Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

Mostrando postagens com marcador Teologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Teologia. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Linguagens antropomórfica e antropopática na Bíblia

A Bíblia Sagrada usa diversos recursos de linguagens, e duas delas são os recursos antropomórfico e antropopático, que fazem uso de imagens irreais, simbólicas, para comunicar algo real.

Os textos bíblicos onde existem os recursos da antropomorfia e antropopatia servem como pontes, facilitam o resultado final da comunicação entre o Senhor e os servos, entre o Criador e a criatura.

Linguagem antropomórfica

Definição do dicionário Michaellis: 1 Que apresenta semelhança de forma com o homem. 2 Referente à antropomorfia ou aos antropomorfos. 3 Descrito ou concebido em forma humana ou com atributos humanos.

Deus é Espírito. Não tem carne e ossos, não tem olhos, nem braços e mãos. Mas é essa a figura dEle que é apresentada para nós nas páginas das Escrituras. Por quê? Para facilitar aos seres humanos a compreensão das ações e propósitos divinos.

Linguagem antropopática

Definição do dicionário Michaellis: 1 Relativo ou pertencente à antropopatia. 2 Que atribui sentimentos humanos a algum ser que não é humano.

Na passagem de Êxodo, quanto é mencionado que Deus endureceu o coração de faraó, o contexto bíblico nos esclarece que o Criador permitiu que faraó tivesse seu ânimo contrário à saída dos judeus do Egito. Faraó não foi vítima das mãos de Deus, um Ser enfurecido. Nos deparamos com a línguagem antropopática. O monarca egípcio não foi uma marionete do Criador. Está escrito que Deus endureceu o coração de faraó, sem explicar maiores detalhes. Os detalhes são os contextos bíblico encontrados em Romanos 1.19-25 e Tiago 1.12-16.

Segundo o apóstolo Paulo, Deus não endureceu o coração de faraó literalmente. Deus abandonou faraó às suas próprias paixões carnais por servir aos deuses falsos. Ao estudar sobre as Dez Pragas do Egito, fica claro que Romanos 1.19-26, traz entendimento quanto ao endurecimento do coração de faraó.

Segundo o apóstolo Tiago, Deus não endureceu o coração de faraó literalmente. Deus abandonou faraó às suas próprias paixões carnais porque o monarca preferia adorar deuses falsos e servir seus desejos desenfreados de poder e riquezas.

Analisemos o coração de faraó pela luz de Tiago 1.12-15: "Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte".

O povo judeu era escravo, representava uma enorme massa humana de mão-de-obra gratuíta para faraó e seus súditos. A nação israelita inteira, ao sair do Egito com Moisés de uma só vez, faria com que a economia egípcia sofresse com sua falta. Então o monarca pensou no prejuízo que seria ficar sem o regime da escravidão, prevendo essa situação ele quis evitá-la a todo custo. Custou sua vida nas águas do Mar Vermelho e de todas as tropas de soldados que o acompanharam.

E.A.G.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Jornalista Luciano Faccioli critica Pastor e Deputado Marco Feliciano


Muito estranho isso! Luciano Faccioli critica Marco Feliciano, o Deputado Federal do PSC, eleito com 211.855 votos de eleitores de São Paulo.

Eu posso assistir o Entre Aspas (do canal Globo News), ou o Band News – Notícias (da televisão Band News), ou os programa Bom Dia São Paulo e Bom Dia Brasil (produzidos pela Rede Globo), ou São Paulo no Ar (Rede Record). Mas a minha opção como telespectador paulista e paulistano, residindo na Capital de São Paulo, é me informar todas as manhãs através do noticiário Primeiro Jornal, apresentado pelo jornalista Luciano Faccioli (Band), que vai ao ar de segunda à sexta-feira das 7h30 às 8 horas.

Hoje, este apresentador me decepcionou ao exibir matéria sobre as twitadas do Pr. Marco Felicano. Faccioli fez comentário nada oportuno, totalmente inadequado, pois não é especialista da área de teologia e se fez de entendido no assunto.

Assim como um jornalista não possui condição alguma para analisar o ato de um neurocirurgião em sala de operação, porque não é formado em medicina, e não tem autoridade para julgar a decisão de um juiz ao realizar julgamento no fórum, porque não é formado em Direito, também não tem chão para analisar teologicamente o comentário de um teólogo, porque não possui formação teológica. Cada especialista tem a sua área e esfera de atuação.

Não foi como parlamentar que o Deputado Marco Feliciano twitou sobre africanos. Fez seus comentários como líder evangélico, para evangélicos da Igreja Assembleia de Deus - ministério Tempo do Avivamento, onde é pastor.

Neste caso, e em casos semelhantes, na condição de jornalista, o procedimento correto seria Faccioli, ou qualquer outro colega de profissão, buscar o parecer de outro teólogo.

Como Deputado Federal, Feliciano representa os eleitores que votaram nele. Podemos discordar do parlamentar, mas assim mesmo devemos respeitá-lo. Por quê: Porque prezamos pela Democracia e desejamos que o Brasil evolua democraticamente.

A minha opinião sobre o comentário de Marco Feliciano é a mesma do teólogo Esdras Costa Bentho, publicada no blog Teologia & Graça e repercutida por mim no UBE Blogs - União de Blogueiros Evangélicos

E.A.G.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Romanos 12.1-2: A percepção espiritual do cristão


"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" - Romanos 12.1-2.

Quando o cristão alcança o patamar espiritual, ele não vê o próximo como pessoas desinteressantes, reconhece que todos os seres humanos são a imagem e semelhança do Criador. Ele evita menosprezar o próximo, não desfaz o trabalho alheio por mero partidarismo ou outra espécie de motivação carnal.

A mente do cristão precisa ir mais além do que a esfera física. Não basta apenas conseguir escutar e ver quem fala, não basta usar os cinco sentidos naturais. É preciso experienciar o limite da fé, ela proporciona ao cristão o poder da visão espiritual e degustação do conteúdo bíblico.

A pregação do Evangelho é mais importante do que o pregador evangélico. Portanto, ao ir ao culto, quem possui espiritualidade não se contenta em assistir o que lá transcorre. Participa também. Não se contenta em ver outros orarem, ora junto. Não se satisfaz em ouvir outros cantarem, louva a Deus junto com todos os adoradores.

Está totalmente equivocado quem pensa que os cristãos protestantes são seguidores de Martinho Lutero. No Brasil, a denonimação evangélica que mais se aproxima das doutrinas de Lutero é a Igreja Luterana - denominação pomposa e pequena em número de membros, embora tradicionalíssima e respeitada pelos protestantes de nosso país.

Nós, evangélicos brasileiros, estamos mais próximos das doutrinas de João Calvino ou Jacó Armínio do que de Lutero. Sim, concordamos com as teses luteranas, mas só porque elas possuem bases bíblicas. Na verdade seguimos as diretrizes das Escrituras Sagradas observando o conteúdo do Novo Testamento. Se as teses de Lutero não estivessem perfeitamente em paralelo com a Bíblia, refutaríamos todas elas.

Se alguém quiser perguntar aos evangélicos quem são Calvino e Armínio, a maior parte deles responderá que não sabe quem são. A massa de protestantes brasileiros vive a teologia calvinista ou arminiana, sem no entanto saber quem foram os teólogos que as propagaram no passado. Tal conhecimento (de Calvino e Armínio) é parte das pautas dos seminários teológicos, nos cultos usa-se estritamente o conteúto da Bíblia Sagrada, recebida como regra de fé e conduta.

Nós evangélicos não esperamos encíclicas pastorais, como os católicos esperam os escritos de papas. Cremos no contato direto com Deus. Oramos, abrimos a Bíblia Sagrada, e temos a experiência com o Espírito Santo, que fala conosco sem intermediários humanos.

Esta consciência é a prática do culto racional.

E.A.G..
__________

Este artigo está liberado para cópias, desde que citados nome do autor e link (HTML) do blog Belverede.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O obreiro e os seminários teológico

Conversei com um jovem obreiro nesta tarde. A síntese fica registrada neste blog, pois desejo compartilhar com todos os leitores deste espaço.

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" - 2ª Timóteo 2.15.

Estude teologia. Não por você, mas por amor aos que te ouvirão. O Espírito Santo inspira o pregador a falar, mas usa o conhecimento que este pregador possui para que a mensagem seja transmitida com maior intensidade e amplidão.
 
Exemplos tirados de dentro das páginas do Novo Testamento

Os doze discípulos de Jesus Cristo eram indoltos, não tinham doutorado. O apóstolo Paulo era instruído, era doutor.

Dos doze discípulos, que se transformados em apóstolos, apenas Mateus, Pedro e João escreveram porções bíblicas. São: Evangelho de Mateus, Evangelho de João, 1ª e 2ª cartas de Pedro; 1ª, 2ª e 3ª cartas de João e o Apocalípse. Faça as contas: seis obras literárias.

Sobre o conteúdo que Paulo escreveu: cartas Aos Romanos, 1ª e 2ª Aos Corintios, Aos Gálatas, Aos Efésios, Aos Filipenses, 1ª e 2ª Aos Tessolonicenses, 1ª e 2ª Timóteo, Tito e Filemon. Total: 12 obras literárias! Além disso, o Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos são obras que podem ser consideradas frutos do ministério dele, pois Lucas era seu discípulo.

É um erro o líder evangélico pautar seu ministério apenas em experiências pessoais, mesmo que sejam milagres, curas, conversões espetaculares. Todo cristão precisa se pautar nas Escrituras Sagradas, ela é a nossa regra de fé e conduta. Portanto, quem é obreiro precisa estudar a Palavra de Deus para que ela seja o suporte de seu trabalho.

Conhecimento para servir ao próximo

Sem Cristo nada somos. Vangloriar-se da cultura adquirida em seminários teológicos e esquecer da essência e motivos de exercer o cristianismo é ato equivocado. Todo conhecimento e a glória recebida eu devo rendê-la ao Senhor.

O obreiro deve ter esclarecido em sua mente o seguinte: Eu sei o que sei sobre a Bíblia porque me esforço para ter o conheciemnto dela. E não faço este esforço para ostentar ser mais importante do que sou, não preciso massagear meu ego, quero ser últil nas mãos de Deus, entendo que é preciso me apresentar ao Senhor como um obreiro que maneja bem a Palavra.
 
O conhecimento teológico é uma ferramenta, deve ser encarada como um aparato de ministério ao Senhor, pois é para Ele que vivemos. O objetivo de todo teólogo deve ser difundir a Palavra do Senhor. 

Infelizmente, são muitos que perderam o foco, e arrotam soberba, pensam que a opinião e interpretação deles sobre as Escrituras Sagradas são mais importantes do que o conteúdo das Escrituras Sagradas.

Processos de aprendizagem e ensinos da Bíblia

Quanto a Palavra de Deus na forma escrita, o Senhor manda seus servos decorá-la, pôr no coração e na alma, escrevê-la nas mãos para lê-la em todo momento, pregá-la aos filhos, escrevê-las nas portas e paredes da residência. E quem segue este mandamento tem a promessa de viver nesta vida a felicidade do céu.

Confira Deuteronômio 11. 18-21: "Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos. E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas; Para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o SENHOR jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra".

E.A.G.

O livro de Gênesis

"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" - Gênesis 1.27.

Moisés é considerado pela cristandade como sendo o escritor do livro. Acredita-se que o tenha escrito por volta do ano 1440 a.C, sendo que não foi uma testemunha ocular da criação, dependeu da revelação divina , antigos relatos escritos e orais.
.
Gênese é um substantivo feminino cuja etimologia é o idioma grego: "gênesis". Gênesis, como vocábulo significa "origem", "sucessão dos seres", "geração"; como livro é o primeiro das Escrituras Sagradas.

Não é apenas a criação que teve início em Gênesis. Encontramos o relato do primeiro pecado e o cuidado de Deus para com as pessoas anunciando a primeira mensagem de salvação. Encontramos a primeira família e no núcleo familiar o primeiro homicídio e a aflição de Eva, a primeira mãe, e o consolo do Criador lhe concedendo outro filho.

Em Gênesis, encontramos além do começo de tudo, o recomeço também. Deus, por meio de Noé julgou as nações e da paternidade de um servo fiel deu outra chance para a Humanidade aproximar-se dEle, viver em justiça e ser feliz.

O livro de Gênesis realça a relação entre Deus e a humanidade - interrompida no Jardim do Éden e restaurada por sacrifícios e encontros com Deus. Por meio de relatos históricos, ilustra os ciclos de pecado e arrependimento. Se você é como a maioria das pessoas, talvez já se tenha preocupado com as questões da vida. Perguntado: Por que estamos aqui? Qual o significado da vida? Gênesis o leva ao começo das eras para encontrar respostas.
 
O livro de Gênesis tem duas partes:

Os primeiros onze capítulos compreendem a introdução à Bíblia, encontramos as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé, o relato da construção da torre de Babel.

A segunda parte, capítulos 12 ao 50, narra a vida dos patriarcas hebreus: Abraão, Isaque, Jacó e seus doze filhos, que são o começo da nação de Israel.

E.A.G.
__________

Fontes:
Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida);
Bíblia da Família (SBB);
Conciso Dicionário Bíblico Ilustrado - Dr L. Watson e esposa Ana (apêndice na Bíblia IBP);
Bíblia Faithgirlz! (Editora mundo Cristão).

Artigo paralelo: Gênesis, o primeiro livro da Bíblia Sagrada
  

domingo, 1 de agosto de 2010

Escrever Deus usando consoante d em forma minúscula. Irreverência? A questão da referência e da reverência

Talvez, você, eu, alguns outros internautas saibamos...

Mas, creio que nem todos sabem – é natural não saber tudo: a vida é um eterno processo de aprendizado - que o idioma hebraico, em que se escreveu os originais do Velho Testamento, na grafia daquela época não continha vogais e não haviam letras maiúsculas e nem minúsculas, todas eram iguais. Talvez, muitos não saibam que os escritores bíblicos usaram o tetragrama YHVH para o nome de Deus... Que estas quatro vogais foram transliteradas ao português como Jeová / Javé, para que o nome de Deus pudesse ser pronunciável pelos povos da fala de Camões.

O nome dEle é Jeová Nissi, Jiréh, Shamá, Rafá... E deus são os falsos Astarote, Baal, Molock.

Os tradutores das Escrituras fizeram uso do D para Deus (com letra maiúscula) para diferenciar dos demais, porque consideramos apenas o Criador como o único e verdadeiro Deus,e não por Deus ser o nome de Deus! Deus com D maiúsculo é uma referência de fé e de amor. É assim que os eruditos das Escrituras costumam se explicar nesta questão do nome do Senhor.

As traduções das Escrituras ao português, ao menos as versões mais recentes publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil - Almeida Revista e Corrigida e Almeida Revista e Atualizada -, têm feito uma distinção quanto ao nome de Deus (YHWH = Jeová / Javé). Sempre que aparece o tetragrama, equivalente ao nome, os tradudores translitera-o como SENHOR. Assim mesmo, todas as letras em formato maiúsculo. Isto acontece porque não é possível saber se as vogais (Jeová: e-o-á/ Javé: a-é) correspondem com fidelidade ao som pronunciado pelos israelitas. Para não errarem, optaram pela referência SENHOR.
Questão de reverência: Por exemplo, é estranho se estivermos conversando sobre porcos, ratos, moscas, detritos fecais, e em determinado momento o assunto toma proporções em que citamos Deus com D minúsculo. Nesta conversa a menção do Criador fica igualada aos bichos, insetos e excremento. Certamente será reverência fazer uma distinção que represente aos leitores que Jeová é especial para nós. Certamente que destacá-lo usando a consoante D em maiúscula demostrará que temos coração reverente!

É claro que eu não criei este tópico para ditar comportamentos. A intenção é apenas refletir.

E.A.G.
________

O artigo está liberado para cópias, desde que o nome do autor e o link (HTML) do blog sejam citados.

Veja mais: Escrever Deus com consoante D minúsculo - irreverência?

[atualizado: 1 de agosto de 2010 - 18h37]

sábado, 31 de julho de 2010

Escrever Deus com consoante D em minúscula. Irreverência?

Apesar de nos manuscritos hebraicos não existirem letras maiúsculas, vírgulas, não gosto de ler textos onde a redação contenha o termo Deus, se referindo ao Criador dos céus e da terra, das coisas visíveis e invisíveis, com a consoante minúscula. Pode parecer bobagem para algumas pessoas, mas não gosto de escrever o nome dEle assim, ou de Cristo com minúsculo.

Os judeus digitam “D'us” em reverência ao quarto mandamento (Deuteronômio 5.11).

Em nosso meio social, quem escreve palavras que se referem a Deus com letras minúsculas parece estar querendo fazer nivelamento impróprio da posição do Senhor. Este nivelamento denota afronta e desrespeito. Os deuses desse mundo são falsos, nada mais são do que demônios querendo se passar por deuses.

Acredito que nós, os cristãos, devemos escrever não só "Deus" com "D". Também a letra "E" quando se refere a Ele ou a Jesus Cristo (Ele / dEle), e o "S" para senhor (Senhor). A letra maiúscula no meio da frase dá o sentido de superioridade.

Na minha opinião, nestes casos o “d” é faltar com reverência, temor, amor . Eu escrevo com letra maiúscula como forma de respeito. Sim, eu acho que é tudo isso sem nenhuma sombra de dúvida. Mas não penso que isso significa que quem faz assim vá para o inferno só por causa disso. Sei que Deus olha para as intenções de cada um. O ato é por questão de confrontar ao Senhor? Contestar a fé alheia que anuncia a existência do Ser Superior? Deus sabe o que se passa em casa coração e julga a todos por suas motivações.

Eu creio que nós cristãos devemos escrever em letra maiúscula. Acho que é um atitude importante, precisamos demonstrar o máximo de reverência ao Criador. Alias, ser reverente ao Senhor é uma ação que tem se esvaído dos meios cristãos de uma forma espantosa.

É digno de nota que os ateus usam a digitação “ deus” conscientemente, como um sinal de que não creem em Deus. Muitas pessoas que não creem escrevem com letra minúscula de propósito. Isso é normal para quem não crê.

Usar maiúscula para as iniciais de nomes é uma questão gramatical. Toda inicial de nome próprio é com letra maiúscula. Se é levado em consideração que Deus é nome próprio, então é erro digitar “deus”. Não usar a consoante em maiúscula em nomes é um atentado contra a língua portuguesa.

Se eu ver uma pessoa escrever o meu nome com letra minúscula, imaginarei que ela deseja demonstrar desprezo por mim, querendo passar a ideia de que não tenho nenhuma importância para ela, que me considera um alguém inferior.

• A funcionalidade da tecla shift

Todavia, é claro que devo olhar as situações de acordo com a realidade de cada um... Sei que existem pessoas que não fizeram um curso de digitação, não tiveram a oportunidade por mil e uma razões, inclusive a falta de tempo.

Então, uma pequenina informação: a tecla shift é importante ao escrever na Internet.

Ela está nos dois lados do teclado, perto das teclas de vogais e consoantes. E basta pressioná-las junto com uma das teclas de letras para que mude o status do maiúsculo ao minúsculo e vice-versa: AaAaAaA... Fazer isso não requer nenhum trabalho hercúleo.

Para quem usa apenas três, dois, ou um dedo em cada mão, ao digitar, reserve o mindinho, dedo menor, para pressioná-la. As duas teclas estão estrategicamente posicionadas para que o encontro das mãos esquerda e direita as encontrem até de olhos fechados.

Antes de se acostumar, deslize o dedo. Primeiro tocará nas teclas "ctrl", e em seguida nela.

E.A.G.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Angeologia: estudo bíblico sobre os anjos

Este blogueiro se propõe a criar uma fonte para estudos sistemáticos sobre os anjos.

Tomamos como referência principal a revista Lições da Palavra de Deus - edição do professor - ano 6, nº 26, comentários de autoria do Pr. Walter Brunelli (Editora Central Gospel).

Não faremos cópias literais das lições, serão apenas compilações. Propomos lançar um artigo por semana, sendo o conteúdo total 13 lições.

Nosso objetivo é contribuir com os seguidores desse blog e com a cristandade em geral, que acessa o blog sem nenhum vínculo conosco.

Ore por nós para que Deus nos guie neste propósito de exposição bíblica.

Conheça a biografia de Walter Brunelli, o pastor que faz os comentários da revista:

• Bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia Metodista Livre, São Paulo.
• Bacharel em Teologia pela EST - Escola de Teologia Luterana de São Leopoldo, RS.
• Mestrando em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
• Presidente do Ministério IDE - Instituto de Discipulado por extensão, presente em 17 países.
• Vice-Presidente da APEL - Academia Paulista Evangélica de Letras.

Os artigos:
3 - As características dos anjos | O estado incorpóreo dos seres angelicais
4 - A natureza dos anjos
5 - O limite dos anjos
6 - As atividades dos anjos
7 - Os anjos do Senhor
8 - As autoridades angelicais
9 - O estado original de Lúcifer
10 - A queda do anjo maior
11 - Os anjos decaídos
12 - Outra classe de anjos maus
13 - Os anjos nos eventos apocalípticos



E.A.G.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ANJOS - MENSAGEIROS DE DEUS

Angeologia:
A doutrina dos anjos, evidencia-se ao longo de toda a Bíblia. Os anjos são mencionados 108 vezes no Antigo Testamento e 165 vezes no Novo Testamento.
Os estudos dos anjos são interessantes, não podemos nos esquecer que as Escrituras têm muito a dizer; o tema está relacionado com a Teologia Sistemática.
Mais do que nunca os crentes precisam conhecer bem esta doutrina para se protegerem das heresias que a cercam e de ter conteúdo suficiente para esclarecer os que estão confusos. A matéria deve ser apreciada pelos crentes à luz da Palavra de Deus e reforçada por bons livros, por ser matéria de âmbito teológico e não devocional.
No primeiro século da era cristã houveram algumas heresias no meio cristão sobre os anjos. As principais tiverem origem entre os gnósticos. O gnosticismo foi uma corrente filosófica que se infiltrou na Igreja trazendo ensinamentos errados que foram combatidos pelos apóstolos João e Paulo. Sobre os anjos, os gnósticos ensinavam que eles eram seres intermediários na relação entre o homem e Deus, e por isso deviam ser adorados (Colossenses 2.18).
É importante conhecer o assunto, só assim somos capazes de refutar ensinamentos espúrios.
Descrição
A palavra “anjo” é a transliteração do grego “angelos”, e significa mensageiro. No hebraico é “mal'ak. A palavra no original, tanto no grego quanto no hebraico, refere-se, às vezes, a mensageiros humanos, como em 1º Reis 19.2; Lucas 7.24; Apocalipse, capítulos 2 e 3.
Os anjos celestiais existem. São entes sobrenaturais. Foram criados por Deus e são enviados por Ele como mensageiro aos homens para executar Sua vontade (Hebreus 1.14; Daniel 7.10; Salmo 91.11).
Em Apocalipse 5.11 é revelado que eles rodeiam a Deus e em Salmos 148.2 que eles constituem o Seu exército. Eles são seres finitos, sujeitos a tentação, pois sabemos de anjos decaídos no serviço de Satanás (Mateus 25.41; Apocalipse 12.7, 9). Estão sempre ativos tanto no serviço de Deus no céu como também a seres terrestres (Salmo 8.5; 104.4; Hebreus 1.14; 2.7).
Nos livros canônicos são apresentadas diversas categorias de anjos. É mencionado o nome pessoal de alguns deles: Gabriel (Daniel 8.16; 9.21; Lucas 1.19,26) e Miguel (Daniel 10.13, 21; Apocalipse 12.7) tambem denominado “arcanjo” (Judas 9), isto é, “chefe dos anjos”. Encontramos também a classe querubim (Salmo 80.1); e, serafim (Isaías 6.2-7).
Sabemos, também, pelas Escrituras, que há duas classes de anjos: os bons, que obedecem à vontade de Deus e estão a serviço dos santos (Hebreus 1.14), e os maus, que recebem ordens de Satanás (Efésios 6.12).
O serafins mencionados em Isaías 6.2 e e os querubins mencionados em Ezequiel 1.6 têm asas, fato esse que também se verifica no caso de Gabriel (Daniel 9.21) e do anjo do Apocalípse (Apocalípse 14.6). Em Hebreus 1.14, diz-se que eles são espíritos ministradores de Deus (Marcos 12.25).
Os anjos que estão submissos diante de Deus são superiores aos homens, porque não se rebelaram.
Manifestação
Houveram várias manifestações angelicais nos tempos bíblicos, tanto no AT como no NT. Eles foram vistos no passado e ainda, eventualmente o são, até hoje.
Os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gênesis 18; Atos 1.10) e, algumas vezes, revestidos de glória (Daniel 10.5,6 e Lucas 24.4).
Por causa da sua natureza espiritual, são imateriais (Hebreus 1.7, 13, 14). Então, em geral, não são normalmente vistos, exceto por capacidade sobrenatural, concedida, excepcionalmente, a alguns (Números 23.31; 2º Reis 6.17; Isaías 6.1-3; Lucas 2.8-20; Atos 27.23).
Função
Pouco se acha dito pormenorizadamente acerca de suas ações. Sabemos que eles vieram a existir para obedecer ordens de Deus.

A princípio, os anjos são mensageiros de Deus que, em nome deste, guiam, orientam, protegem, fortalecem, avisam, repreendem e punem os seres humanos. Mas, o ministério deles que mais sobressai no Antigo e no Novo Testamento são as ações de ajudar e proteger (Salmo 34.7; 91.11, Atos 12.7-10).
Anjos e os homens
Os anjos não devem ser adorados; mas respeitados. Jamais devem ser objetos de zombaria ou desprezo. No meio evangélico observam-se dois extremos: alguns estão enfatizando os anjos, dando a eles posição indevida, outros, não querem, sequer, falar do assunto.
Assim como os homens, os anjos foram criados por Deus. A diferença entre anjos e homens é que o Criador fez a raça humana a partir de um casal e deu a ela a capacidade da reprodução. Os anjos foram criados irreprodutivos, foram criados um a um. O número de anjos não é acrescido e nem diminuído (Colossenses 1.6). E eles não possuem dependência genética como o homem (Romanos 5.12).
E.A.G.
__________
Artigo criado com a intenção de servir como subsídio às classes bíblicas que fizerem uso da revista Lições da Palavra de Deus; ano 6, nº 26, cujos estudos são de autoria do Pastor Walter Brunelli, com o tema Anjo, Mensageiros de Deus (Editora Central Gospel).
O presente artigo possui texto compilado de: Pequeno Dicionário Bíblico Orlando Boyer - 19ª edição; 1992 - (Editora Vida); Dicionário Bíblico Universal Buckland/Williams - 2ª edição; 2007; Dicionário Almeida (apêndice Bíblia de Estudo Almeida 1ª edição - SBB); Conciso Dicionário Bíblico Ilustrado (apêndice da Bíblia editada pela JUERP - 12ª edição; 1983).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

OS SÍMBOLOS DE PROSPERIDADE E PUREZA NA ARCA DO CONSERTO


A Arca simbolizava a presença de Deus, continha símbolos de prosperidade e pureza . Além de Arca do Conserto era chamada de Arca do Pacto e Arca da Aliança.
.
Era uma espécie de caixa grande, de dois côvados e meio de cumprimento por um côvado e meio de largura, feito de madeira de acácia
coberta de ouro puro e com uma tampa de ouro puro, que se chamava propiciatório (Êxodo 25.17). Em cada extremidade desta tampa ficava uma estátua de querubim. Haviam duas argolas nas extremidades da arca, nas quais se colocavam varais de madeira de acácia cobertos com ouro. Os varais serviam para levantar a arca e movê-la. Conferir: Êxodo 25.10 e versículos seguintes.

.
No interior da arca guardava-se as duas tábuas da Lei; um vaso de ouro guardando maná; e a vara de Arão, que floresceu. Ver: Êxodo 16.33; Êxodo 34; Números 17.10; Deuteronômio 31.26; 1º Reis 8.9; Hebreus 9.4.

E.A.G.

Veja outra matéria referente à Arca do Conserto no UBE Blog: Nota de falecimento - Uzá morreu.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

TRINDADE - REFLEXÃO BÍBLICA SOBRE O PLURAL DO VERBO FAZER EM GÊNESIS 1.16

"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" - Gênesis.1.26 a.
Esta passagem deixa claro que existia mais de uma pessoa no momento da criação do ser humano. Era alguém que juntamente com Deus poderia criar o homem vivente. Podemos concluir com certeza que Deus não se dirigia à corte dos anjos, como afirmam os unicistas, pois a classe angelical não tem o poder de criação, nem muito menos suscitar vida humana. Somente Deus tem esse poder. Além disso, não há sustentação para cogitar na hipótese que a raça humana foi criada à semelhança dos anjos.
Ao observar na'aséh, que é a palavra hebraica para “façamos”, em Gênesis 1.26, encontramos no contexto bíblico, nas outras ocorrências do Antigo Testamento, que os judeus chamam de Tanack, que ela está aplicada somente a quem tem a capacidade de fazer, criar. Ou seja, Deus se dirigia à Pessoa de Jesus Cristo e ao Espírito Santo.
E.A.G.

terça-feira, 19 de maio de 2009

A TRINDADE NA BÍBLIA SAGRADA

A definição da Trindade

A doutrina da Trindade consiste num dos grandes mistérios da fé cristã.

Há apenas um Deus, não são três deuses. As três Pessoas da Trindade são apresentadas como um ser só (Mateus 28.19). Na unidade da Divindade co-existem três Pessoas eternas e iguais entre si, idênticas em substância, mas diferentes em existência. A Trindade, na sua característica triuna, coopera para si mesma num mesmo propósito: o Pai cria, o Filho redime e o Espírito santifica, sendo que em cada uma dessas atividades os três estão presentes.

Provas da Trindade no Antigo Testamento

O Antigo Testamento não revela a Trindade, porém deixa base para uma revelação futura:

• Passagens que usam o termo plural Elohim e pronomes plurais para referir-se a Deus. São: Gênesis 1.1,26; Isaías 6.8.

• As teofânias nas passagens que falam do Anjo do Senhor. Gênesis 22.11,15, 16.

Compravações no Novo Testamento

O Novo Testamento traz a revelação de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Deus; uma Triunidade ou Trindade. Ambas as palavras não estão na Bíblia Sagrada.

• O Pai é Deus (João 6.27; Efésios 4.6);

• Jesus Cristo é Deus (Mateus 3.17);

• O Espírito Santo é Deus (Atos 5.3-4).

As atribuições da Trindade

• O Pai é onipresente, onipotente e onisciente (Jeremias 23.24; Gênesis 17.1; Atos 15.18).

• O Filho é onipresente, onipotente e onisciente (Efésios 1.20-23; Apocalípse 1.8; João 21.17);

O Espírito Santo é onipresente, onipotente e onisciente (Salmo 139.9; Romanos 15.19; 1ª Corintios 2.10).

E.A.G.

Consulta: Um resumo da doutrina bíblica, apêndice de A Bíblia Anotada - Expandida - Charles C. Ryrie, página 1282, 1ª edição (SBB); As Grandes Doutrinas da Bíblia, edição de 1987, páginas 73 e 74 - Raimundo de Oliveira (CPAD).
.
Leia mais neste blog: A Trindade e a Natureza.

domingo, 3 de maio de 2009

OS PROFETAS NÃO-CANÔNICOS

Deus criou a raça humana, e Ele se dirige a ela de diversas formas.
.
Cânon significa régua, e entre os teólogos se convencionou chamar de cânon os 66 livros que compõem as Escrituras Sagradas, que conhecemos hoje.
.
A Bíblia Sagrada é a maneira que Deus usa para falar com todos, de maneira geral. Mas, esta não é a única forma que Deus se dirige a nós. O Criador também fala com a criatura de um jeito mais íntimo.
.
Nas narrativas bíblicas, encontramos profetas que pelo Espírito escreveram os livros para a Bíblia Sagrada que temos em mãos. Mas, nestas mesmas narrativas, lemos sobre diversos outros profetas que não escreveram absolutamente nada. Eles se manifestaram de maneira oral com as suas gerações. E assim, nesta característica, classificamos todos eles como profetas com uma missão não-canônica.
.
Vamos ver os degraus dessa comunicação:
.
• Noé – o profeta que o Senhor usou para falar com toda a Humanidade;
.
• Moisés (apesar de escritor foi) – o profeta que o Senhor usou para tratar com a nação, Israel;
.
• Jonas – Deus falou com uma cidade inteira, Nínive, usando-o;
.
• Pelo profeta Ágabo, o Espírito falou para uma pequena coletividade de irmãos (Atos 11.27-28);
.
• Por meio do profeta Ananias, Deus tratou com uma pessoa só, Paulo (Atos 9.10-19).
.
Como o Senhor não faz acepção de pessoas, do mesmo modo que falava no passado, fala no presente. É por causa disso que em 1ª Corintios 12.27-28, lemos que, individualmente somos membros do Corpo de Cristo e que Deus estabeleceu profetas entre nós. Estes, são os profetas não-canônicos da nossa época.
.
É motivo de alegria poder afirmar que existem profetas que falam de maneira não-canônica, ainda nos dias de hoje.
.
Graças a Deus eu tenho esta experiência com as profecias. O Espírito falou algumas vezes comigo de maneira individual. Era para me consolar em um momento difícil, quando foi anunciado a minha vitória e saída de um “deserto espiritual” de mais de dois anos. Pedi confirmação naquela ocasião da primeira profecia, e ela foi confirmada por meio de uma segunda profecia, feita por uma profeta de uma denominação diferente da que eu congrego. Apesar das duas pessoas serem diferentes, a mensagem era a mesma, e tudo se cumpriu na minha vida conforme a promessa daquela mensagem individual.
.
E.A.G.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Apocalipse: definições escatológicas sobre a Volta de Cristo, a Grande Tribulação e o Milênio

Os quatro cavaleiros do Apocalipse.
Tudo o que a Bíblia apresenta a respeito dos últimos acontecimentos da vida e da história não são simplesmente ocorrência de sorte ou azar para que façamos uma reflexão. O Livro de Gênesis mostra ao leitor da Bíblia que o Criador fez tudo compatível com um plano equilibrado e voltado para um ápice maravilhoso. Nada foi criado ao acaso. Quando Adão e Eva cederam à tentação do pecado, Deus pronunciou a promessa de que o descendente da mulher esmagaria a cabeça do Tentador (Gênesis 3.15; Apocalipse 12.9). E a partir deste episódio, gradualmente um plano de redenção é revelado com promessas aos servos do Senhor: a Abraão (Gênesis 12.3), a Davi (2 Samuel 7.11,16) e aos profetas do Antigo Testamento.

A redação do apóstolo Paulo enfatiza a inclusão da Igreja nesta promessa de salvação, dizendo o seguinte: "aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" (Filipenses 1.6). Ou seja: a Bíblia toda coloca em evidência o futuro assegurado pela própria organização de Deus com relação aos judeus e não judeus no Plano da Salvação em Cristo Jesus.

As testemunhas oculares que viram Jesus subir ao céu receberam a promessa da sua volta (Atos 1.11). Quando o Evangelho de Cristo alcançou os gentios através da pregação dos seguidores do Salvador, a mensagem compartilhada tinha como característica estar "em poder e no Espírito Santo, e em muita certeza", assim muitas pessoas abandonavam os ídolos e passavam a viver servindo ao Deus vivo e verdadeiro, e a aguardar a Volta de Jesus Cristo, a quem um dia morreu e ressuscitou, e torna o crente livre a ira futura (1 Tessalonicenses 1.5, 9-10).

As visões de João, relatadas no Livro do Apocalipse, quando este estava feito prisioneiro na ilha de Patmos, mostram um cenário escatológico apontando para a vitória posterior de Cristo, acrescentam a garantia do reino milenar antes do derradeiro juízo e dos novos céus e nova terra profetizados por Isaías (65.17; 66.22). Então, a partir da Ásia Menor, portanto, os conceitos premilenistas se espalharam com rapidez.

Ao ler o livro Apocalipse, é importante compreender alguns termos usados nas doutrinas escatológicas:

A segunda vinda de Cristo: Do Gênesis ao Apocalipse, a Bíblia aborda sobre a Segunda Vinda de Jesus, este evento é o mais esperado pela Igreja ao passar dos séculos. A volta corporal de Cristo à Terra, será primeiro nos ares, fora da visão da população mundial que não o reverencia e nem nEle crê, para levar consigo a Igreja ao céu, depois o retorno do Messias acontecerá na metade da Grande Tribulação, em glória, quando todo olho o verá, como juiz e Rei de todas as nações da Terra.

O arrebatamento: Reunião instantânea de toda a Igreja existente na terra para encontrar-se com Jesus nos ares e estar com Ele para sempre. é descrito nas narrativas bíblicas como o assalto e rapto repentino da Igreja. As pessoas lavadas e redimidas pelo sangue do Cordeiro serão retiradas desse mundo sem que as pessoas que não obedecem ao Senhor percebam de imediato o que ocorreu (1 Tessalonicenses 5.2, 4; 1 Corintios 15.52).

A Grande Tribulação: Geralmente, o termo "tribulação" é usado referindo-se às dificuldades e sofrimentos que o povo de Deus está sujeito a ser acometido. Está escrito em Atos 14.22 tem um aconselhamento de ânimo, falando aos cristão a não desanimarem na fé, pois os justos experimentam muitas aflições para entrar no Reino de Deus. Porém, Jesus é específico ao comentar sobre o final dos tempos, quando chegarão dias de Grande Tribulação sem igual na História da humanidade, quando o sol escurecerá e a lua não refletirá nenhuma luminosidade, as estrelas desabarão do céu, os poderes do céu serão abalados, momento em que o sinal do Filho do Homem surgirá (Mateus 24.21; e 24.29).

A informação que a Grande Tribulação durará sete anos não consta no Novo Testamento. O profeta Daniel apresentou esta previsão no capítulo 9 e versículos 24 ao 27, de maneira bastante detalhada. O Livro do Apocalipse retoma a questão de tempo, porém, especificando três anos e meio (ver as porções bíblicas 11.3; 12.6; e 13.5).

O pré-tribulacionismo: A perspectiva afirmando que o Arrebatamento acontecerá na História, sem aviso prévio, após o qual a Grande Tribulação será desencadeada é conhecida como Arrebatamento Pré-Tribulacional.A afirmação de que antes de Cristo retornar em glória, retornará em ser percebido pelo mundo para buscar a Igreja e conduzi-la ao céu, implica na defesa do argumento de que a Igreja não experimentará o terrível momento da Grande Tribulação.

O mid-tribulalacionismo: A perspectiva que afirma que o arrebatamento ocorrerá no meio do período da tribulação, mas a 2ª vinda de Cristo acontecerá ao final da mesma (portanto, a Igreja não passará pela segunda metade da tribulação).

O pós-tribulacionismo: A perspectiva dizendo que o arrebatamento coincidirá com a Segunda Vinda
de Cristo ao final da tribulação, portanto, segundo esta interpretação a Igreja passará pela tribulação A maioria dos pós-tribulacionistas interpretam que a Igreja será livrada, que Deus os protegerá de modo especial, como protegeu os israelitas das pragas do Egito (1 Tessalonicenses 5.9), mas há entre eles aqueles que acreditam que alguns crentes que estiverem vivos nesta época, serão martirizados.

O amilenismo: A perspectiva que diz que não haverá milênio terrestre, que os mil anos em Apocalipse 20 são simbólicos da era da Igreja em que vivemos. Nesta visão interpretativa, a Segunda Vinda dará início ao estado final dos novos céus e nova terra, o retorno do Senhor se dará ao final da História.

O pré-milenismo clássico ou histórico: O prefixo "pré" significa "antes". Teólogos dessa corrente  dizem  que a Segunda Vinda de Cristo precederá seu reinado milenar. Para eles o tempo de mil anos será literal, interpretam as profecias do Antigo Testamento, bem como as de Jesus de maneira estrita, para eles acontecerá literalmente como os textos bíblicos esclarecem. Jesus governará física e pessoalmente a Terra por exatos mil anos.

O pré-milenismo pré-tribulacionista / pré-tribulacionista dispensacionalista: É uma posição semelhante ao pré-milenista clássico, é o retorno invisível de Cristo nos ares.

O milênio: O período de mil anos revelado em Apocalipse; terá início no final da Grande Tribulação (20.1-6). Época maravilhosa, tempo no qual Cristo reinará em todo planeta Terra em comprimento às alianças abraâmica, davídica e da Nova Aliança. A cifra mil corresponde a mil anos, literalmente. Será uma temporada de paz, prosperidade e justiça. Nesta ocasião, Jesus Cristo, que outrora foi humilhado, sofreu e morreu pelos nossos pecados, se apresentará a todos como o Rei dos reos e Senhor dos senhores, e regerá as nações com vara de ferro (Gálatas 3;13; Apocalipse 19.15; Salmos 2.7-12; Isaías 11.1-10).

Esta época é aguardada com ansiedade pelo povo judeu. Jesus mantém esta esperança para Israel, apenas não revelou o tempo; Muitas profecias falam deste tempo glorioso aos descendentes da linhagem de Abraão (Zacarias 14.9-21; Miqueias 4.8-13; Daniel 2.44-45; Isaías 11.1-13; e 60.1 e 66.20; Lucas 2.25-38; Atos 15.16; Apocalipse 20.1-6).

O pós-milenismo: A perspectiva de que o mundo será "cristianizado" gradativamente, que o mundo será gradualmente convertido até que a Igreja tenha a capacidade de instalar na Terra um estado de retidão e paz entre todos os povos e nações. A ideia de que a Igreja reinará durante um milênio após a Segunda Vinda de Cristo, até haver um surto do mal e Cristo aparecera na Terra garantindo a era de ouro da Igreja.

Definições apocalípticas sobre a volta de Cristo a Grande Tribulação e o Milênio.

E.A.G.

Atualizado em 16 de abril de 2019, às 00h55.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A PRIMEIRA MENÇÃO DO TERMO GRAÇA NAS ESCRITURAS SAGRADAS

O pecado e a misericórdia de Deus
.Porém Noé achou graça diante do SENHOR – Gênesis 6.8.
.Em Gênesis, capítulo 6, existe o relato da corrupção do gênero humano e pela primeira vez surge nas Escrituras Sagradas o uso do termo graça.
.
Naquela época a média da vida humana era de 800 anos (conferir no capítulo 5). A narrativa bíblica relata que os seres humanos de multiplicaram e que os filhos de Deus tomavam para si mulheres formosas e dessa união nasciam pessoas que se tornavam gigantes (em hebraico, “nephilim”, uma derivação do verbo cair). Então, o Criador disse: “O meu espírito não agirá para sempre no homem” e colocou um parâmetro de 120 anos para a raça humana.
.
Dentro do capítulo 6, o contexto nos faz entender que o espírito citado na sentença divina, é referência ao poder vivificante que causava a longevidade, o fôlego prolongado da vida.
.
Deus é onisciente
.
Para o trecho bíblico de Gênesis 6.6 é preciso considerar que o termo arrepender-se não é usado no sentido de voltar atrás coisas que iria fazer. Diz o texto que Deus olhou o comportamento dos seres humanos e viu que eles eram maus ininterruptamente em todos os sentidos e se arrependeu (ficou muito triste – “niham” em hebraico) e mudou de ânimo sobre os planos aos quais havia tomado para com àquela geração perversa ao extremo.
.Gênesis 6.6 em nada aponta para uma surpresa triste sofrida pelo Criador diante de algo que não esperava acontecer. Aqui o texto usa do recurso antropomórfico (ou antropopático). A linguagem antropomórfica serve para facilitar a comunicação e ser melhor entendida a reação de Deus naquele instante, fazendo analogia com os seres humanos. É assim em outras passagens bíblicas também, quando as Escrituras dizem que Deus tem olhos, boca, mãos, como se de fato, Deus que é Espírito, também tivesse. O Criador não dispõe de corpos de carne e ossos como nós temos, e também não tem diante dEle nenhuma situação inesperada . Ele tem diante de Si todas as coisas de todas as épocas ao mesmo tempo, pois é onipresente e está fora do tempo e espaço que vivemos.
.Os filhos de Deus
.Existem diversas interpretações sobre quem seriam os filhos de Deus. Uns dizem serem anjos, mesmo havendo o texto bíblico de Marcos 12.25 afirmando que anjos não procriam, outros, a descendência de Sem que se casou com a descendência de Caim, mas tudo não passa de conjecturas porque o texto é obscuro. A certeza é que a conseqüência dessas uniões geraram homens valentes, poderosos e de renome. E dessa nova geração houve a multiplicação da maldade sobre a terra. Deus viu que todos os desígnios daquela geração eram maus e determinou enviar o dilúvio, acabando com a Humanidade, “porém, Noé achou graça diante do SENHOR”.
.
.
E.A.G.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O CEGO BARTIMEU E A SUA FÉ

Infelizmente, a fé que Bartimeu tinha está cada vez mais rara nos dias atuais. Não estamos presenciando o Evangelho de poder, não presenciamos mais as curas na Assembléia de Deus como haviam no passado.
.
E, o mais assustador em tudo isso, é que está aumentando o número de pregações afirmando que fazer o que Bartimeu fez, correr atrás de Jesus para ser curado, é errado!
.
Talvez, você já tenha escutado ou lido pregadores do Ministério da Crítica hostilizando quem procure as igrejas desejosos de curas. Esses pregadores dizem que é pecado alimentar o mesmo desejo que Bartimeu tinha no coração dele.
.
Bartimeu pecou fazendo o que fez? Não! Por que não? Porque encontramos no Novo Testamento, nas conversas de Jesus registradas nos Evangelhos, em grego koiné, o termo "soteria", que no equivalente português é salvar e curar. "Soteria" significa salvação da alma e do corpo (a cura), significa também alegria completa e prosperidade! Estão recusando a salvação = "soteria"!
.Será que quando Jesus voltar encontrará a fé de Bartimeu na terra?
.

E.A.G.

sábado, 3 de janeiro de 2009

A GERAÇÃO, OS PECADOS E A CONSCIÊNCIA DE JÓ


Arte John Haysom / Editora Scipione
.
O uso da hermenêutica na leitura devocional do livro de Jó
.As Escrituras Sagradas são uma coleção de 66 livros, que estão em perfeita harmonia uns com os outros. Essas obras literárias não podem ser separadas porque é a Palavra de Deus (singular). Para ler a Bíblia e tirar proveito espiritual dela, é necessário abrir a mente e considerar desde Gênesis 1.1 ao Apocalipse 22.21 como um só material inspirado pelo Espírito Santo para nós.
.
A Bíblia é cristocêntrica. Desde o relato do período da criação, no livro de Gênesis, encontramos a revelação do nascimento de Jesus e sua missão. É revelado que de uma mulher nasceria um que esmagaria a cabeça da serpente (3.15; Romanos 16.20). Notemos que essa revelação surge e não se sustenta por si mesma, cresce com a junção de outros textos bíblicos atrelados, como o livro de Isaías. E depois ela é corroborada no Novo Testamento.
.
Não existe nenhum respaldo para que se tire um texto bíblico fora do seu contexto. Ao fazer isso, corre-se o risco de entrar por heresias, é uma conseqüência natural. Foi desse forma que hereges entraram pelo caminho do espiritismo, da poligamia e outros desvirtuamentos.
.A geração de Jó
.
Grande parte dos biblistas afirmam que o livro de Jó é de autoria de Moisés, ou de um israelita desconhecido, e que provavelmente tenha sido escrito até antes de Gênesis. Alega-se que o próprio Jó não tenha nascido em Israel, pois, ao contrário dos judeus, em nenhum momento em seus discursos e nem de seus amigos, o nome pactual de Deus (Jeová / Ieavé) está empregado. Eles se referiram a Deus como Todo-Poderoso (El Shadai). Assim sendo, acredita-se que Jó viveu antes da Lei.
. Esta situação é aflitiva para muitos leitores da Bíblia Sagrada por não alcançarem a compreensão que os faz entender o livro de maneira harmoniosa com o restante da Bíblia Sagrada. A aflição ocorre porque eles não têm a noção da época em que Jó viveu. A dificuldade se consiste no fato de que o livro é o décimo oitavo dentro do cânon, quando se fosse colocado dentro da ordem cronológica do tempo, deveria ser o segundo.
.
A teoria de que Jó viveu antes da Lei é consistente. Em todo livro não existe censura aos passos de Jó como um infrator dela. Ele não conheceu os Dez Mandamentos, e não poderia ser julgado por ele.
.
Jó é julgado pela própria consciência, da mesma forma que aconteceu com Adão e Eva, Caim e todos os habitantes da era do dilúvio. E como serão julgadas todas as almas que não conheceram o Evangelho.
.
Romanos 2. 13-15: “Porque os que ouvem a Lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a Lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm Lei, fazem naturalmente as coisas que são da Lei, não tendo eles Lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da Lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os”.
.
Assim sendo, a lei de Deus estava escrita dentro do coração de Jó.
.E.A.G.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - POBREZA É SINAL DE VIDA EM PECADO?

Hoje alguém perguntou para mim: "Você concorda que os crentes que dizem que as pessoas que não prosperam estão em pecado?"

Eu respondi:


Não entendo que ser pobre é sinal de viver em pecado. Aliás, nunca vi um pregador afirmar que ser pobre é consequência de vida em pecado. Mesmo constatando que em parte é verdade, mesmo. Vemos que quem se lança na vida de jogatinas, no vício das drogas e na vida pervertida da prostituição desenfreada empobrece terrivelmente, não consegue ter uma vida estável.

O curioso de tudo isso é que só encontramos alguns "apologetas", contra a Teologia da Prosperidade, afirmando que existe quem pregue que pobreza é sinal de vida pecaminosa. Parece que eles criaram a situação para ter um assunto para criticar.

Eu entendo que não é plano divino que ninguém seja miserável. "Nunca vi um justo desamparado e nem a sua descendência mendigar o pão" - Salmo 37.25. Na Bíblia Sagrada, mais precisamente no livro de Provérbios e Eclesiastes, temos diversas orientações aos servos de Deus para que sejam previdentes e moderados, ou seja, cuidem-se para ter o futuro com qualidade de vida boa.

Enfim, não é plano do Senhor que seus filhos passem privações temporais, mas por causa do livre-árbitrio, existe a permissão dEle para que isso aconteça. Quem ama o entendimendo busca ter um curso superior e passa a ganhar os melhores salários. Mas quem o rejeita continuará vivendo nas classes D e E, recebendo os piores conta-cheques.

Somos no futuro o resultado do que escolhemos no presente momento.

E.A.G.

sábado, 29 de novembro de 2008

Como Estudar a Bíblia Sozinho

Um rapaz de dezessete anos foi a um culto, certo dia, a conselho de um vendedor de sapatos, que o havia levado a Cristo, e lhe dissera da necessidade de conhecer melhor o Salvador que acabara de aceitar. Após o período de louvor, o pregador disse: "Abramos a Bíblia agora em 2 Timóteo 5.12." O jovem convertido abriu na primeira página a Bíblia que seu amigo lhe dera, e começou a folheá-la por Gênesis, Êxodo, Deuteronômio, e Josué, e vários outros livros, sem encontrar Timóteo. Voltou ao índice, e observou que 2 Timóteo encontrava-se na página 325. Quando abriu nesse número encontrou o livro de Josué. Olhou novamente no índice, e percebeu que a Bíblia tinha duas grandes divisões, e que Timóteo achava-se na segunda. Quando afinal encontrou o texto, o pastor já havia terminado o sermão. Desnecessário é dizer que ele estava envergonhado e um pouco confuso.

Será que o leitor já se sentiu assim? Não fique desanimado. A maioria dos crentes novos começa desse modo. Apesar daquele início tão pouco auspicioso, aquele jovem sentiu um grande desejo de conhecer melhor a Bíblia. Anos depois, ele se tornou um famoso pregador, que levou a Cristo um milhão de pessoas. No fim de sua vida, fundou um instituto bíblico que ainda hoje prepara cerca 1200 jovens todos os anos, na Palavra de Deus. O nome dele era Dwight L. Moody. Poucos homens igualaram a contribuição de Moody para a cristandade. Mas ele próprio nunca teria realizado o que realizou se não houvesse se disposto a estudar a Palavra de Deus.

Nosso sucesso ou fracasso na vida cristã depende da quantidade de conhecimento bíblico que armazenamos em nossa mente, com regularidade, e de nossa obediência às suas verdades. É certo que uma pessoa pode ir para o céu sabendo pouco mais que João 3.16, ou Romanos 10.9-10, pois esse maravilhoso dom de Deus, que é a salvação, é tão gratuito, que precisamos fazer é recebê-lo pela fé (João 1.12). Mas se desejarmos ser crentes felizes e vitoriosos, teremos que nos alimentar regularmente da Palavra de Deus, e isso requer aplicação de nossa parte. Quanto mais nos dedicarmos a isso, tanto mais rápido e melhor cresceremos na vida espiritual. E descobriremos depois que vale muito a pena o preço que temos que pagar.

Jesus enunciou a fórmula do sucesso pessoal, quando afirmou: "Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes" (João 13.17). A felicidade, portanto, resulta de se conhecer a vontade de Deus revelada na Bíblia, e obedecê-la. O problema de muitos crentes é que não se aplicam ao estudo dos princípios bíblicos, e por isso não sabem o que Deus espera deles. Não é de se admirar que não recebam todas as bênçãos da vida cristã.

Infelizmente, a maioria dos cristãos pensam que nunca conseguirão entender a Bíblia. Acreditam que ela foi escrita para teólogos ou pastores, e tudo que eles têm a fazer é escutar aos ensinos e palestras dos "entendidos na Bíblia", ou ler livros a respeito dela; mas passam pouco tempo estudando a Bíblia eles mesmos. E a parte triste de tudo isso é que a Bíblia não foi escrita para teólogos; foi escrita para pessoas como nós.

Depois que nos convencemos de que podemos estudar a Palavra de Deus por nós mesmos, a nossa vida espiritual toma uma nova dimensão. Já vi crentes novos e também crentes mais antigos que nunca haviam ficado muito empolgados com sua experiência cristã, serem reavivados logo que se entregaram ao estudo da Bíblia sozinhos.

Um matemático grego disse: "Não existe uma estrada pavimentada para se chegar ao conhecimento da geometria." Esta declaração foi dirigida a um jovem estudante que desejava saber se não existia uma maneira mais fácil de aprender aquela ciência, sem estudar. Como sabemos muito bem, isso não existe; e o mesmo aplica-se ao estudo bíblico. Na verdade, tal estudo requer o tipo de esforço mais árduo que há - pensar; mas é o único meio de aprender as lições bíblicas.

'Como Estudar a Bíblia Sozinho: Instruções práticas para o estudo e fascinante da Palavra de Deus' é publicado e distribuído pela Editora Betânia.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Jeová é Deus festeiro



“Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do SENHOR, que proclamareis, serão santas convocações, são estas as minhas festas” - Levítico 23.1-2.

Tenho lido que festas são sempre coisas da velha natureza carnal, passando a ideia de que meu Deus é um ser carrancudo, chato e com chicotes nas mãos, em prontidão para espancar quem sorri. A minha Bíblia Sagrada me mostra um Deus alegre.

Vejam dez festas bíblicas descritas abaixo que o Criador inventou ao povo que Ele criou:

1 - O Sábado (Levítico 23.1-3)

Um dia de descanso, celebrando o descanso de Deus depois da criação.

2 – A Festa da Páscoa e os dos Pães Asmos (Levítico 23.4-8)

Celebração por Deus haver libertado os judeus da escravidão no Egito, ocasião em que poupou os primogênitos de Israel. Consagração a Deus da primeira porção das primeiras colheitas (cevada), lembrando ao povo que a vida antiga ficara para trás, e eles estavam iniciando um novo modo de viver.

3 – Festa das Primícias (Levítico 9-14)

Louvor a Deus pelas colheitas e consagração da primeira parte das últimas colheitas. O motivo da celebração era lembrar a provisão de Deus.

4 – Festa do Pentecostes (Levítico 23-15-22) [cinqüenta em grego é “pentecostes”])

Festa comemorando os cinqüenta dias depois das primícias, demonstrando gratidão pela generosidade divina.

5 – Festa das Trombetas (Levítico 23.23-25)

Celebração do começo do ano-novo civil, expressando alegria e gratidão ao Senhor.

6 – Festa do Dia da Expiação (Levítico 23.26-32)

 Celebração pelos pecados expiados de todo Israel, servia para restaurar a comunhão com Deus.

7 - Festa dos Tabernáculos (Levítico 23.33-44)

Celebração da libertação de Israel do Egito, gratidão pela proteção ao longo da jornada pelo deserto e renovava o compromisso do povo com seu Deus.

Depois do exílio os judeus tinham duas festas:

1 - A Festa do Purim (Ester 9.20-28)

Celebração em memória da libertação do povo judeu das maquinações de Hamã.

2 - A Festa da Dedicação (João 10.22)

Celebração pela purificação do templo por Judas Macabeu, depois que Antioco Epifânio o contaminou sacrificando um porco no altar.

Enfim, no Novo Testamento a Santa Ceia é chamada de festa (1 Coríntios 5.8) e o encontro da Igreja com Cristo, após o arrebatamento, de Bodas - festa de casamento - do Cordeiro (Apocalipse 19.7).