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domingo, 5 de janeiro de 2020

A Natureza do Ser Humano


Por Eliseu Antonio Gomes

Introdução

Jamais existiria vida na Terra se não fosse uma série de detalhes importantes, alguns dos quais desconhecidos até a metade do século passado. A localização da órbita da Terra na Via Láctea e no sistema solar, sua velocidade de rotação, ângulo de inclinação; os ciclos naturais da água e a purificação do ar; e a translação da Lua, satélite natural, exercendo sua pressão sobre a atmosfera terrestre. Estes dados reforçam a crença dos cristãos na existência do Criador.

A Bíblia Sagrada não tem a proposta de mostrar uma Antropologia elaborada sobre a origem do ser humano do ponto de vista científico, o foco principal é o religioso. Suas páginas apresentam o testemunho histórico das relações do homem com Deus, porém, faz isso mostrando diversos traços antropológicos.

No Antigo Testamento e na Nova Aliança, a Bíblia apresenta passagens que pressupõem a natureza do ser humano como a de uma pessoa tricotômica. O corpo, a alma e o espírito constituem esta natureza tríplice. Alma e corpo aparecem como dois elementos inseparáveis enquanto dura a vida, sendo o corpo comparado com vaso de barro, casa e tenda, que se desfazem com a morte (Jó 4.19-21; 2 Coríntios 4.4-11; 5.1-9; Filipenses 1.20-24). Vejamos os parágrafos abaixo a esse respeito.

1. O corpo humano veio da terra (Gênesis 2.7). 

Adão é a figura de quem se originou toda a raça humana. Além de ser um nome próprio ('adam), que significa "homem",  também tem o sentido de, "humanidade" (Gênesis 3.17,18; Romanos 5.12-21).  O Novo Testamento relaciona o início da prática do pecado à primeira transgressão de Adão e apresenta-o como  representante da humanidade de modo geral.

No sexto dia da criação, Deus criou o primeiro 'adam (Gênesis 1.27). Como o oleiro dá forma ao vaso, Deus formou-o do pó da terra ('adamah) à sua própria imagem. Ao soprar-lhe nas narinas o sopro da vida, o homem passou a viver e morar no jardim do Éden, local que o Criador o colocou em companha de Eva.

A falta de evidências arqueológicas do jardim do Éden não significa que o lugar tenha existido somente em mito. Apesar nos avanços na arqueologia, o que sabemos sobre o antigo Oriente Médio é apenas uma pequena porcentagem do que um dia será descoberto. Os dois rios, Tigre e Eufrates, existem hoje no Iraque da atualidade. As identidades de Giom e Pison são incertas, é provável que houvessem correntezas ou canais locais. Variações climáticas e inundações podem ter provocado alterações na topografia da região (Gênesis 2.10-14).

É evidente que o substantivo " 'adamah" (terra) e "adam" (homem) é intencional. As duas palavras hebraicas, quase idênticas, relacionam o ser humano e o solo e reforçam a sentença que o homem é pó e ao pó retornará (3.19).

2. A alma humana veio de Deus (Jó 27.3).

Alma é “nephesh” no idioma do Antigo Testamento. Em muitas passagens, o termo tem equivalência de sentido com “vida”, “ego” e “coração”. Nas passagens narrativas ou históricas do Antigo Testamento, nephesh é traduzido por “alma” ou “vida”, como em Levítico 17.11 Estudiosos alegam que há mais de 780 ocorrências veterotestamentárias, sendo que o maior número encontra-se nas passagens poéticas. O sistema hebraico de pensamento não inclui a combinação ou oposição dos termos “corpo” e “alma”, que na verdade são de origem grega e latina.

O hebraico contrasta dois conceitos: “o eu interior” e “a aparência exterior” em contextos diferentes: “o que a pessoa é para si mesma” em oposição a “o que a pessoa parece ser aos que a observam”. A pessoa interior é nephesh, ao passo que a pessoa exterior, ou reputação, é mais comumente traduzido pelo “nome”.

Deus ama justiça e a retidão (Salmos 33.5) e reina em justiça (Salmo 97.2). Portanto, nossos sentimentos precisam estar voltados ao Criador, é preciso viver em conformidade com a posição das Escrituras quanto ao caráter justo e reto do Senhor (Deuteronômio 32.4; Isaías 30.18; Sofonias 3.5). Ele espera que todos nós amemos a justiça a fim de que Ele possa derramar sobre nós as suas bênçãos (Miqueias 6.8).

3. O espírito humano veio de Deus (Provérbios 20.27 - ARA). 

Temos um espírito, que veio de Deus e é o “espírito” do homem que volta para Deus (Eclesiastes 12.7). Em sua natureza divina Deus é espírito (João 4.24).

O termo “espírito” (hebraico: rüah) possui a conotação “respiração, ar, força, vento, brisa, espírito, ânimo, humor, Espírito”. A Bíblia fala sobre o espírito do homem como estando “nele” (1 Coríntios 2.11). O ser humano abriga um espírito dado por Deus, é o aspecto de nossa pessoa que se relaciona com o mundo espiritual, seja este mau ou bom. Paulo descreveu o estado dos não-regenerados como estando mortos em “delitos e pecados” (Efésios 2.1-10). Os não-regenerados têm corpo, tal qual os crentes, desfrutam da capacidade psicológica de raciocinar, demonstrar vontade, manifestar sentimentos, porém estão espiritualmente “mortos”. Somente quando a pessoa não regenerada abre seu coração ao Senhor, recebe a Cristo como Salvador, o Espírito Santo produz neles uma vida nova, capacita-os a relacionar-se com Deus.

A Bíblia fala sobre o espírito do homem como estando “nele” (1 Coríntios 2.11). O ser humano abriga um espírito dado por Deus, é o aspecto de nossa pessoa que se relaciona com o mundo espiritual, seja este mau ou bom. Paulo descreveu o estado dos não-regenerados como estando mortos em “delitos e pecados” (Efésios 2.1-10). Os não-regenerados têm corpo, tal qual os crentes, desfrutam da capacidade psicológica de raciocinar, demonstrar vontade, manifestar sentimentos, porém estão espiritualmente “mortos”. Somente quando a pessoa não regenerada abre seu coração ao Senhor, recebe a Cristo como Salvador, o Espírito Santo produz neles uma vida nova, capacita-os a relacionar-se com Deus.

Estudiosos da Bíblia dizem que esta palavra aparece em tomo de 378 vezes no Antigo Testamento. Em muitas citações significa a respiração ou o ar que é respirado, como podemos verificar em Juízes 15.9 e Jeremias 14.6. O vocábulo é usado para falar sobre o que é intangível e passageiro (Jó 7.7) e o nada (Provérbios 11.29; Eclesiastes 5.15,16).

No Livro de Gênesis, capítulo 7.21,22, “rüah” é usado para descrever a vida no homem, o seu espirito natural. Porém, em Provérbios 16.2, seu significado é mais que apenas o elemento de vida, refere-se à “alma”, referindo-se aos desejos e motivações: “Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o SENHOR pesa os espíritos”. O profeta Isaías põe nephesh (alma) e rüah como termos sinônimos: “Com minha alma te desejei de noite e, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te” (Is 26.9).

4. Espírito e alma são inseparáveis (Hebreus 4.12). 

No Livro de Gênesis, capítulo 7.21,22, “rüah” é usado para descrever a vida no homem, o seu espirito natural. Porém, em Provérbios 16.2, seu significado é mais que apenas o elemento de vida, refere-se à “alma”, referindo-se aos desejos e motivações: “Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o SENHOR pesa os espíritos”. O profeta Isaías põe nephesh (alma) e rüah como termos sinônimos: “Com minha alma te desejei de noite e, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te” (Isaías 26.9).

Hebreus 4.12-13 informa que a Palavra de Deus é capaz de chegar ao ponto de dividir a alma do espírito, as juntas das medulas e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração humano. Este texto, no idioma grego, tem  o vocábulo "krikiros" (discernir), mostrando que a voz do Altíssimo  alcança o mais profundo do ser humano, percorre todas  as nossas maiores necessidades,  é penetrante, nada impede o raio de ação do Criador na criatura quando Ele deseja comunicar-se e exercer sua justiça sobre cada um de nós. 

Por todas as Escrituras a expressão "espírito" é escrita com letra maiúscula. para referir-se ao Espírito de Deus, ou com letra minúscula, para indicar o espírito humano. Devido ao fato de que os manuscritos antigos não usavam letras maiúsculas, os tradutores e editores da Bíblia às vezes têm dificuldade para determinar se o escritor tinha a intenção de referir-se ao Espírito de Deus ou o humano. Um exemplo dessa dificuldade está em Atos 19.21.   

5. A morte é a separação entre corpo e alma (Gênesis 35.18).

A primeira menção bíblica à morte no Antigo Testamento está em Gênesis 2.17. Nesta passagem, ela é punição para o pecado. Quando Adão e Eva pecaram, perderam a comunhão com Deus e também o acesso à Arvore da Vida que poderia impedir suas mortes (3.22,23). Foram expulsos do Éden, condenados, terminaram seus dias em dissolução física (3.16 19).

Na maior parte da narrativa do Antigo Testamento a morte é apresentada como inevitável para o homem, no seu estado decaído e pecador, mas nenhum dos escritores da Bíblia a registraram como se fosse "natural", pois ela não faz parte do plano perfeito de Deus para a Humanidade. Haja vista a maravilhosa exceção, Enoque andava com Deus e Deus o levou para si (Gênesis 5.24).

Alguns relatos no Antigo Testamento mostram que a morte prematura era temida (Salmos 6.1-5; 88.1-14; Isaías 38). Porém, também, encontramos a narrativa de Gênesis 25.8, que relata a morte em velhice como situação aceitável, um consenso afirmando que aquele que partia em idade avançada parecia ter cumprido completamente o seu papel neste mundo. Mesmo assim, percebemos que a morte é situação alheia ao plano do Criador, pois se a vida longa é prometida em troca de obediência (Êxodo 20.12) e é sinal do favor de Deus (Jó 5.26), então sua interrupção, por mais longa que seja, indica que a morte não é natural.

A teologia distingue entre morte física, morte espiritual e morte eterna:
• Morte física. Consequência da entrada do pecado no mundo por intermédio de Adão. É o destino de todos os homens (Hebreus 9.27).
• Morte espiritual. Todos os homens são, por natureza, espiritualmente mortos. Em consequência do pecado, os homens se tornaram alienados às coisas divinas, indiferentes às leis de Deus (Mateus 8.22; Lucas 15.32; Efésios 2.1-3; 4.17-19; Colossenses 2.13; Judas 12).
• Morte eterna. Aqueles que não creem no Filho de Deus, morrem em seus pecados (João 8.21,24), permanecem sob a ira de Deus e no Dia do Julgamento Final, serão sentenciados a um estado de eterna separação de Deus, condição que as Escrituras descrevem como segunda morte (João 3.36; 8.21,24; Apocalipse 21.8).
A experiência da morte é algo inevitável, atinge a todos, sua chegada retira do nosso lado pessoas queridas. Sabemos que estamos dentro de um espaço de tempo limitado, porém, o momento da separação de alguém que amamos sempre é um impacto psicologicamente violento. A morte está sujeita ao controle soberanos de Deus:
• O Senhor tem poder para conceder livramento (Salmo 68.20; Isaías 38.5; Jeremias 15.20);
• O Senhor restaura o falecido à vida (1 Reis 17.22; 2 Reis 4.34; 13.21);
• Mata, vivifica, faz descer e retornar do Seol (Deuteronômio 32.39; 1 Samuel 2.6).
• Não permitiu que Enoque e Elias conhecesse a morte (Gênesis 5.24; 2 Reis 2.11).
• Reduz a morte a nada, triunfa sobre ela, ressuscita mortos (Isaías 25.8; 26.19; Ezequiel 37.11,12; Daniel 12.2; Oseias 6.2; 13.14).
6. A glorificação da natureza humana (1 Coríntios 15.49-57).

No penúltimo capítulo da primeira carta de Paulo aos crentes de Corinto, o apóstolo aborda a questão da ressurreição da Igreja e fecha o assunto escrevendo advertência sobre a necessidade de vigiar. A vigilância se consiste em cuidar para agir sempre de acordo com as determinações da Palavra de Deus (1 Coríntios 15.35-58).

O remédio para o pecado é a prática da Palavra de Deus, que propõe a conversão. A conversão sincera ocorre no mais profundo do coração. Converter-se é trocar o que é transitório para ter Jesus Cristo como meta e fim. O ponto culminante dessa mudança implica sempre na vivência com Deus, que ama seu povo, oferece sua misericórdia e quer a reconciliação (Lamentações 5.21-22; Ezequiel 34.11-15; Jeremias 31.31). Então Ele transforma o coração humano que se reconhece pecador e arranca as algemas do pecado (Deuteronômio 30.3-6; Salmos 51.3).

O cristão que persevera em sua vigilância, caso não experimente o Arrebatamento da Igreja em vida, o experimentará após passar pelo estado da morte física. Este corpo que agora estamos, foi projetado para a vida nesse mundo, mas ele encontra-se perecível e inclinado à decadência, por causa da Queda de Adão e a inclinação individual à atividade das obras da carne. Se buscarmos a misericórdia divina, confessarmos nossos pecados e nos esforçamos constantemente para andar segundo o Espírito, este corpo será transformado para estar para sempre com Deus na eternidade.

Podemos considerar que o corpo físico um protótipo da versão final do seu corpo que viverá lá no Céu. Após ressuscitar, ou ser arrebatado, o estado do nosso corpo atual será transformado em corpo espiritual. Então, estará imune às doenças e quaisquer espécie de fraquezas e experimentará a plenitude da bênção do Criador.


A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção. Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de 2020 – Sumário dos subsídios
Adão, o Primeiro Homem
A Criação de Eva, a Primeira Mulher

Compilações:
A Enciclopédia da Bíblia. Organizador Merril C. Tenney. Volume 1. Edição 2008. Página 90 . Cambuci - São Paulo. Editora Cultura Cristã
Bíblia de Estudo Defesa da Fé. Edição 2010. Páginas 11, 851. Bangu. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deis - CPAD).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Volume 2. 2ª impressão 210. Página 178. Bangu. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deis - CPAD).
Doutrinas Bíblicas – uma perspectiva pentecostal. William W. Menzies e Stanley M. Norton. 3ª edição 1999. Página 87. Rio de Janeiro – RJ. Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD.
Quem é Quem na Bíblia Sagrada - A história de todas as personagens da Bíblia. Editado por Paul Gardner. 19ª reimpressão 2015.  Páginas 187 e 188. Liberdade. São Paulo- SP (Editora Vida). 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

O Sopro de Vida

Por Eliseu Antonio Gomes

Que tipo de Deus você acredita? Existe no mundo três espécies de relacionamento com Deus: o teísmo, o ateísmo e o panteísmo.

O teísta, sem dificuldade alguma, diz: "Deus fez tudo". É a pessoa que crê no Deus pessoal, que é o Criador do Universo, mas não é parte do Universo. As principais religiões teístas são o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.

O ateu é alguém que diz: "Não há Deus". Ele não acredita em nenhum tipo de Deus. Os humanistas pertencem a essa turma.

A pessoa panteísta diz: "Deus é tudo". Eles creem num Deus impessoal, que é o Universo. Afirmam que Deus é a árvore e o fruto, o alimento e o excremento, a fera predadora e o animal perseguido como caça; o fogo e a água, sou eu e é você etc. Neste grupo, estão os adeptos da Nova Era, budistas e hinduístas.

O apologista Norman Geisler, em coautoria com Frank Terek, no livro Não Tenho Fé para Ser Ateu (Editora Vida), fez uma analogia interessante sobre a origem do Universo. Deus é o pintor, e sua criação é a pintura. O artista fez a arte, e seus atributos estão minunciosamente detalhados em sua obra de arte.

Assim, o crente reconhece que o pintor fez a obra de arte; o panteísta, em vez de acreditar que o pintor fez a pintura, acredita que o pintor é a pintura; e, os ateus são categóricos em afirmar que não há nada além do mundo físico, não há pintor responsável pela pintura e mesmo assim a pintura sempre existiu sem que ninguém a tenha criado.

No Antigo Testamento encontramos o vocábulo hebraico "ruach", cuja equivalência em português é “espírito”. Significa, vento, sendo que em muitas passagens o termo define o sopro.

Nos dois primeiros capítulos do Livro de Gênesis, temos o relato da criação. Depois que o Criador traz à existência todo o Universo através do poder da sua palavra, faz Adão, porém, Adão só é descrito como ser vivente quando Deus sopra o fôlego de vida em suas narinas. A partir deste instante, Adão passa a andar segundo a orientação divina. Tempos depois, Adão troca a orientação do seu Criador pela iniciativa humana, própria.

A vontade humana está descrita pelo apóstolo Paulo como "obra da carne": "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus" - Gálatas 5.16-23.

Ainda hoje temos diante de nós o Criador. Ele sopra vida, mas há em nosso íntimo a iniciativa pessoal. Fazemos a seguinte escolha: nos guiamos pela vontade do alto ou vivemos conforme a vontade pessoal.

Viver de acordo com o sopro vivificante é o mesmo que andar no Espírito: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.  Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros" - Gálatas 5.22-25.

Tal qual um trompete, ilustração usada neste singelo artigo, somos nós: nas mãos do instrumentista profissional, tal instrumento de sopro pode apresentar melodias em uma excelente orquestra. Sem o Instrumentista, vivemos apenas como uma peça esquecida dentro da maleta ou encostada em algum canto escuro de um lugar qualquer.

Adão, o Primeiro Homem

A Criação de Eva, a Primeira Mulher

Por Eliseu Antonio Gomes

Introdução

O homem sempre foi e continua a ser objeto de estudo em todos os períodos da história da humanidade. Foi tema de pesquisa no campo da filosofia grega e moderna; é foco da filosofia contemporânea. Também foi e é estudado pela filosofia cristã. O ramo cristão sobressai entre os demais pelo fato de incorporar a informação bíblica de que o ser humano foi criado por Deus e corroborar com a revelação das Escrituras Sagradas que desde o ato criativo a humanidade é foco dos cuidados do Criador.

E Deus criou a mulher (Gênesis 2.21,22). 

O primeiro ser humano da terra foi Adão. Ele não nasceu como os outros homens, pois foi criado por Deus do pó da terra. Depois de ter criado Adão. o Criador soprou em suas narinas e ele se tornou alma vivente. Em seguida, Deus deu a Adão domínio sobre todos os animais que vivem sobre a terra. Deus não quis que ele vivesse sozinho, fez cair um torpor sobre Adão, e ele dormiu. Tomou uma de suas costelas, depois da costela extraída modelou o primeiro gênero feminino da espécie humana, sua companheira adequada.


Ao criar Adão, Deus decidiu que em sua anatomia, na parte acima da cintura existiriam 12 pares de ossos alongados e curvos, formando um conjunto que conhecemos como caixa torácica. Este espaço existe com a finalidade de proporcionar proteção aos órgãos vitais pulmões e coração. Até antes de ser modelada como uma pessoa feminina, Eva cumpria importante tarefa protetiva em favor do homem, que viria a ser seu marido. Para os hebreus, a caixa torácica é a parte do corpo onde estão os afetos.

A palavra hebraica usada para descrever a criação da mulher é "yiben", cujo sentido é "construir". Para a construção ser bem sucedida, antes da estrutura ser erguida é necessário haver o planejamento de todos os detalhes funcionais, a ordenação estética, o estabelecimento de princípios harmônicos etc. Portanto, ao decidir criar Adão, não resta nenhuma dúvida que Deus também havia decidido que retiraria de sua caixa torácica um osso e desse osso formaria outro ser humano, com a finalidade de continuar a abençoá-lo.

Ao acordar do sono pesado, assim que Adão viu a mulher, a parte íntima dele, de imediato percebeu a conveniência de viver em companhia de um ser vivo da sua espécie. Em expressão de aprovação para sua nova situação, descreveu-a como "osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gênesis 2.23).

A estrutura da personalidade humana foi criada em semelhança ao seu Criador com o objetivo de governar a Terra. A interpretação de Gênesis 1.27,28, afirmando que Adão e Eva foram feitos à imagem e semelhança de Deus, e por haver em sua essência inteligência, vontades e emoções, isto lhes confere dignidade e valor acima da existência do restante da criação é plenamente correta e aceitável. Porém, esta interpretação, se permanece apenas no aspecto da aparência e importância comparativa não é completa. A aparência da imagem de Deus no homem e na mulher tem também o conceito de governo representativo (Salmos 8.6-8).

“E Deus os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gênesis 1.28).

A tentação de Eva (Gênesis 3.1-7).

Na tentativa de convencer Eva a pecar, a serpente diz: "É verdade que Deus disse: “Não comam do fruto de nenhuma árvore do jardim?" (Gênesis 3.1 - NAA). A primeira tentação para a mulher foi fazê-la sondar seu conhecimento da Palavra e em seguida deixá-la confusa e em dúvida sobre o que realmente sabia. Quando Eva responde, cita a Palavra de Deus, porém, suas palavras causam a impressão que seu conhecimento a respeito da determinação em relação ao vegetal era muito vago. Parece desconhecer que a árvore se chamava "árvore do conhecimento do bem e do mal", pois faz referência à planta dizendo "Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: 'Vocês não devem comer dele, nem tocar nele, para que não venham a morrer'” (Gênesis 3.2-3, NAA).

Então, para criar o desejo da rebelião em Eva, a serpente distorceu a Palavra de Deus, enganando-a, mentiu a ela dizendo que se comesse o fruto proibido passaria a ser igual a Deus: "É certo que vocês não morrerão. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerem, os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal" (versículos 4 e 5, NAA). Eva demonstra mais do que desconhecimento da Palavra de Deus, afirmando mais do que Deus disse. ela fala que o Senhor havia proibido tocar na árvore sob pena de morte, sendo que o Criador não havia proibido o toque e nem sentenciado à morte por este motivo (conferir em 2.15-17). Talvez, acreditasse nesta "adição" à Palavra, e esta crença sem base na orientação do Criador tenha lhe prejudicado. Ao tocar na árvore ela considerou-se desobediente sem de fato estar desobedecendo, e em seguida realmente pecou ao ingerir seu fruto e oferecê-lo ao seu marido.

A Queda de Adão trouxe inversão dos papéis designados pelo Criador ao homem e a mulher. Em vez de o casal respeitar a posição de Deus em orientá-los, e o homem com o auxílio da mulher governar a Criação, acontece uma mudança total: a serpente aborda Eva que, ao se rebelar contra o Criador, arrasta consigo seu marido.

Embora Eva tenha dado atenção para a serpente, Adão teve sua dose maior de responsabilidade, pois mesmo antes da mulher ser criada, o Criador deu-lhe a ordem para não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2.17,18). Não há registro bíblico que o Criador tenha feito recomendação diretamente para a mulher. No plano de Deus para a convivência de homem e mulher, é ele, não é ela que deve assumir a responsabilidade final.

Eva pecou ao desrespeitar o padrão estabelecido por Deus para o casamento, não consultar seu companheiro antes de retirar o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e oferecê-lo a ele. Adão pecou quando negligenciou sua responsabilidade, não se esforçar para transmitir com clareza a ordem divina para sua esposa, ele errou ao não considerar a relevância da determinação de Deus que proibia comer o fruto proibido, consentir no andamento do plano de rebeldia da serpente e não impedir que a sugestão da serpente tivesse êxito (Gênesis 3.6,17).

Por negligenciar sua responsabilidade de liderança, o Senhor pergunta apenas para Adão "comeste do fruto que ordenei que não comeste?" e para a mulher formula questão diferente, dizendo "o que fizeste?". Eva havia dado sua confiança à serpente, o Criador desfez este laço de influência colocando entre ambas a inimizade (Gênesis 3.11.15). Adão é considerado o principal responsável pelo ato de rebeldia, apesar de as consequências da Queda atingir, igualmente, ao homem e à mulher e suas respectivas esferas de atuação (Gênesis 3.9,17; Romanos 5.12-14).

Eva talvez tenha percebido logo que foi iludida, havia sido criada sem nenhum pecado e ao pecar, ao invés de passar a ser igual ao Criador, que é santo, tornou-se parecida com o diabo, o primeiro ser apontado pelas Escrituras como pecador. Adão e Eva transformaram-se em pecadores e foram lançados para fora do jardim para envelhecer e morrer. Antes do pecado, Adão lavrava  apenas o jardim do Éden, com facilidade produzia seu sustento e vivia feliz com Eva. Depois do pecado, o Criador amaldiçoou a terra, que passou a produzir espinhos e cardos, e Adão não mais pôde trabalhar com facilidade. O trabalho passou a ser árduo para ele. Adão viveu 930 anos, teve muitos filhos e filhas. O dia se sua morte chegou, morreu conforme o Criador disse que aconteceria (Gênesis 5.4-5). 

Sobre a Queda de Adão, podemos extrair a lição de que jamais devemos dar margem para dúvidas. Para evitar cair em tentação, é preciso buscar o conhecimento completo do que o Senhor fala. Sempre será necessário ensinar o conteúdo bíblico usando textos e contextos, pois o pregador é cobrado por suas negligências no que tange ao ensino. Distorcer, adicionar e subtrair informações referente ao que há nas Escrituras Sagradas, não edifica o crente, favorece apenas os interesses do diabo.

Depois deste fato triste, Adão deu para sua esposa o nome Eva. No idioma hebraico, este nome significa "vida". A Ciência define vida como o conjunto de características que mantém os seres humanos em atividade. Adão nomeou-a assim tendo em vista a capacidade de reprodução da espécie humana que havia nela, sua mulher logo passaria a ser a "mãe de todos os seres humanos" (Gênesis 3.20 (NAA).

Eva torna-se mãe (Gênesis 4.1,2).

Eva foi criada para ser a “companheira adequada”, a parceira de Adão na tarefa de encher a Terra e sujeitá-la. Como complemento oferecido por Deus, era digna de merecer todo respeito do seu marido, devia ser devidamente bem tratada por ele. A narrativa bíblica sobre o primeiro casamento estipula que o homem deve deixar pai e mãe e formar uma nova unidade familiar ao unir à sua mulher. E desta união conjugal precisa haver a geração de descendentes (Gênesis 1.28; 2.24).

Alguns interpretam o significado sobre a Queda de Adão de maneira totalmente equivocada, dizem que o pecado do casal foi o ato sexual. Deus disse “frutificai e multiplicai-vos”, portanto, está claro dentro do ambiente do casamento que a expressão sexual é uma dádiva, o celibato nunca foi plano do Criador, a sexualidade humana é uma bênção que existe para que marido e mulher tenham filhos e expressem afetividade reciproca intimamente. O apóstolo Paulo, ao abordar a questão da apostasia nos últimos dias (1 Timóteo 4.3-5), desenvolve uma interpretação positiva a respeito do relacionamento sexual no matrimônio. Através de sua redação, entendemos que Deus criou homem e mulher com a capacidade de terem prazer na atividade sexual, que a constância da relação íntima no casamento gera a desejável felicidade, a união conjugal é onde homem e mulher podem e devem compartilhar juntos os prazeres físicos da vida terrena.

Não há base bíblica para a doutrina do rigor acético na vida de casal, a proibição da expressão sexual desvirtua o propósito divino para este assunto, e de igual maneira não existe base bíblica ao indivíduo promíscuo que pratica o sexo fora laços matrimoniais.

Na antiga cultura hebraica, considerava-se que a principal responsabilidade das mulheres para com os maridos era gerar filhos, especialmente filhos do sexo masculino. A geração de um filho era a contribuição mais nobre que a mulher podia dar ao marido e à família. Não fazê-lo, em contrapartida, via-se como uma desgraça. É por este motivo que vemos o desespero de Raquel por não ter gerado nenhum menino para Jacó. Quando, posteriormente, Deus permitiu que concebesse um garoto, Raquel interpretou esse acontecimento como a remoção de sua humilhação (Gênesis 30.1,23).

Em Gênesis 3, temos o relato do primeiro pecado consumado. Observamos que a Queda implicou uma inversão completa do padrão de relacionamento definido por Deus, com consequências desastrosas e permanentes revertidas apenas pela vinda e morte salvífica do Messias.

No capítulo 4 de Gênesis, vemos o começo das consequências desta ação da desobediência de Adão e Eva. A mulher dá à luz a dois filhos: Caim e Abel. O coração de Caim não possui afeto natural em relação a seu irmão, seu sentimento é retratado como um fera em prontidão para atacar, a malignidade contamina a sensatez de seu raciocínio e o induz ao terrível ataque fatal contra Abel. Então ocorre o primeiro assassinato registrado na Bíblia Sagrada, é o início do desdobramento da prática do pecado na história da humanidade  (Gênesis 4.6-9; 13-14; 1 Pedro 5.8).

A mulher no plano de Deus (1 Pedro 3.1-7).

A linha cronológica da apresentação dos fatos relativos ao casamento no Antigo Testamento. começa em Gênesis, capítulos 1 a 3. Tal cronologia pode ser atrelada ao Plano da Salvação. Em Gênesis 3.9 a 20, há o relato de como Deus agiu em relação ao pecado de Adão e Eva e à indução ao erro cometido pela serpente. O Criador sabia de toda a ocorrência e fez perguntas visando extrair confissões e proferir a condenação. A serpente foi condenada a rastejar e estar em guerra constante com a humanidade e ter a sua cabeça esmagada pela descendência de Eva - o juízo contra a serpente é ao mesmo tempo o anúncio divino de bênção ao ser humano, a Boa Nova da intervenção de Jesus Cristo em favor de todos os pecadores (Gênesis 3.15; João 3.16; Romanos 16.20; Hebreus 2.14; Apocalipse 22.18).

O apóstolo Pedro, no terceiro capítulo de sua primeira carta, descreve os deveres de maridos e esposas no seu relacionamento, começando com os deveres das esposas. Abordar problemas conjugais e familiares, refere-se as mulheres convertidas a Cristo no mundo antigo em que vivia, considera a consequência desse ato quando o marido continuava descrente (3.1-2). Seu aconselhamento às esposas é mais extenso do que a orientação dirigida aos maridos crentes, pois quando o homem se convertia enquanto que a mulher seguia sem aceitar a Cristo, o marido levava a sua mulher à Igreja e não havia maiores dificuldades, mas se apenas a esposa era convertida, seu passo de fé poderia causar complicações sem precedentes dentro do seu lar.

A situação de uma mulher mudar de religião sem ser acompanhada do seu marido era algo praticamente inaceitável pela sociedade grega daquela época, naquela civilização a mulher não tinha direito ao pensamento próprio, era obrigada a permanecer no ambiente doméstico, pedir o menos possível e acatar todas as ordens do marido. Seu marido podia divorciar-se dela à vontade contanto que lhe devolvesse seu dote. A vida da mulher em Roma não era muito diferente, as leis romanas favoreciam apenas os homens. Legalmente, em fase adulta a pessoa de sexo feminino era tratada como se fosse ainda criança. Quando vivia no lar paterno estava sob a autoridade do pai, que possuía o direito de decidir sua vida ou morte; ao casar-se passava a estar sob a autoridade absoluta do marido.

O ensinamento de Pedro sobre o modo das esposas cristãs casadas com homens descrentes se consiste em que elas vivam  em sujeição, uma submissão carinhosa à vontade do seu cônjuge, para que através da conduta amorosa, o homem que não tinha contato algum com o Evangelho de Cristo encontrasse oportunidade de observar a evidência da Palavra através do procedimento prestativo, prudente e exemplar da sua mulher. Através deste aconselhamento, aprendemos a sujeição espontânea, primeiramente ao Todo Poderoso, são deveres cristãos que o Criador estabeleceu antes do pecado cometido por Adão e Eva (Gênesis 3.16; 1 Timóteo 2.11).

Pedro incentiva os cristãos à viverem unidos, ao amor, à compaixão, à paz e à paciência nos sofrimentos; a perdoarem os caluniadores e não caluniarem; não retribuírem o mal com o mal, nem insulto com insulto, mas com bênção; estarem sempre prontos para explicar a razão da sua fé e esperança, e conservarem a boa consciência (3.8-17). Para encorajá-los a isso, o apóstolo aponta ao exemplo de Jesus, que sendo justo sofreu pelos injustos (3.18-22).

A mulher no Reino de Deus 

As Escrituras ensinam que Deus fez tanto o homem quanto a mulher parecidos com Ele (Gênesis 1.27; 5.1; 9.6; 1 Coríntios 11.7; Tiago 3.9). Sendo o Criador pessoal, criativo, dotado de inteligência e desejo, capaz de governar o mundo, fez dois seres humanos dotados de atributos físicos e psicológicos que configuram os caráteres das criaturas varonil e feminil portando qualidades específicas, e estas refletindo a inteireza do seu Criador, possuem capacidade de cumprir plenamente a vontade divina.

Algumas mulheres destacadas positivamente nas páginas das Escrituras:
• Abgail, a mulher de sabedoria (2 Samuel 25.18-35);
• Ana, a mulher de oração (2 Samuel 1.9,10);
• A mulher anônima que Jesus observou contribuindo no templo (Marcos 12.41-44);
• Débora, a mulher que profetizava (Juízes 4.5);
• Rute, a mulher de decisões acertadas (Rute 1.16);
• Sara, a mulher de fé (Hebreus 11.11);
• Lídia, a primeira convertida a Cristo na Europa (Atos 16.14);
• Lóide e Eunice, respectivamente, avó e mãe do jovem pastor Timóteo, a quem transmitiram a fé no Salvador (2 Timóteo 1.5);
• Maria Madalena, a primeira mulher que testemunhou a ressurreição do Salvador (João 20.11-18);
• Priscila, esposa fiel de Áquila, que junto a ele cooperou no ministério de Paulo (Atos 18.21-3,26; Romanos 16.3,4. 
Em todo o ministério terreno de Jesus e, principalmente em sua ressurreição (Lucas 24.1-10), percebemos a fé e o respeito que as mulheres demonstraram pelo Salvador. Depois de sepultado, assim que o período do dia de sábado terminou, Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago e outras mulheres (João 12.10,24,32), aproveitaram a primeira oportunidade e foram ao sepulcro para embalsamar o corpo de Jesus, talvez quisessem ungir sua cabeça, o rosto, espalhar especiarias em suas mãos e pés feridos, em uma expressão de carinho, o mesmo carinho que dispensamos em nossa cultura ocidental quando derramamos lágrimas e colocamos flores ao redor das pessoas falecidas que amamos.

Considerando a expressão de amor dessas mulheres, Deus ordenou que dois anjos avisassem-lhes que o Senhor havia ressuscitado, e ajudassem a lembrar que o próprio Cristo havia dito que ressuscitaria ao terceiro dia da sua morte, pois elas encontraram o túmulo aberto e vazio. E coube a elas a missão de avisar aos homens que Ele estava vivo (Lucas 24.6,8).

Após o pecado no Éden, Deus ainda se comunica com as pessoas, agora através da Bíblia Sagrada, que inspirada pelo Espírito Santo tem o poder de transformar vidas. O mundo necessita conhecer a essência do seu Criador, tendo em mente quem realmente Ele é. Através da pregação da Palavra, realizada por pessoas renascidas em Cristo, deseja abençoar pessoas de modo individual e coletivamente, sendo reconhecido e aceito como Soberano no ambiente das famílias. Homens e mulheres, alcançados pela graça da salvação, têm em si o reflexo de seu Criador, estão incumbidos com a missão de entregar a mensagem das Boas Novas aos que ainda não encontraram o Salvador.

Conclusão

As Escrituras dão testemunho de um número considerável de relacionamentos entre homens e mulheres caracterizados pelo amor e pela honra a Deus. Apesar disso, por causa do pecado, o ideal divino da união matrimonial e família foi corrompido pela poligamia, divórcio, adultério, homossexualidade, esterilidade e falta de diferenciação dos papéis de marido e esposa. Por existir na cultura contemporânea, considerável confusão sobre o plano de Deus a respeito do casamento, com a finalidade de saber lidar com essa crise cultural, e fortalecer as convicções cristãs sobre o assunto, o cristão autêntico precisa ter a Bíblia Sagrada como base para empenhar-se à edificação e solidificação do fundamento mais íntimo que o Criador trouxe à existência.

E.A.G.

Compilação:
Comentário Bíblico Beacon, Gênesis a Deuteronômio. Volume 1; página 38.
Comentário Bíblico Mattew Henry - Atos a Apocalipse, 1ª edição 2018, pagina 872. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD)
Comentário Bíblico Mattew Henry - Mateus a João, 1ª edição 208, páginas 729, 730. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Deus Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. Andreas J. Köstenberger e David W. Jones. 2ª edição. Páginas 281 29 e 35. São Paulo (Vida Nova).
Guia do Leitor da Bíblia – Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Lawrence O. Richards. 5ª edição 2006. Páginas 26, 836. Bauru. Rio de Janeiro – RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD).
Pastor Christian Molk. consulta realizada no website em 03 de janeiro de 2019, https://www.christianmolk.se/2014/03/nar-eva-foll/