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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Pastor Silas Malafaia afirma que é apoiador intransigente de Jair Bolsonaro mas não é subalterno dele

Matéria do UOL, em São Paulo. publicação de 30 de novembro de 2018 às 04h44: Sou apoiador intransigente, mas não subalterno, diz Malafaia de Bolsonaro.

A reportagem é interessante e precisa ser lida com olhos críticos. Parece que há no conteúdo a intenção de criar a tal "contenda entre irmãos".

É importante ler considerando que o portal UOL faz parte do grupo Folha e que parte do grupo Folha pertence às Organizações Globo. E, com esta lembrança, não tenho a intenção de intensificar a ideia de que existe alguma espécie de conspiração contra Jair Bolsonaro, promovido pelo jornalismo militante de simpatizantes da política de esquerda.

Apesar daquele episódio ocorrido durante o segundo turno da disputa presidencial, quando a Folha apresentou matéria acusando a equipe de campanha de Bolsonaro, ao afirmar existir empresários impulsionando propaganda política em mídias sociais - um crime eleitoral capaz de impugnar a candidatura do então candidato do PSL. Houve investigação e NADA foi comprovado.

Após gigantesco ato profissional falho, NÃO ACONTECEU o pronunciamento por parte da Folha expressando um "erramos, desculpem, não somos os irrepreensíveis paladinos da verdade". Que feio, Folha!

Ao contrário do que muitos acreditam e repetem exaustivamente, nós brasileiros temos memória, haja vista a faxina que fizemos nas urnas da recente eleição passada. E apreciamos o exercício do bom jornalismo, aquele que também erra, mas prova ser imparcial e ter compromisso com a verdade dos fatos. Nós sabemos que jornalista é gente e não é um ser perfeito. Apreciamos o trabalho do jornalista que reconhece ser falível e quando falha se esforça para trazer à tona a verdade do fato.

Sabemos muito bem: cair é coisa inerente ao ser humano, levantar-se, limpar-se e seguir adiante é ação própria de quem não ama a lama.

E.A.G.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O medo que apaga o brilho de personalidades da televisão brasileira

Uma boa parte das inúmeras pessoas que fazem televisão, aberta e por assinatura, quando comentam sobre os internautas que compõem as mídias sociais, opinam de maneira negativa, como se todo usuário da esfera virtual fosse gente idiota que só transmite opiniões desprovidas de inteligência e capacidade de fazer análises equilibradas.

Tal comportamento, ao mesmo tempo que entristece, irrita. Esta crítica é generalizante e tosca. É simplória e digna de pena.

É coisa comum de gente que usa o faro, encontra o cheiro ruim sem lembrar que existe o aroma das flores, das frutas, do tempero culinário.

É comportamento atrelado ao indivíduo acostumado com a visão embaçada e é incapaz de apreciar o calor da luz trazida pelo sol nascente, não admira a diversidade das cores nas florestas, em matas e jardins. reação daqueles que preferem envolver-se na fumaça misturada ao barulho desconexo da poluição sonora, ao invés de apreciar os tons naturais e instrumentais, o sonido organizado da música, que em sete notas bem posicionadas representam a vida saudável, é capaz de animar a alma triste vibrando o martelo, a bigorna e o estribo de nossos ouvidos.

Menos generalização e mais especificação, distinção, particularização. Por quê? Porque generalizar é apenas a força do hábito de quem não tem comprometimento com fatos, segue a vida posicionando-se abaixo da linha da mediocridade.

Enquanto há vida há esperança. Rejeitamos a escuridão porque amamos a luminosidade; indicamos o falso porque sabemos o que é verdadeiro; não queremos o medo porque apreciamos a utilidade da coragem.

Respire mais pausadamente. Pense mais. Ouça mais. Veja mais. Fale mais, não se cale.

Mostre-se ser alguém intelectualmente privilegiado. Presenteie-se com o privilégio de voltar atrás naquilo que falou, entendendo que mudar também significa evolução. Ou vá além e reforce tudo com argumentos bem pensados, porque todos têm liberdade de expressão. Porém, jamais seja monossilábico na temporada da comunicação com excelência, nunca seja generalizante porque viver é o eterno diálogo composto de boa explicação.

E.A.G.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O assustador indulto natalino de Michel Temer e as deliberações dos ministros do STF sobre isso


No passado, para muitos o mês de dezembro era tempo de colocar uma árvore de pinheiro no canto predileto da sala de estar, espalhar luzes coloridas piscantes em seus galhos e uma estrela no topo, e depois esperar o dia 25 para realizar a dinâmica das trocas de presentes.

Acontece com todos, a infância vai embora e leva em sua bagagem a inocência junto com a capacidade de alterar em nossos pensamentos aspectos viscerais em sonhos lúdicos. E assim continuamos a viver, seguimos adiante acumulando na memória momentos de susto e temor, sobressaltos que agitam a cefaleia e causam males piores.

Para muitas pessoas, com certeza saber sobre a intenção do presidente Michel Temer de assinar o decreto presidencial para soltar políticos e empresários, corruptos e corruptores, perdoar com uma só "canetada" 80% do número de criminosos que foram alcançados pela Operação Lava Jato, foi mesmo momento de susto acompanhado de temor e enorme sentimento de indignação. Pense nestas solturas sem esquecer o custo alto de dinheiro público usado pela Polícia Federal, Ministério Público e audiências de magistrados. Coisa inédita na história do Brasil! Caso aconteçam as solturas, o dinheiro arrecadado do trabalhador, volume de impostos dos mais altos do planeta, será jogado fora como se fosse lixo fétido. O ciclo prende e solta não é barato!

E a pergunta torturante martela com força dentro de nós: Por que não pensar em trabalhar para endurecer leis contra os bandidos ao invés de afrouxá-las? E cogitamos:
• O senso crítico não usa mais o peso da moralidade. Se a ação é interpretada como constitucional, a moral vai para a lata do lixo. A corrupção é sinônimo de crueldade, mesmo nas vezes que é glamorizada. Então, que vítimas da corrupção morram amordaçadas na fogueira, observados por gente culta e sorridente degustando o mais antigo Henri Jayer Richebourg Grand Cru em taças de cristais. Sim, é bem assim o estilo de vida dos corruptos, mas figurativamente.
• A vergonha está diluída em gotas de nitrato de potássio e armazenado para temperar os pratos de Ceia Natalina de nosso Vito Corleone brasileiro;
• A ética é perfume barato, misturada com água suja, está aspergida no colarinho do nosso Elliot Ness tupiniquim, que passou a usar uma rodela vermelha tapando o seu nariz.
Vamos relembrar e refletir um pouco? Dom Corleone saiu da imaginação de Mario Puzo, do livro migrou para a encarnação de Marlon Brando, que sob direção de Francis Ford Coppola foi às telonas de cinema. E muita gente ao redor do mundo pagou para assistir a máfia glamorizada. E Elliot Ness era gente como a gente, teve carne e ossos, não era personagem da ficção, em sua profissão de policial a serviço do Tesouro Americano mostrou coragem para investigar e prender o mafioso Al Capone e outros facínoras da vida real. A saga do herói de verdade virou seriado de televisão e filme de cinema, com sucesso considerável nos dois meios de comunicação.

É... O indulto de Natal brasileiro parece coisa de ficção. Quem sabe essa história também se transforme em um bom roteiro cinematográfico e compremos bilhete e pipocas e vejamos essa vergonha nacional transmitida via tecnologia 3D? Tudo isso parece ideia saída da cabeça de roteiristas de cinema, que só sabem criar roteiros contendo situações longe da realidade.

Com o devido respeito ao poder judiciário, instalado no Supremo Tribunal Federal, para mim é complicado entender como agem os neurônios de algumas cabeças pensantes.

Como apoiar a redação do decreto presidencial de Michel Temer, que deseja abrir a porta de cadeias para pessoas que realizaram tráfico de influência, peculato, objetivando apenas o enriquecimento próprio sem se incomodarem com o fato de lesar o sistema financeiro brasileiro? Como aceitar perdoar aqueles que comprovadamente agiram como bandos inescrupulosos, e de maneira sistemática e endêmica, meteram a mão em cofres alheios, em detrimento de tantos que passam fome, sofrem com falta de remédios, morrem sem ter dinheiro para enterro digno?

Não quero crer que o benefício presidencial de Natal seja defendido pelo fato de haver envolvimentos de bandidos colecionadores de ternos Armani, usuários de óculos Dior, calçados da Harris ou Colzoleria Leopardi, ostentarem relógio e caneta da Mont Blanc. Por locomoverem-se em automóveis de luxo, helicópteros, jatos bimotores, residirem em apartamentos e casas de padrões hiper luxuosos. É provável que essas coisas sejam a parte visível da acumulação de muitos bens que são frutos de roubalheira assassina. Não do suor de trabalho honesto.

Que haja ponderação das autoridades que amam suas mães e seus filhos. Que mãe teria prazer ao tomar consciência que o filho coloca nas ruas indivíduos assassinos? Que filho sente orgulho do pai que demonstra ser amigo de gente com caráter apodrecido? A corrupção é nefasta e precisa ser controlada. Ela é mais letal que uma bomba atômica e artefato de gás sarin lançados juntos. O resultado negativo da corrupção está na precária Saúde Pública, no descontrole da Segurança, na vergonhosa estrutura da Educação, nas estradas federais, estaduais e municipais cheias de crateras. Tudo isso mal administrado resulta em óbitos.

Como será que o Indulto de Natal de 2018 será contado aos nossos filhos, netos e bisnetos? Quem será descrito como mocinho, quais serão mostrados como mafiosos e quais e quantos serão listados como vítimas? Com certeza, tudo será relatado como fato, quando desejamos que essa realidade de final de ano não passasse de boato, de outra fake news. E toda esta hediondez não será apresentada somente em páginas de livros didáticos, estarão em arquivos das mídias de áudio e vídeo que agora usamos e outras tecnologias mais modernas e precisas que em um futuro breve existirão por todo lado, embutidos em software de smartphones ainda mais modernos e outras miudezas reluzentes que ainda não são comercializadas ou nem foram inventadas.

Ainda estou impressionado com a intenção de Michel Temer. Meus tataranetos um dia saberão que essa persona existiu...

E.A.G.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Como resolver conflitos no casamento

Conflitos no casamento?

Hoje em dia, é possível encontrar livros e seminários criados com o objetivo de trazer a você todos os tipos de respostas, que declaram ser respostas cuja origem é Deus. As produções de livros e seminários, com base na Bíblia, feitas as ressalvas apologéticas, são importantes. Porém, se não houver no leitor ou seminarista a fé na Palavra, nada escrito ou falado, mesmo que apresentado de modo irrepreensível, surtirá efeito eficaz e duradouro na relação conjugal.

É importante enfatizar que a solução espiritual de todos os problemas não é encontrada simplesmente ao ler livros ou participar de seminários, mas sim que marido e esposa coloquem sua fé e confiança totalmente em Cristo e no que Ele fez em favor da humanidade na cruz. Em outras palavras, o marido e a esposa só encontrarão o término de seus problemas se crerem que o sacrifício vicário do Filho Unigênito do Pai celeste propiciou a condição de apresentar a Deus a Igreja santificada pela lavagem da Palavra, se de fato amarem a Palavra e estiverem dispostos a obedecê-la com integridade de coração.

O papel do homem no enlace matrimonial

Ao analisar com cuidado o conteúdo bíblico, enxergamos a definição clara sobre a função do homem e da mulher como marido e esposa. Em Efésios 4.25-32, aprendemos que o marido que realmente ama sua consorte, ama-a com a mesma intensidade que ama ao seu próprio corpo, e assim mostra ser com ela "uma só carne", revelando a unidade da união sagrada do casamento. E através da conduta deste marido, o Espírito Santo apresenta ao mundo a união de Cristo com a Igreja.

Como marido, o homem é responsável pela vida espiritual da mulher com quem se casou. Cabe ao homem exercer liderança e prestação de serviço no âmbito do casamento. Deus colocou sobre ombros masculinos a missão de liderar e servir dentro de sua casa. O apóstolo Paulo resumiu a posição masculina no casamento, observando que o marido deve amar sua companheira como Cristo amou a Igreja: "Maridos, que cada um de vocês ame a sua esposa, como também Cristo amou a igreja e se entregou por ela" - Efésios 5.25.

Amar a esposa como também Cristo amou a igreja? Sim, o maior desafio do cristão casado é imitar o gesto sacrificial de Jesus, que deu a sua vida por aqueles a quem amava. É claro que ao esposo está ordenado que faça isso de modo figurado. Figurativamente o marido é chamado todos os dias a amar sua mulher com um amor igual ao de Deus. O grande sacrifício de Jesus caracteriza o tipo de amor de Deus. Então, o marido é conclamado. a abrir mão de seus desejos e morrer para o seu eu, deve querer se entregar a sua mulher como parte integral de si mesmo, agir segundo o conceito divino da união matrimonial.

Ao tomar em casamento um ser feminino criado por Deus, o homem deve estabelecer um laço de convivência prazerosa com esta pessoa. Amar a consorte como Cristo amou a Igreja significa ser líder cristão autêntico na rotina do lar, significa dar apoio para que a companheira estruture de maneira plena a sua personalidade, significa esforçar-se para que ela se torne uma pessoa realizada. Precisa encará-la com honra, tratá-la como gente de grande valor, dando a liberdade para ela apresentar seus talentos e através de seus talentos cumprir o plano que o Senhor tem para a sua vida. Sendo assim, os dois viverão a vida cristã ideal, vivenciarão o casamento que tem a soberania de Jesus Cristo, que é a cabeça da Igreja.

Como sacerdote espiritual em seu lar, convém ao marido elogiar a esposa, com o objetivo de desenvolver nela, principalmente, suas qualidades espirituais. Tal qual pastor no lar, o marido precisa ser alguém sensível, para que ela confie a ele seus sentimentos mais íntimos e dessa maneira tenha condições de prestar a devida ajuda. Como homem casado e fiel, o marido tem o dever de desenvolver na mulher a segurança emocional; a mulher precisa sentir total segurança que é a única mulher na vida do marido e de que a afeição que ele sente por ela é duradoura. Como macho, o homem casado precisa entender que sua companheira é a "parte mais delicada" de sua macheza, e sendo ela assim possui grande necessidade de receber o calor do abraço sincero e ser plenamente entendida. Como par conjugal, o marido tem que providenciar momentos de qualidade, momentos que não exista distração além do interesse de ambos, momentos para planejar e executar tarefas juntos, orar e rir muito juntos.

Esposa realizada é sinônimo de maridos felizes. Se um homem dedica tempo de qualidade à sua mulher, se decidiu lhe dedicar o tipo de amor descrito acima, ela agradecerá ao Senhor o amor e proteção de seu esposo, que não a deixa só, não permite que ela enfrente suas lutas e adversidades sozinha, a conforta e se empenha para fazê-la uma pessoa melhor. Por certo, se o marido se comporta como deve para com sua mulher, ela não terá problemas em se submeter e ele, saberá retribuir à contento, é mais do que provável que tal marido receberá retorno positivo.

Em 1 Pedro 3.7, encontramos aconselhamento aos maridos convertidos a Cristo, tal conselho não deveria provocar confusão ao leitor, mas acontece ao que não se aprofundam no contexto da frase. O apóstolo recomenda ao marido amar sua esposa considerando ser ela a parte mais fraca. Por não se aprofundar, o leitor termina acreditando que o teor da mensagem possui cunho machista ao explicar sobre o padrão de Deus para o lar cristão. Nesta orientação, ele podia estar se referindo às diferenças físicas entre os sexos; talvez tivesse em mente a questão de vulnerabilidade social da mulher no século 1 - elas não tinham voz pública, não tinham direitos civis, elas tinham apenas o marido e os parentes do sexo masculino mais próximos como meio de defesa. Jamais o texto quer dizer que a esposa é intelectual ou moralmente inferior.

Ainda, tendo 1 Pedro 3.7 como foco, é válido observar o alerta ao marido. É: caso desconsidere a condição de fragilidade de sua esposa, caso não proteja a dignidade feminina, ao orar a sua comunicação com Deus estará afetada, suas orações poderão ser interrompidas. Esta advertência também tem a ver com o comportamento da mulher que não honra ao seu marido, pois ignorar ao que o Espírito fala através das Escrituras, seja em qual situação for, é agir com imprudência.

Se você é um marido que se esforça em sempre demonstrar seu amor por sua parceira, se você tem ajudado sua parceira a ser madura espiritualmente e uma mulher realizada pessoalmente, se você confere incentivo intelectual e espiritual e procura entendê-la emocionalmente, se você tenta cuidar dela e protegê-la, está adotando o comportamento certo que o levará a viver como um homem feliz porque obedece à vontade de Deus quanto ao relacionamento de um homem casado. Parabéns!

O papel da esposa no enlace matrimonial 

Os conselhos escritos por Pedro (1 Pedro 3.5-6), ao recomendar a esposa cristã ser submissa ao marido não salvo, não são doutrinação machista, ele ensina a elas como ganhá-los para o Senhor. Tal ensinamento também é aplicável ao marido que não está casado com uma esposa não salva.

A lógica humana poderia sugerir que a esposa cristã falasse ao marido sobre os pecados que ele comete ou contasse a ele sobre os princípios espirituais que precisa observar para ser salvo. Mas Pedro evita o inconveniente desses métodos, que tendem a pôr o marido na defensiva. Em vez disso, recomenda que a esposa mantenha-se calada sobre sua fé, permaneça tranquila na rotina diária do seu lar, e aja com a mansidão de Cristo, pois assim poderá tornar o marido descrente em alguém receptivo ao evangelho.

Não existe traço machista nesta orientação. Observemos o contexto histórico. No século 1, as mulheres não tinham direitos legais e exerciam pequena influência pública. Como poderiam a esposa cristã levar o marido descrente a crer em Deus? O apóstolo Pedro explica que, apesar dessas desvantagens, a esposa ainda assim é capaz de causar impacto importante sobre o marido não cristão. A mulher espiritual possui a capacidade de falar bem alto sobre Cristo - não por meio de palavras, mas através do procedimento e do caráter semelhante ao de Cristo.

A submissão recomendada por Pedro não deve ser separada da responsabilidade, também bíblica (Efésios 5.25; Colossenses 3.19). Apesar de Sara ser elogiada por sua submissão, não nos esqueçamos que seu marido Abraão, em vez de confiar em Deus, confiou em seus próprios planos, fazendo com que Sara corresse risco de ser maltratada fisicamente (conferência: Gênesis 12.11-13; 20.10-11).

O apóstolo Paulo (Efésios 5.21), expande sobre a questão da submissão. Ele ensina ao cristão, que em sua relação interpessoal - seja na condição de homem ou mulher casada, ou como irmãos em Cristo na reunião da igreja ou distante dos ares religiosos do templo, estando presente no âmbito social das relações de trabalho ou escola etc - necessita estar disposto à sujeição. É preciso que nós cristãos nos relacionemos uns com os outros no temor do Senhor.

A esposa deve se sujeitar ao marido apenas quando ele for amoroso? Quando a esposa respeita o marido, mesmo que ele não mereça, revela-se aos outros o bom caráter dela. Mas, a submissão da mulher ao marido não significa que ela deva participar de conduta pecaminosa (Efésios 5.24-33).

Sujeitar-se em temor significa ceder em amor a outra pessoa, sendo que isso implica alguns limites definidos. A esposa deve estar em sujeição, mas só até o ponto que não transgrida as Escrituras, a submissão não deve levar a uma conduta questionável. Quando nos sujeitamos, pondo de lado interesses próprios, precisamos ter em foco a unidade do Corpo de Cristo e o fortalecimento espiritual de cristãos abalados em sua fé.

Sujeitar-se em temor significa demonstrar reverência para com o Senhor e respeito para com o cônjuge, ceder em amor a outra pessoa, sendo que isso implica alguns limites definidos. A esposa deve estar em sujeição, mas só até o ponto que não transgrida as Escrituras, a submissão não deve levar a uma conduta questionável. Quando nos sujeitamos, pondo de lado interesses próprios, precisamos ter em foco a unidade do Corpo de Cristo e o fortalecimento espiritual de cristãos abalados em sua fé.

Conclusão

A Palavra de Deus deve ser obedecida em primeiro lugar, e sem falhar. O casal convicto que a Bíblia Sagrada contém a Palavra de Deus, coloca em prática a orientação estritamente bíblica. Ao praticar o que a Escritura diz, o observar criterioso da Palavra é santificado, torna-se livre das amarras do pecado, é liberto de circunstâncias causadoras de problemas, seja no casamento ou fora do matrimônio. Em Jesus, o ser humano encontra os meios para conhecer a satisfação da liberdade e é capaz de viver livre de quaisquer ações que gerem ressentimentos na vida conjugal. Basta crer na ação salvadora de Cristo na cruz e colocar em prática o ensino dEle, que está contido nas Escrituras Sagradas, que são a nossa coleção de regras de conduta.

O estilo de vida aceitável diante de Deus como maridos e esposas testifica da graça e do poder de Deus. Por meio de Cristo, se quisermos, podemos viver o relacionamento conjugal livre das situações ruins, experimentar o prazer a dois sem conhecer o aspecto de opressor e oprimido.

E.A.G.

Bíblia da Família, Jaime Kemp, página 1062, edição 2007, Barueri/SP (SBB)
Bíblia de Estudo Preparando Casais para a Vida, página 2024, 1ª edição maio de 2013, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel Ltda).
Bíblia de Estudo do Expositor - segunda edição revisada, página 2138, edição 2017, Baton Rouge/LA - USA (Ministério Jimmy Swaggart)
Bíblia de Estudo Vida, página 1901, edição 1998, São Paulo/SP (Editora Vida).

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Quando os conflitos surgem



Por Paulo Madsen

É natural que ocorram atritos no relacionamento entre as pessoas. Afinal, somos diferentes uns dos outros. Pensamos de maneira diferente e temos experiências de vida também diferentes.

Dependendo das circunstâncias, esses atritos podem tomar proporções mais sérias que exigem habilidades especiais, para que a situação possa ser contornada e resolvida.

O atrito entre as pessoas é comparável com o atrito entre engrenagens de um motor. Para resolver o problema algumas atitudes precisam ser tomadas. Uma delas, muito simples, seria desmontar o motor e guardar cuidadosamente todas as suas peças em caixas separadas. O problema do atrito estará resolvido, mas o motor não existirá mais. Não haverá mais atritos, nem desgastes, nem produção de energia. Essa solução é, no caso do relacionamento conjugal, o que equivale a uma separação de divórcio. É, portanto, uma solução destrutiva.

Na história da origem do cristianismo, existem exemplos de atritos narrados em todos os seus aspectos e consequências, Foi o caso de uma briga entre Paulo e Barbabé, descrita em Atos 15.39-40.

Em 1 Corintios 11.18, o apóstolo Paulo diz: "Porque, antes de tudo, estou informado de que, quando se reúnem na igreja, existem divisões entre vocês, e eu, em parte, acredito que isso é verdade".  De igual forma, em Gálatas 5.15, o apóstolo diz: "Mas, se vocês ficam mordendo e devorando uns aos outros, tenham cuidado para que não sejam mutuamente destruídos".

Entre nós, em pleno século 21, não é diferente. Pessoas que se estimam, que têm objetivos comuns, se desentendem e se agridem. Cabe, portanto, uma pergunta: Por que os atritos ocorrem?

Entre marido e esposa, as causas mais comuns dos desentendimentos, são:

• Orçamento doméstico;
• Falta de capacidade para perdoar;
• Interferência familiar;
• Entre outras.

São problemas de ordem pessoal, com divergência do gosto ou preferência de cada um. Outro tipo de problema, maias comum nas igrejas, refere-se às causas doutrinárias, devido à interpretação bíblica. Ou seja, quando um entende de uma forma e o outro, de forma diferente.

Pior que tudo isso são conflitos idealizados por Satanás. Ele é o maior semeador de contendas entre irmãos. Na grande maioria das vezes, o que o diabo faz é aproveitar a nossa lenha para fazer a sua fogueira. Nesse ponto, os conflitos de ordem pessoal ou doutrinários tornam instrumentos preciososa nas mãos do inimigo, para semear mais contenda entre os irmãos.

Orar e vigiar são atitudes que não podem faltar na vida do cristão. Estar atento, para as "pequenas" fagulhas não se tornem incêndios devastadores, é o que buscamos quando vigiamos e oramos.

Os conflitos entre as pessoas obedecem a seguinte sequência: discórdia, discussão, contenda e divisão. A discórdia é natural. Afinal, somos pessoas diferentes e podemos discordar das outras pessoas por meio de interpretação diferente do mesmo fato. A discussão (que não é sinônimo de briga) é o aprofundamento do assunto em questão, visando chegar a uma conclusão proveitosa. Discutir a questão é melhor que o silêncio, que pode esconder o problema e criar inimizades. A contenda toma lugar quando uma das partes quer impor suas ideias ou quando a parte que deveria se submeter recusa a fazê-lo.

Ore antes de agir ou falar. Muitos problemas poderiam ser evitados se parássemos para refletir antes de começar um atrito. Busque, em oração, a ajuda de Deus para a solução do problema.

A divisão é a pior etapa daquilo que, muitas vezes, teve seu início com uma simples discórdia que, se fosse conduzida com sabedoria e prudência, poderia ter sido evitada. Uma simples pergunta pode reduzir significativamente as consequências do conflito. A saber: "vale a pena iniciar a questão?". Analise a causa do conflito antes de começá-lo. Será que vale a pena o seu aprofundamento? Você terá condições de levar o litígio até as suas últimas consequências ou sairá envergonhado da briga?

A Bíblia diz em 2 Timóteo 2.24, 25: "O servo do Senhor não deve andar metido em brigas, mas deve ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente, 25 disciplinando com mansidão os que se opõem a ele, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem a verdade...". Não ultrapasse o limite da contenda, pois a etapa seguinte será o alastramento do incêndio com a consequente destruição da esperança de paz.

Se a contenda aconteceu, será necessário um conserto. É natural que muitos ímpios sejam irreconciliáveis, incapazes de perdoar. Mas não faz sentido um cristão guardar mágoa contra alguém e, principalmente, contra outro irmão em Cristo. Reflita bem sobre essa questão.

Fonte: Revista Renovação da Fé, ano 12, número 46, janeiro a março de 2010, uma distribuição gratuita da Igreja Batista Renovada - www. renovada. org. br - São Paulo/SP.