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domingo, 26 de novembro de 2017

O líder de jovens e suas qualidades - parte 3 (final)

Pastor José Sartírio

A quarta característica é a esperança.

Se o menor deles vale por cem e o menor deles vale por mil, o que faz com que sejam assim? 

Sem dúvida, os três aspectos são muito importantes, mas o quarto é determinante. Se você não persevera, as outras qualidades caem. Se você tomar uma determinação concreta, renovar o seu ânimo e pôr em prática toda a sua ousadia, então persevere! Se necessário, por 5, 10, 15, 20 anos. Não importa, persevere! Porque você não é daqueles que retrocedem, pelo contrário, é da turma dos que avançam!

Dez propostas para que o pregador se saia bem na igreja que o convidou


sábado, 24 de junho de 2017

Um missionário chamado David Livingstone

Os milhões de brasileiros que grudam os olhos na televisão para acompanhar filmes de ação - exibidos com sucesso estrondoso - talvez nem imaginem que aventuras também acontecem quase todos os dias, na vida real, em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. São pessoas debaixo do sol, dormem ao relento, morrem de saudades de casa, mas suportam tudo com bom ânimo para fazer a obra de Deus. Tudo isso sem a expectativa de recompensa material, mas pela alegria de ver almas salvas do inferno e desejando receber o galardão espiritual, uma retribuição que só será recebida no céu.

Não é difícil encontrar pelas igrejas evangélicas quem sonhe, desde criancinha, em viver no limite, enfrentando o desafio de ser missionário na África ou no coração da Amazônia, pregando para uma tribo que nunca ouviu  falar em Jesus Cristo, até ser contado entre outros heróis da fé. Alguns, porém, nãose conformam com o devaneio, e resolvem radicalizar de vez. Para estes, não há mosquito, malária, floresta, bicho ou solidão que possa impedir a caminhada. Como David Livinstone que viveu 30 anos de aventura e evangelismo na África.

Alimentando as ovelhas ou divertindo bodes?
Cosmovisão missionária
Crônica do nigeriano que na rua Conde de Sarzedas disse ser missionário evangélico
Igreja Cristã e Missões na Índia na opinião de um evangélico indiano
Inspiração e autoridade da Bíblia
O fogo do pentecoste do tempo dos Atos dos Apóstolos até os dias de hoje
Os cinco dons de Cristo para qualificar você a trabalhar na Igreja 

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Arlindo, o evangelista

Mesmo que você consiga subir para muito longe do chão
sozinho, para encontrar-se com Deus, lá no Céu, será
necessário aceitar o auxílio de Jesus, caso quiser ser
recebido pelo Pai celeste.
Por Abraão de Almeida

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" João 14.6.

Final dos mil novecentos e sessenta. No culto de sábado à noite na Assembleia de Deus da Rua André Manojo 53, em Osasco (São Paulo), Arlindo entregou a sua vida a Jesus, foi salvo e instantaneamente liberto de demônios que o atormentavam e o haviam levado, diversas vezes, aos hospícios da região. Estive presente naquele culto.

A transformação daquele homem foi radical. Rompeu de vez com tudo o que lhe parecia comprometedor. Ao passar por minha residência numa das suas jornadas evangelísticas, ofereci-lhe café, ao que agradeceu e respondeu prontamente: "Jesus me libertou do café". Não me surpreendi com a resposta. Se ele achava que o café exercia algum domínio em sua vida, então ele queria ser totalmente livre.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Ganhando o esposo para Cristo - A importância da Escola Dominical para a estruturação da família


 A-importancia-da-Escola-Dominical-para-a-estruturacao-da-familia-ganhando-o-esposo-para-Cristo-fabio-magalhaes-jornal-nosso-setor

Por Fábio Magalhães

"Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor" - Josué 24.15.

Ela aceitara ao Senhor Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal. Seus filhos ainda pequenos iam para a igreja com ela. Seu esposo, embora conhecedor do Evangelho, ainda não havia se decidido.

O Senhor deu-lhe uma estratégia: pedir ao seu esposo que levasse as crianças à igreja para que participassem da Escola Bíblica Dominical.

Seu esposo aceitou a proposta, mas como tinha que levar as crianças, retornar para casa e ir buscá-las novamente na igreja, não achou muito boa a ideia.

Novamente Deus a orientou. Ela disse a ele:

- Por que você não leva os meninos e fica para assistir a Escola Dominical? Assim você não precisa ir e voltar duas vezes.

Ele seguiu o conselho.

Resumo: através da Escola Bíblica Dominical o Senhor realizou uma grande obra em sua vida; aceitou a Cristo como Salvador e tornou-se um trabalhador na Causa do bom Mestre, tendo um ministério abençoado e frutífero.

Extraído do Jornal Nosso Setor, ano  14, nº 121, julho de 2015, página 7, (Editora Origem / Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério do Belém - SP).

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O que devo fazer para tornar-me um missionário?


Por Cyro Mello

Com frequência recebemos perguntas de irmãos, na maioria jovens, desejosos de fazerem a vontade de Deus e atender a grande comissão do Senhor Jesus. São interpelações sinceras, de coração aberto, demonstrações grande interesse com a com a obra missionária. Com toda certeza o Espírito Santo, o real mentor da obra missionária, é que tem constrangido esses corações, a tomarem tais iniciativas.

1. Procure não perder de vista este alvo, Filipenses 3.14. Esse momento da sua vida requer muito cuidado.

2. Converse com seu pastor sobre o assunto, Hebreus 3.17. Certamente ele é a pesoa indicada para o aconselhamento.

3. Procure compartilhar esta visão com pessoas de comprovada maturidade espiritual, que não tenham conceitos deturpados sobre a obra missionária.

4. Procura preparar-se na área teológica, a fim de ministrar a Palavra de Deus. 2 Timóteo 2.15; observe que o texto está dizendo "Procure apresentar-se a Deus aprovado". "Procura", do texto  quer dizer "esforça-te", demonstra interesse. Ainda que o seu ministério não seja de plantação de igreja, o conhecimento bíblico é indispensável.

5. Busque intensamente conhecer o tempo de Deus para a sua vida, nada fazendo sem a absoluta certeza que o Senhor está na direção de tudo (Romanos 12.2); se houver dúvida peça sinais inequívocos - é bíblico - lembre-se de Gideão. Veja referências: Josué 6.17, 36-40; 2 Reis 20.8 e Êxodo 4.1, 8.

6. Se o irmão (ã) ainda não é casado (a) e se pretende casar, procure um cônjuge que possa compartilhar a mesma visão. 

7. Muitos planos missionários foram soterrados porque o cônjuge escolhido não possuía a mesma visão quanto a obra de Deus.Contrair matrimônio com alguém que não concorda com a visão de Deus para a evangelização do mundo pode constituir-se em "jugo desigual", como afirma o texto de 2 Coríntios 6.14.

8. Procure preparar-se na área de missões transculturais. Sugerimos o Curso Bíblico da EMAD, Escola de Missões da Assembleia de Deus.

9. Procure ler livros e revistas que falem sobre missões. Sugerimos as seguintes literaturas: Diário do Pioneiro; Enviado por Deus; Totem da Paz; Senhores da Terra; Tochas de Júbilo; Por Esta Cruz Matarei; O Ide Levado a Série; Atrevi-me a Chamar-lhe Pai.

10. Nunca desista. Saiba que o inimigo das nossas almas fará qualquer coisa para criar embaraços na sua caminhada, porque a atividade dele é matar, roubar e destruir (João 10.10). Entretanto, nós, os salvos, estamos colocados nas regiões celestiais (Efésios 2.6), acima de todas as trevas que porventura tentam se levantar contra a obra de Deus (Efésios 1.2).

Entenda que não é nossa intenção prescrever fórmulas mágicas ou tornar as coisas mais difíceis com estas recomendações. São apenas passos importantes que devem ser observados, para evitar constrangimentos futuros. Esperamos ter contribuído para que o seu alvo seja alcançado (Filipenses 1.6).

Fonte: Ceifeiros em Chamas, ano 2, nº 22, página 6, maio de 1998, São Paulo (Confradesp).

terça-feira, 29 de novembro de 2016

A história de como surgiu a ideia do Cartão de Natal

 Cartão de Natal , feito por Henry Cole,1843.
Não existe apenas uma versão sobre como surgiu a ideia de confeccionar cartões natalinos. 

A primeira versão que eu conheci é a seguinte:

No ano de 1644, William Dobson de Birmingham, na Inglaterra, famoso artista, teria utilizado seu talento para pintar cenas natalinas e passado a escrever mensagens para presentear seus amigos na época de Natal.

Aqueles primeiros cartões teriam alcançado muito sucesso. No ano seguinte, Dobson teria copiado, por método litográfico seus cartões e continuado a presentear seus amigos.

A ideia de Dobson teria se espalhado rapidamente.

Segunda versão

O modelo de Cartão de Natal moderno, também pode ter sua origem em dezembro de 1843. Naquela época, Sir Henry Cole, diretor do Victoria and Albert Museum, em Londres, pretendia escrever saudações e os melhores votos para sua família, amigos e conhecidos. As opções para fazer isso, eram comprar folhas comuns de papel decorados com temáticas natalinas, e redigir a mensagem sobre eles, ou Cartões de Feriado, que continham espaço vago para inserir de modo manuscrito algo relativo ao evento celebrado - espação aberto para celebrações das mais variadas.

Tais possibilidade não o agradava. Então, Cole teria solicitado a um amigo para produzir um cartão especial, com a mensagem específica de Natal impressa, cujo exemplar pudesse ser duplicado para todas as pessoas de sua lista. O artista designado a desenvolver este projeto chamava-se John Callcott Horsley, amigo de Cole e membro da Royal Academy.

As matrizes dos  primeiros cartões de Natal, seriam litogravuras contendo desenho colorido. Os exemplares teriam sido enviados aos destinatários a partir do escritório Felix Summerly - pseudônimo de Cole, usado para projetos de designer industrial.

Os modelos de cartões não presenteados por Cole, teriam sido comercializados em uma loja, ao preço de um xelim cada.

Conclusão

A proclamação dos anjos, por ocasião do nascimento de Jesus Cristo, foi também um espalhar da mensagem de salvação, descrevendo o real sentido do Natal: "O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: 11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" - Lucas 2.10-11. 

Os cartões de Natal, então, nos lembram o espalhar dessa Boa Nova!

E.A.G.

Fonte:
Lar Cristão, nº 16, edição especial de Natal, dezembro de 2012,  página 25 (Sociedade Religiosa Lar Cristão),
http://frederic.copeland.tripod.com/history/cards.htm

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Louvores Missionários reunidos em hinário gratuito

Você com certeza deve conhecer alguns daqueles hinos de temática missionária, que incentivam a igreja à evangelização e estão presentes nos hinários tradicionais de nossas igrejas, tais como o Cantor Cristão, a Harpa Cristã, Salmos e Hinos, Hinário Aleluia e outros. Imagine-os reunidos em um só lugar, um só hinário? Pois é o que encontramos no hinário HINOS MISSIONÁRIOS.

O livro, gratuito, reúne em suas páginas uma seleção de hinos e louvores que vão servir de precioso auxílio para o esforço de avivamento missionário/evangelístico de sua igreja.

O Hinário conta ainda com recursos para facilitar sua consulta e utilização, como índice dos primeiros versos dos hinos e índice de autores e tradutores, além de nota introdutória sobre cada hinário antologiado.

Para baixar o Hinário pelo site SlideShare, CLIQUE AQUI.
Para baixar o Hinário pelo site Scribd, CLIQUE AQUI.
Para baixar o Hinário pelo site 4Shared, CLIQUE AQUI.
Para baixar o Hinário pelo site Issuu, CLIQUE AQUI.

Caso queira receber o arquivo diretamente por e-mail, escreva para: sreachers@gmail.com 

E para baixar muitos outros recursos e livros GRATUITOS, acesse: https://goo.gl/6jqbyk

sábado, 10 de setembro de 2016

A evangelização de pessoas com deficiência

Por Eliseu Antonio Gomes

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), "deficiência" é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Pessoa com deficiência é a que se encontra privada de seus sentidos, quer de seus movimentos, ou do pleno uso de suas faculdades mentais. Nessa definição acham-se os cegos, mudos, surdos, paraplégicos e tetraplégicos.

A sociedade passa por um processo de transformação. Lança novo olhar às pessoas portadoras de deficiência. O termo "pessoa com deficiência" faz parte  do texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembleia Geral da ONU, em 2006, e ratificada no Brasil em julho de 2008 (Fundação Dorina).

A necessidade de evangelizar a todos

Evangelizar portadores de deficiência exige amor e disposição. A triste realidade é que as igrejas dão-se por satisfeitas em atender a maioria das pessoas, quando Jesus quer que todas sejam incluídas. Ele não veio para a maioria, mas para "toda criatura", para "todo aquele que nEle crê" e para "todo aquele que invocar o nome do Senhor (Marcos 16.15; João 3.16; Romanos 10.13).

Acolher e incluir pessoas com deficiência não significa apenas criar um espaço separado para que, ali, elas aprendam a Bíblia. É mais do que isso: assim como as ovelhas ficam dentro do aprisco para serem cuidadas pelo pastor, a pessoa portadora de deficiência deverá ser ensinada junto aos demais crentes e, junto com eles, tomar parte no culto de adoração a Deus.

O amor de Deus é inclusivo. Ele não admite que ninguém fique de fora, mas "mas quer todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2.4). A evangelização que não inclui as pessoas com deficiência é incompleta e não expressa plenamente o amor de Deus.

É preciso incluir os deficientes na evangelização porque Jesus Cristo, sendo a expressão máxima do amor de Deus, veio para todos, judeus e gentios, pobres e ricos, negros e brancos, deficientes e não deficientes, em um só corpo (João 3.16; Romanos 12.5). Em algumas ocasiões temos de ir até elas, em outras, temos de trazê-las até nós (Atos 3.1-9; Lucas 14.12).

A Bíblia em Braile

O braile é um sistema de leitura e de escrita para pessoas com deficiência visual. Foi inventado pelo francês Louis Braile em 1927.

No Brasil, a primeira Bíblia em Braile foi lançada em 30 de setembro de 2002 pela Sociedade Bíblica do Brasil. Pessoas, bibliotecas e instituições de apoio podem se cadastrar nos programas sociais da SBB e recebê-la gratuitamente.

Para evangelizar os cegos, é necessário utilizar material evangelístico em áudio e em Braile.

Libras: a linguagem brasileira de sinais

Libras é um sistema linguístico que comunica fatos, sentimentos e conceitos por meio de gestos, expressões faciais e linguagem corporal. Este método de comunicação, que possui regras gramaticais próprias, é o usado pela maioria das pessoas com deficiência auditiva no Brasil.

Para conduzir os surdos e mudos a Jesus por meio da evangelização pessoal, é necessário aprender Libras. Na igreja, os cultos podem ser facilmente traduzidos à linguagem brasileira de sinais por um obreiro treinado.

Acessibilidade aos cadeirantes

Os templos devem adequar-se às necessidades de pessoas usuárias de cadeira de rodas. É urgente a adaptação dos espaços das igrejas, com a finalidade de recepcionar bem quem esteja na condição de deficiência física. É importante haver rampas de acesso, calçadas rebaixadas, corrimões e banheiros adequados. E, durante os cultos, a disponibilização de um espaço privilegiado, para que acompanhem comodamente todo o processo litúrgico.

A condição de pessoas deficientes perante Deus

No que tange à salvação de pessoas com deficiência, ou limitações, é um erro pensar que elas não precisam ser alvo da nossa evangelização. Enganosamente, muitos veem como não condenáveis os indivíduos com deficiências, ou limitações, como se a entrada no céu lhes fosse franqueada em compensação das dificuldades enfrentadas na vida terrena. Porém, a Palavra de Deus esclarece: "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23).

Conclusão

Os deficientes também fazem parte da Grande Comissão e precisam ser alcançados. A tarefa de trazê-los a Jesus cabe a mim e a você. Por meio de uma didática apropriada, podemos incluí-los no Plano da Salvação, ensinando-lhes a Palavra de Deus.

A inclusão de pessoas com deficiência faz parte da comunhão perfeita entre os membros do Corpo de Cristo. Ainda que em nossa comunidade haja apenas uma única pessoa que demande atenção especial, é bíblico que façamos o necessário para acolhê-la, calorosamente, e ensiná-las com esmero as Boas-Novas da Salvação.

E.A.G.

Compilações:
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 127, 128,129, 130; edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas - Professor; O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 80 e 82; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

sábado, 20 de agosto de 2016

A evangelização dos grupos religiosos

A evangelização dos grupos religiosos
Eliseu Antonio Gomes

Evangelizando grupos religiosos

Um fenômeno que nos traz espanto é o crescimento exponencial da religião num mundo em que a Ciência e a Tecnologia avançam drasticamente. Ora, o sentimento religioso é um elemento intrínseco ao ser humano e, por isso, não sobreviveu nem sobreviverá a concepção de um homem ideal arreligioso. A natureza religiosa do ser humano é inerente à constituição da própria natureza. Ainda que o seu objeto de contemplação seja de natureza material, mas o sentimento, a necessidade e a consciência da existência de algo maior que o ser humano está no âmago do pensamento do homem moderno.

Neste contexto, a Igreja de Cristo se coloca à disposição da sociedade para levar esperança e respostas às pessoas que peregrinam esta existência por descobrir o sentido da vida. Até ocorrer o encontro com Cristo, é comum ouvirmos de irmãos o caminho que trilhou por outras religiões até encontrar a pessoa de Jesus e desfrutar do seu amor e da sua paz. Embora não seja muito comum falarmos falarmos, mas a verdade que muitas religiões escravizam e esmagam a consciência e a liberdade da pessoa humana neste aspecto, o cristianismo não está salvo, pois a história mostra que houve tempos sombrios, onde se perseguiu e matou em nome de Deus.

Preciosos cuidados à evangelização de grupos religiosos

1. Tratar a religião do outro com o devido respeito.

Nosso Senhor não tratou a mulher samaritana de maneira grosseira, nem deixou de atender o clamor da mulher siro-finícia. Ambas as mulheres, provavelmente, adoravam outros deuses e praticavam uma religião que, do ponto de vista das Escrituras, não dignificavam o ser humano. Mas com todo carinho e amor, Cristo Jesus se pôs a falar com essas mulheres de maneira respeitosa e amorosa.

2. Não detratar a religião alheia.

Não é fazendo "guerra santa" que pessoas crerão no Senhor. É constrangedor quando sabemos de casos de casos de completa falta de sabedoria e bom senso, em que o anunciante da Palavra põe-se a agredir a religião alheia. É importante ressaltar que, da mesma forma que nos sentiríamos ultrajados se alguém entrasse em nosso prédio e quebrasse o púlpito à machadadas, igualmente o mesmo sentimento se passa na mente e no coração do adepto de determinada religião em que vê o seu símbolo sendo maltratado. A atitude de "guerra" e agressividade nada tem a ver com o nosso Senhor e o seu método de propagar o Evangelho e o Reino de Deus.

Mais reflexões importantes

• Quais os principais mitos sobre a religião?  

Todas as religiões são boas, todas as religiões levam a Deus e nenhuma religião é verdadeira.

• Como falar de Deus aos católicos?

Em sua evangelização, não ofenda Maria, nem os santos venerados por eles. Evite apontar a igreja evangélica como superior à católica. Antes, exponha-lhes Jesus como o caminho, a verdade e a vida (João 14.6).

• Como falar de Cristo aos espíritas e adeptos dos cultos afros? 

Na evangelização dos espíritas e adeptos dos cultos afros, evite toda e qualquer discussão. Mas, com amor e sabedoria, convença-os, pela Bíblia, de que aos homens está ordenado morrerem uma única vez, e que o sacrifício de Jesus Cristo é suficiente para levar-nos ao Pai.

• Como evangelizar os muçulmanos?

Na evangelização dos muçulmanos, não ofenda Maomé. Todavia, não deixe de proclamar-lhes a supremacia de Cristo na salvação de todos os que creem (Romanos 1.16).

• Por que é urgente falar de Cristo aos desviados? Porque Jesus os ama e Ele pode voltar a qualquer momento.

Conclusão

Falar de Cristo aos religiosos não é tarefa simples, mas necessária e urgente. Por essa razão, prepare-se adequadamente visando alcançar os grupos mencionados e, também, outros, dentro e fora dos país. Ninguém pode ser esquecido em nossas ações missionárias e evangelísticas.

E.A.G.

Este artigo está composto de textos extraídos das seguintes publicações:
Lições Bíblicas - Professor; O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, página 60; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Ensinador Cristão, página 40; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A evangelização urbana e suas estratégias

Por Eliseu Antonio Gomes

"Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles" - Mateus 11.1.

A palavra "cidade" origina-se do vocábulo grego "polis". E dessa provém o nome que emprestamos  ao ofício política - que deveria sempre promover o bem comum de toda a sociedade, mas nem sempre é assim. Embora "política" seja  a arte e a ciência de governar, muitas vezes, ela não parece nem humana, nem exata e muito menos bonita. E por este motivo, os cristãos precisam incluir no exercício da política gente que a exerça tendo em seu coração virtudes indispensáveis, que são: amor a Deus e ao próximo, moral irrefutável e comprovada vocação para administrar a coisa pública.

A salvação pela graça
Arlindo, o evangelista
Existem evidências de vida após a morte?
Diga não às drogas
O nome de Deus
Os verdadeiros sábios
Salvação e Livre-Arbítrio

sábado, 23 de julho de 2016

O trabalho e atributo do ganhador de almas

EBD - terceiro trimestre de 2016 - CPAD. O Desafio da evangelizacão. Obedecendo ao ide do Senhor de levar as Boas Novas a toda criatura. Comentarista: Claudionor de Andrade. Lição 4: O trabalho e atributo do granhador de almas.
Por Eliseu Antonio Gomes

A palavra "evangelista" provém do vocábulo grego "euaggelistes", e significa aquele que traz boas-novas.  O termo era usado no período da Grécia Clássica, para designar a pessoa incumbida de comunicar uma notícia agradável. A partir da fundação da Igreja de Cristo, no Pentecostes, a palavra passou a designar aquele que proclama o Evangelho. O evangelista é chamado e vocacionado para ganhar almas.

A palavra "evangelista" é composta por dois vocábulos gregos: "eu" (bom); e, "ággelos" (anjo ou mensageiro). A etimologia do termo leva-nos a concluir que o evangelista é o "anjo / mensageiro do bem". Eis o porque no Apocalipse, os responsáveis pela igreja na Ásia Menor foram assim nomeados pelo Senhor.

Os atributos do evangelista, são:
• amor às almas;
• ser chamado por Deus;
• conhecimento da Palavra de Deus;
• fé;
• espiritualidade plena;
• disponibilidade;
• perseverança.
No Antigo Testamento, o ministério que se aproxima ao do evangelista neotestamentário é o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de "mensageiro" e "pregador". O ministério profético neotestamentário tinha o objetivo de convencer o rei e o povo de seus pecados, arrependerem-se, e voltar a andar segundo a vontade de Deus, tal qual a objetivo da evangelização nos dias atuais.

O trabalho de evangelista é um precioso dom de Cristo à Igreja, é a capacitação espiritual dada aos obreiros, a vocação dada por Deus através do Espírito Santo, e confiado à Igreja por Cristo, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas da salvação. Sem o ministério da proclamação, o Evangelho teria morrido em Jerusalém.

O dom de evangelista é um dom ministerial, outorgado à Igreja pelo Espírito Santo. Na Carta aos Efésios, capítulo 4, versículo 11, o apóstolo Paulo apresenta o dom de evangelista como sendo o segundo dom ministerial em importância. Os que recebem este dom são impulsionados pelo Espírito Santo a proclamar a mensagem do Evangelho, que reúne em si a oferta e o poder da salvação (Romanos 1.16). Entretanto, todo crente tem como tarefa suprema evangelizar e ganhar almas para Cristo.

Por intermédio de obreiros como Filipe, a mensagem da cruz ultrapassou a fronteira da Judeia. Em Atos 8, encontramos o relato da atuação de Filipe em Cesareia, Gaza, Azoto e Samaria. E de Samaria, as Boas-Novas não demoraram a alcançar os confins da Terra. Filipe claramente retrata o papel do bom evangelista. O livro de Atos nos conta que ele, junto com Estevão, foi um dos sete diáconos mais importantes nomeados originalmente para cuidar das viúvas (6.1-6); era morador de Cesareia, era pai de quatro filhas virgens que profetizavam na Igreja Primitiva (Atos 21.8-9). Durante a perseguição promovida por Saulo de Tarso, foi forçado a mudar-se com a família para Samaria (8.5). E, através de Filipe toda a Samaria foi evangelizada (8.4-7). O livro de Atos também narra que Filipe, guiado pelo anjo do Senhor, foi ao caminho de Gaza e Jerusalém e ali encontrou o eunuco e mordomo-mor da rainha dos etíopes, Candance; o etíope lia a Escritura no livro de Isaías, mas não entendia a leitura; Filipe, percebendo a inabilidade do etíope, passou a explicar o texto sagrado, e assim aquele homem teve um encontro com Cristo (8.26-40).

O Arauto do Reino de Deus, o portador das Boas-Novas, vivendo neste mundo em que a sociedade está dominada pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a humanidade, ama o pecador e não economiza esforços para alcançá-la em todas as esferas da sua existência. Amar: esta é a palavra-chave do autêntico evangelista de Cristo!

O ministério evangelístico não se limita a uma escolha pessoal; firma-se em uma intimação do próprio Cristo. Devemos evangelizar não porque seja agradável, fácil, ou porque podemos ter sucesso, mas porque Jesus nos chamou.

O evangelista consciente de seu ministério não se limita a evangelizar baseado na itinerância. O deslocamento do evangelista contemporâneo se dá no sentido de encontrar não-crentes, os que não conhecem o Evangelho. Ele vai de pessoa a pessoa, casa a casa, rua a rua, comunidade em comunidade. Ele vai a lugares que ninguém vai, e apresenta o plano da salvação em lugares onde Cristo nunca foi anunciado. Além disso, realiza a apologia da fé cristã e integra o novo-convertido ao meio social da congregação.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, página 38; ano 17, nº 67, julho-setembro de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas - O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 27-29, 31; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 39 e 40; 1ª edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Deus, o primeiro evangelista


EBD - terceiro trimestre de 2016. CPAD - O Desafio da evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas Novas a toda criatura - Claudionor de Andrade. Lição 2: Deus, o primeiro evangelista
Por Eliseu Antonio Gomes 

Faz todo sentido dizer que Deus foi o primeiro evangelista da História, pois a primeira iniciativa de se revelar ao homem foi exclusivamente dEle. Foi Deus, que deu início ao trabalho de evangelização. É por isso que a Bíblia, ao contrário de todos os os outros livros sagrados, é lida e relida, sem jamais deixar de ser atraente.

Deus se compraz em anunciar as Boas-Novas à humanidade caída e carente de sua graça. Ele proclama, quer pessoalmente, quer através de seus profetas e apóstolos, a Salvação a todos os povos da Terra. Até mesmo em seus juízos, entrevemos o inexplicável amor, que o constrangeu a entregar o Filho Unigênito a morrer em nosso lugar.

De Adão, o primeiro homem, a Abraão, o primeiro patriarca dos hebreus, temos uma pausa de aproximadamente dois mil anos. Nesse período, o Reino de Deus parecia engolido pelo império de Satanás. Todavia, como um dos atributos de Deus é o amor pela humanidade, o que fez com que Ele se tornasse o primeiro evangelista, o Evangelista Eterno estava apenas preparando o caminho de seu Filho que, decorridos mais de dois milênios, haveria de nascer em Belém de Judá. Desta maneira, o Senhor foi à busca do homem perdido.

Na passagem bíblica de João 5.17, lemos que Jesus afirmou que o Pai trabalha até agora e que Ele trabalha também. Mas qual é o trabalho do Pai? Não é criar, pois tudo o que havia de ser criado, já o foi. Neste momento, Deus não não mais anuncia pessoalmente o Evangelho, como fez no Éden e ao patriarca Abraão. Entretanto, não cessa de abrir portas, abençoar missões e missionários. Por intermédio de mim e de você, expande as fronteiras de seu Reino.

A Palavra de Deus é evangélica

Nenhuma outra escritura é tão linda quanto a Bíblia. Nenhum profeta é citado como Moisés. Quanto a Jesus Cristo, nosso Senhor, nenhum ser humano é tão evocado quanto Ele.

A Bíblia não se limita a conter a Palavra de Deus. Ela é a Palavra de Deus que evangeliza e redime o pecador, quando-o às regiões mais celestes (Efésios 2.6). Todas as vezes que a Sagrada Escritura é lida, ouve-se o próprio Deus evangelizando. Por isso, quem rejeita o Filho, rejeita o Pai.

A Bíblia Sagrada é o livro de Deus, uma coleção de livros essencialmente evangélicos. Do Gênesis ao Apocalipse, temos uma proclamação evangelística que, tendo início na criação, vai até a consumação de todas as coisas, inaugurando o Novo Céu e a Nova Terra. Do primeiro ao último livro do cânon, Jesus é apresentado  como o Cristo prometido pelo Pai aos patriarcas e santos profetas.

A história do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), dos Escritos (Josué a Cantares) e dos Profetas (Isaías a Malaquias), que formam o cânon do Antigo Testamento, é a extensão dessa Aliança de Deus com Abraão - essa é uma das razões pelas quais o Antigo Testamento é indissolúvel do Novo. Nesse sentido, além de Abraão e Moisés, a história de Israel, sua poesia e seus escritos proféticos são comprometidamente evangélicos, haja vista a exposição messiânica que o Divino Mestre explanou aos discípulos no caminho de Emaús (Lucas 24.13-35).

Em Gênesis, ainda no Jardim do Éden, o Senhor trata Adão e Eva com amor e misericórdia, após a queda do casal. Substitui os seus andrajos de figueira por pele de um animal vicário como roupa. Não bastasse tanto cuidado e afeição, anuncia-lhes o proto-evangelho, destacando a redenção da humanidade (Gênesis 3.15; 12.1-2). Proclama aos nossos pais, a vinda da semente da mulher, que haveria de pisar a cabeça de Satanás. Mais tarde, ao convocar Abraão à verdadeira fé, promete-lhe que, através de sua geração, seriam abençoadas todas as nações da terra.

No Êxodo, a Páscoa ilustra não apenas a liberdade de Israel, mas também a libertação de todos os que, em todos os lugares, recebem o Cordeiro de Deus como o seu Salvador (Êxodo 12.1-28; 1 Coríntios 5.7; 1 Pedro 1.19).

Em Deuteronômio, 18.15, Moisés fala abertamente sobre o Messias que havia de vir: "O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás."

A fase mosaica enriqueceu a religião dos israelitas de muitas maneiras, tornando-a uma religião de redenção milagrosa, monoteísmo positivo, consagração devotada, ética, dinâmica, fé responsável, amor e obediência, culto organizado, lei em comum e uma grande esperança. Embora ela não acrescentasse muitas referências à universalidade, enfatizava o caráter inclusivo no prelúdio memorável que precede a inauguração de Israel como uma nação, a realização do Decálogo e do pacto.

Em Apocalipse, o Espírito Santo revela a João que o Senhor, para redimir-nos, não morreu apenas no tempo. Na presciência divina, o Cordeiro de Deus já estava morto antes mesmo dos eventos registrados em Gênesis (Apocalipse 13.8). Nossa redenção, por este motivo, transcende o tempo e os eventos da criação; é eterna (Hebreus 9.12). Portanto, quando ainda não havia pecado e pecadores, o amoroso Deus já tinha estabelecido as bases da nossa salvação.

Na chamada de Abraão tem início o Evangelho de Jesus Cristo

Abraão iniciou sua vida em Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, e dali mudou-se com a família para Harã. As duas localidades concentravam pessoas idólatras, acostumadas a cultuar a Lua.

Ao chamar Abraão, Deus evangelizou-o, conforme enfatiza o apóstolo Paulo: "Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos" - Gálatas 3.8. Na ocasião em que o patriarca ouviu a promessa, que inclui o mundo inteiro, relatada em Gênesis 12.3, talvez ele ainda estivesse em Ur dos caldeus. É a promessa mais completa, são repetidas em Gênesis 18.19; 22.19; Atos 3.25).

Abraão ouviu o anúncio do EvangelhoQuando o patriarca ouviu a voz de Deus, que o convocou a peregrinar numa terra desconhecida e distante, afastar-se da sociedade pagã em que morava, ele saiu, pela fé, em busca de uma terra divinamente prometida à sua descendência, um lugar que Deus haveria de lhe mostrar.

O chamamento do Todo-Poderoso não queria trazer privilégio e favores para Abraão e seus herdeiros. O propósito era, a partir dele e dos seus descendentes, preparar o mundo para a chegada do Messias. Assim como Deus não chama seu ministro apenas para o bem do ministro, mas objetivando o bem da consagração, da comunidade e do mundo, Deus não chamou Abraão visando somente o seu bem-estar.

Evangelizado, Abraão fez-se evangelista e passou a apregoar o conhecimento divino (Gênesis 20.7). Implantou a genuína fé, ensinando seus contemporâneos  a adorar ao único e Verdadeiro Deus. Através dele, o povo hebreu passou a viver como o povo escolhido de Deus para proclamar o Salvador às nações e as virtudes do Altíssimo, conforme atestam as Escrituras Sagradas.

Antioquia, a Igreja missionária

Três fatores levaram Antioquia a ser conhecida como a Igreja Missionária por excelência: doutrina, testemunho e oração.

O testemunho do crente antioquiano era tão poderoso, que levou os incrédulos a apelidarem aquele povo de cristãos. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Além disso, levemos em conta o preparo bíblico-teológico daquela igreja que, em seu ministério, havia ali não apenas evangelistas, mas também  apóstolos, profetas, pastores e mestres. E para completar, a congregação de Antioquia era composta de membros que oravam constantemente em favor dos missionários que enviava ao campo de missões.

Deus exige de cada crente uma atitude evangelística responsável e amorosa

Há inúmeros grupos sociais que são desafiadores no que diz respeito a evangelização. Jesus ordenou-nos a pregar o Evangelho a toda criatura. Assim sendo, se desprezarmos algum grupo, deixaremos de cumprir a Grande Comissão.

Quando estudamos a Palavra, percebemos que Jesus não esperava as pessoas irem até Ele, Ele é quem ia em direção aos necessitados. Então, como sua Igreja, devemos focar em iniciativas evangelísticas. Precisamos pensar: "Onde estão os mais necessitados, nos hospitais?"; "Nos presídios?"; "Nos Centros de Recuperação para Menores Infratores?". E, onde estão os mais necessitados nós devemos ir para anunciar o Evangelho de Cristo e levar o ensino da Palavra. Existem muitos necessitados de aprendizagem espiritual, pessoas não salvas que precisam ter um encontro com Jesus, saber que são amados por Deus e por nós, os cristãos, entender claramente o Plano da Salvação.

A fé no Deus único e Verdadeiro não pode circunscrever-se a uma nacionalidade, deve ser proclamada a todos, em todo lugar, em todo o tempo e lugar, por todos os meios. A fé não pode ser restringida a um território, a uma cidade, a um santuário, a um objeto sagrado. O Deus de Israel é o Deus de todos os povos, porque sua é a terra e a sua plenitude, portanto, o Evangelho de Cristo é de alcance universal. Transcende os olhos; transcende a família, transcende a etnia (Gálatas 3.26-28; Mateus 12.49-50; Atos 10.15).

Conclusão

O amor de Deus é incondicional,  toda a sua palavra é amorosamente evangelizadora. Precisamos amar as pessoas como Ele nos amou, desejar a elas aquilo que queremos para nós. Se desejamos que toda nossa família seja salva e nos esforçamos para isso, precisamos também nos esforçar para que outras famílias conheçam o amor de Deus e sejam alcançadas pela sua graça. A evangelização mundial é a tarefa intransferível da Igreja de Cristo, pois por meio da Igreja a Palavra de Deus alcança os confins da terra. Somente nós, cristãos, poderemos executá-la. Seguindo o exemplo do Senhor dos Céus e da Terra, proclamemos com zelo o Evangelho de Jesus Cristo.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, páginas 23, 24, 26, 31, 37; ano 17, nº 67, julho-setembro de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições Bíblicas - O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 11 a 16; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 19-27; 1ª edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

quinta-feira, 30 de junho de 2016

O que é evangelização?

EBD - Lições Bíblicas - Professor, Claudionor de Andrade, 3º trimestre de 2016, Rio de Janeiro (CPAD). Lição nª 1: O que é evangelização?
Por Eliseu Antonio Gomes 

No princípio da Igreja, a notável comunidade de evangélicos em Jerusalém e arredores foram alvo da perseguição de homens como o então Saulo de Tarso, de modo que muitos discípulos que moravam em Israel tiveram que fugir para não morrer. Os apóstolos, apesar disso, permaneceram ali por um bom tempo.

Desde então, o Evangelho é divulgado de diversas maneiras, chegando aos dias atuais, em que meios de comunicação se transformaram em poderosas ferramentas na evangelização dos povos.

O Evangelho

Evangelho: palavra bastante usada no Novo Testamento para denotar a mensagem de Cristo. O termo grego é "euaggélion", significado literalmente "boa nova". A palavra é composta por dois vocábulos gregos: "eu" (bom) e aggélion" (anúncio). Ganhou um termo técnico para a mensagem essencial da salvação. Quando da tradução do Antigo Testamento, do hebraico para o grego, os Setenta utilizaram-na, por exemplo, em 2 Reis 18.20, 22, 25.

Jesus é o evangelista por excelência, porque Ele é tanto o evangelizador como o próprio Evangelho. Nele, a evangelização fez-se plena não somente pelo que Ele disse, mas principalmente pelo que Ele realizou (Lucas 24.19). O Senhor veio transmitir, em sua plenitude, o Evangelho de Deus. Se, por um lado, proclamou a redenção da alma, por outro, não deixou de anunciar a cura do corpo - curando os enfermos. Em seus lábios, a palavra Evangelho adquire um significado novo, profundo e dinâmico, não se refere  mais à mera recompensa a quem traz uma boa notícia, generosamente contempla os que nada merecem.

O conteúdo do Evangelho é claramente definido no Novo Testamento. É a mensagem proclamada e aceita na igreja cristã, pois foi recebida por todos os crentes e defendida por seu raciocínio, e constituiu uma parte vital de sua experiência. É histórica em seu conteúdo, bíblica.

Mateus 28.19-20: A Grande Comissão

Antes de ascender aos céus, porque toda a autoridade nos céus e na terra foi entregue a Jesus, o Senhor deixou, para todos os seus discípulos, a Grande Comissão. O mandado para as missões acha-se em cada evangelho e em Atos dos Apóstolos.

O "Ide" (no grego "poreuthentes" não é um imperativo. Significa, literalmente, "tendo ido". Jesus toma por certo que os crentes irão, quer por vocação, por lazer, ou por perseguição. A única ordem encontrada nesta passagem bíblica é "façam discípulos" ("mathêteusate"), que inclui batizá-los e ensiná-los continuamente.

Jesus Cristo conquistou na cruz a parte impossível da salvação. Por causa dEle, hoje, "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". Porém, porque ainda há 2 bilhões de pessoas no mundo que nunca ouviram falar do Salvador? A resposta vem adiante do versículo: além da questão do livre-arbítrio, a Igreja falha na parte que lhe cabe neste processo. Pois, como invocarão em quem não creram? e como poderiam crer naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não houver quem anuncie e ensine o caminho do Céu (Romanos 10.13-14).

Consideremos a simultaneidade do modelo evangelístico do Novo Testamento: a cidade, o país e o mundo devem ser evangelizados ao mesmo tempo , e não sucessivamente.

Evangelismo

A evangelização do mundo é a pauta mais importante da agenda eclesiástica. Como discípulos, temos a responsabilidade de continuar o trabalho que foi iniciado pelo Salvador. Nessa missão, não estamos sozinhos, pois Ele prometeu que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Ao invés de esperarmos que os pecadores venham à nossa procura, nós iremos até eles com o Evangelho.

As fórmulas de evangelização são muitas. É preciso buscar todos os meios disponíveis para evangelizar. Não apenas o eletrônico, digital, por intermédio da televisão ou da Internet, mas principalmente no relacionamento interpessoal. As melhores e mais eficazes evangelizações se deram num a conversa. Acredite, você não precisa ir aos lugares mais distantes e remotos da Terra para evangelizar. É possível obedecer ao "ide" de Jesus em locais bem mais perto do que imagina: em leitos hospitalares; nos horários vagos de expediente de trabalho; durante os intervalos de aulas na escola; em filas de banco; numa praça de alimentação; em uma casa; no consultório médico; no transporte público, como ônibus, táxi, avião, etc; num bate-papo descontraído com seus vizinhos.

A estratégia ordenada por Cristo é expansiva. Isto é, partindo de Jerusalém, os apóstolos haveriam de chegar aos confins da Terra. Portanto, os cristãos devem partir de dentro para fora, até que o mundo seja evangelizado. 

Evangelismo pessoal é a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é levá-los a Cristo, o Salvador (João 1.41 - 42; Atos 8.30).  A importância do evangelismo pessoal constata-se no fato de que a evangelização dos pecadores foi o último assunto de Jesus aos discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou à igreja o encargo da evangelização do mundo (Marcos 16.15).

O objetivo da missão evangelística é difundir o cristianismo, não a cristandade visível e cheia de erros.

Quem deve evangelizar?

Quando Jesus Cristo se dirigiu pela última vez a seus discípulos ainda neste mundo, eles estavam na Galileia. Naquele momento, o Senhor outorgou a Grande Comissão a seus discípulos (Mateus 28.19-20). Os cristãos primitivos acataram esta determinação do Mestre. Cada crente pode e deve ser um ganhador de almas, em tempo e fora de tempo. Todos os discípulos de Jesus têm a nobre missão de evangelizar até os confins da Terra. Nada pode impedir o cristão de ganhar almas para Jesus, se ele propuser isso em seu coração.

Evangelizar é a missão mais importante e urgente da Igreja de Cristo e não pode ser adiada e nem substituída. A principal missão da Igreja neste mundo é conduzir homens a Jesus Cristo por intermédio da mensagem da cruz. Se a Igreja não evangeliza, já não é cristã, nem igreja; não passa de uma organização prestes a desaparecer. Pois, a Igreja foi estabelecida por Cristo com a finalidade de evangelizar a todos, em todo tempo e lugar, por todos os meios possíveis.

O cristão não deve ser apenas evangélico, precisa ser também evangelizador, preocupar-se menos com as atividades dentro da igreja e mais com as almas perdidas. A agenda de evangelização está na ordem de prioridade e urgência do cristianismo. O cristão é desafiado a ir à evangelização urbana e tornar Jesus visível em cada rua, em cada praça, em cada logradouro público. Então, que a cidade seja considerada um lugar de estratégias para a evangelização de todo o mundo.

A chamada especial de Deus para o ministério está reservada a determinados crentes, mas a chamada geral para ganhar almas é feita a todos os crentes. A evangelização não é uma missão exclusiva dos pastores, missionários evangelistas, todo crente tem como missão testemunhar de Jesus Cristo. Fomos salvos para anunciar as Boas Novas.

Neste mundo em que jaz o maligno, sempre é possível livrar uma alma do lago de fogo. Se não falarmos de Cristo, que esperança restará para esta geração confusa, deprimida e sem horizontes?

Os alvos da evangelização

O mundo jaz no maligno, portanto, implementemos a evangelização (1 João 5.19). Diante da multidão pecadora - que sem o saber anseiam por um encontro pessoal com Deus por intermédio de Cristo -  não podemos ficar indiferentes. Uns encontram-se aprisionados pelas drogas, outros, pela devassidão e pela violência. E, ainda, existe quem esteja enganado pelas falsas religiões.

Estamos vivendo na era da informação e da comunicação. Podemos contar com vários recursos tecnológicos para a propagação do Reino, mas muitos povos, tribos e nações ainda não ouviram nada ou quase nada a respeito do Evangelho de Cristo e não foram alcançados.

Na evangelização urbana é preciso haver planejamento, pois não convém que nenhuma alma fique de fora da ação evangelizadora da Igreja de Cristo. Toda a cidade deve ser contemplada, além das áreas de risco, como as cracolândias e antros de prostituição, além das áreas mais carentes, os moradores de condomínios mais luxuosos também precisam ser alcançados. Para que o trabalho seja bem-sucedido, é necessário que as equipes evangelísticas sejam preparadas antecipadamente.

Evangelizadores

Os primeiros discípulos evangelizavam com ousadia e determinação (Atos 4.20). Contemporâneos do evento do Pentecostes, através do poder do Espírito Santo, evangelizaram ao mesmo tempo a cidade em que estavam, a região em derredor, o país e o mundo de sua época. Não realizaram um trabalho sucessivo, mas concomitante: partiram de Jerusalém, passaram pela Judeia e Samaria e alcançaram os confins da Terra, sem esquecer as áreas já alcançadas.

A evangelização não é um trabalho opcional da Igreja, não é uma obrigação apenas do pastor e dos obreiros, é dever de todo aquele que se diz discípulo de Jesus, é uma obrigação de cada seguidor de Cristo (1 Coríntios 9.16).

Que possamos anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, ajudando as pessoas a trilhar os caminhos do Senhor. Se quisermos, como Igreja, cumprir a nossa missão, não podemos nos isentar do trabalho, do sacrifício e da responsabilidade, pois em breve Jesus virá. Façamos a obra do Senhor "enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" (João 9.4).

A experiência básica do evangelista é o batismo com o Espírito Santo, porém o trabalho eficiente tem origem no Pentecostes. Deus nos chama para evangelizar, portanto, que nenhum cristão deixe de buscar o poder do alto. Com assistência do Espírito, poderemos anunciar eficazmente o Evangelho de Cristo. 

Conclusão

Os cristãos vivem em meio aos constantes desafios, que a cada dia se tornam mais acirrados, mas é justamente em tempos difíceis que encontram as melhores oportunidades para anunciar a Cristo aos pecadores. Evangelizar todos os povos é a missão mais importante e urgente da Igreja de Cristo; sendo suprema, não podemos adiá-la e nem substituí-la.

Comecemos a evangelização focando os entes queridos de nossa casa. Lembrando que Jesus nos constrange a evangelizar, contudo, não nos obriga a converter o mundo - concede às almas o livre-arbítrio Conferir: 2 Coríntios 2.14-16.

Bem pertinho de nós, há alguém suspirando pelo Evangelho que salva, transforma e reconcilia-nos com Deus. Creiamos no poder do Evangelho, falemos de Cristo e constatemos que nenhuma porta resiste ao impacto da Palavra de Deus, seja porque somos o bom perfume de Cristo para os que se salvam ou porque exalamos o cheiro da morte espiritual aos que rejeitam ao Senhor.

Embora o contexto de evangelização possa mudar, pois o mundo está em constante transformação, o objetivo da mensagem permanece o mesmo: apresentar o Cristo Crucificado, o Cristo Ressurreto e fazer o convite ao arrependimento.

Se cada cristão entender que é uma testemunha de Jesus em sua geração, a igreja cumprirá sua missão evangelística na localidade onde está inserida com mais facilidade. Ninguém conseguirá realizar a obra missionária sozinho, mas em união é menor a dificuldade de alcançar o bairro, a cidade, o país e demais nações.

Os campos já estão brancos para a ceifa, mas onde estão os ceifeiros? E como estes irão se não forem enviados?

E.A.G.

Compilações:
Lições Bíblicas - O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 2, 5, 6, 7, 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Ensinador Cristão, página 1, 22, 25, 26, 31, 36; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 6, 10, 17, 18; 1ª edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

domingo, 19 de junho de 2016

Você é um projeto de Deus

- Desisto - disse Alan - Não tenho paciência para continuar tentando.

Com a experiência adquirida ao longo dos anos, o pai colocou-se calmamente ao lado do filho, que transpirava excessivamente.

- Qual é o problema, Alan? - disse o pai, olhando para as pequenas peças do ventilador.

- Estão faltando peças neste ventilador, meu pai.

- Tem certeza?

- Absoluta.

Percebendo que o filho se precipitara, aproveitou a oportunidade para ensinar-lhe uma grande lição, oferecendo para auxiliar o garoto na montagem do aparelho.

Alan, um adolescente de 14 anos, gostava de trabalhos manuais, porém mostrava-se hiperativo e ansioso. Assim, rapidamente antecipou-se ao pai, apanhou as ferramentas e as peças do ventilador, e mais uma vez ignorou o manual de instrução. O pai continuava observando as tentativas do menino e os seus repetidos fracassos...

Minutos depois, Alan chegou à conclusão de que, além de ter perdido tempo, desprezara o auxílio de seu pai.

Envergonhado, disse:

- Pai, desculpe-me. Preciso de ajuda.

- Muito bem, Alan. O que você acha que está faltando para montar o aparelho corretamente?

- Bem, deixe-me ver... O manual de instrução.

O pai fez sinal de positivo, e eles começaram a leitura do manual, identificando as peças e aprendendo ajustar uma à outra. Não demorou muito para que o aparelho estivesse montado, isnstalado no teto e refrescando o quarto de Alan.

- Com o manual, tudo ficou mais fácil, papai. Seria muito bom se a gente tivesse também um manual de funcionamento - disse Alan, empolgado com a comodidade propiciada pelo aparelho.

Tem razão, mas, e se eu lhe dissesse que cada um de nós tem um manual?

- Sério? - surpreendeu-se Alan.

O pai retirou-se por um instante, voltou com uma Bíblia e continuou:

- Cada ser humano é um projeto de Deus. Nosso correto desenvolvimento e modo de viver só aconcetecem quando vivemos orientados por este Manual.

Depois de dizer isso, o pai saiu e, após algum tempo, voltou ao quarto do filho e o encontrou lendo a Bíblia. Para não atrapalhar, fez um sinal e retirou-se, mas, antes que saísse, Alan gritou:

- Pai, estou lendo este Manual para não cometer em minha vida os mesmos erros de montagem do ventilador.

Prezado leitor, você é um projeto de Deus. Sabe porque se sente insatisfeito e não aceita as mudanças que estão ocorrendo em sua vida? Porque não está se orientando pelo Manual de instrução - a Bíblia Sagrada. Se não fizer isso, nunca estará "pronto".

Sua vida jamais será a mesma se deixar que o Criador o oriente no desenvolvimento desse projeto. Este é o melhor tempo para isso; a Bíblia diz:

"Lembre do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: 'Não tenho mais prazer na vida' ” - Eclesiastes 12.1 (NTLH).

"Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede" - João 6.35.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cosmovisão missionária


EBD-CPAD-Lições Bíblicas - Adultos: Maravilhosa Graça o evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Autor: José Gonçalves. Lição 12: Cosmovisão missionária
Por Eliseu Antonio Gomes

A ordem dada por Jesus aos seus discípulos, após a sua ressurreição, foi para que fossem e ensinassem todas as nações, batizasse-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, e orientasse-as a reter no coração todas as coisas que Ele mandou praticar. Esta ordem é chamada comumente de A Grande Comissão. É o apelo de Jesus para os discípulos difundirem o Evangelho, é a tarefa que o apóstolo Paulo encarou, corajosamente, após sua conversão.

O amor de Deus pela humanidade é incomensurável. "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16.

O amor de Deus pela humanidade não é um simples sentimento, mas uma atitude concreta de salvação: o envio de seu Filho Jesus Cristo por meio da missão sacrificial. É um amor redentor, que envia e alcança o perdido, e que se entrega voluntariamente. É um amor profundamente missionário.

Anunciar o Evangelho é uma ordenança de Jesus Cristo para a Igreja. "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" - Mateus 28.19.

Cada vez que a Grande Comissão é apresentada, surge uma ênfase diferente. Em Mateus, Jesus envia os discípulos a fazer outros discípulos, batizá-los e assim integrá-los dentro da vida da igreja e ensiná-los a obedecer a tudo que Jesus ordenou. Em Marcos, somos chamados a pregar; em Lucas, a testemunhar; e, em João,a representar Jesus.

A Grande Comissão de acordo com Mateus é significativamente normativa para o avanço missionário da Igreja. Estudiosos, principalmente nas últimas décadas, têm concordado em sugerir que o último capítulo do primeiro Evangelho serve como o ponto de partida para toda a narrativa de Mateus; o escritor coloca o mandamento de Cristo no final, porém, o tem como alvo.

A autoridade de Jesus impulsiona a Igreja a ir; é uma consequência, não uma opção. Por causa da autoridade concedida a Jesus, os seus discípulos devem ir às nações, literalmente às "etnias".

O termo "fazei discípulos" vem de um verbo que não existe em português; fazer discípulos é a tarefa da Igreja gerar mais seguidores de Jesus Cristo. Esta tarefa é a missão da Igreja através da Palavra e da ação de compaixão da Igreja. Gente de todas as nações. O escopo da obra missionária é mundial, deve alcançar todas as nações da terra (24.14; Atos 1.8). 

A Igreja tem como missão primordial educar e evangelizar. "Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" - Mateus 28.20.

Jesus estabeleceu um método reprodutivo prioritário para missões. Este é o método recomendado por Jesus: ensinar o que Jesus ensinou, ensinar a dependência do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinar a praticar a fé, e não apenas saber a seu respeito.

Mateus começou seu evangelho falando do Emanuel, o Deus conosco (1.23), e termina com com a promessa sublime de Jesus Cristo, declarando que está conosco até o final da história.

O segundo aspecto do "fazer discípulos" é ensinar aos novos discípulos "todas as coisas que vos tenho ordenado", a fim de que eles possam obedecer à lei real, a lei de Jesus Cristo. Os ensinos de Jesus Cristo precisam ser guardados pelos seus discípulos (Salmos 119.11). 

A Igreja deve alcançar os confins da terra. "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra" - Atos 1.8.

Jesus, ao comissionar seus discípulos para alcançarem o mundo com sua mensagem, prometeu a provisão de que os discípulos precisavam para serem bem-sucedidos, não prometeu aos seus discípulos autoridade ou influência. Em vez disso  ele lhes prometeu "poder", o único recurso de que eles de fato precisavam para fazer bem  o trabalho que lhes tinha dado.

Lucas usa o termo "poder" de uma maneira especial com Jesus e a Igreja, revelando assim a natureza dinâmica da concepção divina da vida humana e do cosmo, descrevendo a capacitação nas atividades de evangelismo realizadas pelos seguidores de Cristo, "poder" que garante que o trabalho obtenha resultados bem-sucedidos.

Poder é palavra traduzida do vocábulo grego "dúnamis", que, além de "poder", também significa "habilidade" e "capacitação".  O poder, a habilidade e a capacitação, provém da graça de Deus. Através da graça divina realizamos o que seria impossível fazermos por nós mesmos. Após a capacitação, Jesus prometeu aos discípulos a presença do Espírito Santo, que trabalharia por meio deles, para realizar o plano de Deus.

A salvação e a santificação  não são uma questão de obedecer a um conjunto de instruções, mas de depender do Espírito Santo que habita em nós para nos transformar de dentro para fora (Romanos 8.1-17).

"Marturos", também do grego, significa dar  um relato, ou testemunho, dos fatos em primeira mão na esfera legal. Também testemunhar de verdades ou confessar convicções (Atos 14.12; 23.11). Dessa palavra grega está associada "mártir", porque muitas testemunhas morreram pela fé.

Como as pessoas ouvirão o Evangelho se não há quem pregue? "Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!" - Romanos 10.14-15.

Ao reservar um espaço na Carta aos Romanos, para tratar do seu projeto missionário, Paulo desejava que os crentes romanos compartilhassem do propósito de sua chamada, isto é, a conversão do mundo gentílico.

Paulo se inclui como quem prega e, por implicação, inclui todos os missionários na história da comunicação da fé. O apóstolo demonstra, em sua redação de Paulo aos crentes de Roma, a predisposição para anunciar a Cristo onde Ele não fora anunciado e apresenta a esperança renovada na missão de Deus lhe deu. Estas duas características são características que brotam naturalmente no coração do leitor que lê a Carta aos Romanos, quando a leitura é feita com o coração aberto para ouvir o Senhor falar.

Como os anunciadores pregarão se não forem enviados?  "Esforçando-me, deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio" - Romanos 15.20.

O evangelho exige o envio de mensageiros. E se há uma característica de Paulo que podemos confirmar na Carta aos Romanos é o seu fervor missionário. O apóstolo era um homem com coração inteiramente voltado para missões. Sua vocação era principalmente entre os gentios (Atos 9.15; 15.12; Romanos 1.5; 15.18; Gálatas 1.16; 2.2, 7; Efésios 3.8; 1 Timóteo 2.7), mas ele sempre mantinha um olho no seu povo segundo a carne - os judeus (Romanos 11.13-14).

O capítulo 15 da Carta aos Romanos mostra a predisposição de Paulo em anunciar a Cristo a quem nunca ouviu falar sobre o Salvador (versículo 20). Esta visão missionária, honesta, ética, é a mais fiel ao Evangelho, pois não está voltada para um projeto de extensão de instituições religiosas, mas em alcançar corações  e mentes que ainda não conhecem a Deus e a justiça do Reino.

Conclusão

Assim como o ministério de evangelismo de Paulo era instrumentalizado pelo Espírito Santo, o Movimento Pentecostal da atualidade é a mais poderosa força geradora de missões, porque dá lugar a ação sobrenatural do Espírito Santo. O Espírito Santo é o responsável  e dá ao cristão o poder de convencimento ao mundo perdido de que Jesus Cristo está vivo e salva o pecador perdido.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia Missionária de Estudo, páginas 937, 938, 1032, 1068, 1154, edição 2014,  Barueri / SP, (SBB).
Ensinador Cristão, ano 17, nº 66, página 42, abril a junho de 2016, Rio de Janeiro (CPAD). 
Lições Bíblicas - Professor - Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos; José Gonçalves, 2º trimestre de 2016, página 88, Rio de Janeiro (CPAD). 

terça-feira, 10 de maio de 2016

EBD: 3º trimestre de 2016 (CPAD): O Desafio da evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura. Comentarista: Claudionor de Andrade


A revista Lições Bíblicas Adultos, usada no 3º trimestre de 2016 nas igrejas que adotaram o currículo elaborado pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).

Tema: O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de Levar as Boas-Novas a Toda Criatura.

Comentários: Pastor Claudionor de Andrade.

Leitor sublinha trecho da sua leitura com cor amarelo. EBD: 3º trimestre de 2016 (CPAD): O Desafio da evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura. Comentários de Claudionor de AndradeSumário:

Lição 9 - A Evangelização das Crianças
Lição 10 - O Poder da Evangelização na Família
Lição 12 - A Evangelização Real na Era Digital 
Lição 13 - A Evangelização Integral nesta Última Hora