INTRODUÇÃO
O trabalho é uma vocação que aparece em Gênesis, perpassa por Jesus e se confirma nos apóstolos.
É um ponto de vista muito comum considerar trabalho o emprego assalariado. A grande maioria dos indivíduos aceitam a função de empregados porque receberão salário. Mas nem todo trabalhador tem remuneração por aquilo que aceita fazer. Haja vista a valorosa figura desprendida de interesses financeiros da dona de casa e a honradez de cidadãos que se destacam em funções extremamente importantes em caráter voluntário; essas pessoas doam tempo, talento e suor em favor do próximo sem nenhum anseio de retorno financeiro.
I - O TRABALHO DE DEUS NA BÍBLIA
1. O trabalho de Deus na criação do Universo.
Bilhões de pessoas já leram ou ouviram o que a Bíblia Sagrada diz sobre o começo do Universo. O relato, contido no Livro de Gênesis tem uma frase bem conhecida: No princípio, Deus criou os céus e a terra". Muitos especialistas de vários campos científicos fecharam questão de que há um trabalho inteligente na natureza. Eles ponderam que não tem lógica alguma aceitar a ideia que a complexidão grandiosa da estrutura do Cosmo e da vida na Terra tenha surgido aleatoriamente. Então, vários cientistas e pesquisadores acreditam na existência de um Criador, e se convenceram que o Deus da Bíblia projetou e construiu o Universo.
O cristão evangélico crê na existência do Criador que não foi criado, acredita no relato bíblico da linha do tempo da criação, observa que "em seis dias o SENHOR fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou" (Êxodo 20.11 b); tem convicção e declara que o SENHOR fez o céu o céu dos céus, a terra e tudo que nela há, os mares e tudo o que há neles; e conserva a todos com vida. O crente, aquele verdadeiramente ama a Deus, entende que há a necessidade de separar um dia na semana para descansar com sua família, e junto com a família ir à igreja para celebrar a grandeza de Deus como Criador e adorá-lo como nos céus o exército de anjos o adoram (Neemias 9.6).
Porém, enquanto o ser humano não compreende o propósito do trabalho do Criador na crianção, permanece universalmente mau. Sua ignorância espiritual não resulta em falta de oportunidade, mas é expressão de sua rebeldia (Romanos 1.19-20; Efésios 4.18). A sociedade secular, cada vez mais ignora o Criador, despreza-o. A não religiosidade e as falsas religiões do mundo são consequências da falta de disposição para socorrer os necessitados, tal estilo de vida reflete o caráter daqueles que não amam a Deus de verdade e são tentativas de fugir da vontade do Criador, pois a tendência natural do homem é a de buscar seus próprios interesses (Isaías 32.6; Filipenses 2.21). Assim, a adoração a Deus tem ficado em segundo plano em muitos corações, o comércio fica aberto todos os dias, o ano escolar é cada vez mais longo, as pessoas não têm disposição de parar para passar um dia com a família e adorar a Deus (Salmo 10.4; 14.1; 53.1).
2. O trabalho de Deus na criação do homem.
No ato da criação do ser humano, Deus o formou do pó da terra. (Gênesis 2.7). As palavras que descrevem este trabalho retratam a atividade de um artesão mestre, formando uma obra de arte que ele dá vida. Esta situação acrescenta detalhes às afirmações de Gênesis 1.27; Salmos 139.14; 1 Coríntios 15.45 e 1 Timóteo 2.13.
O ser humano tornou-se alma vivente através do Espírito do Altíssimo, mas não deve se esquecer que também foi feito por Ele a partir do lodo; deve lembrar-se que os atos de justiça de Deus são perfeitos, que Ele governa o Universo e está sempre atento ao clamor do pobre e do aflito (Jó 33.4; 34.12-13, 28).
Na excelência da pessoa e da obra de Cristo foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis (Colossenses 1.16). Aquele que está em Cristo é pessoa liberta da escravidão do pecado e vive debaixo da graça de Deus. A obediência que cabe ao cristão é a de seguir a Jesus, estudar a sua Palavra, orar, praticar boas obras e, especialmente, anunciar a mensagem da salvação a todos os povos enquanto há ocasião oportuna ou não. "É necessário que façamos as obras daquele que me enviou enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" (João 9.4).
3. Deus continua a trabalhar.
As Escrituras Sagradas revelam que Deus trabalhou e trabalha até hoje, Ele não abandonou a terra e nem suas criaturas. Com base nesta informação está estabelecida a mordomia do trabalho do cristão. O trabalho de Deus está registrado nas páginas da Escrituras, mostram o seu labor ao originar o Universo, na criação do homem e revela que continua trabalhando em prol das coisas criadas, especialmente do ser humano.
O salmista escreveu: "Tu visitas a terra e a regas;tu a enriqueces grandemente. Os ribeiros de Deus são bundantes de água; provês o cereal, porque para isso preparas a terra, regando-lhe os sulcos e desmanchando os torrões. Tu a amoleces com chuviscos e lhe abençoas a produção." Salmos 65.9-10. Nosso Deus é vivo e ativo. É importante reconhecer que entre seus atos está a função de abençoar os seus servos fiéis, tanto na esfera espiritual quanto na física. Ao viver como um cristão autêntico e trabalhador honesto a pessoa tem sobre si a oportunidade de receber dEle a bênção por suas atividades laborais. Em consequência disso, o crente vence as situações impostas pelas más administrações públicas, políticas sociais nefastas, economia instável e corrupção generalizada.
II - A BÍBLIA E A MORDOMIA DO TRABALHO
1. O homem foi criado para o trabalho.
Entre outros definições, o Dicionário Michaellis apresenta as seguintes explicações para o significado do termo trabalho:
• conjunto de atividades produtivas ou intelectuais exercidas pelo homem para gerar uma utilidade e alcançar determinado fim;
• atividade profissional, regular, remunerada ou assalariada, objeto de um contrato trabalhista;
• qualquer obra (manual, artística, intelectual) realizada;
• ação ou maneira de executar uma tarefa, de utilizar um instrumento;
• esmero ou cuidado empregado na feitura de uma obra ou de um serviço:
• qualquer tarefa que é ou se tornou uma obrigação ou responsabilidade de alguém; dever, encargo:
• atividade humana caracterizada como fator principal da produção de bens ou serviços.
O ser humano foi criado segundo à imagem do seu Criador, portanto, criado para o trabalho. Deus trabalhou no princípio de todas as coisas e ainda hoje continua a trabalhar após estarem criadas. Pelo fato de o homem ser semelhante a Deus, que o fez, entre suas atividades está presente a laboriosidade, que antes do homem cometer o pecado era tarefa fácil.
O cânon bíblico fala do trabalho humano desde o princípio. Antes de criar Adão, já havia o plano divino de que ele seria lavrador (Gênesis 2.5, 8, 15). Sendo que depois seus filhos seguiram trabalhando, Abel ocupava-se como pastor de ovelhas e Caim lidava com a agricultura (Gênesis 4.2).
2. O trabalho antes da Queda.
Ao colocar Adão e Eva no jardim do Éden, o Criador deu ao casal a liberdade para desfrutar de tudo o quanto havia criado. Antes do pecado, a busca pela sobrevivência no Éden era constantemente prazerosa e tranquila para Adão; o solo era lavrado sem nenhum trabalho desconfortável; as plantas produziam frutas, verduras e legumes de boa qualidade nas estações certas à manutenção do metabolismo mínimo do corpo; não havia desgaste físico e nem a necessidade de repor energia comendo carne, as necessidades orgânicas eram supridas pelo alimento vegetal (Gênesis 1.29).
Antes da desobediência ao Criador, o casal tinha no Éden um lugar agradável para morar e a provisão do alimento diário sem nenhum sacrifício. Mas, o Criador fez uma advertência para a mulher e ao homem, eles não deveriam comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, pôs sobre ambos a responsabilidade da obediência (Gênesis 2.5-10, 17). Eles teriam que obedecer à Palavra do Senhor, pois apenas por meio da obediência estariam seguros. Até os dias atuais ainda há esta condição, apenas quem é fiel tem a bênção sobre sua vida: "Quem despreza a palavra terá de pagar por isso, mas o que teme o mandamento será recompensado" - Provérbios 13.13.
3. O trabalho depois da Queda.
Após a queda, o trabalho deixou de ser tarefa fácil, veio o medo e a maldição, a condição ambiental foi transformada para pior, houve a alteração ecológica. Antes, o solo só produzia para benefício do ser humano, depois surgiu cardos e espinhos. O desgaste físico passou a ser parte do trabalho, a dor, o sofrimento e em alguns caso inclusive a doença. Apesar disso, trabalhar ainda é uma vocação do Criador para o ser humano. O homem não pode viver sem tarefa laborativa. Quando isso ocorre, ele violenta a sua própria natureza e viola a diretriz que o Criador lhe deu.
A Boa Notícia de Deus se manifesta em seu Filho único, que se fez maldição para abençoar o ser humano, que se arrepende da vida no pecado e entrega seu espírito, alma e corpo para adorar ao Criador na beleza de sua santidade. "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" - 2 Coríntios 5.17.
"Doce é o sono do trabalhador... Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e desfrutar o que conseguiu de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção. Quanto àquele a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, receber a sua porção e desfrutar do seu trabalho, isto é dom de Deus. Porque não ficará pensando muito nos dias da sua vida, pois Deus lhe enche o coração de alegria." - Eclesiastes 5.12 a, 18-20.
Salomão conscientiza o trabalhador sobre o conceito do dom de Deus, referente a oportunidade de desfrutar da satisfação que é consequência do trabalho honesto. Ele aconselha o trabalhador, que é servo de Deus, a desfrutar das abundâncias terrenas da vida que Deus dá. Aqueles que consideram a Deus a fonte de sua bênção, recebem prazeres, estabilidade financeira e a capacidade de desfrutar dessas coisas, e devem aproveitar isso.
III - PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA O TRABALHO
1. O homem deve trabalhar "com o suor do seu rosto".
"No suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, pois dela você foi formado; porque você é pó, e ao pó voltará" (Gênesis 3.19).
As tarefas para a sobrevivência do homem se tornaram
amargas após a Queda de Adão, quando o solo passou a ser estéril, e a produzir espinhos e cardos. Após o pecado entrar no mundo, o trabalho passou a desgastar o corpo, ser cansativo, afetar a tranquilidade, exigir esforço e derramar suor.
"Lembrem-se do SENHOR, seu Deus, porque é ele quem lhes dá força para conseguir riquezas" - Deuteronômio 8.18 (NAA). Isto é, Deus não interage com o ser humano como se fosse o gênio da lâmpada de Aladim. Ele concede a capacidade humana ao eficiente trabalhador, para que através do próprio suor a pessoa obtenha seu meio de sobrevivência.
Para Salomão, a vida bem-sucedida não era apenas resultado do sucesso financeiro, mas da escolha em viver em santidade, a bênção do Senhor gera prosperidade através da generosidade, do conhecimento e dedicado ao trabalho honesto (Provérbios 3.3.4). O trabalhador que se esforça para especializar-se em sua profissão, se dedica às tarefas com afinco, é uma pessoa com grande propensão a encontrar oportunidades para se satisfazer com o sucesso profissional e as consequências dessa condição (Provérbios 3.10, 15; 13.11; 28.19).
2. O trabalho deve ser diuturno.
O trabalho de Deus sobre a Terra é descrito com sendo permanente (Salmos 104.19-23). Ele trabalha sustentando os astros celestes desde o primeiro dia da criação do Universo. O Sol e a Lua fixam mais do que a claridade e a escuridão na Terra, além de girarem em redor do nosso planeta, são matizes dos desígnios do Criador em relação ao equilíbrio entre o tempo de trabalho e de descanso do ser humano.
A Bíblia ensina que é necessário haver boa disposição ao trabalhar. Como fazer isso?
• Levantando-se cedo (Gênesis 28.18; Êxodo 24.4);
• Buscando ao Senhor (Provérbios 8.17);
• Cuidando em todo tempo do trabalho (Eclesiastes 11.6);
• Lembrando-nos de Deus em momentos bons (Eclesiastes 12.1)
• Concluindo a tarefa (Daniel 12.13);
• Começando e terminando (2 Coríntios 8.6).
3. Não ser pesado a ninguém.
As pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a Cristo, e portanto não possuem o privilegio de pensar de acordo com raciocínio espiritual, não são capazes de mensurar corretamente a importância do trabalho de pastores, que são tarefas espirituais. Não conseguem entender que o profissional secular trabalha com vista para as coisas dessa vida, que é passageira, enquanto que o pastor lida com o destino final das almas, objetivando a felicidade dessas almas no porvir, na eternidade.
Há gente preconceituosa que olha para a figura pastoral sem lembrar que o próprio Jesus Cristo estabeleceu tal função nas igrejas, visando o bem coletivo (Efésios 4.11-13). Tais pessoas não consideram que os pastores são pessoas vocacionadas, que necessitam se consagrar para estar sempre prontos ao aconselhamento bíblico, orar por enfermos, prepararem o sermão a ser exposto nos cultos.
Críticos do recebimento de dinheiro como salário pastoral, usam a descontextualização bíblica e histórica para atacar pastores. Afirmam que o ganho não tem aprovação de Paulo, que o apóstolo nos deixou doutrina contrária à coleta de dinheiro com objetivo de que uma parte dela servisse como salário aos pastores. Os tais não ponderam que tanto no Antigo quanto no Novo Testamento encontramos textos normativos e textos narrativos. Encontramos a narração bíblica informando que Paulo trabalhou construindo tendas, mas não recebemos orientação na parte normativa solicitando que as lideranças seculares tenham ocupação em atividade secular. Pelo contrário, a norma bíblica apresentada por Paulo recomenda aos cristãos liderados que sustentem financeiramente o seu pastor.
Jesus executou o trabalho de carpinteiro, no entanto, é preciso lembrar também que Ele ao completar trinta anos, a idade de maioridade civil naquela sociedade judaica de então, tomou rédeas de sua vida, afastou-se do lar e abandonou a profissão secular para ser pregador das Boas Novas do céu. Além disso, convidou doze pessoas trabalhadoras para andar com Ele, doze homens o seguiram por três anos e meio em sua jornada de fé e amor. Eles abandonaram suas profissões seculares, deixaram a profissão de pescador, coletor de imposto, e se ocuparam com o trabalho espiritual do Mestre. E sobreviveram ás custas do dinheiro de ofertantes (Lucas 8.3).
Em Atos 20, observamos um texto narrativo. A narração de Lucas apresenta Paulo, em uma reunião de obreiros em Mileto, dizendo ser construtor de tendas. Devemos ter cuidado ao analisar contextos histórico e bíblico. Quanto a questão histórica, lembremos que Paulo agia como missionário. Não é possível fazer um paralelo com o cargo de um pastor, que vive dentro de estrutura eclesiástica já estabelecida, na função de líder em uma comunidade de gente convertida a Cristo. Paulo chegava em localidades onde não havia estrutura eclesiástica, lidava com gente não cristã e cristãos recém-convertidos. Assim sendo, como sobreviver de ofertas cuja origem é o coração cheio de fé, compromisso com a expansão do Evangelho, se não estava entre crentes espiritualmente maduros? Ele sobrevivia com seu labor pessoal em tarefas seculares e quando necessário aceitava o apoio de cristãos de igrejas distantes, gente cristã disposta a patrocinar sua missão evangelística (Filipenses 4.15-16). Quando a nova comunidade cristã estava estabelecida, o apóstolo ensinava os membros sobre o dever da contribuição financeira e partia para outras localidades para criar outros núcleos de pessoas novas convertidas (2 Corintios 9.4-12; Tito 1.5-9).
Nas cartas de Paulo, encontramos o ensino, com a clareza ideal, que mostra haver dignidade em o pastor aceitar salário cuja origem seja a arrecadação de dinheiro da igreja. O texto normativo de Paulo sobre esta questão, é: "Devem ser considerados merecedores de pagamento em dobro os presbíteros que presidem bem, especialmente os que se esforçam na pregação da palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: “Não amordace o boi quando ele pisa o trigo.” E, ainda: “O trabalhador é digno do seu salário." - 1 Timóteo 5.17-18 (NAA).
4. O preguiçoso não deveria comer (2 Tessalonicenses 3.10).
"Você comerá do fruto do seu trabalho, será feliz, e tudo irá bem com você" (Salmos 128.2). Para conquistar tal bem-aventurança, o salmista ensina que não basta evitar fazer o que Deus proíbe, é necessário praticar tudo o que Ele manda. Temer ao Senhor significa respeitar o que a Palavra determina.
O Salmo 128 destaca algumas características da pessoa que a Palavra de Deus descreve como bem-sucedida e feliz:
• essa pessoa conquista seu sustento através de atividade honesta;
• casa-se com alguém fértil (há condições para ter descendência numerosa);
• tem uma família abençoada (a companhia com quem se casou e os seus filhos lhe dão alegria);
• recebe provisão;
• há felicidade e prosperidade em seu lar.
5. A relação de empregados e empregadores (Efésios 6.5-9; 1
Pedro 2.18-20).
Os escravos, tanto na cultura helênica como na romana, não tinham direitos legais e eram tratados como mercadorias. Paulo e Pedro abordaram a relação entre servos e senhores cristãos, pois a escravidão era uma prática comum naquela época. No entanto, suas recomendações quanto à conduta do cristão não se aplicam somente àquele contexto, tendo em vista que os princípios espirituais por traz de todas as situações são eternos. Os escravos convertidos deveriam ser obedientes e honestos em todo tempo e não apenas quando supervisionados, eles precisavam trabalhar como se estivessem trabalhando para o próprio Deus, pois o Senhor recompensa a cada um conforme as suas ações, sem se preocupar com a posição que ocupa na sociedade.
A admoestação de Paulo é aplicável a todos os empregados. O termo "obedecei" (Efésios 6.5) diz respeito à submissão desde que a ordem do patrão não envolva uma clara desobediência à Palavra de Deus, como ilustrada em Atos 4.19-20. Através do serviço exemplar do empregado ao patrão, a doutrina de Cristo é bem representada neste mundo: 1 Timóteo 6.1-2; Tito 2.9-10).
Em Colossenses 3.22-24, o apóstolo escreve que é preciso trabalhar temendo ao Senhor, dando mostra que o nosso Deus dá valor ao trabalho do crente prestado diretamente ao ser humano. Assim, trabalhando, haverá recompensa justa por seus esforços, mesmo que se o seu patrão terreno não valorizar a boa qualidade do serviço realizado (Filemon 18; Apocalipse 20.12-13).
A admoestação de Paulo se estende aos senhores e aos empregadores. O patrão deve viver debaixo do temor do Senhor assim como é dever do funcionário, deve glorificar a Deus honrando as pessoas que emprega. Ao quebrar o compromisso evangélico e desrespeitar seus subordinados, instala em sua atividade a desonra a Deus (Efésios 6.9).
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Efésios 4.10-11: Os cinco dons de Cristo para qualificar você a trabalhar na Igreja
CONCLUSÃO
Para que a vida atinja seu potencial pleno, o trabalhador deve dividi-la de maneira rítmica entre o trabalho, descanso e lazer. O descanso e o trabalho devem ter espaços de tempo proporcionais, para que o corpo se exercite em mão de obra produtiva e a alma possa contemplar o divertimento e tenha oportunidade de adorar a Deus. Neste período de pausa, que na quietação e descontração aproveitemos o tempo para usufruir das bênçãos da criação, do mesmo modo que o Criador descansou no dia sétimo. Não importa o dia que dedicamos ao Senhor, o importante é separar o dia da dedicação em com a finalidade de cultuá-lo e manter nossa comunhão com Ele (Salmos 84.2, 10; Romanos 14.5-8). Nesta interação o indivíduo, as famílias, toda a sociedade encontram condição para viver bem.
E.A.G.
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