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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Polícia investiga ação de estelionatários que tentaram lesar em milhões de reais Igreja Deus é Amor

Maquete do projeto do novo templo
Sede Geral da Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA)

Por José Alves Braga 

A Polícia investiga golpe de R$ 194 milhões contra a IPDA, Igreja Pentecostal Deus é Amor. Com aproximadamente 1,1 milhão de fiéis, a denominação evangélica possui mais de 22 mil igrejas no Brasil e tem filiais em 136 países no mundo. A direção da IPDA procurou a polícia e o Judiciário relatando ter sido alvo de uma tentativa de um golpe milionário em Gilbués, cidade de cerca de 10 mil habitantes no interior do Piauí. Gilbués, é o lar do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba.

Templo-sede
Fachada frontal
Glicério - São Paulo (SP)
De acordo com o relato feito pela Igreja, com base em documentos falsos, golpistas entraram com um processo na Justiça do município, localizado a cerca de 770 km da Capital do Piauí, Teresina, cobrando uma suposta dívida de R$ 194 milhões. A dívida, nos autos do processo, seria referente à compra de duas fazendas no interior do Estado, em 2014, uma de 12 mil hectares e outra de 9.800. Antes que a Deus é Amor pudesse se manifestar na ação, a Justiça de Gilbués havia determinado o bloqueio de R$ 194 milhões das contas bancárias da igreja. Na sequência, ordenou a penhora de 10% dos valores bloqueados. Cerca de R$ 5 milhões chegaram a ser transferidos para outra agência bancária. 

A Igreja, fundada em 1962 pelo missionário David Miranda, soube da ordem de bloqueio pelo Banco do Brasil e, assustada com os valores envolvidos, procurou a polícia relatando a tentativa de fraude. O contrato é falso", afirmou à polícia e à Justiça. "A Igreja Pentecostal Deus é Amor nunca, jamais, em tempo algum, firmou o instrumento contratual executado, tampouco recebeu a posse de qualquer fazenda." 

Erení Miranda
Atual líder da denominação
Viúva do fundador da IPDA
Misteriosamente, depois que a polícia e a Justiça foram acionadas pelos advogados da igreja, o autor do processo solicitou a extinção da cobrança alegando "questões de foro íntimo". A ordem de bloqueio foi revogada. Nenhum valor chegou a ser sacado. 

Não se sabe ainda se a pessoa que assina o processo tem, de fato, envolvimento no caso. É possível que os golpistas tenham usado indevidamente seu nome, por meio de documentos pessoais falsificados, para tentar viabilizar a fraude. Até o presente não se sabe sequer ainda se as fazendas existem realmente. A Justiça de Gilbués solicitou ao Ministério Público que também investigue o caso.

E.A.G.  
Fonte:  José Alves Braga, membro da Igreja Pentecostal Deus é Amor.

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