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Arquivo | 14 anos de postagens

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Não ao medo


Bíblia Sagrada aberta, em foto estilizada.
O texto bíblico que encontramos na referência bíblica Isaías 41.13 é uma declaração para guardarmos na memória.

Às vezes, o medo de um inseto inofensivo pode nos descontrolar. Por outro lado, estamos sujeitos a muitos perigos, mas não imaginamos o quanto estão perto de nós: o assalto, o sequestro, a doença, o luto pela pessoa querida.

Podemos encontrar forças e coragem quando o coração torna-se amedrontado. A coragem nasce do nosso íntimo e cresce quando lembramos da grandeza de Deus. O Senhor é escudo, é esconderijo, é fortaleza, é rocha firme, é Pai Amoroso. Deixemos de tentar controlar as circunstâncias adversas sem convidar o Senhor para nos acompanhar, pois se seguimos com Ele jamais teremos motivos para nos apavorar.

E.A.G.

Bíblia da Família, página 41, edição 2008, Barueri/SP (SBB). 
Texto resumido e adaptado. Autoria: Jaime Kemp, 

A diferenciação entre pastores e missionários


O apóstolo Paulo na prisão. Tela de Rembrandt Harmenszoon van Rijn  

Em 20 de dezembro de 2011, postei aqui no Belverede "O apóstolo Paulo legitima a prática do dízimo", publicação em que aponto qual é o meu entendimento sobre a polêmica que alguns fazem se o cristão pode ser dizimista ou não; esclareço meu pensamento dizendo que se o ato é realizado voluntariamente, não pressionado como acontecia com os judeus através da imposição da Lei de Moisés, não há equívoco nenhum. Até esta data, a postagem contém oito comentários. Quero destacar o comentário mais recente e evidenciar trecho da minha resposta.

"Amigo, gostaria de saber por que quem prega em 1 Coríntios, capítulo 9 e versículo 14, não prega o versículo seguinte, lê o versículo 14 e não o contexto de todo capitulo. É isto que muitos pregadores fazem.
(...) Pois, ai está amigo, o que Paulo queria nos ensinar. Leia e entenda o contexto. Paulo não vivia do Evangelho como você frisou. Paulo tinha temor a Deus de ser julgado, de se aproveitar do que era ofertado.
Olha, ofertado e não dizimado.
Leia todas as cartas de orientação às igrejas cristãs primitivas e veja se Paulo orientou a dar o dizimo. Não, né? Agora, a oferta de coração, sim."

Caro Jonas.

Eu nunca afirmei que Paulo sobrevivia das ofertas da igreja. Releia o que escrevi, por favor.

É importante que considere que o dízimo também é oferta. Sim, trata-se de uma oferta sob a regra de valores estipulados em dez por cento do salário.

Respondendo sua pergunta sobre 1 Coríntios 9.14-15, em que Paulo escreve que Deus ordenou que quem anuncia o Evangelho deve viver do Evangelho, mas ele Paulo não vivia, veja minha resposta logo abaixo.

Quando estudamos a biografia do apóstolo Paulo, percebemos com clareza que ele não solicitava ofertas para manter-se, mas incentivava que os irmãos fossem contribuintes no ministério, colaborassem para que Timóteo fosse sustentado pela igreja.

Então, é aceitável que se pergunte: por quê? Ele agia assim porque era um missionário, chegava à determinada localidade onde não havia gente cristã e começava o trabalho de evangelização, ele lidava com pessoas que estavam se convertendo; Timóteo era pastor, dirigia congregação que Paulo havia fundado, estava subordinado à liderança de Paulo, trabalhava na obra lidando com pessoas que já estavam num estágio um pouco mais avançado na fé e, portanto, conscientes sobre a responsabilidade de se usar o dinheiro com as coisas de Deus.

Diante desta situação, percebemos que nunca será razoável que se faça comparações entre os ministérios de pastor e missionários.

Sobre seu comentário quanto aos pregadores, e suas abordagens em 1 Coríntios 9.14-15. Penso que não devemos generalizar nenhuma situação, se você conhece quem evita pregar o versículo 15, não significa que o restante dos pregadores ao redor do mundo faça o mesmo. Eu conheço muitos que ensinam o assunto fazendo profunda explanação deste tema, usando o púlpito, por vídeo e por livro.  Obrigado por sua participação neste blog.

Abraço.

E.A.G.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Vasos nas mãos do Oleiro


Flores no vaso azul. Pintura a óleo.

"A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel" - Jeremias 18.1-6.

É parte do senso comum no meio cristão evangélico chamar algumas pessoas, que se destacam pregando, de vaso. Tudo bem que se descreva os tais assim.

Porém, todo ser humano é um vaso nas mãos de Deus, porque Deus dá a cada pessoa, ao nascer, talentos natos, que algumas características únicas e especiais para que seja útil em sua geração. Quem ainda não sabe o talento que possui, precisa pesquisar dentro de si mesmo e depois usar esse dom.

E, se a pessoa é convertida a Jesus Cristo, além do talento dado por Deus, ela também está apta a receber dons espirituais, as capacitações sobrenaturais do Espírito Santo, com a finalidade da edificação dos irmãos de fé.

Postagem paralela: A simbologia dos vasos na Bíblia Sagrada.

E.A.G.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Rute, Deus trabalha pela família


Por Eliseu Antonio Gomes

Rute: uma estrangeira nascida em Moabe.

É surpreendente o fato que esta bela narrativa  tenha como título o nome de uma mulher estrangeira. Ester (nacionalidade israelita) e Rute (moabita) são os dois únicos livros da Bíblia cujos nomes são de mulheres. Esta perspectiva enfatiza o significado na revelação bíblica e nos propósitos de Deus.

O livro de Rute

O nome Rute significa "amizade". No Antigo Testamento, este vocábulo é encontrado apenas no livro de Rute, e no Novo Testamento ocorre apenas na genealogia de Jesus Cristo, apresentada em Mateus 1.5. Em ambos os casos refere-se à moabita que se casou com um homem israelita que vivia em Moabe, ficou viúva e acompanhou a sogra, chamada Noemi, quando ela retornou para Israel e para a cidade de Belém, Judá; e ali, posteriormente, casou-se com Boaz e teve um filho.

O livro de Rute apresenta uma narrativa que exemplifica o trabalho como o modo de suprir as necessidades primárias, mas, acima de tudo, confiando no Deus de toda provisão. Mostra uma crise generalizada, de pobreza, doença, viuvez e morte. Nesse drama se destaca a tenacidade de Rute, que foi capaz de superar as dificuldades com atitudes de fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança.

A narrativa do livro começa no território de Moabe, fora do limite geográfico de Israel. Torna-se especial dentro do período em que Israel não tinha rei e a liderança do povo estava a cargo de juízes, que orientavam o povo acerca da terra, da espiritualidade e da família israelita (Rute 1.1). 

As relações de inimizade entre Moabe e Israel (Juízes 3.12-30).

Pouco antes dos fatos ocorridos na família de Noemi, sob a liderança do rei Eglon, os moabitas tinham invadido e subjugado uma grande parte do território de Israel por 18 anos, até que Eúde, o canhoto, matou este monarca e libertou Israel. Após isso, Moabe submeteu-se a Israel por 80 anos (versículo 30).

É notável como Rute desempenhava um papel tão importante e positivo no registro bíblico. Afinal, as nações Moabe e Israel eram inimigas. Como consequência dos obstáculos que a primeira criou para a segunda em sua peregrinação do Sinai para a terra prometida (Números 22.25), Deus decretou que "nenhum amonita nem moabita entrará na assembleia do Senhor, nem ainda na décima geração; nunca poderão entrar na assembleia do Senhor (Deuteronômio 23.3).

Havia um desígnio especial para a vida de Rute, que ela mesma não conhecia e nem podia imaginar. O seu "deus", antes, era um "deus moabita; depois, ela conhece o Deus de Noemi e do seu marido, e se torna uma serva de Jeová, o Deus de Israel.

A crise atinge a família de Noemi (Rute 1.1-2).          .

Por volta de 1268 a 1251, aproximadamente, havia carestia e seca por toda parte na terra de Canaã, toda a Judeia estava desolada, escassa, havia falta de grãos, especialmente trigo e cevada. Belém de Judá enfrentava uma grande crise econômica. O texto de Rute 1.1 diz literalmente: "houve uma fome na terra".  Houve fome numa proporção gigantesca, obrigando seus moradores a deixarem a cidade, que deixou de ser um celeiro de grãos para ser um lugar de escassez extrema.

Então Noemi, com seus dois filhos, por iniciativa de seu esposo, Elimeleque, mudou-se com a família para Moabe. Ao chegar em Moabe, de maneira oposta ao esperado, não encontraram a prosperidade, mas doença e morte. Elimeleque e os dois filhos de Noemi faleceram, ela ficou com as duas noras na mais completa miséria (versículos 6-7).

A primeira menção do nome Rute encontra-se em seu casamento com Malom (1.4; 4.10). O falecimento de Malom e Quiliom, seu cunhado, trágica e inesperadamente poucos anos depois da morte de Elimeleque, o seu sogro, foi uma circunstância crítica na vida dessas três mulheres (1.3, 5). Naquele tempo e localidade não havia o sistema de previdência social. As viúvas eram sustentadas pelos filhos, em especial, o primogênito. Logo, perder o marido e os filhos era uma situação atroz.

A crise existencial de Noemi e o apoio de Rute.

Segundo os especialistas, crise existencial é um momento no qual um indivíduo questiona os próprios fundamentos de sua vida; se esta vida possui algum sentido ou valor. Uma segunda definição, diz que crise existencial é um estado emocional em que o ser humano vê a própria vida sem sentido e sem significado.

Foi esta a experiência vivida por Noemi, que, tendo perdido o marido e seus dois filhos, em sua viuvez não via outra coisa senão a mão pesada de Deus contra ela. Rute foi mais forte, porém viveu um momento de amargura e dúvida a rondar sua cabeça sem ver alguma luz no fim do túnel. Noemi chegou a um ponto de sua vida pessoal em que não enxergava nenhuma saída racional para solucionar seu dilema, aos seus olhos, o futuro era um "beco sem saída" para sua vida emocional, física e até mesmo espiritual. Contudo, Rute foi capaz de não se deixar dominar por sentimentos negativos e ainda amenizou a baixa-estima de sua sogra, permanecendo ao seu lado e lhe dando toda a atenção e carinho.

A volta de Noemi à terra natal.

Noemi estava envelhecida, não entendia a razão do seu sofrimento até então, acreditava que Deus a estava castigando com todas as suas agruras vividas, por isso, resolveu liberar suas noras Orfa e Rute para que voltassem às suas famílias de origem em Moabe (Rute 1.8). Orfa aceitou a liberação, mas Rute resolveu ficar com sua sogra (1.14-17).

Deus permitiu que a estrangeira convertida ao Deus de Israel se tornasse o canal da bênção de recuperação para Noemi. Rute deu uma demonstração de afeto profundo para Noemi que a fez entender que ainda havia esperança.

O empenho ao trabalho (Rute 1.19-22; 2.2, 3).

No dia seguinte à triste chegada das duas viúvas em Belém, Rute saiu para respigar nos campos para obter alimento. Era época do "princípio da sega das cevadas", quando a colheita estava começando. Em Moabe a situação era precária; mas agora, ali, havia esperança de "não faltar nada" para as duas. É possível que o serviço que Rute se propunha a fazer fosse comum também na cultura moabita, porém, era claramente ordenada na lei de Moisés. Os pobres, as viúvas e os estrangeiros residentes no meio do povo de Israel podiam ter suas necessidades básicas supridas com certa dignidade por meio da prática de respigar os campos (Levíticos 23.22; Deuteronômio 24.19).

Assim, Rute usou sua perspicácia para suprir a necessidade da casa sem precisar agir desonestamente, Ela agiu com ética e respeito, e fez Noemi entender que Deus cuidaria de ambas e não faltaria nada para elas. Sua atitude de ânimo contribuiu para que Noemi reerguesse a cabeça e melhorasse sua autoestima.

Boaz (Rute 2.4).

Boaz era um homem diferente, bom e temente a Deus. Procurava ser justo com seus empregados e para com todas as pessoas em torno de si. Procurava ajudar a todos. 

Na tipologia bíblica, Boaz é apresentado como um tipo de Cristo na sua relação com a Igreja, um tipo de Rute. Ela era estrangeira, pobre e carente até encontrar Boaz, que se tornou seu remidor, assim como Cristo é o nosso Redentor que, sendo rico, se fez pobre para nos fazer ricos e herdeiros das suas riquezas (2 Coríntios 8.9).

A Lei do Resgatador e a Lei do Levirato (Êxodo 6.6; Levítico 25.23-34; Deuteronômio 25.5-10).

Segundo a Escritura relata, o objetivo dessas leis era preservar o nome e proteger a propriedade familiar. Para não haver exploração das terras, especialmente pelos ricos, que poderiam se aproveitar dos pobres e das viúvas. Eram leis que garantiam o nome da família do homem que morreu depois da sua morte. Por isso, a propriedade não seria vendida para pessoas que não fizessem parte da família.

Noemi era parente de Boaz através do seu marido Elimeleque, um fato essencial para a função de parente resgatador. O parente resgatador (hebraico "goel: o que resgata, liberta), no caso Boaz, tinha uma dupla obrigação: resgatar a área de terra que Noemi havia posto à venda (4.13) e casar-se com Rute para assegurar uma descendência a Elimeleque (1.15. De fato, o filho que Boaz teve de Rute foi considerado filho de Malom (4.10 - o marido falecido de Rute), o qual por sua vez, era filho de Elimeleque e Noemi (4.17).

A lei do Levirato fazia parte do conjunto de leis do Código Mosaico, que impunha ao irmão de um homem falecido, de casar com a viúva deste (Gênesis 38.8; Deuteronômio 25.5-10; Levítico 18.6; 20.21; Mateus 22.23-30.

Rute desejava ser remida por Boaz e Boaz se dispunha a garantir os direitos de subsistência, descendência e propriedade da viúva Noemi e resgatar a moabita, casando-se com ela.

Quando Noemi ouviu os fatos sobre o interesse de Boaz por Rute e que a tratou com muita bondade, apelou para a tradição sobre o costume do "parente resgatador". Instruiu Rute para que se preparasse com vestes e perfumes e, discretamente, sem que Boaz soubesse, fosse deitar-se aos pés dele sem que percebesse a sua presença. 

Cerca de meia-noite, Boaz estremeceu em sua cama quando viu que Rute estava deitada aos seus pés (3.8, 9). O fato não constitui nenhum ato delituoso e nem sensual, porque ela estava protegida pelas leis que regiam o costume do papel do remidor para com a aquela mulher que estava viúva, e o seu marido era parente de Boaz. Pedir que ele estendesse uma aba de sua coberta sobre ela significava que ele a estaria protegendo.

No capítulo 4 do livro, Boaz se casa com Rute, tornando-se o seu remidor e ainda mantendo sobre proteção Noemi. Legitimamente, Boaz e Rute se casaram sob as bênçãos de toda a comunidade de Belém.

No devido tempo, Deus deu a Boaz e Rute um filho, a quem deram o nome Obede. A genealogia no final do livro de Rute apresenta seu filho como o avô do rei Davi.

Rute, na perspectiva do Novo Testamento

A inclusão da história de Rute, a estrangeira, nas páginas das Escrituras dificilmente terá outra explicação senão a da providência de Deus, que evidencia sua graça  e habilidade de operar  na vida de qualquer pessoa, não importa a sua origem.

É particularmente interessante a referência bíblica a Rute na árvore genealógica de Jesus. em Mateus 1.5. A menção de seu nome, ela que era oriunda de uma cultura pagã e idólatra, está junto com a de outras três mulheres: Tamar (versículo 3); Raabe, uma ex-prostituta (versículo 5), e "a esposa de Urias" (versículo 6). Todas as quatro parecem ser estrangeiras, dentro do contexto do Antigo Testamento no qual se encontram. Desta maneira, o Evangelho de Mateus, que termina com a ordem de Cristo para "fazer discípulos de todas as nações" (Mateus 28.19), começa com o reconhecimento de que mulheres estrangeiras como Rute contribuíram sobremaneira para a linhagem de Jesus, o Messias.

Conclusão.

O Brasil vive um momento de crise econômica, e a falta de emprego é uma realidade que tem atingido milhões de pessoas. Muitos que perderam seus empregos buscam qualquer serviço que lhes dê condições de sobrevivência. Rute é um modelo em tempos de instabilidades, seu exemplo, não ficando de braços cruzados e trabalhando com bastante disposição no campo para ajuntar cevada suficiente para si e para a sogra, é importante aos que aspiram a um emprego nesses tempos difíceis. Apesar das perdas enormes, o marido, o sogro e o cunhado, e de ajudar Noemi que sofria com seu coração amargurado, ela soube superar essas adversidades sem perder a esperança de que sua felicidade poderia ser construída sobre valores maiores do que a riqueza material. Ela não se  deixou seduzir pelo fascínio de ser uma mulher bonita, mas firmou sua mente na busca de um trabalho honesto que lhe desse tranquilidade. E assim Deus honrou seu comportamento.

Nossa visão da vida quando nos deparamos com crises se torna embaçada e limitada. Mas podemos superar essas crises com uma atitude de fé no Deus de toda provisão. Todos nós enfrentamos momentos de dor e aflição. Diante das adversidades, não desanimemos, não paremos. A  nossa fé nos faz avançar, trabalhar e ver o impossível sendo realizado.

Podemos aprender com o exemplo de Rute e com o apóstolo Paulo que escreveu "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" e declarar como ele declarou: "que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8. 28,31 - ARA).

A Bíblia diz que "o justo viverá da fé" (Habacuque 2.4; Romanos 1.17), para que aprendamos a confiar em Deus em todas as circunstâncias.

E.A.G.

Lições Bíblicas - Professor - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 57, 60, Rio de Janeiro (CPAD). 
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises; Elienai Cabral; páginas 90, 91, 93, 94, 96-102; 1ª edição 2016;  Rio de Janeiro (CPAD). 
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a história de todas as personagens da Bíblia Sagrada, editado por Paul Gardner, páginas 560-563, 19ª reimpressão 2015, São Paulo (Editora Vida).

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Falando sobre a hipocrisia e os hipócritas




Leio com regularidade pessoas na rede social usando o termo “hipócrita” e “hipocrisia” fora do sentido que essas palavras possuem. O significado dos vocábulos aponta ao triste comportamento de falsidade.

Sendo direto, sobre a pessoa hipócrita:

• alguém que acredita que agir hipocritamente é sinal de esperteza e, portanto, alimenta orgulho escondido pelo fato de ser hipócrita; não é pessoa equilibrada, emocional e espiritualmente - embora, em alguns casos, pareça ser;

• alguém que age com imaturidade, é inconsequente, ainda não tem noção que sua atitude de fingimento é reprovável aos olhos de Deus, necessita crescer na fé;

• alguém que, de maneira intencional, age dissimuladamente, faz calúnias aproveitando a ausência das pessoas caluniadas, porque é invejosa, e/ou rancorosa, e/ou vingativa;

• alguém que usa a ausência da vítima de maledicência para falar mal dela, porque falta coragem para conversar, usando a sinceridade, quando o assunto é importante;

• alguém que exige, ou critica, o outro por atitude que também teria, estando no lugar e no ambiente adverso da pessoa criticada - faz isso para convencer a todos ser dono de moral, eficiência e desembaraço que não possui, objetivando conquistar popularidade em determinado círculo social;

• alguém que se faz de amigo ou de amiga, que se aproxima escondendo o que realmente pensa fazendo lisonjas, estampando um largo sorriso no rosto, como procederam os escribas e fariseus na geração de Jesus Cristo aqui na terra (Mateus 23.14);

• alguém que usa a dissimulação com o objetivo de tentar tirar vantagem das pessoas, como tentou fazer o casal Ananias e Safira, no início da Igreja Primitiva, e por agir assim pagaram com a própria vida dentro do templo (Atos 5.1-11);

• alguém que - mesmo que seja extremamente religioso, faça constantes orações e até jejue - precisa de Jesus Cristo, precisa se converter para não passar a eternidade rangendo os dentes no inferno (Apocalipse 22.15).

O autêntico seguidor de Jesus Cristo preza pela verdade no agir e no falar.

“O que diz a verdade manifesta a justiça, mas a testemunha falsa, a fraude” – Provérbios 12.17.

“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” – Provérbios 28.13.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” – 1 João 1.7-9.

E.A.G.