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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

EBD: 1º trimestre de 2017 (CPAD): As Obras da Carne e Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Comentarista: Osiel Gomes


Lição Bíblica da CPAD produzida ao primeiro trimestre de 2017, com comentário de Osiel Gomes.
A editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus apresentou a capa, de muito bom gosto, e o tema, importantíssimo, do 1º trimestre de 2017 da Revista Lições Bíblicas - Adultos.

Assunto: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pastor. Osiel Gomes.

Sumário de subsídios, clique nos temas e confira o que há preparado:

Lição 5 - Paz de Deus: Antídoto contra as Inimizades
Lição 6 - Paciência: Evitando as Dissensões
Lição 7 - Benignidade: um Escudo Protetor contra as Porfias
Lição 8 - A Bondade que Confere Vida
Lição 9 - Fidelidade, Firmes na Fé
Lição 11 - Vivendo de Forma Moderada
Lição 12 - Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina
Lição 13 - Uma Vida de Frutificação

E.A.G.

As consequências das escolhas precipitadas


EBD - Revista Lições Bíblicas Adultos - 4º quarto trimestre de 2016 - CPAD - O Deus de toda provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio as crises. Comentarista: Elienai Cabral. Lição-5: As-consequências das escolhas precipitadas.
Por Eliseu Antonio Gomes

O livre-arbítrio é um presente de Deus ao ser humano, pois este foi criado de maneira autônoma, de modo que Deus jamais permitiria que vivesse sem autonomia. Embora dotado de livre-arbítrio, um dom de Deus, o ser humano fez e continua a praticar o mau uso daquilo que deveria ser para a glóriia de Deus.

1. É necessário ter cuidado com as decisões.

Você pede a orientação de Deus antes de fazer suas escolhas? Então terá facilidades em conduzir sua vida.

Muito das nossas decisões tem a ver com a questão da vontade, a nossa vontade e o confronto com a vontade de Deus. Todos queremos fazer a vontade de Deus, mas sabemos que fazer a vontade de Deus, quase sem exceção, envolve mudanças, riscos, ajustes, decepções, sucessos e às vezes fracassos.

Não sejamos apressados em nossas decisões, precipitar-se produz crises econômicas, prejuízos irreparáveis em nossa vida espiritual, erros de difícil reparação.

2. Abraão, Ló e as planícies do Jordão 

O caminho que Abraão teria que percorrer não era sem as dificuldades próprias que surgem na caminhada, mas seria uma viagem sob a égide de Deus, e o patriarca não teria o que temer, porque Deus cuidaria dele e tudo o quanto possuía.

Deus disse a Abraão que deixasse sua parentela e fosse para Canaã. Entretanto, Abraão se deixou dominar pelo sentimentalismo familiar e permitiu que seus parentes interferissem na caminhada traçada por Deus para a "Terra Prometida". O patriarca levou consigo o seu sobrinho Ló.

Logo, fez-se necessário a separação de Abraão e Ló, para assegurar as bênçãos materiais e espirituais prometidas por Deus a Abraão. Os rebanhos de Abraão e seu sobrinho cresceram bastante. Com isso, compartilhar pasto e água passou a gerar conflitos familiares. Assim, Deus convida Abraão a peregrinar por toda a terra e declara: "toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre" (Gênesis 13.14-18).

3. É preciso entender que Ló foi atraído por aquilo que viu.

Ló, sobrinho de Abraão é um exemplo de prosperidade e perdas, é um modelo bíblico das consequências de atitudes baseadas na falta de paciência. Ao se separar de seu tio, escolheu ir para Sodoma, uma direção que a seus olhos parecia ser o melhor destino, sem consultar a vontade do Senhor, sem honrar Abraão, o chefe do clã.

A grande falha de Ló foi amar as vantagens pessoais, mais do que abominar a iniquidade de Sodoma. Ele teve pressa em decidir o caminho que queria seguir porque foi seduzido pelo seu olhar. Viu somente a campina bem regada de Sodoma, mas Deus enxergava com toda nitidez os habitantes daquela cidade como "grandes pecadores" que eram (Gênesis 13.10; 1 Samuel 16.7). Talvez tenha raciocinado que as vantagens materiais, a cultura e os prazeres de Sodoma compensariam os perigos, e que ele possuía estruturas espirituais suficientes para permanecer fiel a Deus. Com isso em mente, juntamente com sua família, ficaram expostos à imoralidade e à impiedade de Sodoma. Só após o castigo do Altíssimo, ele aprendeu  a amarga lição de que sua família não era forte o suficiente para resistir às influências malignas daquela sociedade.

A tradição localiza Sodoma no limite sul do Mar Morto. A devastação e esterilidade fornecem um depoimento do julgamento pelo "fogo e enxofre", que este local sofreu. Indícios geológicos nessa região de formação de sal, asfalto, enxofre e petróleo confirmam o registro bíblico. A parte oeste da região está dentro das fronteiras da moderna Israel. A cidade de Sidom funciona como um resort de saúde e um campo de repouso. Uma montanha peculiar, quase exclusivamente de puro sal identifica Sodoma, e os guias locais referem-se a ela como a "mulher de Ló".

Conclusão

Ló ao deixar de aborrecer o mal, trouxe morte e tragédia a sua própria família. Devemos aprender com as Escrituras que qualquer decisão importante que tomamos, não devemos fazê-la debaixo de pressão ou precipitadamente, pois é um grande mal que precisa ser evitado.

O crente não pode agir sem pensar, e acima de tudo sem oração, pois Deus conhece todas as coisas. Ele sabe aquilo que é melhor. Quando nos precipitamos não raciocinamos bem, não damos lugar ao bom senso, deixamos de andar por fé, andamos guiados pela vista. Quem tem a mente de Cristo, deve sempre manter os pés no chão, pedir orientação e aguardar o calor dos acontecimentos passarem.

Os pais de família devem tomar cuidado para não se embaraçarem como se embaraçou à família de Ló. Evitar que a pressa e a cobiça das coisas desse mundo tragam prejuízos ao seu lar, que faça sua esposa, ou esposo, e seus filhos padecerem. Existem diversas "Sodomas" nos tempos atuais, capazes de arruinarem espiritualmente o lar cristão.

E.A.G.

Compilações:
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 35-40, Rio de Janeiro (CPAD). 
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, página 38, Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, páginaS 52-54, Rio de Janeiro (CPAD). 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Não desanime


Lâmpada acesa em plena escuridão.
Jó havia perdido a saúde, os seus bens e os seus filhos. Tudo já estava tão ruim que parecia não ter como piorar mais, então, a sua esposa aproximou-se e disse-lhe: "Amaldiçoe o seu Deus e morra!"

Naquela situação péssima em que estava, a dose de desânimo da sua companheira foi rejeitada por ele, que manteve sua fé intacta. Resposta: "Mulher, eu sei que o meu Redentor está vivo!"

E o resultado deste comportamento positivo, a espera da redenção do Senhor, estando em meio às negatividades de sua cônjuge e de "amigos-da-onça", pode ser constatado ao final do livro de Jó. No último capítulo encontramos o relato de como ele experimentou a superação de todos os males que o afligiram.

Não se deixe abater pela indiferença daqueles que não se importam com você e a situação difícil, que talvez esteja experimentando agora. Olhe para Jesus! Leia e medite no capítulo 42 do livro de Jó, sabendo que você é muito importante para Deus.

Não desanime na primeira tentativa fracassada.

E.A.G.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Filmes bíblicos versus Bíblia

Por Neiva Silva

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" - 2 Timóteo 3.16.

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Quem não gosta de assistir um bom filme com histórias bíblicas? Eu sempre apreciei, mas no decorrer de alguns filmes assistidos, percebi que muitas situações encenadas à obra cinematográfica não estão escritas na Bíblia.

Pois é, muitos produtores ao apresentarem filmes, dizendo que estão baseados em histórias da Bíblia, criam algo à mais encima do relato bíblico. com a desculpa da haver necessidade de complementar as cenas. Eles chamam tais adaptações de "licença poética".

Segundo a Wikipédia, “a licença poética é permitida para que o escritor tenha toda a liberdade para manipular as palavras, para que ele possa transmitir tudo o que pensa ao leitor.”

Então, sempre que assistirmos algum "filme bíblico", devemos avaliá-lo do ponto de vista cristão. Não devemos tirar conclusões precipitadas de coisas representadas. Precisamos observar atentamente, com a finalidade de certificar se as cenas são fiéis às páginas das Escrituras ou se elas apenas se constituem numa peça de ficção. Não podemos aceitar tudo que é oferecido como produções fiéis aos Textos Sagrados sem fazer apuração séria. E nem tão pouco nos deixar influenciar por qualquer obra apresentada em sessões de televisão ou de cinema.

Os cristãos que estão acostumadas a ler a Palavra de Deus possuem o entendimento da necessidade de se fazer a comparação entre o que há registrado na Bíblia e os conteúdos das artes cinematográficas. Recebi um relato sobre algumas pessoas que dizem acreditar que cenas criadas com a tal "licença poética" são extraídas da Bíblia sem alterações ou adições. Elas estão muito confusas. Para não sermos confundidos, precisamos usar nosso tempo manuseando a Bíblia, não deixá-la aberta sobre a estante da sala de estar.

No Salmo 1, aprendemos que necessitamos ter prazer na lei do Senhor e nela meditar dia e noite. O Senhor diz assim em Oséias 4;6: “Eis que o meu povo está sendo arruinado porque lhe falta conhecimento da Palavra”.

Deus chama os povos que estão longe para permanecer perto, os que ainda não são seu povo para que seja seu povo. “Deem ouvidos e venham a mim; ouçam-me, para que sua alma viva" - Isaías 55.3 a.

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E aos que já são seu povo Ele diz: “Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio". “Sê sábio, filho meu, e alegra o meu coração, para que tenha alguma coisa que responder àquele que me desprezar" -  Provérbios 23.15; 27.11.

Para o nosso bem-estar espiritual, temos que agir como agia o povo de Beréia, conferir sempre na Bíblia o que se diz ser parte dela, se o que é dito é de fato verdadeiro. Só agindo assim é que obtermos a real possibilidade de andarmos sob a luz verdadeira. "Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo". Atos 17.11.

Algo que nós, como membros do Corpo de Cristo, não podemos permitir que aconteça em nosso coração é o desprezo pelas Escrituras Sagradas, pois deixando de examiná-la ficaremos atrapalhados, perante os enganos desse mundo, que por  jazer no maligno, não propaga a mensagem divina do modo como ela realmente é.

O salmista escreveu assim: "Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu confundido". Salmos 71.1. 

Por meio da Palavra, sabemos qual é a vontade de Deus para as nossas vidas. Ela é viva e eficaz. O Espírito Santo inspirou-a e através dela nos guia em toda a verdade. E conhecendo-a e obedecendo-a, Ele testifica em nosso espírito que somos filhos de Deus. E, por agora sermos filhos de Deus, honremos o compromisso com a Palavra da Verdade.
__________

Notas:

Noé (Noah) EUA. 2014. O ator Russell Crowe interpreta um Noé que toma várias decisões que a Bíblia Sagrada não relata que o patriarca bíblico tenha tomado. Filme distribuído pela Paramount Pictures. Dirigido por Darren Aronofsky. Roteiro escrito por Darren Aronofsky e Ari Handel.

Os Dez Mandamentos, produção da Rede Record de Televisão. Exibida nos televisores do Brasil de março de 2015 a julho de 2016, com alto prestígio da audiência. Após este período, migrou aos cinemas com muito sucesso de bilheteria. Criação e autoria de roteiro: Vivian de Oliveira. Diretor principal: Alexandre Avancini. Música-tema de abertura: Tigres; compositor do tema: Daniel Figueiredo. Destaques do elenco: Moisés (Guilherme Winter); faraó Ramsés (Sérgio Marone); Arão (Petrônio Gontijo); Miriã (Larissa Maciel / Isabela Koppel / Ariela Massoti ); Zípora (Gisele Itié); e Joquebede (Denise Del Vecchio). O enredo possui inúmeras situações inexistentes na Bíblia.

Artigo publicado no Belverede com adaptações do Editor.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A superstição difama o caráter de Deus


"Não se deve brincar com a superstição, pois é uma forma de difamação do caráter de Deus; Essa crença presume, inconscientemente, que o Altíssimo é fraco, e não tem poder para controlar tudo. Temor a demônios e a combinações de números ou a certos dias, estrelas e constelações e certos padrões estelares presumem que o Altíssimo criara uma força irresistível nesse mundo, a qual, Ele mesmo, não pode controlar. O Universo seria grande demais para o Senhor, onde se moveria apressadamente daqui para ali, tentando nervosamente controlá-lo."

A. W. Tozer, Os Perigos de Uma Fé Superficial, página 145, edição 2014, Rio de Janeiro (Graça Editorial). 

domingo, 16 de outubro de 2016

A providência de Deus no Monte do Sacrifício


Por Eliseu Antonio Gomes

Os itens estruturais da história expostos em Gênesis 22.1-19, são: o cenário (versículo 1); a ordem divina (versículo 2); o ato de obediência (3-10); e a bênção resultante por obedecer (11-19).

Nós encontramos nesta passagem bíblica experiências extraordinárias. O relato alcança aos limites  mais extremos da certeza que o crente tem, de que Deus ao penhorar sua palavra é sempre fiel, mesmo quando dá ordens que parecem destruir a evidência de que suas promessas estão sendo cumpridas

O monte Moriá. Moriá é um nome que possui poucas ocorrências no Antigo Testamento. As referências bíblicas, são as seguintes: Gênesis, capítulo 22: 2 Samuel 24.18-25; e, 2 Crônicas 3.1-2. Tais referências apresentam a prova fé de Abraão, situa o lugar em que estava localizada a eira de Ornã, o jebuseu, e aponta a localidade onde Deus apareceu a Davi, e esta mesma área especificada como o lugar em que houve a construção do Templo de Salomão.

A obediência de Abraão e a provisão no monte Moriá. "Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado" - Gênesis 22.1-3 (ARA).

Para a maioria dos leitores do Antigo Testamento, o relato de que Deus ordenou a Abraão que levasse seu filho, Isaque, à região de Moriá e que ali o oferecesse como oferta queimada sobre uma das colinas, é uma situação difícil de se pensar.

A tradução "tentou" (versículo 1, na Almeida Revista e Corrigida) cria desorientação, pois tal expressão induz para um pensamento negativo, trazendo à tona as perguntas: Deus estava estimulando Abraão a praticar pecado? Deus desejava provocar mágoa e tristeza no coração do patriarca?

A palavra hebraica, traduzida ao idioma português como "tentou" é "nissah", que significa “colocar em prova”. Neste episódio de Abraão e Isaque no monte Moriá, Deus testava a lealdade espiritual de Abraão, ao apontar para a vida física de Isaque, a quem o patriarca tanto amava.

Com certeza a caminhada rumo ao holocausto foi tensa para Abraão, ele percorreu três dias de viagem, quilômetros após quilômetros carregando um vaso que continha brasas para o fogo do holocausto e conduzindo o animal de carga que levava a lenha.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes da igreja em Corinto, declarou que Deus não permite que o cristãos sofra tentação maior do que a sua capacidade de suportá-la. Deus nos ama e por cauda deste amor, nos protege (1 Coríntios 10.13).

Um altar é erguido no monte do sacrifício. "Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos" - Gênesis 22.6 (ARA).

Havia aspectos desta situação que eram racionalmente inexplicáveis. Uma comunidade pagã justificaria o sacrifício humano dizendo que a vida dos sacrificados servia para fortalecer os deuses da comunidade em tempos de adversidade severa. Mas não havia semelhante adversidade na vida de Abraão ou do seu clã.

A obediência de Isaque e a provisão no monte do sacrifício. "Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho" - Gênesis 22.9-10 (ARA).

Os leitores da Bíblia são pegos pela grande agonia de Abraão, que silenciosamente deixa o acampamento, sem revelar para a mãe de Isaque, gerado em sua extrema velhice, a ordem que recebeu da parte de Deus. Como um ato assim contribuiria para o bem-estar mental e emocional de Sara? Também, seria muito difícil dizer sobre isso aos seus servos. Com certeza, por estes motivos, Abraão seguiu ao monte Moriá sem contar a ninguém o motivo da viagem.

Matar Isaque não seria de nenhum proveito óbvio para a vida de Abraão, do rapaz ou da vida coletiva do clã que o patriarca liderava. Inclusive, tal sacrifício contradizia as promessas de Deus. A base lógica do atentado não seria entendida facilmente pelos outros, pois tal ordem não refletia a natureza moral do Deus de Abraão.

O cordeiro substituto no monte do sacrifício. "Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho" - Gênesis 22.13, 14 (ARA).

A dor e a fé de Abraão são indescritíveis. Sem explicar o que ocorria, ele foi capaz de dizer aos seus servos: "Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós". Em seguida, ao ouvir a pergunta de Isaque: "Onde está o cordeiro para o holocausto?", manteve-se firme em sua fé e pôde responder: "Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto" (versículos 5, 7).

Quando os detalhes da construção do altar estavam meticulosamente realizados, os pulsos e tornozelos de Isaque amarrados, então Isaque foi posto sobre a pira. Quais eram os pensamentos amedrontados do rapaz, no iminente  ato final de seu pai, ao apanhar o cutelo, a faca do sacrifício, erguer o braço, pronto para desferir o golpe fatal? (Versículo 10).

"Quando é que Deus vai providenciar um cordeiro?" - talvez tenham perguntado para si mesmos. O sofrimento de entrega sincera de Abraão se desmanchou em alívio ao ouvir o brado do Senhor pedindo-lhe que não sacrificasse Isaque.

A bênção de Deus no monte do sacrifício. "Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz" - Gênesis 22.15-18.

Para Abraão, após sua prova de fé e a providencial intervenção divina em seu favor e de seu filho, o monte Moriá passou a ser considerado um novo lugar. Honrando a manifestação da graça de Deus na hora da provação, o patriarca mudou o nome lugar, passando a chamá-lo de Jeová-Jiré, que significa “o Senhor vê e proverá" (versículo 14).

Com certeza, a volta de Abraão e Isaque para casa foi bem diferente da viagem rumo ao monte!

A fé do patriarca, as provisões de Deus no monte Moriá e na cruz do calvário. "Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou" - Hebreus 11.17-19.

Abraão enfrentou a ameaça devastadora da morte de Isaque e venceu seu poder pela confiança plena na integridade de Deus. O escritor da Carta aos Hebreus nos revela que o patriarca, impulsionado por uma fé gigantesca no Deus de toda provisão, dentro de seu coração alimentava a esperança da ressurreição de seu filho, caso seu filho fosse sacrificado.

Neste episódio de Abraão e Isaque no monte Moriá, Deus demonstrou claramente que o que Ele realmente desejava era observar a inteireza de coração do patriarca, e a rendição às suas ordens, e não o derramamento de sangue humano. E por causa desse desejo, Deus enviou Jesus Cristo, como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas receba a vida eterna; e desde então. toda pessoa que invocar o nome do Senhor tem condições de ser salva (João 1.29; 3-16; Romanos 10.12-13).

A vida em Cristo Jesus. O grande compromisso da vida cristã feliz encontra-se em submeter-se inteiramente a Deus. O crente está sob solene obrigação para com seu Deus, para com seu próximo e para consigo mesmo.

• Para com Deus por causa das obras divinas na criação e na redenção;
• Para com o seu próximo porque, sem Cristo, aquele vizinho perecerá eternamente, se não evangelizado;
• Para consigo mesmo porque um dia todos comparecerão diante do Tribunal de Cristo e a vida de todos serão passadas em revista. 

Portanto, cabe ao crente atender sua tríplice responsabilidade da melhor maneira possível Se viver exclusivamente para si mesmo, ele será miserável nesta vida e sofrerá prejuízo na próxima. Mas se viver para o bem geral do seu vizinho, anunciando o Evangelho, terá realizado uma bondade real porque o que os homens realmente precisam é de Cristo e sem Ele perecerão eternamente.

Conclusão

Quando o crente entrega a sua vida inteiramente ao Senhor, age da melhor maneira possível que alguém possa agir, pois a sua pessoa, que ama a Deus acima de tudo, ajudará necessariamente a humanidade por meio da proclamação do Evangelho e estará, consequentemente, antes de servir ao próximo, serve aos seus próprios interesses. Isto é assim pelo fato de que ao servir com fidelidade a Deus, simultaneamente semeia sua felicidade no presente e conquista os seus galardões no futuro.

O grande segredo de uma vida cristã feliz encontra-se na disposição de obedecer a Deus, tal qual fez o patriarca Abraão.

E.A.G.

Compilações:
Comentário Bíblico Beacon, Gênesis a Deuteronômio, volume I, página 72-73, 4ª impressão 2012, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 33, Rio de Janeiro (CPAD). 
O Novo Dicionário da Bíblia, volume página 1073, 4ª edição 1981, São Paulo (Edições Vida Nova).
Pensa no teu futuro, William MacDonald, página 41, 2ª edição brasileira 2005, Ourinhos / SP (Edições Cristãs).

sábado, 15 de outubro de 2016

15 de Outubro: o dia do professor brasileiro


A classe de professores deveria ser honrada, mais do que todas as outras classes profissionais.

“Professor é profissão. Educador é missão" – Salomão Becker.

No Brasil, hoje, 15 de outubro, é celebrado o Dia do Professor. Esta data foi escolhida para a celebração porque coincide com o decreto imperial de Dom Pedro I, que em 15 de outubro de 1827, criou o Ensino Elementar e a obrigatoriedade de que se construíssem escolas em todos os cantos do nosso país. A data só passou a ser usada para comemoração aos professores em 1947, na escola Caetano de Campos, Rua Augusta, nº 1520, uma pequena escola paulistana. A celebração só foi estendida para todo o Brasil em 14 de outubro de 1963, quando ocorreu a promulgação do Decreto Federal 52.682, oficializando que o dia 15 de outubro seria um feriado escolar com vista a render homenagens aos profissionais do ensino.

A categoria de professores deveria ser honrada, mais do que todos as outros grupos capacitados em outras áreas de trabalho.

Defendo a tese que deveria ser assim porque é o pedagogo que forma outro pedagogo, que prepara o cidadão que vem a ser o cirurgião, o odontologista, o advogado, o arquiteto, o bombeiro, o engenheiro agrônomo, o economista, o farmacêutico, o fonoaudiólogo, o jornalista, o artista dos palcos, o instrutor de trânsito, o zootecnista e tantos outros meios de trabalho honesto que pessoas decentes encontram para sobreviver e, ao mesmo tempo, ser uteis para nossa sociedade.

Escrevi o óbvio, mas creio que fiz isso necessariamente, pois tamanha obviedade passa despercebida para tantos entre nós. Caso esta evidência fosse realmente perceptível, os mestres brasileiros seriam mais valorizados que jogadores e jogadoras de futebol, cantores e cantoras da música sertaneja. atores e atrizes de novelas e cinema.

Logicamente, os esportistas, gente do canto e das artes cênicas, têm sua valia. Porém, por questão da obviedade acima exposta, os especialistas do ensino merecem o reconhecimento de maior importância e relevância entre o povo brasileiro e em todas as comunidades existentes ao redor do mundo.

Parabéns aos cidadãos e cidadãs que escolheram como profissão o exercício da pedagogia.

E.A.G.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Crentes afortunados - segunda parte da reflexão: Mateus 6.31


A referência bíblica Mateus 6.31 nos mostra a lição de Jesus Cristo sobre prioridades, Jesus recomenda buscar primeiro o Reino de Deus. Vamos enfatizar: primeiro, porque não é da vontade do Senhor que busquemos apenas o Reino de Deus, devemos buscar, também “as outras coisas”.

Temos que buscar o bem da nossa alma, buscar bem do nosso corpo, e bem das nossas finanças. E para buscar essas “outras coisas”, a Bíblia exorta que tudo seja feito em nome do Senhor e para a glória do Senhor. Vejam Colossenses 3.17: “E, tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai".

Não é claro para muitas pessoas cristãs como podemos definir o vocábulo “prosperidade” na Bíblia Sagrada. Elas pensam que é a mesma definição que encontramos no mundo, que descreve o termo como o acúmulo de muito dinheiro. Ser próspero para Deus não é assim, porque o dinheiro não é resposta para tudo. Aliás, em muitos casos traz tristezas.

Ter uma fortuna neste mundo não é o mesmo que possuir a prosperidade que Deus oferece. Embora, na maior parte das vezes, o grande volume de dinheiro traga pompa, luxo e muitas regalias, jamais comprará a alegria de espírito e a paz do Senhor. Belos carros, joias que possuem as marcas mais desejadas, viagens ao redor do mundo, não são capazes de fazer a criatura ser amiga de seu Criador.

A prosperidade que Deus dá é mais rica, incomparavelmente mais poderosa do que a prosperidade oferecida pelo mundo. Pela ótica espiritual, ter prosperidade é estar próximo de Deus, gozar da paz com o Criador de todas as coisas, ser amigo do Dono de toda prata e todo o ouro e ter a capacidade de declarar tal qual o salmista “o Senhor é a minha porção na terra dos viventes” (Salmos 142.5).

A aproximação com Deus só é possível quando a pessoa se reconhece como pecadora, ser alguém carente da salvação que Deus oferece, através do sacrifício de Cristo na cruz. Ao reconhecer a condição lamentável da vida em pecado e decidir arrepender-se, para viver de acordo com a vontade do Pai celestial, a pessoa arrependida alcança a verdadeira prosperidade criada pelo Senhor.

A prosperidade de Deus é independente do saldo bancário. Uma pessoa com poucos recursos financeiros pode gozar da prosperidade dada por Deus, e, sendo próspera, viver em estabilidade financeira, estabilidade emocional, estabilidade espiritual. Esta condição faz com que ela seja plenamente feliz – algo que dinheiro algum pode comprar.

Há uma frase popular que diz o seguinte: “Aquela pessoa é tão pobre que só tem alguns milhões em dinheiro”.

Entretanto, quem possui as riquezas deste mundo também poderá viver a prosperidade de Deus, pois Deus não faz acepção de pessoas. Para tanto, os bilionários deste mundo devem receber a Cristo como Senhor e Salvador, recebê-lo com toda sinceridade de coração, “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios 5.20).

E.A.G.

Crentes afortunados


Em toda postagem contendo o assunto o uso de dinheiro por cristãos evangélicos, antes de tudo o mais, esclareço que não sou adepto da tal Teologia da Prosperidade.

Faço esta publicação com a necessidade de lembar que as Escrituras Sagradas nos falam de bênçãos materiais. No texto de Efésios 1.3, lemos que o crente é abençoado com bênção espiritual em Cristo Jesus; é necessário lembrar que alguns pregadores, ao explanar sobre Efésios 1.3, interpretam esta passagem alegando que Deus pouco se importa conosco enquanto carne e ossos, se sofremos ou não com escassez e doenças geradas pela falta do que comer.

Reflitamos. Toda bênção que Deus nos dá é espiritual e tem origem espiritual, mesmo que se manifeste em nossas vidas no plano material ou físico. Afinal, Deus é espírito (João 4.24)!

Também, preciso dizer que Deus nos fez seres tricotômicos. Somos seres compostos de três partes: espírito, alma e corpo. E como Ele nos ama, quer o nosso bem-estar completo. Jesus morreu por nós para nos salvar por inteiro, e não apenas no espírito, desprezando o bem-estar da alma e do corpo. E assim sendo, devemos esperar que as bênçãos do Senhor também alcancem a nossa esfera física e econômica.

Veementemente, refutemos aquela doutrina franciscana que apregoa que santidade está aliada com pobreza e ensina que riqueza é maldição. E nunca esqueçamos que o crente deve amar o Abençoador e não, tão-somente, as suas bênçãos.

Que o alerta do apóstolo Paulo não seja desprezado: tomemos cuidado com o desejo de enriquecer, porque este desejo atrai laços, tentações e atos loucos (2 Timóteo 6.9).

Tudo isto escrito aqui, nada tem a ver com essa tal Teologia da Prosperidade. Todo pregador que tem compromisso com Deus e amor pelas almas, estuda este assunto com carinho e repassa aos cristãos a Bíblia como ela é.

E.A.G.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Qual o significado para a Igreja, hoje, da festa do pentecoste?

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Desde que a experiência do falar em outras línguas, de modo sobrenatural, começou a ser fenômeno comum em alguns grupos cristãos tradicionais, tem havido muita reação por parte dos conservadores, que não aceitam como algo normal para a atualidade, fazendo com que este assunto seja um dos mais controversos no seio da cristandade evangélica, apesar de ler nas Escrituras Sagradas que isso era algo experimentado na Igreja Primitiva.

Antes de qualquer explicação sobre o povo pentecostal e suas práticas, é importante ponderar na relação existente entre o Espírito Santo e o termo "Pentecostes". A maioria dos pentecostais sabe que esta palavra é de origem grega, cujo significado é "cinquenta", pelo fato deste evento ocorrer cinquenta dias após a Páscoa. Os outros nomes da cerimônia, são: festa dos primeiros frutos ou das primícias. O evento tratava-se de uma das sete festas comemoradas pelos judeus, sendo a quarta delas. As festas eram; Festa da Páscoa; Festa dos Pães Asmos; Festas das Primícias; Festa do Pentecostes; Festa das Trombetas; Expiação e Tabernáculos.

Sobre o Pentecostes no Antigo Testamento a respeito: "Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao SENHOR. Das vossas moradas trareis dois pães para serem movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se cozerão; são primícias ao SENHOR. Com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR. Também oferecereis um bode, para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano, por oferta pacífica. Então, o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR, para o uso do sacerdote. No mesmo dia, se proclamará que tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as vossas moradas, pelas vossas gerações" - Levíticos 23.15-21.

Os sete cordeiros significavam uma oferta perfeita, total e voluntária; o novilho é o símbolo da mansidão e do serviço; e os dois carneiros uma maior convicção do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz do Calvário.

Como o Espírito Santo desceu sobre os quase 120 irmãos que aguardavam a sua vinda, segundo a promessa feita por Jesus, no dia em que a cidade de Jerusalém comemorava o Dia de Pentecostes, tal acontecimento ganhou este apelido, identificando-se com ele apenas no calendário (Lucas 24.49; Atos 1.8; 2.1, 4). Assim, a partir do Novo Testamento, Pentecostes passou a significar  unção, capacitação, poder.

O termo mais apropriado para definir os pentecostais seria "carismáticos", por acreditarem na atualidade dos dons do Espírito Santo. Contudo, o termo já foi consagrado pelo uso, buscados e experimentados pelos "pentecostais" desde o dia em, atendendo à pregação de Pedro, houve a primeira colheira de almas para Cristo, quando três mil pessoas se converteram.

Jesus foi ungido com poder para o desempenho de sua missão, conforme anunciou o profeta: "O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram" - Isaías 61.1-2.

E.A.G.

Artigo contendo extratos resumidos, de:
Mais de 201 Respostas para o seu Enriquecimento Espiritual e Cultural, Abraão de Almeida, páginas 151 e 152, 1ª edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD).
Teologia para Pentecostais, volume 2, Walter Brunelli, páginas 221-223, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro, Central Gospel.

domingo, 9 de outubro de 2016

Abraão, a esperança do pai da fé

 Abraão, a esperança do pai da fé
Na cronologia histórica de Gênesis, nos capítulos 1 ao 11, temos o relato da criação da Terra e  a criação do ser humano. Esses onze capítulos são vitais para entender o restante da Bíblia. Da Criação ao Dilúvio, as datas aproximadas envolvem os anos 3975-2319 a.C.; e do Dilúvio até a Era Patriarcal, temos os anos 2319-1967 a.C.

Abraão, o patriarca da fé, cujo nome Deus mudou mais tarde para Abraão, nasceu em uma dos mais fabulosos povoamentos do mundo antigo, Ur dos Caldeus, ao sul da Mesopotâmia. Nos dias de Abrão, Ur dos Caldeus, era o centro de uma rica cultura, lugar que ostentava uma arquitetura monumental, possuía enorme riqueza, moradias confortáveis, música e arte. A cidade, localizada ao longo do rio Eufrates, desempenhava um papel pequeno na história do Antigo Testamento, entretanto, era muito considerável. 

Abrão sob vocação e promessa

Gênesis capítulo 12 relata o início da nação de Israel, por intermédio da vida do patriarca Abrão.

Abrão, Tera e sua família eram semitas ocidentais (ou amorreus), embora nessa época estivessem vivendo no sul da Mesopotâmia, dentro dos limites ou nas proximidades da cidade sumeriana de Ur.

Tera era o pai de Abrão e o chefe do clã da família de Abrão; tomou a Abrão, Ló e Sarai para sair  de Ur dos Caldeus a fim de migrar à Canaã, mas, antes da chegada ao destino final ele faleceu na cidade de Harã, uma importante cidade da Síria (Gênesis 11.31).

Em Ur do Caldeus, Tera servia a outros deuses (Josué 24.2). Porém, apesar da idolatria, Abrão já havia tido contato com Deus, que o exortou a sair da cidade e deixar sua parentela e partir rumo à região que lhe mostraria (Atos 7.2-4). Após a morte de seu pai em Harã, Abrão recebeu a segunda exortação para deixar Harã e partir à terra que lhe mostraria, Canaã (Gênesis 12.1-5). Então, Abrão seguiu em peregrinação, acompanhado de Sarai, sua esposa, de seu sobrinho Ló, que era órfão de pai, e de seus servos, foi em rumo à Canaã, onde viveram como nômades em tendas por quase cem anos (11.29, 31).

Em uma caravana em ritmo normal, que cobriria uma distância de 32 quilômetros ao dia, a viagem de Harã até Canaã, algo em torno de 800 quilômetros, teria levado pouco menos de um mês.

O Deus que provê

A respeito da provisão na vida de Abraão, é importante considerar os seguintes detalhes:

• O patriarca teve a disposição de deixar a sua cidade natal e ir para outro lugar que o Senhor o mostraria;
• Ele foi dirigido pela fé, embora demonstrasse ter uma fé viva, precisou enfrentar muitos transtornos em sua caminhada;
• Quando recebeu as provações, não questionou a Deus; 
a. A primeira prova foi ter que afastar-se de sua pátria e de sua gente;
b. A segunda provação era a infertilidade de sua companheira;
c. O terceiro teste foi a falta de alimentação na terra.

A fé que Abraão tinha em Deus fez com que ele vencesse todos os obstáculos.

Por que haveria fome justamente na terra para onde Deus havia chamado Abraão, se o Senhor havia prometido que ele seria abençoado? Por que a incapacidade de sua esposa engravidar, se Deus havia prometido que faria dele uma grande nação? Os episódios serviram de testes de fé.

A chamada e o exemplo de fé apresentada por Abraão

Na cronologia bíblica, quando Deus chamou a Abrão em Ur dos Caldeus, o patriarca tinha, aproximadamente, 75 anos de idade ano aproximado de 1892 a.C. Ele trocou a glória passageira deste mundo por um relacionamento pessoal com Deus, e ganhou fama imortal. Hoje, é reverenciado por adeptos de três religiões mundiais: cristianismo, judaísmo e islamismo. O Antigo Testamento o reconhece como patriarca do povo escolhido por Deus, os judeus. E o Novo Testamento o honra como o pai espiritual de todos que "andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai" (Romanos 4.12).

O pacto de Deus com Abraão manifesta que, desde os primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações da terra. Disse o Senhor a Abraão: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gênesis 12.3).

Abraão teve uma vida longa e além disso foi muito feliz com as riquezas que o Senhor lhe deu (Gênesis 13.2). Porém, a maior bênção na vida de Abraão foi ele vivenciar intimidade com Deus. 

A chamada do cristão

A promessa sobre a descendência de Abraão é a segunda profecia sobre a vinda de Jesus Cristo a este mundo. Refere-se à bênção espiritual por intermédio dos sucessores de Abraão.

Quando Deus resolveu escolher um homem e uma família como ancestrais da nação de Israel, esse homem foi Abrão e a família foi a família de Tera. Ao escolhê-lo, o Senhor não desejava favorecer apenas o patriarca e sua posteridade. Tinha um plano colossal para abençoar as nações do mundo inteiro. O projeto divino ao chamá-lo, era fazer da família dele um povo separado, e através da sua semente enviar Jesus Cristo, o Salvador toda a Humanidade, de todas as épocas.

Ter fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, não significa que não teremos obstáculos em nossa marcha rumo à Canaã celestial. Em nossa caminhada neste mundo, temos que enfrentar muitas crises. Sem fé não é possível transpor as barreiras de maneira equilibrada. Contudo, o mesmo Deus que chamou, guiou e abençoou Abraão, também nos guia e abençoa. Ele está conosco, não caminhamos sozinhos.

Para que seu coração se encha de fé, busque o conhecimento da Palavra de Deus e queira obedecê-la integralmente: "E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" - Romanos 10.17 (ARA).

Conclusão

Quando meditamos nos relatos bíblicos sobre Abraão, encontramos muitos princípios que podemos aplicar hoje para enriquecer nosso relacionamento pessoal com o Senhor. Por exemplo, é preciso ter fé e determinação para obedecer a Deus e cumprir a sua vontade. A confiança e a disposição em obedecer a Deus fazem com que o crente alcance vitórias.

Muitos crentes descobrem que, quando começam a realizar a vontade de Deus, imediatamente encontram grandes obstáculos. Quando você enfrentar um teste assim, não tente repensar a vontade de Deus para a sua vida. Use a inteligência que Ele deu a você e, como fez o patriarca ao se deparar com a crise de fome na região em que estava, mudou-se temporariamente para o Egito, onde havia o que comer. Não desanime perante às dificuldades. Não tema as crises e não permita  que venham a impedi-lo de caminhar, Veja as crises como uma oportunidade  para fortalecer a sua fé e conduzi-lo a uma provisão ainda maior com o Deus de toda a provisão.

Aprendemos com Abraão que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer lugar que estejamos, desde que haja em nós a disposição de reconhecer a sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em harmonia com as exigências divinas. 

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Arqueológica NVI, página 21, edição 2013, São Paulo (Editora Vida).
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, página 37, Rio de Janeiro (CPAD).
Gênesis - Introdução e Comentário, série cultura bíblica, Derek Kidner, página 104, reimpressão 2011, São Paulo (Vida Nova).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 22-25,  Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, página 32, 51, Rio de Janeiro (CPAD).

sábado, 8 de outubro de 2016

Aflições e esperança


Talvez, você diga sobre a sua vida: não está sendo fácil.

Não ore ao Senhor apresentando suas opções, pedindo que Ele escolha uma delas. Vá até Ele com a mente aberta, creia que através de sua imensa misericórdia tem a melhor solução para resolver os problemas que fazem você sofrer.

Se a sua vida está marcada pela dor, se tudo estiver de ponta-cabeça, permita que os dias que está vivendo sejam recheados de esperança em Deus.

Não permita que as dificuldades se transformem em fracassos permanentes. Deus tem condições de virar a página triste para outras felizes. Ele é a nossa fortaleza, bem-aventurado é aquele que repousa seu coração nEle, pois encontrará descanso para a alma e o coração. Ele é o Deus que trabalha para aqueles que nEle esperam (Isaías 64.4).

Lembre-se: a origem das suas lutas é o mundo e as suas vitórias vem de Deus; uma parte dos problemas nesta vida existe porque agimos sem pensar, e a maior parte das soluções acontece porque agimos pensando em Deus. As aflições deste mundo não duram para sempre, assim como as nuvens negras transformam os dias de sol em dias nublados, as mesmas nuvens trazem as chuvas com as águas limpas.

Cada um escolhe o seu próprio caminho e o futuro revela o resultado de suas escolhas. Não dê lugar para a ansiedade. Mantenha sua fé, não existe caso perdido para quem crê nas promessas do Senhor. Deixe-o escrever novos capítulos em sua vida; queira viver um dia de cada vez, para não perder as boas surpresas que o Senhor prepara para você.

Contrariedades podem ser transformadas em êxitos quando enfrentadas com dedicação e fidelidade a Deus.

E.A.G.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça

Donald Zolan. Menino sentado em pneu, com aparência enfurecida.
A mensagem de Jesus contraria o senso comum. Como pode alguém perseguido e maltratado ser feliz? Essa bem-aventurança é a única que trata de uma ação sofrida, não de uma escolha anterior. Mesmo assim, ela é causada  pela manifestação de caráter.

O que causa a perseguição? Jesus não trata dos que são perseguidos por causa de sua rebeldia, obstinação ou maldade. A causa da perseguição é a justiça. O contraste entre a vida de uma pessoa que pratica a justiça e outra que leva uma vida de pecados e egoísmo é suficiente para incitar perseguições. O contraste condena; é insuportável para os que amam a injustiça. Neste mundo, quem vive e pratica a justiça de Deus enfrenta o ódio do inferno.

Estar sob esse tipo de perseguição revela a capacidade de dizer "não" à pressão da maioria. É preciso força de caráter para permanecer fiel em meio a uma multidão  que já vendeu seus valores. É preciso também uma convicção muito forte para sofrer dano por causa do compromisso com Deus. A perseguição revela coragem para ser e fazer a diferença, bem como a certeza de uma recompensa maior, nem sempre imediata.

Os perseguidos são felizes porque a perseguição revela que eles não pertencem a este mundo, mas o Reino que Deus veio estabelecer aqui: um Reino que não tem fim, eterno.

Sua recompensa esta, tanto aqui quanto em sua morada eterna junto a Deus. Já nesta vida, em meio ao sofrimento, terão a alegria da companhia de seu Senhor e a promessa de que receberão cem vezes mais o que perderam por seu amor ao Reino de Deus. Mas sua verdadeira recompensa já está reservada num lugar de onde nunca lhes será roubada. Felizes são os perseguidos!

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de outubro, Curitiba (Luz e Vida).  

A prova da amizade verdadeira

Cavalo carrega cão em água de rio.

Grupo de amigos sentados à beira de lago.


E.A.G.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Como superar as pressões e problemas que tentam abater a família tradicional?

Família doce família
A família passa por transformações, que do ponto de vista bíblico não se trata de modificações estruturais positivas. E, infelizmente, o núcleo familiar perde a característica de refúgio acolhedor.

Nos países ocidentais, geralmente a família tem como base pai, mãe e filhos. Os avós moram em suas próprias casas, enquanto for possível. Apesar da continuidade de contato com parentes mais afastados, as obrigações com estes são reduzidas.

Todavia, diferentes constituições de lares cada vez mais são encontradas nesta era da pós-modernidade:
• casa sem a presença do pai ou da mãe;
• residência de pais que, por algum motivo, não moram juntos;
• famílias de segundo casamento;
• lares constituídos a partir de união homoafetiva e com criança adotada.
Nas civilizações ocidentais, é comum os fortes laços de família estendida. Nesta composição, quando se pode realizar, os avós são habitualmente beneficiados com cuidados de seus filhos, genros ou noras. No Brasil, muitos avôs e avós ajudam nas finanças da casa de seus filhos casados, contribuem com o benefício que recebem da aposentadoria, e também na educação dos netos. Entretanto, por força do individualismo, arraigado na sociedade ocidental e dos apertos financeiros, a concepção clássica de família estendida enfraquece. Desse modo, ao invés de ser considerado um privilégio ter a convivência dos membros idosos da família, muitos filhos consideram que eles são uma carga difícil de suportar. E os velhinhos sofrem descaso e duros maus-tratos.  

Nos dias atuais, não surpreende o fato de esposas procurarem serviço fora de casa, para colaborar na renda familiar. Porém, embora isto ocorra, aparentemente, se espera delas que executem as tarefas habituais no lar. Nesta situação da mulher, levanta-se a pergunta: em paralelo com outros integrantes da família, que quantidade de afazeres em casa a mulher que trabalha fora deveria desempenhar?

Hoje em dia, o divórcio é cada vez mais solicitado, os pedidos da separação legal acontece mais cedo do que no passado. O índice de divórcio aumentou muito no século 20 e os casamentos continuam a fracassar no presente século 21. 

Além disso, muitos estão se casando menos, pessoas juntam-se no interior da mesma habitação sem o comprometimento do matrimônio. Tal comportamento é visto no mundo inteiro.

E a posição dos filhos diante dessas situações? Constata-se os seguintes transtornos:
• Multiplica-se o número de abortos;
• Muitas crianças são filhos de pais adolescentes;
• Diversas jovens engravidam de diferentes pais; e, muitos garotos engravidam mais de uma garota; 
• Muitos casais abandonaram o conceito de família tradicional, o que gera a grande epidemia de famílias sem pai ou mãe; e, bebês que nascem fora da estrutura do casamento; 
• Muitos filhos não têm o prazer de conhecer o pai ou a mãe, porque eles se relacionaram sem nem ao menos desejarem manter relacionamento estável;
• Pesquisas feitas em partes diferentes do mundo revelam que muitas crianças vivem abandonadas nas ruas, muitas fugiram de suas casas por motivo de abusos ou extrema pobreza.
Os vícios da jogatina, do alcoolismo e de outras drogas também geram a ocorrência da crise no seio doméstico e deflagram a desestruturação familiar, causando a irritação e violência entre o casal e do casal contra os filhos. Provocam a negligência dos adultos para com as crianças, suscitam a falta de diálogos e as brigas entre marido e esposa. Criam a rebelião juvenil, e outros problemas assoladores, acima mencionados e não mencionados neste texto.

Perante tudo isso relatado, alguns culpam a entrada da mulher no mercado de trabalho, outros apontam ao colapso moral generalizado. E nas prateleiras das lojas surgem obras literárias, de conteúdo duvidoso, cujos autores se apresentam como conselheiros conjugais. É enorme o fluxo de livros e revistas de autoajuda vendendo a solução dos problemas de relacionamento entre casais e de casais com seus filhos. O que é hilário, e tráfico ao mesmo tempo, é que esses conselheiros se contradizem entre si e a orientação de hoje amanhã poderá ser inexequível.

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra" - 2 Timóteo 3.16,17 (NVI).

A fonte de instrução confiável é a Bíblia Sagrada, pois foi inspirada pelo próprio Espírito Santo de Deus, que é o idealizador da instituição familiar (Gênesis 2.18-25). A Bíblia foi escrita para todas as pessoas, é a única que tem condições de salvar enlaces abalados, reestruturar relações destruídas. Deus conhece a constituição do ser humano e observa a rotina familiar desde o princípio da Humanidade e tem todo o poder de instalar a felicidade plena dentro dos lares em crise de relacionamento.

Quando os cônjuges se inclinam à possibilidade de receber os conselhos bíblicos, contido nas páginas das Escrituras Sagradas e, sinceramente, desejam aplicar tais orientações em suas vidas, eles recebem o socorro divino, a ajuda que proporcioná bom efeito na convivência entre o casal e o casal e seus filhos. Os princípios bíblicos funcionam para todos que os colocam em prática, são geradores de bênçãos indescritíveis.

Apesar disso, toda pessoa que abre seu coração para Deus continua a estar neste mundo cheio de violência, pressões econômicas, imoralidade e tantas outras inconveniências entristecedoras e a ter que permanecer disposta a lutar contra suas próprias imperfeições humanas. Porém, o conhecimento que elas adquirem com a leitura bíblica faz com que estejam aptas a se esquivarem do mal, crescerem espiritualmente e a aproveitarem tudo de bom que a vontade do Criador reserva para elas.

"Assim diz o Senhor, o seu redentor, o Santo de Israel: "Eu sou o Senhor, o seu Deus, que lhe ensina o que é melhor para você, que o dirige no caminho em que você deve ir" - Isaías 48.17 (NVI).

"Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra. Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus" - Efésios 3.13-19.

E.A.G.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O dinheiro, a prata e o ouro são de Deus


Como devemos usar o dinheiro que recebemos? Bem, para começar precisamos saber diferenciar o que é necessário daquilo que é supérfluo, e com este discernimento evitar o gasto irresponsável.

“Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos” – Ageu 2.8.

Quem exerce uma profissão recebe salário, ou se ainda não chegou à idade de trabalhar, possivelmente, recebe uma mesada dos pais. Toda pessoa que tem oportunidade de possuir dinheiro nas mãos com regularidade sabe que é difícil ganhá-lo e mais difícil ainda permanecer com ele.

É necessário aprender gastar bem o salário ou a mesada, especialmente vivendo numa sociedade em que um dos principais aspectos é a chamada ao consumo desenfreado. Shoppings crescem em número pelas cidades, com suas belas vitrines atrativas. A Internet disponibiliza lojas on-line em que o consumidor nem é obrigado sair de casa para obter o produto pretendido.

Como devemos usar o dinheiro que recebemos? Bem, para começar precisamos saber diferenciar o que é necessário daquilo que é supérfluo, e com este discernimento evitar o gasto irresponsável. É sempre importante lembrar que o dinheiro não é nosso, mas de Deus. Por isso, considere que os valores que passam por suas mãos são apenas empréstimos do Senhor, e que todos nós precisamos nos esforçar para ter muito cuidado na administração de tudo aquilo que Ele, gentilmente, nos confiou por algum tempo.

E.A.G.

Postagem realizada com adaptação ao blog.
Fonte: Bíblia Caminho - Desafio, Orientação e Crescimento para o Jovem, Jaime Kemp, edição 2011, Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A provisão de Deus em tempo difíceis


A provisão de Deus em tempo de crise.
Por Eliseu Antonio Gomes

Vivemos em um mundo em crise. A crise econômica que o mundo atual enfrenta, em especial no Brasil, segundo os especialistas, é resultado da crise política. Sabemos que este estado crítico, é consequência da ganância e da corrupção dos homens que não temem a Deus.

O apóstolo João caracteriza esse mundo como um grande sistema de vida regido pela "concupiscência da carne", isto é, todos os desejos, possíveis e impossíveis que a natureza humana e carnal impulsiona; pela "concupiscência dos olhos", quando os olhos físicos desejam apenas aquilo que satisfaça física e materialmente o ser humano; a "soberba da vida", quando o acúmulo de bens materiais torna-se o sentido de toda existência (1 João 2.16).

Apesar do sistema de vida do mundo corrompido, materialista, que se encontra completamente desvirtuado das recomendações das Escrituras Sagradas, o Reino de Deus não se desequilibra, pois o Senhor Jesus prometeu estar com o cristão, que se mantém fiel, até a consumação dos séculos e se faz presente. Não podemos nos esquecer que não estamos sozinhos neste século decaído. Não importa o tamanho e a extensão da instabilidade que atravessamos como cidadãos aqui na Terra, o Pai celeste tem sempre o cuidado, a provisão e a proteção para o seu povo.

Vida abundante em meio a um mundo em crise. "Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" - João 10. 7-11.

Religião não se discute? É verdade que o cristão não deve brigar ou agir com violência por causa da sua convicção religiosa. Todavia, não é verdade que religião é questão de opinião pessoal. Sabemos que já surgiram grupos religiosos pregando imoralidade, violência, suicídio e outras coisas absurdas. Vemos que uma ideia religiosa pode estar certa ou errada. Quando lemos as palavras de Jesus neste texto do capítulo 10 do Evangelho escrito por João, fica bem claro que Ele se apresentou como a única opção religiosa legítima da parte de Deus. Portanto, ainda que muitas religiões tenham ideias boas e positivas, só Jesus é a porta para Deus. Além disso, Jesus disse que corremos o risco de sermos enganados e levados, à destruição se tomamos a opção errada.

As crises dos tempos pós modernos, cujas características são as sociedades centradas no homem (antropocentrismo), influenciada pela concepção filosófica segundo a qual nada é definitivamente absoluto (relativismo) e pela doutrina que ignora os princípios na condução dos negócios humanos (secularismo), são armadilhas que aprisionam e torturam o coração do ser humano. Apenas quando a pessoa entrega a sua vida para Jesus Cristo é que conhece a libertação de sua alma.

O Bom Pastor cuida de suas ovelhas em meio a um mundo em crise. "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" - João 10.11.

Ao ouvirem a declaração de Cristo, no trecho João 10.1-21, os judeus sem dúvida pensaram em reis do Antigo Testamento como Davi, carinhosamente tidos como pastores de Israel. Porém, Jesus apresentava-se como o Salvador.

Há uma série de comparações baseadas no trabalho de pastorear ovelhas, muito comum na terra de Israel. No fim do dia, pastores costumavam conduzir rebanhos a um curral, onde um porteiro ficava vigiando a porta durante a noite. De manhã, os pastores vinham  e levavam as ovelhas para fora do curral, em busca de alimento nos campos. Ao contrário dos pastores modernos, que usam cães para conduzir seu rebanho, os pastores no tempo de Jesus caminhavam à frente do rebanho, que atendia seu chamado, as ovelhas só respondiam a uma voz familiar.

No Antigo Testamento, Deus é chamado de "Pastor de Israel" e os israelitas chamados de "ovelhas" (Salmos 23.1; 77.20; 80.1; 100.3; Isaías 40.11; Ezequiel 34.11-31). Também, no Novo Testamento a figura de pastor se aplica a Deus (Lucas 15.4-7).

Jesus, ao alegar ser o bom pastor, nas palavras registradas em João 10.11, declara sua liderança sobre um rebanho pelo qual se dispõe a morrer. Sacrificar-se por quem? Por todas as pessoas que o recebem como Senhor e Salvador.

Toda a suficiência em meio a um mundo em crise. "E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra" - 2 Coríntios 9.6-8.

Não há dúvidas de que é correto dar ofertas à igreja. De outra forma, como elas poderiam funcionar, pagar despesas e gastos? Isso não é uma mera invenção humana. A Bíblia ordena que os cristãos sustentem a obra de Deus. Como em qualquer outro contexto, pode haver mal uso desses recursos; com toda certeza, os responsáveis serão disciplinados por Deus. A ênfase dos versículos 6 e 7 é que nossa contribuição deve ser dada com alegria, pois Deus não deseja ofertas dadas por necessidade ou por obrigação, mas sim por um coração que deseja o crescimento do Evangelho nesse mundo. O cristão voluntário tem da parte do Senhor a promessa de receber "em tudo, ampla suficiência", isto é, não ficará prostrado pela nenhuma crise.

Além da contribuição para a manutenção do templo, não ignoremos a súplica do pobre. A indiferença para com as solicitações deles traz consequências ruins. Se formos ajuizados com as nossas finanças, não haverá possibilidade de perdermos nossa estabilidade econômica; se quisermos que a nossa bênção seja abundante, devemos dar abundantemente aos necessitados.

Deus suprirá todas as coisas em meio a um mundo em crise. "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades" - Filipenses 4.19.

Aprendamos a conservar a crença e a confiar em Deus, não nas circunstâncias. É necessário ter a mentalidade conformada aos planos divinos, sabendo que Deus é o dono absoluto de tudo e de todos, de toda riqueza, e tem o controle de todas as nossas necessidades. É dEle que vem a nossa provisão. No momento de incerteza pelas coisas que possam faltar, que a nossa busca a Deus seja prioritária, crendo que Ele nunca nos abandona, sempre nos acompanha, e cuidará de suprir nossas carências do dia a dia (Mateus 6.31-32). 

Deus farta de pão o necessitado em meio a um mundo em crise. "Abençoarei com abundância o seu mantimento e de pão fartarei os seus pobres" - Salmos 132.15.

Quão confiante é um bebê? Não muito, diriam alguns, pois os bebês choram energicamente ao menor sinal de fome. A criança desmamada, por sua vez, pouco mais velha, aprende a confiar na mãe, a perturbar menos e a simplesmente pedir comida em vez de cair no choro. No Salmo 131, Davi apresenta a profunda simplicidade da paciência infantil como modelo para ele e Israel aguardarem no Senhor. O apóstolo Paulo comenta de maneira semelhante em Filipenses 4.12-13.

Conclusão

Nesse mundo caótico, somos desafiados a viver o Evangelho e caminhar em provisão da parte de Deus. Nosso Senhor nos convida a sermos "sal da terra" e "luz do mundo", um candeeiro que ilumina toda uma região obscurecida por densa escuridão. Ao trilharmos um caminho onde Deus proverá tudo o que for necessário para a nossa sobrevivência, tanto do ponto de vista humano quanto espiritual, estaremos no centro da vontade do Pai celeste - e não existe lugar melhor para se estar.

A igreja deve vigiar, e orar como o profeta Habacuque (3.2), para manter-se avivada e não se deixar enganar pelo encanto desse sistema mundano.

A mensagem do cristão deve refletir claramente que o propósito de Deus é que a humanidade saia da mediocridade e ruína. O plano de Deus para o ser humano é que ele tenha uma vida próspera e plena.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia do Pescador, páginas 1134, 1256, 1288, 1ª edição 2014, Rio de Janeiro, CPAD.
Bíblia de Estudo Esperança, páginas 964 e 1062, 2ª edição 2011, São Paulo, Edições Vida Nova.
Bíblia de Estudo Facilitado - Philip Yancey e Tim Stafford, página 1360, São Paulo, Mundo Cristão
Bíblia de Estudo NTLH, página 1072, edição 2005 Barueri (SBB).
Ensinador cristão, ano 17, nº 68, outubro-dezembro de 2016, página 37, Rio de Janeiro, CPAD.
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, página 27, Rio de Janeiro (CPAD).

sábado, 1 de outubro de 2016

Boris Casóy troca Band por RedeTV!


Momento destacado de Casóy como mediador de debate eleitoral em agosto de 2016.
Imagem:  Lucas Ismael / Comunicação Band - Flickr
"Depois de quase nove anos, hoje eu estou me despedindo do "Jornal da Noite" e também da Band. Aos que me acompanharam, meus melhores agradecimentos. Quero agradecer também a Band, onde vivi só bons momentos profissionais e pessoais, e aos meus colegas que sempre me apoiaram. Dois deles faço questão de mencionar: José Luís Datena e Ricardo Boechat. Pra você, o meu até breve", disse Casóy em sua última apresentação na bancada do telejornal, ontem, 30 de setembro.

Sites que fazem cobertura de televisão afirmam que o jornalista passará a apresentar o RedeTV News a partir da primeira quinzena de outubro.

Atualização 10 de outubro de 2016:

Segundo uma informação na coluna de Flavio Ricco (UOL), a noite de estreia de Boris está marcada para o próximo dia 17. O jornalista dividirá a bancada com a colega de profissão Amanda Klein.

E.A.G.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Não é o bastante afastar-se do mal


Não é o bastante afastar-se do mal, é necessário ser praticante do bem e agir promovendo a paz em todos os relacionamentos conflitantes.