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Arquivo | 14 anos de postagens

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O PRIMEIRO REBANHO DO PASTOR É O SEU LAR

Por Osvaldo Luiz Gomes Jacob

Inicio esta reflexão lembrando o que Paulo ensinou ao jovem pastor Timóteo: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher ... Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia 5 (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);” (1Tm 3:2a, 4-5 ACF).

A vida do pastor começa em casa. É no lar que ele tem ou não tem autoridade espiritual. Este é o calcanhar de Aquiles de muitos obreiros. Focam a Igreja e a comunidade em volta, bem como as amizades, mas se esquecem de duas coisas essenciais: a vida devocional e a vida familiar. Aqui estão os dois pilares da vida pastoral. O insucesso de muitos obreiros está ligado à falta de compromisso na intimidade com Deus e na família. Isto é muito sério. Deve haver sempre coerência entre a vida dentro e fora do lar, pois as pessoas estão de olho na vida do pastor.

Tedd Tripp, em seu artigo da Revista Fé para Hoje, nos ensina: “O lar é um microcosmo da igreja. As qualidades da vida espiritual que dão credibilidade ao pastor em casa fornecerão a mesma medida de confiança às pessoas que ele serve na Igreja… A vida familiar é a fornalha, na qual as características do pastor serão forjadas”. A nossa vida no lar é a medida da nossa autoridade. Como pastor, devo ser um líder espiritual em casa e na igreja, um marido e pai, bem como um protetor. A nossa espiritualidade definirá que tipo de líderes somos em casa e na igreja. Deus nos chamou à coerência de Cristo, o nosso Supremo Pastor.

O pastor que tem sua família bem estruturada é um homem que dá um excelente testemunho do evangelho de Cristo. Na contramão desta verdade, Eli, sacerdote em Israel, cuidava do sacerdócio, mas não foi enérgico com os seus filhos. “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial; não conheciam ao SENHOR. ... Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR.” 1º Samuel 2.7 ACF). A nossa casa é o primeiro templo onde devemos cultuar ao Senhor com todos da família. Se falhamos em casa, falhamos na igreja. Se não temos autoridade em casa, não a teremos na igreja. A qualidade do nosso ministério dependerá da nossa qualidade em casa. Se não somos enérgicos em casa, como seremos na Igreja? Se não levamos a sério a disciplina no lar, como será na igreja? Se não pastoreamos o nosso pequeno rebanho, como o faremos com o grande? É a lei de causa e efeito! O lar deve ser sempre o fator que causa as mudanças relevantes na Igreja. Há uma retroalimentação aqui.

O Dr. Maybue (Redescobrindo o Ministério Pastoral, da Editora CPAD) cita um bestseller sobre o ministério pastoral que contém um capítulo intitulado ' Alerta: O Ministério Pode Ser Uma Ameaça para Sua Família’. Por mais chocante que seja, o título reflete com precisão a realidade do ministério pastoral hoje. Uma pesquisa pastoral realizada há alguns anos, publicada em um jornal importante, descobriu as seguintes dificuldades significativas que produzem problemas conjugais nas famílias de pastores: 81% tempo insuficiente em conjunto; 71% uso do dinheiro; 70% nível de renda; 64% dificuldades de comunicação; 63% expectativas da congregação; 57% diferenças quanto ao lazer; 53% dificuldades na criação dos filhos; 46% problemas sexuais; 41% rancor do pastor com relação à esposa; 35% diferença quanto à carreira ministerial e 25% diferenças quanto à carreira da esposa.”

Esta pesquisa aponta para uma realidade pior nos dias de hoje. Aumenta sensivelmente as separações em nossas igrejas, inclusive de líderes. Uma série de fatores comprova esta triste realidade. Como líderes, não temos sido cuidadosos, prudentes na relação familiar. Não temos sabido conciliar os compromissos do lar com os demais. Sentimo-nos pressionados, muitas vezes, pela opinião pública. Deus, família e igreja são o trinômio fundamental na vida do homem de Deus. Richard L. Maybue nos alerta, dizendo o seguinte: “A única maneira de reverter o declínio geral da qualidade das famílias dos pastores é voltar aos princípios espirituais para o casamento e a família. Entendo que, quaisquer que sejam as pressões hoje vigentes, elas já tiveram equivalentes no passado e terão paralelos no futuro… Portanto, a família do pastor deve ser uma prioridade em sua vida”.

Fonte: Associação dos Diáconos Batistas do Rio de Janeiro - ADBERJ via newsletter Frank Medina / Artigo publicado com o título "Pastor: seu primeiro rebanho é a sua casa!".

Oswaldo Luiz Gomes Jacob é pastor da Segunda Igreja Batista em Barra Mansa – RJ

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

AS PREOCUPAÇÕES DESSA VIDA

Por Norbert Lieth

Sem dúvida, vivemos em uma época muito especial, em que podemos contar com a volta de Jesus a qualquer momento. Os sinais dos tempos falam uma linguagem muito clara e sempre mais insistente. Parece que nos aproximamos da Grande Tribulação a largos passos. Em Israel busca-se a paz, a Terra Prometida está sendo repartida e a globalização avança com velocidade vertiginosa. Na Europa o clamor por um novo Império Romano torna-se cada vez mais forte. O novo presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, recentemente expressou sua visão de um novo Império Romano ao afirmar: "Pela primeira vez desde a queda do Império Romano temos a chance de unir a Europa – desta vez não pela força das armas, mas na base de ideais comuns e de regras negociadas". Na Alemanha, a igreja luterana e a igreja católica chegaram a uma unidade e a uma aproximação jamais vistas. Mas, conforme alguns teólogos evangelicais, a declaração oficial conjunta sobre a doutrina da justificação seria somente um ideal ecumênico, nada tendo em comum com seu sentido original, sendo interpretada apenas no sentido católico-romano.

Uma notícia ruim segue à outra. Os intervalos entre elas são cada vez menores e sua intensidade aumenta. Alguém disse recentemente: "A situação está tão séria que não podemos mais apenas comentá-la – devemos elevar nossa voz". Entretanto, como nós cristãos ainda nos encontramos sobre a terra e somos confrontados com sofrimentos e dificuldades, corremos o risco de ficar com medo e de preocupar-nos com o atual estado de coisas. Muitos olham para o futuro com apreensão. O perigo para os crentes nestes tempos finais, conforme as palavras do Senhor Jesus, não está no risco de sucumbir no meio de tantos problemas, mas em se preocupar com tudo o que está acontecendo. E é justamente em relação às preocupações que Ele nos alerta, quando nos diz em Lucas 21.34: "Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço".

Paul Schütz escreveu:

As preocupações da vida são o maior tirano que existe, e ele lidera um exército de algozes e verdugos que nos comandam e escravizam. A seu serviço encontramos a desconfiança, o medo, a consciência pesada, o desalento, a murmuração, a crítica, a irritação, a amargura, a teimosia, a tristeza, a depressão, o desespero e a frieza para com Deus. "Não vos preocupeis!", é o brado contra essas inclinações diabólicas.

A respeito, vale lembrar algumas estrofes de um antigo hino:

Entrega os teus enfados,
do coração a dor,
aos paternais cuidados
do Altíssimo Senhor.
Quem nuvens, sol e vento
e o mundo faz andar,
teus passos a contento
ao bem há de guiar.

Os teus, hás de salvá-los,
ó Pai e Protetor!
Do mal hás de afastá-los
e dar-lhes Teu favor
O que lhes concederes,
será para o seu bem;
e tudo que lhes deres
o Teu amor contém.

Realmente, devemos lembrar que o Senhor é Soberano e cuida de cada detalhe da nossa vida. Jesus disse em Lucas 12.6-7: "Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais."

Fonte: Encontre Paz

Norbert Lieth é Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Por alguns anos trabalhou como missionário na Bolívia e depois iniciou a divulgação da literatura da editora Chamada da Meia-Noite na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor de conferências desta editira na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A DIFERENÇA ENTRE SER BATIZADO E SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO


A pomba e o fogo simbolizam o batismo do Espírito Santo na vida do cristão


Recebi uma pergunta neste blog (ler o texto original aqui) sobre a questão do batismo com o Espírito Santo e o comportamento destes batizados. Então, resolvi publicar a interrogação e a minha resposta em formato de post.

Leonor:

“Sou cristã evangélica há algum tempo, sempre me perguntei se os irmãos que pulam e falam línguas estranhas não estão apenas a se mostrar. Não faço a pergunta porque sou incrédula, é porque vejo que depois do culto essas pessoas se comportam como um cristão jamais deveria se comportar. Falam em línguas, pulam, batem palmas efusivamente e depois desprezam os irmãos, ofendem e se mostram desconfiados”.

Resposta:

Sou um pentecostal. Eu falo em línguas estranhas. No entanto, não ajo como muitos que extrapolam em seus emocionalismos dentro das reuniões de culto a Deus. Sei que existem regras bíblicas. Elas estão registradas no capítulo 14 da primeira carta do apóstolo Paulo aos crentes corintios.

No entanto, não considero que as pessoas que falam em línguas durante as reuniões sejam hereges. Elas precisam aprender sobre a importância de haver ordem e decência durante as reuniões de adoração. A responsabilidade dessa conscientização é dos líderes, não é dos liderados. Faz parte do dever dos pastores ensinar tudo sobre as Escrituras a todos os convertidos durante a fase do discipulado. Mas, isto é um processo longo e complicado, o resultado positivo tanto depende do interesse de quem ensina quanto de quem precisa aprender.

Percebi que você está confundindo batismo com o Espírito Santo e o ser cheio do Espírito Santo. São dois estados diferentes na vida dos cristãos. O crente pode estar batizado, porém, não estar cheio... Sendo vazio, o cristão faz muitas coisas erradas enquanto não aprende o que é certo.

O crente batizado tem o dom de línguas e alguns outros capitulados em 1ª Coríntios 12.4-11. Se não estão cheios, podem agir de maneira inconsequente, mesmo sendo pessoas batizadas no Espírito porque continuam sendo crianças na fé, imaturas. Vemos isso claramente na igreja de Corinto.

O batismo com o Espírito acontece na vida do crente para o bem coletivo da Igreja e não apenas o bem pessoal do seu portador. Siga meu raciocínio: uma pessoa batizada torna-se um canal para receber os dons. Um crente que recebeu o dom de curas é um canal das bênçãos de Deus, que o usa para curar a irmandade. Quando o crente usa esse dom, é Deus o utilizando na libertação de enfermidades, a bênção não tem como destino o portador do dom, que inclusive, poderá ser um crente que está vivendo uma vida cristã irregular. Entendeu?

Quanto ao crente cheio do Espírito, ele pratica as nove características do fruto do Espírito, descrito em Gálatas 5.22-23. Elas são maduras espiritualmente.

O ideal é que tenhamos as duas experiencias em nossas vidas, precisamos estar cheios e ao mesmo tempo batizados com o Espírito. Assim não escandalizamos ninguém e podemos ser usados para abençoar muitas pessoas.

E.A.G.

Veja mais neste blog referente ao assunto:Enchei-vos do Espírito
Evidências de quem é cheio do Espírito Santo

O fogo do Pentecoste - dos tempos de Atos dos Apóstolos aos dias de hoje