Algum tempo atrás, fiz uma postagem sobre a idolatria católica referente a Maria (veja-a aqui), quando afirmei que dificilmente um católico reconhece ser idólatra.
Naquela postagem, citei duas passagens bíblicas:
Atos 4.12: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos".
1ª Timóteo 2.1,5: "Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; (...) Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" - 1ª Timóteo 2.1, 5.
E, recentemente, recebi uma postagem de um blogueiro católico replicando a postagem:
“Digamos que eu venha a concordar com sua definição para idolatria: 'É trocar o lugar que só pertence a Deus por uma ou mais pessoa ou coisa'. Essa definição não deixa de estar certa, mas não é precisa e clara".
Assim sendo, partirei aos esclarecimentos nesta nova postagem.
O internauta católico escreveu sobre minha citação de Atos 4.12 o seguinte:
“Ora, o que isso tem a ver com a intercessão de Maria? Sua intercessão não é a redentora, aquela operada por somente Cristo. Sua intercessão, é igual a que seus amigos, parentes, pastores fazem por você, ou seja, orar para Deus por alguma pessoa”.
Resposta: Com todo respeito aos católicos, preciso dizer que sinto tristeza ao vê-los rezando a Maria. Explico a razão.
Sei que Maria foi uma mulher que buscava viver em santidade, ela já faleceu. Os mortos em Cristo dormem no Senhor, afirmam as Escrituras Sagradas em 1ª Corintios 11.30.
Então, pedir para uma pessoa interceder em vida é diferente de pedir para alguém interceder em morte. Se eu peço ao meu pastor para orar por mim, saiba que nunca pensei em dobrar os joelhos perante ele e ele jamais aceitará qua alguém faça isso. Tal situação é diferente daquelas em que o católico acende vela e dobra seus joelhos para uma falecida. Por favor, não interprete essa frase como desrespeito a você.
A reza é mais ou menos assim: "Santa Maria mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte, amém".
Leia, ou releia, Hebreus 9.27. Está escrito: Depois da morte segue-se o juízo.
E, além de neste momento Maria dormir e aguardar o juízo eterno, em vida ela nunca teve os atributos da onipresença e onisciência, ou seja, ela não pôde, e não pode, estar em todos os lugares tendo ciência de todas as coisas que aconteceram, e acontecem hoje, ao mesmo tempo, em todas as partes do mundo.Como ser humano, ela não teve, e não tem hoje, a possibilidade de fazer mediação em nível global.
Sobre 1ª Timóteo 2.1,5, a crítica foi essa:
"Se você tivesse passado o que completa esse versículo entenderia o que estou falando. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos. Ora, a intercessão de Maria, como as do seu pastor não tem nada a ver com essa mediação única, que só Cristo faz, ou seja, salva-nos. Suas próximas colocações, logo são feitas partindo por a premissa errada. :)".
Resposta: Maria foi uma mulher admirável, se consagrava ao Senhor, porém isso não lhes tirou as falhas de ser humano. Exemplo: perdeu o menino Jesus por três dias. Confira: Lucas 2.43-46..
Respeito você, respeito todos os católicos, e admiro Maria como a mulher que Deus escolheu para gerar seu Filho. E digo: ela cumpriu seu papel como mãe de Jesus Cristo. E a missão dela é apenas o que está relatada na Bíblia Sagrada.
Embora respeite você e os católicos em geral, divirjo da doutrina do catolicismo romano no ponto doutrinário da intercessão, pelos motivos expostos acima.
Entendeu? Por exemplo, nunca foi possível Maria tomar notas de solicitaçoes das oraçãos de brasileiros, um católico fervoroso rezando em Campinas, e ao mesmo tempo anotar petições de um italiano na Itália, ajoelhado lá na Sicília. Embora virtuosa, ela não teve, e não tem,.atributos de divindade. Ela foi uma pessoa com limitações.
Tais poderes de mediadora, ouvir a todos em todos os lugares simultaneamente, se equiparam aos atributos divinos de Deus. Só Deus é onisciente, onipresente e onipotente!
Por causa disso sinto tristeza. Essa crença católica no poder de intercessão de Maria se configura em idolatria, sim. Crer que ela tenha os atributos iguais ao de Deus, em vida ou em morte, não tem aval bíblico. É o mesmo que endeusá-la.
Infelizmente, esta doutrina da intercessão não parou na pessoa de Maria. São muitos os nomes que os papas ao longo dos séculos têm canonizado, "alçado" ao posto de mortos intercessores de vivos, com poderes de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ouvindo preces e levando solicitações para Deus..
E.A.G.