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sábado, 28 de janeiro de 2012

Resposta branda

Existe um hino que possue um verso assim: "Tenha a paciência de Jó". Eu prefiro me espelhar na paciência de Jesus Cristo.

Muitos anos atrás, algumas vezes ouvi um programa humorístico de rádio em que havia um quadro chamado Perguntas Idiotas, Respostas Cretinas.

O bobalhão:

- Por que cachorros latem?

O cretino:

- Porque você não ensinou nenhum deles a miar.

Jesus Cristo é o nosso Mestre em relações interpessoais. E nesta função se apresentou como manso e humilde. Tinha paciência para dispensar uma boa lição em todas as situações que apareciam diante da agenda diária. Agendas das pessoas que procuravam por Ele! Ele doou espaço de seu tempo, o tempo que Deus lhe deu nas 24 horas de todos os dias em que viveu na terra.

Certa vez, fui repreendido pelo Senhor. Eu não estava com paciência para compartilhar meus conhecimentos. "O pouco que você sabe é muito para quem não sabe nada". É importante compartilhar o que sabemos, principalmente os conhecimentos das Escrituras Sagradas.

Donald Weiss, escreveu o seguinte sobre relações interpessoais: O processo de mudança real inicia-se quando você reconhece que a única pessoa sobre a qual exerce algum controle significativo é você mesmo - e sabe o que é tentar mudar a si mesmo e sua personalidade. ¹ Realmente, com critério razoável, é necessário adaptar-se para ser ouvido. Ao se comunicar, Jesus usou a figura da semente entre os agricultores; da ovelha entre os pastores.

Em família:

"O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos" - Provérbios 13.22. A maior herdade que alguém pode deixar para seus descendentes são as lições morais.

Os bons exemplos são imprescindíveis para a formação de um bom caráter dos filhos, é necessário ensinar a fazer fazendo: trabalhar dignamente; prometer e cumprir as promessas; estender as mãos a quem precisa.

Na sociedade:

"Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho" - 2 Timóteo 2.8.

Diante deste mundo em crise, das palavras ríspidas, das intrigas, contendas, setas de ódio e invejas, é importante fazer uso de todos os lugares, reconhecer os momentos oportunos, para falar do plano da salvação aos que nos rodeiam.

Seja articulador de boas respostas em todos os lugares. Na escola, no ambiente do emprego, no trânsito, nos hospitais e prisões. As almas clamam sem pronunciar perguntas sobre a existência além-túmulo.

 "Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim". Eclesiastes 3.11(ARA). Mostre para elas o plano da salvação, pois você tem a resposta na Pessoa do Espírito Santo que mora em seu coração.

Quando o ser humano está atolado no pecado, não tem forças para pedir socorro espiritual. O cristão que passa a aproveitar as oportunidades é sábio, se transforma em ganhador de almas (Provérbios 11.30).

Não se preocupe em demasia com os resultados de evangelismo, ocupe-se em se consagrar orando antes de evangelizar. O interesse maior por resultados positivos é do Senhor, e Ele fará a parte dEle.

E.A.G.


Veja outras reflexões sobre a importância da resposta branda: Belverede.
_______

1 - Donald Weiss, Convivendo com gente difícil, Círculo do Livro, 1986.



domingo, 6 de abril de 2014

Vingança: laço diabólico

"Sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas"
Mateus 10.16 b.

Por Eliseu Antonio Gomes

Algo extremamente óbvio deveria sempre estar esclarecido aos cristãos: as pessoas que alimentam maldade no coração sofrem mais.

"E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar" - Gênesis 4.6-7.

Quando surge a discórdia

"Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno - Mateus 5.22.

"Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor" - Romanos 12.19.

 "Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo" - Hebreus 10.30.

Deus tudo vê e não está de braços cruzados, Ele é o Protetor dos injustiçados. A desforra só pertence ao Senhor, porque só Ele é justo, deixe-O administrar as contrariedades que tentam impedir seus passos.

É triste observar que alguns cristãos adotam ações más porque foram vítimas da maldade alheia. Vítima de indivíduos maus eles também se tornaram pessoas más, sem conseguir enxergar em que tipo de gente ruim se transformaram. Interpretam a reação humana da contenda como algo natural, quando é um processo espiritual diabólico, que aprisiona ofensores e ofendidos para que percam o dom da salvação.

Os humildes e os  irreconciliáveis

"Bem aventurados os pacificadores" - Mateus 5.9.

É importante viver como agente promotor da paz, porém, nem sempre é possível promovê-la. Paulo escreveu "se possível tende paz com todos", porque encontramos em nossas relações interpessoais pessoas duras de coração, irreconciliáveis, e diante de gente assim a única alternativa para encontrar a tranquilidade é afastar-se delas (Romanos 1.31; 2 Timóteo 3.3).

Nos laços de relacionamentos com o próximo jamais devemos nos humilhar. Humilhar-se diante dos homens jamais será sinal da humilde que o Senhor pede que os cristãos pratiquem, mas traços negativos de fraqueza de caráter, conduta de bajulador e de falta de coragem (Provérbios 24.10; 2 Timóteo 1.7).

Na Palavra de Deus, está muito claro que o crente deve humilhar-se apenas a Deus, e não ao semelhante (1 Pedro 5.6; Tiago 4.10).

Priorize a paz

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" - Mateus 5.9. Não é a vontade do Senhor que o cristão viva em briga contra o próximo, só quem investe em que haja relacionamentos de paz são considerados filhos de Deus.

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" -  Provérbios 15.1. Não pense que pelo fato de você renunciar ao desejo de dar uma resposta carnal aos que lhe prejudicam estará em desvantagem, é exatamente o contrário! Toda a vantagem reside na vida daqueles que escolhem caminhar no Espírito, tal caminhada alegra a Deus e a alegria do Senhor gera na vida do caminhante espiritual força para vencer (Neemias 8.10)!

"Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai" (Salmo 4.4 - Almeida Revista a Atualizada).

"Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira" - Efésios 4.26. Quando  o desejo de vingança por iniciativa própria domina a vida da pessoa, contamina a alma dela e faz com que o ressentimento destrua sua comunhão com Deus e a própria paz de espírito. É importante em meio ao atrito esforçar-se para não perder o controle emocional e esforçar-se para nunca guardar mágoas no coração.



A justiça divina

 "Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas" - Romanos 4.7 a.

Quando somos empurrados a entrar no círculo vicioso de responder o mal com o mal, precisamos tomar a decisão de apresentar o coração abalado para Deus, mostrar a Ele a tentação indutora ao  abandono da prática do amor ao próximo, e pedir que nos permita ver como Ele trata de nossa alma ferida com justiça.

O verdadeiro inimigo do ser humano não é o ser humano. A batalha do crente é contra Satanás e suas hostes infernais (Efésios 6.12). Então, se tentados e vencidos pela tentação de vingar-se contra alguém que comportou-se de maneira indesejável, é necessário mudar de atitude urgentemente, pois o convite de Cristo conclama ao arrependimento do pecado cometido.

Ao confessar a Jesus o erro e ter a disposição de não mais praticá-lo, indo também pedir perdão aos que fizemos maldades, alcançamos a misericórdia divina (Provérbios 28.13; 1ª João 1.9).

O coração de Deus em favor e contra o coração do ser humano

Deus é justo, e no exercício da justiça divina Ele nos trata exatamente como tratamos o próximo. Só quem possui disposição para perdoar recebe o perdão divino, e apenas quem é misericordioso para com os outros é alvo da misericórdia do Senhor.

"Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso" -  Lucas 6.35-36.

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" - Mateus 5.7.

"Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo" - Tiago 2.13.

E.A.G.

domingo, 6 de abril de 2008

Temperamentos: fazia parte dos planos de Deus o profeta João Batista ser decapitado?


Como maçãs de ouro em bandejas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.
Provérbios 25.11
 (NAA)

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito. Segundo Tim LaHeye em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que não sabem deixar para depois uma reação de coisas que não gostou são as mais temperamentais. Não deixa de ser uma força de expressão que identifica pessoas cujo temperamento é colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos têm porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. E há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também. Conformar-se com o medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove características do fruto há uma identificada como domínio-próprio, que é o mesmo que temperança e autocontrole.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, moldando seu coração à maneira certa e prazerosa em que está o coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir, desvia a fúria de todos os interlocutores e promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com aconteçam reações raivosas, cheias de sede de vingança. Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: 

1 - João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos.

Conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo " filhinhos ". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que viveu até uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

2 -  E o outro João, o batizador.

João Batista, "batista" é a função e não sobrenome dele, veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro, mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1 Coríntios 14.32). João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá. 

Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração. "A resposta branda descia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15.1).

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O último profeta do Antigo Testamento - fazia parte dos planos de Deus João Batista ser decapitado?


"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" - Provérbios 15.1.

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito.

Segundo Tim LaHaye, em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que sentem dificuldades de deixar para depois uma reação às coisas que não gostou, são as mais temperamentais. Certamente que é verdade, é uma força de expressão que identifica os que são do tipo colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos têm porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. Há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também.

Conformar-se com o medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove características do fruto há uma identificada como domínio-próprio / temperança / auto-controle.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, moldando o coração à maneira certa e prazerosa em que está o coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir, desvia a fúria de todos os interlocutores e promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com que existam reações raivosas, cheias de sede de vingança.

Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos. E o outro João, o batizador.

O primeiro foi conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo " filhinhos ". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que viveu até uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

João Batista (na verdade batizador, porque "batista" é a função e não sobrenome dele), veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro... Mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1ª Coríntios 14.32). E João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá. Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração.

E.A.G.
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Artigo liberado para cópias, desde que seja, citados o link (HTML) da comunidade Assembleia de Deus - Belém e o nome do autor.

O presente artigo é republicado com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 8– João Batista – O Último Profeta do Antigo Testamento; comentários do Pr. Esequias Soares (CPAD).

Postagem original neste blog em 14 de junho de 2007, com o título Temperamentos.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Temperamentos


Fazia parte dos planos de Deus João Batista ser decapitado?

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15.1).

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito.

Segundo Tim laHeye em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que não sabem deixar para depois uma reação de coisas que não gostou são as mais temperamentais. Não deixa de ser, também uma força de expressão que identifica os que são do tipo colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos tem porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. E há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também.

Ter medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove característica do fruto há uma identificada como domínio-próprio / temperança / auto-controle.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, colocando o jeito de ser moldado à maneira certa e prazerosa ao seu coração e ao coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir desvia a fúria de todos os interlocutores, promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com que exista reações raivosas com sede de vingança.

Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos. E o outro João, o batizador.

O primeiro foi conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo "filhinhos". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que chegou a uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

João Batista (na verdade batizador, porque "batista" é a função e não sobrenome dele), veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro... Mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1ª Coríntios 14.32). E João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá.

Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração.

E.A.G.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Charb: cartunista morreu sem noção do que é liberdade e opressão

Visando o relacionamento interpessoal pacífico, a Bíblia alerta a todos: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" - Provérbios 15.1.

O atentado terrorista na França, em 8 de janeiro, contra Stephanie Charbonnier, conhecido como Charb, editor e cartunista da revista Charlie Hebdo, traz à tona a necessidade de reflexão sobre como deve ser exercida a liberdade de imprensa. As palavras-chaves são; respeito e ética.

Agora existe um motivo para breve parada e reflexão, é momento de repensar sobre como deve ser exercida a liberdade de imprensa. Por quê? Porque liberdade sem limites não é liberdade, é opressão. O que a maior parte dos jornalistas pedem não é ser livre para noticiar o fato, mas livres para oprimir usando veículos de massa com alcance de larga escala, tripudiar abertamente tudo e todos aqueles que não pensam como eles pensam, ofender em público quem eles consideram seus desafetos e gente que vai contra seus interesses políticos e financeiros.

Charlie Hebdo, exemplo 1:

Liberdade de imprensa para ofender a fé alheia? Mesmo que o ofensor seja um jornalista este tipo de atitude não é jornalismo. Em novembro de 2012, a capa da revista de Charbonnier zomba do cristianismo trazendo a representação da doutrina da Trindade em coito homossexual a três. Qual seria o propósito de publicar isso? Informar? Não, apenas escarnecer dos crentes.


Charlie Hebdo, exemplo 2: 

Ninguém deveria ser livre para desrespeitar o luto de quaisquer pessoas. Quando o cantor Michael Jackson faleceu, Charbonier parece ter pensado em aumentar a tiragem da sua Charlie Hebdo e não amenizar a dor dos familiares, que perderam um filho, um pai, um irmão, um primo... Manchete: "Michael Jackson finalmente branco."


Charlie Hebdo, exemplo 3:

Ilustração da capa em julho de 2013, trouxe um desenho mostrando um muçulmano sendo alvejado a balas, associado a manchete "Alcorão é uma merda, não para balas". Qual seria o motivo de criar esse conteúdo, senão lucrar alto com uma zombaria contra todos os muçulmanos?




Conclusão

Eu Eliseu Antonio Gomes, como cristão evangélico, e alguém que crê na doutrina da Trindade, afirmo que sou contra a violência.

Devo lembrar aos que gostam de irritar o próximo e escarnecer de Deus o que está escrito na Bíblia: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" - Gálatas 6.7-8.

E.A.G.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A RELIGIOSIDADE SUPERFICIAL

Está escrito: "A palavra dura suscita a ira, mas a resposta branda desvia o furor" - Provérbios 15.1.

No momento de crise, alguns partem para a violência física. Outros, aos ardís da mentira, da dissimulação, da suposição. Nada disso são as estratégias de Deus para nós.

No momento de indignação, podemos escolher o que plantar para colher amanhã... Se usamos a brandura, colhemos paz e alegria... E se usamos as palavras duras, teremos que beber o cálice da fúria. É a Lei da Semeadura, que vale para o plano físico e para o plano espiritual (Gálatas 6.7).

Não estou debatendo com ninguém, isso é só uma lembrança das Escrituras.

Considerando que me dirijo aos espirituais, vale lembrar que "a ira do homem não promove a justiça de Deus" - Tiago 1.20. No momento de ira é importante ter cuidado para não pecar de nenhuma forma (Efésios 4.26).

Quem é apenas religioso, esquece-se de Deus quando provocado ou se sente injustiçado. Deixa de lado a pompa e circunstância da cartilha evangélica denominacional e pratica as obras da carne sem nenhum pudor (Gálatas 5.16-23).

É comum o cristão espiritual receber críticas de quem os observa em momentos em que não reage às maldades feitas contra si  praticando males. O homem não-espiritual não entende a razão de crentes espirituais negarem-se a apelar para a natureza humana. Tais observadores descrevem crentes espirituais como portadores de letargia e covardia. Na verdade, a ação do crente fiel ao esperar com paciência em Deus não é ser letárgico e nem covarde. É demonstração de fé em atividade.

O crente espiritual conhece seu Deus! Sabe que Ele é um ser que vê tudo, sabe de tudo e faz a justiça na dose certa e na hora certa. Sabe que Ele não está parado e O segue!

Esperar em Deus é permitir que Ele se mova em nossa frente, sempre esteja na frente de todas as situações. Esperar em Deus é deixá-lo em primeiro lugar, é prova de fé viva!
 
E.A.G.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

OS DOZE PRINCÍPIOS PARA UMA COMUNICAÇÃO SÁBIA BASEADA NO LIVRO DE PROVÉRBIOS

Por Paulo S. Santos

SE DISPOR A OUVIR

11:2 – “Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com os humildes”.

28:9 – “Se alguém se recusa a ouvir a lei, até suas orações serão detestáveis”.

25:12 – “Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino é a repreensão dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvir”.

19:20 – “Ouça conselhos e aceite instruções, e acabará sendo sábio”.


EVITAR LEVAR TUDO TÃO À SÉRIO

12:16 – “O insensato revela de imediato o seu aborrecimento, mas o homem prudente ignora o insulto”.

14:29 – “O homem paciente dá prova de grande entendimento, mas o precipitado revela insensatez”.

17:9 – “Aquele que encobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos”.

19:11 – “A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas”.


MEDIR AS PALAVRAS

12:18 – “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura”.

12:19 – “Os lábios que dizem a verdade permanecem para sempre, mas a língua mentirosa dura apenas um instante”.

18:21 – “A língua tem poder sobre a vida e a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto”.

20:23 – “Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento”.

DIZER NÃO À DISCUSSÃO – (DISCUSSÃO É PECADO)

17:19 – “Quem ama a discussão ama o pecado; quem constrói portas altas (se orgulha) está procurando a sua ruína”.

18:19 – “Um irmão ofendido é mais inacessível do que uma cidade fortificada, e as discussões são como as portas trancadas de uma cidadela”.

17:14 – “Começar uma discussão é como abrir brecha num dique; por isso resolva a questão antes que surja a contenda”.

16:32 – Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade”.

UM FALAR SÁBIO

12:18 - “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura”.

13:13 – “Quem guarda a sua boca guarda a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando”

15:4 – “O falar amável é árvore da vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito”.

15:26 – “O Senhor detesta os pensamentos maus, mas se agrada de palavras ditas sem maldade”.


RESPONDER SEM SER PRETENCIOSO

15:1 – “A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”.

15:23 – “Dar resposta apropriada é motivo de alegria, e como é bom um conselho na hora certa”.

24:26 – “A resposta sincera é como beijo nos lábios”.

CONHECER O PODER DAS PALAVRAS

16:24 – “As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos”.

25:15 – “Com muita paciência pode-se convencer a autoridade, e a língua branda quebra até ossos”.

ESPERAR A SUA VEZ

18:13 – “Quem responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha”.

25:11 – “A palavra proferida em tempo certo é como frutas de ouro incrustadas em escultura de prata”

29:20 – “Você já viu alguém que se precipita no falar? Há mais esperança no insensato do que para ele”.

NÃO SE IRRITAR

15:17 – “É melhor Ter verduras na refeição onde há amor, que um boi gordo acompanhado de ódio”.

15:18 – “O homem irritável procura dissensão, mas quem é paciente acalma a discussão”.

29:22 – “O homem irado provoca brigas, e o de gênio violento comete muitos pecados”.

30:33 – “Pois assim como o bater o leite produz manteiga, e assim como torcer o nariz produz sangue, também o suscitar a raiva produz contenda”.


NÃO PAGAR NA MESMA MOEDA

20:22 – “Não diga: Eu o farei pagar pelo mal que me fez! Espera pelo Senhor, e Ele dará a vitória a você”.

24:29 – “Não diga: Farei com ele o que fez comigo; ele pagará pelo que me fez”.


CONFRONTAR COM AMOR

27:5 – “Melhor é a repreensão feita abertamente do que o amor oculto”.

27:6 – “Quem fere por amor mostra lealdade, mas o inimigo multiplica beijos”.

28:23 – “Quem repreende o próximo obterá por fim mais favor do que aquele que só sabe bajular”.

TEM DE SE ARREPENDER, PEDIR PERDÃO E NÃO FAZER MAIS

28:13 – “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia”.

30:32 – “Se você agiu como tolo, e exaltou-se a si mesmo, ou se planejou o mal, tape a boca com a mão!”.


Fonte:
Bíblia Fácil via Rede Melodia - O Portal do Povo de Deus

domingo, 12 de agosto de 2012

Consciência Cristã na apologética bíblica



É importante fazer uso da Palavra de Deus como regra de fé e conduta. Mesmo que a intenção seja a melhor de todas, ninguém despreze a Palavra de Deus, pois esse desprezo é pecado. Quem a despreza perecerá (Provérbios 13.13).

O apologeta cristão é ponderado, não é preconceituoso. O exercício de sua competência reside em ter conceito concebido com bases em pesquisas sérias. Ao abordar qualquer tema, não faz isso movido pela pressa, mas pela moderação e ciência dos fatos abordados. Ação apressada e preconceituosa não é atitude coerente à apologia cristã.

O autêntico apologista do evangelho combate atitudes e afirmações absurdas.  Não é combatente de ações que apenas causam o estranhamento da cristandade na ordem pessoal. Usa a apologia cristã para responder tudo que realmente é estranho às normas da prática do Evangelho de Cristo. Tem plena consciência que é essencial conhecer seu público-alvo e se dirigir especificamente para ele. Quando é preciso, evita usar terminologias técnicas, comunica-se com linguajar coloquial para que todos entendam com facilidade o que deseja transmitir. É conciso e claro, evita possíveis ambiguidades.

O apologeta deve praticar a apologia com total imparcialidade, colocando-a acima de interesses pessoais e de terceiros, acima de instituições, convenções, liturgias e dogmas (Tiago 3.13-18).

O praticante da verdadeira apologia  preza por todo o conhecimento adquirido, principalmente o teológico. No mínimo, possui razoável conhecimento de teologia. Sabe que o propósito da prática de apologia é salvar almas, e para tal finalidade não é preciso ostentar títulos acadêmicos e diplomas em seus textos e homilias.

A condição do apologeta é humana. Portanto ele não deve confiar em seu coração, que é extremamente corrupto e pode enganá-lo. Não deve confiar plenamente em seu coração e nem no coração de terceiros (Jeremias 17.5-9).

O apologeta cristão não deve tomar como base suposições para praticar a apologia. Ninguém deve crer que possui a noção exata de tudo o que acontece além do alcance de seus olhos. Só Deus é onisciente e sabe de tudo (Hebreus 4.13).

A comunicação eficaz é aquela em que é dito tudo o que é preciso e a mensagem é plenamente entendida por quem ouve ou lê. As generalizações provocam confusão. Elas são sempre injustas e os injustos não entrarão no céu (1 Coríntios 6.9). E sendo assim, todos precisamos evitar generalizar em todas as situações. Ao abordar problemas comportamentais, quem pratica apologia cristã precisa fixar-se no assunto em foco, sabendo que deve manter-se justo e que o objetivo da prática apologética é eliminar a prática do pecado, não é atacar pecadores (Efésios 6.12).

O apologista praticante da Palavra de Deus respeita a autoridade pastoral, contudo não se comporta como seguidor cego de líderes Y ou X. Ele segue Jesus Cristo e, eventualmente, faz uso da Bíblia Sagrada para avaliar o que os líderes cristãos fazem e dizem. Faz isso combatendo o pecado e nunca os pecadores.

O apologeta cristão não é ofensor. Um erro nunca justifica outro. Então, ao batalhar em favor da fé cristã, rejeita a utilização de práticas carnais para salvar aqueles que estão na carne (Judas 21, 23). Ele tem amor pelas almas, prega o Evangelho Puro e Simples, envolve-se em ações específicas que representem em 100% o amor, a pureza e a simplicidade cristãs. Faz isso usando as Escrituras Sagradas na oratória e na prática diária. 

Fazer apologia das verdades do Evangelho é evidenciar e também defender o uso da Palavra de Deus objetivando que ela seja conhecida e praticada fielmente pelos cristãos. No trato com a Palavra e com as pessoas, considerar que ninguém e nenhuma instituição estão acima da autoridade das Escrituras Sagradas.

A verdadeira prática apologética não tem espaço para ofensores, deboche, escarnecedores. A zombaria, o escárnio, afastam as almas de Jesus Cristo e daquilo que o ofensor defende. Ironizar é praticar ação escarnecedora e convém não se assentar com escarnecedores (Salmo 1). A dureza de palavras provoca a raiva contra quem as emite e o resultado espiritual é negativo: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” – Provérbios 15.1.

Jesus é o Sumo Pastor das ovelhas e continua a cuidar de todas elas. Confiemos  nEle e ao mesmo tempo usemos unicamente a Bíblia Sagrada para combater o pecado. É a Palavra de Deus que alimenta, sustenta, traz às almas o discernimento espiritual necessário. Salmo 119.105; Jeremias 23.29; 2 Timóteo 2.15; Hebreus 4.12.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

O que a Bíblia diz sobre o cristão brigar?

Observe dez orientações básicas sobre o comportamento cristão ideal aos olhos de Deus. 

Atitudes que não podemos ignorar, porque é a diferença entre ser apenas uma pessoa religiosa e um cristão que agrada a Deus. É sensato usar a comunicação em nosso benefício, em favor da nossa família e em proveito do próximo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

As simpatias e o Ano Novo - feitiçarias caseiras

Eguinaldo Hélio de Souza

Muitos recorrem à milhares de receitas mágicas de domínio popular a fim de resolver seus problemas. Seus praticantes as chamam de simpatias e são largamente empregadas pelo povo brasileiro, sendo difundidas como inofensivas tradições folclóricas. Mas... Será que as simpatias são realmente inofensivas? Que poderes envolvem? Que perigos escondem? Quais os reais limites entre a fé e a superstição? O uso de palavras bíblicas santifica esta prática? Há alguma relação entre a simpatia e a bruxaria?

Possuir respostas para estas perguntas é vital. Pessoas que jamais entrariam em um terreiro ou se envolveriam com algum tipo de ocultismo tornam-se ingenuamente (ou não) vítimas das maldições inerentes a este tipo de prática. A inocência não serve de escudo.

Definindo simpatia

O que é mesmo simpatia? O dicionário Aurélio a define, entre outras coisas, como: "ritual posto em prática, ou objeto supersticiosamente usado, para prevenir ou curar uma enfermidade ou mal-estar". Mas esta explicação é muito branda. A significação de um site sobre simpatia é outra bem diferente para esta prática: "Simpatia é a maneira ritual de forçar poderes ocultos a satisfazerem a nossa vontade".

Este conceito é exato e sincero, uma vez que não são as meras palavras, atos, rituais e objetos que vão levar a realização do desejo do praticante da simpatia, mas, sim, os poderes nela invocados. Não são as gotas do azeite, os pingos da vela e/ou o pano vermelho os verdadeiros objetos da fé. Os praticantes, quando usam destas coisas, colocam sua fé em entidades indefinidas ou em algum santo católico, como no caso de Santo Antônio, Santo Expedito e São Jorge, muito comuns em simpatias.

Isso significa que, mesmo sem intenção, ou involuntariamente, procura-se criar algum vínculo com o mundo espiritual e manipulá-lo de forma a atender nossos desejos. A grande questão é: com quem a magia da simpatia lida?

Brincando com o inimigo

Neste mundo pragmático em que vivemos, o que as pessoas geralmente querem saber é: "Funciona?". O mesmo site comenta: "A simpatia tem grande prestígio, dada a psicologia do povo que quer resultados imediatos, sem tratamento e sem trabalho, trazidos pelas escamoteações da mágica. Em suma, o milagre".

Embora a única preocupação do praticante seja ter resultado imediato, ele, porém, não se detém para questionar qual a fonte do poder por trás das simpatias. Claro que a maioria não funciona, e o aparente efeito de algumas não passa de coincidência ou auto-sugestão. Mas quando se trata de um "milagre" real, os envolvidos não questionam o autor do suposto milagre, nem sequer cogitam que estes "poderes ocultos" têm como fonte os espíritos malignos.

A Bíblia relata que quando Moisés foi enviado por Deus ao Egito para falar a faraó acerca da libertação do povo hebreu, lançou sua vara ao chão e Deus a transformou em cobra. Entretanto, os magos egípcios fizeram o mesmo com seu poder (Êx 7.10-12). Os milagres foram iguais, mas a fonte deles era antagônica: Moisés invocava ao Deus verdadeiro, e os outros, cultuavam falsos deuses e espíritos malignos.

Assim, pode-se depreender que desejar milagres e não se preocupar com a "fonte de origem" é abrir a porta para a atuação do diabo. Sobre o poder do diabo em obrar prodígios a Palavra de Deus esclarece: "A vinda desse iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem. Perecem porque não receberam o amor da verdade para se salvarem" (2Ts 2.9,10; grifo do autor).

Fé e superstição

"De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10.17). Logo, a fé bíblica, a fé verdadeiramente cristã, é uma conseqüência de se ouvir e aceitar a Palavra de Deus. A superstição, elemento essencial das simpatias, não tem seu fundamento nas Escrituras Sagradas, se é que possui algum fundamento. As pessoas que se envolvem com simpatias, o fazem pela indicação de outro, e não se preocupam em analisar os poderes ocultos que se escondem por trás das mesmas.

Mesmo o uso de objetos, palavras e atos narrados na Bíblia podem se degenerar em superstição. Embora a Palavra de Deus se utilize desses elementos, tais elementos, no entanto, só têm valor quando baseados na fé. "Tudo o que não é por fé, é pecado" (Rm 14.23).

Temos de fazer distinção entre as narrações bíblicas e os princípios bíblicos. Quando Deus ordenou ao povo de Israel que desse voltas ao redor dos muros de Jericó e tocasse trombetas para que os muros caíssem (Js 6), não estava ensinando com isso um ritual de "como derrubar muros". A Bíblia é explícita ao dizer que "pela fé caíram os muros de Jericó" (Hb 11.30), e não pelo simples fato de serem rodeados. Houve uma ordem específica de Deus e uma obediência em fé correspondente, então Deus operou. A vitória veio de Deus pela fé, e não porque aquele era um ritual mágico.

Da mesma forma, o fato de Jesus ter cuspido na terra, feito lodo, passado nos olhos de um cego e este ter sido curado após lavar-se no tanque de Siloé, não significa que Jesus estava ensinando, com isso, um ritual para curar cegos (Jo 9.11). Aquele foi um milagre produzido pelo poder de Cristo mediante a fé, e não passos a serem seguidos pelos cegos que buscam cura. A Bíblia estava narrando um acontecimento, não ensinando um ritual para curar cegos.

É importante também mencionar a repetição de palavras que geralmente está inserida nas simpatias. Jesus condenou a prática das chamadas "rezas", quando disse: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles..." (Mt 6.7,8). Embora no dicionário orações e rezas sejam palavras sinônimas, na prática, porém, as rezas tornaram-se fórmulas mágicas com poder em si mesmas, e não representam nenhuma manifestação de fé, no sentido bíblico.

É bom ratificar que, biblicamente, fé significa confiar (crer) em Deus e em Cristo (Jo 14.1). Os cristãos oram e tomam atitudes confiando nas promessas divinas, e não em meras palavras e atos por si só. Os praticantes da simpatia não agem de acordo com um relacionamento pessoal com Deus ou Jesus.

O nome de Deus em vão

"SALMOS 37 e 38 - Leia os salmos 37 e 38 três vezes ao dia, durante três dias. Após tê-lo feito, publique o texto (salmo) no jornal no quarto dia e veja o que acontece. Faça dois pedidos difíceis e um impossível".

Tem-se popularizado o uso de Salmos, ou mesmo do nome de Jesus, como simpatia para a resolução de problemas. Todos os dias, os jornais trazem uma coluna de agradecimento ou de recomendação de pessoas que aconselham os leitores a usar o "salmo tal" ou a "palavra tal" para resolverem seus problemas e alcançarem alguma coisa.

"Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êx 20.7). Embora alguns achem que, ao citarem a Bíblia, Deus ou Jesus valida este tipo de atitude, o oposto, no entanto, é que é verdade. As pessoas estão, de fato, querendo manipular a Deus por meio de palavras e ritos, quando a Bíblia ensina que isto é abominável aos seus olhos.

Nós, os cristãos, mais do que ninguém, reconhecemos o poder da Palavra de Deus. Mas este poder só é válido quando tomamos toda a Bíblia como regra de fé e conduta, e não quando extraímos trechos isolados e os usamos com um ritual, ou quando escrevemos um salmo ou outro trecho qualquer das Escrituras e os usamos como talismã. O salmo 91 é Palavra de Deus e, se creio nele e o aplico em minha vida, ele trará resultado. Entretanto, o mero pano ou papel onde ele está impresso não é um talismã para ser colocado atrás da porta para me proteger de espíritos malignos.

Temos de tomar cuidado para que a nossa fé não se deteriore em superstição e idolatria. Em Números 21.4-9, Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e colocasse sobre uma haste. Todos os israelitas que olhassem para ela seriam curados, e assim aconteceu. Todavia, com o passar dos dias, o povo de Israel, ao invés de colocar sua fé no Deus que os curava ao olharem para a serpente de bronze, puseram sua confiança na própria serpente e passaram a adorá-la e a oferecer-lhe incenso. Substituíram Deus por um dos instrumentos que Ele usou para abençoá-los. Por isso o rei Ezequias ordenou sua destruição: "Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã" (2Rs 18.4; grifo do autor).

Feitiçaria caseira

"A bruxaria está na moda, e é possível encontrar cada vez mais adeptos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. Suas fileiras exibem advogados, contadores e engenheiros [...] As feiticeiras modernas não gostam de ser chamadas de bruxas. Preferem o termo medieval wicca (pronuncia-se uíca), que deu origem à witch (bruxa em inglês). A palavra vem do alemão arcaico, wic, que significa dobrar, porque a mágica teria função de mudar ou 'dobrar' os acontecimentos". Mas, como diz Eddie Van Feu em seu livro Wicca - Rituais: "A verdade é que wicca é só um termo mais bonitinho para bruxaria".

Os que consideram exagero comparar simpatia e feitiçaria fariam bem em atentar para este assunto. Vejamos os rituais ensinados no mesmo livro sobre wicca:

Para proteger seu lar

"Deixe romãs abertas na janela da casa para trazer paz e harmonia para sua família", ou: "Faça uma cruz com dois pedaços de canela em pau e coloque-a escondida atrás da porta em sua escrivaninha".

Para ter amor

"Guarde uma rosa ou um amor-perfeito dentro de seu livro de poesia ou do seu romance favorito. Tenha-o sempre à cabeceira, pois este é um poderoso talismã".

Perguntamos: qual é, então, na prática, a diferença entre a simpatia e a bruxaria? Ambas se apóiam em rituais, objetos e palavras para alcançar seus objetivos. Ambas utilizam elementos cristãos. Ambas definem apenas vagamente os poderes envolvidos na realização de seus "encantamentos". Em outras palavras, são usados apenas termos diferentes em relação ao mesmo tipo de prática. As forças malignas utilizadas pelos bruxos na História Antiga e Medieval continuam sendo acionadas por meio das chamadas "simpatias". O sincretismo cristão encobriu essa realidade, mas não pode mudar a essência do que realmente envolvem essas práticas.

Os historiadores são unânimes em admitir que o catolicismo português trazido para o Brasil era fortemente influenciado pela bruxaria européia. Como resultado, as mesmas práticas continuam sendo realizadas "camufladamente". Logo, simpatias nada mais são do que bruxarias caseiras efetuadas por pessoas que apenas querem resultados e estão dispostas a fazer qualquer coisa para alcançá-los.

Livrando-se da simpatia

"Andamos por fé, e não por vista" (2Co 5.7). Este é o fundamento da fé evangélica e bíblica. Quando o relacionamento diário com Deus se baseia em objetos, fórmulas, rituais e/ou palavras previamente estabelecidas, então ocorre um afastamento. Não importam quantas "graças" as pessoas digam que alcançaram por este meio, isto não prova que foi Deus quem realizou nada. O Novo Testamento rejeita completamente o uso de tais subterfúgios para se alcançar resposta divina, e o Velho Testamento só o faz quando é orientado por Deus e, mesmo assim, como símbolos espirituais de Cristo.

Não se engane, caro leitor, mexer com simpatia é mexer com o oculto, e todo benefício que resultar disso é aparente. "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios (receitas de simpatia e magia) [...] Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem. Tudo o que fizer prosperará" (Sl 1.1-3; parênteses do autor).

Notas:
Novo Aurélio - O Dicionário da Língua Portuguesa Século XXI, Ed. Nova Fronteira.
Classificados do jornal A tribuna, de Santos, de 22/03/03.
Revista Época, 21 de out. de 2002, p.86.
Eddie Van Feu: carioca que estreou no mercado editorial nacional com a revista Olha à frente!, Ed. Escala, onde assinou muitos outros materiais. Atualmente, edita a Talentos do Mangá e escreve uma bateria de livros de Wicca, além de produzir diversos roteiros para desenhistas de todo o Brasil.
Wicca - Rituais, Eddie Van Feu, Ed. Escala, p. 11.
Ibid., p. 23-4.
Lidiomar Trazini. Comunidade Guerra Espiritual - Lidiomar Trazini