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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A fé e a oração de Jabez

"Houve um homem chamado Jabes, que foi a pessoa mais respeitada da sua família. A sua mãe pôs nele o nome de Jabes porque ela havia sofrido muito durante o parto. Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido" - 1 Crônicas 4.9-10 (NTLH).

O nome Jabez (a'-bez) possui significado forte e extremamente negativo: "tristeza"; "causador de dor"; ou, "ele causa dor"; ou, ainda, "ele causa tristeza".

A genealogia em que o nome de Jabez aparece é a da família real de Judá. Qual seria o motivo da mini-biografia de Jabez estar incluída bem no meio desta lista? Temos poucas informações sobre quem era ele. Sabemos apenas que sua mãe chamou o seu nome Jabez, porque deu-lhe à luz sentindo tristeza, e que foi ele quem mais sobressaiu entre seus irmãos.

O que Jabez fez de tão extraordinário que seja digno de nota? Ao examinar o texto bíblico, encontramos algo especial que explica a razão de existir tal registro bíblico. Jabez invocou o Deus de Israel, portanto, ele era um adorador do Deus verdadeiro. Podemos entender que era homem de constante oração e determinado a alcançar um objetivo. É um exemplo de servo de Deus.

O leitor atento da Bíblia certamente já percebeu que todos os nomes bíblicos, de Gênesis a Apocalipse, carregam a sorte de uma pessoa. Jacó, por exemplo, quer dizer “suplantador”, nome muito apropriado para o patriarca maquinador. Noemi e seu marido colocaram em seus filhos os nomes de Malom e Quilom, que significa “franzino” e “debilitado”, e exatamente assim eram eles, ambos morreram ainda jovens. Salomão significa “paz” e fazendo jus ao seu nome, tornou-se o primeiro rei de Israel a reinar sem precisar ir à guerra.

Assim sendo, Jabez que nasceu numa época em que nomes significavam verdades e eram símbolos da realidade, e viveu durante o período em que o nome era freqüentemente tomado como um desejo ou uma profecia para o futuro de quem o possuía, recebeu uma identificação que significava “dor”, não era um bom presságio para ele. Mas apesar desse quadro inicial negativo, porque tinha fé, acreditava na bondade do Senhor, clamou pela bênção divina e tornou-se um honrado chefe de uma família de Judá,

O nome foi dado a ele no momento do nascimento. Retratava o humor de sua mãe, que o trouxe à luz durante um parto muito complicado e dolorido, seu significado se encaixava às circunstâncias do momento complicado em que nasceu.

Provavelmente, enquanto crescia o seu nome trouxe-lhe amargura, provocou a zombaria e desdém de seus irmãos e circunvizinhos, causando-lhe muitos problemas de relacionamento. Ao longo de seus anos, ouviu sobre o Deus de Israel, vivo e verdadeiro, que havia libertado seus ancestrais da escravidão, que os resgatara de poderosos inimigos e os colocara numa terra de fartura. Ao tornar-se adulto, Jabez acreditava e confiava piamente no Deus de milagres e maravilhas, que ouvia e respondia orações. Então, cansado de sofrer ele decidiu pedir um novo começo para si mesmo e formulou uma das orações mais famosas que encontramos no Antigo Testamento, sabedor de que se dirigia ao Deus que era fiel a aliança que havia feito com seu povo e tinha condições de responder sua oração de forma satisfatória. Ele pediu a bênção do Senhor sobre sua vida. E foi abençoado.

A palavra "bênção" é mais profunda do que uma saudação de "bom dia" ou "boa noite". É mais profunda que a bondade humana de alguém altruísta que favorece outra, expressa a bondade de Deus que ocorre como um favor ilimitado e sobrenatural.

A oração de Jabez não está registrada na Bíblia apenas pelo fato de ter sido feita, mas em razão de como ela foi realizada, isto é, com palavras cheias de fé, sinceridade e devoção, e por seu resultado alcançado. Jabez buscou a providência de Deus de maneira consciente.

Ao clamarmos pela bênção de Deus, não devemos pedir a bênção como se ela fosse algo comum, como se fosse algo que poderíamos conseguir pelo nosso próprio esforço. Ao clamar, devemos esperar pela maravilhosa e ilimitada bondade, que apenas Deus tem para oferecer e deseja conceder.

Ao orar, não é preciso usar as mesmas palavras de Jabez, apenas ter na oração os mesmos elementos: o sentimento de dependência, expressão de confiança, ímpeto, e coração aberto. Ao estar diante da face do Deus pessoal, adorá-lo, sabendo que só podemos pedir que a mão de Deus esteja conosco quando nosso desejo supremo é fazer a vontade dEle. Desta espécie de oração surge a poderosa vontade de Deus, que concede resposta conforme o pedido.

Encontramos na Bíblia muitas mulheres que na condição de mães são mencionadas como influenciadoras de seus filhos, tanto para o bem quanto para o mal. As mães dos reis perversos de Israel, a mãe de Moisés,  a mãe de Timóteo, etc. Através das experiências de Jabez, aprendemos que Deus intervém na vida de quem o ama. Assim, o destino de todos nós não está traçado por causa de erros cometido em momento infeliz de uma mãe ou um pai, ou por outros fatores circunstanciais . É por isso que muitas pessoas estão retratadas na Bíblia com dois nomes de significados diferentes: Abrão se tornou Abraão, Sara, Sarah, Jacó passou a ser chamado de Israel e Simão se transformou em Pedro, e assim por diante.

É preciso servir ao Senhor crendo que Ele quer o nosso bem e sempre mostrará o caminho para sair de qualquer espécie de problema. O exemplo da fé de Jabez nos revela que Deus ouve o clamor do justo e altera o destino ruim que o meio em que vivemos nos coloca. Quando confiamos em Deus, o nosso futuro está nas mãos dEle.

Aprendi com a oração de Jabez que ao orar as palavras não devem sair da minha boca por sair, aquelas que cinco minutos depois da oração não lembro mais o que foi dito. Explicando de outro jeito, não convém fazer orações sem valorizar a liberdade de se aproximar do Trono da Graça. Tenho experiência neste sentido: quando há valor, há resultado positivo, mesmo que a resposta não seja a esperada, sei nitidamente que fui respondido.

E.A.G.

Compilações:
A oração de Jabez, Bruce Wilkinson, 2001, São Paulo (Editora: Mundo Cristão)
http://biblehub.com/1_chronicles/4-10.htm 
http://biblehub.com/commentaries/illustrator/1_chronicles/4.htm 
http://biblia.com.br/dicionario-biblico/j/jabez/ 
http://www.godembassy.org/main/pastor-sandej-adeladzha/item/2110-sudbonosnyie-imena.html?tmpl=component&print=1

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A verdadeira fé não faz acepção de pessoas

Por Eliseu Antonio Gomes

O primeiro conselho de Tiago aos irmãos evangélicos é sobre a necessidade de não haver na igreja uma fé que cometa acepção de pessoas. Provavelmente, ele tenha convivido com irmãos que prestavam consideração exagerada às riquezas e aos luxos desse mundo, tenha conhecido crentes que prestigiavam os ricos e desonravam os pobres.

Deus trata todas as pessoas de maneira igual

João viu "uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro..." - Apocalipse 7.9.

Por influência de características genéticas e climáticas e de outras ordens, os seres humanos foram se reunindo em cantos distintos da Terra, mas toda a Humanidade tem origem comum em Adão. Portanto, não tem o mínimo sentido dizer que os negros, os africanos, foram pessoas escolhidas para serem rejeitadas por Deus. Para o Criador,  não há privilégios, favoritismo ou discriminação de raças; o Senhor contempla a todos de maneira igual, independente do grupo biológico, características genéticas e posição socioeconômica (Gênesis 1.27; Isaías 45.12; Atos 17.26).

O que é acepção de pessoas?

Acepção é a tradução de uma palavra grega que, literalmente, significa "receber o rosto". No Novo Testamento, ela é usada primeiramente como uma tradução literal da palavra hebraica do Antigo Testamento correspondente a acepção.

"Receber o rosto" é fazer julgamentos e estabelecer diferenças baseadas em considerações externas, tais como aparência física, status social ou raça; é agir com parcialidade, tomar partido, formar facção, fazer escolhas e rejeições; é a tendência de preferência em favor de pessoa ou pessoas em detrimento de outra ou outras, atribuição de títulos ou privilégios. Tiago utiliza o termo com o significado de preferência de pessoa ou grupo, predileção por alguém em atenção à classe social.

O favoritismo baseado em aspecto externo é incompatível com a fé em Jesus, que veio derrubar as barreiras de nacionalidade, raça, classe e religião. No exercício da fé verdadeira "não pode haver grego, nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos" (Gálatas 3.11).

Você já viveu uma situação de ver uma pessoa pela primeira vez e sentir aversão dela? Esta sensação é o estado primário da acepção, mesclado com o preconceito. É preciso aplicar em nosso viver diário os ensinamentos do próprio Deus, que a despeito de Sua glória e majestade, trata a todos de igual modo, não discriminando raça, nacionalidade, cultura, condição social, sexo. Ele não olha a aparência exterior, mas o coração.

A doutrina calvinista

O teólogo João Calvino ensinava que segundo o decreto de Deus algumas pessoas estão predestinadas a vida eterna e outras a condenação eterna. Esta declaração é contrária ao caráter de Deus, que "amou o mundo inteiro" e interessa-se por todos que aceitam a Palavra, com obediência, em qualquer lugar do mundo, de todas as etnias e classes sociais (João 3.16).

Deus quer que as pessoas de todas as nações se arrependam de seus pecados e sejam salvas (2 Pedro 3.9).

O procedimento ideal do cristão

As exortações da Carta de Tiago abordam a questão da perseverança na provação, a importância de uma fé inabalável, os problemas de riqueza e pobreza (1.2-18); a necessidade de se colocar em prática a Palavra de Deus (1.19 - 2.26); o problema das brigas entre irmãos e o antídoto às crises de relacionamento (3.1-4, 12); as atitudes e características que devem estar presentes no perfil do cristão (4.13 - 5.11); juramentos, oração, o estímulo a que se conduza os pecadores ao arrependimento (5.12-20).

Isto tudo posto, é marcante que as diversas preocupações de Tiago revelam a unidade do seu raciocínio do início ao fim de sua redação. O apóstolo revela a necessidade de cada cristão ser praticante da Palavra de Deus, pois a religião pura se consiste dessa prática, que por sua vez só é possível quando o crente vive em ações de amor a Deus e ao próximo. Amor a Deus manifestado pela obediência; amor ao próximo manifestado através do fato de não discriminá-lo e ao socorrer os pobres e as viúvas em suas necessidades.

Em Tiago 2.3, é apresentada uma situação que exemplifica o ato de acepção. O apóstolo retrata uma cena deplorável. A ilustração mostra duas pessoas de aparências externas bem diferentes entrando num local de reunião como visitantes. Uma delas apresenta todos os sinais de riqueza: veste-se em trajes de luxo resplandescentes e usa anéis de ouro, tais como os usados por membros da classe alta dos cavaleiros romanos. O outro é um homem pobre e veste-se com roupas sujas. O homem rico recebe uma atenção especial e é conduzido com gentilezas ao seu assento. Por outro lado, ao homem pobre é dito: "Você, fique de pé ali', ou: 'Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés" (Tiago 2.3 - NVI).

É pecado fazer acepção, principalmente contra as pessoas menos favorecidas economicamente, pois Deus as escolheu para Si (Tiago 2.5). É preciso vigiar, caso não haja vigilância, é possível haver favoritismo social onde as pessoas dizem ser geradas pela Palavra da Verdade. A principal razão para rejeitar a acepção de pessoas é que o Evangelho é a mensagem que dá respeito e dignidade ao ser humano. O favoritismo, a parcialidade e quaisquer tipos de discriminação devem ser combatidas rigorosamente na igreja local, porque é atitude altamente reprovável diante de Deus.

Atitudes de parcialidade, ou acepção, demonstram que quem assim age não é pessoa espiritualmente sábia, pois a sétima característica da sabedoria do alto é a imparcialidade, ou seja, não executar preferência injusta (Tiago 3.17).

Sobre acepção no Antigo e Novo Testamento

Existem diversas referências no Antigo e Novo Testamento que evidenciam a recomendação de que é preciso saber respeitar as diferenças individuais, e Tiago faz uso de algumas delas.

A passagem bíblica de Deuteronômio 10.17 reflete muitos assuntos abordados por Tiago (1.21 - 2.2.6). O texto veterotestamentário narra o momento quando Moisés, o grande líder de Israel, se despediu do povo, exortou-o a amar a Deus e servi-lo, dizendo: "Pois o Senhor vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande e terrível, que não faz acepção de pessoas".

Tiago também se reporta a Levíticos 19.15 (ARA), que tem escrito "Não farás injustiça no juízo; nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo", uma vez que no capítulo 2 e versículo 18 de sua carta encontramos a citação expressa de Deuteronômio 18.18.

Assim como tratou Tiago, Pedro também abordou a questão da acepção de pessoas: ao chegar à casa de Cornélio. Muitos dos companheiros judeus de Pedro acreditavam que Deus os amava mais do que os gentios, mas Pedro compreendeu que Deus não se relacionava com os israelitas usando favoritismo. Então iniciou a pregação dizendo: "Reconheço, por vontade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo" (Atos 10.34, 35).

Conclusão

Tiago refere-se ao Evangelho como a Lei da Liberdade.

No coração do cristão deve haver respeito às pessoas de maneira igual, o crente não deve favorecer algumas pessoas mais do que outras. Se age assim, desobedece a Lei da Liberdade, a Lei de Cristo. O apóstolo repele, duramente, o comportamento de quem privilegia as pessoas por sua riqueza, afirmando que tal ação se caracteriza em se fazer de "juízes de maus pensamentos", e afirma que tal procedimento a seu tempo será julgado. (Tiago 2.1-4, 12 , 8-9).

Na Igreja do Senhor não deve haver acepção de pessoas, pois todos custaram o mesmo preço do sangue de Jesus e todos somos um nEle. No Corpo de Cristo, constituído por almas remidas,  flui a vida divina, em cujo processo natural é a relação interpessoal de amor e confiança entre todos os membros, que afetam uns aos outros gerando a edificação mútua (Efésios 4.13-16).

O cristão brasileiro, de pele parda, com miscigenação do índio, do europeu, do africano e asiático, tem a mesma importância para Deus que o cristão israelense ou palestino, chinês ou japonês, russo ou norte-americano, inglês ou argentino. Enfim, em Cristo, todos, de qualquer raça, aparência ou cultura, pobres ou ricos, quando aceitam a Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas, são uma só pessoa para Deus (Gálatas 3.28).

E.A.G.

Compilação 
Lições bíblicas - Mestre, Eliezer de Lira e Silva; 3º trimestre de 2014, páginas 41-47, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre, Elinaldo Renovato de Lima; 1º trimestre de 1999, páginas 32-36, Rio de Janeiro (CPAD). 
Tiago - Introdução e Comentário, Douglas. J. Moo, páginas 62 e 63; 1ª edição 1990, reimpressão 2011, São Paulo (Edições Vida Nova).

Pastor Silas Malafaia se manifesta sobre conflito de Israel e Palestina


Números de 2014 são referentes ao primeiro
 semestre.
O Pastor Silas Malafaia comenta em seu programa de televisão a razão de escolas e mesquitas serem alvos de mísseis israelenses. Qual? Locais públicos, lugares de concentração de cidadãos palestinos são usados como escudo e esconderijo de armas de guerra.

Lembra que Israel é uma estado democrático, estado soberano. E que o Hamas é um grupo terrorista, considerado assim pelos Estados Unidos, países europeus e outras civilizações. Ele não cita nominalmente o Partido dos Trabalhadores (PT) e nem o governo de Dilma Rousseff, mas parece fazer alusão a eles quando usa o termo "esquerdopatas". O motivo de não citar abertamente é a lei eleitoral vigente no Brasil, que obriga órgãos de comunicação a silenciar em tempo de eleições sobre assuntos políticos.

Transcrição resumida da fala:

"Eu quero dar uma palavra para o povo de Deus, agora eu vou chegar na questão teológica. Eu queria falar para o povo de Deus que nós, que cremos que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus, não temos nada a ver com opinião pública e nem com lógica. A fé não tem a ver com o meu entendimento, nem com a minha lógica e nem com a opinião pública. 

Então, deixa eu citar a Bíblia para vocês. Quando Deus disse para a Abraão em Gênesis 12 'saia da sua casa, da sua parentela à uma terra que Eu te mostrarei, farei de você uma grande nação, abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, em ti serão benditas todas as famílias da terra...'.

Agora, vou fazer a análise teológica do texto. Estou vendo pessoas falarem bobagens na Internet. Quem te falou que essa promessa de Deus acaba em Abraão? Quem te falou que a promessa de Deus termina ali ou na geração futura? Querido, o texto é tão violento, é tão incrível, é tão extensivo, que quando diz 'em ti serão benditas todas as famílias da terra', está dizendo que a partir de Abraão vem Jesus Cristo para abençoar  todos. Quer ver a prova disto no Novo Testamento? Gálatas 3.8: 'Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o Evangelho a Abraão, dizendo: todas as nações serão benditas em ti'. Esta última promessa que Deus faz a Abraão se cumpre, portanto, querer dizer que Gênesis 12 não vale para nós hoje, é querer menosprezar a Bíblia. 

E tem mais, olha o que Paulo diz em Romanos 11.1: (...) 'Digo, pois, porventura rejeitou Deus ao seu povo? De modo nenhum; porque eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim' (...) Romanos 11.5: 'Assim, pois, agora neste tempo ficou um resto segundo a eleição da graça'.  (...) Portanto, nação que amaldiçoa Israel também é amaldiçoada, gente amaldiçoa Israel também é amaldiçoado. 

Eu queria das um alerta ao povo de Deus, para não falar bobagem, para não deturpar a Palavra e não ir atrás de esquerdopatas, que sempre estiveram a favor de terroristas, que não dão palavra nenhuma contra grupo terrorista nenhum. Eu não posso falar mais nada... Cuidado, povo de Deus, para você não ir atrás de ideologia de esquerdopatas, que odeia tudo que está na Palavra, que odeia todos os princípios dos valores de Deus. Cuidado! É um alerta que eu dou a você. (...)

Como povo de Deus, a Bíblia diz para orar pela paz de Israel. Que o Senhor tenha misericórdia, que tenha misericórdia daquele povo palestino, porque o Senhor morreu por todos, Jesus morreu por todos, inclusive por eles, que o Senhor tenha misericórdia e isto chegue ao final.

'Ah, pastor! A escatologia!' Eu digo que quem está no controle é Deus, estou fazendo a minha parte, o controle escatológico é de Deus, não é meu. Minha obrigação é orar, interceder pelos povos. A nossa obrigação é pregar o Evangelho. Agora, o fator escatológico é com Deus, não é contigo e nem comigo."

E.A.G.

Fonte: Vivendo na Graça - www.youtube.com/watch?v=BDvCgCPLn4I 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A morte e a vida além-túmulo

Hoje, no espaço de conversa reservada do meu perfil no Facebook, um  garoto enviou para mim um arquivo no formato gif com a imagem de uma caveira. O crânio e os ossos dos braços e antebraços se movimentavam, como se ainda houvesse vida no esqueleto.

Perguntei a ele se conhecia Hebreus 9.27. Acho que não conhecia ou não se lembrava.

Está escrito: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo..." O que isso quer dizer? Todas as almas que se mantiveram alienadas à vontade divina no plano físico, mesmo aqueles bons cidadãos que não encontramos nada que os desabone, um dia terão que prestar contas ao Senhor. Ninguém escapará de um julgamento justo e de pagar por seus erros aqui neste mundo. Sim, mesmo quem se comporte como pessoa exemplar precisa se alinhar aos propósitos específicos de Deus para sua vida terrena.

skull gif photo: skull skull-1.gifQue bom, a declaração bíblica continua no versículo seguinte, assim: "...Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação." Explicando: aquele que deixa este mundo com Cristo no coração, reconhecendo-se como pecador e reconhecendo que Cristo é a solução para a felicidade no porvir, um dia terá sua estrutura física deteriorada, mas seu espírito encontrará do outro lado da existência humana a vida eterna, irá morar com Deus no céu.

Parece sem sentido para você precisar ajustar-se à vontade de Deus para ser feliz após morrer? É o certo fazer isso. Olhe para o chão que você pisa, depois para o céu... Pare e encha seus pulmões de ar o máximo de puder e depois solte o oxigênio de olhos fechados, devagar, contando do zero ao dez... Belisque-se. Tudo isso que você fez, viu, sentiu, raciocinou, só é possível que faça porque o Criador projetou tudo antes. Nada e ninguém é obra do acaso! Você e eu, todas as pessoas, existimos e não viemos a existir por acidente do destino. Então, para corresponder à boa vontade divina em nosso favor, o mínimo a ser feito  é aproveitar tudo que está criado - interagir usando o bom sendo e respeito ao próximo - e ser grato. Gratidão manifestada seguindo a vontade divina.

Leia a Bíblia Sagrada, principalmente o Novo Testamento para entender o que Deus espera de você, nas páginas das Escrituras Sagradas há um recado para você.

E.A.G.

domingo, 3 de agosto de 2014

Coisas que a vida ensina depois dos 40


Amor não se implora, não se pede não se espera...

Amor se vive ou não.

Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.

Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.

As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.

Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.

Água é um santo remédio.

Deus inventou o choro para o homem não explodir.

Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.

Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.

A criatividade caminha junto com a falta de grana.

Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.

Amigos de verdade nunca te abandonam.

O carinho é a melhor arma contra o ódio.

As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.

Há poesia em toda a criação divina.

Deus é o maior poeta de todos os tempos.

A música é a sobremesa da vida.

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Filhos são presentes raros.

De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.

Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.

O amor... Ah, o amor...

O amor quebra barreiras, une facções,destrói preconceitos,cura doenças...

Não há vida decente sem amor!

E é certo, quem ama, é muito amado.

E vive a vida mais alegremente...

Artur da Távola

__________

Quase concordei em 100% com essas reflexões. Bichos são anjos disfarçados?

sábado, 2 de agosto de 2014

Pastor árabe fala sobre a guerra em Gaza dentro do conflito

Traduzido por Eliseu Antonio Gomes

O conteúdo logo abaixo é uma carta aberta de Shmuel Aweida dirigida a todos os "pacifistas" que se levantam contra Israel. De origem árabe-israelense, ele pastoreia uma congregação messiânica de Israel em língua hebraica. Preste atenção em suas palavras, pois Aweida é porta-voz daqueles que observam a situação de dentro para fora.

 __________

"Caros amigos que se rotulam como "pessoas em busca de paz", "pró-cessar fogo", ativistas da "paz e reconciliação".

Perdoe-me por não embalar os doces sonhos e manifestações pela paz, que consideram tão importantes... As pessoas que não se preocupam com a população que sofre sob o regime do Hamas, que impõe suas regras ao longo dos anos, não podem ser consideradas moralmente superior a qualquer soldado israelense, que agora está em ataque terrestre. Desculpe-me por dizer que você parece melhor, mas realmente não é... Sinto muito...

Se você realmente se importasse, então, demonstraria o desejo de ver Gaza livre do Hamas e de outras organizações jihadistas islâmicas! Como pode dizer que sente dó de crianças feridas acidentalmente durante os ataques de Israel, quando não se importa que essas mesmas crianças inocentes sejam intencionalmente doutrinadas a odiar israelenses? Você diz sentir pena das crianças famintas, mas ignora que elas estejam sendo alimentadas, diariamente, nas escolas e pela televisão com o venenoso discurso do Hamas e Fatah.

Como pode sentir pesar pelo sofrimento das mulheres que agora choram, se antes não se importava, e ainda não demonstra interesse, com a situação que elas vivem há anos sendo humilhadas, discriminadas e até mesmo sendo vítimas de estupros e assassinatos?

Outra coisa que não entendo: Pessoas do tipo "gente boa", que demonstram o desejo e oram pelo cessar-fogo na guerra de Israel contra o mal, mas que são anti-semitas, anti-humanas, financiadoras de organizações sanguinárias como o Hamas (elas não apoiam os cidadãos palestinos), pois suas ONGs e governos enviam bilhões de dólares de "ajuda" para um sistema extremamente corrupto. Dessa maneira, colaboram para que Israel continue "seu trabalho".

E adivinhe o que habitualmente acontece? Ao invés da doação em dinheiro ser usada para combater a fome é usado para aumentar o número de armas. Em vez de direcionar ao ensino nas escolas, para ensinar a matemática às crianças, ensinam essas crianças a odiar os judeus e as incentivam a tomar parte da jihad ("guerra santa") contra os judeus. Em vez de construir casas e hospitais, desviam o dinheiro para construir túneis para fins terroristas.

Os túneis que a Força de Defesa Israelense (IDF) encontrou e explodiu nos últimos dias custaram milhões de dólares, minhas amadas pessoas ingênuas do Oeste!

Não estou dizendo que Israel não comete falhas por aqui. Mas, muitas vezes me pergunto: os melhores amigos do povo palestino são as pessoas que sustentam o regime islâmico?

Simplesmente não entendo! Alguém aqui tem que alcançar uma melhor compreensão do que existe entre nós!

Por mais que eu odeie esta guerra e o preço pago pelos nossos queridos soldados e civis inocentes dos dois lados, odeio mais o fato de que tudo isso possa ser necessário! Que seja preciso haver a dor da guerra para colher os bons frutos da paz! Que o Deus dos Exércitos e os exércitos nos dê Sua Shalom!

No mês passado, houve muita atividade nos meios sociais de comunicação. Eu me decepcionei e me frustrei com alguns amigos do Facebook por causa do tamanho da cegueira e ingenuidade deles com relação a situação real e as origens do conflito no Oriente Médio.

Será que eles pensam mesmo que o Hamas tem tudo a ver com o Islã? Todos eles não enxergam os fatos que acontecem na Síria, no Iraque e em toda a região ao redor? Não vêem o que o Hamas faz contra a população pobre, que vive sob constante terror diário? Não sei porque continuo sendo surpreendido...

Aos meus amigos anti-árabes:

O que realmente mais me surpreendeu foi, em relação a esta operação em Gaza, aflorar nas páginas do Facebook dos que apoiam Israel o sentimento de ódio, desejo de vingança e o racismo. Eles demostraram prazer pela destruição provocada pela guerra (alegria essa que a própria liderança de guerra não tem).

O fato dessa gente citar versículos bíblicos não as torna menos sujas. Então, excluí essas pessoas do meu círculo de contatos no Facebook, da mesma maneira que coloco para fora quem realiza postagens pornográficas e outras coisas repugnantes. Lixo, é lixo, é lixo.

É preciso orar para que Deus proteja os nossos soldados, eles estão servindo-nos e colocando a vida em risco por nós - orgulhosos do código moral da IDF e da legitimidade desta operação necessária. Oremos por aqueles que devem tomar decisões complicadas - para que em todas as situações difíceis acertem e mantenham a humildade.

Também acho que precisamos orar para que todos nós consigamos manter os nossos corações longe do ódio, do sentimento de retaliação, do racismo e outras coisas destrutivas que não nos honra e nem honra o Deus de Israel."

Fonte: /www.israeltoday.co.il/

Harpa Cristã - Quão Grande És Tu - Louvor nº 526


quinta-feira, 31 de julho de 2014

O megatemplo que Edir Macedo considera ser o novo Templo de Salomão

Acontece nesta quinta-feira a inauguração do Templo de Salomão, réplica construída em proporções maiores que o original, pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), na Avenida Celso Garcia, no bairro do Brás,  na Zona Leste, bem próximo da região central de São Paulo. Afirma-se que a obra custou R$ 680 milhões. 

A presidente Dilma Rousseff e os apresentadores Silvio Santos e Gugu Liberato, parlamentares do PRB, partido com estreita ligação com a Universal e aliado do governo no Congresso, garantiram comparecer. O senador Marcelo Crivella, candidato ao governo do Rio de Janeiro e sobrinho de Edir Macedo, é presença mais que garantida. Convites também foram distribuídos aos 27 governadores, ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal, ao presidente do Congresso, Renan Calheiros, e para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

A estrutura possui 70 mil metros quadrados de área construída — o equivalente a 16 campos de futebol - e comporta mais de dez mil pessoas sentadas. Mede 126 metros de comprimento e 104 metros de largura, essas dimensões superam o tamanho da maior Igreja Católica na cidade de São Paulo, a Catedral da Sé. Alcança 55 metros de altura, o que corresponde a um edifício com 18 andares e representa o dobro do comprimento da  estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Segundo Simon Romero, o articulista de uma recente matéria do New York Times, o novo templo da IURD pode ser uma estratégia de marketing que está funcionando. Ele refere-se ao templo como uma das maiores estruturas religiosas do Brasil, fazendo com que a estátua do Cristo Redentor se pareça com um "trinket" (Não sei como traduzir ao pé da letra o termo conforme a intenção da adjetivação do jornalista. Enfeite? Penduricalho? Bugiganga?). Lembra que a Universal projeta sua influência através da rede de televisão e atua em mais de 100 países, inclusive nos Estados Unidos, com cerca de 60 mil religiosos, mas mesmo assim possui concorrência importantes em território brasileiro, fazendo alusão às igrejas evangélicas pentecostais, sem citar o nome delas. Menciona o cenário católico do Brasil e os dados mais recentes do censo do IBGE, em que o número de evangélicos é apontado em curva crescente.

De acordo com o bispo Edir Macedo, o templo não tem o ouro, como a construção original,  mas possui a riqueza de detalhes aplicados a todos os cantos, algo semelhante ao que houve no santuário bíblico. "Temos pedidos, a partir de Jerusalém, o mesmo tipo de pedras usadas por Salomão, pois queremos cobrir as paredes dos templos com eles. Queremos que as pessoas tenham um lugar bonito para buscar a Deus e também ter a oportunidade de tocar essas pedras e orar ", declarou Macedo durante uma reunião em São Paulo. Também disse acreditar que o local não será limitado à visitação dos membros de sua igreja, mas se tornará uma atração cultural e turística que vai chamar a atenção de pessoas de todo o mundo.

O arquiteto e designer do templo, Rogério Silva de Araújo, declarou que o projeto arquitetônico foi elaborado com a melhor tecnologia de ponta visando causar o menor impacto possível ao meio ambiente. Teria sido usado materiais reciclados regionais para viabilizar a utilização racional da energia; criados sistemas de reutilização de água e calor.

No interior do edifício, há salas de aula para 1.300 crianças, e estúdios de rádio e televisão.  "A partir da fachada para o auditório, criamos um ambiente que vai levar as pessoas de volta ao passado. Para isso, usamos tecnologia de ponta associada ao bom senso arquitetônico para evitar um choque de períodos ", disse Araújo ao site da IURD na Nova Zelândia, umas das fontes de donativos para a edificação do prédio.

No lote do templo, há um parque de estacionamento capaz de acomodar 1.000 veículos e 50 ônibus. Cogita-se que para esta proporção, para a região da cidade será preciso aumentar instalações de sinais de trânsito e fazer outras melhorias nas ruas do entorno, para que o fluxo de trânsito não seja prejudicado.

O Ministério Público de São Paulo apura suspeitas de irregularidades na emissão de alvará para construção do complexo. Segundo acusações, o prédio foi erguido com um alvará para reforma, e não para construção, e com esta  documentação em mãos os engenheiros da Igreja Universal conseguiram economizar custos, irregularmente, para a denominação evangélica neopentencostal e tornar favorável as contrapartidas exigidas pela Prefeitura quanto ao tráfego de veículos na região.

Comentário Belverede: Verdades e boatos à parte, considerando que Atos 17.24 afirma que o "Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens”, é preocupante ouvir o bispo Edir Macedo e pastores da IURD afirmarem que o suntuoso prédio é a casa do Criador.

E.A.G.

Consultas:
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-07-29/universal-convida-alto-clero-da-politica-a-conhecer-templo-de-salomao.html
http://noticias.r7.com/brasil/templo-de-salomao-sera-inaugurado-nesta-quinta-feira-em-sao-paulo-31072014
http://www.uckg.co.nz/templo-of-solamon.aspx 
http://www.bispomacedo.com.br
http://www.nytimes.com/2014/07/25/world/americas/temple-in-brazil-appeals-to-a-surge-in-evangelicals.html

66 introduções aos livros da Bíblia Sagrada


A intenção do Editor deste blog é entregar aos Leitores de Belverede ao menos um comentário sobre cada um dos sessenta e seis livros da Bíblia Sagrada. Os artigos são o resultado de compilações de livros e revistas de estudos bíblicos, que acompanham a sugestão ao amante da Palavra de Deus de procurar aprofundar-se mais no tema pesquisando em mais fontes.

Na posição de Blogueiro, a proposta está aqui, mas a permissão para que seja exposta todas as introduções do cânon bíblico  vem lá do alto. Que Deus nos permita realizar na íntegra tal objetivo, lembrando que ao curso de sete anos de blogagem uma boa parte já está pronta - basta indicar o post com um link ativo. 

Antigo Testamento

Gênesis  |  Êxodo | Levíticos | Números | Deuteronômio | Josué | Juízes  |  Rute  |  1 Samuel | 2 Samuel | 1 Reis | 2 Reis | 1 Crônicas | 2 Crônicas | Esdras | Neemias | Ester | Jó | Salmos | Provérbios | Eclesiastes | Cânticos dos cânticos de Salomão | Isaías | Jeremias | Lamentações de Jeremias | Ezequiel | Daniel | Oséias | Joel | Amós | Obadias | Jonas | Miquéias | Naum | Habacuque | Sofonias | Ageu | Zacarias | Malaquias 

Novo Testamento

Mateus | Marcos | Lucas | João | Atos dos Apóstolos | Romanos | 1 Coríntios | 2 Coríntios | Gálatas | Efésios | Filipenses | Colossenses | 1 Tessalonicenses | 2 Tessalonicenses | 1 Timóteo | 2 Timóteo | Tito | Filemon | Hebreus | Tiago | 1 Pedro | 2 Pedro | 1 João | 2 João | 3 João | Judas | Apocalipse

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Rute: o oitavo livro da Bíblia Sagrada

Boaz permite Rute colher trigos de seus campos. Antes ele
havia ouvido sobre seu tratamento bondoso em favor de
Noemi. Ilustração de William Brassey Hole (1846 1917). 
O autor do Livro de Rute não é identificado no texto. A tradição aponta ao profeta Samuel, devido a semelhança de linguagem com os livros Juízes e Samuel. Outros autores indicados são Davi e Ezequias. No entanto, nenhuma dessas afirmações são comprovadas.

De acordo com o texto, a história acontece no período final do tempo dos juízes, mas sua redação costuma ser datada do tempo do reinado de Davi (Rute 4.22).

O livro de Rute apresenta uma bela narrativa sobre a verdadeira fé e o temor de Deus. Exibe para nós o retrato fascinante de uma mulher que, apesar de ter crescido em uma cultura pagã, aprendeu a honrar e obedecer a Deus por meio do seu caráter exemplar e profunda humildade. Mostra como era o cenário do tempo violento dos juízes pela perspectiva de uma série de vislumbres íntimos da vida particular de membros de uma família israelita. Relembra memoravelmente a bondade e a provisão do Senhor na vida de duas viúvas: Noemi, senhora hebreia, e Rute, jovem moabita.

Rute era viúva, estrangeira e nora de Noemi, sua personalidade era serena e cheia de paz. Ainda que não fluísse sangue israelita em sua veias, ela possuía fé no Deus de Israel, provavelmente por observar o estilo de vida santo de sua sogra.

O relacionamento de amizade entre Rute e Noemi era exemplar, poético, intenso. Não era parcial e nem possessivo. Quando Noemi decidiu voltar para sua terra natal, deixou Rute totalmente livre para permanecer em Moabe. Mas Rute estava determinada a acompanhar Noemi. Assim, após ambas chegarem a Belém, Noemi se empenhou ao máximo para arranjar um novo casamento para Rute. A seu tempo, as duas mulheres assoladas pela pobreza, encontram o favor de um rico fazendeiro hebreu, chamado Boaz, que se apaixonou e casou-se com Rute.

Em meio ao caos nacional e crueldade da época, Boaz demonstrou gentileza, integridade e cuidado com Rute e Noemi, fez o que era certo e bom: "Ouve, filha minha; não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas moças. Os teus olhos estarão atentos no campo que segarem, e irás após elas; não dei ordem aos moços, que não te molestem? Tendo tu sede, vai aos vasos, e bebe do que os moços tirarem" (2.8-9).

Boaz representa o homem com caráter de Deus, que gentilmente cuidou destas duas viúvas em tempos difíceis, como Tiago 1.17 nos instrui a fazer. Ele considerava Rute uma mulher virtuosa (3.11).

A história contida no Livro de Rute é cheia de amor e devoção, o leitor encontra Deus operando para proporcionar satisfação na vida de pessoas que se sentiam vazias em período de ausência de chuvas. Leitores modernos se deliciam não somente com a história de amor, mas também citam frequentemente o texto encontrado no capítulo 1 e versículo 16 ("aonde quer que tu fores, irei eu, e onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus") em cerimônias de casamento, como parte da aliança e da promessa entre marido e esposa, sem considerar que a solene declaração são palavras de Rute dirigidas para sua sogra e não para seu par romântico.

As esposas e mães atuais, e cristãos em geral, podem aprender muito com a conduta de Rute, Boaz e Noemi, neste livro que tem um começo triste e um final feliz.


Compilação:
A Bíblia da Mulher, página 446, impressão de 2011, Barueri, (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bíblia Devocional da Mulher, página 306, edição 2003, São Paulo, (Editora Vida)
Bíblia de Estudo da Mulher, página 253, 6ª impressão em 2005, Belo Horizonte (Editora Atos).
Bíblia de Estudo Preparando Casais para a Vida, página 495, 1ª edição em maio de 2013, Rio de Janeiro (Editora Central Gospel).

terça-feira, 29 de julho de 2014

Charge: Inteligência em informática e o relacionamento online


A embriaguez e a sedução da beleza e gosto do vinho


"Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá" - Provérbios 23.29-32.

Entre os muitos conselhos sábios que existem no Livro de Provérbios, encontramos a advertência sobre a embriaguez, o que nos leva a saber que problemas gerados pelo alcoolismo não é um fenômeno apenas da cultura dos tempos atuais. O texto bíblico mostra que já era situação recorrente no antigo Oriente Médio. Os mesmos sintomas que se vêem hoje em uma pessoa alcoólatra, são apresentados na página da Bíblia: brigas, rixas, feridas por motivos banais, queixas, saúde arruinada, perda de controle da própria vida, pesares, olhos vermelhos.

O escritor apresenta o exemplo de um bêbado, que ingere o vinho misturado com outras especiarias ou drogas. O conselho é para guardar-se da sedução da beleza e do gosto do vinho, pois o que parece extremamente apreciável no início ao final se mostrará igual a consequência, quase sempre fatal, do ataque do basilisco e da víbora.

Outras advertências sobre o perigo da embriaguez em Provérbios de Salomão: 20.1; 21.17; 23.20, 21; 23.30-35; 31.4-7.

As referências apontam às bebidas alcoólicas, mas podemos aplicar o mesmo princípio a todas as demais drogas da atualidade chamadas lícidas ou não, como o fumo à base de nicotina e de maconha por exemplo. Assim como era no passado, hoje em dia há muitas pessoas presas ao vício que ainda não se deram conta da situação que se encontram. Ingerem em excesso refrigerantes, estimulantes, suplementos. Sem orientação médica, muitos indivíduos fazem uso de maneira desregrada de analgésicos, xaropes e remédios em geral. Todos esses produtos agem como as sagazes serpentes, que se espreitam e atacam de surpresa envenenando suas vítimas, para segui-las cambaleantes e trêmulas até que caiam e morram, para depois devorá-las. 

E.A.G.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O cuidado ao falar e a religião pura

Por Eliseu Antonio Gomes

Ouvir é uma arte essencial

Há na atualidade pouca disposição em se ouvir, estudar e entender, compreender para expor um assunto. Mesmo sem maturidade intelectual, muitos querem sair por aí questionando e opinando sobre tudo e todos os temas antes de preparar-se para abordá-lo.

Ao ouvir alguém, quer através da comunicação verbal, escrita ou oral, quer através da comunicação não verbal, admitimos a possibilidade de aprender para conhecer. É esperado de quem se propõe a falar sobre qualquer assunto que tenha o mínimo de conhecimento necessário a respeito do tema que falará.

A fala do cristão

"Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios" - Salmo 141.3.

Tiago nos aconselha a manter a língua sob irrestrita vigilância. Afirma que "todos tropeçamos em muitas coisas", incluindo-se ele próprio entre os crentes que falham e acrescentando que "se alguém não tropeça em palavra" tal pessoa é perfeita e capaz de refrear todo o corpo.

É muito difícil dominar a linguagem, entretanto, é extremamente necessário combater o tropeço ao falar. A palavra dita sem pensar, fora do tempo, e sem conhecimento dos fatos pode provocar grandes tragédias. Às vezes dizemos algo que não gostaríamos que saísse de nossos lábios, quando percebemos o ato falho já aconteceu e o que foi dito causa sérios problemas a quem diz e a quem ouve. 

O modo de exprimir ideias e sentimentos ou a maneira de dizer revela o coração de uma pessoa. A língua controlada significa um coração e um corpo controlados. O tom de voz e o estilo de expressão apresentam o que vem do pensamento e da intenção, mostra o que está no interior da pessoa; por isso, devemos vigiar, santificando o linguajar e a alma, para não tropeçar no uso do vocabulário e ações.

Jesus Cristo advertiu: "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa disso é de procedência maligna" - Mateus 5.37.

A calúnia, a difamação e a injúria constituem crimes cometidos com a língua, pecados que destroem valores humanos. O boato, a murmuração, o palavreado torpe agradam ao diabo e entristecem ao Espírito Santo. Se quisermos atingir o perfil do homem perfeito, teremos que controlar nosso ímpeto e evitarmos tropeçar na comunicação.

O cristão alcança o domínio no diálogo através da constância à leitura e prática do ensino da Palavra de Deus, vigiando e disciplinando a conversa. Ao entregar o nosso eu ao controle do Espírito Santo, Ele pode refrear nossos impulsos, inclusive a compulsão no pronunciar-se desordenadamente.

Através da fala, tanto podemos bendizer como amaldiçoar. É importantíssimo evitar a dubiedade da língua, calar quanto ao ato de disseminar maldição e falar apenas com a intenção de proclamar a bênção.

Na mesma linha de raciocínio de Tiago, 1.19, que ensina ser mais importante ouvir do que falar, o apóstolo Paulo escreveu que a fé surge no coração humano através da disposição de ouvir a Palavra de Deus. Jesus Cristo é o Verbo Divino de Deus, a quem devemos estar sempre atentos (João 1.1; Hebreus 1.1).

Quem ouve o que o Senhor nos diz alimenta a própria alma e ao abrir a sua boca para dirigir-se a alguém, falará reproduzindo a inteireza da Escritura, que "é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2 Timóteo 3.16-17).

Que Deus nos ajude a disciplinarmos nossa linguagem para que sirva de instrumento à exaltação do Senhor e à edificação espiritual do nosso próximo.

A religião pura

O que é religião? Geralmente a religião se caracteriza pela crença na existência de um poder ou princípio superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano e ao qual se deve respeito e obediência. A religião verdadeira é composta de autênticos discípulos de Cristo, não se consiste em ritual e regra humana, mas em vida de amor a Deus e ao próximo, portanto, ninguém deve pensar que agrada a Deus apenas pelo costume de frequentar um templo.

Na prática da religião pura, o crente possui autocontrole tanto no falar quanto em suas emoções. É pronto para ouvir e não se apressa para dizer algo e irar-se. Em tempo: a Bíblia Sagrada não proíbe o sentimento de indignação, apenas estabelece limites para a conduta cristã em momentos de raiva (Isaías 58.1, 7; Lucas 1945; Efésios 4.26; Provérbios 17.27).

Tiago compara a verdadeira e a falsa espiritualidade, a primeira chamada por ele de religião pura (1.7), que procede do coração voltado para Deus, é compreensiva e manifesta-se em atos positivos. No capítulo 2, ele trata da questão do crente não combinar a profissão de fé com a evidência clara de transformação de vida. E em 4.1-5, 7 enfatiza que a verdadeira espiritualidade é desinteressada, generosa, imparcial e paciente.

Em vista disso, o crente não deve pensar apenas em si mesmo, mas demonstrar o que significa amar tanto de teoria quanto de fato. Não basta dizer que temos fé, o verdadeiro teste da fé não são as nossas afirmações religiosas, mas as nossas ações em compatibilidade com o ensino de Cristo. A religião e a fé verdadeira são demonstradas por obras e atitudes que espelham o autêntico Evangelho.

O praticante da religião pura

"Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era" -Tiago 1.23-24.

No capítulo 1, versos 2 ao 18, Tiago aborda a necessidade de o crente pedir a sabedoria do alto. E nos versos 19 ao 27 ele expõe uma análise minuciosa sobre como o cristão deve usar esta sabedoria dentro e fora da comunidade cristã. Ensina que o crente precisa apresentar coerência, pois não é o discurso que mostra quem somos, mas a nossa ação.

O apóstolo usa a ilustração de uma pessoa diante do espelho para descrever o cristão que vive a religião pura. Tal pessoa ora tal qual o salmista, que pedia a Deus ajuda para contar os seus dias até alcançar um coração sábio (Salmos 90.12).

Contemplar-se diante do espelho é a mesma orientação apresentada por Cristo na parábola da trave e o argueiro: antes de observar a falha do outro é preciso observar-se atentamente e  corrigir os próprios erros. Também, é a mesma orientação de Paulo aos crentes à  mesa de Santa Ceia (Mateus 7.5; 1 Coríntios 11.28).

Conclusão

Quem dentre os religiosos é um discípulo de Cristo?

O praticante da religião pura é um autêntico discípulo de Cristo. Ele está pronto para ouvir e usa prudência ao falar; fala na hora certa, do modo certo; não vive uma vida de discursos vazios. Suas palavras são providas de uma consciência oriunda do Evangelho, através de sua conduta as pessoas em sua volta sabem o tipo de fé e sabedoria que ele tem.

Os discípulos de Jesus são pessoas que adotam o sacrifício da santificação pessoal diuturnamente, que é: refrear a língua; o exercício da misericórdia; manter-se puro. Sabem que é por meio da vida consagrada que irão influenciar positivamente o mundo, sabem que cada cristão é responsável por sua santificação e que cada um prestará conta de si mesmo a Deus.

Assim, em tudo que fazem aparece o respeito, a ternura e o amor. Professam e adotam as propostas do Evangelho, como também aplicam sua compreensão crescente da vida do Reino de Deus a todos os aspectos da sua vida na terra. Guardam-se a si mesmos de serem contaminados pelo sistema de valores da sociedade sem Deus; e empenham-se na busca de sua santificação e na pureza da sua vida (Romanos 14.12; 2 Pedro 3.14).

Os discípulos de Jesus são pessoas que adoram ao Pai e servem aos irmãos desinteressadamente.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 15, nº 59, página 38, julho-setembro de 2014, Rio de Janeiro (CPAD). 
Lições bíblicas - Mestre, Eliezer de Lira e Silva; 3º trimestre de 2014, páginas 33-39, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre, Elinaldo Renovato de Lima; 1º trimestre de 1999, páginas 45-51, Rio de Janeiro (CPAD).
Revista Exposição Bíblica - Liberdade, Fé e Prática - Gálatas e Tiago; Arival Dias Casimiro; páginas 34; 3ª edição em julho de 2013; Santa Bárbara d'0este/SP (Z 3 Editora Ltda). 


Artigo atualizado: 02/08/14 - 5h01.

Vidraça embaçada

Nem todos os ricos são esnobes
Nem todos os pobres têm coração humilde
Nem toda dor encaminha para algo pior
Nem todo policial é um torturador
Nem toda lágrima nasce com a tristeza
Nem todo sorriso esbanja felicidade
Nem toda zona rural é composta de gente caipira
Nem toda metrópole é um polo industrial
Nem toda vida é vivida entre sonhos e sala de espera
Nem toda pergunta quer uma resposta
Nem toda retórica pretende trazer explicação
Nem toda omissão objetiva ao alívio de sofrimento
Nem toda verdade anunciada tem a dinâmica do amor
Nem todo fato é uma realidade a ser revelada
Nem todo segredo é escondido por ser vergonhoso
Nem tudo que é comum é normal
Nem todas as louras são burras
Nem todos os fins justificam os meios

Obviedades e distorções
Generalizações e percepções claras
Enfrentamento de medos e rejeições aos preconceitos

Atravesse a porta aberta para a liberdade
De ouvir e entender tudo
De se expressar e ser compreendido perfeitamente
Tudo é melhor quando se sabe viver acima das frases feitas
Nada pior do que seguir o fluxo da correnteza sem opção
[ para qual lugar estar.
__________

Por que escrevi os versos acima? A vida é repleta de frases feitas, que parecem explicar tudo em uma síntese mágica que simplifica viver. Mas não existe truque para viver. A vida para ser bem vivida precisa de bases reais, comunicação eficaz, vontade, coragem, observação e lógica.

E.A.G.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Gerados pela palavra da verdade

Por Eliseu Antonio Gomes

Deus é sempre bom

A sabedoria de Deus é pura, boa, humilde, repleta de benignidade e bom senso. A carta de Tiago nos mostra que Ele em sua sabedoria age fazendo apenas o bem, jamais houve ou haverá nEle a variação entre benignidade e malignidade e entre luz e trevas.

Sejamos sempre bons, tratando o próximo como Jesus o trataria.

Os pobres e os ricos da igreja

Tiago usa enfoque escatológico para apresentar lições sobre ética cristã. A perspectiva de libertação ou julgamento na futura volta do Senhor é um fator motivacional que tem como objetivo nos incentivar a viver uma vida santa e agradável ao Senhor. Ele lembra que os cristãos são "herdeiros do reino" e "como que as primícias de suas criaturas", recorda que existe uma recompensa àqueles que se mostrarem fiéis e frutíferos, e faz admoestação dizendo que "o Juiz está às portas" para pedir prestações de contas aos que não vivem ordenadamente (1.10-11, 18; 2.5, 12-13; 3.1; 5.1-6, 9).

Os cristãos que não ocupam posições elevadas na sociedade, embora às vezes sejam desprezadas até dentro das igrejas por serem pobres, não devem ficar tristes, porque são grandes aos olhos do Senhor e jamais serão desprezadas e maltratadas por Deus (Marcos 4.18-19).

Os acumuladores

Tiago afirma que a acumulação de ouro e prata enferrujam e que a tal ferrugem servirá de testemunho contra acumuladores e a devorará como fogo. Diz que o dinheiro atrai desgraça ao que o adora, pois quem trata o dinheiro como "deus" é incapaz de ser justo, não o usa para ajudar o próximo, antes usa o próximo para enriquecer-se ainda mais.

Quem enriquece tendo como meio de enriquecimento a injustiça contra seus irmãos, um dia receberá a cobrança do Senhor dos Exércitos por não ter aliviado o sofrimento de seus filhos (Confira: Tiago 5.3-4).

O apóstolo não condena o rico apenas porque ele é rico, em 1.10-11, esclarece que a pessoa abastada também é considerada um irmão. Ele descreve os pecados que tornam alguns ricos censuráveis: uma maneira egoísta de acumular dinheiro (5.2-3); fraude contra o trabalhador (5.4); luxo sem sentido (5.5); perseguição ao justo (5.6).

Pobreza e riqueza são temas que aparecem em diversas passagens bíblicas. Deus tem um interesse todo especial pelas pessoas humildes de coração, sejam elas pobres ou ricas. Ele põe os pobres, se humildes, em lugares de honra e manda os ricos para longe de sua presença de mãos vazias, se estes forem avarentos e orgulhos (1 Samuel 2.1-8; Salmo 35.10; Provérbios 22.22-23; Amós 8.4-6; Lucas 1.51-53; 6.20, 24; 1 Timóteo 6.17-19).

Posições sociais e o acúmulo de dinheiro não tornam as pessoas mais dignas diante de Deus, então, jamais devemos atribuir a essas coisas importância exagerada e nem honrar as pessoas apenas porque elas os têm.

Os crente maduros

Tiago usa o termo grego "teleios" ao referir-se a "perfeito" -  o dom perfeito. Tal palavra significa completo, maduro, pleno. Quando o crente recebe este dom, amadurece por intermédio dele, aperfeiçoa-se como cristão, torna-se pronto para toda boa obra. Então, que cada um de nós, aperfeiçoados pela dádiva divina, incorporemos ao procedimento diário verdades bíblicas que proporcionem maior equilíbrio e a completa maturidade espiritual. E maduros na fé, tenhamos a oportunidade de acrescentar coisas positivas à vida de outras pessoas, fazendo a diferença necessária ao nosso círculo de influência e para toda a nossa geração.


O Pai das luzes

A descrição de Deus como o Pai das Luzes é única nas Escrituras, restrita à passagem de Tiago 5.17. Com certeza, Tiago fazia referência à Lua, ao Sol e outras estrelas ao usar o vocábulo "luz". Tal abordagem alude à obra criadora e o contínuo exercício de poder de Deus sobre os corpos celestes para nos fazer entender a benevolência do Criador ao gerar o ser humano. (Jó 38-4-15, 28; 19-21; 31-33; Salmos 136.4-9; Isaías 40.22, 26;  38.38).

No mesmo verso bíblico as palavras "sombras" e "variações" são usadas com sentido astronômico, embora não sejam termos técnicos apontam claramente às constantes mudanças observadas na criação. Indicam movimentos cíclicos de rotações de planetas e satélites naturais, fenômenos de eclipses solares e lunares, alternância entre dia e noite, entre a clareza e a escuridão.

Deus, em sua imutabilidade contrastante com a mutação de toda a natureza criada, nos gerou a partir de sua determinação espontânea e gratuita pela palavra da verdade. E nos colocou como as "primícias de suas criaturas" - "criatura" no texto, em grego, é "ktismata", faz referência à criação não-humana.

É importante lembrar que a palavra grega, vertida ao português como "gerou" (apokyeo) significa "dar à luz", ou produzir uma nova vida (Efésios 2.10; 2 Corintios 5.17; Gálatas 6.15). Também, que a afirmação sobre o cristão ser como "a primícia de toda a criação" encontra paralelo em Romanos 8.19-23, e alude à vida espiritual.

O novo nascimento só é possível através da palavra da verdade, e ocorre por intermédio da soberania do Espírito, sendo o homem totalmente passivo nesta questão (Ezequiel 11.19; João 1.11; Filipenses 2.13). O cristão renasce através da palavra do Evangelho, cresce espiritualmente, e amadurece na fé através da aplicação da Palavra de Deus em seu viver. A disponibilidade deste desenvolvimento, cuja capacidade vem da boa dádiva e dom perfeito de Deus, visa à qualidade de uma vida em santidade, para dessa maneira glorificar ao Criador (2 Corintios 6.7; 2 Timóteo 2.5; 1 Tessalonicenses 2.13; Apocalipse 14.4).

Conclusão

As riquezas jamais deveriam dirigir os objetivos e ser a razão de viver do ser humano, pois é um estado transitório. Os recursos financeiros podem ser facilmente perdidos, e sendo assim os crentes ricos e pobres devem se sentir felizes por saber que a fartura e a falta de dinheiro não significam nada para Deus. O que importa para Deus é o que a pessoa tem em seu coração e não o seu status social e saldo da conta bancária.

Que a bondade do Pai Celestial inunde a vida de cada cristão, para que, assim como Ele amou o mundo inteiro, também decida fazer o bem ao próximo. Que nós entendamos e abramos o coração ao agir de Deus e alcancemos plena maturidade espiritual.

E.A.G.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, páginas 1752, 1753, edição 2004, Rio de Janeiro (CPAD).
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, página 1244, edição 2009, Barueri, (Sociedade Bíblica do Brasil).
Lições bíblicas - Mestre, Eliezer de Lira e Silva; 3º trimestre de 2014, páginas 27, Rio de Janeiro (CPAD).
Revista Exposição Bíblica - Liberdade, Fé e Prática - Gálatas e Tiago; Arival Dias Casimiro; páginas 34; 3ª edição em julho de 2013; Santa Bárbara d'0este/SP (Z 3 Editora Ltda). 
Tiago - Introdução e Comentário, Douglas. J. Moo, páginas 44, 75, 76; 1ª edição 1990, reimpressão 2011, São Paulo (Edições Vida Nova)..

domingo, 20 de julho de 2014

Katy Perry: plagiadora de música gospel?

Um grupo de cantores de hip-hop sediado em St. Louis, processam Katy Perry por plágio.

Segundo eles, a cantora pop teria se apropriado da canção religiosa Joyful Noise (Barulho Alegre).

O processo foi aberto em St. Louis, Missouri, por Marcus Gray membro da Igreja Batista Immanuel, em Louisville, Kentuchy (EUA), conhecido pelo nome artístico Flame, e Chike Ojukwu, Lecrae Moore e Emanuel Lamber.

De acordo com o processo contra Katy Perry, referente à música Dark House (Casa Escura), a cantora viola o direito autoral de Joyful Noise. O mesmo processo alega que Joyful Noise foi irremediavelmente maculada, pelo fato da versão copiada fazer evocações ao paganismo, magia negra e imagens Illuminati.

Segundo o grupo de hip hop gospel, Joyful Noise foi composta em 2007 e lançado em 2008. O provável plágio consta do álbum Prism, distribuído pela Capitol Records e lançado em 17 de outubro de 2013. 

Confira você mesmo se é plágio ou não: Joyful NoiseDark House.

A canção Joyful Noise é premiada, recebeu em 2008 o Gospel Music Association Dove Award como melhor rap/música hip hop.

De acordo com o St Louis Post Dispatch , Eric Kayira, um dos advogados dos artistas que movem a ação contra a cantora, Dark House recebeu diversas comparações com Joyful Noise de internautas antes de chegar aos ouvidos de seus clientes. O rapper Flame teria tomado conhecimento do plágio através de seu DJ  Cho'zyn Boy, que por sua vez tomou conhecimento em postagens no microblog Twitter.

E.A.G.

Com informações de The Guardian e Charisma Magazine.

Veja assuntos relacionados no blog Belverede:

Katy Perry, a filha de um pobre pastor

Katy Perry no Rock in Rio

John Lennon: ateu plagiador

sábado, 19 de julho de 2014

Pastor Silas Malafaia denuncia perseguição política e religiosa do PT contra ele

Com provas documentais, Malafaia relata que auditores da Receita Federal fizeram diversas incursões na Assembleia de Deus Vitória em Cristo e na editora Central Gospel, após ele ter pedido na manifestação de Brasília que os mensaleiros fossem presos. 

"Vou dar uma sugestão ao governo do PT. Por que não manda investigar o filho do Lula, que era um pobre rapaz quando o pai dele passou a ser presidente, e hoje é um milionário? Por que vocês não mandam uma investigação sobre ele? Seria muito interessante! E botar aberto, a sociedade precisa saber da riqueza do filho do Lula", disse em determinado trecho de sua fala.

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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Juízes - o sétimo livro da Bíblia Sagrada

Paixão e traição na história de Sansão e Dalila.
Para ter uma noção da atmosfera existente entre os israelitas do tempo dos juízes, imagine o seguinte: nos dias de hoje, o que aconteceria se ninguém respeitasse os sinais de trânsito ao dirigir? Com certeza haveria muita confusão, acidentes, muita gente se machucaria e até morreria. Esta situação nos leva a entender que para a vida ser suportável em sociedade é necessário seguir regras pré-estabelecidas.

Autoria e data

O autor de Juízes é desconhecido. Sabe-se que foi uma pessoa inspirada, que selecionou fontes orais e escritas que provessem uma história de Israel com orientação teológica. Pensa-se que algumas partes do livro pode ter sido escrita por Samuel, pois ele era um escritor (1 Samuel 10.25).

A data exata em que o livro foi composto é desconhecida também, mas sabemos que cobre o período entre a morte de Josué e a instituição da monarquia, que se seguiu à coroação de Saul, porém, antes da conquista de Jerusalém por Davi, cerca de 1050 a 1000 a..C.

Cogita-se que a época dos juízes pode ter ocorrido, aproximadamente, entre 1375 a 1040 a.C. Com certeza, foram anos em que os israelitas mergulharam em densas trevas espirituais e dessa época podemos colher valiosas lições.

Por que o livro é chamado Juízes?

Durante a liderança de Josué, Israel finalmente entrou na terra que fora prometida a Abraão. Havia gigantes na terra; não eram, porém, maiores do que Deus. O capitão do exército divino foi capaz de subjugar todos os inimigos de Israel. Surgiu então uma nova geração que não conheceu a guerra, tampouco conhecia a Deus, nem a obra que o Senhor havia realizado em favor de Israel. E por causa do desconhecimento, os israelitas passaram da vitória à derrota.

O livro de Juízes fala de uma época em que os israelitas não seguiam as regras de Deus. O povo de Israel não expulsou os cananeus da terra prometida, como havia prometido a Deus que faria. E não foi só isso: muitas vezes seguidas adoraram os deuses de Canaã, em vez de adorar o verdadeiro Senhor. É claro que Deus não ficou feliz com aquilo, todas as vezes que isso acontecia eles passavam por experiências ruins, o Senhor permitia que o povo sofresse as consequências de suas escolhas infelizes. Mas, por ser misericordioso, quando eles se lembravam de Deus e imploravam por seu socorro, o Senhor providenciava juízes para restaurar a paz e a ordem. 

As histórias seguem um padrão definido: o povo de Israel peca, sofre, busca a Deus, é salvo por um juiz, desfruta de um período de paz, e volta a pecar novamente.  Os juízes, aos quais o Senhor escolheu e ungiu como o seu Espírito, eram líderes militares e políticos, que mostravam aos israelitas em que eles estavam errando.

Os juízes

Seis indivíduos serviram ao propósito de Deus para libertar Israel, cujo papel de libertação possuem narrativas detalhadas, e são considerados "juízes maiores": Otniel (Juízes 3.9-10), Eúde (3.15), Débora (4.5), Gideão (6.34), Jetfé (11.29) e Sansão (13.29). E outros seis,  mencionados rapidamente  são classificados como "juízes menores": Sangar (3.31), Tola (10.1), Jair (10.3), Ibsã (12.8), Elom (12.11) e Abdom (12.13-15). Além destes, há Abimeleque, filho de Gideão, cuja história está vinculada ao seu pai (8.30-31).

Propósito

A composição de Juízes tem três propósitos: histórico, teológico e espiritual. Historicamente, narra eventos de um período específico de Israel. Teologicamente, enfatiza o princípio estabelecido na Lei de que a obediência ao Senhor gera vida e a desobediência traz opressão. Espiritualmente, apresenta a fidelidade do Senhor à aliança com seu povo.

O leitor deve preparar-se para um grande choque, pois as narrativas deste livro mostra que Deus usou como líderes pessoas que não eram exemplos de perfeição. Às vezes, elas mentiam e perturbavam muita gente, como se fossem garotos pirracentos. Mesmo assim, Deus as usou para fazer cumprir seu plano perfeito. Nesta situação, ficamos pensando que se Ele encontrou um modo de trabalhar com pessoas tão complicadas, realizando proezas através da instrumentalização delas, também pode realizar muitas coisas neste mundo através de pessoas comuns como eu e você, pois usa as pessoas do jeito que elas são.

Através dos relatos contidos em Juízes, conhecemos as consequências desastrosas da quebra de comunhão com Deus. O livro é um lembrete, o Senhor exige compromisso da parte do seu povo, quando cometemos pecados, o Ele permite que sejamos castigados, até chegarmos ao completo arrependimento. Também é um alerta, se insistimos em fazer as coisas do nosso jeito poderemos entrar numa enorme enrascada.

Conclusão

Por vontade própria, Deus não deu ao povo de Israel um monarca, dava-lhes os juízes, pois Ele mesmo era o Rei de Israel.

Deus é o Senhor da história, na plenitude do tempo enviou Jesus como nosso Libertador, nosso Salvador, para nos redimir da opressão do pecado e da morte. Cristo é um Juiz Justo, que haverá de julgar o mundo inteiro (2 Timóteo 4.8; Atos 17.31).

Deus é o nosso Juiz e Libertador (Salmos 75.7; Isaías 45.21), capaz de realizar coisas impossíveis. Nos dias atuais, Deus procura homens e mulheres, pessoas consagradas, a quem possa capacitar. Da mesma maneira que escolheu libertadores, ungindo-os com seu Espírito para que fizessem grandes façanhas no passado, pode nos dotar com o Espírito Santo e nos usar para trazer libertação àqueles que estão presos ao desespero e ao pecado.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Indutivo, página 376, edição 1997, Tennessee - EUA (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Plenitude, páginas 252 e 253, edição 2001, Barueri (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bíblia Jovem, página 352, edição 2001, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia FaithGirlz!, páginas 300 e 303, edição 2009, São Paulo (Editora Mundo Cristão).
Dicionário Bíblico Universal A.R. Buckland & Luckin Williams, edição 2007, São Paulo-SP (Editora Vida).
Pequena Enciclopédia Bíblica - O. S. Boyer, 19ª impressão, São Paulo, edição 1992 (Editora Vida).