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domingo, 28 de janeiro de 2018

Jesus é superior a Josué - o meio de entrar no repouso de Deus

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

O livro de Josué relata a conquista parcial de Canaã, conhecida como a Terra Prometida, sua distribuição e o estabelecimento do povo israelita nela. A narrativa do texto apresenta batalhas campais cruentas. Os cananeus não se entregariam sem esperar nada em troca. Entretempo, ao longo da leitura do livro é possível notar que Deus honrou Israel, fazendo-o vitorioso sobre os inimigos idólatras e permitindo-lhe obter a dádiva do solo prometido ao seu povo, cumprindo-se assim a promessa da Aliança de Deus com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.

A Carta aos Hebreus mostra o que a história de Josué caracteriza para a Igreja de Cristo. O capítulo 4 trata do apoderamento de Canaã sob a liderança de Josué e retratada este apoderamento como um tipo de Canaã celestial. Faz o contraste entre o repouso proposto no Livro de Josué e o repouso oferecido por Jesus.

A promessa de conquistar e permanecer na terra prometida, foi cumprida por intermédio da liderança de Josué ao povo israelita, mas unicamente numa perspectiva terrena, incompleta e finita. Enquanto o ministério de Cristo provê descanso celestial, é perpétuo e concluído.

Sumário: A Supremacia de Cristo - Fé, Esperança e ânimo na Carta aos Hebreus

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

A canção como adoração a Deus

Por F. W. Krummacher

Conforme o costume judaico da Festa da Páscoa, Jesus entoou um hino, acompanhado de seus discípulos, a canção de louvor que consistia dos Salmos 115 a 118. Neste episódio, encontramos nosso Senhor cantando. No texto original em grego, não existe margem para dúvidas quanto a isso.

Por meio desse cântico, Cristo consagrou para sempre a música vocal na liturgia de cultos da Igreja.

A ação de cantar é um valioso dom do céu à terra: envolve a linguagem de sentimentos, exala o estado elevado da mente, é a expressão de uma alma extasiada.

A analogia entre as almas e um violão quebrado
O músico também é um crente

Executado no serviço da reuniões de culto nas igrejas, quão benéfica e abençoadora é a boa influência da mensagem cantada! Quem ainda não experimentou o seu poder maravilhoso de elevação espiritual, de pôr o ser humano acima do ambiente sombrio da rotina neste mundo? Quando o crente entoa hinos, a sua alma é dilatada, o seu coração é comovido, os correntes da inquietação são desbaratadas e o peso da tristeza são repelidos.

A melodia litúrgica é capaz de promover situações melhores que essas. Através do louvor sincero, o Espírito Santo combina a ação do crente ao usar a voz melodiosamente, em veneração ao Senhor, com seu sopro divino. E assim, inumeráveis vezes o Consolador tem trazido tranquilidade aos aflitos, expulso Satanás e seus projetos destruidores do meio do povo de Deus. 

À semelhança de uma perfumada brisa da primavera, o costume de cantar para adorar ao Senhor tem feito com que corações duros se derretam como ceras, tornando-os frutíferos, plenamente prontos para receber as sementes das Escrituras Sagradas e entrar à eternidade na companhia do Altíssimo.

O rei Davi recebeu uma honra indescritível ao ter suas composições sendo cantadas pelos lábios graciosos do Senhor Jesus Cristo - a inspiração suprema de suas obras de louvor. Se ao escrever os Salmos ele soubesse que isso ocorreria, talvez não conseguisse empunhar a pena e escrever uma só palavra. Não há registro bíblico que outro autor tenha recebido tamanha honraria do próprio Criador de todas as coisas.


Fonte: The Suffering Savior via revista  Fé para Hoje, ano 2004, número 24,  página 19, São José dos Campos/SP (Editora Fiel). Texto adaptado ao blog Belverede.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O músico também é um crente!


Por Caramuru Afonso Francisco

Numa época em que a música tem perdido o seu verdadeiro objetivo na casa de Deus, torna-se difícil para nós ministrarmos sobre o assunto sem o sentimento de repulsa àqueles que a transformaram em instrumento de enriquecimento, esquecendo-se que o seu único objetivo na igreja é para louvor do nome do nosso Deus, o Todo Poderoso, o Libertador das nações, o Grande Eu Sou, o General de guerra, o Senhor dos exércitos, o Escolhido entre os milhares etc. O que não nos falta são motivos para louvá-lo, são muitas as maravilhas que Ele, entre nós, tem operado.

O salmista diz:

"Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo? - Salmos 116.12.

"Deem graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre" - Salmos 118.1.

"Aleluia! Louvem o nome do SENHOR! Louvem-no vocês, servos do SENHOR" - Salmos 135.1.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

É possível ter visão do céu quando a morte se aproxima?


Pergunta: Meu tio disse que minha tia teve uma visão do céu antes de falecer. É possível? Talvez estivesse apenas tendo uma alucinação. Confesso que sou um pouco desconfiado, embora minha tia ter sido uma pessoa bastante espiritual, alguém que lia a Bíblia diariamente.

Resposta:

Apesar de ser incomum, Deus dá para algumas pessoas um vislumbre da glória celeste antes de morrerem. À medida que pedras foram atiradas em Estevão - o primeiro mártir cristão - ele "cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus" (Atos 7.55).

O estrito sentido bíblico do vocábulo morte no Antigo e Novo Testamentos
► Jesus ficou sepultado três dias e três noites?

Por qual motivo isso aconteceu? Não era uma alucinação ou reação química no cérebro, como alguns sugerem. Estou convencido de que é era um vislumbre que Deus mostrou da existência na eternidade. Por meio dessa revelação, Deus está enfatizando aos que estão vivos no dia de hoje - para nós também - que a eternidade é real, e Cristo espera para nos receber no Céu. Jesus é a nossa única esperança, porque por Sua morte na cruz Ele pagou o preço pelos nossos pecados, e por Sua ressurreição, da morte, venceu a morte, o Inferno e Satanás. Você deposita sua fé e confiança só nEle para sua salvação?

De modo simultâneo, não podemos nos iludir por histórias de visões ou "luz no fim do túnel" ou outras experiências sobre as quais é comum ouvir alguém contar. Às vezes, Satanás tenta imitar a obra de Deus, enganando as pessoas, para que elas pensem que não precisam envolver suas vidas a Cristo para serem salvas. Lembre-se: Satanás "é mentiroso e o pai da mentira" (João 8.44).

Agradeça a Deus pela fé que sua tia manifestou ter em Cristo - uma fé que a fortaleceu todos os dias e assegurou-lhe a vida dela além do túmulo. Que Cristo se torne o fundamento da sua vida também - desde hoje.

Fonte: Billy Graham Evangelistic Association, Does God Give Glimpses of Heaven? , 15 de novembro de 2017, https:// billygraham . org/answer/ does-god-give-glimpses-of-heaven/

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Divorciados no grupo de obreiros - a interatividade do blogueiro com o leitor

Em 24 de abril de 2013 publiquei o artigo Divorciados no grupo de obreiros. Pode?. Trata-se de uma reflexão bíblica, sem a intenção de me posicionar como alguém capaz de fechar o assunto. Continuamos a refletir sobre este tema, polêmico e importante, no espaço de comentário do artigo

Veja a interatividade mais recente, recebida em 11 de novembro passado, enviada por Marcos Roberto Chagas. Importante frisar que o mesmo inseriu a questão de adultério à questão "união conjugal de obreiros divorciados", quando citou o trágico episódio de aproximação íntima entre Davi e Batseba.

A infidelidade conjugal
A família e a sexualidade
As bases do casamento cristão
Briga entre pessoas casadas
Divórcio e novo casamento pela ótica da Reforma Protestante
O Divórcio
Qual a permissão dada na Bíblia para o divórcio?

sábado, 28 de outubro de 2017

Caim, Balaão e Coré: exemplos do engano


A carta de Judas, no versículo 11, apresenta para nós três ações pecaminosas que arrastam crentes para atroz desmantelamento espiritual (Mateus 23.13-29). São atitudes próprias daqueles que abandonaram a fé genuína, mas continuam no meio cristão provocando escândalos. 

A reflexão sobre os exemplos negativos dessas personagens bíblicas é sempre importante, pois observar para não fazer igual é observação que edifica aos que cuidam permanecer em pé diante do Pai celeste. 

1. Egocentrismo. 

Caim foi egoísta, cheio de ódio e inveja. Tais sentimentos o transformaram em assassino do próprio irmão (Gênesis 4.3-4; Números 22.1-35; 1 João 3.12). 

2. Falta de domínio próprio. 

Balaão errou ao se deixar dominar pela cobiça e imoralidade (2 Pedro 2.15; Colossenses 3.5; Apocalipse 2.14). 

3. Rebeldia. 

A pessoa de Coré simboliza a insubordinação e a revolta contra toda organização constituída por Deus (Números 16.1-35; 3 João 9, 10). 

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida" - Provérbios 4.23 (ARA). 

segunda-feira, 12 de junho de 2017

José, o pai terreno de Jesus - um homem de caráter

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Sabemos pouco sobre a vida de José, esposo de Maria, mãe de Jesus. Não é citado em Marcos, e as referências em João 1.45 e 6.42 são sutis, entretanto, as referências que a Bíblia oferece sobre a pessoa dele, para nossa apreciação e edificação espiritual, são mais do que suficientes. Sem dúvida alguma podemos afirmar que assim como sua esposa, exerceu papel de extremo relevância no plano da redenção divina.

Existem outros indivíduos mencionados no Novo Testamento que possuem o mesmo nome. As citações estão em Mateus 13.55; Lucas 3.24; 23. 50-51; Atos 1.23; 4.36. O nome José em Marcos 6.3, usado para indicar a família de Jesus, parece referir-se a um filho mais novo de Maria 

I - JOSÉ, O PAI DE JESUS 

1. Quem era José? 

A genealogia de José é apresentada em Mateus, capítulo 1. Ele era carpinteiro (Mateus 13.55). Vivia em Nazaré, sendo descendente de Davi, sua casa ancestral estava em Belém.(Lucas 2.4).

Não é possível saber a idade de José, comparando com a de Maria, ou as situações específicas em que se conheceram e ficaram noivos. De acordo com a cultura de Israel, o noivado e o casamento de José e Maria provavelmente foram arranjados pelos pais, embora a soberania de Deus dirigisse todas as escolhas de todos os envolvidos, conforme indicado pelas árvores genealógicas e os sonhos de José (Mateus 1 e 2).

José foi escolhido por Deus para ser o pai terreno e legal de Jesus. Era homem íntegro, sensível à orientação divina e disposto a fazer a vontade de Deus. Como responsável pelo sustento do seu núcleo familiar, era uma pessoa dada às obras de marcenaria. O fato de Jesus ser apontado como "o carpinteiro" em Marcos 6.3 significa que José ensinou-lhe esta atividade artesanal e Ele assumiu a profissão até o início de seu ministério.

Os judeus da época consideraram que José era realmente a figura paternal de Jesus, não apenas um pai de criação (Lucas 3.23; 4.22; João 1.46; 6.42).

2. Pai adotivo de Jesus. 

Diferente de Maria, que viu e ouviu do anjo Gabriel que seria a mãe do Salvador, José não teve uma revelação direta da parte de Deus, não sabia que a jovem judia, prometida em casamento a ele, havia sido escolhida para que o Espírito Santo concebesse a Jesus.

Então, quando Maria lhe revelou que estava grávida, conhecendo que entre ele e ela não havia o hábito da relação sexual, deve ter se sentido traído (Mateus 1.18; Lucas 1.27, 35). A história era difícil de acreditar, não aceitou bem a notícia.  E, por ser um jovem de caráter ilibado, conciliador, amoroso, optou por protegê-la, mesmo diante deste contexto pensou em tratar o rompimento do noivado em particular - entre ele, Maria, os líderes da sinagoga e duas testemunhas (Números 5.11-13). Estava propenso a deixá-la às escondidas, para evitar que a jovem sofresse sendo exposta à vergonha pública, para não transformar o fim do relacionamento em um espetáculo, e para que não recebesse a condenação pública conforme a Lei lhe permitia (Deuteronômio 22. 23-24; 24.1)

Enquanto fazia planos no sentido de divorciar-se, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho - muito provavelmente era outra manifestação de Gabriel. O anjo confirmou a história de Maria, dizendo a ele que a criança que ela carregava era fruto de intervenção divina, procedia do Espírito Santo. Assim, José acordou do sonho convencido a se casar com a jovem mãe de Jesus. Conferir em Mateus 1.19-23).

De acordo com Mateus 1.21-23), ainda em sonho, José soube o seguinte:
• o bebê era um menino;
• o nome dEle é Jesus (nome grego, cujo equivalente em hebraico é Josué e significa "O Senhor é salvação";
• A concepção no ventre de uma virgem cumpre a profecia do Antigo Testamento (Isaías 7.14);
• O filho de Maria é uma criança incomum, que será chamado Emanuel, cuja tradução é Deus conosco.
O Senhor falou com José e José demonstrou ter fé e comunhão com Deus, pois não teve dificuldades em discernir que não se tratava de um sonho comum, mas era a voz do Senhor e a sua revelação divina a respeito daquEle que seria o Salvador.

Sem perceber, Cesar Augusto, governador de Roma, foi o agente que fez se cumprir à risca o prenuncio emitido centenas de anos antes, pelo profeta Miqueias (5.2). Para atender a exigência do decreto imperial, que ordenava participar do recenseamento, ambos foram a Belém, e ali no meio da noite da pequena Judeia, que distava cerca de 135 quilômetros ao norte de Belém, na cidade natal do rei Davi, Maria entrou em trabalho de parto e Jesus nasceu (Lucas 2.1-3, 8).

Apesar de sua idade ser mais alta que a de Maria, a narrativa bíblica apresenta José como um homem cheio de energia física. Depois do nascimento virginal de Jesus, coabitou com Maria e foi pai de seis filhos biológicos, sendo quatro filhos e, ao menos, duas filhas com ela: Tiago, José, Judas, Simão, as Escrituras não apresentam os nomes das filhas (Mateus 12.46; Marcos 3.31; Lucas 8.19).

A última citação ao nome de José é referente sua ida à Jerusalém, para a festa da Páscoa, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lucas 2.41-57). Muitos estudiosos da Bíblia especulam que José tenha falecido precocemente. Após a família regressar a Nazaré, depois da celebração da Páscoa, não há nenhuma menção explícita a ele no Novo Testamento (5.1). Acreditam que quando Jesus foi crucificado e morto, José já havia morrido. .Ele não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42 possa indicar que ainda tivesse vivo durante parte do ministério de Jesus, ele não aparece na crucificação quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (João 19.26, 27).

3. José, um sonhador obediente. 

Não era apenas os judeus que estavam procurando um grande rei prometido por Deus. As histórias de um futuro rei, ungido e enviado por Deus, se espalharam pelas regiões vizinhas, homens sábios de terras distantes esperavam que esse rei nascesse. Quando Jesus nasceu, magos de terras orientais distantes viram no céu uma estrela com brilho especial, acreditaram que era o sinal de que o Messias havia nascido. Prepararam provisões para si e colocam na bagagem nobres salamaleques, ouro, incenso e mirra - homenagens reais ao que havia nascido para reinar -, e seguiram em longa jornada rumo à terra de Israel.

Em Jerusalém, chegaram ao palácio, considerando que Jesus estivesse ali, Herodes governava como rei da Judeia quando ouviu da boca daqueles estrangeiros que um novo rei dos judeus estava por perto e perturbou-se, considerando o menino Jesus como seu rival no trono (Mateus 2.3-4). Perguntou a eles se existia alguma profecia indicando a localização do nascimento do novo rei, e ouviu atentamente a resposta sobre a profecia de Miqueias. Disse-lhes para que fossem ao seu encontro e voltassem imediatamente relatando qual era este lugar, escondendo a intenção nefasta do matá-lo. Herodes perguntou aos visitantes do oriente onde Jesus nasceria, e citando a profecia de Miqueias, responderam que era em Belém. Herodes pediu que retornasse a ele após conferirem sobre a existência do bebê, mas os magos não retornaram. Cheio de ira, arrazoou em seu coração que mesmo que não achasse Jesus, poderia assassiná-lo. Considerando a data que a estrela havia surgido, determinou que matassem todos os meninos que tivessem a idade de dois anos para baixo que haviam nascido em Belém.

Antes disso, em um sonho, Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes, ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo. José, pôs-se em fuga levando Maria e o menino Jesus (Mateus 2). Após a morte do déspota infanticida, Arquelau assumiu o trono. José retornou com sua família a Israel, porém, não para Belém, temendo as atitudes do novo rei estabeleceu sua residência na pequena aldeia chamada Nazaré. E, obviamente, pelo fato de Jesus ser proveniente desta localidade, passou a ser reconhecido como o nazareno (Mateus 2.23; Marcos 14.67; 16.6).

II - O CARÁTER EXEMPLAR DE JOSÉ 

1. Um homem obediente. 

A notável  sequência de sonhos marca o caráter de José como um valoroso servo do Senhor.  e pai terreno do Filho de Deus. O foco da narrativa do nascimento de Jesus em Mateus concentra-se no vasto escopo de informações que refletem o caráter de José. que era alguém que agia com muita fé e obediência a Deus. A obediência talvez seja a maior lição que podemos absorver da vida de José.

Observando os textos bíblicos a seu respeito, podemos ver o quanto era obediente, humilde e amoroso.
• Mateus 1.21, 24-25 - Inicialmente, foi instruído a não se divorciar de Maria e abandonou tal ideia. Era costume daquela sociedade o pai colocar o nome do recém-nascido; José fez conforme o anúncio do anjo e deu ao Filho do Altíssimo o nome Jesus.
 • Mateus 2.13-14 - Após o nascimento de Cristo, José teve o segundo sonho, no qual foi orientado a pegar Jesus e Maria e ir com eles morar no Egito. Outra vez fez tomou atitude conforme a ordem divina.
• Mateus 2.19-20 - Em território egípcio, recebeu a terceira orientação do Senhor, que o mandava retornar para Israel. E voltou, trazendo com ele Maria e o pequeno Jesus.
• Mateus 2.21 - E num último sonho, foi orientado a se estabelecer em Nazaré e não na Judeia. E assim ele fixou morada em Nazaré.
2. Um homem temperante. 

Na Bíblia, há vários casos de homens de Deus que não resistiram à tentação do sexo e cederam ao pecado de adultério ou de fornicação, como foi o caso de Davi. que relacionou-se com a esposa de Urias. José, o pai adotivo de Jesus, fez a diferença nesta questão  da pureza moral, se manteve casto enquanto solteiro, assim como José, filho de Jacó - o sonhador das páginas do Antigo Testamento.

No período em que esteve noivo de Maria, ele não teve relações sexuais com ela. Era homem de bem, obediente a Deus e justo (Mateus 1.19, 25). Na sociedade judaica, os casais apanhados na prática ilícita, eram apedrejados (Deuteronômio 22.24).

A boa índole pessoal de José é evidenciada como ser humano justo, compassivo e íntegro, por causa de sua pronta disposição em obedecer ao Senhor. É impressionante sua reação ao descobrir que Maria, comprometida a se casar com ele, estava grávida, ele pensa em exigir um divórcio sob circunstância discreta e não em reivindicar que ela fosse morta a pedradas, conforme permitia a Lei de Moisés (Deuteronômio 22.23-24; 24.1).

III. A NOBRE MISSÃO DE JOSÉ 

1. Assegurar a ascendência real de Jesus

José não era o pai biológico de Jesus, mas perante a lei, reconhecia-o como filho, acolhendo-o através da adoção paterna, visto que Jesus foi gerado pela ação sobrenatural do Espírito Santo, no ventre de Maria (Lucas 1.35). É uma chamada de "pai-guardião" de Jesus.

Esse fato é  de enorme importância, pois inclui Jesus na ascendência de sua família e também na ascendência de Maria, conforme o registro de Lucas (3.23-28). José era da casa e família de Davi" (Lucas 2.4). Dessa maneira, ele garantiu a confirmação de Jesus na descendência real de Davi e da tribo de Judá (1 Samuel 17.12).

Lucas (3.31) registra a árvore genealógica de Jesus a partir da linhagem de Davi, por meio de Natã, seu terceiro filho (2 Samuel 5.14), visto que o último rei da casa de Davi, em Judá, Jeioiaquim (Jeconias), sofreu terrível maldição de que ninguém da sua prole se assentaria no trono de Davi (Jeremias 22.28-30). Este fato provocou um rompimento da linhagem davídica, mas Jesus foi adotado por José, que era da tribo de Judá. Quando uma criança era adotada como primogênito passava a pertencer a tribo do pai adotivo.

Sendo assim, Jesus é descrito no livro de Apocalipse (5.5) como "o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi", o único capaz de abrir o livro selado com sete selos.

2. Proteger Jesus em seus primeiros anos

De tudo que está registrado sobre José, levando em conta ter sido uma das figuras mais piedosas mostradas no Novo Testamento, sem que com isso fosse um líder como foram os apóstolos Paulo, Pedro e João, sabemos que era um homem que tinha prazer em obedecer ao Senhor, era um marido e pai e exemplar.

Em sua biografia, o que poderia ser considerado uma nódoa por alguns poucos, é compreensível por muitos outros. O quê? Haver perdido de vista, por três dias o menino Jesus em Jerusalém, durante a festa anual da Páscoa, e após ansiosamente procurá-lo com Maria, ao encontrá-lo dentro do Templo conversando com os mestres não ter compreendido quando Jesus disse-lhes estar ali cuidando "dos negócios de meu Pai"(Lucas 2.41-50). É possível que José raciocinasse que ao crescer Jesus reivindicasse  o direito legal ao trono do seu antepassado, o rei Davi, e por este motivo não conseguiu entender o que ouviu naquele momento.

3. O zelo pela formação espiritual de Jesus.

José. foi escolhido por Deus para zelar pela formação espiritual de Jesus. Embora os relatos sobre sua vida sejam escassos, o que se conhece é suficiente para entender que ele uma missão importantíssima no projeto de redenção da humanidade. Embora apareça como personagem coadjuvante, tendo ao seu lado Maria, aquela que acolheu a encarnação do Verbo que se fez carne e ossos e esteve entre os seres humanos, foi escolhido por Deus para ser parte integrante da sagrada família, cuidado de Maria, agindo como esposo dedicado, humilde e amoroso e pai protetor, zelando pela integridade física, espiritual e emocional de Jesus, em seus anos da infância e adolescência.

Como criança normal, saudável, inteligente e de família judaica, Jesus foi criado conforme os ditames da Lei de Moisés, recebendo de seus pais o ensino sistemático e diário da Palavra de Deus (Deuteronômio 11.18-21). Era parte da educação de Jesus conhecer e participar das festas anuais de Israel, das quais a Páscoa era a mais impactante por seu significado histórico e espiritual. José e Maria o levavam a Jerusalém para essa festividade (Lucas 2.41-42).

CONCLUSÃO 

O exemplo de José é pedagógico. Aprendemos com seu exemplo que Deus honra a integridade de seus servos. Ele entrou para a história como um servo exemplar, pois escolheu dizer sim para Deus, anular a própria dúvida, ao tomar atitudes firmes que expressaram seu amor incondicional a Maria e Jesus Cristo.

José foi escolhido por Deus para uma missão elevada no plano da redenção. Ele foi a pessoa que, na presciência de Deus, amparou Maria em sua missão de conceber Jesus como Filho do Homem, como o Deus em carne e ossos. Não só a Maria, mas também ao próprio Jesus, em seu nascimento biológico, ao cuidar de sua educação esmerada ao lado de Maria. José foi um homem santo, assim como todos os que se dedicaram ao chamado de Deus em suas vidas. E tal qual Maria, ele nunca reivindicou para si honras e louvores, que só pertencem a Deus.

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Seis tipos diferentes de oração

E.A.G.

Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, páginas 42, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Guia fácil para entender a vida de Jesus. Robert C Girard e Larry Richards, páginas 35-37, edição 2013, Bonsucesso, Rio de Janeiro -RJ (Thomas Nelson Brasil). 
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 84-86, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro, Elinaldo Renovato, páginas 136, 138, 139, 1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a história de todas as personagens da Bíblia, editado por Paul Gardner, páginas 381 e 382, 19ª reimpressão, São Paulo, 2005 (Editora Vida).

quarta-feira, 7 de junho de 2017

O profeta Elias e a viúva de Sarepta




Tema da mensagem: Elias e a viúva de Sarepta.

Texto-base: "Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida" - 1 Reis 17.9.

00:00 a 14:11 - Saudação e depoimentos.
14:12 - Mensagem.

Preletor: Antonio Luiz Sellari.

Assembleia de Deus em Jardim Mangalot - setor 62 - Pirituba (Ministério Belém). Pastor Heber Souza.

Imagem: Eduardo Moraes.

A fé que faz vencer tudo
A vida plena nas aflições
As aflições da viuvez
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Eliseu Aumenta o azeite da viúva
O milagre está em sua casa
Quem são os órfãos e as viúvas segundo o contexto brasileiro de hoje em dia?

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Maria, mãe de Jesus - uma serva humilde

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A maternidade é um privilégio caloroso. Humilde e agradecida como era, Maria não se via merecedora da nobre missão de dar á luz ao Filho de Deus.

Segundo os estudiosos, Maria aparece 150 vezes ao longo do Novo Testamento. Porém, o livro de Lucas é o Evangelho que mais a menciona, pois das 150 vezes citada no Novo Testamento, 90 vezes Maria está presente no Evangelho do autor gentílico.

Ela ocupa  uma posição de destaque entre os personagens bíblicos, e da história humana. É quase tão bem conhecida  como a criança que concebeu.

I - MARIA, A MÃE DE JESUS

É importantíssimo analisar o perfil de Maria, mãe de Jesus, a partir das descrições que encontramos sobre ele na Bíblia Sagrada.

1. Quem era Maria.

O nome Maria era muito muito comum em seu tempo. Deriva do nome hebraico Miriã, fazendo alusão à irmã de Moisés. Este nome alvo de grande consideração nos países cristãos, atualmente, talvez, seja um dos nomes mais comuns em muitos lugares.

Não há registro bíblico de quem foram os pais de Maria. Sem qualquer respaldo da Bíblia, a tradição católica afirma que foram São Joaquim e Santa Ana. Era da descendência do rei Davi (Mateus 1.1, 6; João 7.41, 42; Romanos 1.3). Sendo ela prima de Izabel, e sendo esta da tribo de Levi, chegamos à conclusão de que sua linhagem está ligada ao sumo sacerdote Arão (Lucas 1.5).

Embora a jovem Maria, de Nazaré, possuísse todas as características que, aos olhos das pessoas da época, fariam com que ela parecesse inapta para realizar qualquer tarefa para Deus, teve o privilégio único de ser a mãe do Filho do Altíssimo, porque Deus não olha para a nossa aparência ou poder social. Ele olha para o interior. E viu que Maria tinha um caráter ilibado.

Maria era uma virgem (em grego "parthenos"). Estava comprometida em se casar com José quando atingisse a maioridade, por meio de um contrato matrimonial. Conquanto a relação sexual não fosse permitida nesse tipo de relacionamento, era como se Maria estivesse "casada" com José.

Ela foi o único ser humano presente no nascimento de Jesus que testemunhou sua morte. Ela o viu chegar, como o seu bebê, e o viu morrer, como seu Salvador.

2. Suas qualidades e seu caráter.

Maria é uma das figuras mais proeminentes  da Bíblia. Sua vida foi caracterizada pela fé, humildade e obediência à vontade de Deus. Ela foi escolhida para ser a mãe do Salvador por decisão divina, sendo que o que motivou tal escolha foi suas características morais e espirituais:
• Era virgem (Lucas 1.26, 27);
• Era agraciada e mantinha sua comunhão com Deus (Lucas 1.28).
II - A ELEVADA MISSÃO DE MARIA

É importantíssimo conhecer e saber explicar a elevada missão da mãe de Jesus Cristo, a partir do que a Bíblia Sagrada revela sobre isso.

1. Deus a escolheu para ser a mãe do Salvador.

A glória da vinda de Deus em carne exigia um milagre como o nascimento virginal para indicar a coisa poderosa que Deus estava fazendo por nossa salvação. Em se tratando da fecundação e nascimento de Jesus, houve o extraordinário poder divino em ação, que não se ajusta ao padrão natural da gravidez de nenhuma mãe na história da humanidade. Deus fez com que Maria engravidasse na ausência completa de um pai humano. O nascimento de Cristo é um acontecimento introdutório à salvação dos remidos e ao julgamento final.

Maria, mãe de Jesus, foi a escolhida, dentre tantas mulheres de Israel que aguardavam a promessa divina, para gerar, pelo Espírito Santo, o Filho de Deus. Ela não somente deu à luz o Salvador, como mãe esteve presente em todas as fases da vida do Filho.

2. O anúncio de que seria a mãe do Salvador.

Maria ainda era uma menina quando foi chamada para a nobre missão de conceber o Messias. Ela se colocou submissa à vontade divina, mostrando o quanto confiava e amava o Senhor. Ela não pensou o que poderia acontecer com sua reputação, mas se entregou totalmente aos planos do Pai.

Maria achou que a visita inesperada de Gabriel foi desconcertante e assustadora, a princípio, porém, o que ela ouviu a seguir foi a notícia mais espantosa: seu filho seria o Messias, o Salvador prometido de Deus. Ela não duvidou da mensagem, contudo perguntou como seria possível a gravidez. Gabriel lhe disse que o bebê seria Filho de Deus.

Ela teve dificuldade de entender o que o anjo lhe contou. Seu casamento com José não fora consumado fisicamente. Sendo virgem, não tem ideia de como poderia ter um filho. Gabriel diz que o nascimento de Jesus será provocado pela vinda do Espírito Santo sobre ela e pela sombra do poder de Deus.

Lucas tipicamente vincula o Espírito Santo com o poder de Deus. O verbo "descer" (eperchamai") em Lucas 1.35 também é usado para referir-se à promessa do Espírito Santo que vem sobre os discípulos no Dia de Pentecostes (Atos 1.8). A sombra (episkiazo) diz respeito à presença de Deus, nos faz lembrar da nuvem que deu sombra como sinal da presença divina na transfiguração (Êxodo 40.35; Lucas 9.34).

A resposta de Maria para Gabriel foi perfeita, quando este lhe informou que era a escolhida para gerar o Messias: "Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra (Lucas 1.38).

Em Lucas consta o cântico de Maria quando da anunciação da vinda do Salvador por intermédio do anjo Gabriel, Magnificat (1.46-55). O canto mostra, além da alegria, como ela conhecia bem a Deus, pois seus pensamentos se encheram de palavras do Antigo Testamento. Este louvor possui beleza poética, é musical e essencialmente espiritual. É a expressão humana de agradecimento pelo presente recebido pelo privilégio de gerar o Salvador.

3. Maria, mulher e mãe.

Quando Maria levou o menino Jesus, aos oito dias de idade ao Templo, para ser consagrado a Deus, encontrou  duas pessoas devotas, Simeão e Ana, que reconheceram a criança como o Messias e louvaram a Deus. Simeão dirigiu a Maria algumas palavras que ela deve ter recordado muitas vezes, nos anos que se seguiram: "uma espada também transpassará a tua própria alma (Lucas 2.35). Uma grande parte do seu doloroso privilégio da maternidade seria ver seu filho rejeitado e crucificado pelo povo que Ele tinha vindo para salvar. Podemos imaginar que, mesmo que ela tivesse sabido tudo o que iria sofrer, como mão de Jesus, ainda teria oferecido a mesma resposta de prontidão: "ei-me aqui".

III. O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO

É importantíssimo conhecer qual é o papel de Maria no plano da salvação, e ater-se às informações que a Bíblia Sagrada nos oferece sobre este assunto.

1. Maria deu à luz "a semente da mulher".

Muito antes do advento do Éden, o Criador tinha em mente um Vencedor para a raça humana. A "semente da mulher" que é o Salvador prometido - o Deus que se fez ser humano, Jesus Cristo. Esta semente feriu a cabeça da serpente, venceu o pecado que o diabo trouxe ao mundo.

Em Gênesis 3.15, Deus disse à serpente: "A semente da mulher te ferirá a cabeça". Este versículo de Gênesis é chamado de "proto-evangelho, pois contém uma promessa de esperança e salvação. Sobre Compare a referência de Paulo, em Romanos 16.20 sobre esta passagem, note que a serpente só poderia ferir o calcanhar da "semente da mulher". De fato, "ferir a cabeça" não é uma expressão forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. O esmagamento da cabeça leva à morte enquanto que um calcanhar  ferido pode ser curado. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre;

2. Maria não é redentora.

Considerar Maria num papel que não lhe foi destinado por Deus é incorrer no pecado da mariolatria.

Nos primórdios da Igreja, não havia qualquer menção a outro papel de Maria, a mãe de Jesus, a não ser a elevadíssima missão de ser a mãe do Salvador. Ela própria jamais reivindicou para si nenhuma honraria ou adoração. Nos ensinos do Novo Testamento, não existe nenhuma base para considerar Maria como redentora ou como mediadora entre Jesus e os homens, como ensina a igreja católica. Tal declaração, aceita como dogma, é perigosa; pois a Bíblia diz que "por amor de vós, para que, em nós, aprendais a não ir além do que está escrito" (1 Coríntios 4.6).

A declaração bíblica é direta, incisiva e contundente sobre quem é o salvador: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" - João 3.16-18.

3. Maria não é mediadora.

Em decorrência do dogma da imaculada conceição de Maria, que difunde a ideia de que a "mãe de Deus" foi concebida sem pecado, os católicos romanos entendem que ela tem méritos para ser intermediária entre os homens e Jesus, e se prostram em adoração a ela.

A oração mais conhecida no catolicismo, a Ave Maria, reforça a ideia de que Maria é mediadora e intercessora. Diz: Ave Maria, mãe de Deus, rogai por nós, agora, e na hora de nossa morte, amém". Se tal condição atribuída a Maria fosse um fato, o Espírito Santo não o desprezaria e determinaria que fosse incluído no texto bíblico.

A Bíblia é claríssima como a luz do dia com relação ao relacionamento do homem com Deus exclusivamente através de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não existe suporte bíblico para aceitar que Maria é mediadora entre Deus e os homens..
• Jesus é o único e exclusivo mediador; esse papel é exclusivo de Cristo, nosso Senhor
 (1 Timóteo 2.5).
• Somente Jesus tem o direito e a autoridade para interceder pelos salvos, porque Ele, somente Ele, morreu na cruz para nos salvar (Romanos 8.34).
• O único sumo sacerdote pelo qual podemos chegar a Deus é Jesus Cristo (Hebreus 7.24, 25). 
Sem nenhum respaldo bíblico, a doutrina católica ensina que Maria ressuscitou ao terceiro dia como Jesus; e foi levada ao Paraíso como Jesus; e, tem um trono à mão direita do seu Filho. Caso isso tivesse base nas Escrituras, teríamos que considerar que não há Trindade, mas Quaternidade.

Baseado em Lucas 1.48 ("porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada") o catolicismo romano ensina que Maria merece um culto especial, intitulado hiperdulia - que é superior a dulia (veneração às demais criaturas; anjos e santos) e inferior à latria (adoração devotada somente a Deus). Maria não reclama qualquer tipo de veneração ou honra.

É digno de nota que o versículo 42, deste mesmo livro e capítulo, descreve a mãe de Jesus como "bendita és tu entre as mulheres". A posição "entre" significa parte de uma totalidade, inclusão de pessoas e coisas em um determinado lugar; não quer dizer que está acima. Não existe qualquer base bíblica para que lhe rendamos culto ou adoração.

Habacuque 2.4 resume a mensagem que o profeta recebeu do Senhor: "o justo pela sua fé viverá". Embora este versículo não mencione o juízo explicitamente, o restante do capítulo desenvolve as consequências do pecado (2.6-20). Além disso, o capítulo esclarece o que significa ser justo. A pessoa justa não se embriaga, não se afunda em dívidas, não é dada à violência, não rouba, não é sexualmente imoral, e não é idólatra.

Devido ao equívoco de a igreja romana prestar culto e venerar Maria, caindo na "mariolatria", há outro exagero no meio evangélico que representa o quase silêncio em relação à mãe do Salvador. Não se deve cultuar e venerar Maria, porém, também não se deve ignorá-la e esquecê-la.

CONCLUSÃO

Não se pode negar a honra e os privilégios que o Altíssimo concedeu a Maria de Nazaré para ser mãe do Filho de Deus, encarnando em seu útero. Como a única mulher no mundo que foi escolhida pelo Criador para ser a mãe de Jesus, Deus que se fez homem para salvar o ser humano, merece todo respeito, honra e reconhecimento de seu papel no plano divino em relação à humanidade.

Na presciência de Deus, ela já era "a semente da mulher" (Gênesis 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, que é o diabo. Ela foi a única que concebeu pelo Espírito Santo.  Mas, a ela não se deve render culto, conforme recomenda Jesus (Mateus 4.10).

A Bíblia e as mulheres
Maria foi virgem por toda a sua vida, ou não?
Onde está Jesus? Uma reflexão em Lucas 2.41-52
O espetacular e humilde nascimento de Jesus
O nascimento de Jesus
O que a Bíblia fala sobre anjos, arcanjos, querubins e serafins
Padre Reginaldo Manzotti e a idolatria usando estátua que católicos aceitam como a representação de Maria, a mãe de Jesus

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Defesa da Fé, questões reais, respostas precisas, fé solidificada, página 1426, edição 2010, Rio de Janeiro (CPAD)
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, páginas 32 e 41, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 76 - 80, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro, Elinaldo Renovato, páginas  112 a 127,  1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
1426

sábado, 3 de junho de 2017

Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

É notória a existência de várias "Marias" ao longo do Novo Testamento: Maria, a mãe de Jesus; Maria Madalena; Maria a mãe de Tiago e João. E a Maria, citada em João 12.1-11, que é a irmã de Lázaro e Marta.

Marta, Maria e Lázaro, eram bons amigos de Jesus. Eles residiam em Betânia, uma pequena cidade nas encostas do Monte das Oliveiras. Encontrava-se a 6 quilômetros de distância de Jerusalém, havendo um trajeto que poderia ser percorrido em apenas meia hora de caminhada. Então, assim, sempre que Jesus e seus companheiros visitavam Jerusalém, passavam pela casa de seus amigos, em Betânia.

I - O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA

Alguns episódios que se referem à Maria de Betânia:
• Jesus chega à residência de Maria para jantar (Lucas 10.38-42);
• A morte de Lázaro e sua ressurreição (João 11.28-32);
• Maria lava os pés de Jesus e os enxuga com seus cabelos (Mateus 26.6-13 e Marcos 14.3-9; João 12.3).
A atitude de Maria de Betânia,ao escolher o que mais importa, que é dar atenção a Jesus em primeiro lugar, é um ótimo exemplo de crente que oferece a Deus sempre o melhor em forma de gratidão por seu amor.

1. Maria "escolheu a boa parte".

Maria foi uma mulher que honrou Jesus colocando-o acima de toda e qualquer prioridade. Sua atitude de ficar aos pés do Filho de Deus, em íntima comunhão com Ele é exemplar.

A hospitalidade é uma arte. Certificar-se de que um hóspede seja bem recebido, aquecido e bem alimentado, requer criatividade, organização e trabalho de equipe. Sua capacidade de alcançar esses objetivos faz de Maria, e sua irmã, Marta, uma das melhores esquipes de hospitalidade da Bíblia.

Para Maria, hospitalidade significava dar mais atenção ao hóspede que às necessidades que Ele pudesse ter. Ela permitia que sua irmã mais velha, Marta, cuidasse desses detalhes. A atuação de Maria nos eventos mostra que ela era, principalmente, "uma pessoa que responde".

2. Maria deu prioridade a Jesus.

Nós vemos Maria de Betânia, pela primeira vez, durante uma visita que Jesus fez à sua casa.

Um dia, Marta avistou os discípulos subindo a estrada com Jesus. Eles pareciam exaustos. Então foi correndo colocar mais lenha debaixo do forno, para fazer-lhes uma refeição. Maria foi ao encontro dos visitantes. Certificou-se de que Jesus tinha bebida fresca e água para se lavar. Depois ela simplesmente se sentou aos seus pés e ouviu tudo o que Ele tinha para dizer.

Marta, ansiosa, se irritou com o fato de que sua irmã não a ajudava, enquanto preparava um prato atrás do outro. Zangada com Maria por deixá-la fazendo o trabalho todo sozinha, não conseguiu suportar aquilo calada. Por fim, foi até Jesus e interrompeu a conversa.

- Você não pode dizer a Maria para me dar uma mão? - perguntou-lhe.

- Não vejo a razão de fazer a refeição sozinha.

E, gentilmente, Jesus declarou que a decisão de Maria desfrutar da sua companhia era a reação mais adequada, na ocasião. Lembrou-lhe que lugar de uma mulher não é ficar o tempo todo na cozinha.

- "Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, mas apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai tomar dela" (Lucas 10.41-42, NTLH).

3. Mais "Martas" do que "Marias".

Os registros bíblicos que focam Maria de Betânia contém lições de vida cristã. Pequenos atos de obediência e serviço possuem efeitos amplos e altamente benéficos. Analisando o seu caráter, percebemos que, quando o cristão se envolve em tarefas do serviço a Deus, pode ser tentado a afastar-se de Jesus e, se se afastar, de cristão autêntico passa a ser apenas um mero religioso desprovido do Espírito Santo.

As Escrituras Sagradas vão de encontro às inquietudes do homem moderno e pós-moderno e preenche o vazio de sua alma com plenitude de paz e satisfação de viver. No entanto, para muitos parece não haver o menor sentido o que a Palavra de Deus tem a lhe dizer. É muito triste quando um cristão se deixa influenciar pelas filosofias pós-modernistas, pois mesmo que mantenha os hábitos de religiosidade, sua fé é enfraquecida. Embora sejam ativos dentro do templo, cantando e ensinando, não mais possuem motivação para sair às ruas e evangelizar.

II - MARIA, A MULHER QUE UNGIU JESUS

Maria de Betânia foi a mulher que ungiu os pés do Mestre.

1. Maria ungiu os pés de Jesus.

Encontramos Maria de Betânia em outra narrativa bíblica, ela já havia se tornado uma mulher de ação, ponderada, mesclada com adoração. Outra vez, estava aos pés de Jesus. Lavava-o com perfume e sacava-o com seus cabelos. Jesus declarou que seu ato de adoração deveria ser descrito em todas as partes, como um exemplo de serviço precioso.

A oferta que provavelmente representou a economia de toda a sua vida, quinhentos denários (moeda grega), era uma quantia bastante grande para uma pessoa comum. Ao ungir os pés de Jesus com um unguento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a Jesus e as pessoas do que seus bens materiais. O motivo para fazer isso é bastante simples de explicar: ela quis oferecer o melhor para Jesus.

2. Maria ungiu a cabeça de Jesus.

Na semana que antecedeu a crucificação, Jesus saiu de Jerusalém e dirigiu-se à Betânia e ali, na casa de um tal Simão, lhe ofereceram um jantar. Segundo o relato bíblico, uma mulher ungiu sua cabeça e foi criticada por causa disso. Jesus aprovou sua ação de adoração com elogio (Mateus 26.13; Marcos 14.9).

O contexto nos leva a entender que esta adoradora era Maria de Betânia (Mateus 26.6, 7; João 11.1-2).

As ações de Maria são singelas e meigas, marcantes e inconfundíveis aos leitores do Novo Testamento, em todas as épocas. Não é por acaso Jesus ter dito que o gesto dela, ungindo sua cabeça, deve ser lembrado em todos os lugares onde o Evangelho for pregado, em favor de sua memória (Mateus 26.13).

As qualidades e realizações de Maria nos levam a crer que ela entendeu e aceitou a morte iminente de Jesus, e por causa disso dedicou seu tempo para ungir seu corpo enquanto Ele ainda estava vivo.

3. Devemos oferecer o melhor a Jesus.
• Porque Ele é o único realmente maravilhoso (Isaías 9.6);
• Porque Ele é o único realmente poderoso (Mateus 28.18);
• Porque Ele é o único realmente santo (Marcos 1.24);
• Porque Ele é o único realmente invencível (João 16.33);
• Porque Ele é o único realmente capaz (Efésios 3.20).
III - O CARÁTER HUMILDE DE MARIA

Através gestos espontâneos o caráter de Maria é revelado, mostra que era uma pessoa humilde.

1. Maria, uma mulher humilde.

Maria aprendeu quando ouvir e quando agir. À luz da atitude de Maria em ungir Jesus, bem como a ocasião em que ao recebê-lo para jantar em sua casa, é possível notar que ela era essencialmente devotada ao Senhor. Há ações de Maria que demonstram isso de forma testemunhal:
• Sua devoção delicada aos pés de Jesus.
• A atenção e a prioridade integrais a Jesus.
• O derramamento e o quebrantamento do coração de Maria na ocasiões em que ela ungiu os pés de Jesus.
• A humildade de Maria diante das críticas de sua irmã.
2. Maria não revidou as críticas da irmã.

O relato bíblico do episódio em que Jesus visitou Maria e seus irmãos em Betânia, mostra que ela não reagiu de maneira negativa quando foi alvo da queixa e incompreensão de Marta, por preferir estar aos pés de Jesus do que ficar afastada dEle cuidando dos afazeres domésticos. Ela não tentou se defender e não procurou valorizar sua atitude.

Assim como ocorreu com Maria, é possível acontecer com qualquer crente ser incompreendido, até por gente da própria família, em relação ao relacionamento com Jesus e ao serviço cristão. E do mesmo modo como Maria transpareceu ser caráter cristão não retrucando sua irmã. O crente precisa manter-se em silêncio, para que sobressaia sobre ele a aprovação do Mestre, fazendo com que no momento de Deus o familiar queixoso entenda que o alvo de sua crítica escolheu a boa parte.

CONCLUSÃO

É possível destacar vários aspectos da vida que podemos aprender a partir de Maria: a vida familiar, o relacionamento com o próximo, maior brandura no falar e no se dirigir às pessoas. Mas, maior destaque deve ser dado ao aspecto litúrgico. Movida pela fé e gratidão a Deus, Maria soube demonstrar a Jesus, através de seus gestos. seu amor altruísta. .

Como está sua comunhão com o Pai e o Filho? Você tem alegria e prazer em estar em sua presença para adorá-lo pelo que Ele é?

Que o nosso amor pelo Mestre seja maior do que por nossos bens materiais e qualquer outra coisa ou pessoa Que haja em nós espiritualidade semelhante a de Maria, uma devoção mais profunda, enraizada na total entrega da alma e do coração ao nosso Senhor.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, página 41, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 66 a 72, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Onde Encontrar na Bíblia? Chave bíblica, roteiros de sermões e curiosidades bíblicas. Geziel Gomes.  página 185. 1ª edição maio de 2008, Taquara, Rio de Janeiro - RJ (Editora Central Gospel).

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Da janela de Raabe

Wilma Rejane

Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias. Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.” Hebreus 11.30,31.

Jericó situava-se em uma posição estratégica para o controle das vias de acesso que subiam do baixo Jordão até as montanhas da Judeia. Era uma das cidades-estado de Canaã com boa terra, água em abundância e muitas vinhas. Conquistar Jericó era uma das missões de Josué e ele o fez sob orientação Divina: o alto muro que circundava a cidade cai por terra após sete dias de vigília, quando o povo e os sacerdotes israelitas rodearam a cidade. Deus, miraculosamente derruba as muralhas fortificadas, abrindo caminho para Israel despojar a cidade.

Nesse cenário de conquista surge uma personagem gentia chamada Raabe, uma prostituta,  descrita em idioma original como “Zônah”. A casa ou hospedaria de Raabe situava-se em cima do muro da cidade, com  vista privilegiada e uma ampla janela que lhe permitia conhecer a movimentação local. Os espiões de Israel foram até Raabe buscar informações importantes, especialmente porque da janela de Raabe avistava-se os portões da cidade: quem entrava, saía, os horários de calmaria e de maior movimentação. E Raabe considerou os espiões, não como inimigos, mas como servos do Deus que tanto ouvira falar. Para Raabe, aqueles homens estavam em missão Divina e ela sentira-se privilegiada em poder ajudá-los.

Em vez de entregar os espiões para as autoridades de Jericó, Raabe os esconde no teto plano de sua casa, debaixo das canas de linho. Entre os meses de Março e Abril acontecia a colheita do linho em Canaã. O linho era colocado sobre o telhado para secar, após isso era usado para confecção de roupas finas. Raabe cobre os espiões com as canas de linho, depois faze-os descer por uma corda, pela janela. Raabe era uma gentia,  aliás, a primeira gentia a ser abrigada por entre o povo da promessa. A cidade de Jericó foi destruída, incendiada, toda a população dizimada, aquele território ficou como um deserto, mas um remanescente fora salvo por causa da fé de Raabe. 

Fico imaginando o extenso muro de Jericó derrubado  e apenas uma ínfima parte dele, a que sustentava a casa de Raabe de pé, uma janela e um cordão cor escarlata pendurado. Não é maravilhoso saber que os anjos de Deus preservaram a casa de Raabe? Enquanto tudo desmoronava havia um lugar guardado por Deus que não fora abalado, em nome da fé de uma simples mulher , e, claro; da fidelidade de Deus.

Da janela de Raabe

Aquele cordão escarlata era o fio de esperança, o sinal da graça, do amor, do perdão, do encontro com Deus. Da janela de Raabe ela via pessoas, ouvia histórias, quem sabe, buscava a Deus em oração, afinal, Raabe nutria em seu coração a certeza de que havia um Deus real e distinto dos deuses de Canaã: “Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito, e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, a Siom e a Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes. O que ouvindo, desfaleceu o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor vosso Deus é Deus em cima nos céus e em baixo na terra.”Josué 2.10,11. E um dia aquele Deus vai a seu encontro.

Por que aquela corda era escarlata? Não podia ser a mesma corda comum usada pelos espiões para fugir pela janela? Não, não podia. Aquela corda tinha a cor do sangue, era como o sinal nas portas dos israelitas por ocasião da Páscoa, do Êxodo do Egito. Aquela corda era o “tiqvah”, um nome autêntico para esperança. Vejam o que diz o dicionário Bíblico Strong sobre a corda escarlata pendurada na janela de Raabe.

“ Tiqvah = esperança. Vem do verbo gavah que significa 'olhar esperançosamente numa direção particular, esperar por'. Raabe foi instruída a pendurar uma tiqvah em sua janela, pois essa palavra também é usada para designar corda, linha”. (Strong 08615).

 Raabe:

- Recebeu os espiões
- Fez aliança com eles
- Guardou segredo
- Reuniu a família
-Amarrou o cordão escarlata na janela

Essa sequência também pode ser traduzida da seguinte forma:

- Raabe recebeu a Palavra de Deus
- Creu em Suas promessas
- Guardou-as em seu coração
- Proclamou-as aos seus parentes, intercedeu por eles.
- Se refugiou em Cristo Jesus, a viva esperança de Israel e também dos gentios.
- Foi salva

A queda de Jericó é uma história triste, pois, muitas pessoas morreram em seus pecados e a cidade ficou desabitada por muito tempo: a terra se tornou infértil e as águas amargas, o lugar viveu seu apogeu e também seu infortúnio (Josué 6.26 e 1 Reis 16.34). Anos depois de Raabe, o profeta Eliseu cura as águas de Jericó derramando sal sobre elas (2 Reis 2.19-21). Aprendo que a graça e a misericórdia de Deus trabalha em meio ao caos. Deus restaura o que se perdeu e em meio ao que se perde restará sempre um fio de esperança.

Que Deus nos abençoe.

Bibliografia:
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Plenitude, Tradução João Ferreira de Almeida, São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1995. 
ALLEN. Clifton. Comentário Bíblico Broadman. Tradução de Artur Antony Boorne 2. ed. rio de Janeiro. JUERP, 1994, v 2, 552 p. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O socorro de Deus para livrar o seu povo


O-socorro-de-Deus-para-livrar-o-seu-povo-a-historia-da-rainha-Ester-licao-11-Elinaldo-Renovato-Licoes-Biblicas-EBD-CPAD-professor-O-Deus-de-toda-provisao-esperanca-e-sabedoria-divina-para-a-Igreja-em-meio-as-crises-4-trimestre-2016
Por Eliseu Antonio Gomes

Deus é fiel  no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.

A providência de Deus na história.

O termo "providência" tem origem no latim: "pro" (antes); "videntia" ver. A definição do substantivo feminino "providência", aos dicionários da Língua Portuguesa, esclarece que "providenciar" significa "tomar medida antecipada com a finalidade de evitar uma ação futura que possa causar dano ou promover o mal"; também conta que "é a atitude cuidadosa de realizar ação concreta para a obtenção ou realização de algo, antepondo-se aos fatos de maneira eficaz".

O livro

Explicando de maneira simples, o livro de Ester pode ser considerado uma aventura romântica, com um vilão e até um concurso de beleza feminina. Apesar de parecer um conto de fantasia, tem seu lado sério, trata-se de uma obra que apresenta um relato de perseguição, uma surpreendente libertação. Mostra Deus trabalhando nos bastidores para resgatar o seu povo.

O livro de Ester tem um fato incomum: não há sequer uma menção a Deus. Isso e o fato de Ester haver se casado com um não judeu fez com que muitos rabis e mestres judeus ficassem receosos sobre a inclusão deste livro no canon das Escrituras Sagradas.

Hadassa e Mardoqueu

Mardoqueu (Mordecai em algumas traduções bíblicas), era pai adotivo de Ester. Nasceu na tribo de Benjamin, filho de Jair. Sem dúvida, era um homem que sonhava com a liberdade da sua gente. Ele cria que Deus faria algo que fosse capaz de romper com os obstáculos que impediam essa libertação. Vivia na fortaleza de Susã durante o exílio do povo judeu, no reinado de Xerxes.

Território de Israel: murta do campo floresce e frutifica.

Ester, nome persa, significa "estrela", é derivação de Isthar, nome de uma deusa babilônica. Seu nome hebreu era Hadassa, cujo significado é "murta".

A murta é uma planta de folhagem sempre verde, produz pequenas flores brancas de cheiro agradável, que para muitos é um perfume melhor do que o das rosas. Quando maduro, seu fruto é vermelho. Os ramos dessa planta são aproveitados na Festa dos Tabernáculos; foi citada pelo profeta Isaías junto com o cedro, oliveira, acácia e sarça (Neemias 8.15; Isaías 41.19; 55.13).

Ester era de origem benjamita assim como era Mardoqueu. Jovem graciosa que correspondeu à expectativa do Deus de Israel, cujos pais morreram na época do exílio babilônico. Possuía valores morais e espirituais que serviram para torná-la um instrumento de justiça divina para salvar sua gente. Quando criança e órfã, foi educada por Mardoqueu, seu primo (Ester 2.5.7).

Por meio do estudo da vida de Ester, que o Senhor usou providencialmente, temos a possibilidade de constatar quão grandemente Deus é fiel em todas as suas promessas. Ele preservou o seu povo, livrando-o da morte por meio dela.

O rei persa

Xerxes, rei da Pérsia, em hebraico Assuero, é retratado no livro de Ester como um rei poderoso, governante de um grande império "que reinou desde a Índia até a Etiópia, sobre centro e vinte e sete províncias" (Ester 1.1). Esta é claramente uma descrição precisa pelo menos da primeira parte de seu reinado. Além da menção no livro de Ester, Xerxes é mencionado em Esdras 4.6.

Xerxes foi um dos maiores reis do Império Persa, governou de 486 a 465. Era filho de Dario I (chamado de o Grande). Sufocou brutalmente todas as rebeliões e atacou a Grécia, onde incendiou a cidade de Atenas. Os gregos, porém, contra-atacaram e, em 466 a.C., empurram os persas de volta à Ásia Menor. Sua figura, neste episódio de guerra contra os gregos, está representada no cinema de Hollywood, no filme 300, dirigido por Zack Snyder, sendo o brasileiro Rodrigo Santoro o ator que interpreta seu personagem. Xerxes foi assassinado em 405 a.C., após perder grande parte do império.

A recusa de Vasti (1.1-12). A história de Ester começa na corte de Xerxes, rei da Pérsia, o senhor absoluto do maior império da mundo. A narrativa inicial se passa no palácio de inverno, em Susã. Ao final de um banquete que durou seis meses, o rei ordena que a sua bela rainha, Vasti, se apresente diante dele para que ele a exibisse aos convidados. Ela se nega a comparecer.

A recusa de Vasti em obedecer as ordens de Xerxes foi vista como um precedente para as mulheres de todo o  império. Xerxes se divorciou de Vasti e emitiu um decreto: as mulheres deveriam obedecer a seus maridos. O decreto reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O marido governa a casa. Somente ele tem o direito de iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e, quando o divórcio acontece, ele os mantém. O desafio de Vasti a Xerxes foi assim uma ameaça à ordem social estabelecida.

Ester se torna rainha (2.1-18). Furioso, Xerxes destitui Vasti do trono e promove um concurso de beleza para encontrar uma nova esposa. E a vencedora é uma jovem chamada Ester. Ela é judia, mas segue os conselhos do seu primo Mardoqueu e esconde este fato. 

Por que Ester foi colocada no palácio real de Assuero? O Senhor colocou Ester no palácio, tornando-a rainha com o propósito de que ela pudesse intermediar em favor do seu povo. O rei persa nomeando Ester como rainha, ilustra como Deus pode mudar o coração dos ímpios para que eles cumpram seus propósitos (Provérbios 21.1).

Embora Ester tivesse sido escolhida e coroada rainha do grande império persa, não se orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua posição social e poder que acabara de receber. Não desprezava os conselhos de Mardoqueu, de condição humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Ao contrário, manifestava um espírito de mansidão, humildade e submissão após tornar-se rainha, como sempre fizera antes,

Na posição de rainha, Ester tinha condições de ajudar o seu próprio povo, o que se tornou necessário cinco anos mais tarde, quando a crise chegou até os israelitas. Eles corriam sério risco de serem exterminados, mas isto não aconteceu porque o Senhor é fiel, e mostrou-se presente livrando o seu povo da morte.

Mardoqueu salva o rei (2.19-23). Com a ajuda de Ester, Mardoqueu consegue alertar o rei sobre uma conspiração de assassinato, e seu aviso sobre o golpe é escrito nos registros oficiais do reino.

A conspiração de Hamã (3.1-15). Hamã, um alto oficial persa, insiste que o povo deveria curvar-se diante dele. Mardoqueu se recusa a isso, e Hamã planeja vingar-se. Ele manipula o rei e consegue que ele assine um decreto autorizando que todos os judeus sejam executados.

Mardoqueu pede ajuda (4.17). Desesperado, Mardoqueu pede a Ester que interceda junto ao rei pelo bem de seus compatriotas judeus. Ester espera o momento certo de falar.

Hamã constrói uma forca (5.1-14). Uma noite, Xerxes não consegue dormir e, para passar o tempo, ordena que leiam para ele os registros oficiais. Durante a leitura, ele é lembrado da boa ação de Mardoqueu e decide recompensá-lo. Ele convoca Hamã, o qual já havia se preparado para a morte de Mardoqueu, para que fizesse os preparativos da homenagem.

Por haver recebido o alerta sobre a trama do golpe, em dias futuros Xerxes decidiu transformar Mardoqueu na segunda maior autoridade de seu reino (Ester 10.3).

Xerxes honra Mardoqueu (6.1-12). Hamã se sente profundamente humilhado quando descobre que Modecai seria honrado.

Ester salva seu povo (7.1-10). Durante um banquete, Ester conta ao rei sobre a terrível situação em que ela e o seu povo se encontravam e revela os planos de Hamã. O rei manda enforcar Hamã na forca que ele próprio havia planejado usar para matar Mordecai.

Hamã foi enforcado como resultado da justa intervenção de Deus.

A defesa dos judeus (8.1-17). O decreto de Xerxes continuava em vigor, Nem mesmo o próprio monarca poderia rescindir a resolução oficial que havia assinado para atacar os judeus. Porém, em resposta a solicitação de Ester, foi redigido um segundo decreto no qual ele dá permissão para que os israelitas se defendam, outorga aos judeus o direito de fazerem oposição armada e de se protegerem no dia decretado para sua destruição.e assim, os judeus são salvos.

Em geral, Deus não realizou o livramento do seu povo, sem a participação deste; porém, Ele está sempre com o seu povo para lhe prover o livramento. Aqui, o livramento de Israel resultou da ação de Deus, com a cooperação de crentes fieis. Deus não só capacitou os judeus a se defenderem, como também fez os habitantes das terras temerem os judeus (Ester 9.2). O povo de Deus tornou-se mais respeitado devido à conspiração maligna de Hamã.

A Festa do Purim (9.20-32). No dia seguinte, eles fazem uma festa para celebrar seu livramento. Esse livramento é festejado na Festa do Purim, que é comemorada pelos judeus até os dias atuais. No entanto, tal celebração não foi instituída por Deus.

O livro de Ester é popular entre os judeus porque é lembrado durante esta festa judaica do Purim, que se tornou uma celebração nacional. A popularidade do livro entre os judeus é de fácil compreensão, o relato contido nele, de perseverança e vitória, anima os milhares de judeus que vivem espalhados pelo mundo e que não raras vezes foram perseguidos por aqueles que queriam acabar com eles ao longo da história mundial. A volta por cima de Mardoqueu sobre Hamã tem dado força a muitos que atravessam por circunstâncias parecidas no decorrer dos séculos.

Postagem paralela: Jeová é Deus festeiro  .

Conclusão

Todos os dias, um incontável número de pessoas são acordadas com o alarme de um rádio-relógio que toca em volume alto. Elas despertam para o início de um novo dia ouvindo notícias de assassinatos durante a noite, escândalos nos altos escalões do governo, tempestade que se aproximam, acidentes de carro e trânsito lento, quedas no mercado de ações, pragas invadindo lavouras e pestes se alastrando em centros urbanos. Porém, diante de todos esses "Hamãs", existe o Altíssimo, que é maior do que a morte, superior aos problemas súbitos no mundo da política; seu poder supera a força de todos os desastres da natureza, não é impedido de seguir por causa de engarrafamentos de automóveis, não é extinto em incêndios, jamais é acometido por doenças e nunca conheceu fracassos.

Através da providência divina, os desígnios do nosso Deus, em quem repousa todo o poder, são cumpridos, para que suas promessas e alianças sejam executadas de maneira absoluta em nossas vidas. Ele é fiel, livra o seu povo de toda espécie de crise.

Não permita que os problemas impeçam você de seguir em sua trajetória, não dê lugar ao desânimo em seu coração. As promessas do Senhor em sua vida não serão esquecidas, creia que Ele cumprirá o prometido, mesmo se você estiver atravessando por situações em que tudo o empurra ao fim e Deus pareça estar distante da sua vida. Tenha bem viva em sua memória Romanos 8.28: "Todas as coisas cooperam para o nosso bem".

Enfim, aprendemos com a história de Ester que nada em nossas vidas acontece por acaso. Deus usa as decisões espontâneas das pessoas, como usou o arrojo de Ester e de seu primo Mardoqueu, para proteger o seu povo (Ester 4.4). Deus colocou Ester e Mardoqueu em elevadas posições próximo a Xerxes e agiu por meio deles para proteger os judeus. Assim, uma vez mais a soberania do Senhor sobre as nações do mundo foi testemunhada, na maneira como salvou seu povo do extermínio.

E.A.G.

Fotografia da planta murta extraída do site Tiuli,com - http : / /www .tiuli  . com / forum / forum _ posts . asp ? tid = 8193 

Subsídios:
A Bíblia de Maneira Simples, Nick Page, páginas 38-38, 1ª edição 2014, Barueri/SP, (SBB).
Do que você tem medo? Derrotando seus medos pela fé. Dr. David Jeremiah, página 11, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro - RJ (CPAD)
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 78-81, Rio de Janeiro (CPAD). 
Quem é Quem na Bíblia - a História de Todas as Personagens da Bíblia, Paul Gardner, páginas 196, 467, 655, 19ª reimpressão 2015, São Paulo (Editora Vida).
O Deus de Toda ProvisãoElienai Cabral, páginas 128 e 129, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro (CPAD).
Pequena Enciclopédia Bíblica página 371, 30ª impressão 2012, Rio de Janeiro (CPAD).