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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Arlindo, o evangelista

Mesmo que você consiga subir para muito longe do chão
sozinho, para encontrar-se com Deus, lá no Céu, será
necessário aceitar o auxílio de Jesus, caso quiser ser
recebido pelo Pai celeste.
Por Abraão de Almeida

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" João 14.6.

Final dos mil novecentos e sessenta. No culto de sábado à noite na Assembleia de Deus da Rua André Manojo 53, em Osasco (São Paulo), Arlindo entregou a sua vida a Jesus, foi salvo e instantaneamente liberto de demônios que o atormentavam e o haviam levado, diversas vezes, aos hospícios da região. Estive presente naquele culto.

A transformação daquele homem foi radical. Rompeu de vez com tudo o que lhe parecia comprometedor. Ao passar por minha residência numa das suas jornadas evangelísticas, ofereci-lhe café, ao que agradeceu e respondeu prontamente: "Jesus me libertou do café". Não me surpreendi com a resposta. Se ele achava que o café exercia algum domínio em sua vida, então ele queria ser totalmente livre.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

A transitoriedade da Lei


Por Abraão de Almeida

Ao apresentar Jesus Cristo como o fim da Lei, o Novo Testamento cumpre uma profecia de Jeremias: "Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" - Jeremias 31.31-34.

Comentando esta profecia, o autor da Carta de Hebreus registra no capítulo 8 e versículo 13: "Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer".

A antiga aliança estava sujeita a ser por uma das partes pactuantes: Deus ou Israel. É evidente que Deus foi fiel, ao passo que os israelitas não; eles transgrediram a aliança; a invalidaram e a violaram. Esta verdade está registrada principalmente na segunda carta aos Coríntios (3.13-15), onde se afirma a transitoriedade da lei, e que "não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles" .

A aliança superior

A nova aliança, baseada na fé em Jesus, é incomparavelmente superior á antiga, porque na sua religiosidade, brotando espontaneamente de um coração perdoado e regenerado, independente de impulsos exteriores; a vontade divina, testemunhada antes em tábuas de pedra, está agora gravada nas tábuas de carne do coração; o conhecimento de Deus, diferentemente do modo como era ministrado na antiga aliança, torna-se, no Novo Testamento, uma experiência viva e profunda, magistralmente definida por Paulo nesta frase: Mas nós temos a mente de Cristo, 1 Corintios 2.16 b.

A aliança da Lei, portanto, era transitória. Os cristãos não estavam (e não estão) obrigados ao seu cumprimento, razão pela qual o apóstolo Paulo adverte: "Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados", Colossenses 2.16. A nova Lei, sob a qual estão os crentes, é a "Lei do espírito e vida, em Cristo Jesus", que os livra "da lei do pecado e da morte" (Romanos 8.2). Aos Coríntios afirma o mesmo apóstolo referindo-se aos gentios: Para os que estão sem Lei, como se estivesse sem Lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da Lei de Cristo) para ganhar os que estão sem Lei", 1 Coríntios 9.21.

A Bíblia e a história - o que é a Páscoa?
A lei, a carne e o Espírito
A Lei de Moisés e a lei de Cristo
A maravilhosa graça
As três coisas que Deus pede de você (Miquéias 6.8)
O Evangelho da graça
Vislumbre de um Criador

José, o pai terreno de Jesus - um homem de caráter

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Sabemos pouco sobre a vida de José, esposo de Maria, mãe de Jesus. Não é citado em Marcos, e as referências em João 1.45 e 6.42 são sutis, entretanto, as referências que a Bíblia oferece sobre a pessoa dele, para nossa apreciação e edificação espiritual, são mais do que suficientes. Sem dúvida alguma podemos afirmar que assim como sua esposa, exerceu papel de extremo relevância no plano da redenção divina.

Existem outros indivíduos mencionados no Novo Testamento que possuem o mesmo nome. As citações estão em Mateus 13.55; Lucas 3.24; 23. 50-51; Atos 1.23; 4.36. O nome José em Marcos 6.3, usado para indicar a família de Jesus, parece referir-se a um filho mais novo de Maria 

I - JOSÉ, O PAI DE JESUS 

1. Quem era José? 

A genealogia de José é apresentada em Mateus, capítulo 1. Ele era carpinteiro (Mateus 13.55). Vivia em Nazaré, sendo descendente de Davi, sua casa ancestral estava em Belém.(Lucas 2.4).

Não é possível saber a idade de José, comparando com a de Maria, ou as situações específicas em que se conheceram e ficaram noivos. De acordo com a cultura de Israel, o noivado e o casamento de José e Maria provavelmente foram arranjados pelos pais, embora a soberania de Deus dirigisse todas as escolhas de todos os envolvidos, conforme indicado pelas árvores genealógicas e os sonhos de José (Mateus 1 e 2).

José foi escolhido por Deus para ser o pai terreno e legal de Jesus. Era homem íntegro, sensível à orientação divina e disposto a fazer a vontade de Deus. Como responsável pelo sustento do seu núcleo familiar, era uma pessoa dada às obras de marcenaria. O fato de Jesus ser apontado como "o carpinteiro" em Marcos 6.3 significa que José ensinou-lhe esta atividade artesanal e Ele assumiu a profissão até o início de seu ministério.

Os judeus da época consideraram que José era realmente a figura paternal de Jesus, não apenas um pai de criação (Lucas 3.23; 4.22; João 1.46; 6.42).

2. Pai adotivo de Jesus. 

Diferente de Maria, que viu e ouviu do anjo Gabriel que seria a mãe do Salvador, José não teve uma revelação direta da parte de Deus, não sabia que a jovem judia, prometida em casamento a ele, havia sido escolhida para que o Espírito Santo concebesse a Jesus.

Então, quando Maria lhe revelou que estava grávida, conhecendo que entre ele e ela não havia o hábito da relação sexual, deve ter se sentido traído (Mateus 1.18; Lucas 1.27, 35). A história era difícil de acreditar, não aceitou bem a notícia.  E, por ser um jovem de caráter ilibado, conciliador, amoroso, optou por protegê-la, mesmo diante deste contexto pensou em tratar o rompimento do noivado em particular - entre ele, Maria, os líderes da sinagoga e duas testemunhas (Números 5.11-13). Estava propenso a deixá-la às escondidas, para evitar que a jovem sofresse sendo exposta à vergonha pública, para não transformar o fim do relacionamento em um espetáculo, e para que não recebesse a condenação pública conforme a Lei lhe permitia (Deuteronômio 22. 23-24; 24.1)

Enquanto fazia planos no sentido de divorciar-se, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho - muito provavelmente era outra manifestação de Gabriel. O anjo confirmou a história de Maria, dizendo a ele que a criança que ela carregava era fruto de intervenção divina, procedia do Espírito Santo. Assim, José acordou do sonho convencido a se casar com a jovem mãe de Jesus. Conferir em Mateus 1.19-23).

De acordo com Mateus 1.21-23), ainda em sonho, José soube o seguinte:
• o bebê era um menino;
• o nome dEle é Jesus (nome grego, cujo equivalente em hebraico é Josué e significa "O Senhor é salvação";
• A concepção no ventre de uma virgem cumpre a profecia do Antigo Testamento (Isaías 7.14);
• O filho de Maria é uma criança incomum, que será chamado Emanuel, cuja tradução é Deus conosco.
O Senhor falou com José e José demonstrou ter fé e comunhão com Deus, pois não teve dificuldades em discernir que não se tratava de um sonho comum, mas era a voz do Senhor e a sua revelação divina a respeito daquEle que seria o Salvador.

Sem perceber, Cesar Augusto, governador de Roma, foi o agente que fez se cumprir à risca o prenuncio emitido centenas de anos antes, pelo profeta Miqueias (5.2). Para atender a exigência do decreto imperial, que ordenava participar do recenseamento, ambos foram a Belém, e ali no meio da noite da pequena Judeia, que distava cerca de 135 quilômetros ao norte de Belém, na cidade natal do rei Davi, Maria entrou em trabalho de parto e Jesus nasceu (Lucas 2.1-3, 8).

Apesar de sua idade ser mais alta que a de Maria, a narrativa bíblica apresenta José como um homem cheio de energia física. Depois do nascimento virginal de Jesus, coabitou com Maria e foi pai de seis filhos biológicos, sendo quatro filhos e, ao menos, duas filhas com ela: Tiago, José, Judas, Simão, as Escrituras não apresentam os nomes das filhas (Mateus 12.46; Marcos 3.31; Lucas 8.19).

A última citação ao nome de José é referente sua ida à Jerusalém, para a festa da Páscoa, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lucas 2.41-57). Muitos estudiosos da Bíblia especulam que José tenha falecido precocemente. Após a família regressar a Nazaré, depois da celebração da Páscoa, não há nenhuma menção explícita a ele no Novo Testamento (5.1). Acreditam que quando Jesus foi crucificado e morto, José já havia morrido. .Ele não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42 possa indicar que ainda tivesse vivo durante parte do ministério de Jesus, ele não aparece na crucificação quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (João 19.26, 27).

3. José, um sonhador obediente. 

Não era apenas os judeus que estavam procurando um grande rei prometido por Deus. As histórias de um futuro rei, ungido e enviado por Deus, se espalharam pelas regiões vizinhas, homens sábios de terras distantes esperavam que esse rei nascesse. Quando Jesus nasceu, magos de terras orientais distantes viram no céu uma estrela com brilho especial, acreditaram que era o sinal de que o Messias havia nascido. Prepararam provisões para si e colocam na bagagem nobres salamaleques, ouro, incenso e mirra - homenagens reais ao que havia nascido para reinar -, e seguiram em longa jornada rumo à terra de Israel.

Em Jerusalém, chegaram ao palácio, considerando que Jesus estivesse ali, Herodes governava como rei da Judeia quando ouviu da boca daqueles estrangeiros que um novo rei dos judeus estava por perto e perturbou-se, considerando o menino Jesus como seu rival no trono (Mateus 2.3-4). Perguntou a eles se existia alguma profecia indicando a localização do nascimento do novo rei, e ouviu atentamente a resposta sobre a profecia de Miqueias. Disse-lhes para que fossem ao seu encontro e voltassem imediatamente relatando qual era este lugar, escondendo a intenção nefasta do matá-lo. Herodes perguntou aos visitantes do oriente onde Jesus nasceria, e citando a profecia de Miqueias, responderam que era em Belém. Herodes pediu que retornasse a ele após conferirem sobre a existência do bebê, mas os magos não retornaram. Cheio de ira, arrazoou em seu coração que mesmo que não achasse Jesus, poderia assassiná-lo. Considerando a data que a estrela havia surgido, determinou que matassem todos os meninos que tivessem a idade de dois anos para baixo que haviam nascido em Belém.

Antes disso, em um sonho, Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes, ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo. José, pôs-se em fuga levando Maria e o menino Jesus (Mateus 2). Após a morte do déspota infanticida, Arquelau assumiu o trono. José retornou com sua família a Israel, porém, não para Belém, temendo as atitudes do novo rei estabeleceu sua residência na pequena aldeia chamada Nazaré. E, obviamente, pelo fato de Jesus ser proveniente desta localidade, passou a ser reconhecido como o nazareno (Mateus 2.23; Marcos 14.67; 16.6).

II - O CARÁTER EXEMPLAR DE JOSÉ 

1. Um homem obediente. 

A notável  sequência de sonhos marca o caráter de José como um valoroso servo do Senhor.  e pai terreno do Filho de Deus. O foco da narrativa do nascimento de Jesus em Mateus concentra-se no vasto escopo de informações que refletem o caráter de José. que era alguém que agia com muita fé e obediência a Deus. A obediência talvez seja a maior lição que podemos absorver da vida de José.

Observando os textos bíblicos a seu respeito, podemos ver o quanto era obediente, humilde e amoroso.
• Mateus 1.21, 24-25 - Inicialmente, foi instruído a não se divorciar de Maria e abandonou tal ideia. Era costume daquela sociedade o pai colocar o nome do recém-nascido; José fez conforme o anúncio do anjo e deu ao Filho do Altíssimo o nome Jesus.
 • Mateus 2.13-14 - Após o nascimento de Cristo, José teve o segundo sonho, no qual foi orientado a pegar Jesus e Maria e ir com eles morar no Egito. Outra vez fez tomou atitude conforme a ordem divina.
• Mateus 2.19-20 - Em território egípcio, recebeu a terceira orientação do Senhor, que o mandava retornar para Israel. E voltou, trazendo com ele Maria e o pequeno Jesus.
• Mateus 2.21 - E num último sonho, foi orientado a se estabelecer em Nazaré e não na Judeia. E assim ele fixou morada em Nazaré.
2. Um homem temperante. 

Na Bíblia, há vários casos de homens de Deus que não resistiram à tentação do sexo e cederam ao pecado de adultério ou de fornicação, como foi o caso de Davi. que relacionou-se com a esposa de Urias. José, o pai adotivo de Jesus, fez a diferença nesta questão  da pureza moral, se manteve casto enquanto solteiro, assim como José, filho de Jacó - o sonhador das páginas do Antigo Testamento.

No período em que esteve noivo de Maria, ele não teve relações sexuais com ela. Era homem de bem, obediente a Deus e justo (Mateus 1.19, 25). Na sociedade judaica, os casais apanhados na prática ilícita, eram apedrejados (Deuteronômio 22.24).

A boa índole pessoal de José é evidenciada como ser humano justo, compassivo e íntegro, por causa de sua pronta disposição em obedecer ao Senhor. É impressionante sua reação ao descobrir que Maria, comprometida a se casar com ele, estava grávida, ele pensa em exigir um divórcio sob circunstância discreta e não em reivindicar que ela fosse morta a pedradas, conforme permitia a Lei de Moisés (Deuteronômio 22.23-24; 24.1).

III. A NOBRE MISSÃO DE JOSÉ 

1. Assegurar a ascendência real de Jesus

José não era o pai biológico de Jesus, mas perante a lei, reconhecia-o como filho, acolhendo-o através da adoção paterna, visto que Jesus foi gerado pela ação sobrenatural do Espírito Santo, no ventre de Maria (Lucas 1.35). É uma chamada de "pai-guardião" de Jesus.

Esse fato é  de enorme importância, pois inclui Jesus na ascendência de sua família e também na ascendência de Maria, conforme o registro de Lucas (3.23-28). José era da casa e família de Davi" (Lucas 2.4). Dessa maneira, ele garantiu a confirmação de Jesus na descendência real de Davi e da tribo de Judá (1 Samuel 17.12).

Lucas (3.31) registra a árvore genealógica de Jesus a partir da linhagem de Davi, por meio de Natã, seu terceiro filho (2 Samuel 5.14), visto que o último rei da casa de Davi, em Judá, Jeioiaquim (Jeconias), sofreu terrível maldição de que ninguém da sua prole se assentaria no trono de Davi (Jeremias 22.28-30). Este fato provocou um rompimento da linhagem davídica, mas Jesus foi adotado por José, que era da tribo de Judá. Quando uma criança era adotada como primogênito passava a pertencer a tribo do pai adotivo.

Sendo assim, Jesus é descrito no livro de Apocalipse (5.5) como "o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi", o único capaz de abrir o livro selado com sete selos.

2. Proteger Jesus em seus primeiros anos

De tudo que está registrado sobre José, levando em conta ter sido uma das figuras mais piedosas mostradas no Novo Testamento, sem que com isso fosse um líder como foram os apóstolos Paulo, Pedro e João, sabemos que era um homem que tinha prazer em obedecer ao Senhor, era um marido e pai e exemplar.

Em sua biografia, o que poderia ser considerado uma nódoa por alguns poucos, é compreensível por muitos outros. O quê? Haver perdido de vista, por três dias o menino Jesus em Jerusalém, durante a festa anual da Páscoa, e após ansiosamente procurá-lo com Maria, ao encontrá-lo dentro do Templo conversando com os mestres não ter compreendido quando Jesus disse-lhes estar ali cuidando "dos negócios de meu Pai"(Lucas 2.41-50). É possível que José raciocinasse que ao crescer Jesus reivindicasse  o direito legal ao trono do seu antepassado, o rei Davi, e por este motivo não conseguiu entender o que ouviu naquele momento.

3. O zelo pela formação espiritual de Jesus.

José. foi escolhido por Deus para zelar pela formação espiritual de Jesus. Embora os relatos sobre sua vida sejam escassos, o que se conhece é suficiente para entender que ele uma missão importantíssima no projeto de redenção da humanidade. Embora apareça como personagem coadjuvante, tendo ao seu lado Maria, aquela que acolheu a encarnação do Verbo que se fez carne e ossos e esteve entre os seres humanos, foi escolhido por Deus para ser parte integrante da sagrada família, cuidado de Maria, agindo como esposo dedicado, humilde e amoroso e pai protetor, zelando pela integridade física, espiritual e emocional de Jesus, em seus anos da infância e adolescência.

Como criança normal, saudável, inteligente e de família judaica, Jesus foi criado conforme os ditames da Lei de Moisés, recebendo de seus pais o ensino sistemático e diário da Palavra de Deus (Deuteronômio 11.18-21). Era parte da educação de Jesus conhecer e participar das festas anuais de Israel, das quais a Páscoa era a mais impactante por seu significado histórico e espiritual. José e Maria o levavam a Jerusalém para essa festividade (Lucas 2.41-42).

CONCLUSÃO 

O exemplo de José é pedagógico. Aprendemos com seu exemplo que Deus honra a integridade de seus servos. Ele entrou para a história como um servo exemplar, pois escolheu dizer sim para Deus, anular a própria dúvida, ao tomar atitudes firmes que expressaram seu amor incondicional a Maria e Jesus Cristo.

José foi escolhido por Deus para uma missão elevada no plano da redenção. Ele foi a pessoa que, na presciência de Deus, amparou Maria em sua missão de conceber Jesus como Filho do Homem, como o Deus em carne e ossos. Não só a Maria, mas também ao próprio Jesus, em seu nascimento biológico, ao cuidar de sua educação esmerada ao lado de Maria. José foi um homem santo, assim como todos os que se dedicaram ao chamado de Deus em suas vidas. E tal qual Maria, ele nunca reivindicou para si honras e louvores, que só pertencem a Deus.

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E.A.G.

Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, páginas 42, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Guia fácil para entender a vida de Jesus. Robert C Girard e Larry Richards, páginas 35-37, edição 2013, Bonsucesso, Rio de Janeiro -RJ (Thomas Nelson Brasil). 
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 84-86, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro, Elinaldo Renovato, páginas 136, 138, 139, 1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a história de todas as personagens da Bíblia, editado por Paul Gardner, páginas 381 e 382, 19ª reimpressão, São Paulo, 2005 (Editora Vida).

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Como se calcula a idade de Jesus ao morrer?

Por Rafael Luz

Como sabemos que Jesus faleceu com cerca de 33 anos e meio de idade? Como é feito esse calculo?

Falar com precisão a idade que Jesus tinha ao morrer está longe de ser uma tarefa fácil e descomplicada para o estudante das Escrituras Sagradas, uma vez que os Evangelhos não são como alguns acreditam uma espécie de "diário moderno" da vida de Cristo.

Ao contrário, é possível notarmos que os evangelistas não tinham como foco principal o interesse no "quando" da maioria dos eventos relacionados à vida do Mestre, o que se comprova pelo silêncio bíblico entre o período que vai dos doze aos trinta anos da história de Jesus.

Tal dificuldade se justifica pelo fato do texto bíblico não ser essencialmente um livro de história geral, antes, seu propósito original é ser um livro de salvação, que revela a incansável, justa e amorosa história de Deus em redimir e recuperar o ser humano caído e todaa criação das trágicas consequências do pecado.

Entretanto, embora não haja nas Escrituras uma passagem que afirme categoricamente com que idade Jesus morreu, é possível, com base em algumas informações extraídas dos Evangelhos de Lucas e João, chegarmos a uma idade provável, conforme apresentaremos a seguir.

A primeira informação diz respeito ao início do ministério de Jesus, que, nas palavras do médico historiador, "tinha cerca de trinta anos de idade quando começou seu ministério" (Lucas 3.23). É interessante destacar que essa era a idade, de acordo com o Pentateuco de Moisés, que os levitas deveriam iniciar seu ministério no Tabernáculo (Números 4.3, 47), bem como a idade que Davi começou a reinar (2 Samuel 5.3, 4). Outro detalhe é que o ministério de Jesus inicia-se após o batismo, pouco tempo depois de João Batista começar o seu.

A segunda contribuição vem de João, que nos ajudará a quantificar o tempo de duração da vida pública de Jesus. O Evangelho de João, diferente dos demais (que narram apenas uma Páscoa durante o período que Jesus ensinou), apresenta-nos três Páscoas durante seu ministério: a primeira em Jerusalém (2.13-25); a segunda na Galileia (6.4); e a terceira novamente em Jerusalém (11.55). Alguns admitem que a expressão "festa dos judeus" (em 5.1) seja uma referência à Páscoa; caso se confirme esse dado deveríamos acrescentar à cronologia de João mais um ano. Tais evidências nos apontam um ministério com no mínimo três anos e alguns meses de duração, considerando ser a Páscoa uma festa comemorada anualmente pelos judeus.

Desta forma, com base nas informações ora explicitadas como resultado da soma dos trinta anos apontados por Lucas mais três ou quatro anos narradas por João é que, histórica e majoritariamente, a tradição cristã tem admitido 33 anos e meio como a idade aproximada de Jesus ao ser crucificado no calvário.

Soli Deo Gloria.

Fonte Mensageiro da Paz, ano 87, número 1582, março de 2017, coluna A Bíblia tem a resposta, página 17, Bangu, Rio de Janeiro (CPAD).
Rafael Rodrigo Figueiredo Luz  é pastor auxiliar da Assembleia de Deus em São Francisco, Niteói (RJ), analista de seguros, graduado em Teologia, pós-graduado em Teologia Bíblica e Sistemática Pastoral, e MBA em Seguro e Resseguro.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Hulda, a mulher que estava no lugar certo



Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A profetisa Hulda (cujo nome em hebraico quer dizer "doninha"), era sábia e prudente. Foi uma mulher que aprouve a Deus usar de modo intensamente significante, entretanto passageiro, para chamar a atenção dos israelitas a respeito dos pecados que vinham cometendo.

A circunstância de Hulda ter sido escolhida pelo Senhor, como sua porta-voz, faz transparecer para nós que, embora Israel fosse uma sociedade patriarcal, Deus também usava as mulheres em função de destaque considerável. Isto mostra que o Senhor usa as mulheres tanto quanto usa homens, no ministério da sua palavra, desde que se consagrem a Ele.

I - QUEM FOI HULDA

1. Hulda.

Hulda foi esposa de Salum, seu marido trabalhava como roupeiro da corte do monarca, uma profissão que o tornava um homem importante naquela sociedade. Viveu na cidade baixa de Jerusalém como uma reconhecida profetisa. Foi escolhida pelo Senhor para trazer uma mensagem de arrependimento em um tempo de apostasia. Aquela época era um momento dramático da história do reino de Judá (639-609 a.C.). O texto bíblico dá a entender que ela reconhecia o seu lugar como profetisa, e só colocou-se em ação no momento em que foi solicitada a agir.

Além de Hulda, a Bíblia registra apenas mais duas profetisas em toda a narrativa do Antigo Testamento: Miriã, irmã de Moisés (Êxodo 15.20), e Débora, que além de profetizar era juíza (Juízes 4.4).

2. Atividade que exerceu.

Podemos afirmar que Hulda era uma senhora de profunda comunhão com Deus em seu ofício incomum ofício de transmissora das mensagens do Senhor.. Se os soberanos ímpios, como Manassés e Amon, não conheceram sua função profética, ela viu Deus trabalhar de maneira evidente para atender suas orações ao levantar o menino Josias com o propósito de promover mudanças de grande impacto no reino de Judá.

Usada por Deus, a serva do Senhor entrou em ação ousada e corajosa quando o rei Josias tomou conhecimento do conteúdo do livro da Lei, que fora perdido na Casa do Senhor ou escondido em algum lugar secreto, provavelmente por algum sacerdote zeloso, que procurou preservá-lo no tempo da apostasia do monarca Manassés.

Avaliamos melhor a atuação de Hulda em Judá bem como o seu testemunho eloquente de mulher de Deus, cada vez que observamos, ainda que de maneira resumida, o pano de fundo histórico que ela vivia. O povo vivia um estilo de vida muito longe de cumprir a vontade do Senhor e não poderia ser abençoado por culpa da sua fraca condição espiritual.

Hulda aparece nas páginas da Bíblia como a profetisa que não se cala, quando é o momento correto de falar. Ela não possuía outra conduta a tomar, senão confrontar a Judá sobre as consequências de seus pecados. Entregou o comunicado que Deus havia determinado que falasse, expressou apavorante profecia contra a nação com a finalidade de que se arrependesse e se voltasse para Deus.

Devido a desobediência de Judá, a mensagem era uma repreensão severa, falava de maldição, não de bênção. Deus faria cumprir sua vontade exatamente como avisou ao monarca, por intermédio de sua serva.

O desempenho de Hulda é considerado por uma parcela de leitores da Bíblia como de uma pessoa coadjuvante. Caso realmente tenha tido ação secundária, porém, o que mais importa é a qualidade vital de seu trabalho e não a extensão de atenção substancial, da parte dos seres humanos, ao seu ministério.

II. HULDA VÊ O TEMPO DO AVIVAMENTO

1. Josias promove verdadeiro avivamento.

Numa época difícil Josias (em hebraico "o Senhor sustenta") assentou-se no trono de Judá, o povo estava vivendo em grande apostasia, buscava os ídolos com entusiasmo, porque o reinado longo de seus perversos antecessores, o avô Manassés e o pai Amon, quase apagaram a ideia da existência do Deus vivo em seus pensamentos. Seu avô reinara por 55 anos; perseguiu as pessoas piedosas e reprimiu a verdadeira religião em Judá. Seu pai governou por 2 anos e deu continuidade às práticas malignas de Manassés; seu reinado foi interrompido por intrigas na corte que culminou com seu assassinato (2 Reis 21. 19-26; 2 Crônicas 33.21-25).

Sua mãe era Jedida, filha de Adaías, de Bozcate (2 Reis 22.1).

Josias começou a reinar com oito anos de idade. Desde então iniciou sua busca ao Deus de Davi. De acordo com 2 Reis, buscou com toda a dedicação, ele era igual a Davi, no sentido de que "fez o que era reto aos olhos do Senhor, e andou em todo o caminho de Davi', ' não se apartou dele nem para a direita e nem para a esquerda" (2 Reis 22.2). Assim como Davi, Josias recolocou a Arca da Aliança no Templo, além disso, determinou que os músicos, descendentes de Asafe, voltassem ao Templo, "segundo o mandato de Davi" (2 Crônicas 35.3, 15).

A busca de Deus por parte do jovem rei era a evidência da obra do Espírito Santo em sua vida.

Quatro anos mais tarde, em 632 a.C., começou a livrar sistematicamente Judá da perniciosa religião falsa. Erradicou o paganismo, em todas as suas formas sincréticas, iniciando por por Jerusalém e Judá, e estendeu suas reformas até o território do reino do Norte. Em 628 a.C., estava com vinte e seis quando acabou com a profanação da terra e a purificou, destruiu os lugares altos, os postes-ídolos (imagens de Aserá), as imagens de escultura e de fundição. Os túmulos dos sacerdotes idólatras foram  profanados e seus ossos, queimados sobre os altares pagãos (2 Crônicas 34.3-7; 1 Reis 13.2). mandou fazer reparos no Templo que, pelo descuido de monarcas e sacerdotes anteriores, havia de deteriorado carecendo de caprichosa reforma.

Enquanto o Templo estava sendo restaurado, o sumo sacerdote Hilquias, achou o livro da Lei, escrito por Moisés, e o levou ao rei e o leu para ele. Quando Josias ouviu a leitura do livro, sabia que a nação estava completamente alheia aos princípios e propósitos dos mandamentos de Deus e as consequências para isso eram irreparáveis. Sabendo sobre as maldições que cairiam sobre seu povo, sentiu-se condenado pelo conteúdo das Escrituras.

A descoberta do livro da Lei - que fora dada "pelas mãos de Moisés" - injetou no coração de Josias grande impulso para promover reformas profundas, as mais profundas que Judá conheceu. O livro descoberto era o Pentateuco, os cinco livros da Bíblia Sagrada.

Os autores de Reis e Crônicas não especificam muito bem a natureza do livro da Lei. Parece provável que se tratava de todo o livro de Deuteronômio, devido às especificações do lugar central de adoração, a destruição dos lugares altos, celebração da Páscoa, maldições resultantes da desobediência e a cerimônia da renovação da aliança (Deuteronômio 12; 16; 27 e 28; 2 Crônica 30-32; 2 Reis 23.2).

Com esta descoberta, e a ciência do monarca sobre o que estava escrito, surgiu daí um novo compromisso com a Palavra de Deus e todo o pais experimentou uma renovação espiritual. 

Então, Josias mandou a Hilquias e aos demais assessores consultar ao Senhor para saber sobre tamanha desgraça, causada pela desobediência de Judá. Imediatamente, enviou oficiais para inquirirem de Deus quanto ao seu significado. O grupo designado procurou a serva do Senhor para interpretar o texto sagrado e saber se o Senhor tinha uma mensagem ao rei e para a nação, dizendo o que fazer.

A resposta de Hulda ao monarca resume a situação de miséria espiritual do povo: idolatria vergonhosa, a ponto de deixarem de adorar ao Deus de seus pais, que os tirou do cativeiro egípcio e os levou pelo deserto abrasador em segurança até Canaã; o povo inclinava-se perante ídolos ou deuses feitos pelas nãos dos homens, provocando a ira do Senhor. A sentença de Deus através de Hulda era o prenúncio do cativeiro de Judá anos mais tarde (2 Crônicas 34.23-25).

De pronto, o Josias tomou as medidas urgentes e necessárias para levar o povo ao arrependimento. Ele próprio fez concerto com Deus de obedecê-lo em seu reinado. Depois levou o povo a fazer o converto com Deus. E, de forma mais concreta, mandou retirar as abominações que o povo adotara em Judá e Jerusalém.

Ao receber a consulta do monarca, em plena crise de Judá e Jerusalém, Hulda foi usada por Deus para profetizar com relação a dois eventos

A Palavra do Senhor, proferida através do ministério de Hulda foi de advertência e condenação, e trouxe ao rei a certeza de que a nação sofreria os juízos divinos. Consistia de dois eventos principais:
a. Previu a destruição de Judá por causa da idolatria (2 Reis 22.14-17). A ira de Deus havia sido acesa e o julgamento viria sobre o povo por causa das práticas idólatras, exatamente como previa o livro da Lei.
b. Previu restauração e prosperidade, no reinado de Josias (2 Reis 22.14-20). A paz durante a vida de Josias, que não viveria para ver a destruição e a desolação resultante da ira de Deus, pois "o seu coração se enterneceu" e ele se arrependeu e voltou-se para o Senhor (2 Reis 22.14-24; 2 Crônicas 34.22-28).
Deus mostrou à Hulda que Josias não seguiu os maus caminhos de seus antepassados, mas humilhou-se diante do Senhor reconhecendo a calamidade espiritual de seu povo ao tomar conhecimento do que estava escrito no livro da Lei.
Então, ela fez saber a Josias que tinha visto o seu coração sincero perante seu Deus, disse aos mensageiros do monarca que Deus viu como Josias se humilhou, ao ouvir a leitura do livro da Lei, e o juízo divino que viria sobre Judá. E, assim. É prometido que o julgamento não aconteceria em seu tempo. Ela anunciou um tempo de restauração e prosperidade para  Judá, que se daria no reinado de Josias (2 Reis 22.18-20), Disse também que Deus daria ao rei livramento e ele desceria ao sepulcro em paz (2 Crônicas 34.26-28).
Josias responde a essa palavra de graça ao redobrar seus esforços em direção ao Senhor.
A profetisa não revelou somente o juízo de Deus contra a rebeldia e o pecado,  mas também anunciou a paz para Josias, porque Deus sabe separar aquele que é bom no meio dos maus; sabe ver o justo no meio da injustiça; reconhece o caráter de homens que não se corrompem no meio da multidão dos corrompidos.

Josias reinou 31 anos, entre 640 a 609 a.C. (2 Reis 22 e 23; 2 Crônicas 34 e 35). Seu reinado finalizou subitamente quando estava com a idade de 39 anos. Ao pensar ser necessário atacar o faraó Neco em Megido, quando este marchava para Carquemis com o intento de ajudar o então decadente Império Assírio. Ali Josias morreu (2 Crônicas 35.20-24). Ele foi o último dos monarcas justos de Judá.

Reflita sobre a razão de Hulda haver profetizado um futuro de paz a Josias e a razão de ele morrer em uma guerra: Hulda profetizou falsamente?

2. Aboliu a idolatria.

Encontrado e lido, o efeito da leitura do livro foi imediato na mente do rei, do sacerdote e dos principais de Judá. Ao se deparar com a lei, se humilhou diante do Senhor, rasgando seus vestidos, numa demonstração pública de que sua intenção era buscar o perdão e auxílios divinos, com o objetivo de tirar a nação da indiferença e da iniquidade.

As mudanças numa nação ou numa igreja só têm efeito se começarem pela liderança (2 Crônicas 34.29, 30). Josias foi sábio e corajoso. Primeiramente, ele próprio fez concerto com Deus para obedecer a sua palavra (2 Crônicas 34.31). Ele entendeu que precisava dar o exemplo de liderança e, antes de propor um concerto do povo com Deus, assumiu o compromisso diante de Deus e do povo de pautar seu reino pelos mandamentos do Senhor (2 Crônicas 34.29-31).

As abominações eram os ídolos perante quem seus pais ficavam curvados, afrontando a santidade de Deus, e também as práticas abomináveis que provocaram a ira do Senhor sobre Israel e Judá, como oferecer sacrifícios humanos aos demônios, incluindo crianças inocentes.

3. Resgatou a Lei do Senhor.

Josias usou da sua autoridade respaldada na palavra do Senhor para obrigar o povo a oferecer o verdadeiro culto ao Senhor. Mandou reparar a Casa do Senhor, que tinha sido desprezada pelos seus antecessores. Depois das reformas necessárias, cumpriu o que Deus determinara. Nesse mesmo ano, conclama seu povo povo para novamente celebrar a Páscoa do Senhor em Jerusalém, com cerimônia sem igual desde o tempo de Samuel. (2 Reis 22..14-20; 2 Crônicas 34.8-1; 35.1-19).

III. HULDA É USADA POR DEUS

1. A dura mensagem de Deus.

O Senhor amava seu povo, por isso iria discipliná-lo. Deus usou Hulda para mostrar ao povo que iria derramar terrível juízo sobre a desobediência do povo. A intenção de Deus em trazer desastre sobre Judá como punição é confirmada pela serva do Senhor. Só havia uma saída capaz de fazer com que Judá escapasse do juízo iminente, o arrependimento sincero.

Segundo o livro de Deuteronômio 28, havia uma profecia proferida por Moisés sobre o povo de Israel que determinava a exaltação ou a humilhação da nação. Quando esta profecia foi proferida o povo de Israel estava próximo de entrar na terra prometida. O conteúdo do texto é claro: o sucesso da nação na nova terra estava condicionado à obediência do povo aos mandamentos de Deus (Deuteronômio 28.1-14; 29.16)
a. A Lei estava perdida dentro do próprio Templo.
b. Sua repercussão levou ao arrependimento do povo.

2. Hulda profetisa para o rei Josias.

É interessante e difícil explicar porque aquele grupo de conselheiros desconsiderou servos de Deus como Sofonias, Jeremias e Habacuque, uma vez que eram contemporâneos de Josias e já atuavam como mensageiros do Senhor. Numa época onde o santo ofício profético era exercido majoritariamente por homens, vistos como referências no ministério profético de caráter nacional,

Hulda era exceção. Talvez, os oficiais foram até ela por ser esposa  de Salum, que exercia profissão de roupeiro convivendo na corte bem próximo ao monarca. Presumivelmente, havia se estabelecido como profetisa do Senhor e era bastante reconhecida porta-voz de Deus em sua geração, era vista como confiável por todos. A sua inspiração profética é justificativa suficiente para os servos do monarca a terem procurado. Seja qual for o motivo de haver sido lembrada, sabemos que o Senhor usou esta mulher com uma mensagem contundente, que revelava o triste cativeiro de Judá, que ocorreria em 586 a.C. (2 Reis 22.14-20; 2 Crônicas 34.23).

Quanto a Jeremias, ao lado dos profetas Sofonias e Habacuque, ajudou ao rei no seu esforço de reconciliar o povo com Deus.  

3. O efeito da profecia sobre Judá e Jerusalém.

Josias percebeu a necessidade de não guardar a nova mensagem do Senhor só para si e reuniu o povo, para ouvir também à Palavra de Deus. Seguindo o estilo de Moisés, "o rei se pôs no seu lugar e fez aliança ante o SENHOR para o seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos,  e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma" (2 Crônicas 34.31.). Aquele que verdadeiramente abriu seu coração à mensagem divina, naturalmente o abrirá para compartilhá-la (Atos 4.20).

CONCLUSÃO

A descoberta do livro dá testemunho da atitude providente e soberana de Deus, cuidando da sua Palavra inspirada, protegendo-a da destruição pelos idólatras e apóstatas. Mostra a importância das Escrituras na vida pessoal e nacional (2 Reis 22.8-20).

A narrativa em 2 Crônicas 34.15 destaca a importância da Bíblia - o Livro dos livros. É necessário que cada cristão encontre este livro todos os dias e medite sobre seu conteúdo dia e noite.

É certo que a condenação cairá com a mesma força sobre o mundo impenitente dos nossos dia, tal qual houve o juízo divino sobre os israelitas em Judá, após o governo de Josias (Apocalipse 14; e 15.7-8; e 16.1-21; e  18. Um dia este mundo será completamente destruído pelos juízos divinos (Apocalipse 19.11-21; 20.11-15). Entretanto, como houve para Josias e para a nação dos seus dias um período de graça e misericórdia, assim também podemos crer que estamos vivendo em tempo de graça, que logo, logo, acabará, e então, chegará o momento em que o grande juiz universal, que hoje intercede por nós diante do Deus Todo Poderoso, se levantará do seu trono e dirá: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda e quem é santo, seja santificado ainda. E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra (Apocalipse 22.11-12).

E.A.G.

Subsídios
A Bíblia de Estudo da Mulher Sábia, pagina 521, edição 2016, Várzea Paulista - SP (Casa Publicadora Paulista).
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, página 40, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 59 a 65, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro, Elinaldo Renovato, páginas 93 a 97, 99, 100, 1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a história de todas as personagens da Bíblia, editado por Paul Gardner, páginas 385 e 386, 19ª reimpressão, São Paulo, 2005 (Editora Vida).

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Da janela de Raabe

Wilma Rejane

Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias. Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.” Hebreus 11.30,31.

Jericó situava-se em uma posição estratégica para o controle das vias de acesso que subiam do baixo Jordão até as montanhas da Judeia. Era uma das cidades-estado de Canaã com boa terra, água em abundância e muitas vinhas. Conquistar Jericó era uma das missões de Josué e ele o fez sob orientação Divina: o alto muro que circundava a cidade cai por terra após sete dias de vigília, quando o povo e os sacerdotes israelitas rodearam a cidade. Deus, miraculosamente derruba as muralhas fortificadas, abrindo caminho para Israel despojar a cidade.

Nesse cenário de conquista surge uma personagem gentia chamada Raabe, uma prostituta,  descrita em idioma original como “Zônah”. A casa ou hospedaria de Raabe situava-se em cima do muro da cidade, com  vista privilegiada e uma ampla janela que lhe permitia conhecer a movimentação local. Os espiões de Israel foram até Raabe buscar informações importantes, especialmente porque da janela de Raabe avistava-se os portões da cidade: quem entrava, saía, os horários de calmaria e de maior movimentação. E Raabe considerou os espiões, não como inimigos, mas como servos do Deus que tanto ouvira falar. Para Raabe, aqueles homens estavam em missão Divina e ela sentira-se privilegiada em poder ajudá-los.

Em vez de entregar os espiões para as autoridades de Jericó, Raabe os esconde no teto plano de sua casa, debaixo das canas de linho. Entre os meses de Março e Abril acontecia a colheita do linho em Canaã. O linho era colocado sobre o telhado para secar, após isso era usado para confecção de roupas finas. Raabe cobre os espiões com as canas de linho, depois faze-os descer por uma corda, pela janela. Raabe era uma gentia,  aliás, a primeira gentia a ser abrigada por entre o povo da promessa. A cidade de Jericó foi destruída, incendiada, toda a população dizimada, aquele território ficou como um deserto, mas um remanescente fora salvo por causa da fé de Raabe. 

Fico imaginando o extenso muro de Jericó derrubado  e apenas uma ínfima parte dele, a que sustentava a casa de Raabe de pé, uma janela e um cordão cor escarlata pendurado. Não é maravilhoso saber que os anjos de Deus preservaram a casa de Raabe? Enquanto tudo desmoronava havia um lugar guardado por Deus que não fora abalado, em nome da fé de uma simples mulher , e, claro; da fidelidade de Deus.

Da janela de Raabe

Aquele cordão escarlata era o fio de esperança, o sinal da graça, do amor, do perdão, do encontro com Deus. Da janela de Raabe ela via pessoas, ouvia histórias, quem sabe, buscava a Deus em oração, afinal, Raabe nutria em seu coração a certeza de que havia um Deus real e distinto dos deuses de Canaã: “Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito, e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, a Siom e a Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes. O que ouvindo, desfaleceu o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor vosso Deus é Deus em cima nos céus e em baixo na terra.”Josué 2.10,11. E um dia aquele Deus vai a seu encontro.

Por que aquela corda era escarlata? Não podia ser a mesma corda comum usada pelos espiões para fugir pela janela? Não, não podia. Aquela corda tinha a cor do sangue, era como o sinal nas portas dos israelitas por ocasião da Páscoa, do Êxodo do Egito. Aquela corda era o “tiqvah”, um nome autêntico para esperança. Vejam o que diz o dicionário Bíblico Strong sobre a corda escarlata pendurada na janela de Raabe.

“ Tiqvah = esperança. Vem do verbo gavah que significa 'olhar esperançosamente numa direção particular, esperar por'. Raabe foi instruída a pendurar uma tiqvah em sua janela, pois essa palavra também é usada para designar corda, linha”. (Strong 08615).

 Raabe:

- Recebeu os espiões
- Fez aliança com eles
- Guardou segredo
- Reuniu a família
-Amarrou o cordão escarlata na janela

Essa sequência também pode ser traduzida da seguinte forma:

- Raabe recebeu a Palavra de Deus
- Creu em Suas promessas
- Guardou-as em seu coração
- Proclamou-as aos seus parentes, intercedeu por eles.
- Se refugiou em Cristo Jesus, a viva esperança de Israel e também dos gentios.
- Foi salva

A queda de Jericó é uma história triste, pois, muitas pessoas morreram em seus pecados e a cidade ficou desabitada por muito tempo: a terra se tornou infértil e as águas amargas, o lugar viveu seu apogeu e também seu infortúnio (Josué 6.26 e 1 Reis 16.34). Anos depois de Raabe, o profeta Eliseu cura as águas de Jericó derramando sal sobre elas (2 Reis 2.19-21). Aprendo que a graça e a misericórdia de Deus trabalha em meio ao caos. Deus restaura o que se perdeu e em meio ao que se perde restará sempre um fio de esperança.

Que Deus nos abençoe.

Bibliografia:
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Plenitude, Tradução João Ferreira de Almeida, São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1995. 
ALLEN. Clifton. Comentário Bíblico Broadman. Tradução de Artur Antony Boorne 2. ed. rio de Janeiro. JUERP, 1994, v 2, 552 p. 

domingo, 2 de abril de 2017

Jesus vive! O verdadeiro significado da Páscoa em ilustrações


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Páscoa qual é o significado dela para você?

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A Páscoa é apenas um período do ano para você saborear chocolate, vendidos em embrulhos coloridos?

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Não é preciso sofrer, deixar de comer os ovos de chocolate, sentir a vontade e não se satisfazer. Além de saborosos, os ovos são alimentos nutritivos também. 

Então, coma-os em família e agradeça a Deus por esta comida prazerosa. 

Mas...

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Jamais se esqueça que a Páscoa celebra a libertação.

Primeiro a liberdade do povo judeu,
 que escapou da escravidão no Egito através do socorro de Deus.

 Depois, a oportunidade da humanidade experimentar a plena libertação das guarras do diabo.

Todas as almas que reconhecem a Jesus Cristo como Salvador e Senhor estão livres da escravidão diabólica. 

Confira na Bíblia: João 3.16; Atos 4.12.

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Aproveite essa ocasião para desfazer as mentirinhas. 
Coelhos botam ovos de chocolates? 

Não iluda as crianças com essa estória sem nexo.

"Quem diz a verdade manifesta a justiça"
(Provérbios 12.17)

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Jesus disse para Nicodemos:

"Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo".
 (João 3:7)

O renascimento da fé é uma figura de linguagem, que significa mais do que crer em Deus, é viver com Ele e para Ele, sabendo que depende dEle para estar vivo, ativo, saudável, inteligente, feliz de verdade e pronto para ir morar no Céu.

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Jesus ressuscitou para eu e você renascêssemos em Cristo!

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo".
(2 Coríntios 5:17)


Apesar dessa verdade, não deixe as crianças (e os comerciantes) infelizes nesta data.
Compre os ovos e conte-lhes e verdade da Páscoa.

E aproveite para lembrá-los que Deus é o Criador de tudo o que existe.

Deus nos fez, fez os coelhos, fez o Cacaueiro, árvore de onde os fabricantes encontram o produto para produzirem essas maravilhas em pó, em formas de barras e formatos ovais!

 Eliseu Antonio Gomes / Neiva Silva

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Qual o significado para a Igreja, hoje, da festa do pentecoste?

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Antes de qualquer explicação sobre o povo pentecostal e suas práticas, é importante ponderar na relação existente entre o Espírito Santo e o termo "Pentecostes". A maioria dos pentecostais sabe que esta palavra é de origem grega, cujo significado é "cinquenta", pelo fato deste evento ocorrer cinquenta dias após a Páscoa. Os outros nomes da cerimônia, são: festa dos primeiros frutos ou das primícias. O evento tratava-se de uma das sete festas comemoradas pelos judeus, sendo a quarta delas. As festas eram; Festa da Páscoa; Festa dos Pães Asmos; Festas das Primícias; Festa do Pentecostes; Festa das Trombetas; Expiação e Tabernáculos.

Sobre o Pentecostes no Antigo Testamento a respeito: "Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao SENHOR. Das vossas moradas trareis dois pães para serem movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se cozerão; são primícias ao SENHOR. Com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR. Também oferecereis um bode, para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano, por oferta pacífica. Então, o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR, para o uso do sacerdote. No mesmo dia, se proclamará que tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as vossas moradas, pelas vossas gerações" - Levíticos 23.15-21.

Os sete cordeiros significavam uma oferta perfeita, total e voluntária; o novilho é o símbolo da mansidão e do serviço; e os dois carneiros uma maior convicção do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz do Calvário.

Como o Espírito Santo desceu sobre os quase 120 irmãos que aguardavam a sua vinda, segundo a promessa feita por Jesus, no dia em que a cidade de Jerusalém comemorava o Dia de Pentecostes, tal acontecimento ganhou este apelido, identificando-se com ele apenas no calendário (Lucas 24.49; Atos 1.8; 2.1, 4). Assim, a partir do Novo Testamento, Pentecostes passou a significar  unção, capacitação, poder.

O termo mais apropriado para definir os pentecostais seria "carismáticos", por acreditarem na atualidade dos dons do Espírito Santo. Contudo, o termo já foi consagrado pelo uso, buscados e experimentados pelos "pentecostais" desde o dia em, atendendo à pregação de Pedro, houve a primeira colheira de almas para Cristo, quando três mil pessoas se converteram.

Jesus foi ungido com poder para o desempenho de sua missão, conforme anunciou o profeta: "O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram" - Isaías 61.1-2.

E.A.G.

Artigo contendo extratos resumidos, de:
Mais de 201 Respostas para o seu Enriquecimento Espiritual e Cultural, Abraão de Almeida, páginas 151 e 152, 1ª edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD).
Teologia para Pentecostais, volume 2, Walter Brunelli, páginas 221-223, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro, Central Gospel.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A evangelização urbana e suas estratégias

Por Eliseu Antonio Gomes

"Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles" - Mateus 11.1.

A palavra "cidade" origina-se do vocábulo grego "polis". E dessa provém o nome que emprestamos  ao ofício política - que deveria sempre promover o bem comum de toda a sociedade, mas nem sempre é assim. Embora "política" seja  a arte e a ciência de governar, muitas vezes, ela não parece nem humana, nem exata e muito menos bonita. E por este motivo, os cristãos precisam incluir no exercício da política gente que a exerça tendo em seu coração virtudes indispensáveis, que são: amor a Deus e ao próximo, moral irrefutável e comprovada vocação para administrar a coisa pública.

A salvação pela graça
Arlindo, o evangelista
Existem evidências de vida após a morte?
Diga não às drogas
O nome de Deus
Os verdadeiros sábios
Salvação e Livre-Arbítrio

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Deus, o primeiro evangelista


EBD - terceiro trimestre de 2016. CPAD - O Desafio da evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas Novas a toda criatura - Claudionor de Andrade. Lição 2: Deus, o primeiro evangelista
Por Eliseu Antonio Gomes 

Faz todo sentido dizer que Deus foi o primeiro evangelista da História, pois a primeira iniciativa de se revelar ao homem foi exclusivamente dEle. Foi Deus, que deu início ao trabalho de evangelização. É por isso que a Bíblia, ao contrário de todos os os outros livros sagrados, é lida e relida, sem jamais deixar de ser atraente.

Deus se compraz em anunciar as Boas-Novas à humanidade caída e carente de sua graça. Ele proclama, quer pessoalmente, quer através de seus profetas e apóstolos, a Salvação a todos os povos da Terra. Até mesmo em seus juízos, entrevemos o inexplicável amor, que o constrangeu a entregar o Filho Unigênito a morrer em nosso lugar.

De Adão, o primeiro homem, a Abraão, o primeiro patriarca dos hebreus, temos uma pausa de aproximadamente dois mil anos. Nesse período, o Reino de Deus parecia engolido pelo império de Satanás. Todavia, como um dos atributos de Deus é o amor pela humanidade, o que fez com que Ele se tornasse o primeiro evangelista, o Evangelista Eterno estava apenas preparando o caminho de seu Filho que, decorridos mais de dois milênios, haveria de nascer em Belém de Judá. Desta maneira, o Senhor foi à busca do homem perdido.

Na passagem bíblica de João 5.17, lemos que Jesus afirmou que o Pai trabalha até agora e que Ele trabalha também. Mas qual é o trabalho do Pai? Não é criar, pois tudo o que havia de ser criado, já o foi. Neste momento, Deus não não mais anuncia pessoalmente o Evangelho, como fez no Éden e ao patriarca Abraão. Entretanto, não cessa de abrir portas, abençoar missões e missionários. Por intermédio de mim e de você, expande as fronteiras de seu Reino.

A Palavra de Deus é evangélica

Nenhuma outra escritura é tão linda quanto a Bíblia. Nenhum profeta é citado como Moisés. Quanto a Jesus Cristo, nosso Senhor, nenhum ser humano é tão evocado quanto Ele.

A Bíblia não se limita a conter a Palavra de Deus. Ela é a Palavra de Deus que evangeliza e redime o pecador, quando-o às regiões mais celestes (Efésios 2.6). Todas as vezes que a Sagrada Escritura é lida, ouve-se o próprio Deus evangelizando. Por isso, quem rejeita o Filho, rejeita o Pai.

A Bíblia Sagrada é o livro de Deus, uma coleção de livros essencialmente evangélicos. Do Gênesis ao Apocalipse, temos uma proclamação evangelística que, tendo início na criação, vai até a consumação de todas as coisas, inaugurando o Novo Céu e a Nova Terra. Do primeiro ao último livro do cânon, Jesus é apresentado  como o Cristo prometido pelo Pai aos patriarcas e santos profetas.

A história do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), dos Escritos (Josué a Cantares) e dos Profetas (Isaías a Malaquias), que formam o cânon do Antigo Testamento, é a extensão dessa Aliança de Deus com Abraão - essa é uma das razões pelas quais o Antigo Testamento é indissolúvel do Novo. Nesse sentido, além de Abraão e Moisés, a história de Israel, sua poesia e seus escritos proféticos são comprometidamente evangélicos, haja vista a exposição messiânica que o Divino Mestre explanou aos discípulos no caminho de Emaús (Lucas 24.13-35).

Em Gênesis, ainda no Jardim do Éden, o Senhor trata Adão e Eva com amor e misericórdia, após a queda do casal. Substitui os seus andrajos de figueira por pele de um animal vicário como roupa. Não bastasse tanto cuidado e afeição, anuncia-lhes o proto-evangelho, destacando a redenção da humanidade (Gênesis 3.15; 12.1-2). Proclama aos nossos pais, a vinda da semente da mulher, que haveria de pisar a cabeça de Satanás. Mais tarde, ao convocar Abraão à verdadeira fé, promete-lhe que, através de sua geração, seriam abençoadas todas as nações da terra.

No Êxodo, a Páscoa ilustra não apenas a liberdade de Israel, mas também a libertação de todos os que, em todos os lugares, recebem o Cordeiro de Deus como o seu Salvador (Êxodo 12.1-28; 1 Coríntios 5.7; 1 Pedro 1.19).

Em Deuteronômio, 18.15, Moisés fala abertamente sobre o Messias que havia de vir: "O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás."

A fase mosaica enriqueceu a religião dos israelitas de muitas maneiras, tornando-a uma religião de redenção milagrosa, monoteísmo positivo, consagração devotada, ética, dinâmica, fé responsável, amor e obediência, culto organizado, lei em comum e uma grande esperança. Embora ela não acrescentasse muitas referências à universalidade, enfatizava o caráter inclusivo no prelúdio memorável que precede a inauguração de Israel como uma nação, a realização do Decálogo e do pacto.

Em Apocalipse, o Espírito Santo revela a João que o Senhor, para redimir-nos, não morreu apenas no tempo. Na presciência divina, o Cordeiro de Deus já estava morto antes mesmo dos eventos registrados em Gênesis (Apocalipse 13.8). Nossa redenção, por este motivo, transcende o tempo e os eventos da criação; é eterna (Hebreus 9.12). Portanto, quando ainda não havia pecado e pecadores, o amoroso Deus já tinha estabelecido as bases da nossa salvação.

Na chamada de Abraão tem início o Evangelho de Jesus Cristo

Abraão iniciou sua vida em Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, e dali mudou-se com a família para Harã. As duas localidades concentravam pessoas idólatras, acostumadas a cultuar a Lua.

Ao chamar Abraão, Deus evangelizou-o, conforme enfatiza o apóstolo Paulo: "Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos" - Gálatas 3.8. Na ocasião em que o patriarca ouviu a promessa, que inclui o mundo inteiro, relatada em Gênesis 12.3, talvez ele ainda estivesse em Ur dos caldeus. É a promessa mais completa, são repetidas em Gênesis 18.19; 22.19; Atos 3.25).

Abraão ouviu o anúncio do EvangelhoQuando o patriarca ouviu a voz de Deus, que o convocou a peregrinar numa terra desconhecida e distante, afastar-se da sociedade pagã em que morava, ele saiu, pela fé, em busca de uma terra divinamente prometida à sua descendência, um lugar que Deus haveria de lhe mostrar.

O chamamento do Todo-Poderoso não queria trazer privilégio e favores para Abraão e seus herdeiros. O propósito era, a partir dele e dos seus descendentes, preparar o mundo para a chegada do Messias. Assim como Deus não chama seu ministro apenas para o bem do ministro, mas objetivando o bem da consagração, da comunidade e do mundo, Deus não chamou Abraão visando somente o seu bem-estar.

Evangelizado, Abraão fez-se evangelista e passou a apregoar o conhecimento divino (Gênesis 20.7). Implantou a genuína fé, ensinando seus contemporâneos  a adorar ao único e Verdadeiro Deus. Através dele, o povo hebreu passou a viver como o povo escolhido de Deus para proclamar o Salvador às nações e as virtudes do Altíssimo, conforme atestam as Escrituras Sagradas.

Antioquia, a Igreja missionária

Três fatores levaram Antioquia a ser conhecida como a Igreja Missionária por excelência: doutrina, testemunho e oração.

O testemunho do crente antioquiano era tão poderoso, que levou os incrédulos a apelidarem aquele povo de cristãos. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Além disso, levemos em conta o preparo bíblico-teológico daquela igreja que, em seu ministério, havia ali não apenas evangelistas, mas também  apóstolos, profetas, pastores e mestres. E para completar, a congregação de Antioquia era composta de membros que oravam constantemente em favor dos missionários que enviava ao campo de missões.

Deus exige de cada crente uma atitude evangelística responsável e amorosa

Há inúmeros grupos sociais que são desafiadores no que diz respeito a evangelização. Jesus ordenou-nos a pregar o Evangelho a toda criatura. Assim sendo, se desprezarmos algum grupo, deixaremos de cumprir a Grande Comissão.

Quando estudamos a Palavra, percebemos que Jesus não esperava as pessoas irem até Ele, Ele é quem ia em direção aos necessitados. Então, como sua Igreja, devemos focar em iniciativas evangelísticas. Precisamos pensar: "Onde estão os mais necessitados, nos hospitais?"; "Nos presídios?"; "Nos Centros de Recuperação para Menores Infratores?". E, onde estão os mais necessitados nós devemos ir para anunciar o Evangelho de Cristo e levar o ensino da Palavra. Existem muitos necessitados de aprendizagem espiritual, pessoas não salvas que precisam ter um encontro com Jesus, saber que são amados por Deus e por nós, os cristãos, entender claramente o Plano da Salvação.

A fé no Deus único e Verdadeiro não pode circunscrever-se a uma nacionalidade, deve ser proclamada a todos, em todo lugar, em todo o tempo e lugar, por todos os meios. A fé não pode ser restringida a um território, a uma cidade, a um santuário, a um objeto sagrado. O Deus de Israel é o Deus de todos os povos, porque sua é a terra e a sua plenitude, portanto, o Evangelho de Cristo é de alcance universal. Transcende os olhos; transcende a família, transcende a etnia (Gálatas 3.26-28; Mateus 12.49-50; Atos 10.15).

Conclusão

O amor de Deus é incondicional,  toda a sua palavra é amorosamente evangelizadora. Precisamos amar as pessoas como Ele nos amou, desejar a elas aquilo que queremos para nós. Se desejamos que toda nossa família seja salva e nos esforçamos para isso, precisamos também nos esforçar para que outras famílias conheçam o amor de Deus e sejam alcançadas pela sua graça. A evangelização mundial é a tarefa intransferível da Igreja de Cristo, pois por meio da Igreja a Palavra de Deus alcança os confins da terra. Somente nós, cristãos, poderemos executá-la. Seguindo o exemplo do Senhor dos Céus e da Terra, proclamemos com zelo o Evangelho de Jesus Cristo.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, páginas 23, 24, 26, 31, 37; ano 17, nº 67, julho-setembro de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições Bíblicas - O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 11 a 16; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 19-27; 1ª edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

sexta-feira, 17 de junho de 2016

O Pentecoste

O Pentecoste. Por Tânia Guahyba.

O Pentecoste. Por Tânia Guahyba.


Por Tânia Guahyba

Pentecostes (em grego antigo: πεντηκοστή [ἡμέρα], pentekostē [hēmera], "o quinquagésimo [dia]") é uma das celebraçőes importantes do calendário cristão, e comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo.

O Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no décimo dia depois do dia da Ascensão de Jesus

Pentecostes é histórica e simbolicamente ligado ao festival judaico da colheita, que comemora a entrega dos Dez mandamentos no Monte Sinai cinquenta dias depois do Êxodo.

Para os cristāos, o Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Cristo, através do dom de línguas, como descrito no Novo Testamento, durante aquela celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém. Por esta razão o dia de Pentecostes é às vezes considerado o dia do nascimento da igreja. O movimento pentecostal tem seu nome derivado desse evento.

 Bem, tudo isto acima você pode ler na Wikipédia ou em qualquer livro de Teologia. O que nos importa é o que está na Bíblia:

"E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua." - Atos 2.1-6

 Vendo estas duas imagens me é possível fazer um paralelo (creio que no Espírito).

Todo aquele que se aproxima de Deus por obediência, por verdade, com sinceridade - nunca mais será o mesmo. A Bíblia diz que o rosto de Moisés brilhava tanto a ponto dos outros não conseguirem olhar para o seu rosto.

No Livro de Atos, aquelas pessoas estavam buscando ardentemente a promessa de Jesus e ela veio: o Espírito Santo desceu sobre ele de maneira sobrenatural (como no monte com Moisés) e todos falaram em outras línguas a ponto dos estrangeiros entenderem o que o ESPÍRITO SANTO estava lhes falando.

Foram edificados tanto os que receberam o Dom, como os que os que observavam.

Não vou entrar em detalhes, mas me corta o coração ver o que muitos têm feito com o DOM que o Senhor lhes deu... a Igreja está em crise, e crise de caráter é o que está afetando o carisma...

Fico imaginando que se eu , mera mortal pecadora, estou tão triste pelos rumos que alguns estão indo, imagino o Pai, o Filho e o Espírito Santo! E esta tristeza muitas vezes tem conseguido apagar o brilho do Espírito em nós.

Só peço uma coisa ao Senhor no dia de hoje - Pentecostes - aviva de novo o teu Espírito em mim, em nós. Ajuda-nos a continuar de pé até a Tua volta, Senhor. Tem misericórdia de nós!

Toda glória a Deus!