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sexta-feira, 26 de julho de 2019

A fornalha de fogo de Nabucodonossor não queima servos de Deus


Nabucodonosor foi rei da Babilônia (605-562 a.C.), frequentemente referido pelos profetas Jeremias, Ezequiel e Daniel, bem como na história dos últimos dias do reino de Judá. Seu nome em hebraico é a transliteração do babilônico, que talvez signifique "Nabu protegeu os direitos de sucessão".


Segundo a Crônica Babilônica, era filho do fundador da dinastia caldaica, Nabopolassar. Como príncipe herdeiro, comandou o exèrcito babilônico na guerra que houve no norte da Assíria, em 606 a.C. No ano seguinte derrotou Neco II e os egípcios em Carquemis e Hamate (2 Reis 23.29 e 24.7; 2 Crônicas 35.20; Jeremias 46.2). Estando no campo de batalha, Nabucodonosor recebeu notícia da morte de seu pai, e atravessou o deserto para reivindicar o trono, do qual tomou posse em 605 a.C.

Na juventude do profeta Daniel, o homem mais popular e conhecido do mundo era o rei da Babilônia, Nabucodonosor. Derrubava reis e os elevava ao poder em qualquer nação que desejasse. Deus deu-lhe esse poder, para ser usado como um castigo contra Judá. Assíria já havia escravizado Israel e, em 607 a.C., foi contra Judá e arrebatou todos que desejou dentre o povo. Dentre esses, estavam Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego, que longe da terra natal foram usados para mudar a vida de Nabucodossor.

Nabucodonossor é o primeiro monarca que estabeleceu um império de proporção mundial. Iniciou seu governo inaugurando uma estátua muito grande, cuja altura era de sessenta côvados e a sua largura de seis côvados, o equivalente a 30 metros de altura e 3 de diâmetro. A Bíblia não esclarece se era a imagem Bel-merodoque, padroeiro da Babilônia, ou do próprio Nabucodonosor, mas que era uma imagem nova e nacional, levantada no campo de Dura, província da Babilônia, para ser adorada por todos os habitantes da terra (Daniel 3).

Nabucodonosor era o grande rei e deixou o orgulho dominar seu coração. Por essa razão, fez uma imagem de ouro; instalou-a na planície de Dura e decretou que, no final da música, todos deveriam ajoelhar-se e adorar a imagem. A pena para a recusa era ser lançado em uma fornalha, para queimar até a morte. A intenção dele era consolidar todas as nacionalidades do mundo em uma só nação. Para este fim, era necessário que o governo fosse supremo em tudo, tanto no aspecto religioso como no civil. 

Nesse culto, nada havia para edificar a alma, consistia de um formalismo da melhor música e das cerimônias bonitas para agradar os olhos e os ouvidos com a intenção de despertar as emoções do povo. Tudo era vácuo sem a espiritualidade que toca o coração do Deus verdadeiro. Para dar prestígio à inauguração da nova religião, ajuntou todas as autoridades de todas as províncias do seu vasto reino. Havia no culto pompa e ostentação, estavam presentes "os sátrapas, os prefeitos e presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias (versículos 2 e 3). A música tinha o acompanhamento de "da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles" (versículos 5, 7, 10, 15).

Havia ali naquele reino, os jovens Sadraque, Mesaque e Abde-nego, conterrâneos hebreus de Daniel. Pelo fato de perseverar em tudo que era justo, e como resultado da interpretação de Daniel para o sonho de Nabucodonosor, foram foram elevados, com Daniel, sobre os assuntos da Babilônia (Daniel 2:46-49). Eles eram determinados a não cederem à idolatria e a continuarem firmes como servos de Deus, sabiam que desagradariam ao Senhor se venerassem qualquer imagem ou estátua.

Ao tocar a música, uma enorme multidão prostrou-se diante da estátua de ouro, exceto os três judeus. Eles permaneceram em pé, e logo foram denunciados por alguns caldeus a Nabucodonosor (Daniel 3.8-12). O rei os advertiu e deu-lhes outra chance, mesmo assim recusaram novamente. Simplesmente disseram:“arremesse-nos se quiser; Deus pode nos libertar se Ele quiser, mas se Ele escolher deixar-nos morrer, ainda o obedeceremos, e não adoraremos uma imagem”. A fúria dominou o monarca, que ordenou que eles fossem mortos numa fornalha, cujo fogo deveria ser aquecido sete vezes mais que a temperatura habitual (3.19).

Homens fortes amarraram os jovens, quando estes homens lançaram os judeus na fornalha, morreram por causa das chamas quando a porta do forno foi aberta. Os judeus caíram atados no meio do fogo, mas o fogo não os consumiu. De repente, Nabucodonosor, observando a fornalha, espantado, viu quatro pessoas passeando dentro das labaredas fumegantes, em vez de ver três indivíduos sendo incinerados. E perguntou a um de seus capitães quantos haviam sido atirados no fogo, o capitão respondeu que eram trés, mas que via um quarto homem, que era semelhante ao filho dos deuses. Então, Nabucodonosser pediu que Sadraque, Mesaque e Adde-Nego saíssem da chama, chamando-os de servos do Deus Altíssimo. Quando saíram, todos viram que o fogo não teve poder para queimar sequer um fio de cabelo deles, queimou apenas as cordas que os prendia. Não cheiravam nem fumaça. O rei então proibiu qualquer pessoa de falar contra o Deus deles e os elevou a posições ainda maiores. 

Nabucodonosor ordenou que todos se prostrassem diante da escultura. Sua atitude era um desafio ao Senhor. Deus proíbe que se faça imagens de escultura com o objetivo de adorá-la (Êxodo 20.4-5). Assim como Nabucodonosor, o império do Anticristo, no tempo do fim, erguerá um estátua deslumbrante, e serão mortos todos os que a adorarem (Apocalipse 13.14-15).

Conclusão

Quando o cristão é vencido pela tentação de agradar aos homens, perde a oportunidade de agradar a Deus. Por outro lado. todas as vezes que tem uma experiência íntima do poder de Deus, aumenta também a sua fé. A Palavra de Deus exorta o crente a batalhar pela fé que uma vez lhe foi dada aos santos (Judas 3).

Existem vezes que o crente é envolvido em problemas, por pessoas que não servem a Deus. E Deus decide que não o livrará "do" problema, mas "no" problema, o que é uma experiência muito maior e impactante. Nunca duvide do amor dEle por você!

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Espada Cortante: Daniel, Apocalipse, Mateus, Marcos. Volume 1. Orlando Boyer. 8ª edição 2009. Capítulo 3: A fornalha de fogo ardente, páginas 27 a 33. Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
O Novo Dicionário da Bíblia. Volume 2. Editor organizador J.D. Douglas, 4ª edição 1981. página 1086. São Paulo/SP (Edições Vida Nova).

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