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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Morte e ressurreição - Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção


Eliseu Antonio Gomes

"Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez por todas para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, não para tirar pecados, mas para salvar aqueles que esperam por ele" - Hebreus 9.28.

A verdade mais significativa de toda a profecia bíblica está na certeza de que Jesus Cristo voltará segunda vez. Este acontecimento é a chave profética que abre todos os demais eventos escatológicos. Diversas doutrinas dependem do retorno de Cristo. Por exemplo, a doutrina da ressurreição do corpo humano, que não pode ser cumprida até que Cristo venha (1 Corintios 15.23); a vitória de Cristo sobre Satanás, desde Gênesis 3.15 não será completa até a volta. Mesmo o reconhecimento dos queridos na eternidade e a prova física de que nascemos na família de Deus não se evidenciam até sua segunda vinda. O retorno de Cristo põe a funcionar o relógio de Deus quanto ao futuro pela perspectiva do plano divino da redenção.

Se o valor de um ensinamento fosse considerado pela frequência com que é mencionado, a Segunda Vinda de Cristo facilmente seria considerada uma das mais importantes doutrinas da Bíblia. Somente a doutrina da salvação é mencionada maior número de vezes.

Vinte e três dos vinte e sete livros do Novo Testamento fazem referência à Segunda Vinda do nosso Senhor à terra. Os 216 capítulos do NT contém 318 referências ao retorno de Cristo, portanto, um versículo em cada trinta nos assegura disto.

O adágio popular diz: para morrer, basta estar vivo

A despeito de nossa habilidade e sofisticação científica, ainda não dominamos a morte, ela continua irreversível, não existe solução humana para este momento terrível. Então, perder a companhia de pessoas amadas é uma das experiências mais doloridas, a tristeza que o óbito provoca é enorme, afeta a todos, independente da raça, posição social, sexo e idade.

Poucas coisas provocam mais estresse do que a morte de alguém querido, como um marido ou esposa, um parente ou amigo. Qualquer pessoa que já perdeu um ente amado, sabe o intenso sofrimento que esta separação causa. Um artigo publicado em uma revista de psicologia americana, a The American Journal of Psychiatry, afirmou que a morte é o pior tipo de perda permanente. No entanto, nós cristãos, não podemos nos esquecer que através da ressurreição de Jesus Cristo, Deus venceu a morte.

A reflexão sobre questões escatológicas é importante aos cristãos. Além de promover o conforto emocional aos que que estão em luto, aponta ao Deus que reina na história, esclarece sobre as promessas firmadas pelo Senhor quanto ao futuro promissor de todas as pessoas que são perseverantes em sua fé. Faz o crente superar a visão imediatista do mundo, evita que seja confundido com as heresias, promove o despertamento espiritual da Igreja existente nos dias atuais. Por tudo isso, a vinda de Jesus deve ser um assunto sempre em pauta na roda de nossas conversas.

O salário do pecado é a morte

Deus, na sua onisciência, já sabia sobre a entrada do pecado no mundo, bem antes da criação do ato de toda a criação. Sobre isso, devemos ter o cuidado para não interpretar de modo errado esta situação. Deus não é o autor do pecado (Jó 34.10).

Apesar de todo o pecado ser um mal, nem tudo o que consideramos mal é pecado. O pecado não deve ser confundido com o mal físico que produz prejuízos e calamidades. O pecado é a causa do mal, enquanto que o mal é o efeito do pecado.

O vocábulo "pecado" deriva do grego "hamartia", que ao pé da letra significa "errar o alvo". Quando o ser humano se afasta do objetivo que Deus deixou para ele, comete pecado (Eclesiastes 7.29). Os termos bíblicos para designar o pecado são variados: fracasso, erro, iniquidade, transgressão, contravenção, falta de lei e injustiça. O pecado é sempre dirigido contra Deus. A característica principal do pecado, em todos os seus aspectos, é que ele age em contrário à vontade de Deus.

Através das Escrituras, vemos que o princípio de todo pecado se originou no orgulho de Satanás, culminando com a sua expulsão do céu (Lucas 10.18; Apocalipse 12.7-9). O pecado teve origem entre os anjos: Isaías 14.12-15; Ezequiel 28.13-15). Deus criou os anjos dotados de perfeição, mas Lúcifer e legiões de anjos se rebelaram contra o Criador. Jesus descreve o Diabo como homicida desde o princípio; o apóstolo João afirma que ele é pecador desde o princípio (João 8.44; 1 João 3.8).

Qual a origem do pecado na história da raça humana? Esta pergunta se expande numa indagação sobre a origem do mal em todo o mundo. O pecado passou a existir no mundo através da transgressão voluntária de Adão e Eva no Éden, quando ambos cederem à tentação diabólica. A mulher dialogou com a serpente, que insinuou a Eva que se ela desobedecesse ao Criador, comendo o fruto que não lhe era permitido experimentar se tornariam igual ao Criador  e viveria para sempre. Eva ofereceu o fruto para Adão e ambos o comeram. O casal não agiu com vigilância e foi induzido à desobediência. Ao comerem o fruto que Deus havia proibido que comessem, a porta de acesso ao pecado no mundo foi aberta  e anos mais tarde o casal morreu (Gênesis 2.16-17).

A pecaminosidade do ser humano está registrada em toda a extensão das Escrituras. Esta é a condição em que nasce o homem, definida teologicamente como "pecado original". Esta situação é chamado assim porque se deriva de Adão, o tronco original da raça humana; porque está na vida de cada indivíduo desde o momento do nascimento; e porque é a raiz interior de todos os pecados atuais. Por "pecados atuais", entenda-se os atos externos executados através do corpo, por atitudes, e também por pensamentos conscientes.

A Bíblia apresenta a humanidade como pecadora por natureza, pois todos os seres humanos participam do pecado original. A condição pecaminosa do raça humana encontra sua explicação na primeira transgressão de Adão no Éden. Seja em grandes cidades mundiais ou em aldeias esquecidas na África, o pecado é um flagelo diário. Os mais antigos filósofos gregos, na sua luta contra o problema do mal, foram levados a aceitar a universalidade do pecado, apesar de incapazes de explicar esse fenômeno e não entenderem que a prática do pecado torna o home, culpado diante de Deus.

Quanto à pratica do pecado, o crente vive um estilo diferente do ímpio. Por compreender o significado e a gravidade da ação relaxada de quem vive pecando, o pecado que antes lhe era uma regra, agora lhe é uma exceção. Ao longo de toda a narrativa bíblica é alertado contra o "pecado que tão de perto nos rodeia" (Hebreus 12.1). Ao manter-se firme no hábito da oração, estudo das Escrituras, tem a oportunidade de desvencilhar-se dos riscos espirituais que poderiam torná-lo presa fácil dos laços do adversário - que o impediria de fazer parte do Arrebatamento da Igreja.

A consciência da morte por parte dos apóstolos

Muitas vezes se afirma que os apóstolos acreditavam que a segunda vinda de Cristo aconteceria na geração em que eles viveram e que não iriam morrer mas serem arrebatados. Isso não confere com narrativas bíblicas.

• Jesus disse que eles seriam mortos (Mateus 24.9);
• Jesus predisse de que modo Pedro morreria (João 21.18-19);
• Paulo aconselhou aos presbíteros de Éfeso a permanecessem firmes na fé após seu falecimento (Atos 20.29-30);
• Paulo escreveu sobre sua morte iminente (2 Timóteo 4.6-8).

A derrota da morte

A palavra grega para imortalidade é "athanasia", que literalmente significa "ausência da morte". Quando o Senhor descer do céu na sua Segunda Vinda, o primeiro fato a acontecer será a ressurreição de todos os salvos (1 Tessalonicenses 4.16). Os crentes fiéis ouvirão a voz de Jesus, se levantarão de seus lugares em que foram enterrados, e a morte não mais terá poder sobre eles (João 5.28, 29; Apocalipse 1.18).

Deus é eterno, imortal, tem vida em si mesmo e nEle não existe morte (João 5.26; 1 Timóteo 6.16). Deus é o doador da vida e concederá a vida eterna aos remidos. Crentes vivos e ressuscitados terão os corpos glorificados e se ajuntarão com o Senhor e incontáveis números de anjos nos ares, e depois viverão felizes para sempre. Esta é a promessa de Deus e a esperança dos cristãos.

Três milagres que ocorrerão no decorrer do processo do Arrebatamento: ressurreição; transformação e glorificação.
1. Os cristãos ressurgirem dos mortos será um dos primeiros milagres. Esta é uma doutrina genuinamente bíblica, citada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Salmos 16.10; Jó 19.25-27; Isaías 26.19; Daniel 12.2; Lucas 14.14; João 5.21, 28, 29; Atos 2.24; Apocalipse. 4-6, 13).
2. A transformação extraordinária dos crentes salvos, ressuscitados e a dos crentes que estiverem vivos, será o segundo grande milagre no processo do Arrebatamento da Igreja. Haverá a suspensão das leis físicas, a cessação do poder natural para a atuação do poder sobrenatural. Primeiro, os salvos que estiverem dormindo no Senhor, receberão corpos vivos espirituais; em segundo lugar, os crentes, vivos, com corpos carnais, receberão corpos espirituais. Assim, haverá a metamorfose: da mortalidade para a imortalidade; da corruptibilidade para a incorruptibilidade.
3. O milagre da glorificação merece destaque.
O ser humano, na condição de carne e sangue, relaciona-se com o mundo físico, estamos limitados ao tempo e ao espaço, enquanto o corpo espiritual relaciona-se com a eternidade (1 Coríntios 15.47, 49). As sete etapas do processo da glorificação do corpo dos salvos, é o seguinte:
a. salvação (Romanos 8.24)
b. adoção (Romanos 8.23);
c. justificação (Romanos 8.30);
d. santificação (2 Coríntios 7.1);
e. redenção (Romanos 8.23);
f. libertação (Romanos 8.21);
g. glorificação (Romanos 8.17).
O Arrebatamento

Jesus Cristo firmou-se como a pessoa mais importante que já viveu, nenhum outro homem exerceu tanta influência sobre a humanidade. Ele ascendeu ao céu, mas ainda não terminou o seu plano com o planeta terra e com a humanidade que nele habita (João 14.3).

Vivemos o tempo escatológico do cumprimento das últimas profecias. "Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não irá demorar" - Hebreus 10.37. Quanto ao tempo em que o Senhor reaparecerá, não existe dúvida de que realmente voltará. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, os justos serão glorificados e arrebatados e serão levados ao encontro de seu Senhor e Salvador.

Na hipótese de não sermos arrebatados antes de falecer, seremos ressuscitados e levados pelo Salvador ao encontro de Deus no céu. A palavra "arrebatado" quer dizer, em sentido literal, agarrado com rapidez, tomado agilmente à força, como um ladrão rouba um prêmio. A palavra latina é rapto, que significa pegar à força. Um dia Jesus virá buscar suas joias, levará os membros da Igreja da terra ao céu. O evento acontecerá em uma fração de segundos, assim como relâmpago se move, tão rápido como o abrir e fechar de olhos (Mateus 24.7, 1 Tessalonicenses 4.16). Neste instante, os fiéis que estiverem vivos serão transformados e os crentes mortos ressuscitarão (1 Tessalonicenses 4.16-17).

A ação promovida por Cristo ao levar os crentes no Arrebatamento, não se refere a determinadas denominações ou grupos religiosos específicos, mas de todos os indivíduos que se arrependeram de seus pecados e, pela fé, convidaram o Senhor Jesus Cristo para entrar em suas vidas.

A ressurreição no episódio da volta de Jesus

Jesus voltará do mesmo modo como ascendeu após sua ressurreição (Atos 1.11). Esta hora específica nos é desconhecida, pois Jesus se referiu a ela, dizendo: "daquele dia e hora ninguém sabe, senão somente o Pai".

Como podemos ter certeza que haverá a ressurreição, se a existência humana é apenas uma existência corpórea? A ressurreição também é um evento corpóreo. Jesus de Nazaré, nascido de mulher, gente de carne e ossos, morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Sua tumba está vazia. A melhor notícia de todos os tempos é que Ele está vivo, derrotou a morte e é a fonte de nossa esperança: receberemos um corpo glorificado como Cristo recebeu (Lucas 24.34, 39-40).

Se Jesus ainda estivesse morto, não haveria perdão para os nossos pecados. Se Jesus ainda estivesse morto, não teríamos esperança em nossa ressurreição (1 Coríntios 15.17-18).

Haverá ressurreição na vinda de Jesus, a vida após a morte será uma realidade. Temos plena convicção que aqueles que morreram em Cristo serão ressuscitados para satisfação, paz e alegria eterna. Assim como aconteceu com Jesus de Nazaré também acontecerá com todos aqueles que nEle creem (1 Tessalonicenses 4.14).

Apesar de que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá em velocidade extraordinária, Deus fará com que os justos que estiverem mortos sejam arrebatados antes que os justos que estiverem vivos sejam transformados (1 Coríntios 15.42-44; 50-56; Filipenses 3.20-21; 1 Tessalonicenses 4.15-16).

Nesta ocasião festiva, o corpo dos salvos que estão na sepultura, ainda que em estado de pó, decrépito, carbonizado, desfeitos por dentes afiados de peixes ou feras serão trazidos à existência pelo poder de Deus, que vivifica os mortos e convoca as coisas que não são para que venham a existir (Romanos 4.17).  O corpo ressuscitado será de natureza diferente deste corpo carnal e terreno em que vivemos hoje. A natureza do novo corpo será glorificado (1 João 3.2; 1 Coríntios 15.35-44; 50-56).

Os justos serão ressuscitados no último dia (João 6.39, 40, 44, 54),  Todos os que estão na sepultura sairão, bons e maus. Haverá a ressurreição de justos como de perversos (João 5.28-29; Atos 24.15).

Conclusão

É importante lembrar que existem apenas duas espécies de pessoas hoje no mundo, os crentes que fazem a vontade de Deus e os incrédulos que não a fazem. A Segunda Vinda de Cristo afetará cada grupo de maneiras diferentes. Na primeira fase, levará quem o recebeu como Senhor e Salvador ao lar celestial. Você já obedeceu a Deus em seu coração, entregando sua vida a Jesus? Se ainda não o fez, por que não fazê-lo, agora? As Escrituras, a história e a lógica humana clamam aos homens para que aceitem a Jesus Cristo como Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia (1 Corintios 15.3, 4). Se você crê que Ele é Filho de Deus, não terá dificuldade no momento de seu retorno. Se ainda não o conhece como o único Salvador, sugiro que se esforce para conhecê-lo.

O cristão não é chamado por Cristo para permanecer aqui na terra, a pátria de quem segue a Jesus está lá no alto. Então, cada cristão precisa estar sempre íntegro quanto à disposição de seu coração de acreditar que o Arrebatamento da Igreja é uma realidade. E, integro também para a hipótese de falecer antes do Arrebatamento, pois os fiéis serão ressuscitados para estar eternamente juntos com Deus e com todos os salvos nas mansões celestiais.

E.A.G.

Atualizado em 14 de dezembro de 2018, 00h55.

Compilações:

As Grandes Doutrinas da Bíblia, Raimundo de Oliveira, páginas 190 a 199, 201, 204 a 206, edição 1987, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Deus Esvaziará a Terra, Walter Santos, páginas 82 e 83, edição novembro de 1982, Rondonópolis/MT (M.D. Navarro G. Editora e Publicidade).

Escola Bíblica de Obreiros - 64ª EBO: Edificando Nossa Cada, Escatologia, Gerson Filitto Sobrinho, página 40, 19 de setembro a 4 de outubro de 2010, Belenzinho, São Paulo/SP (Igreja Assembleia de Deus em São Paulo).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 2: O Arrebatamento dos Salvos. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 16 a 18, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).
O Começo do Fim, Tim LaHaye, página 9, 10, 20, 172, edição 1982, São Paulo/SP (Editora Vida).
O Tema da Bíblia - Um Estudo Sobre o Plano da Redenção, FerrelL Jenkins, página 17, 2ª edição ano 2000, São Paulo/SP (Dennis Allan).

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A segunda vinda de Jesus Cristo - Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção


Por Eliseu Antonio Gomes

Desde o momento em que Deus criou o mundo e tudo que nele existe com o poder de sua palavra (Gênesis 1.1-25), formando o ser humano com suas próprias mãos, soprando nele o fôlego da vida (Gênesis 2.7), ocorreram muitos dias importantes na história da humanidade. Porém, desde o pecado (Gênesis 3.1-5) há grande expectativa no coração humano sobre o futuro que o aguarda. As Escrituras registram a volta do Senhor Jesus a este mundo, este momento será  o mais significativo evento de todos os tempos.

A Bíblia Sagrada diz que o céu é a habitação de Deus (2 Crônicas 6.18, 21; Salmos 123.1). Esclarece que o caminho da vida é para cima, a fim de que se desvie do inferno, que está para baixo (Provérbios 15.24).

A Bíblia fala em três céus:

1º. Auronos. Este é o nome dado ao que conhecemos de "primeiro céu". É o "céu atmosférico" que Jesus descreveu como "extremidades dos céus" (Lucas 17.24).

2º. Mesoranjos. É o nome dado ao céu intermediário, chamado de "céu estelar"; "céu planetário" e também "céu astronômico". A Bíblia descreve como "alturas".

3º. Eporaneos. É o céu superior, que a Bíblia chama de "terceiro céu" (2 Coríntios 12.2); "céu dos céus" (Números 9.6).

A ESPERANÇA QUE SUSTENTA O POVO DE DEUS HOJE 

Segundo os estudiosos das Escrituras Sagradas, as promessas infalíveis sobre a vinda do Senhor são citadas 1.527 vezes no Antigo Testamento e 320 vezes no Novo Testamento. Reis, sacerdotes, profetas, pessoas comuns, evangelistas e até anjos mencionaram a vinda de Jesus a este mundo (Daniel 7.13-14; Malaquias 3.1-5; 1 Coríntios 15.23; 1 Tessalonicenses 4.16-17; 3.13). Da mesma maneira, cerimônias, parábolas e ilustrações sinalizam com muita contundência que Jesus virá outra vez (Gênesis 3.15; Judas 14).

Todas as profecias registradas no Antigo Testamento sobre a primeira vinda do Senhor Jesus, chegada através da gravidez virginal de Maria, são perfeitas em seus mínimos detalhes, cumpriram-se literalmente (Salmos 16.10; Atos 2.22-32). A doutrina da segunda vinda do Senhor Jesus, de igual modo, tem fundamentos profundos na palavra profética, oferece certeza e segurança aos que creem no retorno do Senhor a este mundo. Acredite na promessa de Jesus, registrada em João 14.1-3. Jesus afirmou que iria ao céu - à habitação de Deus - preparar o lar que será o destino final dos cristãos e voltaria para nos levar para lá. Ele foi ao céu e, através de anjos, reafirmou sua promessa que voltará (Atos 1.12).

O céu (eporaneos) não saiu da prancheta de projetistas humanos, a estadia foi pensada de maneira perfeita para ser o lugar de todos que aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador. Não é uma tenda ou um tabernáculo. Não é uma casa alugada construída por seres mortais. É uma permanência perpétua edificada através do poder do Supremo Criador, erigido com o objetivo de propiciar felicidade eterna. Considere que receberemos a posse no tempo devido. No céu há muitas mansões, há espaço distinto para cada um que ali chegar, há muitos filhos para serem levados à glória. Lá, todos os verdadeiros cristãos são bem-vindos, para morar permanentemente.

As Escrituras mencionam sinais que apontam ao advento da volta de Cristo:

O restabelecimento do Estado de Israel é um fato que acontecerá antes da segunda vinda de Jesus. O Israel original desapareceu séculos atrás. Em 6 de junho de 1967, os judeus, pela primeira vez desde que Jerusalém foi capturada por Nabucodonosor, em 536 a.C., não tinham o controle da cidade de Jerusalém, que estava sob o governo de gentios. Em 1948, o novo Estado de Israel foi estabelecido. A  reunificação dos judeus em Israel é um sinal claro, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, de que a vinda de Jesus acontecerá (Lucas 21.24).

Nós podemos ver algumas pistas que indicam a aproximação do retorno do Senhor (Mateus 24.3; Lucas 21.7). Guerras, revoluções, fome, doenças, terremotos em muitos lugares diferentes (Mateus 24.6-7; Lucas 21.7).
• Em cima, no céu (Joel 2.30, 31; Lucas 21.11; Atos 2.19);
• Em baixo, na terra (Mateus 24.7; Lucas 21.12; Atos 2.19);
• Na vida social (Mateus 24.12; Lucas 17.26-28; 21.12; 2 Timóteo 3.1-4);
• Na vida moral (Lucas 17.28-30);
• Entre o povo judeu (Ezequiel 37.1-4; Lucas 21.24, 29; Romanos 11.25, 26);
• Na vida política (Daniel 2.19, 31-33; 7.23-27; Ezequiel 38.6;  Lucas 21.29; Apocalipse 17.7, 12)
• Na vida religiosa (Mateus 24.5; Lucas 21.12; Apocalipse 13.12);
• No meio do povo de Deus (Mateus 24.12; 25.5; Lucas 17.26; 18.8; 2 Timóteo 4.3, 4; 2 Pedro 3.4);
• Na vida científica (Isaías 60.8; Jeremias 51.53; Daniel 12.4; Naum 2.4). 
A data desconhecida

Nenhum homem conhece o dia do Arrebatamento. Ninguém tem condições de afirmar com certeza quando Jesus estará voltando novamente. Segundo as palavras bíblicas, o advento acontecerá em data e hora desconhecidas, ninguém no céu, na terra, no inferno ou em qualquer outro lugar, sabe o dia ou a hora quando Jesus arrebatará a Igreja,  as pessoas do mundo só saberão o que houve depois, quando notar a ausência de milhões de cristãos (Mateus 24.36). (Mateus 24.42-44; Marcos 13.32).

O Senhor disse claramente que até os anjos no céu não sabem o dia, Inclusive, até o Filho de Deus, quando estava na terra, não sabia, também. Esse conhecimento, o Senhor disse, era reservado estritamente ao Pai celeste (Marcos 13.32). Estipular um dia é transgredir contra o sigilo de Deus. Alguns ousaram afirmar que estamos às 23 horas e 59 minutos do advento. Todos os especuladores que tentaram determinar data e horário foram envergonhados ao ficar patente a sua ignorância.

OS DOIS PERÍODOS DA VOLTA DE JESUS

A vinda majestosa de Jesus Cristo se dará em duas fases distintas, divididas em um período de sete anos. Isto é mostrado claramente nas páginas sagradas, portanto, precisamos deixar bem claro o que diz as Escrituras a esse respeito, evitando interpretações equivocas (1 Tessalonicenses 4.13-17; 1 Coríntios 15.51-52).

Primeira fase: o Arrebatamento da Igreja

A palavra "arrebatado" é traduzida do verbo grego "harpazo" ("tirar", "arrancar com força"); o vocábulo latim "raptare", que em português é "raptar", também significa "arrebatar". 

Este assunto é um mistério, só será compreendido plenamente quando ocorrer, pois anulará o poder da morte e da gravidade e outras leis que regem a matéria (1 Corintios 1515.51-55).

Na primeira etapa da vinda de Jesus, acontecerá o Arrebatamento. O retorno será invisível aos olhos de quem vive segundo o estilo do mundo porque este não serve a Deus. Ele virá até as nuvens, seus pés não tocarão o solo, encontrará os salvos nos ares.

O Senhor Jesus voltará para levar consigo todos quantos morreram salvos e todos àqueles que estiverem, em vida, servindo-o fielmente (1 Tessalonicenses 4.15-18; Hebreus 9.28). Os mortos ressuscitados e os vivos serão transformados, numa ação muito rápida, tal qual o movimento de pálpebras, num abrir e fechar de olhos (1 Coríntios 15.52). Repentinamente, os dois grupos, juntos, irão ao encontro do Senhor e serão transladados por Ele às mansões celestiais. A maioria dos salvos será composta de gentios e não de judeus, estes subirão com Cristo nos ares (1 Tessalonicenses 4.17, 18).

Jesus buscará a Igreja que o está velando e esperando (Mateus 25.1-13; 24.39-44; 2 Pedro 3.10).

O Arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação (Mateus 3.7; 1 Tessalonicenses 1.10; Apocalipse 3.10).

Segunda fase: a vinda em forma visível 

Este evento apocalíptico acontecerá sete anos após o Arrebatamento da Igreja.

Ao final da Grande Tribulação. Cristo voltará em corpo glorioso, revestido de poder (João 14.3), ocasião em que sinais espantosos acontecerão no céu, na terra e entre os seus habitantes, em especial o povo judeu. O som de trombetas será ouvido no céu, na terra, no inferno e em todos os lugares (Mateus 24.31).  Neste evento, Jesus estará acompanhado da Igreja glorificada, composta dos crentes que subiram no Arrebatamento, os santos que passaram pelas bodas do Cordeiro e pelo Tribunal de Cristo (Apocalipse 19.7; 2 Corintios 5.10). Esta vinda será contemplada por todos os habitantes da terra (Apocalipse 1.7) - isto será possível devido á tecnologia da comunicação, extremamente desenvolvida (Daniel 12.4).

A volta de Jesus, em sua segunda etapa, será como a sua ascensão: real, corporal, literal e visível: os homens o verão novamente com os olhos carnais (Daniel 7.13-14; Zacarias 14.1-5; Mateus 24.29-31; 25.31-46; 2 Tessalonicenses 1.7-10; Apocalipse 1.7; 19.11-21).

A ascensão de Jesus ocorreu quando estava rodeado de discípulos no monte das oliveiras. O solo deste monte foi o último ponto geográfico da terra em que os pés de Cristo pisaram. Seu retorno acontecerá ali também, à vista de Jerusalém, cujos cidadãos ingratos o desprezaram e o crucificaram, não quiseram que reinasse sobre eles. Naquele lugar acontecerá a revelação do seu retorno (Atos 1.12).

Sobre esta segundo momento do retorno, o profeta Zacarias, no capítulo 14 e versículo 4 de seu livro, profetizou que os pés de Cristo estarão sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém, e o monte das Oliveiras será fendido ao meio. Como o primogênito de Maria, Ele veio e experimentou a  vergonha quando julgado injustamente, mas virá outra vez em glória para julgar como o Justo Juiz (Atos 1.11).

No instante da segunda vinda, Jerusalém estará em guerra, sendo destruída pelos seus inimigos, e nesta situação Deus inspecionará os judeus como o refinador coloca seu ouro na fornalha e fica ao lado para ver se não vai sofrer nenhum dano. Segundo a profecia escatológica de Zacarias, Jerusalém é o ouro do Senhor a ser refinado.

O PADRÃO DOS CRENTES DE TESSALÔNICA PARA OS ÚLTIMOS DIAS

A religiosidade sem o Deus verdadeiro

Paulo se mostrou um missionário atento ao seu tempo. Quando esteve com os gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, usou de toda a sua retórica, advinda de sua formação educacional num contexto romano. Ao escrever aos crentes tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma questão a ser abordada de forma complexa em virtude da presença do forte politeísmo existente em Tessalônica. Naquela cidade, havia o culto a Dionísio, Asclépio e Deméter. Existia uma forte influência da religiosidade egípcia e greco-romana, o sincretismo chegou a tal ponto que se construiu o Grande Sarapeum, templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios.

A abordagem sobre o Arrebatamento do povo de Deus, feita com mais detalhes pelo apóstolo Paulo é encontrada em 1 Tessalonicenses 5.2, 4.

Jesus é o caminho que leva ao Deus verdadeiro

Diante do conhecimento desse aspecto histórico, podemos refletir no enorme desafio que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade, havia a possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo anunciado. Se o anúncio do Evangelho não houvesse sido feito sob a orientação da graça divina, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da religiosidade sincrética no coração dos tessalonicenses. Porém, felizmente, o apóstolo apresentou Jesus que, literalmente, se entregou pela humanidade. Diante da extraordinária narrativa de Paulo sobre Jesus, aquela população foi impactada pelo poder da Palavra, e consequentemente fez com que a fé para a salvação brotasse no coração daqueles irmãos, houve uma significativa adesão ao convite do Senhor e os tessalonicenses se converteram dos ídolos a Deus (1 Tessalonicenses 1.9).

OS PUROS VERÃO A DEUS

A marca do cristianismo autêntico

Se não fosse possível viver uma vida em santidade, Deus não teria ordenado que vivêssemos assim (Levíticos 19.2; Mateus 5.8). Ser santo significa ser separado para Deus, dar prioridade aos seus interesses. O fato de priorizar a vontade de Deus nos faz santos. Ninguém se torna santo porque realiza coisas boas, se transforma em gente santa através da fé em Cristo, ao amadurecer na fé, ao viver com o Senhor e através de suas atitudes em conformidade com a doutrina cristã se parecer  igual a Cristo (2 Coríntios 3.18).

Sabemos, a religiosidade transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da própria religião, associa-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a componentes sociais e culturais de um povo. Ao ser humano, não basta o rótulo de cristão e a acomodação às reuniões em um templo evangélico, é necessário receber a Jesus como Senhor e Salvador de sua alma, arrepender-se dos pecados cometidos e firmar o propósito de não viver em pecado sistemático ou continuado. Jesus muda o modo de viver das pessoas que o seguem com inteireza de coração (João 3.3; Apocalipse 22.14, 15).

Assim como a verdade do Evangelho prevaleceu sobre a ficcionalidade dos mitos greco-romanos na vida dos crentes tessalonicenses, e em consequência deste fato nasceu a Igreja composta por irmãos tessalonicenses, toda pessoa que ouve a voz de Jesus a bater na porta de seu coração, e permite que Ele entre em sua vida e passa a ter comunhão com Deus, todos os embaraços existentes em sua vida são vencidos, sua vida é transformada de idólatra à espiritualidade viva e dinâmica. E assim passa a ser alguém apto a entrar no céu (Salmos 15.1-7; Apocalipse 3.20).

Jesus, único mediador entre Deus e os homens

Ao retornar, Jesus levará o seu povo para estar com Ele para sempre no céu. O céu seria um lugar incompleto para um cristão se Cristo não estivesse lá. Enquanto não volta, Jesus age como nosso advogado ou defensor, protege nossos direitos e provê por nós (2 Timóteo 2.5).

CONCLUSÃO

Apesar de não ser conhecida a data em que ocorrerá o Arrebatamento, devemos estar prontos para esta chegada. Jesus prometeu voltar para nos buscar e isto acontecerá de súbito, surpreendendo a humanidade.

E.A.G.

Compilações:
1ª Escola Bíblica para Obreiros (EBO): Escatologia, Valdir Nunes Bícego, página 24, data do evento não declarado, Lapa, São Paulo/SP (Assembleia de Deus setor Lapa
Bíblia de Estudo Mattew Henry, páginas 1675 e 1706, 1ª edição 2014, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel)
Escatologia Bíblica. Um tratado sobre o fim do mundo, Erivaldo de Jesus, páginas 46 a 48, e 55; 8ª edição, 2017, São Paulo (ADIB Editora).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 1: A Volta do Senhor Jesus. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 6 a 10, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel). 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção (introdução)


Por Eliseu Antonio Gomes

O plano da redenção não se concluirá até que os santos encontrem-se diante de Deus, assim como Adão e Eva permaneceram na presença do Criador antes de pecarem. Existem alguns acontecimentos profetizados nas Escrituras Sagradas, que ainda estão por acontecer. Os seguidores de Cristo podem ter comunhão com Deus em Cristo agora, mas a concretização final da intenção de Deus será no céu.

Todas as religiões possuem a sua escatologia. Cada uma apontando ao propósito final da sua crença. A maior parte das religiões disponibiliza esperança aos adeptos. Os hinduístas e os espíritas aceitam como verdadeira a reencarnação; os hinduístas creem também na transmigração, sistema em que o morto revive, mas, em forma menos significante, tomando o corpo de um animal ou até mesmo de um inseto, conforme o modo em que viveu. Os espíritas são menos radicais, porém apregoam a questão do carma, a reencarnação em outro corpo humano após a morte, com o objetivo de experimentar sofrimentos a fim de pagar por erros cometidos durante a vida.

Os filósofos gregos, da época de Sócrates, insinuavam existir a mudança da alma para o mundo das ideias, à condição livre da matéria. Platão, em sua obra Fédon e Equécrates, apresenta o diálogo de Sócrates. O pensador ateniense, antes de tomar a sicuta - veneno popular entre os suicidas na antiga Grécia - afirma que nada é mais estimulante do que entrar para o mundo das ideias, onde aproveitará de novos conhecimentos. 

O vocábulo "escatologia" é originário dos termos gregos "eschatos" (último) e "logia" (doutrina ou tratado), isto é, o estudo dos últimos eventos. A sua abrangência aborda o que acontecerá com os homens e o mundo como um todo; toca em acontecimentos desde a morte física até o estado eterno, após o julgamento final; descreve o futuro da Igreja e dos ímpios.

A Escatologia sempre aguçou grande atração na humanidade. O desejo em conhecer o futuro provoca tanto crentes quanto descrentes, já que estes pesquisam na astrologia, cartomancia, na quiromancia e em outros métodos esotéricas, maneiras de descobrir o que ocorrerá em dias futuros, relacionados, principalmente à vida amorosa, à segurança econômica e, alguns mais afoitos, a saber como será o seu próprio final.

Para nós, os cristãos, a Escatologia é um dos assuntos mais profundos da Bíblia Sagrada. Como parte das doutrinas cristãs, não se restringe a alguns fatos previstos para o futuro, mas examina detalhadamente o desdobramento da História, confere os acontecimentos com as profecias bíblicas. Ao meditar nesta matéria teológica, a nossa esperança fica revigorada (1 Pedro 1.3), clareando o nosso caminhar (2 Pedro 1.19) para seguirmos adiante na trajetória da fé (Hebreus 12.1), até o momento em que a trombeta tocar nas alturas sinalizando a volta de Cristo  (1 Coríntios 15.52) e sejamos retirados desse mundo, levados ao encontro do Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4.16).

A partir do momento em que a Igreja de Jesus teve o seu início, ela é participante de um período da História conhecido como "os últimos dias". Consequentemente, a Igreja já nasceu numa conjuntura escatológica. Desde o começo os crentes sabem esperar pelo seu arrebatamento iminente deste mundo para o céu de luz. Sabemos que chegará o dia em que conheceremos a mansão celestial (João 14.1-3), a qual Deus preparou para ser morada do seu povo (Hebreus 11.16).

E.A.G.

A segunda vinda de Jesus

Compilação:
1ª Escola Bíblica para Obreiros (EBO): Escatologia, Valdir Nunes Bícego, página 23, data do evento não declarado, Lapa, São Paulo/SP (Assembleia de Deus setor Lapa).
64ª Escola Bíblica de Obreiros (EBO) - Edificando Nossa Cada, Escatologia, Gerson Filitto Sobrinho, página 39, 19 de setembro a 4 de outubro de 2010, Belenzinho, São Paulo/SP  (Igreja Assembleia de Deus em São Paulo).
O Tema da Bíblia - Um Estudo Sobre o Plano da Redenção, FerrelL Jenkins, página 17, 2ª edição ano 2000, São Paulo/SP (Dennis Allan).
Teologia para Pentecostais - Uma Teologia Sistemática Expandida, volume 4, Walter Brunelli, página 163, 166, edição 2016, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Central Gospel).

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Por que alguém negaria a existência de Deus?


Por que algumas pessoas negam que Deus existe? Sabemos que conhecer o Deus invisível é um grande desafio para a mente humana. Porém, seria muito mais racional acreditar que não houve ninguém por trás da criação desta página, que você lê neste momento, do que acreditar que Deus não exista. Em sã consciência, quem acreditaria que as palavras reunidas nesta postagem vieram do nada, vieram a existir por obra do acaso, não foram pensadas por alguém e que não houve o processo da digitação e publicação neste blog? O fato de existir um computador plugado à internet e alguém a digitar o texto são circunstâncias evidentes. Pela mesma obviedade, a Bíblia não discute a existência de Deus.

A Bíblia não reconhece nenhum ser humano como "ateu"; as Escrituras declaram o indivíduo que nega a existência de Deus como uma pessoa tola. Ninguém quer ser visto como um idiota. Ninguém quer ser um tolo pois o sujeito imbecil é alguém que dificulta a sua própria pessoa com opiniões e raciocínios falhos, posicionamentos e atitudes irrefletidas; aquele ou aquela que se machuca incontáveis números de vezes, sem jamais aceitar quem o ajude a mudar tal estilo de vida sofrida.

Você conhece alguém que se tornou ateu por causa de uma grande decepção? Como um bobalhão começa a ser um bobalhão? Negando a Deus. O Autor da sabedoria é Deus, mas o tolo insiste em discutir com o Criador e diz: "Eu sou autossuficiente; sou inteligente e tenho capacidade para cuidar da minha própria vida".

O tolo se mostra orgulhoso, porque parece que tudo que faz dá certo sem a ajuda de Deus. Até chegar o momento em que perceberá que sua situação espiritual sem Deus é trágica, e que não é possível escapar da condenação eterna, que existem o dia e o lugar em que terá que ajustar as contas com o Criador.

O ateísta é gente triste, porque é uma criatura que opta em permanecer longe do seu Criador. Como não considera relacionar-se com Deus de maneira devocional, pelo fato de viver como se Deus não existisse, nem se quer sabe como orar. Gente assim é extremamente infeliz, mesmo que não demonstre. Não se engane com o sorriso de ateus, não há neles a contínua alegria de real satisfação em viver, são tais quais os coloridos letreiros luminosos, ao amanhecer suas luzes são desligadas porque o sol ofusca completamente sua luminosidade, por mais belos que eles sejam. São assim porque deixaram Deus fora de suas vidas.

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, a descrença nem sempre surge de uma pesquisa profunda sobre o mundo e sobre Deus. Em muitos casos, não é verdade que um ateu se tornou convicto de suas posições irreligiosas através de uma observação cuidadosa da fé. A maior parte passa a ser ateísta impulsionada por um coração revoltado contra Deus. Negam a existência de Deus porque estão possuídos por um sentimento de revolta insensata e na crença que nunca terão que prestar contas de suas atitudes ao Criador. Muitos não desejam conhecer a Deus porque sabem que terão que mudar sua vida. Qualquer pessoa que diga que aceitar a existência de Deus não faz sentido está tornando as coisas fáceis demais para si mesmo.

Pessoas com capacidade intelectual privilegiada às vezes conseguem cometer muitas tolices. O Antigo Testamento usa vários termos com o sentido de "tolo" e nenhum deles está ligado a inteligência.

Crer em Deus tem uma importância moral. Não faz o crente ser uma pessoa mais inteligente que o descrente, no que se refere à área cerebral, mas provoca algo importante, que é a enorme diferença no estilo de vida. A palavra "insensato" (tolo), usada em Salmos 14.1 e 53.1, na versão Almeida Revista a Atualizada, refere-se às pessoas que cometem pecados de consequência terríveis. As ações dessas pessoas atestam que elas não acreditam que Deus existe. Se cressem em Deus e soubessem que um dia Deus levará todos os atos a julgamento, elas agiriam de maneira melhor.

Certa vez, Dwight Eisenhower disse: "Não é necessário ter um cérebro para ser ateu. Qualquer pessoa sonsa pode negar a existência de um poder sobrenatural, já que os sentidos humanos não conseguem percebê-lo. Mas a influência da consciência não pode ser negada, ou seja, o respeito que sentimos pela Lei moral, pelo mistério da primeira vida que veio a existir... ou pela ordem maravilhosa na qual funciona tanto este planeta   quanto o universo no qual  ele está inserido. Tudo isso testemunha a obra-prima  de uma grande e bondosa  divindade... que é o Deus da Bíblia e Jesus Cristo".

Pense bem: o mundo seria muito mais caótico do que é se todas as pessoas se convencessem de que de Deus não existe e nunca cobrará nada de ninguém.

E.A.G.

Compilações
Bíblia das Descobertas para Adolescentes, página 688, edição 2012, Barueri- SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bíblia de Estudo Esperança, página 514, 2ª edição com notas revisadas 2012, São Paulo- SP (Edições Vida Nova).  
Bíblia Jovem, página 830, edição 2001, São Paulo- SP (Editora Vida).
Bíblia NVI Evangelismo em Ação: compilada por Ray Comfort, edição 2005, página 508, São Paulo (Editora Vida).

terça-feira, 15 de maio de 2018

O destino final da alma

Ao estudarmos sobre o nosso futuro no porvir, o destino final da nossa alma, precisamos ter em mente que existem certas verdades bíblicas notáveis neste assunto tão fora do comum.


1. Supostas contradições bíblicas

As passagens Eclesiastes 9.3-6; Lucas 16.26-27; Apocalipse 6.10 não estão em choque.

O primeiro texto diz que os mortos nada sabem, mas nos dois últimos nos é revelado que eles estão conscientes em tudo. Como entender isso? É que no primeiro texto Salomão trata simplesmente do que é material, abrange apenas o que se acha debaixo do sol. Nesta condição, os mortos deixaram de fazer parte das informações da rotina cotidiana entre os vivos. Porém, quanto ao seu estado além-túmulo, os mortos estão conscientes de tudo, pedem, rogam, cantam e sentem os horrores e também gozam de descanso por ordem do Senhor, dependendo se salvos ou perdidos.

Crítica ao livro A Divina Revelação do Inferno
Hank Hanegraaff - Existe evidência de vida após a morte?
O Inferno é somente uma metáfora para a sepultura?

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Existem evidências de vida após a morte?

Por Hank Hanegraaff
Tradução livre: Eliseu Antonio Gomes

"E não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno" - Mateus 10.28 (BKJ 1611).

Os ateus, - naturalistas filosóficos, inclusive muitos evolucionistas - afirmam que a morte é o término da existência do ser humano. Segundo este ponto de vista, a Humanidade é constituída tão-somente por corpo e cérebro. Apesar de rejeitarem as realidades metafísicas, como a alma, há motivos categóricos para crer que o homem tem um elemento imaterial de sua existência que extrapola o material, e desse modo possa seguir existindo após morrer.

O filósofo cristão J. P. Moreland avança neste assunto com sólidos argumentos sobre a existência da alma, a parte imaterial do ser humano que continua a existir além-túmulo.

Novos céus e nova terra
O arrebatamento da Igreja: esperança do salvo em Cristo
O destino final dos mortos
O inferno é somente uma metáfora para a sepultura?
O Juízo final
Quando acontecerá o fim do mundo?
Sete "ses"

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Aprendei a parábola da figueira

Salônica, a Tessalônica na Bíblia, e as figueiras da Grécia moderna.

Por Josias Pereira de Almeida

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão" - Marcos 13.28.

Quando Jesus saiu do Templo seus discípulos se aproximaram dEle para lhe mostrar os detalhes da construção religiosa. De súbito Jesus os surpreendeu com a seguinte afirmação:

"Vocês estão vendo tudo isso? Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derribadas".

Ao chegarem ao Monte das Oliveiras, de frente para o Templo, Pedro, Tiago e André lhe perguntaram em particular:

"Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?

Jesus respondeu-lhes, falou sobre:
• guerras, grandes terremotos, tsunamis na terra (Lucas 21.25);
• as nações em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar e das ondas
• homens desmaiando de terror (21.26);
• corrupção, violência, "assim como foi nos dias de Noé... também será na vinda do filho do homem" (Mateus 24.37; Gênesis 6.11; 12, 13).

Jesus apontou para a Parábola da Figueira como o principal sinal do fim dos tempos. Sabemos que a figueira é o símbolo da nação de Israel (Jeremias 8.13; Joel 1.7), portanto, devemos ficar atentos a tudo que acontece com Israel e a cidade de Jerusalém.

Veja o que Jesus disse sobre o assunto:

"Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a devastação estará próxima (...) Haverá grande aflição na terra e ira contra este povo. Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios até que o tempo deles se cumpram" - Lucas 21.20; 23b; 24 (NVI).

Vamos discorrer um pouco pela história para entendermos melhor esta profecia:

A revolta dos judeus contra Roma irrompeu em 66 d.C., pois o governo romano tornara-se opressivo após a morte de Herodes. Durante alguns anos, Jerusalém esteve livre da opressão estrangeira, até que em 70 d.C. as legiões romanas, comandadas por Tito, dominaram a cidade e destruíram o Templo. Aqui, cumpre-se a profecia de Jesus sobre a diáspora judaica, registrada em Lucas 21.20 a 24.

Nos anos 132-135 d.C., a independência judaica foi restaurada por breve período, durante a revolta de Bar-Kochba, porém os romanos triunfaram novamente. Os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém; o nome da cidade foi mudado para Élia Capitolina (transformada em colônia de cidadãos romanos) e Roma a reconstruiu, dando-lhe as feições de uma cidade romana.

Os exércitos muçulmanos invadiram o país no ano 634, quatro anos mais tarde o califa Omar conquistou Jerusalém. Durante o reinado de Abdul Malik, que em 691 construiu o Domo da Rocha, conhecido como Mesquita de Omar, Jerusalém resistiu ao califado por rápido período. Após um século de domínio islâmico, sob a dinastia omídia de Damasco, em 750, Jerusalém passou a ser governada pela dinastia do Califado Abássidas de Bagdá, que havia destronado o califado de Damasco. Nesta época começou o declínio da cidade.

Os cruzados conquistaram Jerusalém em 1099, massacraram seus habitantes judeus e muçulmanos e fizeram da cidade a Capital do Reino Cruzado. Os cruzados dominaram até 1187, quando a cidade foi tomada por Saladino, o curdo. Os mamelucos - aristocracia feudal militar egpícia - governaram a partir de 1250. Os turcos otomanos, cujo domínio prolongou-se por quatro séculos, subjugaram a cidade em 1517.

Durante os séculos XVII e XVIII, Jerusalém viveu um de seus piores períodos de degradação. Nesta fase histórica, compreendemos que houve o cumprimento da profecia de Ezequiel (37.11). "Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados".

Jerusalém tornou a prosperar a partir da segunda metade do século XIX. O crescente número de judeus retornando de diversas nações à sua cidade ancestral, a decaída do Império Otomano, o interesse dos europeus por Jerusalém foram fatores determinantes para o reflorescimento da Terra Santa. Nesta altura, entendemos que ocorreu o cumprimento de Ezequiel 37.7: "Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso."

Edmund Henry Hynman Allenby, general britânico, durante a primeira guerra mundial, conduzindo as Forças Expedicionárias do Egito, conquistou Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948 Jerusalém foi à sede administrativa das autoridades britânicas no território israelense.

Ao findar o mandato britânico em 14 de maio de 1948, e de acordo com a resolução da ONU, de 29 de novembro de 1947, Israel proclamou sua independência, e Jerusalém tornou-se a capital de Israel. Neste momento histórico, percebemos o cumprimento profético de Isaías 66.8: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos."

Assim, compreendamos que é chegado o momento de santificação maior, pois a figueira está florescendo, produz frutos, as vinhas espalham sua fragrância (Cantares de Salomão 2.13).

Fonte: Semeador, ano 2, número 19, setembro de 2006, coluna doutrinária, página 9 (jornal informativo da Assembleia de Deus em Presidente Prudente - SP).
O autor é co-presidente da Assembleia de Deus em Presidente Prudente - São Paulo. | Conteúdo adaptado ao blog Belverede.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

O inferno é somente uma metáfora usada para a sepultura?


Fatos importantes sobre a eternidade


1. Todos existirão eternamente no céu ou no inferno.
Daniel 12:2,3;Mateus 25:46;João 5:28;Apocalipse 20:14,15.
 
2. Todo mundo tem apenas uma vida para determinar seu destino. Hebreus 9:27. 

3. O céu ou o inferno é determinado pelo fato de uma pessoa crer (colocar sua confiança) somente em Cristo para salvá-la.
João 3:16, 36.

Principais passagens sobre o inferno

1. O inferno foi projetado originalmente para Satanás e seus demônios.
Mateus 25:41;Apocalipse 20:10. 

2. O inferno também punirá o pecado daqueles que rejeitam a Cristo.
Mateus 13:41,50;Apocalipse 20:11-15; 21:8. 

3. O inferno é um tormento consciente.
"fornalha de fogo… choro e ranger de dentes" - Mateus 13:50;
"onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga" - Marcos 9:48;
"ele será atormentado com fogo e enxofre" - Apocalipse 14:10.

4. O inferno é eterno e irreversível.
"a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre e eles não têm descanso de dia e de noite" - Apocalipse 14:11
"Esta é a segunda morte, o lago de fogo" - Apocalipse 20:14 
"Se o nome de alguém não foi encontrado escrito no livro da vida, esse foi lançado no lago de fogo" - Apocalipse 20:15 

Visões Errôneas do Inferno

(1) A visão da segunda chance – Após a morte ainda há uma maneira de escapar do inferno. 
Resposta: “Está ordenado aos homens morrer uma vez e depois disso o juízo” (Hebreus 9:27). 

(2) Universalismo – Todos são eternamente salvos. 
Resposta: Nega a verdade da salvação por meio de Cristo, o que significa que uma pessoa decide confiar em Cristo ou então rejeita a Cristo e vai para o inferno (João 3:16;3:36). 

(3) Aniquilacionismo – Inferno significa que uma pessoa morre como um animal – deixa de existir. Resposta: Nega a ressurreição dos não salvos (João 5:28, etc. – ver acima). Ele nega o tormento consciente (veja acima). 

Objeções à visão bíblica do inferno 

(1) Um Deus amoroso não enviaria as pessoas para um inferno horrível. 

Resposta: 

Deus é justo (Romanos 2:11). 

Deus providenciou o caminho da salvação para todos (João 3:16,17;2 Coríntios 5:14,15;1 Timóteo 2:6; 4:10;Tito 2:11;2 Pedro 3:9). Mesmo aqueles que não ouviram falar de Cristo são responsáveis ​​pela revelação de Deus na natureza (Romanos 1:20). 

Deus buscará aqueles que o buscam (Mateus 7:7;Lucas 19:10). Portanto, Deus não manda as pessoas para o inferno, elas o escolhem (Romanos 1:18,21,25). 

(2) O inferno é uma punição muito severa pelo pecado do homem. 

Resposta: 

Deus é santo-perfeito (1 Pedro 1:14,15). O pecado é a oposição deliberada a Deus nosso criador (Romanos 1:18-32). Nosso pecado merece o inferno (Romanos 1:32; 2:2,5,6). O que é injusto e surpreendente é que Cristo morreu por nossos pecados e oferece gratuitamente a salvação a todos (Romanos 2:4; 3:22-24; 4:7,8; 5:8,9). 

Termos bíblicos que descrevem onde estão os mortos 

Sheol - um termo hebraico simplesmente descrevendo "a sepultura" ou "morte" - Não se refere especificamente ao "inferno" 

Hades - Um termo grego que geralmente se refere ao inferno - um lugar de tormento (Lucas 10:15; 16:23, etc) 

Gehenna - Um termo grego (emprestado de um lixão em chamas literal perto de Jerusalém) que sempre se refere ao inferno - um lugar de tormento (Mateus 5:30; 23:33) 

“Lago de fogo” – a morada final dos incrédulos depois de ressuscitarem (Apocalipse 20:14,15) “seio de Abraão” - (Lucas 16:22) um lugar de conforto eterno 

“Paraíso” - (Lucas 23:43) um lugar de conforto eterno 

“Com o Senhor” - uma frase-chave descreve onde os crentes da era da igreja estão após a morte (Filipenses 1:23;1 Tessalonicenses 4:17;2 Coríntios 5:8) 

“Novos céus e terra” – onde os crentes estarão depois de ressuscitarem (Apocalipse 20:4-6; 21:1-4) 

Conclusão 

Nossa curiosidade sobre a morada dos mortos não é completamente satisfeita por termos ou versículos bíblicos. O que sabemos é que tanto o tormento eterno no inferno quanto a alegria eterna no céu aguardam todas as pessoas após a morte, dependendo se elas confiam no pagamento de Cristo pelo pecado ou rejeitam a Cristo.



Tradução: What the Bible Says About Hell - Sid Litke - bible.org/article/what-bible-says-about-hell 
Atualizado em 29 de junho de 2022.

Quem são os 24 anciãos de Apocalipse?

Por Claudionor de Andrade

No Apocalipse, João apresenta uma congregação de homens piedosos, que não é vista em qualquer outra parte da Bíblia. Assim, o apóstolo no-la apresenta; "Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro" (Apocalipse 4.4). Eles são ainda encontrados em, pelo menos, dez ocasiões diferente do último livro sagrado.

A pergunta é inevitável: "Quem são os vinte e quatro anciãos? Eu sempre os vi como os representantes das duas assembleias da Bíblia:  Israel, no Antigo, e a Igreja, no Novo Testamento. Essa posição é referendada pelo fato de seus nomes se acharem inscritos na Jerusalém Celeste. Os patriarcas das doze tribos são eternizados nas portas da cidade, e os doze apóstolos do Cordeiro estão lembrados em seus fundamentos (Apocalipse 21.12, 14).

Conquanto simbolizarem as duas assembleias da História Sagrada, os vinte e quatro anciãos constituem um único povo. Já não há barreiras entre Israel e a Igreja; ambos, fez Deus uma única grei (Efésios 2.14). Judeus e gentios, agora, somos a Noiva do Cordeiro.

Não são poucas as dos vinte e quatro anciãos. Vestidos de branco e trazendo, na cabeça, coroas de ouro, tributam eles glória e honra ao que se acha assentado no trono e ao Cordeiro (Apocalipse 4.10). Eles se acham entre os seres viventes, bem junto à majestade divina (Apocalipse 5.6). Foi um dentre eles quem consolou o Evangelista, quando este chorava, por não haver ninguém, quer nos céus, quer na terra, digno de desatar os selos do livro: "Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos" (Apocalipse 5.5). Perante o trono, estão sempre atento a referendar os atos de Deus: "Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, 12 proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor" (Apocalipse 5.11-12).

Juntamente com os quatro seres viventes, os anciãos acham-se no mais alto posto de adoração a Deus. Aqueles representam os céus; estes, a terra: "Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia!" (Apocalipse 19.4). Os vinte e quatro anciãos, por conseguinte, são os doze patriarcas da tribo de Israel e os doze apóstolos do Cordeiro.

Hebreus 9.24: aos homens está ordenado morrer uma vez e após isso depararem-se com o juízo
Não se preocupe, ocupe-se orando
Novos céus e nova terra
O arrebatamento da igreja: esperança do salvo em Cristo
O destino final dos mortos
O juízo final
O que será de você após a morte?

E.A.G.

Fonte: 
Mensageiro da Paz, Ano 83, número 1551, julho de 2014, página 17, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

Claudionor de Andrade é pastor, consultor teológico da CPAD, escritor e membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Assembleia de Deus no Recreio, Rio de Janeiro (RJ).

sábado, 17 de dezembro de 2016

Quando acontecerá o fim do mundo?



Por Antonio Mardonio

Quando será o fim do mundo? Esta pergunta tem angustiado o ser humano desde o tempo mais remoto da humanidade na face da Terra. Por isso os adivinhos, os agoureiros, os astrólogos, os magos, os místicos, os prognosticadores, erc, têm ganhado muito dinheiro e prestígio neste campo tão fértil que é a crendice popular dos ingênuos e ignorantes.

Muitas datas foram marcadas para a concretização de tal acontecimento e todas se constituíram em grandes futilidades, o que geraram profundas decepções nos que acreditaram em tamanhas farsas arquitetadas em benefício dos que tiram proveito das superstições humanas, por não conhecerem os desígnios da Palavra de Deus.

Na passagem do primeiro para o segundo milênio muitos declararam com veemência a respeito do fim do mundo, fato que levou diversos a vender suas propriedades e fugir para locais onde estivessem abrigados e protegidos das consequências provenientes da catástrofe de tamanha envergadura. Nada aconteceu de anormal e a vida continuou da forma de sempre. O mesmo aconteceu quando passamos do segundo para o terceiro milênio e nada sucedeu que viesse a nos amedrontar como o alinhamento dos planetas e a queda de asteroides sobre o nosso planeta.

Mas, mesmo assim, os que não têm o que fazer de concreto e proveitoso para a humanidade continuam a insistir nesta mesma tecla do fim do mundo. Outra data de o fim do mundo foi o dia 21 de dezembro de 2012, dia especificado por astrônomos e astrólogos desocupados que, de acordo com o dito popular, possuem suas mentes vazias as quais se tornaram oficina de Satanás. Em minha opinião eles deveriam ter colocado 12 em vez de 21, o que geraria o slogam: "12 do 12 do 12, o fim do mundo";

Os conhecedores da Palavra de Deus sabem que muitas coisas ainda vão acontecer para vir o fim do mundo. Aguardamos o arrebatamento da Igreja, que irá participar das Bodas do Cordeiro, momento em que o mundo experimentará a Grande Tribulação, causada por Deus para castigar todos os habitantes da Terra. No final deste período, Jesus retornará com a Igreja para estabelecer o Milênio, o governo de justiça e paz. No final desta dispensação, Satanás será solto, quando seduzirá as nações para lutarem contra Cristo, ocasião em que todos serão destruídos e o que tiveram seus nomes no livro da vida serão salvos e os demais condenados. Entendo isto como o fim do mundo.

Fonte: Ceifeiros em Chamas, ano 14, nº 179, julho de 2012, página 2, São Paulo, (CONFRADESP) .

domingo, 4 de dezembro de 2016

O crente pentecostal e a temperatura espiritual ideal




O fogo do inferno

É comum para muitos cristãos, da vertente pentecostal, associar a qualidade da espiritualidade observando as manifestações do indivíduo durante o culto. Se a pessoa é muito expressiva, dada a falar línguas estranhas e dizer “glórias a Deus” e “aleluia” em voz alta, este é descrito como alguém “batizado com o Espírito Santo e fogo”. O fogo é associado com alta espiritualidade entre uma parte dos crentes pentecostais, devido ao relato de Lucas sobre a visão dos apóstolos, que viram acima deles línguas que pareciam ser de fogo (Atos 2.1-3). Não pretendo julgar se esta ou aquela pessoa está ou não batizada com o Espírito. Eu apenas quero lembrar que o inferno também é descrito como um lugar quente, pois contém o “fogo que nunca se apaga” (Marcos 9.44, 46, 48).

Crente quente, crente morno e crente frio

Lembro, ainda, que em Apocalipse 3.15-16, Jesus Cristo repreende o líder da igreja de Laodiceia dizendo que ele não é quente e nem frio, que deveria ser quente ou frio porque os mornos são vomitados de sua boca. Isto é, o Senhor rejeita os crentes mornos, portanto, ser crente “quente” ou ser crente “frio” não desagrada ao Senhor.

Guiados pela fé e pela Palavra de Deus

Nas páginas das Escrituras Sagradas, somos informados que os servos de Deus devem viver pela fé (Romanos 1.17; Gálatas 3.11; Hebreus 10.38). Isto significa que não deve basear o curso da sua caminhada cristã guiando-se pela emocionalismo, baseado em preferência pessoal, por conta de experiências sobrenaturais, os sentimentos que fazem o coração palpitar alegremente. 

Enfim, guie-se pela Bíblia, pois é a fé que faz de você uma pessoa agradável perante o Senhor, a fé só é depositada em seu coração quando a ouve (Hebreus 11.6; Romanos 10.17).

E.A.G.

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domingo, 28 de agosto de 2016

Só uma vida, que logo vai passar.





Só uma vida, que logo vai passar
So o que for pra Cristo irá ficar.
(Poema por C. T. Studd)

Um dia escutei duas linhas, nada mais,
Enquanto viajava ocupado numa vida falaz;
Aquilo, ao coração, trouxe certeza presente,
E nunca mais sairia do pensar de minha mente;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Uma vida só, isto mesmo, apenas só uma.
Cujas horas, fugazes, são como a bruma;
Então estarei com o Senhor no dia previsto,
Ali, em pé, diante do Tribunal de Cristo;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida, ecoa uma voz no pensamento,
Rogando: "Escolha o melhor de cada momento";
Insistindo que eu deixe minhas metas egoístas,
E me apegue a Deus, em meus atos e m'ia vista.
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida de anos breves na balança,
Cada um com fardos, temores e esperanças;
Todos com vasos que preciso encher,
Do que é de Cristo, ou com o meu querer;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Quando o mundo e miragens vierem me tentar,
E Satanás quiser de minha meta desviar;
Quando um ego inflado quiser tomar o meu ser,
Ajuda-me Senhor, a sempre alegre dizer:
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Dá-me, ó Pai, um só propósito eu ter,
Na alegria ou tristeza, a Tua Palavra viver;
Fiel e constante em qualquer tentação,
A Ti somente eu dedicar meu serão;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Que Teu amor atice a chama de fervor,
E me leve a fugir deste mundo vil de dor;
Vivendo para Ti, e para Ti somente,
O teu prazer seja minha meta frequente;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida eu tenho, sim, só uma, é verdade,
Pra poder dizer, 'Seja feita a Tua vontade';
E quando ouvir Teu chamado, finalmente,
Eu possa dizer que a vivi intensamente;
Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.

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Só uma vida, que logo vai passar
Só o que for pra Cristo irá ficar.
E se eu morrer, quão grande gozo terei ali,
Se minha chama de vida foi consumida só pra Ti.

"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus... remindo o tempo, porque os dias são maus." 1 Co 10:31; Ef 5:16

(Charles Studd foi um milionário britânico e famoso jogador de críquete no século 19, que gastou seus bens e sua vida servindo a Cristo na China, Índia e outros lugares. Traduzido e adaptado por Mario Persona)