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Arquivo | 14 anos de postagens

sexta-feira, 19 de março de 2010

O cristão entre o Príncipe da Paz e os príncipes das potestades dos ares nas regiões celestiais

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" - Isaías 9.6.

O versículo acima é muito recitado pela cristandade nas festividades de Natal, porém, seu significado parece não ser muito compreendido, ou não é levado com seriedade, ou é esquecido por disciplicência pelas coisas santas.

Em Efésios 6.12, nos é revelado que existe um inimigo espiritual de todos nós, ele situa-se escondido nas regiões celestiais e tem um grande principado. Ou seja, para assemelhar-se a Jesus Cristo, Satanás se comporta como príncipe também, e ele trabalha contra toda a paz. E ele também é esquecido. É comum irmãos brigarem contra irmãos, sendo que só temos ele como nosso real opositor.

Caso todos os cristãos ponderassem sobre isso, haveria muito menos contendas entre irmãos.


Seria importante que todos nós levássemos as informações bíblicas com toda seriedade, não é?

E.A.G.

Unção do riso? Eu sorri, mas não era deboche

Marginal Tietê - São Paulo
by Priscila Bezerra Gomes

Não podemos fazer das nossas experiências doutrinas denominacionais.Vou contar algo que aconteceu comigo.

Quando eu ainda era só um jovem solteiro (hoje sou um jovem quarentão muito bem casado), tive o privilégio de ter um pastor que era uma pessoa muito sábia nas Escrituras. Ele aprofundava-se tremendamente na Palavra de Deus, era um alguém que fazia palestras por todo o Brasil e internacionais. Hoje ele está em saudosa memória, chamava-se Valdir Nunes Bícego. Naquela época, eu não tinha noção da importância daquele pastor, mas não queria perder os estudos bíblicos que ele ministrava de jeito nenhum.

Certa vez, este pastor fez um estudo bíblico sobre os anjos, as reuniões aconteciam durante os cultos do meio da semana, durou uns quinze dias. Eu era um garotão começando a trabalhar, e a empresa distava uns quatro quilômetros da igreja. Eu saía do meu emprego, serviço braçal, e ia direto ao templo. Cansado, moído mesmo... E numa dessas idas, numa tarde de verão bem quente, fui caminhando, entregando folhetos de evangelismo aos transeuntes que eu encontrava dentro do trajeto entre a empresa e a congregação. Cheguei na igreja, que não estava cheia, e fiquei lá ouvindo o pastor pregando, eu estava desacompanhado de pessoas conhecidas. Anotava num pequeno caderno o que achava mais importante da preleção. E de repente, como se fosse, ou era mesmo, uma enorme mão passou por dentro de mim e retirou o cansaço que eu sentia. De repente eu estava cheio de vigor, como se tivesse levantado da cama depois de uma noite muito bem dormida. E após isso eu senti uma alegria muito grande no espírito. E passei a glorificar a Deus em línguas estranhas, e ria bastante, sentia muita alegria!

Unção do riso? Não sei... Mas foi muito boa esta experiência com Deus! Ela é sublime, pois torna minha pregação mais do que os meros discursos teóricos. Eu falo de Deus e convivo com Ele também!

Literalmente, vivi Isaías 40.29: "Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor".

E.A.G.

A Bíblia e a história - o que é a Páscoa?

Por Abraão de Almeida

A Páscoa bíblica, ou judaica, foi estabelecida pelo próprio Deus há 35 séculos, e simboliza a renovação da vida, a volta da primavera, a ressurreição de Jesus Cristo. Para os judeus que viveram antes de Cristo, essa festa comemorava a saída do povo de Israel do Egito. Para aqueles israelitas, a Páscoa tinha o sentido de passagem - no caso a passagem do anjo destruidor ou, segundo alguns, também a passagem pelo Mar Vermelho -, e prefigurava a pessoa de Cristo, sacrificado por nós, como nossa Páscoa. 

Passada do judaísmo para certos segmentos do cristianismo, a Páscoa infiltrou-se em diferentes culturas e está presente em quase todo o mundo, até mesmo onde o cristianismo não é conhecido ou em regiões nas quais as religiões pagãs constituem grande maioria. Convém ressaltar que, na sua forma pagã, a Páscoa tem origem na antiga Babilônia, e já existia muitos séculos antes de Cristo.

Instituída para ser celebrada aos 14 dias do mês Abib (ou Nisã, conforme o uso babilônico), a Páscoa passou a tipificar a obra expiatória de Cristo no Calvário, sendo o cordeiro ou o cabrito, sem defeito, cujos ossos não seriam quebrados (Êxodo 12.4, 9, 46). Como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29), Jesus foi crucificado exatamente no dia da Páscoa, 14 de Nisã (o qual, provavelmente, corresponde ao nosso mês de abril), às nove horas da manhã, e expirou às três horas da tarde, quando, no templo, o sacerdote imolava o cordeiro pascal.

A Páscoa bíblica, portanto, consumou-se em Cristo, que instituiu, como um novo memorial, a Sua ceia, na qual o cristão comemora a morte do Senhor até que Ele venha. Não há, no Novo Testamento, nenhum lugar para a Páscoa ou outras festividades mosaicas. Estas foram abolidas na cruz justamente com as outras ordenanças, pois funcionaram tão somente como sombras das coisas futuras, espirituais, pertencentes à dispensação da graça.


A origem do ovo e do coelho 

Estranha ao Novo Testamento, a Páscoa moderna tem símbolos aceitos, em todo o mundo, o ovo e o coelhinho. Com o correr do tempo, muitas festas e tradições surgiram e chegaram até nós, através da cultura de muitos povos e países diferentes.

A palavra easter (Páscoa em inglês), supostamente, tem origem na deusa anglo-saxônica da primavera, Eostre, derivada da Istar babilônica. Outros atribuem sua origem às festividades de Eostur, que celebram a volta da primavera, também uma antiga tradição babilônica. No hemisfério Norte, essa festa corresponde ao princípio da primavera e, por isso, é o dia festejado de acordo com os mais diferentes ritos pagãos. Há muitos séculos povos sírios, troianos e nórdicos reuniam-se nos montes, ao amanhecer, a fim de celebrarem a volta do sol da primavera.

O ovo, significando começo, origem de tudo, abriu caminho para outras tradições. Está presente na mitologia antiga, nas religiões do Oriente, nas tradições populares e numa grande parte da cristandade. Segundo alguns, a tradição dos ovos na comemoração da Páscoa chegou ao Ocidente por meio do antigo Egito e, conforme outros, por intermédio do povos germânicos da região do Báltico.

Na Idade Média, os europeus adotaram o costume chinês de enfeitar os ovos, que eram cozidos e coloridos, e presenteavam os amigos na festa da primavera, como lembrança da contínua renovação da vida. No século 18, a Igreja Católica Romana adotou, oficialmente, o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo e, assim, uma grande quantidade de ovos coloridos começou a ser benzida, antes de ser distribuída aos fiéis.

O coelho, como símbolo da fecundidade, apareceu por volta de 1215, na França, derivando-se também dos mistérios babilônicos. Era uma mistura de mitologia pagã com a simbologia cristã paganizada. A partir de 1928, quando o cacau começou a ser industrializado em larga escala, os enfeitados ovos de galinha foram substituídos pelos de chocolate, continuando, assim, o antigo costume pagão de presentear os amigos com ovos, na Páscoa.

Em 1951, o papa Pio XII introduziu modificações na festa, tentando restituir-lhe o esplendor religioso, transferiu a missa que era celebrada no sábado de aleluia - quando se "malha o judas" - para a meia-noite, na passagem para o domingo.


Cordeiro, a principal figura

Na vigência da Lei, deveriam os israelitas, ao comer o cordeiro pascal, volver os pensamentos aos fatos que culminaram na libertação de seus pais da escravidão egípcia, renovar os votos de felicidade ao Senhor e, também, divisar no porvir os sofrimentos e as glórias do Messias, de quem Moisés escreveu: O Senhor teu Deus te despertará um profeta como eu, do meio de ti, de teus irmãos. A ele ouvireis (Deuteronômio 18.15).

Esse sentido escatológico da Páscoa reflete-se nitidamente na ceia do Senhor, instituída por Jesus na noite em que foi traído, véspera do dia da Sua crucificação (Lucas 22.7-20). Foi aí que o Senhor Jesus deu-Se a conhecer aos Seus discípulos como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29).

Assim, Cristo é o Cordeiro pascal de Deus que foi morto, mas ressurgiu a fim de reconciliar o mundo com o Criador. Nesse sentido, Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós (1 Corintios 5.7). Mas, o dia finalmente chegará em que todos os judeus remanescentes O verão e chorarão arrependidos e chorarão arrependidos com grande pranto, como profetizou Zacarias (Zacarias 12.8-11).

O povo israelita, em geral, se pudesse, continuaria a sacrificar literalmente o cordeiro pascal, pelo fato de ainda estar esperando o Messias - que já veio. No entanto, esse sacrifício não pode ser realizado sem o templo, que foi destruído pelos romanos em 70 d. C. , ao final de uma guerra sangrenta que marcou o início da grande diáspora (dispersão dos judeus pelo mundo).


Libertação e salvação

Podemos ainda definir a Páscoa como figura da libertação e salvação. Fomos libertos do poderoso domínio do "faraó" (o diabo) por Jesus Cristo, e estamos peregrinando rumo à pátria celestial (1 Pedro 1.13-19; 2.11-12). O erro principal da maioria das pessoas reside no fato de viverem de forma mundana sem uma pausa a fim de refletir se essa vida, afinal, não seria mais do que uma passagem - pessah (Isaías 40.5-8; 1 Pedro 1.24).

As águas do Mar Vermelho separaram-se para dar passagem aos israelitas, o que constituiu, por si só, um marco histórico de fé do sofrido povo de Deus (Êxodo 14).

Já na ceia do Senhor, as contingências são outras. O cristão traz à memória o Cristo na cruz, na dupla condição de sacerdote e vítima, a derramar o sangue inocente purificador de todo pecado, e lembra-se das palavras de Jesus que, se alguém possui fé do tamanho do grão de mostarda, esse poderá remover montes (Mateus 17.20). É com essa pequena fé, porém colocada em um Deus grande, que nos convém peregrinar nesse mundo.

E não somente isso, mas relembrando-se do passado, o cristão consagra novamente sua vida no presente e dirige-se ao futuro, antegozando o cumprimento das palavras consoladoras do próprio Jesus: E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai (Mateus 22.29).
______
Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.

Fonte: Graça - A revista da fé cristã, ano 1, nº 8 (Graça Editorial).

Artigo publicado com o título "O Que é a Páscoa?" 

quinta-feira, 18 de março de 2010

A DEFINIÇÃO DO AGAPE EM JOÃO 3.16

"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito , para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16.

Agape descreve o amor incondicional que Deus tem pelo mundo. No dicionário Strong, reconhecidíssimo por toda a cristandade, temos as seguintes informações:

Agape: é o substantivo transliterado em português como amor. A palavra denota o ato de fazer o bem, a benevolência invicta (de maneira invencível). É a firme vontade de encontrar o bem maior no próximo. É amor que favorece sem pedir nada em troca e sem considerar o valor da doação. Não é preciso ter química, afinidade ou sentimento para usar o amor de Deus. Agape não é o sentimento de amor por escolha, agape é superior à amizade (em grego: philos), que é amor por acaso; agape refere-se à vontade ao invés da emoção.

Por sua vez, agapao é o verbo que está traduzido por "amou". É um amor virtualmente desconhecido para os escritores de fora do Novo Testamento.

Agape e agapao são duas palavras definidas por gestos de bondade. Pertencem exclusivamente à comunidade cristã. Nos manuscritos seculares em gregos, produzidos na mesma época em que o Novo Testamento foi escrito, raramente os termos são encontrados.

E.A.G.

Veja mais neste blog: João 3.16 - o sentido amplo do vocábulo salvação.

quarta-feira, 17 de março de 2010

QUANTOS PASTORES ESTÃO CONSCIENTES QUE VIVEMOS NA ERA DIGITAL? - PARTE 2

Há uns anos atrás, não digo quantos anos para não comprometer pessoas, tive um pastor que demonstrava uma aversão muito grande por computadores. Estranhamente, ele fazia pregações exortando os membros para não usarem a Internet.
Mas, não era assim que a família dele pensava. Sua filha, com 15 aos 17 anos, usava a Rede Mundial acessando sites pornôs. Cheguei a saber porque o profile dela foi infectado com um vírus gerador de spam. O trojan enviava diversas fotos de sexo explícito para todos os seus contatos, diversos adolescentes crentes e descrentes, muitos membros e não-membros de igrejas. Muitos! Inclusive internautas de dentro da congregação cristã que estávamos, onde o pai dela pastoreava. As pessoas comentavam o caso uns com os outros, mas nenhuma delas tinha coragem para falar ao pastor ou sua esposa sobre tamanho vexame que ocorria a partir de sua casa.
Conversei uma vez com a garota, pedindo para excluir fotos e cuidar para que a sujeira parasse de ser publicada. Pensei em mostrar tutoriais contra hackers cogitando que desejasse se safar daquilo, mas não foi possível porque ela não quis me ouvir o suficiente. Cada vez que voltava a acessar o site pornô novos spams eram espalhados, aos contatos do profile e fóruns de comunidades evangélicas e não-evangélicas.
Como tinha a ver com sexo depravado, não quis me alongar falando com ela, pedi para uma jovem da minha família me representar. A filha do pastor fez pouco caso. A reação: "ninguém manda em mim!".
Sabia disso, nunca quis mandar nela, mas como o caso envolvia o nome da igreja e já era público (havia duas semanas inteiras de fotos de orgias no site de relacionamentos, a coisa não era apenas da vida privativa dela). Fui falar com o pastor, pai da garota, que corou de vergonha ao saber dos atos da filha. Rapidamente ele colocou as coisas no seu eixo correto. As propagandas sujas pararam... Hoje a menina virou uma jovem mulher, é uma estagiária de jornalismo trabalhando numa equipe de televisão que foca apenas notícias em sua grade de programação.
O que quero dizer com isso? A Internet é uma realidade e precisamos pontuar nossa presença. Principalmente quem exerce liderança cristã. É necessário agir nesta esfera de bites, porque a ausência do cristão é o mesmo que conceder vitórias para o reino das trevas.
Neste caso relatado por mim, creio que tudo veio a acontecer como aconteceu porque um pai e pastor deixou uma vaga aberta, não foi vigilante com sua própria familia e nem com a igreja. Ele deveria ser pai mais presente e pastorear a igreja com mais cuidado. Deus não dorme e o inimigo também não. O inimigo usou os espaços do orientador e pastor cochilante, que estavam vazios., e fez sua festa O pastor foi muito envergonhado! A palhaçada ocorreu dentro da própria família de um homem que deveria ser o exemplo aos fiéis.

Que infelicidade!

E.A.G.

Veja mais neste blog: Quantos pastores estão conscientes que vivemos na era digital?