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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Maria, mãe de Jesus - uma serva humilde

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A maternidade é um privilégio caloroso. Humilde e agradecida como era, Maria não se via merecedora da nobre missão de dar á luz ao Filho de Deus.

Segundo os estudiosos, Maria aparece 150 vezes ao longo do Novo Testamento. Porém, o livro de Lucas é o Evangelho que mais a menciona, pois das 150 vezes citada no Novo Testamento, 90 vezes Maria está presente no Evangelho do autor gentílico.

Ela ocupa  uma posição de destaque entre os personagens bíblicos, e da história humana. É quase tão bem conhecida  como a criança que concebeu.

I - MARIA, A MÃE DE JESUS

É importantíssimo analisar o perfil de Maria, mãe de Jesus, a partir das descrições que encontramos sobre ele na Bíblia Sagrada.

1. Quem era Maria.

O nome Maria era muito muito comum em seu tempo. Deriva do nome hebraico Miriã, fazendo alusão à irmã de Moisés. Este nome alvo de grande consideração nos países cristãos, atualmente, talvez, seja um dos nomes mais comuns em muitos lugares.

Não há registro bíblico de quem foram os pais de Maria. Sem qualquer respaldo da Bíblia, a tradição católica afirma que foram São Joaquim e Santa Ana. Era da descendência do rei Davi (Mateus 1.1, 6; João 7.41, 42; Romanos 1.3). Sendo ela prima de Izabel, e sendo esta da tribo de Levi, chegamos à conclusão de que sua linhagem está ligada ao sumo sacerdote Arão (Lucas 1.5).

Embora a jovem Maria, de Nazaré, possuísse todas as características que, aos olhos das pessoas da época, fariam com que ela parecesse inapta para realizar qualquer tarefa para Deus, teve o privilégio único de ser a mãe do Filho do Altíssimo, porque Deus não olha para a nossa aparência ou poder social. Ele olha para o interior. E viu que Maria tinha um caráter ilibado.

Maria era uma virgem (em grego "parthenos"). Estava comprometida em se casar com José quando atingisse a maioridade, por meio de um contrato matrimonial. Conquanto a relação sexual não fosse permitida nesse tipo de relacionamento, era como se Maria estivesse "casada" com José.

Ela foi o único ser humano presente no nascimento de Jesus que testemunhou sua morte. Ela o viu chegar, como o seu bebê, e o viu morrer, como seu Salvador.

2. Suas qualidades e seu caráter.

Maria é uma das figuras mais proeminentes  da Bíblia. Sua vida foi caracterizada pela fé, humildade e obediência à vontade de Deus. Ela foi escolhida para ser a mãe do Salvador por decisão divina, sendo que o que motivou tal escolha foi suas características morais e espirituais:
• Era virgem (Lucas 1.26, 27);
• Era agraciada e mantinha sua comunhão com Deus (Lucas 1.28).
II - A ELEVADA MISSÃO DE MARIA

É importantíssimo conhecer e saber explicar a elevada missão da mãe de Jesus Cristo, a partir do que a Bíblia Sagrada revela sobre isso.

1. Deus a escolheu para ser a mãe do Salvador.

A glória da vinda de Deus em carne exigia um milagre como o nascimento virginal para indicar a coisa poderosa que Deus estava fazendo por nossa salvação. Em se tratando da fecundação e nascimento de Jesus, houve o extraordinário poder divino em ação, que não se ajusta ao padrão natural da gravidez de nenhuma mãe na história da humanidade. Deus fez com que Maria engravidasse na ausência completa de um pai humano. O nascimento de Cristo é um acontecimento introdutório à salvação dos remidos e ao julgamento final.

Maria, mãe de Jesus, foi a escolhida, dentre tantas mulheres de Israel que aguardavam a promessa divina, para gerar, pelo Espírito Santo, o Filho de Deus. Ela não somente deu à luz o Salvador, como mãe esteve presente em todas as fases da vida do Filho.

2. O anúncio de que seria a mãe do Salvador.

Maria ainda era uma menina quando foi chamada para a nobre missão de conceber o Messias. Ela se colocou submissa à vontade divina, mostrando o quanto confiava e amava o Senhor. Ela não pensou o que poderia acontecer com sua reputação, mas se entregou totalmente aos planos do Pai.

Maria achou que a visita inesperada de Gabriel foi desconcertante e assustadora, a princípio, porém, o que ela ouviu a seguir foi a notícia mais espantosa: seu filho seria o Messias, o Salvador prometido de Deus. Ela não duvidou da mensagem, contudo perguntou como seria possível a gravidez. Gabriel lhe disse que o bebê seria Filho de Deus.

Ela teve dificuldade de entender o que o anjo lhe contou. Seu casamento com José não fora consumado fisicamente. Sendo virgem, não tem ideia de como poderia ter um filho. Gabriel diz que o nascimento de Jesus será provocado pela vinda do Espírito Santo sobre ela e pela sombra do poder de Deus.

Lucas tipicamente vincula o Espírito Santo com o poder de Deus. O verbo "descer" (eperchamai") em Lucas 1.35 também é usado para referir-se à promessa do Espírito Santo que vem sobre os discípulos no Dia de Pentecostes (Atos 1.8). A sombra (episkiazo) diz respeito à presença de Deus, nos faz lembrar da nuvem que deu sombra como sinal da presença divina na transfiguração (Êxodo 40.35; Lucas 9.34).

A resposta de Maria para Gabriel foi perfeita, quando este lhe informou que era a escolhida para gerar o Messias: "Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra (Lucas 1.38).

Em Lucas consta o cântico de Maria quando da anunciação da vinda do Salvador por intermédio do anjo Gabriel, Magnificat (1.46-55). O canto mostra, além da alegria, como ela conhecia bem a Deus, pois seus pensamentos se encheram de palavras do Antigo Testamento. Este louvor possui beleza poética, é musical e essencialmente espiritual. É a expressão humana de agradecimento pelo presente recebido pelo privilégio de gerar o Salvador.

3. Maria, mulher e mãe.

Quando Maria levou o menino Jesus, aos oito dias de idade ao Templo, para ser consagrado a Deus, encontrou  duas pessoas devotas, Simeão e Ana, que reconheceram a criança como o Messias e louvaram a Deus. Simeão dirigiu a Maria algumas palavras que ela deve ter recordado muitas vezes, nos anos que se seguiram: "uma espada também transpassará a tua própria alma (Lucas 2.35). Uma grande parte do seu doloroso privilégio da maternidade seria ver seu filho rejeitado e crucificado pelo povo que Ele tinha vindo para salvar. Podemos imaginar que, mesmo que ela tivesse sabido tudo o que iria sofrer, como mão de Jesus, ainda teria oferecido a mesma resposta de prontidão: "ei-me aqui".

III. O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO

É importantíssimo conhecer qual é o papel de Maria no plano da salvação, e ater-se às informações que a Bíblia Sagrada nos oferece sobre este assunto.

1. Maria deu à luz "a semente da mulher".

Muito antes do advento do Éden, o Criador tinha em mente um Vencedor para a raça humana. A "semente da mulher" que é o Salvador prometido - o Deus que se fez ser humano, Jesus Cristo. Esta semente feriu a cabeça da serpente, venceu o pecado que o diabo trouxe ao mundo.

Em Gênesis 3.15, Deus disse à serpente: "A semente da mulher te ferirá a cabeça". Este versículo de Gênesis é chamado de "proto-evangelho, pois contém uma promessa de esperança e salvação. Sobre Compare a referência de Paulo, em Romanos 16.20 sobre esta passagem, note que a serpente só poderia ferir o calcanhar da "semente da mulher". De fato, "ferir a cabeça" não é uma expressão forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. O esmagamento da cabeça leva à morte enquanto que um calcanhar  ferido pode ser curado. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre;

2. Maria não é redentora.

Considerar Maria num papel que não lhe foi destinado por Deus é incorrer no pecado da mariolatria.

Nos primórdios da Igreja, não havia qualquer menção a outro papel de Maria, a mãe de Jesus, a não ser a elevadíssima missão de ser a mãe do Salvador. Ela própria jamais reivindicou para si nenhuma honraria ou adoração. Nos ensinos do Novo Testamento, não existe nenhuma base para considerar Maria como redentora ou como mediadora entre Jesus e os homens, como ensina a igreja católica. Tal declaração, aceita como dogma, é perigosa; pois a Bíblia diz que "por amor de vós, para que, em nós, aprendais a não ir além do que está escrito" (1 Coríntios 4.6).

A declaração bíblica é direta, incisiva e contundente sobre quem é o salvador: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" - João 3.16-18.

3. Maria não é mediadora.

Em decorrência do dogma da imaculada conceição de Maria, que difunde a ideia de que a "mãe de Deus" foi concebida sem pecado, os católicos romanos entendem que ela tem méritos para ser intermediária entre os homens e Jesus, e se prostram em adoração a ela.

A oração mais conhecida no catolicismo, a Ave Maria, reforça a ideia de que Maria é mediadora e intercessora. Diz: Ave Maria, mãe de Deus, rogai por nós, agora, e na hora de nossa morte, amém". Se tal condição atribuída a Maria fosse um fato, o Espírito Santo não o desprezaria e determinaria que fosse incluído no texto bíblico.

A Bíblia é claríssima como a luz do dia com relação ao relacionamento do homem com Deus exclusivamente através de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não existe suporte bíblico para aceitar que Maria é mediadora entre Deus e os homens..
• Jesus é o único e exclusivo mediador; esse papel é exclusivo de Cristo, nosso Senhor
 (1 Timóteo 2.5).
• Somente Jesus tem o direito e a autoridade para interceder pelos salvos, porque Ele, somente Ele, morreu na cruz para nos salvar (Romanos 8.34).
• O único sumo sacerdote pelo qual podemos chegar a Deus é Jesus Cristo (Hebreus 7.24, 25). 
Sem nenhum respaldo bíblico, a doutrina católica ensina que Maria ressuscitou ao terceiro dia como Jesus; e foi levada ao Paraíso como Jesus; e, tem um trono à mão direita do seu Filho. Caso isso tivesse base nas Escrituras, teríamos que considerar que não há Trindade, mas Quaternidade.

Baseado em Lucas 1.48 ("porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada") o catolicismo romano ensina que Maria merece um culto especial, intitulado hiperdulia - que é superior a dulia (veneração às demais criaturas; anjos e santos) e inferior à latria (adoração devotada somente a Deus). Maria não reclama qualquer tipo de veneração ou honra.

É digno de nota que o versículo 42, deste mesmo livro e capítulo, descreve a mãe de Jesus como "bendita és tu entre as mulheres". A posição "entre" significa parte de uma totalidade, inclusão de pessoas e coisas em um determinado lugar; não quer dizer que está acima. Não existe qualquer base bíblica para que lhe rendamos culto ou adoração.

Habacuque 2.4 resume a mensagem que o profeta recebeu do Senhor: "o justo pela sua fé viverá". Embora este versículo não mencione o juízo explicitamente, o restante do capítulo desenvolve as consequências do pecado (2.6-20). Além disso, o capítulo esclarece o que significa ser justo. A pessoa justa não se embriaga, não se afunda em dívidas, não é dada à violência, não rouba, não é sexualmente imoral, e não é idólatra.

Devido ao equívoco de a igreja romana prestar culto e venerar Maria, caindo na "mariolatria", há outro exagero no meio evangélico que representa o quase silêncio em relação à mãe do Salvador. Não se deve cultuar e venerar Maria, porém, também não se deve ignorá-la e esquecê-la.

CONCLUSÃO

Não se pode negar a honra e os privilégios que o Altíssimo concedeu a Maria de Nazaré para ser mãe do Filho de Deus, encarnando em seu útero. Como a única mulher no mundo que foi escolhida pelo Criador para ser a mãe de Jesus, Deus que se fez homem para salvar o ser humano, merece todo respeito, honra e reconhecimento de seu papel no plano divino em relação à humanidade.

Na presciência de Deus, ela já era "a semente da mulher" (Gênesis 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, que é o diabo. Ela foi a única que concebeu pelo Espírito Santo.  Mas, a ela não se deve render culto, conforme recomenda Jesus (Mateus 4.10).

A Bíblia e as mulheres
Maria foi virgem por toda a sua vida, ou não?
Onde está Jesus? Uma reflexão em Lucas 2.41-52
O espetacular e humilde nascimento de Jesus
O nascimento de Jesus
O que a Bíblia fala sobre anjos, arcanjos, querubins e serafins
Padre Reginaldo Manzotti e a idolatria usando estátua que católicos aceitam como a representação de Maria, a mãe de Jesus

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Defesa da Fé, questões reais, respostas precisas, fé solidificada, página 1426, edição 2010, Rio de Janeiro (CPAD)
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, páginas 32 e 41, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 76 - 80, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro, Elinaldo Renovato, páginas  112 a 127,  1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
1426

A vida cristã autêntica e as heresias inseridas no estilo de vida do cristão evangélico

É sempre importante abordar o assunto "heresia"/"herege". Este tema é bastante profundo. Mais do que aquela ideia de sectarismo eclesiástico.

A regra de fé, conduta e ensino, do cristão autêntico é a Bíblia Sagrada. O cristão autêntico segue as diretrizes bíblicas. Vive a vida cristã com sinceridade, pois apenas ela é a sua autoridade máxima, que aponta o que é correto e o que é pecado.

Em outras palavras, ele é o extremo oposto do herege. Todo aquele que ama a Deus de verdade, aceita a Jesus em seu coração como Senhor e Salvador, e coloca-o acima de tudo e todos.

Quanto ao herege, sua filosofia herética faz com que ame a Deus apenas de lábios (porque este discurso lustra sua imagem). mas não prática este amor. Mesmo que seja religioso ao extremo, não se importa em deixar de amar o próximo como a si mesmo. Ao buscar relacionamentos - mesmo que inconscientemente -, age com o propósito de ser beneficiado pelas pessoas que tem em sua volta, não se esforça para ser o agente beneficiador. Se fizer o bem, quererá algo em troca.

A religião verdadeira
Apologista cristão ou apologeta cristão. O que é isso?
E.A.G.

Fé como um grão de mostarda – parte final


Por Marcel Malgo


Lembremos de 1 João 5.4: "porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé!. Que fé é essa que vence o mundo? É uma fé poderosa, forte, que supera tudo? De modo algum! A fé que vence o mundo é a fé singela, que muitas vezes não se sente; é a fé sacudida e posta à prova, mas assim mesmo firmada no sangue reconciliador e salvador de Jesus Cristo. Essa fé não se apóia no que sentimos ou percebemos, mas naquilo que sabemos, que Jesus venceu o mundo (João 16.33 b), e que de fato somos filhos de Deus. Essa é a fé que remove montanhas!

Como seria bom se compreendêssemos hoje o que significa de maneira bem prática nos contentarmos com a fé simples como um grão de mostarda. Então muitos de nós mudariam totalmente sua vida espiritual teimosa e pouco inteligente. Que de uma vez por todas reconhecêssemos que o caminho da fé é simples; que não se trata de fazer grandes esforços espirituais, porém simplesmente de confiar naquilo que nos é oferecido em Cristo.

Grandes resultados da fé como um grão de mostarda


Em Isaías 42.3 a, está escrito: "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega". Esta é uma profecia messiânica que é confirmada no Novo Testamento (Mateus 12.20) de uma maneira direta em relação a Jesus Cristo, já se tornou grande fortalecimento para muitos filhos de Deus. Entretanto, essa palavra também é uma figura de uma pessoa que possui fé como um grão de mostarda, pois a cana quebrada ainda não foi esmagada, está apenas quase partida, e uma torcida que fumega ainda não está totalmente apagada. Nesse sentido, esta palavra aponta para a fé mais pequena possível que uma pessoa pode possuir, a fé como de um grão de mostarda.

Você compreende o que o Senhor quer dizer com isso? Talvez você leia esta mensagem com o estado interior de uma "cana quebrada" ou de uma "torcida que fumega". Talvez sinta-se interiormente fraco e miserável, e em seu interior só resta uma fé ínfima, do tamanho de um grão de mostarda. Você se sente assim porque diante da alma se amontoam grandes montanhas de angústias, preocupações e problemas. Todavia, agora, escute bem: o fato de você se sentir como uma "cana quebrada" ou uma "torcida que fumega" prova que em você ainda existe algo. Uma cana quebrada ainda não está amassada e uma torcida que fumega ainda não está apagada. Apesar de todos os montes de dificuldades que talvez neste momento existam à sua frente, você ainda tem uma centelha de fé. e é justamente isso que você tem que ativar agora, uma vez que Jesus diz: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível".

Todos esses montes, problemas e dificuldades podem ser "lançados no mar" se você ativar e aplicar sua pequena fé. Em outras palavras, isso acontece se você simplesmente vier agora a Jesus como você é, embora sua fé seja como um grão de mostarda. Ele não "esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega". Pelo contrário, no Salmo 34.18 está escrito: "Perto está o Senhor dos que têm coração quebrantado e salva os de espírito oprimido".

Uma coisa, contudo, você precisa fazer: você - "a "cana quebrada" e "a torcida que fumega" - tem que buscar a Jesus. Com isso você torna ativa a sua fé como um grão de mostarda. E por meio disso você terá condições de "lançar no mar" todos os montes, preocupações e problemas. Incentivo você a vir ainda hoje, agora, a Ele com o pouco que você tem - com sua fé como um grão de mostarda. Assim o Senhor lhe pode encontrar de maneira totalmente nova, e fazer transbordar sua vida como talvez nunca aconteceu antes!

Nesse contexto, façamos- a pergunta:

Como aconteceu a alimentação dos cinco mil?

Para poder alimentar os milhares de ouvintes, os discípulos já haviam projetado um plano "muito bom": "Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer" - Mateus 14.15. O Senhor, porém, ao ouvir uma proposta assim, optou por fazer algo bem diferente. Ele não necessitava dos estoques de gêneros alimentícios dos arredores para poder alimentar as milhares de pessoas. Ele procurou por alguém que tivesse fé como um grão de mostarda. Ele necessitava de alguém que possuísse pouco, e que tivesse disposição para dar o pouco que possuía. Por meio disso, Ele seria capaz de realizar uma grande obra.

E de fato estava presente "um rapaz" que, como está escrito em João 6.9, tinha "cinco pães de cevada e dois peixinhos", e que estava disposto a Lhe entregar esse pouco! E o que fez o Senhor com isso? "Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam" (versículo 9).

Dessa maneira o Senhor Jesus alimentou cinco mil homens, além de mulheres e crianças, com cinco pães de cevada e dois peixinhos. No entanto, entendamos corretamente; Ele só realizou este milagre porque estava presente alguém - justamente este rapaz - que demonstrou a fé como um grão de mostarda, entregando ao Senhor o pouco que possuía. Que montanhas de problemas e receios foram afastados dos discípulos e ao mesmo tempo lançados no mar! Eles viam montes enormes diante de si, porquanto como seria possível alimentar um número tão grande de pessoas? Eles também já haviam se preocupado em como poderiam afastar estes "montes". Mas Jesus não  necessitava de nada disso. Ele apenas procurou a fé como um grão de mostarda que acabou encontrando nesse rapaz. Dessa maneira todos os montes de dificuldades e impossibilidades "foram lançados no mar".

Seja você, ainda hoje, como este rapaz, consagre ao Senhor o pouco que tem. Traga ao Senhor a sua fé como um grão de mostarda, e Ele virá ao seu encontro de maneira totalmente nova. Entregando o pouco de fé que você possui, Ele terá condições de lançar no mar" as montanhas de sua vida, suas dificuldades e preocupações! Não é o tamanho de nossa fé que faz a diferença, mas a fé como um grão de mostarda num grande Deus!

A definição da fé.
A mostarda como condimento e símbolo de fé cristã.

E.A.G.

Fonte: Chamada da Meia-Noite, março de 1998, páginas 6 a 8. Portal da editora: www . chamada . com . br/

domingo, 4 de junho de 2017

Fé como um grão de mostarda (parte 1 de 2)


Por Marcel Malgo

"Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá" - Lucas 17.6.

Que pensamentos e emoções invadem o nosso coração quando lemos essas afirmações do Senhor Jesus? Estamos de fato firmemente convictos de que isso se cumprirá literalmente com uma ordem nossa, fazendo uma amoreira ou um monte se transplantarem de um lugar ao outro? Ou reagimos justamente ao contrário, simplesmente rejeitando essas afirmações e dizendo que isso não é possível?

Infelizmente, são justamente essas afirmações de Jesus que criam em muitos crentes uma sensação de fraqueza interior, pois quase automaticamente vem o pensamento: "isso não é possível!". Pelas leis da natureza, infelizmente, é o que acontece com todas as passagens das Escrituras; em princípio, sempre despertam dúvida e incredulidade, levando-nos à humilhante constatação de que não entendemos direito o que a Palavra quer nos dizer.

Por isso empenhemo-nos hoje para entender qual é, afinal, o sentido espiritual mais profundo da palavra de Jesus especialmente em Mateus 17.20.

Mas, afinal, que fé é esta, que pode ter um efeito tão impressionante como o deslocamento de um monte? Será que é uma fé imensa, sistemática, objetiva, planejada, convincente, que não vê empecilhos, e que de maneira soberana supera tudo o que se atravessa o seu caminho? Uma fé que move montanhas evidentemente poderia ter estas características. Mas o Senhor Jesus não fala de uma fé desse tipo. Mas, então, que fé é esta, que como Jesus expressa figuradamente - tem a condição de transferir montes? Esta fé capaz de fazer grandes façanhas o Senhor Jesus chama de:

Fé como um grão de mostarda

"E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível" - Mateus 17.20. O que é um grão de mostarda? Em Marcos 4.31, este grão é descrito como a "...menor de todas as sementes sobre a terra". De fato ele mede um diâmetro de apenas 0,95 - 1,1 milímetros. Esse pequeno grão de semente, que tem de ser observado com uma lente se quisermos vê-lo nitidamente, o Senhor considera como exemplo para uma fé que é capaz de mover montanhas.

Por que Jesus considera justamente esse pequeno grão de mostarda como exemplo para uma fé pela qual podem acontecer grandes coisas? Pelo fato desse pequeno grão de semente ser capaz de ilustrar o que significa transportar montes. Esse grão de semente extremamente pequeno, que quase não se pode ver a olho nu, no espaço de um ano se transforma num grande arbusto, numa pequena árvore com galhos de 2,5 a 3 metros. Portanto, como são diminutos os pré-requisitos para um resultado tão grande num minúsculo grão de semente, onde aparentemente nada existia. Mas justamente estas condições mínimas são um exemplo que o Senhor usa para ilustrar uma fé que é suficiente para remover montanhas!

Essa "fé como um grão de mostarda" não aponta de maneira clara para a nossa fé, que muitas vezes é tão fraca e pequena? Mas com isso de maneira alguma quero desculpar nossa repetida incredulidade dizendo simplesmente: afinal, só tenho uma fé pequena, como um grão de mostarda!

Muitos de nós, repetidas vezes, já tivemos a impressão de nossa fé ser assim tão pequena e insignificante, e isto pode provocar dificuldades consideráveis. Mas, assim mesmo, esta é justamente a pequena fé quase imperceptível que, segundo as palavras de Jesus, tem o poder de transpor montes.

É necessário mudar o raciocínio!

Será que, às vezes, não imaginamos algo errado quando pensamos na fé que precisamos ter para vivermos como cristãos verdadeiros? Todos nós nos defrontamos diariamente com situações, perguntas e problemas que se avolumam como montes. Mas não é justamente nesses momentos que aspiramos de todo o coração ter mais fé, ter uma fé maior a fim de vencermos tudo isso? É justamente aqui que muitos precisam aprender a mudar o raciocínio, pois Jesus diz: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá". Em outras palavras: nossa fé não necessita ser particularmente grande para transferir montes - simplesmente é suficiente "termos fé".

Se o grão de mostarda tivesse a possibilidade de se olhar para si mesmo e conseguisse se enxergar, teria tudo para desanimar, pois em si mesmo não teria nada a apresentar. E assim é também, muitas vezes, em nossa vida: olhamos para nós e vemos uma fé relativamente pequena, limitada, e então ficamos desanimados. Mas o grão de mostarda não faz isso. Ele não olha para si mesmo para então desanimar. Não, ele simplesmente se deixa plantar na terra, ali começa a crescer, e finalmente se torna aquilo que deve ser, uma árvore em cujos ramos "aninham-se as aves do céu" (Lucas 13.19).

Ao mesmo tempo é de se considerar que o grão de mostarda não se torna uma árvore porque empreendeu grandes esforços, mas simplesmente torna ativo e aplica o que possui! Oh, como seria bom se compreendêssemos hoje que, com todas as nossas fraquezas, dificuldades e tentações diárias, simplesmente podemos nos aquietar com fé pequenina na mão de nosso Salvador! Que modoficação isso provocaria em nossa vida espiritual!

Eu simplesmente creio que, muitas vezes, caímos no erro de ter conceitos errados acerca da fé. Mas essa fé singela na obra consumada de Jesus de Jesus Cristo que consegue nos levar adiante e que, cada dia, nos conduz para uma comunhão mais profunda com o Cordeiro de Deus, e não, o esforço da nossa alma em crer bastante.

Em nossa vida como cristãos não precisamos nos estender buscando novas formas e grandezas de fé, simplesmente basta ter e usar a fé pela qual fomos  salvos, ou seja, a fé simples no Senhor Jesus Cristo.

Nesse contexto, leia novamente o que Davi diz no Salmo 18.29: "Pois contigo desbarato exércitos, com o meu Deus salto muralhas". Veja também o que ele diz nos Salmos 60.12 e 108.13.

Estas afirmações testificam de uma fé poderosa e vencedora que Davi tinha? Eu penso que não, pois Davi era um homem com fraquezas e erros como nós. Mas esses versículos testemunham que Davi se agarrava com toda simplicidade a seu Deus e por meio dEle podia fazer grandes proezas.

Fé como um grão de mostarda - parte final.
A definição da fé.
A mostarda como condimento e símbolo de fé cristã.

E.A.G.

Fonte: Chamada da Meia-Noite, março de 1998, páginas 4, 6 e 6. Portal da editora: www . chamada . com . br/ 

sábado, 3 de junho de 2017

Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

É notória a existência de várias "Marias" ao longo do Novo Testamento: Maria, a mãe de Jesus; Maria Madalena; Maria a mãe de Tiago e João. E a Maria, citada em João 12.1-11, que é a irmã de Lázaro e Marta.

Marta, Maria e Lázaro, eram bons amigos de Jesus. Eles residiam em Betânia, uma pequena cidade nas encostas do Monte das Oliveiras. Encontrava-se a 6 quilômetros de distância de Jerusalém, havendo um trajeto que poderia ser percorrido em apenas meia hora de caminhada. Então, assim, sempre que Jesus e seus companheiros visitavam Jerusalém, passavam pela casa de seus amigos, em Betânia.

I - O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA

Alguns episódios que se referem à Maria de Betânia:
• Jesus chega à residência de Maria para jantar (Lucas 10.38-42);
• A morte de Lázaro e sua ressurreição (João 11.28-32);
• Maria lava os pés de Jesus e os enxuga com seus cabelos (Mateus 26.6-13 e Marcos 14.3-9; João 12.3).
A atitude de Maria de Betânia,ao escolher o que mais importa, que é dar atenção a Jesus em primeiro lugar, é um ótimo exemplo de crente que oferece a Deus sempre o melhor em forma de gratidão por seu amor.

1. Maria "escolheu a boa parte".

Maria foi uma mulher que honrou Jesus colocando-o acima de toda e qualquer prioridade. Sua atitude de ficar aos pés do Filho de Deus, em íntima comunhão com Ele é exemplar.

A hospitalidade é uma arte. Certificar-se de que um hóspede seja bem recebido, aquecido e bem alimentado, requer criatividade, organização e trabalho de equipe. Sua capacidade de alcançar esses objetivos faz de Maria, e sua irmã, Marta, uma das melhores esquipes de hospitalidade da Bíblia.

Para Maria, hospitalidade significava dar mais atenção ao hóspede que às necessidades que Ele pudesse ter. Ela permitia que sua irmã mais velha, Marta, cuidasse desses detalhes. A atuação de Maria nos eventos mostra que ela era, principalmente, "uma pessoa que responde".

2. Maria deu prioridade a Jesus.

Nós vemos Maria de Betânia, pela primeira vez, durante uma visita que Jesus fez à sua casa.

Um dia, Marta avistou os discípulos subindo a estrada com Jesus. Eles pareciam exaustos. Então foi correndo colocar mais lenha debaixo do forno, para fazer-lhes uma refeição. Maria foi ao encontro dos visitantes. Certificou-se de que Jesus tinha bebida fresca e água para se lavar. Depois ela simplesmente se sentou aos seus pés e ouviu tudo o que Ele tinha para dizer.

Marta, ansiosa, se irritou com o fato de que sua irmã não a ajudava, enquanto preparava um prato atrás do outro. Zangada com Maria por deixá-la fazendo o trabalho todo sozinha, não conseguiu suportar aquilo calada. Por fim, foi até Jesus e interrompeu a conversa.

- Você não pode dizer a Maria para me dar uma mão? - perguntou-lhe.

- Não vejo a razão de fazer a refeição sozinha.

E, gentilmente, Jesus declarou que a decisão de Maria desfrutar da sua companhia era a reação mais adequada, na ocasião. Lembrou-lhe que lugar de uma mulher não é ficar o tempo todo na cozinha.

- "Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, mas apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai tomar dela" (Lucas 10.41-42, NTLH).

3. Mais "Martas" do que "Marias".

Os registros bíblicos que focam Maria de Betânia contém lições de vida cristã. Pequenos atos de obediência e serviço possuem efeitos amplos e altamente benéficos. Analisando o seu caráter, percebemos que, quando o cristão se envolve em tarefas do serviço a Deus, pode ser tentado a afastar-se de Jesus e, se se afastar, de cristão autêntico passa a ser apenas um mero religioso desprovido do Espírito Santo.

As Escrituras Sagradas vão de encontro às inquietudes do homem moderno e pós-moderno e preenche o vazio de sua alma com plenitude de paz e satisfação de viver. No entanto, para muitos parece não haver o menor sentido o que a Palavra de Deus tem a lhe dizer. É muito triste quando um cristão se deixa influenciar pelas filosofias pós-modernistas, pois mesmo que mantenha os hábitos de religiosidade, sua fé é enfraquecida. Embora sejam ativos dentro do templo, cantando e ensinando, não mais possuem motivação para sair às ruas e evangelizar.

II - MARIA, A MULHER QUE UNGIU JESUS

Maria de Betânia foi a mulher que ungiu os pés do Mestre.

1. Maria ungiu os pés de Jesus.

Encontramos Maria de Betânia em outra narrativa bíblica, ela já havia se tornado uma mulher de ação, ponderada, mesclada com adoração. Outra vez, estava aos pés de Jesus. Lavava-o com perfume e sacava-o com seus cabelos. Jesus declarou que seu ato de adoração deveria ser descrito em todas as partes, como um exemplo de serviço precioso.

A oferta que provavelmente representou a economia de toda a sua vida, quinhentos denários (moeda grega), era uma quantia bastante grande para uma pessoa comum. Ao ungir os pés de Jesus com um unguento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a Jesus e as pessoas do que seus bens materiais. O motivo para fazer isso é bastante simples de explicar: ela quis oferecer o melhor para Jesus.

2. Maria ungiu a cabeça de Jesus.

Na semana que antecedeu a crucificação, Jesus saiu de Jerusalém e dirigiu-se à Betânia e ali, na casa de um tal Simão, lhe ofereceram um jantar. Segundo o relato bíblico, uma mulher ungiu sua cabeça e foi criticada por causa disso. Jesus aprovou sua ação de adoração com elogio (Mateus 26.13; Marcos 14.9).

O contexto nos leva a entender que esta adoradora era Maria de Betânia (Mateus 26.6, 7; João 11.1-2).

As ações de Maria são singelas e meigas, marcantes e inconfundíveis aos leitores do Novo Testamento, em todas as épocas. Não é por acaso Jesus ter dito que o gesto dela, ungindo sua cabeça, deve ser lembrado em todos os lugares onde o Evangelho for pregado, em favor de sua memória (Mateus 26.13).

As qualidades e realizações de Maria nos levam a crer que ela entendeu e aceitou a morte iminente de Jesus, e por causa disso dedicou seu tempo para ungir seu corpo enquanto Ele ainda estava vivo.

3. Devemos oferecer o melhor a Jesus.
• Porque Ele é o único realmente maravilhoso (Isaías 9.6);
• Porque Ele é o único realmente poderoso (Mateus 28.18);
• Porque Ele é o único realmente santo (Marcos 1.24);
• Porque Ele é o único realmente invencível (João 16.33);
• Porque Ele é o único realmente capaz (Efésios 3.20).
III - O CARÁTER HUMILDE DE MARIA

Através gestos espontâneos o caráter de Maria é revelado, mostra que era uma pessoa humilde.

1. Maria, uma mulher humilde.

Maria aprendeu quando ouvir e quando agir. À luz da atitude de Maria em ungir Jesus, bem como a ocasião em que ao recebê-lo para jantar em sua casa, é possível notar que ela era essencialmente devotada ao Senhor. Há ações de Maria que demonstram isso de forma testemunhal:
• Sua devoção delicada aos pés de Jesus.
• A atenção e a prioridade integrais a Jesus.
• O derramamento e o quebrantamento do coração de Maria na ocasiões em que ela ungiu os pés de Jesus.
• A humildade de Maria diante das críticas de sua irmã.
2. Maria não revidou as críticas da irmã.

O relato bíblico do episódio em que Jesus visitou Maria e seus irmãos em Betânia, mostra que ela não reagiu de maneira negativa quando foi alvo da queixa e incompreensão de Marta, por preferir estar aos pés de Jesus do que ficar afastada dEle cuidando dos afazeres domésticos. Ela não tentou se defender e não procurou valorizar sua atitude.

Assim como ocorreu com Maria, é possível acontecer com qualquer crente ser incompreendido, até por gente da própria família, em relação ao relacionamento com Jesus e ao serviço cristão. E do mesmo modo como Maria transpareceu ser caráter cristão não retrucando sua irmã. O crente precisa manter-se em silêncio, para que sobressaia sobre ele a aprovação do Mestre, fazendo com que no momento de Deus o familiar queixoso entenda que o alvo de sua crítica escolheu a boa parte.

CONCLUSÃO

É possível destacar vários aspectos da vida que podemos aprender a partir de Maria: a vida familiar, o relacionamento com o próximo, maior brandura no falar e no se dirigir às pessoas. Mas, maior destaque deve ser dado ao aspecto litúrgico. Movida pela fé e gratidão a Deus, Maria soube demonstrar a Jesus, através de seus gestos. seu amor altruísta. .

Como está sua comunhão com o Pai e o Filho? Você tem alegria e prazer em estar em sua presença para adorá-lo pelo que Ele é?

Que o nosso amor pelo Mestre seja maior do que por nossos bens materiais e qualquer outra coisa ou pessoa Que haja em nós espiritualidade semelhante a de Maria, uma devoção mais profunda, enraizada na total entrega da alma e do coração ao nosso Senhor.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, página 41, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 66 a 72, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Onde Encontrar na Bíblia? Chave bíblica, roteiros de sermões e curiosidades bíblicas. Geziel Gomes.  página 185. 1ª edição maio de 2008, Taquara, Rio de Janeiro - RJ (Editora Central Gospel).

Presidenciáveis? Apresentadores de tv: Silvio Santos, José Luiz Datena e Luciano Huck


Pré candidatos? O dono da emissora de televisão SBT? Luciano Huck, aquele que se fez apresentador de tv lançando no ventilador do Brasil a Tiazinha e a Feiticeira? José Luiz Datena, jornalista e apresentador capaz de noticiar uma pauta só, em duas horas de programa ao vivo?

Foi publicado no Painel da Folha a averiguação de intenção de votos, realização do Paraná Pesquisas, apontando as três celebridades. Assim:  Silvio Santos em primeiro lugar (32,9%); Huck (18,1%) Datena (17,5%). 

Com certeza, se houver base de sustentação nas esferas legislativas, qualquer um desses três potenciais candidatos, se eleitos, serão melhores executivos no Planalto do que esses políticos, traidores da Pátria, que agora têm seus nomes arrolados em processos na Justiça e com isso envergonham o povo brasileiro e o empobrece.

Existe a exceção, graças a Deus! Mas. literalmente, quase toda a classe política eleita, que aí está, é causadora do empobrecimento da Nação.

1. De um lado, uns agem como corruptores de empreiteiros.

2. No extremo oposto, outros, motivados pelo fato de recebimento de suborno travam a ordem e o progresso do Brasil.

3. E, além destes, ainda há aqueles que, ao invés de cumprir a obrigação de representar os eleitores que o elegeram, como cânceres escondidos, preferem fingir que tudo vai bem, que não ouviram nada, não viram nada de errado em sua volta, e que não podem fazer nada para melhorar a situação - estes são os pecadores por omissão!

O discurso inteligente de Magno Malta em defesa de Sérgio Moro.
E.A.G.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

O petiz com responsabilidade de gente adulta e o adulto com mentalidade infantil. Pode?


Está escrito em Coríntios 13.11-13 (NTLH):

“Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança. O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus. Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor” 

E.A.G.

O que é halitose?


Por Solange Rodrigues

O que é halitose?

Halitose significa "mau hálito", um problema que muitas pessoas enfrentam eventualmente.

Calcula-se que, aproximadamente, 40% da população sofre ou sofrerá de halitose crônica em alguma época de sua vida.

Muitas são as causas deste desconforto bucal, incluindo-se:
• Higiene inadequada da boca (falta de escovação e do uso do fio dentário);
• Gengivite;
• Ingestão de alimentos, como alho ou cebola;
• Tabaco e produtos alcoólicos;
• Boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono;
• Doenças sistêmicas, tais como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins.
Como saber se eu tenho halitose?

Uma forma de saber se você tem mau hálito é cobrir sua boca e nariz com a mão, exalar e sentir o hálito. Uma outra forma é perguntar a alguém em quem você confia como está o seu hálito. Mas, não se esqueça de que muitas pessoas têm este problema quando acordam de manhã, como resultado de uma produção menor de saliva enquanto dorme, o que permite que os ácidos e outras substâncias se deteriorem no interior da boca. Medidas tais como escovar bem os dentes, a língua e usar fio dentário antes de dormir e ao se levantar sempre ajudam a eliminar o mau hálito matinal.

Como prevenir a halitose?
• Escove bem os dentes e use fio dentário após as refeições para remover a placa bacteriana eas partículas de alimento que se acumulam;
• Escove a língua;
• Escove adequadamente próteses removíveis e dentaduras após as refeições e antes de dormir;
• Consulte um nutricionista para substituir alimentos que causam mau hálito;
• Visite seu dentista periodicamente para fazer uma revisão e uma limpeza de seus dentes.
Se o mau hálito persistir, mesmo após uma boa escovação e o uso do fio dentário, consulte o periodontista, já que isso pode ser a indicação da existência de um problema mais sério.

Só o dentista poderá dizer se você tem gengivite, periodontite, boca seca ou excesso de placa bacteriana ou tártaro, que são as prováveis causas do mau hálito.

Fonte:
Colgate: www . colgate . com . br/ pt/ br/ oc/ oral-health/ conditions/ bad-breath/ article/ halitosis 
Folha Noroeste, ano 11, número 213, 1ª quinzena de junho de 2017, coluna Saúde, página 10, (impresso em S..A. O Estado de São Paulo). Versão online: folhadonoroeste . com . br/   
Solange Rodrigues Bio é doutora, Especialista e Mestre em Periodontia - CROSP 39.357 
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Nota Belverede: indivíduos que sofrem com a doença Diabetes precisam dobrar os cuidados com a saúde bucal. Existe o risco de a associação de problemas na arcada dentária com Diabetes evoluir para um quadro de saúde grave.

Veja o odontologista diariamente


"Eu vejo meu dentista regularmente! Eu o vejo na central de correios.
 Eu o vejo no supermercado. Eu o vejo correndo na praça...".

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Como se calcula a idade de Jesus ao morrer?

Por Rafael Luz

Como sabemos que Jesus faleceu com cerca de 33 anos e meio de idade? Como é feito esse calculo?

Falar com precisão a idade que Jesus tinha ao morrer está longe de ser uma tarefa fácil e descomplicada para o estudante das Escrituras Sagradas, uma vez que os Evangelhos não são como alguns acreditam uma espécie de "diário moderno" da vida de Cristo.

Ao contrário, é possível notarmos que os evangelistas não tinham como foco principal o interesse no "quando" da maioria dos eventos relacionados à vida do Mestre, o que se comprova pelo silêncio bíblico entre o período que vai dos doze aos trinta anos da história de Jesus.

Tal dificuldade se justifica pelo fato do texto bíblico não ser essencialmente um livro de história geral, antes, seu propósito original é ser um livro de salvação, que revela a incansável, justa e amorosa história de Deus em redimir e recuperar o ser humano caído e todaa criação das trágicas consequências do pecado.

Entretanto, embora não haja nas Escrituras uma passagem que afirme categoricamente com que idade Jesus morreu, é possível, com base em algumas informações extraídas dos Evangelhos de Lucas e João, chegarmos a uma idade provável, conforme apresentaremos a seguir.

A primeira informação diz respeito ao início do ministério de Jesus, que, nas palavras do médico historiador, "tinha cerca de trinta anos de idade quando começou seu ministério" (Lucas 3.23). É interessante destacar que essa era a idade, de acordo com o Pentateuco de Moisés, que os levitas deveriam iniciar seu ministério no Tabernáculo (Números 4.3, 47), bem como a idade que Davi começou a reinar (2 Samuel 5.3, 4). Outro detalhe é que o ministério de Jesus inicia-se após o batismo, pouco tempo depois de João Batista começar o seu.

A segunda contribuição vem de João, que nos ajudará a quantificar o tempo de duração da vida pública de Jesus. O Evangelho de João, diferente dos demais (que narram apenas uma Páscoa durante o período que Jesus ensinou), apresenta-nos três Páscoas durante seu ministério: a primeira em Jerusalém (2.13-25); a segunda na Galileia (6.4); e a terceira novamente em Jerusalém (11.55). Alguns admitem que a expressão "festa dos judeus" (em 5.1) seja uma referência à Páscoa; caso se confirme esse dado deveríamos acrescentar à cronologia de João mais um ano. Tais evidências nos apontam um ministério com no mínimo três anos e alguns meses de duração, considerando ser a Páscoa uma festa comemorada anualmente pelos judeus.

Desta forma, com base nas informações ora explicitadas como resultado da soma dos trinta anos apontados por Lucas mais três ou quatro anos narradas por João é que, histórica e majoritariamente, a tradição cristã tem admitido 33 anos e meio como a idade aproximada de Jesus ao ser crucificado no calvário.

Soli Deo Gloria.

Fonte Mensageiro da Paz, ano 87, número 1582, março de 2017, coluna A Bíblia tem a resposta, página 17, Bangu, Rio de Janeiro (CPAD).
Rafael Rodrigo Figueiredo Luz  é pastor auxiliar da Assembleia de Deus em São Francisco, Niteói (RJ), analista de seguros, graduado em Teologia, pós-graduado em Teologia Bíblica e Sistemática Pastoral, e MBA em Seguro e Resseguro.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Hulda, a mulher que estava no lugar certo



Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A profetisa Hulda (cujo nome em hebraico quer dizer "doninha"), era sábia e prudente. Foi uma mulher que aprouve a Deus usar de modo intensamente significante, entretanto passageiro, para chamar a atenção dos israelitas a respeito dos pecados que vinham cometendo.

A circunstância de Hulda ter sido escolhida pelo Senhor, como sua porta-voz, faz transparecer para nós que, embora Israel fosse uma sociedade patriarcal, Deus também usava as mulheres em função de destaque considerável. Isto mostra que o Senhor usa as mulheres tanto quanto usa homens, no ministério da sua palavra, desde que se consagrem a Ele.

I - QUEM FOI HULDA

1. Hulda.

Hulda foi esposa de Salum, seu marido trabalhava como roupeiro da corte do monarca, uma profissão que o tornava um homem importante naquela sociedade. Viveu na cidade baixa de Jerusalém como uma reconhecida profetisa. Foi escolhida pelo Senhor para trazer uma mensagem de arrependimento em um tempo de apostasia. Aquela época era um momento dramático da história do reino de Judá (639-609 a.C.). O texto bíblico dá a entender que ela reconhecia o seu lugar como profetisa, e só colocou-se em ação no momento em que foi solicitada a agir.

Além de Hulda, a Bíblia registra apenas mais duas profetisas em toda a narrativa do Antigo Testamento: Miriã, irmã de Moisés (Êxodo 15.20), e Débora, que além de profetizar era juíza (Juízes 4.4).

2. Atividade que exerceu.

Podemos afirmar que Hulda era uma senhora de profunda comunhão com Deus em seu ofício incomum ofício de transmissora das mensagens do Senhor.. Se os soberanos ímpios, como Manassés e Amon, não conheceram sua função profética, ela viu Deus trabalhar de maneira evidente para atender suas orações ao levantar o menino Josias com o propósito de promover mudanças de grande impacto no reino de Judá.

Usada por Deus, a serva do Senhor entrou em ação ousada e corajosa quando o rei Josias tomou conhecimento do conteúdo do livro da Lei, que fora perdido na Casa do Senhor ou escondido em algum lugar secreto, provavelmente por algum sacerdote zeloso, que procurou preservá-lo no tempo da apostasia do monarca Manassés.

Avaliamos melhor a atuação de Hulda em Judá bem como o seu testemunho eloquente de mulher de Deus, cada vez que observamos, ainda que de maneira resumida, o pano de fundo histórico que ela vivia. O povo vivia um estilo de vida muito longe de cumprir a vontade do Senhor e não poderia ser abençoado por culpa da sua fraca condição espiritual.

Hulda aparece nas páginas da Bíblia como a profetisa que não se cala, quando é o momento correto de falar. Ela não possuía outra conduta a tomar, senão confrontar a Judá sobre as consequências de seus pecados. Entregou o comunicado que Deus havia determinado que falasse, expressou apavorante profecia contra a nação com a finalidade de que se arrependesse e se voltasse para Deus.

Devido a desobediência de Judá, a mensagem era uma repreensão severa, falava de maldição, não de bênção. Deus faria cumprir sua vontade exatamente como avisou ao monarca, por intermédio de sua serva.

O desempenho de Hulda é considerado por uma parcela de leitores da Bíblia como de uma pessoa coadjuvante. Caso realmente tenha tido ação secundária, porém, o que mais importa é a qualidade vital de seu trabalho e não a extensão de atenção substancial, da parte dos seres humanos, ao seu ministério.

II. HULDA VÊ O TEMPO DO AVIVAMENTO

1. Josias promove verdadeiro avivamento.

Numa época difícil Josias (em hebraico "o Senhor sustenta") assentou-se no trono de Judá, o povo estava vivendo em grande apostasia, buscava os ídolos com entusiasmo, porque o reinado longo de seus perversos antecessores, o avô Manassés e o pai Amon, quase apagaram a ideia da existência do Deus vivo em seus pensamentos. Seu avô reinara por 55 anos; perseguiu as pessoas piedosas e reprimiu a verdadeira religião em Judá. Seu pai governou por 2 anos e deu continuidade às práticas malignas de Manassés; seu reinado foi interrompido por intrigas na corte que culminou com seu assassinato (2 Reis 21. 19-26; 2 Crônicas 33.21-25).

Sua mãe era Jedida, filha de Adaías, de Bozcate (2 Reis 22.1).

Josias começou a reinar com oito anos de idade. Desde então iniciou sua busca ao Deus de Davi. De acordo com 2 Reis, buscou com toda a dedicação, ele era igual a Davi, no sentido de que "fez o que era reto aos olhos do Senhor, e andou em todo o caminho de Davi', ' não se apartou dele nem para a direita e nem para a esquerda" (2 Reis 22.2). Assim como Davi, Josias recolocou a Arca da Aliança no Templo, além disso, determinou que os músicos, descendentes de Asafe, voltassem ao Templo, "segundo o mandato de Davi" (2 Crônicas 35.3, 15).

A busca de Deus por parte do jovem rei era a evidência da obra do Espírito Santo em sua vida.

Quatro anos mais tarde, em 632 a.C., começou a livrar sistematicamente Judá da perniciosa religião falsa. Erradicou o paganismo, em todas as suas formas sincréticas, iniciando por por Jerusalém e Judá, e estendeu suas reformas até o território do reino do Norte. Em 628 a.C., estava com vinte e seis quando acabou com a profanação da terra e a purificou, destruiu os lugares altos, os postes-ídolos (imagens de Aserá), as imagens de escultura e de fundição. Os túmulos dos sacerdotes idólatras foram  profanados e seus ossos, queimados sobre os altares pagãos (2 Crônicas 34.3-7; 1 Reis 13.2). mandou fazer reparos no Templo que, pelo descuido de monarcas e sacerdotes anteriores, havia de deteriorado carecendo de caprichosa reforma.

Enquanto o Templo estava sendo restaurado, o sumo sacerdote Hilquias, achou o livro da Lei, escrito por Moisés, e o levou ao rei e o leu para ele. Quando Josias ouviu a leitura do livro, sabia que a nação estava completamente alheia aos princípios e propósitos dos mandamentos de Deus e as consequências para isso eram irreparáveis. Sabendo sobre as maldições que cairiam sobre seu povo, sentiu-se condenado pelo conteúdo das Escrituras.

A descoberta do livro da Lei - que fora dada "pelas mãos de Moisés" - injetou no coração de Josias grande impulso para promover reformas profundas, as mais profundas que Judá conheceu. O livro descoberto era o Pentateuco, os cinco livros da Bíblia Sagrada.

Os autores de Reis e Crônicas não especificam muito bem a natureza do livro da Lei. Parece provável que se tratava de todo o livro de Deuteronômio, devido às especificações do lugar central de adoração, a destruição dos lugares altos, celebração da Páscoa, maldições resultantes da desobediência e a cerimônia da renovação da aliança (Deuteronômio 12; 16; 27 e 28; 2 Crônica 30-32; 2 Reis 23.2).

Com esta descoberta, e a ciência do monarca sobre o que estava escrito, surgiu daí um novo compromisso com a Palavra de Deus e todo o pais experimentou uma renovação espiritual. 

Então, Josias mandou a Hilquias e aos demais assessores consultar ao Senhor para saber sobre tamanha desgraça, causada pela desobediência de Judá. Imediatamente, enviou oficiais para inquirirem de Deus quanto ao seu significado. O grupo designado procurou a serva do Senhor para interpretar o texto sagrado e saber se o Senhor tinha uma mensagem ao rei e para a nação, dizendo o que fazer.

A resposta de Hulda ao monarca resume a situação de miséria espiritual do povo: idolatria vergonhosa, a ponto de deixarem de adorar ao Deus de seus pais, que os tirou do cativeiro egípcio e os levou pelo deserto abrasador em segurança até Canaã; o povo inclinava-se perante ídolos ou deuses feitos pelas nãos dos homens, provocando a ira do Senhor. A sentença de Deus através de Hulda era o prenúncio do cativeiro de Judá anos mais tarde (2 Crônicas 34.23-25).

De pronto, o Josias tomou as medidas urgentes e necessárias para levar o povo ao arrependimento. Ele próprio fez concerto com Deus de obedecê-lo em seu reinado. Depois levou o povo a fazer o converto com Deus. E, de forma mais concreta, mandou retirar as abominações que o povo adotara em Judá e Jerusalém.

Ao receber a consulta do monarca, em plena crise de Judá e Jerusalém, Hulda foi usada por Deus para profetizar com relação a dois eventos

A Palavra do Senhor, proferida através do ministério de Hulda foi de advertência e condenação, e trouxe ao rei a certeza de que a nação sofreria os juízos divinos. Consistia de dois eventos principais:
a. Previu a destruição de Judá por causa da idolatria (2 Reis 22.14-17). A ira de Deus havia sido acesa e o julgamento viria sobre o povo por causa das práticas idólatras, exatamente como previa o livro da Lei.
b. Previu restauração e prosperidade, no reinado de Josias (2 Reis 22.14-20). A paz durante a vida de Josias, que não viveria para ver a destruição e a desolação resultante da ira de Deus, pois "o seu coração se enterneceu" e ele se arrependeu e voltou-se para o Senhor (2 Reis 22.14-24; 2 Crônicas 34.22-28).
Deus mostrou à Hulda que Josias não seguiu os maus caminhos de seus antepassados, mas humilhou-se diante do Senhor reconhecendo a calamidade espiritual de seu povo ao tomar conhecimento do que estava escrito no livro da Lei.
Então, ela fez saber a Josias que tinha visto o seu coração sincero perante seu Deus, disse aos mensageiros do monarca que Deus viu como Josias se humilhou, ao ouvir a leitura do livro da Lei, e o juízo divino que viria sobre Judá. E, assim. É prometido que o julgamento não aconteceria em seu tempo. Ela anunciou um tempo de restauração e prosperidade para  Judá, que se daria no reinado de Josias (2 Reis 22.18-20), Disse também que Deus daria ao rei livramento e ele desceria ao sepulcro em paz (2 Crônicas 34.26-28).
Josias responde a essa palavra de graça ao redobrar seus esforços em direção ao Senhor.
A profetisa não revelou somente o juízo de Deus contra a rebeldia e o pecado,  mas também anunciou a paz para Josias, porque Deus sabe separar aquele que é bom no meio dos maus; sabe ver o justo no meio da injustiça; reconhece o caráter de homens que não se corrompem no meio da multidão dos corrompidos.

Josias reinou 31 anos, entre 640 a 609 a.C. (2 Reis 22 e 23; 2 Crônicas 34 e 35). Seu reinado finalizou subitamente quando estava com a idade de 39 anos. Ao pensar ser necessário atacar o faraó Neco em Megido, quando este marchava para Carquemis com o intento de ajudar o então decadente Império Assírio. Ali Josias morreu (2 Crônicas 35.20-24). Ele foi o último dos monarcas justos de Judá.

Reflita sobre a razão de Hulda haver profetizado um futuro de paz a Josias e a razão de ele morrer em uma guerra: Hulda profetizou falsamente?

2. Aboliu a idolatria.

Encontrado e lido, o efeito da leitura do livro foi imediato na mente do rei, do sacerdote e dos principais de Judá. Ao se deparar com a lei, se humilhou diante do Senhor, rasgando seus vestidos, numa demonstração pública de que sua intenção era buscar o perdão e auxílios divinos, com o objetivo de tirar a nação da indiferença e da iniquidade.

As mudanças numa nação ou numa igreja só têm efeito se começarem pela liderança (2 Crônicas 34.29, 30). Josias foi sábio e corajoso. Primeiramente, ele próprio fez concerto com Deus para obedecer a sua palavra (2 Crônicas 34.31). Ele entendeu que precisava dar o exemplo de liderança e, antes de propor um concerto do povo com Deus, assumiu o compromisso diante de Deus e do povo de pautar seu reino pelos mandamentos do Senhor (2 Crônicas 34.29-31).

As abominações eram os ídolos perante quem seus pais ficavam curvados, afrontando a santidade de Deus, e também as práticas abomináveis que provocaram a ira do Senhor sobre Israel e Judá, como oferecer sacrifícios humanos aos demônios, incluindo crianças inocentes.

3. Resgatou a Lei do Senhor.

Josias usou da sua autoridade respaldada na palavra do Senhor para obrigar o povo a oferecer o verdadeiro culto ao Senhor. Mandou reparar a Casa do Senhor, que tinha sido desprezada pelos seus antecessores. Depois das reformas necessárias, cumpriu o que Deus determinara. Nesse mesmo ano, conclama seu povo povo para novamente celebrar a Páscoa do Senhor em Jerusalém, com cerimônia sem igual desde o tempo de Samuel. (2 Reis 22..14-20; 2 Crônicas 34.8-1; 35.1-19).

III. HULDA É USADA POR DEUS

1. A dura mensagem de Deus.

O Senhor amava seu povo, por isso iria discipliná-lo. Deus usou Hulda para mostrar ao povo que iria derramar terrível juízo sobre a desobediência do povo. A intenção de Deus em trazer desastre sobre Judá como punição é confirmada pela serva do Senhor. Só havia uma saída capaz de fazer com que Judá escapasse do juízo iminente, o arrependimento sincero.

Segundo o livro de Deuteronômio 28, havia uma profecia proferida por Moisés sobre o povo de Israel que determinava a exaltação ou a humilhação da nação. Quando esta profecia foi proferida o povo de Israel estava próximo de entrar na terra prometida. O conteúdo do texto é claro: o sucesso da nação na nova terra estava condicionado à obediência do povo aos mandamentos de Deus (Deuteronômio 28.1-14; 29.16)
a. A Lei estava perdida dentro do próprio Templo.
b. Sua repercussão levou ao arrependimento do povo.

2. Hulda profetisa para o rei Josias.

É interessante e difícil explicar porque aquele grupo de conselheiros desconsiderou servos de Deus como Sofonias, Jeremias e Habacuque, uma vez que eram contemporâneos de Josias e já atuavam como mensageiros do Senhor. Numa época onde o santo ofício profético era exercido majoritariamente por homens, vistos como referências no ministério profético de caráter nacional,

Hulda era exceção. Talvez, os oficiais foram até ela por ser esposa  de Salum, que exercia profissão de roupeiro convivendo na corte bem próximo ao monarca. Presumivelmente, havia se estabelecido como profetisa do Senhor e era bastante reconhecida porta-voz de Deus em sua geração, era vista como confiável por todos. A sua inspiração profética é justificativa suficiente para os servos do monarca a terem procurado. Seja qual for o motivo de haver sido lembrada, sabemos que o Senhor usou esta mulher com uma mensagem contundente, que revelava o triste cativeiro de Judá, que ocorreria em 586 a.C. (2 Reis 22.14-20; 2 Crônicas 34.23).

Quanto a Jeremias, ao lado dos profetas Sofonias e Habacuque, ajudou ao rei no seu esforço de reconciliar o povo com Deus.  

3. O efeito da profecia sobre Judá e Jerusalém.

Josias percebeu a necessidade de não guardar a nova mensagem do Senhor só para si e reuniu o povo, para ouvir também à Palavra de Deus. Seguindo o estilo de Moisés, "o rei se pôs no seu lugar e fez aliança ante o SENHOR para o seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos,  e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma" (2 Crônicas 34.31.). Aquele que verdadeiramente abriu seu coração à mensagem divina, naturalmente o abrirá para compartilhá-la (Atos 4.20).

CONCLUSÃO

A descoberta do livro dá testemunho da atitude providente e soberana de Deus, cuidando da sua Palavra inspirada, protegendo-a da destruição pelos idólatras e apóstatas. Mostra a importância das Escrituras na vida pessoal e nacional (2 Reis 22.8-20).

A narrativa em 2 Crônicas 34.15 destaca a importância da Bíblia - o Livro dos livros. É necessário que cada cristão encontre este livro todos os dias e medite sobre seu conteúdo dia e noite.

É certo que a condenação cairá com a mesma força sobre o mundo impenitente dos nossos dia, tal qual houve o juízo divino sobre os israelitas em Judá, após o governo de Josias (Apocalipse 14; e 15.7-8; e 16.1-21; e  18. Um dia este mundo será completamente destruído pelos juízos divinos (Apocalipse 19.11-21; 20.11-15). Entretanto, como houve para Josias e para a nação dos seus dias um período de graça e misericórdia, assim também podemos crer que estamos vivendo em tempo de graça, que logo, logo, acabará, e então, chegará o momento em que o grande juiz universal, que hoje intercede por nós diante do Deus Todo Poderoso, se levantará do seu trono e dirá: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda e quem é santo, seja santificado ainda. E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra (Apocalipse 22.11-12).

E.A.G.

Subsídios
A Bíblia de Estudo da Mulher Sábia, pagina 521, edição 2016, Várzea Paulista - SP (Casa Publicadora Paulista).
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, página 40, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 59 a 65, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro, Elinaldo Renovato, páginas 93 a 97, 99, 100, 1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a história de todas as personagens da Bíblia, editado por Paul Gardner, páginas 385 e 386, 19ª reimpressão, São Paulo, 2005 (Editora Vida).

A gaiola de pássaros vista pelo colecionador de aves a partir do ângulo de dentro

Se o colecionador de aves tivesse a sua realidade invertida, seria mais ou menos como nesta ilustração, cujo autor é desconhecido e muitíssimo criativo.


"Socorro, ajudem-me! Tirem-me daqui! Se está cantando é porque está feliz!".

A carta ao líder da igreja em Éfeso, o inverno e o albatroz



Amanhã, chegaremos aos dias gelados de junho.

Na foto, a figura do Albatroz. Ainda é bem viva em minha mente a lembrança de um documentário que pude assistir quando ainda era criança sobre esta ave.

O Albatroz, maior entre todos os pássaros ainda existentes na natureza, é famoso por seu jeito atrapalhado de se locomover quando está em terra e por seus movimentos belos ao voar. Quando conquista seu par romântico, tanto a fêmea quanto o macho, estabelece um relacionamento monogâmico até o final da vida. É caçador, come crustáceos, moluscos, peixes, mas não rejeita comê-los se os encontrar mortos recentemente. Fazem ninhos em ilhas distantes dos continentes. Gosta de viver em colônias com os da sua espécie e não se incomoda em compartilhar o espaço da feitura de ninhos com aves de espécies diferentes.

No meio desta semana, deixando de lado o documentário antigo, assisti uma pessoa falar sobre a previsão do tempo para os próximos dias da atmosfera da cidade de São Paulo. A meteorologista afirmou que uma grande onda de ventos invadirá o céu da capital paulista e farão a temperatura baixar muito. Então, pensei naquelas pessoas que detestam o clima frio e sofrem porque sua saúde é sensível à friagem. Pensei nas criancinhas cujos pais não têm agasalho e calçados suficiente para mantê-las aquecidas.

Ao ouvir sobre o ar gélido, minha mente vagueou mais, fez com que eu me lembrasse do livro Apocalipse, relesse o capítulo 2, versículos 1 ao 7. Por quê? Aquele texto descreve os corações dos crentes frios da igreja em Éfeso, pessoas aparentemente imperturbáveis quando diante de situações perturbadoras. Nesta passagem bíblica, endereçada ao líder da igreja grega, somos informados o seguinte:

Primeiro: Jesus conhece as nossas obras, o tamanho da paciência que dentro de nós. Ele conhece, detalhadamente, qual é o grau de tolerância que exercemos para com as pessoas más. Ele sabe quando observamos e colocamos à prova aqueles que dizem ser o que não são, examina o íntimo de nossos pensamentos sobre essa gente dissimulada.

Em segundo lugar: Cristo é testemunha ocular do quanto sofremos e persistimos trabalhando em favor da expansão do conhecimento de seu nome. Nome que tem plena autoridade para curar enfermos e expulsar demônios. Ele sabe se, como crentes, agimos com disposição ideal ou se deixamos de priorizar o amor a Deus em nossas conversas e atitudes. Se errarmos quanto a isso, quer que mudemos o comportamento equivocado, e lembra que haverá o Dia de Acertos de Contas.

Ah... o Senhor sabe se nós odiamos aqueles que criaram, vivem e ensinam ao povo doutrinas estranhas ao Evangelho – ele odeia essa gente também.

Terceiro: Jesus recomenda aos que o ouvem que prestem atenção na mensagem do Espírito dada ás igrejas. O Espírito promete, aos que vencerem os problemas expostos acima, que dará a eles o fruto da Árvore da Vida, que está plantada no meio do Paraíso de Deus. Com certeza, este fruto é muito saboroso e bastante nutritivo!

Conclusão:

Mesmo que sejamos desajeitados como os albatrozes em nossa caminhada cristã, peçamos graças ao Senhor e nos esforcemos para alçar o voo da fé. Que possamos viver aninhados e aquecidos com nossos irmãos em Cristo, fiéis ao Pai celeste e com a pessoa que escolhemos para viver aconchego matrimonial. Viver sem desprezar as pessoas estranhas que se aproximam de nós, desejosas de fazer parte da irmandade que louva a Deus. E que a nossa comida espiritual seja comporta somente de porções diárias da Palavra de Deus, pois as Escrituras Sagradas são eternamente vivas e eficazes para nos manter fortes e saudáveis, seja em épocas de intenso calor ou frio.

E.A.G.