados. Cerca de R$ 5 milhões chegaram a ser transferidos para outra agência bancária. 

A Igreja, fundada em 1962 pelo missionário David Miranda, soube da ordem de bloqueio pelo Banco do Brasil e, assustada com os valores envolvidos, procurou a polícia relatando a tentativa de fraude. O contrato é falso", afirmou à polícia e à Justiça. "A Igreja Pentecostal Deus é Amor nunca, jamais, em tempo algum, firmou o instrumento contratual executado, tampouco recebeu a posse de qualquer fazenda." 

Erení Miranda
Atual líder da denominação
Viúva do fundador da IPDA
Misteriosamente, depois que a polícia e a Justiça foram acionadas pelos advogados da igreja, o autor do processo solicitou a extinção da cobrança alegando "questões de foro íntimo". A ordem de bloqueio foi revogada. Nenhum valor chegou a ser sacado. 

Não se sabe ainda se a pessoa que assina o processo tem, de fato, envolvimento no caso. É possível que os golpistas tenham usado indevidamente seu nome, por meio de documentos pessoais falsificados, para tentar viabilizar a fraude. Até o presente não se sabe sequer ainda se as fazendas existem realmente. A Justiça de Gilbués solicitou ao Ministério Público que também investigue o caso.

E.A.G.  
Fonte:  José Alves Braga, membro da Igreja Pentecostal Deus é Amor.

terça-feira, 6 de abril de 2021

IBAN - Portas fechadas: Igreja Batista - Asa Norte - Brasília

Igreja Batista Asa Norte - Brasília
By Rubem Teixeira.




Porque os governadores querem tanto fechar as igrejas? No raciocínio deles, todo evangélico é "bolsonarista". Como fazem oposição a Bolsonaro, nos perseguem. 

segunda-feira, 5 de abril de 2021

EBD Lição 2: O propósito dos dons espirituais



Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

O Espírito não é uma coisa,  não é um ser neutro ou impessoal. Ele é o Espírito Santo (Lucas 11.13), o Espírito Santo da promessa (Efésios 1.13); Espírito de santidade, de vida  e de  julgamento (Romanos 1.4 e 8.4; Isaías 4.4); é o Espírito da verdade, de sabedoria e entendimento (João 14.17; Isaías 11.2); Espírito de conselho, poder, do conhecimento e do temor do Senhor (Isaías 11.2).

O Espírito é Deus. Possui os quatro atributos divinos: onisciência, onipresença, onipotência e eternidade (1 Coríntios 2.10-11; Salmos 139.7-10; Lucas 1.35; Hebreus 9.14). Ele é uma das três pessoas da Trindade e atua com personalidade destacada. Possui conhecimento (1 Coríntios 2.10-11), vontade (1 Coríntios 12.11), sentimento ou emoção (Romanos 15.30). Age examinando, falando, ensinando, testificando, guiando, comandando os cristãos (1 Coríntios 2.10; Apocalipse 2.7; João 14.26; 15.26; Romanos 8.24). É o Espírito da graça, da súplica e da glória (Zacarias 12.18; Hebreus 10.29, 1 Pedro 4.14). É transmissor de vida e autor de profecia (Gênesis 2.7; João 6.63; 2 Pedro 1.21). Ele é o Espírito eterno, o Consolador, é Deus em nós, a esperança da glória (Hebreus 9.14; João 14.26; Colossenses 1.27).

É importante não haver confusão de ideias sobre quem é o Espírito Santo e qual é a finalidade do batismo com o Espírito Santo. É preciso conhecer sua natureza divina, saber a forma de receber o batismo, ter o consciência plena sobre finalidade ou propósito de ser um cristão batizado. Na igreja em que há crentes batizados com o Espírito Santo, uns falam em línguas, outros profetizam; outros interpretam; outros manifestam dons de curas e milagres; outros possuem conhecimento espiritual. Deve ser assim os cultos pentecostais, pois os dons espirituais são meios pelos quais podemos conhecer melhor nosso Pai e servi-lo com mais eficácia. 

I - OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE

1. A igreja coríntia.

"Sirvam uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como encarregados de administrar bem a multiforme graça de Deus" -  1 Pedro 4.10. Nesta passagem bíblica, o apóstolo anima os destinatários de sua primeira carta quanto à iminente volta do Senhor Jesus. Adverte-os escrevendo que todo crente deve se comportar como bom despenseiro da multiforme graça de Deus. 

Multiforme significa de muitos estilos, estados, formas e jeitos. A Igreja do Senhor, através de cada cristão portador de dom espiritual, expressa-se eficazmente com muitas maneiras e estados distintos a graça de Deus. Há muitos estilos de pregar e ensinar, muitos procedimentos para operação de curas, muitos modos de apresentar o dom de profecia. Pela multiformidade de instrumentalização de seus servos, a misericórdia do Senhor alcança a todos que o buscam com humildade e fé.

Os membros da igreja em Corinto, na Grécia, não eram unidos ao se reunirem para receber o ensino das Escrituras Sagradas. Eles se separavam tendo como motivação o gosto quanto ao estilo dos pregadores (1 Coríntios 1.12). Uma turma de crentes gostava da maneira como Paulo fazia exposição da Palavra, a segunda turma tinha preferência pelo estilo da pregação de Pedro, o terceiro grupo mostrava favoritismo pelo modo como Apolo expunha seus sermões, e o quarto grupo se satisfazia com pregadores que imitavam a gesticulação corporal e entonação de voz com que Jesus Cristo era acostumado a apresentar a Palavra de Deus antes de subir ao céu.

A firmeza da Igreja se deve ao fato de não ser uma organização humana, porém um organismo espiritual. Sua fortaleza é assegurada através de provisões do Espírito. As manifestações do poder do Espírito são imprescindíveis ao êxito e  autenticação da missão da Igreja. 

Os dons de Deus fazem parte dos "mistérios de Deus". Todos os crentes devem ser vistos pelos homens como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus (1 Coríntios 4.1). Deus quis fazer conhecer quais são os mistérios e as riquezas da glória entre os gentios, que é Cristo, esperança da glória (Romanos 11.13; Colossenses 1.26-27). E assim, esse mistério foi revelado através da Igreja, agora a multiforme sabedoria de Deus é conhecida dos principados e potestades (Efésios 3.10).

2. Uma igreja de muitos dons. 

1 Pedro 4.10 nos informa que é preciso administrar os dons espirituais como "bons despenseiros" (ARC), "encarregados" (NAA). No texto grego o termo em que é feita a tradução ao português, o vocábulo original, equivalente à mordomo, é "oikonomos". Essa palavra está associada à "oiko (casa) e "nemo", que significa "dispor," arrumar", "ajeitar". Generalizadamente, "oikonomos" descreve o administrador de uma propriedade ou família. um mordomo fiel. Em 1 Coríntios 4.1 e Tito 1.7, esta palavra refere-se aos ministros cristãos, mas em 1 Pedro 4.10 remete aos crentes em geral, concernente ao uso de dons que o Senhor confiou a eles com a finalidade de estimular a vida cristã de seus irmãos.

O Novo Testamento inclui três catálogos para apresentar os dons que o Espírito Santo concede aos cristãos. Para uma boa hermenêutica, considere que  Efésios 4 fornece as categorias de funções eclesiásticas, enquanto Romanos 12 e 1 Coríntios 12 e  listam dons espirituais.
• Efésios 4.11: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres". 
• Romanos 12.6-8"Temos, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, seja segundo a proporção da fé; se é ministério, dediquemo-nos ao ministério; o que ensina dedique-se ao ensino; o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com generosidade; o que preside, com zelo; quem exerce misericórdia, com alegria. Romanos 12.6-8.

• 1 Coríntios 12.7-10: "A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento. A um é dada, no mesmo Espírito, a ; a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos. A um é dada a variedade de línguas e a outro, capacidade para interpretá-las."
Jesus operou seus milagres por meio do Espírito. Pelo poder do Espírito, foi ressuscitado dos mortos. Através do Espírito, após sua ressurreição, deu mandamentos a seus apóstolos. E desde então o Espírito atua entre os crentes em Cristo, começou entre  apóstolos e profetas, dando-lhes dons especiais para propósitos específicos (Mateus 12.28; Romanos 8:11; Atos 1.2; 1 Coríntios 12.4, 8-11, 28, 29). 

Agora o Espírito dá testemunho de Jesus em nossa contemporaneidade. Ele nos envia para vocações definidas (João 15.26, 27; Atos 13.2-4). Os dons espirituais  é uma das maneiras mais significativas pelas quais o Espírito Santo afeta a vida dos cristãos. Os dons são para a igreja o que os órgãos e partes do corpo são para o corpo humano. O estudo desses dons é o estudo da anatomia da Igreja, o corpo de Cristo.

3. Dom não é sinal de superioridade espiritual.

A experiência da vida cristã indica que grande parte das pessoas, nas igrejas pentecostais, não sabe lidar muito bem com os recursos espirituais que Deus coloca à disposição dos crentes. A começar pelo batismo com o Espírito Santo, há uma confusão sobre sua finalidade e propósito.

O dom de profecia não existe com a finalidade de transformar o seu portador em pessoa em grau de autoridade maior que os demais irmãos, não faz daquele ou daquela alguém habilitado espiritualmente  para dirigir a vida do pastor e de outros membros da igreja. O dom de profecia existe para trazer mensagens, aos que cultuam a Deus, objetivando a renovação de ânimo, o conforto e o fortalecimento espirituais. O indivíduo que profetiza é usado pelo Espírito no seguinte parâmetro: exortação, consolação e edificação (1 Coríntios 14.3-4). 

Possuir dons espirituais não é motivo para considerar-se superior aos outros, pois não é selo de espiritualidade. É possível medir o grau de espiritualidade do cristão? Sim. Medimos o grau de entrega de nossos vidas ao Espírito através da manifestação ou ausência das características do fruto espiritual em nossas conversas e atitudes. 

Observemos o tipo de vocabulário e a espécie de ação, façamos um paralelo com as nove características do fruto espiritual: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gálatas 5:22-25).

II - EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS

1. Edificando a si mesmo.

Quando o crente fala em línguas, sem que haja interpretação, não edifica a igreja, porque não há quem o entenda. Paulo escreveu que o cristão que fala em língua estranha edifica apenas a si mesmo (1 Coríntios 14.4). 

Consideremos que não é possível haver igreja edificada se não houver crente espiritualmente estruturado, e que cada crente precisa ser espiritualmente edificado para que a coletividade também se estruture. É necessário empreender ensino sobre essa situação. O crente que eleva sua voz em língua ininteligível durante o culto, precisa compreender que tal atitude não é conveniente. É preciso fazê-lo compreender sobre a importância do hábito de ser buscar ao Senhor em local apropriado, a reservar lugar e tempo para momentos devocionais.   

Geralmente, o cristão sincero e novo na fé sente alguma dose de insegurança quando fala sobre a maneira como o Espírito entrega os dons espirituais. Inclusive, parece não existir entre os teólogos uma definição padronizada sobre o meio no qual o Senhor revela haver confiado o uso de seus dons aos crentes. Alguns afirmam que o Espírito comunica-se especificamente sobre a entrega de dons para cada servo que o recebe, enquanto outros preconizam que apenas basta ao cristão prestar atenção à rotina ministerial em que está inserido, observando oportunidades de serviço, examinando habilidades adquiridas, mensurando graus de interesse e satisfação ao desempenhar a Obra do Senhor.  

Quando pela fé nos entregamos ao Espírito para ser instrumentalizados, somos capacitados para o propósito de execução do plano de Deus em nossa vida e nas vidas de muitas outras pessoas. O Espírito atribui tarefas de maneira compatível com os dons que seus servos possuem. A pessoa que é eficaz no ensino infantil, está dotada com o dom de ensinar a petizada com a facilidade necessária. Aquele que é convidado constantemente às palestras com temáticas de difíceis abordagens, detém o dom da exortação, ou encorajamento; o indivíduo que demonstra desenvoltura ao relacionamento interpessoal e ao aconselhamento bíblico, tem chamada para pastorear as ovelhas de Cristo.

2. Edificando outros.

Podemos considerar que, se o batismo com o Espírito Santo e o uso dos dons espirituais não forem bem compreendidos, certamente haverá a manifestação estranha de comportamentos inadequados de espiritualidade. 

A igreja de Corinto, possuía todos os dons espirituais (1 Coríntios 1.7), porém, Paulo fez uma referência indesejável aos irmãos que nela congregaram. Entre eles havia inveja, contenda, dissensões, demonstrando assim que eles não eram espirituais quanto pareciam ser. Apesar do fato de terem tantos dons,  no resultado de sua avaliação, o apóstolo declarou que eles eram crentes "carnais" e ainda "meninos em Cristo" (1 Coríntios 3.1,3,4; 14.20).

Crentes invejosos, criadores de contendas e dissensões entre irmãos não entendem o propósito dos dons espirituais para a igreja. A Bíblia diz em 1 Coríntios 13.1-3: "Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, isso de nada me adiantará". 

3. Edificando até o não crente. 

Por meio do Espírito, Deus habita no coração do crente. Deus se relaciona com o mundo perdido através da vida cristão, provê ao crente fortalecimento e meios para que cumpra a missão de levar o Evangelho de Cristo ao mundo, abrir os olhos das almas que caminham à perdição eterna e edificar os novos convertidos através do ensino bíblico. É o Espírito que equipa o cristão com as armas espirituais para que vença as lutas contra satanás (Mateus 28.18-20; Efésios 6.10-17; 1 João 4.4). 

III - EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO

1. Os dons na igreja.

Algumas pessoas perguntam sobre a relação entre dons naturais e  espirituais. Os dons naturais são dados por Deus, mas nem todos são usados ​​no serviço de Cristo. Três exemplos de dons naturais: o talento para compor, cantar música e tocar instrumentos musicais. Quando a pessoa está em Cristo, os dons naturais são santificados pelo cristão que os tem e usados com satisfação para glorificar ​a Deus. 

Sobre os dons espirituais, habilidades que o Espírito Santo dá a cada crente para equipá-los para seu ministério específico na igreja. Cristo credenciou-se após sua ressurreição, diante de Deus, dos anjos e dos poderes do mal para conceder "dons aos homens", repartindo-os como particularmente a cada um como quer (Efésios 4.8, 12.11).

A concessão de dons foi realizada com o objetivo  de capacitar os servos do Senhor. Os dons estão colocados à disposição dos salvos para que através do mesmos o Senhor realize seus propósitos especiais (1 Coríntios 12.11). Dessa forma, Paulo registra que há nove tipos de dons. Numa igreja bem edificada, há a palavra da sabedoria, ciência de Deus, existe a fé; há os dons de curar; há operação de maravilhas; há profecias autênticas; há o dom de discernir espíritos; há línguas e interpretação de línguas.

A presença de dons diferenciam a atuação da Igreja de qualquer outra entidade ou organização. Foram e ainda são parte da vida da Igreja de Jesus, para o cumprimento de sua gloriosa missão. As operações de dons espirituais produzem a condição para a proclamação do Evangelho de Cristo a todos os lugares, contribuem para fortalecer e destacar a Igreja de Cristo de movimentos religiosos heréticos (Atos 1.8). Através da operação sobrenatural a Igreja tem o único recurso que lhe oferece condições de suplantar o império do mal. 
 
2. Os sábios arquitetos do Corpo de Cristo.

Stanley Horton, no livro I e II Coríntios - os problemas da igreja e suas soluções (páginas 112) afirma que o Espírito Santo quer honrar Jesus, não só chamando-o de Senhor, mas distribuindo uma diversidade de dons livremente. 

Deus capacitou a igreja  com características  e recursos que transcendem à esfera humana, pois  deseja que sua multiforme sabedoria seja conhecida dos principados e potestades nos céus (Efésios 3.10). Além da propagação da mensagem da salvação, fazer conhecida a multiforme sabedoria divina é uma das missões mais importantes da igreja. Através da profundidade das riquezas espirituais, tanto da sabedoria como da ciência de Deus, o Senhor proporciona à igreja o acesso aos recursos espirituais para que o crente demonstre o seu poder no meio dos homens através dos dons espirituais. 

Se não fosse os dons espirituais, a igreja seria apenas uma instituição meramente humana. Os dons espirituais são indispensáveis à unidade e à ação da Igreja (1 Coríntios 12.4-6). Deus quis que houvesse uma diversidade de dons espirituais, porque a mente humana jamais entenderia a grandeza e a profundidade do saber divino. Os recursos existentes na multiforme sabedoria de Deus são demonstrados através da variedade de dons. Então, de modo equilibrado, os crentes são capazes de  compreender e atuar na dimensão espiritual, glorificam ao Senhor neste mundo.

3. Despenseiros dos dons.

Os dons de Deus devem ser exercidos com sobriedade e vigilância (1 Pedro 4.7 e 5.8; Mateus 26.41), cultivados com a prática do amor a Deus e ao próximo (João 13.34-35), vividos sem que se faça acepção de pessoas (Tiago 2.9). O que administra o rebanho de Deus deve ser hospitaleiro, retirar da "despensa" de Deus o melhor alimento e vigiar pela própria vida e a vida do próximo (1 Pedro 4.9; Hebreus 13.2).

Para pôr em movimento a atividade do dom espiritual no serviço cristão, é necessário haver dedicação motivada pelo amor. Só assim é imprimido no resultado final a alegria do Senhor, que gera força para seguir adiante na caminhada de fé.

CONCLUSÃO

O Senhor dá sua maior alegria àqueles que ajudam a cumprir sua Grande Comissão. Ao encontrar e usar seus dons espirituais, você encontrará a paixão, o propósito e a paz de Deus.

É importantíssimo que os líderes de igrejas promovam o ensino bíblico quanto à origem, sobre a natureza e o propósito dos dons espirituais. Ao compreender a essência e o objetivo dos dons. Sendo conhecedores de tamanha bênção, os crentes glorificam a Deus na igreja, edificam-se uns aos outros, promovem o bem à coletividade dos salvos (Efésios 4.10-14, 16; 1 Coríntios 12.7). 

E.A.G.

Compilação:
Bíblia do Pregador Pentecostal, página 1920, edição 2006, Barueri - SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bíblia Plenitude, página 1313, edição 2001, Barueri - SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bibleinfo - https://www.bibleinfo.com/sv/topics/andliga-gavor [acesso à página em 08/04/2021]
Denison Forum - www.denisonforum.org/resources/who-is-the-holy-spirit/ [acesso: 08/04/2021] 
Ensinador Cristão. Ano 22, nº 85, abril a junho de 2021. Páginas 25-26. Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Bangu - RJ (CPAD). 
Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário, 2ª edição 2021, Elinaldo Renovato, páginas 22-25, 28-29. Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Bangu - RJ (CPAD). 

domingo, 4 de abril de 2021

Sobre a vida conjugal entre cristãos

Trabalho publicitário: Agência Oldushka.
 Imagem: Igor Gavar
Por Eliseu Antonio Gomes

"Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" - Hebreus 13.4 (ARA). 

Nos dias atuais, o casamento está banalizado. São diversos os casos em que jura-se fidelidade na cerimônia matrimonial, diante do pastor e convidados presentes, com direito ao beijo, mas ao longo do tempo este juramento é esquecido. Para muitos a fidelidade entre casados não é mais uma atitude para a vida toda.

É muito bom viver a vida conjugal, o matrimônio foi estabelecido por Deus para ser aproveitado ao máximo entre um homem e uma mulher, sob o compromisso mútuo de exclusividade.. A convivência a dois é satisfatória quando o marido e a esposa amam mais a Deus do que amam a si mesmos, quando amam mais a Deus do que sua companhia de matrimônio. O Senhor se encarrega em trazer a paz à relação de gente comprometida à aliança nupcial.

A sexualidade do crente é algo que a Bíblia Sagrada quer que aconteça dentro do casamento, com vista ao prazer físico e à procriação da espécie humana. As relações sexuais que desviam da norma bíblica, isto é, realizadas fora do casamento, são vistas como ilícitas, descritas como adultério e fornicação. A Bíblia recomenda fugir da imoralidade sexual (1 Coríntios 6.18).

O que é o adultério? O adultério é uma violação da aliança conjugal, é pecado grave contra Deus e contra a pessoa com quem contraiu núpcias (Malaquias 2:13-15). No Antigo Testamento, o termo usado no idioma original significa "quebrando o casamento"; no Novo Testamento, o sentido é o mesmo, refere-se ao marido que tem relações íntimas com alguém que não é sua esposa, ou quando a mulher casada tem conjunção carnal com um homem que não é seu marido.

 O que é fornicação? A palavra "fornicação" é traduzida do vocábulo "porneia", que tem o sentido de imoralidade sexual ou prostituição, tem a conotação de prática sexual pervertida e lasciva. É considerado fornicário (a) quem pratica a conjunção carnal com pessoa casada sendo ainda solteiro (a), ou, ainda, o relacionamento físico entre pessoas solteiras.

Muitos confundem amor e paixão. São duas coisas diferentes. Ter a condição de diferenciar o amor e a paixão evita sofrimentos de tristeza e aflição. Amar é mais que o sentimento de apaixonar-se. Amar é gostar com um jeito bem amadurecido, é possuir disposição em querer fazer o bem por toda a vida. Paixão é um sentimento impulsivo, por vezes egoísta e possessivo, e com prazo de validade - duração entre seis meses a três anos e meio, aproximadamente.

Quando a relação de duas pessoas apaixonadas se transforma em apenas um só apaixonado, caso não haja o ingrediente do amor entre eles, a percepção do que estava prazeroso pode passar a ser sentida como suplício, com risco de um rompimento difícil de ser experimentado.

Conviver em amor é algo que gera consequências espiritualmente positivas. Quando o marido ou a esposa percebe que a chama de paixão apagou-se, é o momento de empreender esforço para manter a família unida. Quando há disposição de fazer o bem ao cônjuge, o Senhor age junto e traz ao lar a bênção da reciprocidade ao casal. Ao ser perseverante na oração e na prática da Palavra, o cônjuge de coração endurecido é alcançado pelo poder e misericórdia de Deus (Jeremias 23.29).

Cuide bem do seu coração porque dele procede as saídas à vida eterna com Deus, que conhece todos os sentimentos que você alimenta dentro de si (Provérbios 4.23). A aventura de um romance extraconjugal é ilusória, tenha a consciência de que você é templo de Deus, e que o pecado sexual faz com que o Espírito deixe de fazer morada em sua vida. Evite ser guiado pela paixão desenfreada, queira ser guiado pelo Espírito Santo, e terá sua eternidade em grande alegria e paz infinita na companhia do Criador de todas as coisas, inclusive do casamento (1 Coríntios 6.19; Gálatas 5.19-23).

Se você estiver vivendo situação de fornicação ou adultério, saiba que tais pecados não são pecados imperdoáveis. Peça perdão e não peque mais. Deus sempre está pronto para perdoar pessoas arrependidas (1 João 1.9).

Deus sempre incentiva a unidade do casal. Dirigindo-se aos cristãos que vivem num enlace matrimonial em que uma só pessoa é cristã, Paulo ensinou o seguinte: "E se uma mulher estiver casada com um homem não crente, e este concorda em viver com ela, que ela não se divorcie do marido. Porque o marido não crente é santificado no convívio da esposa, e a esposa não crente é santificada no convívio do marido crente. Se não fosse assim, os filhos de vocês seriam impuros; porém, agora, são santos" - 1 Coríntios 7.13,14.

Cuide bem de seu casamento. Tenha em vista que muitas pessoas estragam suas vidas pelo fato de estarem felizes sem se sentirem felizes. Não permita que um momento ruim acabe com momentos felizes do seu futuro. Muitos se arrependem de atitudes tomadas sem pensar em momentos de emoções fortes. Muita gente divorciada se arrepende da opção de separação.

Enganoso é o coração humano, mais do que todas as coisas, o coração é extremamente corrupto (Jeremias 17.9). A corrupção neste texto bíblico refere-se a destruir o que Deus constrói.

Enfim, queria ser uma pessoa apaixonável ao seu cônjuge. Não desista do seu casamento. Ore mais, jejue mais, ouça mais a Palavra de Deus, e medite sobre o quanto o Senhor ama você. Por maior que seja a dificuldade que atravessa, o Todo Poderoso é maior do que o problema. Deus lutará em seu favor, estará ao seu lado.

sábado, 3 de abril de 2021

Lição 1 - EBD: E deu dons aos homens


"Por isso diz: 'Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens' ”
Efésios 4.8 (NAA)

A palavra "dom" vem do grego: no singular é "charisma" e no plural é "charismata". Dom significa tanto "presente" como "oferta" (Efésios 2.8; Hebreus 5.1).

Artigo relacionado: O Propósito dos Dons Espirituais

Dons espirituais tem a ver com capacitações especiais que Deus outorga aos crentes em Cristo por meio do Espírito Santo para diversas aplicações e serviços relacionados à Igreja (Romanos 12.3-8; 1 Pedro 4.10). Há diversidade de dons, cada dom representa a graça de Deus em suas múltiplas formas (1 Coríntios12.4).

No Novo Testamento há duas listas de dons. São encontradas em Romanos 12.6-8 e 1 Coríntios 12.4-10. Todos os dons visam a edificar os membros da comunidade cristã. Conhecê-los é algo importante, o conhecimento dá suporte para estabelecer o comportamento ideal diante de Deus e dos homens. Os  crentes em Cristo são abençoados com dons espirituais para servirem melhor uns aos outros e para testemunharem ao mundo como vivem os cidadãos do Reino de Deus. Nenhum dom deve ser exercido para fins egoístas (1 Pedro 4.10-11). 

Em 1 Coríntios 12.4-6, Paulo cita a Trindade, revela-a em ação para abençoar crentes com capacitações espirituais a serviço da Igreja: "o Espírito é o mesmo"; "o Senhor é o mesmo"; "o mesmo Deus". Assim, o apóstolo mostra que a diversidade e a unidade dos dons espirituais estão estruturadas na Divindade composta entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.  

Em 2 Timóteo 1.6, Paulo escreveu o seguinte ao jovem líder Timóteo: "Por esta razão, venho lembrar-lhe que reavive o dom de Deus que está em você pela imposição das minhas mãos". Nesta solicitação do apóstolo, para que se mantenha a chama acesa do dom divino, passamos a compreender que os dons não são dados ao crente em seu estado final, os dons precisam ser cultivados mediante o uso. Quando o cristão usa-os, o poder do Espírito ajuda-o a superar dificuldades de forma que possa continuar a realizar a vontade de Deus. No caso de Timóteo, ajudou-o a combater falsas doutrinas que surgiram em Éfeso, entre os membros da igreja na qual ele era o pastor responsável.

E.A.G.