Dosagem triplicada
A Mix TV parece querer entrar por nova fase. De mera passadora de videoclipes “made in USA” para programas com substância da realidade brasileira. Foi o que eu assisti no recém lançado Dose Tripla.
Tive boa impressão. Vi e gostei, mas em partes.
Gostei por ser brasileiro, paulista e paulistano. A atração tem Paulo Miklos (vocalista dos Titãs e ator), e os jovens Gustavo Braun e Marina Santa Cruz.
O formato do programa não é algo original. Eu já vi a mesma fórmula no SBT, com Hebe Carmargo, Ratinho e Jorge Kajuru. O trio apresenta e comenta notícias recentes.
Achei interessante assistir o roqueiro como apresentador de televisão, e opinando sobre política, variedades, internet, ao lado de dois jovens. Aliás, segundo a produção do programa, os internautas têm vez também, mas não está claro se é interagindo ao vivo.
A parte chata do Dose Tripla foi o preconceito contra os cristãos. O trio criticou as posturas da deputada carioca Myrian Rios e do vereador paulistano Carlos Apolinário . Ambos foram considerados figuras retrógradas. fundamentalistas, só por não concordarem com privilégios para homossexuais.
Myrian Rios
Myrian Rios protestou contra a ditadura gay, que desejou via PEC implantar no Estado do Rio de Janeiro a imposição de homossexuais sobre a sociedade, tentar impor a proibição de demiti-los de seus empregos, caso os patrões tenham tal desejo.
Ora, pode-se demitir heterossexuais... Por que os gays, não? Que permaneçam cada um em suas vagas por competência profissional e não pela opção sexual.
Criticou-se o fato da deputada usar no mesmo discurso as palavras gay e pedófilo. Para Miklos, Gustavo e Marina, isso se configura em homofobia. Vamos pensar... E se a deputada tivesse feito associação das palavras heterossexual e pedófilo? Será que deveria ser acusada de heterofobia? É claro que não. Como também nem precisa esclarecer que não existe o menor sentido tal acusação impetrada neste episódio. Existe hetero pedófilo. Existe gay pedófilo. Vamos assumir essa realidade e viveremos em uma sociedade melhor
Carlos Apolinário
O vereador não é contra a Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgênicos) e nem contra homossexuais. Está lá nos anais da Câmara Municipal pronunciamentos dele comentando sobre sua convivência pacífica com homossexuais.
Apolinário apenas é contrário a permanência do evento na Avenida Paulista. Por quê? Porque, qualquer paralisação acarreta efeitos péssimos aos munícipes, não apenas para trânsito local, também afeta as áreas adjacentes importantíssimas. Na Avenida Paulista e suas adjacências existem vários pontos que jamais deveriam ter acessos bloqueados. São: Hospital das Clínicas, Hospital do Coração, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Nove de Julho, Hospital Beneficência Portuguesa, Hospital Oswaldo Cruz e Hospital Santa Catarina.
Ora, não é pedir muito aos promotores da Parada Gay que procurem manter o caminho das ambulâncias liberado. Os paulistanos agradecem por essa sensilibiladade.
Conclusão
Com comentários desse jeito, cada dia que passa parece melhor assistir o televisor, e não a televisão. Sim, o aparelho sem as imagens e o som. Como se ele fosse uma moldura, mera peça ornamental. Desligado.
E.A.G.
Mais neste blog:
O grupo Titãs pelo avesso
Veja o preconceito do Titã Tony Beloto
Nenhum comentário:
Postar um comentário