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terça-feira, 29 de março de 2022

Milton Ribeiro - saída antecipadamente planejada ou pressão política?

Milton Ribeiro
Demitente do cargo de Ministro da Educação

No dia 21 de março de 2022, o jornal Folha de S.Paulo publicou um áudio de Milton Ribeiro, então Ministro da Educação do Brasil, no qual ele diz privilegiar, em entrega de verbas do Ministério da Educação, prefeituras cujos pedidos de liberação foram negociados por Gilmar Santos e Airton Moura, dois pastores sem cargo público, o que seria realizado a pedido do presidente Jair Bolsonaro. No áudio, ouve-se a voz de Ribeiro dizendo: "a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", e também "foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar". Um dia após a divulgação, Ribeiro emitiu uma nota negando a existência de irregularidades e que o presidente tenha solicitado atendimento prioritário a qualquer pessoa. Uma semana depois, em 28 deste mês corrente, Milton Ribeiro anunciou a sua exoneração.


No passado, a mídia ficava em polvorosa com "caídas" de ministros, a desgraça do político rendia aumento nas vendas de jornais e revistas, alavancava o número de telespectadores acompanhando telejornais. Hoje, o telespectador se transformou em internauta e a maioria prefere se informar através de podcasts e em vídeos de canais do seu formador de opinião predileto, hospedados nas plataformas do Facebook, do YouTube e de outras mídias virtuais.
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Gente do grupo da esquerda ideológica afirma que Milton Ribeiro caiu. Acho precipitado dizer que ele tenha caído. Eu não entendo que o verbo cair se encaixe no seu afastamento do Ministério da Educação. E se por acaso for aplicável, houve uma queda em pé.

Eu digo isso porque, há aproximadamente um mês, o presidente anunciou planejar troca de ministros, começando exatamente nesta semana. Por que o presidente afasta sua equipe ministerial? O motivo das trocas é estratégico: colocar a turma que sairá dos ministérios em candidaturas nas próximas eleições, com vista a fortalecer sua base política em provável segundo mandato. Uns aos governos estaduais, como é o caso de Tarcísio de Freitas em São Paulo; outros, ao senado, como é o caso de Damares Alves. 

Consequentemente, acontecerão muitas trocas de ministros. As trocas programadas coincidem com o pedido de demissão de Milton Ribeiro. Então, por causa dessa debandada estratégica, eu fico me perguntando por qual motivo, realmente o Ribeiro pediu sua demissão do governo. 

A mídia tradicional não informará, prefere emitir opinião com viés político ao invés de passar informação com imparcialidade. A paixão política e talvez interesses escusos enfraquecem seu poder de racionar com lógica e engessa quaisquer iniciativas inteligentes de dizer a realidade exatamente como ela é. E junto com o pessoal que expressa a ideologia política da esquerda, dirá que os ministros que saíram, ou sairão, caíram. Inventarão mil motivos feios, na tentativa de desgastar a imagem do presidente perante o eleitorado. O que resta é aguardar o novo pronunciamento do presidente na internet, pronunciando-se a respeito do Ribeiro em suas mídias oficiais,

E.A.G.

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