Por Eliseu Antonio Gomes
Três construções feitas para que alcancemos a outra margem com mais facilidade.
Vamos lembrar: abaixo de cada estrutura que estabelece a ligação entre duas partes, sempre haverá vidas. Humanas e de criaturas irracionais, o bicho e o vegetal.
Debaixo da pinguela e da ponte, correm as águas de córregos, rios, ribeirões e riachos. Ali, pode estar águas limpas cercadas de vegetação majestosa ou a poluição degradante. Ali pode ser encontrada a flora e a fauna exuberantes ou a triste devastação da natureza. Pode ser admiradas variedades de plantas ou se entristecer demais com o retrato da falta de preservação de mananciais.
Debaixo do viaduto, vão pessoas transportadas por veículos automotores. Gente só ou acompanhada. Elas vão ou voltam felizes ou tristes. Não querem saber sobre o que ficou para trás ou sentem medo daquilo que encontrarão pela frente. Seus corações estão ansiosos, têm muita avidez para chegar e abraçar pessoas queridas. Talvez haja nelas o sentimento de alegria, porque deixaram no ponto de partida muitos problemas e acreditam que no ponto de chegada encontrarão oportunidades para melhorarem a qualidade de vida. Procuram alívios, fogem de problemas, buscam um recomeço de vida ou a entrada de retorno ao início da viagem. Podem estar indiferentes ao entorno, ou quem sabe, admiram a paisagem. Através dos escapamentos de seus carros, mandam para a atmosfera, gases asfixiantes, que provocam irritação nos olhos, nariz, pele e prejudicam a aparelho respiratório: monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, metano, aldeídos, dióxido de carbono.
Para muita gente, não há motivo para pensar sobre qual meio de passagens suspensas usamos. Se a pinguela, a ponte ou o viaduto. Simplesmente, vamos adiante. Os caminhos não são consideramos mais importantes do que a nossa viagem. O que há no destino final é mais interessante, é essencial, é útil e proveitoso. Se no lugar de destino há gente nos aguardando, se somos esperados ansiosamente, queremos chegar lá o quanto antes. O que importa mais é chegar bem.
Diante da pressa de chegada, na impaciência de resolver atrapalhações, na ânsia para encontrar a solução aos empecilhos, nos esquecemos que somos partes integrantes de um todo que tem proporções extraordinárias. Diariamente voltamos para um quarto, dormimos e acordamos em uma cama, vivemos dentro de um lar, cuja residência compõe uma vila, que por sua vez está localizada em um bairro, que junto com outros bairros faz a composição de uma cidade, que entre outras cidades forma o estado, que integra um conjunto de estados que chamamos de nosso Brasil.
Países povoam Terra, e a Terra flutua no espaço sideral, entre planetas, estrelas, cometas, satélites de ferro construídos por Estados Unidos e Rússia. Lá, já chegou a poluição produzida por astronautas americanos e russos.
Somos indivíduos ainda vivos. Mas que a nossa individualidade não seja marcada pelo egocentrismo. Que em nossa constituição de pessoa seja encontrada a essência do que é o senso de humanidade. Que em nosso traço de unicidade exista o amor ao próximo, o cuidado com o Meio Ambiente, o desejo que equilibrar o progresso com o respeito à criação divina.
Cuidemos bem do solo, porque precisamos de terra boa.
Que em nossa individualidade esteja o engajamento na luta pelos lençóis freáticos, porque micróbios e bactérias na água não matarão a nossa sede, matarão a nós mesmos!
Entre tantas coisas, direitos a receber e deveres a cumprir, precisamos reservar algum tempo para cuidar do Ecossistema, porque somos um entre muitos seres do Ecossistema. Você já se viu por este ângulo?
Cada um de nós possui alguma capacidade de ação proativa. Então podemos reservar espaço de tempo para estudar maneiras de atingir um fim bom para todos, aplicar métodos que tragam soluções para o desmatamento, participar de plantio de árvores em nossas ruas, parques, bosques e matas. É possível manter olhos abertos quanto às derrubadas e queimadas de árvores. É importante alardear as conseqüências do ato de desmatar sem fazer o replantio.
Este planeta é a nossa habitação, ele é frágil. A Terra grita. Em época remota ela gritou e houve a extinção dos dinossauros. Ela voltará a gritar? É muito provável que a Terra já esteja gritando por socorro outra vez.
A reação da natureza é notória. É assustador ver como o clima do planeta está. Frios intensos no verão, a chuva em temporada que deveria haver sol quente, a falta de neve quando deveria nevar, a força das águas e dos ventos trazendo águas dos oceanos para dentro de cidades. Tufões ou furações destroem áreas enormes, colocam industrias e residencias no chão e ceifam milhares de vidas.
Pelo fato de não pensar que é parte do Ecossistema criado por Deus, o ser humano tira da natureza o que precisa para sobreviver, sem levar em consideração que a extração de bens naturais de maneira indiscriminada coloca a população mundial em situação de risco. Então que em nosso coração abrigue o desafio de repensar o progresso da nação. Que de algum modo haja o pensamento constante de cuidar da Terra, porque amamos nossa família, filhos e netos, que estarão por aqui nas próximas gerações.
Enfim, existe uma profecia clara no último livro do cânon bíblico, que aborda os depredadores da criação. Leiamos: "Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.” - Apocalipse 11.18 (Nova Almeida Atualizada - SBB).
E.A.G.
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