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quarta-feira, 10 de junho de 2015

O amor de Deus na parábola do filho pródigo


Filho pródigo
Autor: João Cruzué

Quando o filho mais moço exigiu sua parte na herança (Lucas 15:11), o pai não disse uma palavra; fez as contas e repartiu a fazenda para os dois herdeiros. Quando o moço vendeu sua parte, pegou o dinheiro e foi-se embora, o pai presenciou tudo e, também, não disse uma palavra. E não disse, porque nada do que dissesse iria convencê-lo. É o que pode estar acontecendo hoje quando você acha que Deus está em silêncio.

E o filho mais novo da parábola foi-se embora e desperdiçou tudo. E ainda tentou manter-se a distância em um emprego de "pastor" de porcos, depois que o dinheiro acabou. Isso também é muito comum. Deus tem sido uma das últimas portas que os filhos do pós-modernismo batem, quando encontram o fundo do poço.

Quando a fome apertou mesmo, e o moço sentiu que um porco tinha mais valor que ele, a "ficha" caiu. Ele racionalizou, pensou bem, e tomou uma atitude: iria voltar! Mesmo que para isso tivesse que se humilhar e aceitar uma posição de serviçal. Sim, ele estaria disposto a trabalhar apenas pelo pão.

E por causa da fome ele voltou. A crise de pão o colocara de volta no caminho para  casa.

O Pai, por outro lado, não se esquecera dele nem um dia. E foi assim que o avistou ainda longe, voltando trôpego, quase nu, esquálido, com os pés feridos e arrependido. Viu e não deu as costas, nem ficou irado, nem endureceu o semblante. Em vez disso, abriu um grande sorriso, com o coração movido de íntima compaixão, saiu correndo ao encontro do filho, sorrindo e chorando ao mesmo tempo.

Abraçou e o beijou; também sem dizer uma palavra. Não sei se chegou mesmo a ouvir as frases ensaiadas do jovem desventurado. O regresso do moço e o rosto humilde já diziam tudo.

E não mais se contendo de tanta alegria, o pai gritou aos empregados:




Trazei-lhe a melhor roupa;


Vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão,



E alparcas nos pés,



Trazei o bezerro cevado, matai-o


e comamos e alegremo-nos,

Porque este meu filho estava morto, e reviveu

Tinha-se perdido, e foi achado.


Aquele pai não disse uma palavra de perdão. Sua recepção, no entanto, valia por mil palavras. Demonstrava não apenas perdão, mas devolução do status filial e um amor incondicional. Amor que se expressou por uma explosão de alegria em uma grande festa.

pródigo arrependido não estava preparado para um perdão incondicional, nem pela reconquista da condição de filho. Jamais passou pela sua cabeça ser recebido com festa. É assim que Deus faz: Ele surpreende, vai muito além daquilo que planejamos e esperamos.

Quando Jesus disse esta parábola, o desmiolado filho caçula representava os pecadores: as prostitutas, os leprosos, os publicanos, os samaritanos, os desprezados pela sociedade, os quebrantados de coração, os bêbados, os desgarrados e distanciados de Deus. Você e eu.

E o filho mais velho que se aborreceu com a volta do irmão caçula representava os religiosos legalistas dos dias de Cristo. Fariseus, saduceus, levitas, escribas e sacerdotes. A elite religiosa que torcia o nariz pela forma amorosa com que Cristo se relacionava com a "gentalha". A mesma atitude mesquinha que está acontecendo neste século XXI, em que Deus está interessado na salvação dos perdidos, já tem preparado o "cevado" para uma grande festa, mas os "filhos mais velhos", não estão mais interessados em olhar o caminho dos pródigos.

Jesus deixou implícito e muito claro na parábola que o Pai do pródigo, é Deus, nosso Pai Celestial. Um Pai amoroso, perdoador, festejador, que deseja para abraçar aqueles que se levantam do pecado e encontram o caminho do arrependimento. Um Deus que tem propósitos especiais para cada pessoa - ou farrapo de pessoa. Ele ama cada pecador e está disposto a perdoar e depois revelar em cada coração qual seu propósito de cada um.

Deus está em silêncio, não é porque o/a não ama. Mas porque talvez você se mantém longe e ainda não pensou em voltar. Ainda deseja continuar distante, vivendo infeliz, sob uma justificativa de uma falsa liberdade, crendo em sofismas, em filosofias vazias. Pode ser que jamais pensou em ler uma Bíblia - a palavra de Deus. Quem sabe se Uma foto do quadro da sua vida nesse instante pudesse lhe mostrar que não há nenhum futuro para você sem a mão amiga de Deus.

Jesus é o filho do Deus vivo. Basta apenas um pensamento em seu coração. Um simples pensamento: "Deus, se Tu existes mesmo, mostra um pouco da tua misericórdia para mim, e perdoa-me, pois minha situação é esta, esta e esta... Eu sempre pensei assim, assim e assim...E agora eu preciso muito de ajuda. Da Tua ajuda, pois eu cheguei além do que se conhece por fundo do poço.

Um abraço de perdão. Um beijo de aceitação. Uma roupa de justificação, um anel de filiação, sandálias para proteger os pés e uma grande festa de comemoração para a sua volta. Você pode estar morto, perdido, derrotado mas se voltar de verdade para Deus vai receber uma nova vida, vai encontrar um caminho da paz e da felicidade e vai voltar a ouvir de novo o barulho da alegria.

Jbc.

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

As três filosofias na parábola do bom samaritano. Qual é a sua filosofia?

Por Amantino Adorno Vassão

Lá estava o corpo caído na estrada. Estaria morto? Era mais uma vítima dos assaltantes. Fazia tempo que estava ali.

Dois religiosos, um sacerdote e um levita, já haviam passado. De largo, para não se contaminarem. Ou, quem sabe, com receio que os assaltantes ainda estivessem por perto.

Aproximou-se um estrangeiro. Auscultou e sentiu que o homem estava vivo. Ministrou-lhe a medicação de urgência e o levou a um lugar onde pudesse receber tratamento mais adequado. Ali, pagou antecipadamente as despesas, deixando um crédito aberto para aquele desconhecido. E foi embora, sem procurar saber de quem se tratava ou se viria a ser reembolsado.

Três filosofias são patentes na lição da parábola do bom samaritano:

1ª. Tese do comunismo: A filosofia egoísta do assaltante está resumida nestas palavras: "O que é meu, é meu, o que é seu será meu se eu puder tomar de você."

2ª. Tese do capitalismo: A filosofia usada pelos religiosos, se resume nesta frase de indiferença: "O que é eu, é meu; o que é seu, é seu; se você puder defendê-lo."

3º. Tese do cristianismo: A filosofia do samaritano  - que é a de Cristo e dos cristãos autênticos - se resume no amor. É a seguinte: "O que é seu, é seu; e o que é meu, será seu se você precisar dele."

Na estrada da vida os assaltos continuam ocorrendo. Em sempre crescente proporção. O que não parece crescer em proporção igual é o número de bons samaritanos. Pense nisso, peça a Deus para que seja um instrumento nas mãos dEle com vista a propagar o amor ao próximo, pois Jesus endossou  atitude do samaritano ao dizer: "Vai e faze da mesma maneira" (Lucas 10.37).

Compiulação de:
Mensagem da Cruz, nº 117, março-abril de 1998, Amantino Adorno Vassão, página 19.
Igreja Metodista em Mafra - Parábola do Bom Samaritano, Silvana Silveira - http://www.igrejametodistaemmafra.com.br/parabola-do-bom.html
Sepoangol - Parábolas de Jesus - O Bom Samaritno, Eroldines da Silva - http://www.sepoangol.org/parabola-samaritano.html 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A Parábola da Figueira e a profecia relacionada com a volta de Cristo

Monte Megido
Por Eliseu Antonio Gomes

São quatro os grandes episódios registrados na Bíblia em que Cristo se encontra pessoalmente com a humanidade:

1. Na primeira, Ele se fez carne, na missão de Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. E morreu, ressuscitou e voltou ao céu.

2. A segunda vez ainda é uma promessa bíblica. O retorno de Jesus será invisível, quando não pisará o solo da terra. Ele virá para buscar a Igreja, quando os crentes serão extraordinariamente retirados desse mundo e juntos com o Espírito Santo irão ao céu. Este evento é chamado de Arrebatamento da Igreja. Acontecerá na mesma rapidez do abrir e fechar de olhos, em velocidade comparável ao mesmo tempo em que o relâmpago surge e desaparece no céu (ver: Lucas 17.24, 34, 35).

 3. E na terceira vez, Cristo retornará e "todo o olho o verá". Nesta circunstância Ele descerá e pisará na terra, outra vez fisicamente estará aqui em pessoa, e agirá como defensor dos judeus em plena batalha contra o Anticristo, que será travada no Armagedom/ Megido, e destruirá o Anticristo e as nações que se aliarem com o Anticristo para destruir Israel (Apocalipse 16.16; 20.1-3, 7-10).

4. O quarto episódio será o Dia do Julgamento Final, que não temos como dizer onde será realizado.

A parábola da figueira

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" - Mateus 24.32-35.

Ao analisar as profecias bíblicas que ainda não se cumpriram ou se cumpriram parcialmente, entendo que devemos tomar muito cuidado, para não fazer interpretações erradas e assim incorrer no alerta de Jesus em Mateus 24.11: "surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos".

A Parábola da Figueira não apresenta data exata da volta de Cristo, apenas descreve fatos históricos e os indica como sinais. 

A figueira é reconhecida pelos intérpretes modernos da Bíblia como o estado de Israel, mas o que Jesus quis dizer com "quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas" (vers. 32)? Interpreta-se que essa frase pode ser vista como o reconhecimento do estado de Israel pela ONU, ocorrido em 1947, quando os judeus que estavam dispersos pelo mundo puderam voltar ao oriente-médio e passarem outra vez a viver como sociedade dentro de um espaço geográfico circuncidado por fronteiras respeitadas pela maior parte dos países do mundo e que podiam chamar esse espaço de “minha nação”, sendo este território o mesmo que Deus prometeu a Abraão.

A dispersão aconteceu no ano 70 d.C, quando Tito invadiu Jerusalém e destruiu o templo e provocou o grande massacre contra os judeus e os que não foram mortos fugiram da região e se estabeleceram em outros países. Tal fato foi profetizado por Cristo, e a profecia está registrada justamente em Mateus 24. Neste capítulo, Cristo explica que os sinais alertam para a iminência do seu retorno, sem, contudo, especificar o dia e a hora. 

É importante entender que a volta de Cristo anunciada através da parábola da figueira, será apenas aos judeus, com o objetivo de fazer justiça em favor dos judeus que o reconhecerem como o Messias, o Senhor virá para julgar todos os povos que se aliaram ao Anticristo com a intenção de destruir os judeus, e, também, para estabelecer o reino milenar aqui na terra, sendo Ele o Rei.

Quando Cristo vier para os judeus, os crentes já não estarão mais neste mundo, já terão sido levados ao céu no evento Arrebatamento da Igreja, e lá permanecerão eternamente. 

E.A.G.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A mostarda como condimento e símbolo de fé cristã

Por Eliseu Antonio Gomes

O inimigo de nossas almas trabalha para inserir em nossos corações a dúvida. Ele injeta a pergunta: "será que você tem fé suficiente para receber a bênção?"

Não duvide da sua fé, duvide da dúvida, pois está escrito na Bíblia que Deus responde as orações daquelas pessoas que oram com fé, não importando ser uma fé notável ou insignificante. Assim sendo, a atitude mais acertada após orar é guardar na alma o conteúdo que oramos e partir para as nossas obrigações do cotidiano, colocando a incerteza para longe do coração.

Parábolas

Jesus declarou que não é preciso ter uma fé do tamanho do monte Everest para ter orações respondidas, basta que a fé seja do tamanho de uma minúscula semente de mostarda, cujo diâmetro esférico aproximado é de 1 a 2 milímetros (Lucas 17.6).

Em outra oportunidade, Jesus lançou uma pergunta retórica aos seus discípulos: "com o que pode ser comparado o reino de Deus?" Conferir: Marcos 4.30; Lucas 13.18. A pergunta era compreensível, pois a terminologia da palavra "reino" tem conotações políticas, remete ao mundo visível. Em seguida, Jesus explicou com uma parábola, dizendo-lhes que o reino de Deus nada tinha a ver com a política deste mundo, é igual a semente da mostardeira - entre as sementes, a mostarda é a semente que o olho humano tem mais dificuldade de ver, devido seu tamanho pequenino. E continuou a explicar dizendo que o reino de Deus cresce como uma mostardeira, que oferece seus galhos para servir de abrigo aos pássaros e suas sementes como alimento às aves do céu.

História

Existem achados arqueológicos de origem suméria que citam a semente da mostardeira usada em forma de pó, como tempero por volta do ano 3 mil a.C. Desde os tempos dos antigos romanos a mostarda é usada em cataplasma e sais aromáticos para aliviar a dor e a congestão. Conforme alguns escritos gregos apontam, Hipócrates fazia uso na forma de emplastros com finalidade de combater resfriados.

No século 20, a semente desta erva é encontrada como suplemento e realçador do sabor da carne, de salsichas e saladas, hamburguer, torradas e cachorros-quentes; é encontrada combinada ao fabrico de maionese, curry e picles. 

Por possuir valor nutricional importante, propriedades antioxidantes, conter carboidratos, vitamina, gordura, cálcio, ferro, magnésio, zinco, fósforo, potássio, sódio e água, a semente de mostarda é um condimento muito popular em cozinhas de muitas partes do nosso planeta. Ela é acrescentada às receitas de culinária porque dá sabor e aroma especial à comida. Em algumas ocasiões, é cozida antes de ser levada às refeições, sendo transformada no óleo principal da receita ou moída para ser consumida como farinha. De uma ou outra maneira, os grãos de mostarda sempre ganham destaques aos elementos do prato.

Seu aroma e sabor fortes se desenvolvem somente após trituração e umedecimento. Quando misturada com a água ou o vinagre, produz uma reação química que não existia em seu estado natural, criando uma espécie de óleo volátil de cheiro agradável e sabor picante.

Ainda hoje, entre as especiarias, é a terceira mais consumida, perdendo apenas para o uso do sal e da pimenta, é comum na Europa Ocidental usar a mostarda com mel para suprimir a tosse.

No Paquistão, a semente de mostarda é a segunda principal fonte de riqueza do país. Gera 233 mil toneladas de produção ao ano aos paquistaneses.

Comparações

A fé e o reino de Deus se parecem com a semente de mostarda, que não é vista com facilidade. Não é possível perceber com olhos naturais a fé e também não é possível ver o reino de Deus germinar no coração do crente no primeiro lance de observação.

Entretanto é possível analisar a vida cristã das pessoas a partir destas comparações. Quando a semente é colocada em solo fértil ela se transforma em uma enorme planta. A natureza não tem pressa, é necessário regar, esperar que a semente se transforme em broto e cresça viçosa. Se houver cultivo da fé, o resultado será visível, palpável, provado, aprovado, útil e impressionante. A semente da mostarda é associada ao estímulo, incentivo e satisfação. De igual forma é a fé. Mesmo que pequenina, é o tempero que transforma a vida do crente para melhor.

Assim como não há possibilidade de encontrar a raiz, o caule e as folhas dentro de uma semente, não é possível encontrar, sem exame apurado, os resultados da fé e da obediência antes do tempo adequado. A fé se materializa em atos de obediência; o reino de Deus é realidade na vida das pessoas a partir do momento em que elas decidem, voluntariamente, viver em obediência ao Senhor, o Rei dos reis!

Conclusão

"Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" - Romanos 10.16-17.

Antes de experimentar os resultados da fé em atividade, é preciso crer nas promessas de Deus e obedecer suas orientações com boa disposição.

Fé como um grão de mostarda (parte 1 de 2)
Fé como um grão de mostarda (parte final)

E.A.G.

Consultas:
Alimentos Saudáveis, Alimentos Perigosos, impressão 1998, impresso na Itália (Reader's Digest).
el.wikipedia.org/ wiki/Μουστάρδα
en.wikipedia.org/ wiki/Mustard_seed
fr.wikipedia.org/ wiki/Moutarde_(condiment)
it.wikipedia.org/ wiki/Senape

domingo, 6 de julho de 2014

O Bom Samaritano e a vida eterna

Por Eliseu Antonio Gomes

A parábola do Bom Samaritano, registrada em Lucas 10.25-35, é muito conhecida. Todos sabem que um homem samaritano socorreu um estranho. Mas o que podemos aprender com esta parábola, e que relação isso pode ter com a vida eterna?

Primeiro, vamos observar as partes contextuais, começando em Lucas 10.25-28. Um doutor da lei se aproximou de Jesus para provocá-lo, perguntou o que ele precisava fazer para herdar a vida eterna. Jesus, então perguntou-lhe o que estava escrito na Lei. A resposta: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo". E Jesus em seguida explicou "Respondeste bem; faze isso, e viverás".

No  versículo 29, tentando justificar a si mesmo, o doutor da lei perguntou: "quem é o meu próximo?" A partir desta pergunta, Jesus passou a narrar a parábola do Bom Samaritano.

A religiosidade carrega a indiferença

Um viajante, provavelmente de origem judaica, foi vítima de roubo e espancamento. Os ladrões fugiram do local do crime e ele ficou caído no chão, muito ferido, à beira da morte. Naquela rua, em profunda necessidade de socorro, ele foi visto ferido por um sacerdote e um levita, que se mostraram indiferentes, deliberadamente eles passaram  pelo homem morimbundo do outro lado da estrada, evitando a solicitação de ajuda, e seguiram seus destinos - provavelmente, indo em direção ao templo, ou retornando do templo para suas casas. Ambos eram religiosos e deveriam estar dispostos a ajudá-lo, mas se abstiveram de fazer o bem (Lucas 10.30-32).

Na continuação da parábola, um samaritano viu o homem que estava morrendo, caído na estrada, era um desconhecido para ele, mas mesmo assim de imediato resolveu socorrê-lo, interrompendo os afazeres do seu dia para ajudá-lo. Os atos que se seguiram foram baseados na compaixão: tratou as feridas daquele necessitado, colocou-o no lombo de seu animal e dirigiu-se caminhando até uma estalagem. Isto é, o samaritano cedeu sua montaria com disposição de ir à pé para beneficiar o viajante necessitado. (Lucas 10.33-34).

É interessante notar nesta situação que os judeus desprezavam os samaritanos, e exatamente um samaritano foi compassivo. Pense bem sobre isso: o socorro que o viajante ferido recebeu foi oferecido por alguém que era considerado desprezível por todos os israelitas.  Ao prestar assistência, ele deve ter perdido pelo menos um compromisso; ele fez alguma espécie de sacrifício por amor a quem não conhecia.

Jesus ensinou nesta parábola, com ênfase, que o nosso próximo é qualquer pessoa. Portanto, devemos tratar o outro como desejamos ser tratados, se agimos assim receberemos a vida eterna.

O exemplo e ordem de Cristo

A narrativa dos Evangelhos está repleta de eventos em que Cristo age movido por compaixão. Alguns milagres ocorreram devido a compaixão que havia em seu coração: a multiplicação dos pães; a ressurreição do filho de uma viúva, libertação de pessoas endemoninhadas, etc. Com certeza ocorreram inumeráveis ações compassivas por parte de Cristo que não foram registradas, pois o evangelista declarou que seria impossível relatar em livro tudo o que aconteceu (João 21.25).

Jesus ensinou que para ser filho do Pai Celestial é preciso dar a quem nos pede, não ignorar quem nos pede emprestado, amar nossos inimigos, bendizer nossos maldizentes, orar por quem nos trata mal e nos persegue (Mateus 5.42, 44).

Movidos de compaixão

O sentimento de dó é espontâneo. Ninguém planeja quando irá senti-lo, simplesmente acontece em nós. Mas o apóstolo Pedro escreveu o seguinte: "E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis" - 1 Pedro 3.8.

Deus mandou os israelitas amarem os estranhos: "Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-ás como a ti mesmo, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus" - Levítico 19.34.

Jesus disse em Lucas 6.35-36: "Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso". E, em Mateus 5.16: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus".

É fácil ajudar um amigo, quanto ao estranho é comum haver hesitação, quase sempre temos pouca vontade de dispor o nosso tempo e usar o nosso dinheiro com quem não conhecemos. Precisamos ir além do sentimento natural e agir pela fé em favor de desconhecidos e de quem não age conosco amigavelmente.

Como devemos nos relacionar com quem está em necessidade?

"Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade" - 1 João 3:17-18.

"Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?" - Tiago 2.14-16.

Nos grandes centros das metrópoles, sempre é preciso agir com cautela, pois grassa a criminalidade e a violência, mas jamais o perigo deverá ser uma desculpa para não socorrer aqueles que precisam da nossa ajuda. Na atualidade, a agenda sempre está cheia de compromissos, porém, esta situação não poderá ser a razão que nos fará  não ajudar o necessitado. É claro que nada disso significa que o cristão deixará de usar o bom senso e preservar-se.

Bons, sim... Bobos, não!

Nos anos da década de setenta, na minha minha ingenuidade de adolescente, durante meu expediente em um estabelecimento comercial, uma jovem me abordou com uma criança no colo e pediu dinheiro para comprar remédios ao bebê. De pronto, atendi e lhe dei alguns trocados. Passados trinta e poucos minutos, pude sair do meu posto para quinze minutos de descanso. Então fui à lanchonete que estava do outro lado do quarteirão, e me surpreendi reencontrando a pedinte tomando cerveja, sozinha, sem a criança. Descobri que aquela pessoa era uma exploradora.

Devemos ter cuidado com o quê e quem ajudar. Há pessoas que fingem ser necessitadas, pobres, são pedintes porque querem dinheiro sem precisar trabalhar, gastam o que ganham com álcool, drogas e coisas supérfluas.

Note as lições contidas na parábola do Bom Samaritano:

a. O Bom Samaritano encontrou o homem gravemente ferido. A pessoa necessitada estava totalmente impossibilitada de ajudar-se a si mesma. Tal exemplo nos faz entender que muitas pessoas pedem ajuda mas não estão em real situação de desespero, pois recusam-se a empreender os esforços necessários para mudar o péssimo estado de suas vidas. Preferem pedir esmolas porque são preguiçosas.
b. O Samaritano era uma pessoa forte, pegou o homem desacordado no colo e o colocou em seu animal. O cristão que se dispõe a socorrer quem está necessitado precisa observar sua condição, deve fazer apenas o que estiver em seu alcance, não convém tirar o pouco que tem e ficar sem nada. Se fosse um alguém fraco, certamente pediria auxílio de outra pessoa para carregar o homem desfalecido. A ajuda a ser oferecida não deve ir além das possibilidades que temos, não é correto dar aquilo que nos fará falta depois. Ame o próximo como ama a você mesmo.

Conclusão

Através da parábola do Bom Samaritano, podemos refletir o que há em nós de Bom Samaritano, extrair deste texto bíblico a análise de o quanto as atitudes do Bom Samaritano se encaixam em nosso modo de viver.

A parábola do Bom Samaritano fala sobre o estilo de vida ideal ao cristão. Precisamos amar todas as pessoas com quem entramos em contato, amigos e estranhos, tratá-los da maneira que desejamos receber tratamento. Para isso, às vezes é preciso lançar mão de nosso tempo e dinheiro. É preciso praticar o bem todos os dias.

O cristão como luz do mundo, não pode se recusar prestar socorro, pois através da ajuda providencial aos necessitados as pessoas em volta observam como nos comportamos e convém glorificar a Deus por intermédio de boas obras.

"E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé" - Gálatas 6.9-10.

Deus promete que não esquecerá o bem que oferecemos aos outros (Hebreus 6.10). 
______ 

Fonte: Jornal United News, Janeiro 2006. Texto adaptado de http://www.sporeas.gr/?p=3728

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Joio no trigal

Obreiros fraudulentos  sempre existiram. Os profetas Jeremias e Isaías profetizaram a respeito deles, os apóstolos escreveram sobre a atuação deles na Igreja Primitiva.

O papel de  líderes engajados na causa de Cristo é promover discernimento espiritual  aos cristãos, para que falsos pastores não sejam pedras de tropeços fatais  aos  que seguem ao Senhor com fidelidade.

Judas Iscariotes, tesoureiro entre os 12 discípulos de Jesus Cristo, por administrar e ao mesmo tempo amar o dinheiro, foi extremamente nocivo ao cristianismo. E em se tratando das questões financeiras na igreja, os apóstolos não travaram devido à ganância dele. O posto vago da tesouraria apostólica foi preenchido por Matias.

Demas e Alexandre foram dois homens que causaram muitos males ao ministério de Paulo, mas em contrapartida estiveram presentes com o apóstolo os ministros Silas, Timóteo e Tito, gente que não amou o presente século e nem foram gananciosos e egoístas.

Com essa breve explanação,  afirmo que é preciso olhar sempre os dois lados da questão. Haverá joio no meio do trigo. Mas sempre haverá trigo no trigal!

E.A.G.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O fariseu e o publicano, e as questões do dízimo e do jejum


A parábola do fariseu e do publicano pode ser usada como argumento contra arrecadação de dízimos e contra a prática do jejum?

A resposta é não.

A parábola O Fariseu e o Publicano está registrada em Lucas 18.9-14.

Os publicanos eram cidadãos que trabalhavam coletando impostos dos israelitas, eram pessoas ilustres na sociedade, porém, possuíam a fama de ser inimigos de seus concidadãos porque trabalhavam para Roma, que colonizava Israel.

Os fariseus eram um grupo de judeus que viviam separados de todos, se consideravam mais santos do que todos os outros grupos religiosos. Procuravam separação por meio de diferenças nos costumes de alimentação e rituais, mas na maior parte das vezes isso era superficial, não existia temor a Deus.

Lucas 18.9: podemos ler qual é a finalidade da párábola. [Jesus] "propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros".

Lucas 18.11-12: Na oração do fariseu, encontramos uma lista de ações ruins que ele não cometia, e por não cometê-las havia em seu coração a sensação de que era alguém superior aos que as cometiam. O fariseu não roubava, não era desonesto, não adulterava. Após orar dizendo o que não fazia, passou a dizer o que fazia: jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo o que ganhava.

Ora, Jesus quis ensinar que o cristão precisa confiar em Deus, jamais em si mesmo. As obras que fazemos, por mais certas e justas que sejam, jamais nos transformarão em pessoas justificadas perante Deus e jamais servirão de passaporte para desprezar o próximo. “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam” - Isaías 64.6.

Em nenhuma parte dessa parábola há censura ao ato de dizimar. Quem entende que existe censura à pratica do dízimo, então deve alegar também que existe censura à prática de jejum, pois são as duas práticas que o fariseu fazia e sentia grande orgulho por ser praticante delas.

Todo o cristão, praticante do ato de dizimar e jejuar, ou não, precisa ter muito cuidado para não ser escravizado pelo orgulho. É preciso evitar que o sentimento de superioridade domine o coração.

Quem se sente justo através de suas ações religiosas deve rever seus conceitos. Só Jesus Cristo é quem nos justifica, pois viveu e morreu sem pecar. É o sangue derramado na cruz que purifica o ser humano de seus pecados. Quando o ser humano abandona o orgulho, confessa seus pecados e decide firmemente deixar de pecar, então é realmente limpo e justificado (1ª João 1.8-9).

O religioso que sente-se superior, age igual o fariseu É um acusador: "Nem ainda sou como este publicano" - Lucas 18.11.

No entanto, o relato dessa parábola não declara que o publicano roubava, não diz que era cidadão desonesto e adúltero.Também não esclarece se era ou não era dizimista e praticante de jejum. Essa era a impressão errada do fariseu contra o publicano.

É importante tomar cuidado com a impressão que temos do próximo. Só Deus sabe quem são elas. Só Deus tem o atributo da onisciência e é capaz de saber o que realmente está dentro dos corações alheios.

Enfim, não é possível usar esta parábola para defender que o cristão deve ser dizimista ou não, jejuar ou não. Podemos usar este texto para ensinar que é preciso amar a Deus sobre todas as coisas, confiar nEle.  E usá-lo para ensinar a respeito da necessidade de amar o próximo como a nós mesmos, não desprezar o semelhante, mesmo que exista impressão ruim sobre ele.

E.A.G.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O JOIO NÃO SE TRANSFORMA EM PÃO

Jayme Alves da Silva


É normal que uma criança com menos de um ano de idade engatinhe, mas quando ela está com cinco esperamos que troque passos firmes e caminhe bem equilibrada. Neste fase infantil, encaramos com naturalidade perceber que não tenha noções do perigo, mas após chegar aos trinta anos esperamos que saiba projetar as consequências dos seus atos e contenha-se diante dos grandes riscos.
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O erro de grande parte dos nossos irmãos é não ter o conhecimento da Palavra de Deus como um todo, contentam-se em conhecê-la em partes. E dessa forma eles não crescem, não amadurecem na fé. Isto é grave, pois apesar de conviverem com dogmas, liturgias, doutrinas esclesiásticas, não adquirem discermento espiritual e não têm capacidade de diferenciar entre o que realmente importa e tem valor e o que é descartável e sem importância!
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Não é possível conhecer uma pessoa, perfeitamente, se não conhecemos o que ela pensa sobre tudo. Para conhecer ao Senhor é necessário conhecer INTEIRAMENTE Sua Palavra, pois nela está contida os pensamentos dEle. Conhecer a Palavra produz fé; conhecer a Deus produz amadurecimento espiritual.
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A falta de conhecimento gera problemas ao crente ignorante das Escrituras Sagradas e também a todos que o cercam. Ele é enganado pelo próprio coração, é movido pela emoção humana, não é capaz de se equilibrar e nem se mover pela fé. Os objetivos que ele busca não são os mesmos que estão na Bíblia Sagrada, embora acredite que sejam. Confunde religiosidade com espiritualidade; confunde o Corpo de Cristo com instituições eclesiásticas criadas pelos homens; não sabe discernir quem é um verdadeiro irmão em Cristo - pensa que são apenas os que congregam na mesma denominação que a dele (e até com estes que julga ter laços fraternais ele não consegue viver em perfeita paz).

Não é possível afirmar, mas muitos estão na lavoura de Deus e não crescem como deveriam crescer porque não são o trigo, são o joio. Eles usam as Escrituras mas não agem como ela determina. Chamam a Jesus de Senhor mas não adotam o mandamento que ordena amar a todos; falam em línguas estranhas, porém, nos relacionamentos agem segundo o comportamento da carne. Eles ofendem... Eles desprezam uns aos outros... Pensam que tal comportamento seja coisa natural de quem vive e anda segundo o Espírito. Pensam assim porque suas mentes estão na fase da criança que engatinha ou processam o raciocínio conforme o estilo joio de ser crente.
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Jesus é o Pão da Vida. O trigo tem tudo a ver com Jesus porque nasce, cresce e um dia se transforma em pão, se assemelha a Cristo. O joio para nada serve, a não ser ir para a fogueira e ser queimado.
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Oremos por essas pessoas que não têm disposição para ler, meditar na Bíblia Sagrada, e assim crescer e amadurecer através do conhecimento de Deus!
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E.A.G.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O JOIO E O TRIGO

Por Valmir Nascimento Milomem

Outro dia ouvi um debate interessante sobre mídia e jornalismo. Um dos interlocutores disse o seguinte:

– A mídia não sabe separar o joio do trigo.

O outro, por seu turno, respondeu:

– Sim, ela sabe. Tanto que acaba publicando somente o joio!

Aquela declaração ficou guardada em minha mente. Pensei, então, na forma como os meios de comunicação trabalham, voltados basicamente para a publicação do joio em detrimento do trigo. Em simples palavras, o foco principal é a publicação daquilo que não possui nenhuma utilidade pública; a produção de matérias cujo conteúdo não agrega valor algum para a sociedade, ou que, pior ainda, traz prejuízos para ela.

Um dos grandes exemplos disso é exatamente a abordagem feita pela imprensa secular acerca da Igreja e da fé cristã. É joio, somente joio! As manchetes, com enorme freqüência, são voltadas para denegrir a imagem dos evangélicos. São matérias sobre líderes, ofertas e, inclusive, sobre políticos religiosos que vacilaram na fé.

Obviamente que, em se tratando de fatos os quais a sociedade precisa tomar conhecimento, a publicação se torna necessária. Entretanto, a questão que fica é a seguinte: e trigo, ninguém publica? Por que não são publicadas matérias acerca daquilo que a igreja cristã faz na ou pela sociedade? Reportagens sobre as ações benéficas produzidas pelos cristãos?

Fé e família


Tais perguntas são necessárias ante a evidente importância do cristianismo evangélico para a sociedade. Vejamos, resumidamente, alguns desses benefícios apontados por Charles Colson (O cristão na cultura de hoje, CPAD).

Enquanto o Estado luta e gasta enorme soma de dinheiro em campanhas contra o uso e o tráfico de entorpecentes, e vê o crescimento estupendo da violência em virtude do uso das drogas, as pessoas que tiveram um encontro com Cristo, por outro lado, estão bem longe desse cenário. Inúmeros estudos descobriram uma relação inversa entre o envolvimento religioso, a dependência de drogas e o uso de bebidas alcoólicas. Mas isso é trigo, ninguém publica.

Também existe uma enorme correlação entre atividades religiosas e a não participação em crimes. Mais ainda, enquanto as penitenciárias possuem um sistema falido de reabilitação do criminoso, a conversão às verdades bíblicas promove a sua plena reabilitação para o convívio social. Mas isso é trigo, ninguém publica.

Diversos estudos descobriram que altos níveis de comprometimento religioso resultam em níveis mais baixos de depressão e estresse. Trigo.

A família é a razão de ser da própria sociedade. Se ela vai mal, a sociedade também o vai. Assim, estudos descobriram um forte ligamento inverso entre a freqüência à igreja e o divórcio. A fé cristã promove a união afetiva entre os membros familiares. Trigo.

Separar e publicar

Em conclusão, a fé cristã trabalha para restabelecer, por meio de Cristo, o homem à condição de imagem e semelhança de Deus e com isso minar as maiores causas dos problemas sociais, tais como violência, criminalidade, uso de drogas e desestabilização da entidade familiar, enquanto o Estado tenta remediar os efeitos dos problemas. A fé cristã vai ao núcleo de todas as mazelas o mundo: a alma do homem.

Portanto, trigo existe. E muito. Só falta separar e publicar!

Fonte: Observatório da Imprensa

Valmir Nascimento Milomem é Presbítero da Assembleia de Deus; Graduado e pós-graduado em direito. Pós-graduando em Antropologia da Religião. É editor do blog E Agora, Como Viveremos?, criador do blog União de Blogueiros Evangélicos e da Comunidade União de Blogueiros Evangélicos (com mais de 4.500 membros agregados).

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Os simbolismos na parábola O Filho Pródigo

O Evangelho de Lucas e a liturgia de danças durante os cultos.


A parábola do filho pródigo é interessante. Apresenta o detalhe de uma festa em que a comemoração ocorre com danças.

Acho a cena descrita interessante. O filho retornou à casa do seu pai, que o considerava perdido. 

O Filho Pródigo é uma parábola que ilustra a volta de um alguém que estava desviado dos caminhos do Senhor, estava no mundo, se arrepende em se afastar dos planos de Deus para sua vida e retorna para a igreja. 

Será que Jesus era contra o ato de dançar em louvor a Deus? Jesus conta uma parábola, elabora uma narrativa para demonstrar a alegria, e faz isso dizendo que as danças ocorreram motivadas pela alegria do reencontro de um pai e seu filho. 

Nesta parábola, o pai é simbolização de Deus, que tomou a iniciativa da festa. E a festa com danças foi na casa do pai, que é figura da igreja e do céu.

Acredito que não existe na Palavra de Deus nenhuma incoerência. Não há simbolismos usando coisas condenáveis para apresentar a realidade das coisas santas. A passagem deixa duas perguntas aos que são contra dançar em louvor ao Pai: Dança na igreja é pecado? Como ajustar a doutrina da proibição das danças com Lucas 15?

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O TRIGO E O JOIO SEGUNDO A PERSPECTICA DO DOM DISCERNIMENTO ESPIRITUAL

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O relacionamento do trigo com o joio
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Somos chamados para ser luz do mundo. Aceitando essa chamada brilhamos na escuridão e tornamos perceptível o que as trevas fazem. Ao cristão é necessário saber a hora certa de agir na questão do ato de julgar o mundo.
Jesus Cristo recomendou emitir julgamentos: “Não julgueis segundo a aparência e, SIM, pela reta justiça” (Mateus 7.24). E o apóstolo Paulo escreveu sobre o ser humano: “Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido” (1ª Corintios 2.15).
Discernir é julgar corretamente, é diferenciar, é distinguir, descortinar os mistérios. Somos capazes de fazer isso sem pecar quando conhecemos e usamos a Bíblia com seus textos e contextos, excluindo a opinião humana, sendo alguém totalmente imparcial em todas as situações que citá-la. Deus é justo e Sua Palavra reflete essa justiça.
Certa vez Jesus Cristo disse que a boca fala do que está cheio o coração (Lucas 6.45); noutra que pelos frutos se conhece a árvore (Mateus 7.15-20). Ou seja, muitas pessoas são conhecidas pelo que falam e fazem.
É necessário lembrar que entre os dons espirituais que o Senhor deixou à Igreja existe o dom de discernimento espiritual (1ª Corintios 12.10). Esse dom não se refere aos julgamentos sumários e injustos, é o uso da Palavra de Deus, “apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4.12).
Em muitas circunstâncias não é preciso se manifestar diante de um discernimento recebido, não é preciso dizer quem é quem, ou o quê.; a revelação surge com o propósito de ajudar os servos de Deus, portadores do dom de discernimento espiritual, a escolher corretamente evitando os embaraços na sua caminhada de fé, e assim continuar sendo feliz.
Não possuímos o poder da onisciência, então, não há possibilidade humana de entrar na natureza das coisas. Porém, temos diante de nós a Escritura Sagrada. Ela é a regra de fé e conduta do cristão. Ao examiná-la, fazendo comparações com o que as pessoas fazem e dizem, atentando às regras bíblicas, conseguimos avaliar o que as pessoas realmente são, convertidas ou não, segundo a perspectiva de Deus.
O joio mencionado por Jesus na parábola registrada em Mateus 13.24-30 são as pessoas extremamente eficazes na sua desfaçatez. As hipócritas, com hipocrisia tal a ponto de conseguir encobrir perfeitamente o que pensam e fazem por toda a vida delas. Nestes casos toda opinião humana sobre essas pessoas falsas é equivocada porque será segundo as aparências. Seja para dizer que são gentes boas ou gentes más. E só Cristo é quem poderá emitir o juízo correto sobre elas. Apesar disso, quando escrevemos ou falamos a Palavra de Deus, nós as discernimos de forma indireta e inconscientemente, chegando a atingir os corações delas sem perceber.

E.A.G.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O TRIGO E O JOIO - APENAS DEUS É CAPAZ DE SEPARAR

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Eclesiastes 1.6
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O
vento vai para o sul
e
faz o seu giro para
o
norte;
continuamente
vai girando o vento
e
volta fazendo
os
seus
circuitos

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