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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

A Criação de Eva, a Primeira Mulher

Por Eliseu Antonio Gomes

Introdução

O homem sempre foi e continua a ser objeto de estudo em todos os períodos da história da humanidade. Foi tema de pesquisa no campo da filosofia grega e moderna; é foco da filosofia contemporânea. Também foi e é estudado pela filosofia cristã. O ramo cristão sobressai entre os demais pelo fato de incorporar a informação bíblica de que o ser humano foi criado por Deus e corroborar com a revelação das Escrituras Sagradas que desde o ato criativo a humanidade é foco dos cuidados do Criador.

E Deus criou a mulher (Gênesis 2.21,22). 

O primeiro ser humano da terra foi Adão. Ele não nasceu como os outros homens, pois foi criado por Deus do pó da terra. Depois de ter criado Adão. o Criador soprou em suas narinas e ele se tornou alma vivente. Em seguida, Deus deu a Adão domínio sobre todos os animais que vivem sobre a terra. Deus não quis que ele vivesse sozinho, fez cair um torpor sobre Adão, e ele dormiu. Tomou uma de suas costelas, depois da costela extraída modelou o primeiro gênero feminino da espécie humana, sua companheira adequada.


Ao criar Adão, Deus decidiu que em sua anatomia, na parte acima da cintura existiriam 12 pares de ossos alongados e curvos, formando um conjunto que conhecemos como caixa torácica. Este espaço existe com a finalidade de proporcionar proteção aos órgãos vitais pulmões e coração. Até antes de ser modelada como uma pessoa feminina, Eva cumpria importante tarefa protetiva em favor do homem, que viria a ser seu marido. Para os hebreus, a caixa torácica é a parte do corpo onde estão os afetos.

A palavra hebraica usada para descrever a criação da mulher é "yiben", cujo sentido é "construir". Para a construção ser bem sucedida, antes da estrutura ser erguida é necessário haver o planejamento de todos os detalhes funcionais, a ordenação estética, o estabelecimento de princípios harmônicos etc. Portanto, ao decidir criar Adão, não resta nenhuma dúvida que Deus também havia decidido que retiraria de sua caixa torácica um osso e desse osso formaria outro ser humano, com a finalidade de continuar a abençoá-lo.

Ao acordar do sono pesado, assim que Adão viu a mulher, a parte íntima dele, de imediato percebeu a conveniência de viver em companhia de um ser vivo da sua espécie. Em expressão de aprovação para sua nova situação, descreveu-a como "osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gênesis 2.23).

A estrutura da personalidade humana foi criada em semelhança ao seu Criador com o objetivo de governar a Terra. A interpretação de Gênesis 1.27,28, afirmando que Adão e Eva foram feitos à imagem e semelhança de Deus, e por haver em sua essência inteligência, vontades e emoções, isto lhes confere dignidade e valor acima da existência do restante da criação é plenamente correta e aceitável. Porém, esta interpretação, se permanece apenas no aspecto da aparência e importância comparativa não é completa. A aparência da imagem de Deus no homem e na mulher tem também o conceito de governo representativo (Salmos 8.6-8).

“E Deus os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gênesis 1.28).

A tentação de Eva (Gênesis 3.1-7).

Na tentativa de convencer Eva a pecar, a serpente diz: "É verdade que Deus disse: “Não comam do fruto de nenhuma árvore do jardim?" (Gênesis 3.1 - NAA). A primeira tentação para a mulher foi fazê-la sondar seu conhecimento da Palavra e em seguida deixá-la confusa e em dúvida sobre o que realmente sabia. Quando Eva responde, cita a Palavra de Deus, porém, suas palavras causam a impressão que seu conhecimento a respeito da determinação em relação ao vegetal era muito vago. Parece desconhecer que a árvore se chamava "árvore do conhecimento do bem e do mal", pois faz referência à planta dizendo "Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: 'Vocês não devem comer dele, nem tocar nele, para que não venham a morrer'” (Gênesis 3.2-3, NAA).

Então, para criar o desejo da rebelião em Eva, a serpente distorceu a Palavra de Deus, enganando-a, mentiu a ela dizendo que se comesse o fruto proibido passaria a ser igual a Deus: "É certo que vocês não morrerão. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerem, os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal" (versículos 4 e 5, NAA). Eva demonstra mais do que desconhecimento da Palavra de Deus, afirmando mais do que Deus disse. ela fala que o Senhor havia proibido tocar na árvore sob pena de morte, sendo que o Criador não havia proibido o toque e nem sentenciado à morte por este motivo (conferir em 2.15-17). Talvez, acreditasse nesta "adição" à Palavra, e esta crença sem base na orientação do Criador tenha lhe prejudicado. Ao tocar na árvore ela considerou-se desobediente sem de fato estar desobedecendo, e em seguida realmente pecou ao ingerir seu fruto e oferecê-lo ao seu marido.

A Queda de Adão trouxe inversão dos papéis designados pelo Criador ao homem e a mulher. Em vez de o casal respeitar a posição de Deus em orientá-los, e o homem com o auxílio da mulher governar a Criação, acontece uma mudança total: a serpente aborda Eva que, ao se rebelar contra o Criador, arrasta consigo seu marido.

Embora Eva tenha dado atenção para a serpente, Adão teve sua dose maior de responsabilidade, pois mesmo antes da mulher ser criada, o Criador deu-lhe a ordem para não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2.17,18). Não há registro bíblico que o Criador tenha feito recomendação diretamente para a mulher. No plano de Deus para a convivência de homem e mulher, é ele, não é ela que deve assumir a responsabilidade final.

Eva pecou ao desrespeitar o padrão estabelecido por Deus para o casamento, não consultar seu companheiro antes de retirar o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e oferecê-lo a ele. Adão pecou quando negligenciou sua responsabilidade, não se esforçar para transmitir com clareza a ordem divina para sua esposa, ele errou ao não considerar a relevância da determinação de Deus que proibia comer o fruto proibido, consentir no andamento do plano de rebeldia da serpente e não impedir que a sugestão da serpente tivesse êxito (Gênesis 3.6,17).

Por negligenciar sua responsabilidade de liderança, o Senhor pergunta apenas para Adão "comeste do fruto que ordenei que não comeste?" e para a mulher formula questão diferente, dizendo "o que fizeste?". Eva havia dado sua confiança à serpente, o Criador desfez este laço de influência colocando entre ambas a inimizade (Gênesis 3.11.15). Adão é considerado o principal responsável pelo ato de rebeldia, apesar de as consequências da Queda atingir, igualmente, ao homem e à mulher e suas respectivas esferas de atuação (Gênesis 3.9,17; Romanos 5.12-14).

Eva talvez tenha percebido logo que foi iludida, havia sido criada sem nenhum pecado e ao pecar, ao invés de passar a ser igual ao Criador, que é santo, tornou-se parecida com o diabo, o primeiro ser apontado pelas Escrituras como pecador. Adão e Eva transformaram-se em pecadores e foram lançados para fora do jardim para envelhecer e morrer. Antes do pecado, Adão lavrava  apenas o jardim do Éden, com facilidade produzia seu sustento e vivia feliz com Eva. Depois do pecado, o Criador amaldiçoou a terra, que passou a produzir espinhos e cardos, e Adão não mais pôde trabalhar com facilidade. O trabalho passou a ser árduo para ele. Adão viveu 930 anos, teve muitos filhos e filhas. O dia se sua morte chegou, morreu conforme o Criador disse que aconteceria (Gênesis 5.4-5). 

Sobre a Queda de Adão, podemos extrair a lição de que jamais devemos dar margem para dúvidas. Para evitar cair em tentação, é preciso buscar o conhecimento completo do que o Senhor fala. Sempre será necessário ensinar o conteúdo bíblico usando textos e contextos, pois o pregador é cobrado por suas negligências no que tange ao ensino. Distorcer, adicionar e subtrair informações referente ao que há nas Escrituras Sagradas, não edifica o crente, favorece apenas os interesses do diabo.

Depois deste fato triste, Adão deu para sua esposa o nome Eva. No idioma hebraico, este nome significa "vida". A Ciência define vida como o conjunto de características que mantém os seres humanos em atividade. Adão nomeou-a assim tendo em vista a capacidade de reprodução da espécie humana que havia nela, sua mulher logo passaria a ser a "mãe de todos os seres humanos" (Gênesis 3.20 (NAA).

Eva torna-se mãe (Gênesis 4.1,2).

Eva foi criada para ser a “companheira adequada”, a parceira de Adão na tarefa de encher a Terra e sujeitá-la. Como complemento oferecido por Deus, era digna de merecer todo respeito do seu marido, devia ser devidamente bem tratada por ele. A narrativa bíblica sobre o primeiro casamento estipula que o homem deve deixar pai e mãe e formar uma nova unidade familiar ao unir à sua mulher. E desta união conjugal precisa haver a geração de descendentes (Gênesis 1.28; 2.24).

Alguns interpretam o significado sobre a Queda de Adão de maneira totalmente equivocada, dizem que o pecado do casal foi o ato sexual. Deus disse “frutificai e multiplicai-vos”, portanto, está claro dentro do ambiente do casamento que a expressão sexual é uma dádiva, o celibato nunca foi plano do Criador, a sexualidade humana é uma bênção que existe para que marido e mulher tenham filhos e expressem afetividade reciproca intimamente. O apóstolo Paulo, ao abordar a questão da apostasia nos últimos dias (1 Timóteo 4.3-5), desenvolve uma interpretação positiva a respeito do relacionamento sexual no matrimônio. Através de sua redação, entendemos que Deus criou homem e mulher com a capacidade de terem prazer na atividade sexual, que a constância da relação íntima no casamento gera a desejável felicidade, a união conjugal é onde homem e mulher podem e devem compartilhar juntos os prazeres físicos da vida terrena.

Não há base bíblica para a doutrina do rigor acético na vida de casal, a proibição da expressão sexual desvirtua o propósito divino para este assunto, e de igual maneira não existe base bíblica ao indivíduo promíscuo que pratica o sexo fora laços matrimoniais.

Na antiga cultura hebraica, considerava-se que a principal responsabilidade das mulheres para com os maridos era gerar filhos, especialmente filhos do sexo masculino. A geração de um filho era a contribuição mais nobre que a mulher podia dar ao marido e à família. Não fazê-lo, em contrapartida, via-se como uma desgraça. É por este motivo que vemos o desespero de Raquel por não ter gerado nenhum menino para Jacó. Quando, posteriormente, Deus permitiu que concebesse um garoto, Raquel interpretou esse acontecimento como a remoção de sua humilhação (Gênesis 30.1,23).

Em Gênesis 3, temos o relato do primeiro pecado consumado. Observamos que a Queda implicou uma inversão completa do padrão de relacionamento definido por Deus, com consequências desastrosas e permanentes revertidas apenas pela vinda e morte salvífica do Messias.

No capítulo 4 de Gênesis, vemos o começo das consequências desta ação da desobediência de Adão e Eva. A mulher dá à luz a dois filhos: Caim e Abel. O coração de Caim não possui afeto natural em relação a seu irmão, seu sentimento é retratado como um fera em prontidão para atacar, a malignidade contamina a sensatez de seu raciocínio e o induz ao terrível ataque fatal contra Abel. Então ocorre o primeiro assassinato registrado na Bíblia Sagrada, é o início do desdobramento da prática do pecado na história da humanidade  (Gênesis 4.6-9; 13-14; 1 Pedro 5.8).

A mulher no plano de Deus (1 Pedro 3.1-7).

A linha cronológica da apresentação dos fatos relativos ao casamento no Antigo Testamento. começa em Gênesis, capítulos 1 a 3. Tal cronologia pode ser atrelada ao Plano da Salvação. Em Gênesis 3.9 a 20, há o relato de como Deus agiu em relação ao pecado de Adão e Eva e à indução ao erro cometido pela serpente. O Criador sabia de toda a ocorrência e fez perguntas visando extrair confissões e proferir a condenação. A serpente foi condenada a rastejar e estar em guerra constante com a humanidade e ter a sua cabeça esmagada pela descendência de Eva - o juízo contra a serpente é ao mesmo tempo o anúncio divino de bênção ao ser humano, a Boa Nova da intervenção de Jesus Cristo em favor de todos os pecadores (Gênesis 3.15; João 3.16; Romanos 16.20; Hebreus 2.14; Apocalipse 22.18).

O apóstolo Pedro, no terceiro capítulo de sua primeira carta, descreve os deveres de maridos e esposas no seu relacionamento, começando com os deveres das esposas. Abordar problemas conjugais e familiares, refere-se as mulheres convertidas a Cristo no mundo antigo em que vivia, considera a consequência desse ato quando o marido continuava descrente (3.1-2). Seu aconselhamento às esposas é mais extenso do que a orientação dirigida aos maridos crentes, pois quando o homem se convertia enquanto que a mulher seguia sem aceitar a Cristo, o marido levava a sua mulher à Igreja e não havia maiores dificuldades, mas se apenas a esposa era convertida, seu passo de fé poderia causar complicações sem precedentes dentro do seu lar.

A situação de uma mulher mudar de religião sem ser acompanhada do seu marido era algo praticamente inaceitável pela sociedade grega daquela época, naquela civilização a mulher não tinha direito ao pensamento próprio, era obrigada a permanecer no ambiente doméstico, pedir o menos possível e acatar todas as ordens do marido. Seu marido podia divorciar-se dela à vontade contanto que lhe devolvesse seu dote. A vida da mulher em Roma não era muito diferente, as leis romanas favoreciam apenas os homens. Legalmente, em fase adulta a pessoa de sexo feminino era tratada como se fosse ainda criança. Quando vivia no lar paterno estava sob a autoridade do pai, que possuía o direito de decidir sua vida ou morte; ao casar-se passava a estar sob a autoridade absoluta do marido.

O ensinamento de Pedro sobre o modo das esposas cristãs casadas com homens descrentes se consiste em que elas vivam  em sujeição, uma submissão carinhosa à vontade do seu cônjuge, para que através da conduta amorosa, o homem que não tinha contato algum com o Evangelho de Cristo encontrasse oportunidade de observar a evidência da Palavra através do procedimento prestativo, prudente e exemplar da sua mulher. Através deste aconselhamento, aprendemos a sujeição espontânea, primeiramente ao Todo Poderoso, são deveres cristãos que o Criador estabeleceu antes do pecado cometido por Adão e Eva (Gênesis 3.16; 1 Timóteo 2.11).

Pedro incentiva os cristãos à viverem unidos, ao amor, à compaixão, à paz e à paciência nos sofrimentos; a perdoarem os caluniadores e não caluniarem; não retribuírem o mal com o mal, nem insulto com insulto, mas com bênção; estarem sempre prontos para explicar a razão da sua fé e esperança, e conservarem a boa consciência (3.8-17). Para encorajá-los a isso, o apóstolo aponta ao exemplo de Jesus, que sendo justo sofreu pelos injustos (3.18-22).

A mulher no Reino de Deus 

As Escrituras ensinam que Deus fez tanto o homem quanto a mulher parecidos com Ele (Gênesis 1.27; 5.1; 9.6; 1 Coríntios 11.7; Tiago 3.9). Sendo o Criador pessoal, criativo, dotado de inteligência e desejo, capaz de governar o mundo, fez dois seres humanos dotados de atributos físicos e psicológicos que configuram os caráteres das criaturas varonil e feminil portando qualidades específicas, e estas refletindo a inteireza do seu Criador, possuem capacidade de cumprir plenamente a vontade divina.

Algumas mulheres destacadas positivamente nas páginas das Escrituras:
• Abgail, a mulher de sabedoria (2 Samuel 25.18-35);
• Ana, a mulher de oração (2 Samuel 1.9,10);
• A mulher anônima que Jesus observou contribuindo no templo (Marcos 12.41-44);
• Débora, a mulher que profetizava (Juízes 4.5);
• Rute, a mulher de decisões acertadas (Rute 1.16);
• Sara, a mulher de fé (Hebreus 11.11);
• Lídia, a primeira convertida a Cristo na Europa (Atos 16.14);
• Lóide e Eunice, respectivamente, avó e mãe do jovem pastor Timóteo, a quem transmitiram a fé no Salvador (2 Timóteo 1.5);
• Maria Madalena, a primeira mulher que testemunhou a ressurreição do Salvador (João 20.11-18);
• Priscila, esposa fiel de Áquila, que junto a ele cooperou no ministério de Paulo (Atos 18.21-3,26; Romanos 16.3,4. 
Em todo o ministério terreno de Jesus e, principalmente em sua ressurreição (Lucas 24.1-10), percebemos a fé e o respeito que as mulheres demonstraram pelo Salvador. Depois de sepultado, assim que o período do dia de sábado terminou, Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago e outras mulheres (João 12.10,24,32), aproveitaram a primeira oportunidade e foram ao sepulcro para embalsamar o corpo de Jesus, talvez quisessem ungir sua cabeça, o rosto, espalhar especiarias em suas mãos e pés feridos, em uma expressão de carinho, o mesmo carinho que dispensamos em nossa cultura ocidental quando derramamos lágrimas e colocamos flores ao redor das pessoas falecidas que amamos.

Considerando a expressão de amor dessas mulheres, Deus ordenou que dois anjos avisassem-lhes que o Senhor havia ressuscitado, e ajudassem a lembrar que o próprio Cristo havia dito que ressuscitaria ao terceiro dia da sua morte, pois elas encontraram o túmulo aberto e vazio. E coube a elas a missão de avisar aos homens que Ele estava vivo (Lucas 24.6,8).

Após o pecado no Éden, Deus ainda se comunica com as pessoas, agora através da Bíblia Sagrada, que inspirada pelo Espírito Santo tem o poder de transformar vidas. O mundo necessita conhecer a essência do seu Criador, tendo em mente quem realmente Ele é. Através da pregação da Palavra, realizada por pessoas renascidas em Cristo, deseja abençoar pessoas de modo individual e coletivamente, sendo reconhecido e aceito como Soberano no ambiente das famílias. Homens e mulheres, alcançados pela graça da salvação, têm em si o reflexo de seu Criador, estão incumbidos com a missão de entregar a mensagem das Boas Novas aos que ainda não encontraram o Salvador.

Conclusão

As Escrituras dão testemunho de um número considerável de relacionamentos entre homens e mulheres caracterizados pelo amor e pela honra a Deus. Apesar disso, por causa do pecado, o ideal divino da união matrimonial e família foi corrompido pela poligamia, divórcio, adultério, homossexualidade, esterilidade e falta de diferenciação dos papéis de marido e esposa. Por existir na cultura contemporânea, considerável confusão sobre o plano de Deus a respeito do casamento, com a finalidade de saber lidar com essa crise cultural, e fortalecer as convicções cristãs sobre o assunto, o cristão autêntico precisa ter a Bíblia Sagrada como base para empenhar-se à edificação e solidificação do fundamento mais íntimo que o Criador trouxe à existência.

E.A.G.

Compilação:
Comentário Bíblico Beacon, Gênesis a Deuteronômio. Volume 1; página 38.
Comentário Bíblico Mattew Henry - Atos a Apocalipse, 1ª edição 2018, pagina 872. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD)
Comentário Bíblico Mattew Henry - Mateus a João, 1ª edição 208, páginas 729, 730. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Deus Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. Andreas J. Köstenberger e David W. Jones. 2ª edição. Páginas 281 29 e 35. São Paulo (Vida Nova).
Guia do Leitor da Bíblia – Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Lawrence O. Richards. 5ª edição 2006. Páginas 26, 836. Bauru. Rio de Janeiro – RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD).
Pastor Christian Molk. consulta realizada no website em 03 de janeiro de 2019, https://www.christianmolk.se/2014/03/nar-eva-foll/ 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O tapa do Papa Bergóglio


Vale o registro, por ser uma cena inusitada. Não há intenção de criticar. 

Em plena atmosfera da Virada de 2019 para 2020, o Papa Francisco mostra ao mundo que é gente como a gente. Ao ser pego pelo braço e empurrado, teve um ímpeto comum aos seres humanos. Ele reagiu. Mas apenas desferiu um tapinha na mão de quem o havia puxado com força e o segurava impedindo de seguir seu caminho. Outros, na mesma situação, poderiam apresentar mais agressividade.

 Disseram que depois ele pediu desculpas. Seu gesto foi o gesto de um idoso desrespeitado contra a pessoa desrespeitosa. Não precisava ter se desculpado. Foi uma reação comum, mas como ele é o líder dos católicos, muitos acharam motivo de fazer críticas exageradas.

O puxão poderia ter ocasionado uma queda. O tombo de idosos muitas vezes trazem consequências graves. Temos que considerar que a mulher que provocou este incidente não o fez com intenção ruim. Ela pareceu estar ali como mais uma pessoa católica na imensa multidão de cristãos católicos, que desejaram tocá-lo.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Então, é Dois Mil e Vinte


É Dois Mil e Vinte. O futuro estava ali depois da curva, nós o alcançamos. Vivemos o tempo que muitos escritores da Ficção Científica tentaram descrever, antever, mostrar. Mas que só a Bíblia Sagrada tem as respostas certas sobre este momento.

Minha Virada de Ano Novo foi assim: Dois gatos castrados, um macho e uma fêmea. Enchi os potes de ração. Desprezaram a comida naquele momento. Eles foram dormir encima da cômoda do quarto sob a madeira fria, uma maneira de suavizar a temperatura alta do corpo, no intenso calor da última noite de Dois Mil e Dezenove. Fechamos as portas e fomos para uma congregação, buscar a Deus na Virada de Ano. Eu e a esposa saímos de casa às 23h15. As filhas, o genro e a neta foram um hora e meia antes. A acústica do templo não permitia ouvir os estampidos de rojões por volta da meia-noite. Orávamos à zero hora. Houve canto de louvores depois. Voltamos às 2 horas, aproximadamente. Os bichanos? O macho nos encontrou no hall de entrada da casa, estava sonolento; a fêmea continuava a dormir quase na mesma posição que a deixamos.

Durante a oração na igreja, pedimos saúde, paz, prosperidade, felicidade. Não só a nós mesmos, solicitamos isso uns aos outros. Para uns, a felicidade está em determinado lugar, para outros está na convivência com determinadas pessoas. Eu penso em felicidade como sinônimo de sucesso, logo, ser feliz é ter alcançado objetivos – não importa quais sejam.

É importante reconhecer que o calendário novo não tem poder de mudar a vida de ninguém. Para ser feliz, precisamos entender que a nossa felicidade não depende dos outros, o começo da conquista desejável tem origem dentro de nós; o sucesso acontece através de atitudes corretas. Como? Aceitando as orientações que Deus nos deu através do Evangelho de Cristo, teremos condição necessária para alcançar tudo o que realmente precisamos para ser feliz. Peçamos ao Senhor estratégias corretas e façamos a parte que nos compete ser feita. É assim que tenho orado nestes dias!

Que o Ano Novo comece sendo abençoado pelo Criador, que Deus nos proteja e os nossos passos sejam guiados por Ele. Desejo a você e os seus um Feliz Dois Mil e Vinte, que este janeiro e os próximos onze meses seguintes sejam tais quais foram a Virada de Ano dos dois animaizinhos em minha residência.

Que você tenha 365 dias protegido pelo Pai celeste; que a sua tranquilidade não seja atrapalhada pelo barulho de estouros dos "fogos de artifício" e o "cheiro de pólvora queimada"; que os dias maus não perturbem sua trajetória e de modo algum as adversidades consigam incomodar sua vida, e que nenhum problema tenha força suficiente para roubar seu sono.

Inicie 2020 com maior dedicação ao Deus capaz de transformar expectativas em realidade. Considere que o Todo-Poderoso pode fazer acontecer coisas boas para seu bem-estar. Certo alguém disse que há um céu aberto dentro de um quarto fechado, durante a oração. Então, em seu momento particular com o Senhor, lembre-se das coisas que motivou você a orar a Deus em anos passados e que já recebeu o que havia solicitado, e seja agradecido.

Depois do culto abençoado na Virada, a boa roda de conversas à mesa em casa, o sono veio sereno ao lado da pessoa amada que Deus me deu. Acordei por volta de 8 horas com raios de sol tocando o piso do quarto. O televisor estava ligado, sintonizava um programa ao vivo, a reportagem anunciava que no estado paulista e capital, os preços de tarifas das passagens de ônibus, trem e metrô sofreram aumentos em pleno 1º de janeiro.

É Dois Mil e Vinte! A vida segue, e seguimos confiantes em Deus. As folhinhas do calendário mudam; o calendário também perde sua validade; mas as promessas de bênçãos do Senhor continuam inalteradas aos que permanecem fiéis.

Feliz Ano Novo! 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Adão, o primeiro homem

O primeiro subsídio à primeira lição da revista Lições Bíblicas,  periódico trimestral da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), ao primeiro trimestre de 2020, está disponível.

Entregamos seis reflexões a você. Trata-se de um trabalho elaborado com base nas sugestões do bloco Leitura Diária, que consta na página número três da revista. 

O nosso propósito é que todos possam, tendo em mãos o excelente trabalho do comentarista Claudionor de Andrade, aprofundar mais além do que há nas páginas da revista, pois o que consta ali está reduzido em apenas oito páginas, na versão da edição do professor.

Estamos confiantes que o Senhor fará com que cada pessoa que fizer uso do material produzido neste blog será abençoado, pois Ele é o nosso Ajudador. 

Confira:  Adão, o primeiro homem.

05/01/2019: A lição número 2 já está pronta:  A Criação de Eva, a Primeira Mulher

Postagens relativas:  Nota arqueológica sobre o Éden

sábado, 28 de dezembro de 2019

Pioneiros: Sara Berg, a discreta missionária e esposa de Daniel

Daniel e Sara Berg se casaram em 1920, na Suécia, dez anos depois do sueco ter vindo ao Brasil junto com Gunnar Vingren. Tiveram três filhos: Lisbeth, David e Débora. Lisbeth faleceu aos três anos de idade.

O casal realizou a Obra Missionária no Brasil e em Portugal.

Sara era sábia, pessoa de poucas palavras, falava só o necessário. Era hábil conciliadora, costumavam procurá-la para apaziguar conflitos entre irmãos na igreja.

Fez curso de assistência social com o objetivo de cuidar de crianças e deficientes. Dirigia cultos infantis e gostava de coordenar passeios para a criançada, levando-as aos parques públicos.

Ficou viúva em 27 de maio de 1963, seu marido faleceu aos 79 anos de idade em um hospital na Suécia. Sara Berg, descansou quase duas décadas depois, em 11 de abril de 1981.