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domingo, 6 de maio de 2018

Ética Cristã e Doação de Órgãos



Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Na prática, ética é a conduta ideal e reta esperada de cada indivíduo. No campo teórico é o estudo dos deveres do indivíduo, isolado ou em grupo, objetivando a exata conceituação do que é certo e do que é errado. A Ética Cristã  deve ser fundamentada  no conhecimento de Deus como revelado nos ensinos de Cristo. Para os crentes em Jesus, significa o comportamento, o porte, a compostura tendo como base a Bíblia Sagrada, considerando-a como regra de fé e prática.

Doar significa salvar vidas. Então a disposição em conhecer o tema doação de órgãos em profundidade é importante. Embora o assunto seja complexo, também é cativante. O que faz com que o cristão conhecedor da matéria, via perspectiva bíblica, consequentemente, seja um componente útil, capaz de fazer a diferença positiva, a toda hora que for necessário falar sobre este tema.

I – DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: CONCEITO GERAL

No Brasil e em praticamente todas as partes do mundo civilizado, a doação de órgãos é gratuita e de livre decisão do doador ou familiar responsável em caso de doação pós-morte. Em circunstância alguma esse processo pode envolver negociação comercial ou interferência econômica. Vender órgão humano é crime.

A lei brasileira que definiu a doação de órgãos diz que, se a pessoa não declarar em documento sua decisão de não ser doador, seus órgãos podem ser retirados para salvar vidas de pessoas doentes. Mas parece que causou mais prejuízo do que vantagem em termos de motivação para a doação. Cerca de 70% das pessoas aprova a doação de órgãos, mas parece que por sentimentalismo, pois o número de não doadores tem aumentado.

1. Definição de transplante.

A Constituição Federal de 1988 determina de forma precisa o direito à vida. E para acentuar esse direito, a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, fundamenta a legalidade sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para objetivos de transplante e tratamento, desde que seja de livre vontade e autorizada pelo doador ou seu familiar responsável. A doação de órgãos é liberada e grátis. É uma decisão que deve elaborada de maneira clara entre o doador e os familiares. O médico e a equipe hospitalar podem colaborar nesse desenvolvimento do assunto, com orientações seguras dos procedimentos, considerando o bem de todos e da vida.

O "transplante", ou "transplantação" é o procedimento cirúrgico que consiste na retirada do órgão ou tecido de um indivíduo, ou medula óssea, juntamente com vasos que o irrigam, com o objetivo de colocar em outro ser humano para compensar ou substituir uma função perdida. Pode ser realizado entre pessoas vivas ou ser usado o organismo de alguém recém-falecido. São reutilizados órgãos como coração, pulmão, fígado, rim etc. Na maioria das vezes, o órgão tem origem em um cadáver.

São transplantados órgãos como o coração, o fígado, o pâncreas, os rins, os pulmões, os tecidos e outros. O caso de transplante de pele, é realizado com a finalidade recuperar áreas atingidas por queimaduras.

Além disso, há o transplante de células-tronco que são encontradas, principalmente, na medula óssea, placenta e cordão umbilical. Ò transplante de células-tronco adultas pode ser realizado entre pessoas vivas e, portanto, não apresenta problemas éticos. Como a Bíblia ensina que a vida tem início na fecundação (Jeremias 1.5), a ética cristã desaprova o uso das células-tronco embrionárias, pois este procedimento só é possível matando o embrião.

Atualmente, para quem é cristão ou não, o transplante de rim  é considerado um dos mais comuns. Também é considerado comum o transplante da da transfusão de sangue. Não há polemica quanto à intervenção da ciência médica no doente renal crônico, pois está largamente constatado que assim o paciente recebe oportunidade para continuar a viver, tem sua vida normalizada.

2. O conceito de doação na Bíblia.

A ideia de "doar" está exposta amplamente nas Escrituras Sagradas, diretamente ligada ao mandamento de "amar o próximo".

Os pais que estão na terra costumam dar o melhor e de maneira rápida o que seus filhos necessitam, mas o Pai celeste, que ultrapassa infinitamente os pais da nossa carne, tanto em poder quanto em bondade e sabedoria, nos dá o Espírito Santo aos que lhe pedirem (Lucas 11.9-13). Jesus recebeu todos os talentos do Espírito sem medida, e assim era apto para realizar as obras do seu ministério, que consistia em socorrer os aflitos, apregoar a liberdade aos cativos, dar vista aos cegos (Lucas 4.19; João 3.34). Ao cristão não basta saber orar bem e orar constantemente, é necessário praticar o bem, sendo parte ativa daquilo que diligentemente ora. A pessoa que verdadeiramente tem o Espírito em sua vida, ama o próximo da mesma maneira que Cristo amou; sabe que o socorro aos enfermos é a marca registrada do cristão autêntico, que "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber"  (João 15.10, 13; Atos 20.35; 1 João 3.16).

O Criador, ao formar o corpo humano do pó da terra e soprar em suas narinas o fôlego celestial, fez com que a origem da vida humana fosse um evento nobre. Portanto, doador e receptor, que expressam a imagem e a semelhança de Deus, em suas atitudes de receber e doar órgãos, perpetuam a nobreza do ato divino da criação (Gênesis 1.26; 2.7; Provérbios 15.32).

A excelência da doação repousa na disposição de fazer o bem ao próximo, com base na prática da vontade do Senhor. Doar ao necessitado é uma forma de colocar a fé em prática.  O apóstolo Tiago que a fé sem obras é morta (2.14-17). Por sua vez, João escreveu que aquele que afirma amar a Deus mão não ama ao seu irmão, está faltando com a verdade (1 João 4.20).

Jesus Cristo prometeu a todos que não se negam ao gesto de doar proceder generosamente com bênção de reciprocidade: ""dai, e ser-vos-á dado" (Lucas 6.38 a).

3. A doação de si mesmo: pertencemos a Deus.

No Brasil. órgãos, tecidos e partes do corpo humano podem ser doados para beneficiar a saúde de outra pessoa, desde que não cause prejuízo ao organismo do doador.  O cristão autêntico deve observar esta situação levando em conta a sua consciência, que necessita estar ajustada aos parâmetros bíblicos e assim atuar segundo a orientação da Palavra de Deus.

Como cristãos, precisamos tratar deste assunto possuindo o mais alto interesse, evitar a posição do mero sentimentalismo sujeito a mudanças de ponto de vista. Pois o sentimento superficial não é fé, não é amor, não está em conformidade com o reflexo da imagem de Deus no ser humano; o amor deve ser demonstrado por obras, não apenas de palavras (1 João 3.17,18).

Você teria coragem de doar um de seus rins para salvar uma pessoa? Ter doado ou recebido algum tipo de órgão do corpo é uma experiência dramática, experimentar o episódio implica aos envolvidos na situação em passar por momentos tensos e de dúvidas.

II - EXEMPLOS DE DOAÇÃO

A doação de órgão e de tecidos humanos é a aprovação manifestada por parte de uma pessoa, permitindo que seus órgãos e tecidos sejam retirados, para serem aproveitados por pessoas portadoras de doenças crônicas, com o objetivo de aumentar-lhes sua sobrevida. O procedimento cirúrgico consiste na remoção do elemento orgânico enfermo para ser substituído por outro saudável.
Doação de órgãos após a morte 
O doador deve decidir livremente sobre a sua vontade de realizar a doação e para isso deve ser bem informado. Para que esse direito seja exercido mesmo após a morte, cabe aos familiares saberem o desejo do doador e cabe ao potencial doador manifestar e expor essa vontade ainda em vida. 
Doação de órgãos em vida
Para doar órgãos e tecidos em vida é preciso que o doador tenha compatibilidade com o paciente que receberá a doação, boas condições de saúde e tenha parentesco de até quarto grau familiar ou ser casado com a pessoa. Se não existir vínculos, a doação só poderá ser realizada mediante ordem judicial. A doação de órgãos não pode afetar a saúde do doador e ele precisa estar ciente dos riscos e consequências da cirurgia. O órgão para ser doado precisa ser duplo ou ter capacidade de reconstituir no organismo. 
Não existe implicação ética para a questão do transplante de órgãos, por doação entre pessoas vivas, à luz das Escrituras Sagradas,  caso a consciência de ambos, doador e recebedor, esteja em paz e sem dúvidas (Romanos 14.1-23; 1 Coríntios 8.7-13; 10.23-33).
1. O exemplo dos gálatas.

A igreja da Galácia, atual Turquia, foi fundada por Paulo. Aparentemente, os crentes daquela localidade desejaram doar até o que não podiam, para amenizar ou eliminar de uma vez por todas uma extrema aflição que acometia o apóstolo. Não há nas páginas da Bíblia informação específica sobre qual era este mal e cogita-se que fosse uma enfermidade nos olhos ou na visão.

Ao evangelizar na região da Galácia, Paulo deixou indícios de ter sentido os efeitos da dificuldade em sua carne. E orou a Deus três vezes para livrar-se do mal, o Senhor lhe respondeu: "a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (Gálatas 4.13-15; 2 Coríntios 12.7, 9 a).

O fato incontestável é que era grande o apreço dos crentes gálatas por Paulo, e Paulo destaca que os gálatas não o desprezaram nem o rejeitaram por causa disso. Ele escreveu que os membros daquela igreja viviam o cristianismo através de atos bondosos, se necessário arrancariam os próprios olhos e os doariam no objetivo de fazer acabar seu sofrimento (Gálatas 4.15).

2. O desprendimento de Paulo.

Assim que Paulo tomou ciência do perigo que corria em Jerusalém, foi aconselhado a recuar. Porém, ao invés de voltar atrás, demonstrou estar plenamente decidido a dar continuidade ao seu ministério missionário, não apenas sofrer "mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus" (Atos 21.10-13).

Com uma obstinação positiva, humilde e resoluto, Paulo discursou ao voltar de sua terceira viagem missionária a Jerusalém: "Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus" (Atos 20.24).

Demonstrou notável disposição para suportar dores e sofrer prejuízos em prol do Reino de Deus. Escreveu que doaria seu tempo, corpo, força, interesse, tudo para servir aos irmãos em Cristo (2 Coríntios 12.15).

3. A doação suprema de Cristo.

A Bíblia mostra a suprema doação. A morte vicária do Salvador é o maior exemplo do ato de doar. Jesus Cristo se doou, de corpo e alma, para que não morrêssemos. Para que não fôssemos condenados à morte eterna, doou muito mais que um ou outro órgão para salvar as nossas vidas.  Ele entregou a sua vida por inteiro na cruz do Calvário.

Foi por intermédio do sacrifício de Cristo, e de sua vitória sobre a morte, que fomos resgatados de nossa vã maneira de viver (1Pe 1.18-21). O apóstolo João enfatiza essa doação e no incentiva a fazer igual: "Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos" (1 João 3.16).

Doar órgãos para salvar outras vidas é um sublime ato de amor. Podemos entender que um órgão a ser doado é um “bem” do mais alto valor para a salvação da vida orgânica de um doente.

Ill - DOAR ÓRGÃOS É UM ATO DE AMOR

Muitas pessoas ainda morrem à espera de um órgão para sobreviver. Informações da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que 2.333 doentes morreram à espera de um transplante no ano de 2015. Muitas pessoas apesar disso rejeitam a doação por dilemas éticos e por falta de informação.

A doação de órgãos humanos, da mesma maneira que a de tecidos, antes de tudo, deve ser vista como um ato de amor e coragem. Doar é a ação concreta de extremo afeto. É a boa ação que representa literalmente o sentimento de benevolência que sentimos pelo outro. Tal ação dá a conhecer, de maneira irrefutável o verdadeiro bem-querer através do ato de solidariedade. 

1. O princípio da empatia e da solidariedade.

Cristo nos ensinou no Sermão do Monte: "tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós" -  Mateus 7.12.

Se uma mãe tem um filho que padece de problema cardíaco crônico, a quem a medicina aponta  poucas chances de sobrevida, certamente deseja ansiosamente que os médicos encontrem um coração de alguém, que dê oportunidade de sobrevivência para sua criança doente.

A empatia é definida como sentir o que a outra pessoa sente. É a posição de colocar-se no lugar do outro. A pessoa que se coloca no lugar do próximo, se estiver diante de uma situação extrema como doar órgãos, tende a ser doador de órgãos, pois o verdadeiro amor o impulsiona-nos à doação.

Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo é a síntese da lei e dos profetas, o resumo da lei de Cristo, que nos ensina não haver maior amor do que doar a sua vida ao próximo (Mateus 22.37-40; João 15.13).

Portanto, identificar irmãos na igreja que estejam em luta contra uma enfermidade séria. precisando de doação de sangue ou de um órgão, dá a cada cristão a oportunidade de socorrer pessoas que estão sofrendo bem perto de nós.

2. O princípio do verdadeiro amor.

A questão humana de doar órgãos está fundamentada no princípio do verdadeiro exercício do amor, quem realmente ama entende o altruísmo do auxílio mútuo, é solidário, e tem raízes no princípio da empatia e da solidariedade, que a Bíblia Sagrada apresenta como princípios cristãos. Portanto, desde que dentro das suas possibilidades, jamais deixa de socorrer alguém que estiver em dificuldade.

Salvar a vida de alguém é, sem dúvida, uma demonstração de elevado sentido espiritual e moral. A ação em nada contraria os preceitos éticos ou bíblicos, exceto no caso de células-tronco embrionárias. A pessoa que declara sua vontade de doar seus órgãos vitais após morrer não deve ter sua vontade desrespeitada.

Não é fácil a uma família tratar desse assunto num momento de fragilidade e luto. Mas, com certeza, a maior barreira ao ato de doar órgãos é a desinformação, que inviabiliza aos familiares agir em tempo adequado. Neste momento de pesar, a consciência do cristão para agir corretamente precisa estar alinhada e sintonizada com a Palavra de Deus.

CONCLUSÃO

A doação de órgãos em vida, ou depois de morto, é um elevado gesto de amor. Ninguém deve ser forçado à prática de tão nobre gesto. Portanto, cabe aos líderes da igreja conscientizar os membros a agirem amorosamente, lembrar da questão humanitária, não deixar esquecer que a transferência de órgãos é um modo de fazer com que a pessoa falecida esteja ainda um pouco mais de tempo entre nós.

Como cristão, cada um de nós, precisa ser capaz de se manifestar tendo como base a Palavra de Deus, pois é apenas nesta condição que o crente é agente que faz a diferença positiva e traz à luz os princípios da Ética Cristã.

E.A.G.

Compilação:
Bíblia de Estudo do Expositor, segunda edição revisada 2015, Jimmy Swaggart, página 2014,  Baton Rouge, EUA (Ministério Jimmy Swaggart)
Lições Bíblicas Adulto. Valores Cristãos - Enfrentando as Questões Morais de Nosso Tempo, Douglas Baptista, lição 7 - Ética Cristã, e Doação de órgãos, 2º trimestre de 2018, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas Adulto. Ética Cristã - Confrontando as questões morais. Lição 10: O cristão e a doação de órgãos, Elinaldo Renovato de Lima, 3º trimestre de 2002, Rio de Janeiro (CPAD)

IPOG Blog - Conheça a lei sobre transplantes e doações de órgãos - 21 de agosto de 2017 - https:// blog.ipog.edu.br/ gestao-e-negocios/ transplantes-e-doacoes-de-orgaos/

terça-feira, 1 de maio de 2018

O que separa o cristianismo de toda religião mundial?

Por David Fairchild

O que separa o cristianismo de toda religião mundial?

Você ora? Os muçulmanos também.

Você evangeliza? As Testemunhas de Jeová também.

Incêndio e desabamento de edifício na cidade de São Paulo



O feriado do 1º de maio de 2018, celebração do Dia do trabalhador, amanheceu com cenas impressionantes, assustadores e tristes.

Incêndio de grandes proporções atingiram duas edificações no centro velho da Capital de São Paulo, no inicio da madrugada. Era 1h30 quando o Corpo de Bombeiro combatia o incêndio e o edifício Wilton Paes de Almeida, com seus de 24 andares, ruiu. A igreja Luterana, ao lado, foi parcialmente afetada em sua estrutura.

O prédio, que pertence ao governo federal, já havia sido evacuado, quando em chamas veio abaixo, em torno de 2 horas da madrugada. No momento do colapso um soldado do Corpo de Bombeiro, Diego Francisco Santos, tentava resgatar uma pessoa e ambos desapareceram envolvidos por destroços da estrutura, fogo, muita fumaça e pó. O bombeiro sobreviveu e não se tem notícia da pessoa que estava sendo socorrida. Está confirmada 1 vítima fatal e 320 pessoas são dadas como desaparecidas.

No passado, o edifício era usado pela Polícia Federal, e atualmente estava desativado. O edifício estava sendo ocupado ilegalmente por grupos de famílias de baixa renda, ocupação esta organizada pelo Movimento sem Teto Luta pela Moradia, que cobrava aluguel no valor médio de R$ 350,00. Situava-se entre as avenidas  Rio Branco e Antonio Godói, próximo ao Largo do Paissandu, no conhecido centro velho da Capital, perto da divida dos bairros Campos Elísios e Santa Cecília, regiões conhecidas como Cracolândia.

A primeira equipe da imprensa de televisão a estar na região foi o SBT, com o jornalista Marcelo Bitencout, que fez transmissões ao vivo. Vizinhos gravaram o sinistro e o exato momento do desabamento, as imagens circulam na internet, nas redes sociais. O flagrante já roda o mundo, como é possível assistir nesse vídeo. Link: Brazil highrise fire causes building to collapse.

Bem próximo dessa tragédia, em 24 de fevereiro de 1972, houve o incêndio no Edifício Andraus, na Avenida São João, que vitimou 346 pessoas, sendo 16 vítimas fatais.

E.A.G.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Ética Cristã e Suicídio


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Na obra clássica "O Peregrino, João Bunyan narra a caminhada do "cristão" que buscava o fim de um estado opressor provocado pela sua atividade de pecados. Ele peregrinava com o fardo de pecados, cujo peso era esmagador, procurando alívio em diversas fontes. Foi quando o "interprete" lhe apontou o Calvário. Então, o Peregrino reconheceu que Jesus Cristo morreu por ele. Nesse momento, ele recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, e transferiu o fardo para as mãos de Jesus. É o que o ser humano deve fazer também para aliviar-se dos seus fardos.

Muitas pessoas estão à beira da total exaustão, vivem oprimidas em decorrência da sobrecarga diária. O esforço é custoso, impõe a elas esforço difícil de suportar. Vivendo neste processo desgastante, não são todas que reconhecem a solução que Jesus Cristo oferece. Não suportam o sofrimento e dão cabo da própria vida.

A expressão "suicídio" é derivada de dois vocábulos latinos: sui (“de si mesmo”) e caedĕre (“matar”), isto é, matar-se a si mesmo. Atitude também conhecida como "morte autoinfligida".

Sobre a decisão de colocar um ponto final a própria existência, o crente não deve basear-se em raciocínio, filosofias e justificativas puramente humanas. Precisa considerar as Escrituras, as vastas abordagens que a Palavra de Deus possui sobre este tema.


l - O SUICÍDIO NAS ESCRITURAS E NO MUNDO

Nas Escrituras, encontramos o registro de alguns casos de suicídio. Em todos eles, vemos que seus protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do Senhor, e desobedeceram à sua Palavra

A vida só tem sentido quando está sob o controle irrestrito de seu Criador (Isaías 41.13). O aumento do suicídio é resultado da ideologia que enaltece a criatura em lugar do Criador. Quando o homem evoca autonomia sobre o próprio corpo e a vida, desprezando e afrontando a soberania divina, graves e funestas consequências ocorrem.

1.1 No Antigo Testamento.

Na passagem bíblica de 1 Samuel, capítulo 31 e versículos 3 ao 5, encontramos o caso de suicídio de Saul, monarca  fracassado, que deixou o Senhor, e foi em busca de uma médium espírita (1 Samuel 28.1-19; 1 Crônicas 10.13,14). O texto registra que o rei cometeu suicídio precipitando-se sobre sua espada e o seu escudeiro viu que ele estava morto e suicidou-se também.

Aitofel,  cujo nome em hebraico significa "irmão de conversa tola", foi conselheiro importante de Davi e conspirou contra ele juntando-se com Absalão Ao se ver desacreditado por Absalão, sentiu profunda angústia e se enforcou (2 Samuel 17.23).

Zinri, um rei sem nenhum temor de Deus, usurpou o trono por traição e matança, reinou em Tizri por apenas sete dias. Após matar Elá, seu mestre, o povo se revoltou contra ele e declarou Onri rei em seu lugar. Então, apavorado, considerando não morrer pelas mãos de Onri, ateou fogo no palácio e propositalmente morreu no incêndio (l Reis 16.18,19).

Moisés pediu a Deus que tirasse a sua vida; o profeta Elias também fez o mesmo pedido; e da mesma forma o profeta Jonas. Eles temeram tirar a própria vida e pediram a morte. E Deus não atendeu a nenhum desses pedidos (Êxodo 1.17; Números 11.15; 1 Reis 19.4; Jonas 4.3). 

Sansão morreu como suicida?

Sansão viveu no período teocrático de Israel. Agiu em sua função de juiz sobre os israelitas (Juizes 3.6 a 16.31). O termo "juiz" pode trazer uma impressão errada aos que não possuem conhecimento bíblico. Qual era o papel de um juiz? Deus chamava indivíduos de diferentes posições sociais e dava-lhes poder para servir como juiz, liderando uma ou mais tribos de Israel. Assim, exerciam todos os poderes governamentais durante seu tempo no ofício executivo, legislativo e judiciário. Eles, na sua maioria, também eram líderes militares.

Há quem acredite que o caso de Sansão, o décimo terceiro e último juiz de Israel, é um exemplo de suicídio aprovado por Deus. Sansão não se suicidou, ele não tirou a vida como um suicida; mas sacrificou-se por seu povo quando esteve em seu último lance de combate contra os inimigos mortais dos israelitas.

Os filisteus haviam arrancado seus olhos e zombavam dele durante a realização de uma festa dedicada ao deus Dagon. Neste momento de escárnio, Sansão orou ao Deus verdadeiro pedindo-lhe força para contra-atacar. Ao receber esta força, abraçou duas colunas do templo pagão e provocou o seu desmoronamento sobre todos os inimigos de Israel (Juízes 16.28-31). Através de Sansão o ciclo de derrotas nas mãos dos filisteus foi quebrado. Não fosse esta iniciativa corajosa um ato de guerra, Sansão não seria mencionado entre os heróis da fé (Hebreus 11.32-34).

1.2 No Novo Testamento

Encontramos nas páginas neotestamentárias o triste exemplo de Judas Iscariotes, um dos doze discípulos de Jesus, tesoureiro e ladrão de ofertas (Lucas 6.16; João 12.6; e 13.29) Tomado por uma ambição egoísta, traiu o Mestre por trinta moedas de prata (Marcos 14.10-11). Após trair Jesus, ele foi dominado por um profundo remorso, e, ao invés de pedir perdão ao Senhor, preferiu dar cabo de sua vida enforcando-se, tendo suas entranhas derramadas no chão (Mateus 27.3-5; Atos 1.18). Antes desse fim horrível, Cristo o havia exortado, para que não o traísse e evitasse o sofrimento (Marcos 14.21).

Em nossos dias, infelizmente, há quem siga o caminho de Judas e banalize a vida e a fé cristã. Por amor ao dinheiro, muitas pessoas são atraídas aos mais diversos tipos de pecado. Gente crente em Cristo, abandonam a fé e são traspassadas por muitas dores. No entanto, as pessoas podem ter dinheiro, amar a Deus acima de todos e tudo e não amar as riquezas (Jó 42, capítulo completo; 2 Timóteo 6.10).

Jesus se recusou a cometer suicídio ao ser tentado por Satanás (Mateus 4.5-6; Lucas 4.9-11).

O carcereiro de Filipos se propôs a cometer suicídio, quando ocorreu um terremoto na região da prisão na qual  ele era o responsável pelo aprisionamento dos presos, entre os quais Paulo e Silas. O abalo sísmico abriu as grades dos cárceres e ele apavorou-se pensando que os detentos haviam fugido. Quando o apostolo o viu tirando a espada com o intento de matar-se, gritou para impedi-lo "não faça este mal contra si mesmo, estamos todos aqui". E o carcereiro perguntou a Paulo e Silas o que deveria fazer para ser salvo. Então, ouviu: "Creia no Senhor Jesus, e será salvo tu e tua casa" (Atos 16.23-32).

Durante a Grande Tribulação muitos tentarão cometer suicídio, mas serão incapazes de encontrar a morte (Apocalipse 9.6).

1.3 O suicídio no mundo

O suicídio aparece nas Escrituras Sagradas e reflete-se no mundo de hoje. Pesquisas mostram que no Brasil o número de suicídios entre jovens cresce de modo lento, mas constante. Dados mostram que, em 12 anos, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5.1 por 100 habitantes em 2002 para 5,6 em 2014 - um aumento de quase 10%.

Esses números, obtidos pela rede de televisão britânica, BBC Brasil, são do Mapa da Violência 2017, publicado anualmente a partir de dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Em números absolutos, foram 2.898 suicídios de jovens de 15 a 29 anos em 2014, um dado que costuma desaparecer diante da estatística dos homicídios na mesma faixa etária, cerca de 30 mil.

Um olhar atento permite ver que este melancólico fenômeno  não é recente  nem isolado sobre o que acontece com a população brasileira. Segundo Blaize Conzati, colunista e pesquisador do Instituto Familiar, em um artigo publicado em maio de 2017, de 2000 a 2015, a taxa de suicídio aumentou 27% entre as pessoas de 20 a 35 anos de idade nos Estados Unidos. Entre todos os grupos etários, a taxa média saltou quase 21% durante o mesmo período de tempo.

De acordo com Instituto de Pesquisa familiar, a perda de fé em Deus e o declínio da religião estão  entre as principais razões  pelas quais  jovens estão cometendo cada vez mais suicídio nos Estados Unidos. Os jovens americanos têm se distanciado das instituições religiosas ao longo das últimas décadas, escolhem viver de acordo com "sua própria espiritualidade" ou desprezam inteiramente a fé em Deus.

Os suicídios merecem atenção porque indicam um sofrimento imenso, que faz a pessoa tirar a própria vida. Muitos indivíduos se submetem a um desejo desenfreado de chegar ao "topo do sucesso" e, independentemente dos sacrifícios pessoais, fazem de quase tudo para "manter-se por lá" o máximo de tempo possível. Isso torna a existência um enorme fardo pesado, considerando que sucesso nem sempre é sinônimo de felicidade e estar em evidência não garante a autorrealização. Esse comportamento decorre de uma vida sem a presença de Deus, gera o aumento das tensões da pessoa com ela mesma e com muitos indivíduos em sua volta. Produz doenças psicossomáticas, das quais a mais conhecida é a depressão, e é a causa do índice de suicídios.

Pesquisa empírica sobre as causas do suicídio revelou que a maioria das pessoas não comete suicídio após a devida consideração e em desafio deliberado aos mandamentos de Deus, mas é levada a isso por doença mental grave ou experiências extremamente traumáticas.

Não é cabível ao cristão encorajar o suicídio. Fazer isso significa não possuir amor ao próximo e não ter resposta para o desespero e nenhuma condição de levar o conforto aos aflitos. O Evangelho de Cristo é o oposto de tudo isso.

Encorajar, incitar, dar apoio ao ato de suicídio de outra pessoa, é um crime em vários países ocidentais, visto como uma maneira de homicídio doloso (intenção de matar). Aliás, até quando realizado através  da Internet. Em território brasileiro, o artigo 122 do Código Penal prevê reclusão de dois a seis anos para quem leva alguém a cometer suicídio, ou reclusão, de um a três anos, se a tentativa de suicídio provocar lesão corporal de natureza grave.


II - TIPOS DE SUICÍDIOS

O que faz uma pessoa famosa cometer suicídio? Por que indivíduos que aparentemente não têm falta de nada tiram a própria vida? As aparências de alegria no cotidiano muitas vezes mascara o que realmente as pessoas estão sentindo e vivendo.

São muitas as pessoas que não conhecem a Jesus que são induzidas a matar a si mesma. Existem três tipos de suicídios: convencional, pessoal e sacrificial.

2.1 Suicídio convencional.

Após Constantino introduzir o cristianismo em 312 como a religião oficial do Império Romano, os cristãos participaram do governo, Agostinho, em A Cidade de Deus (I, 17-27) formulou a primeira rejeição ética cristã abrangente do suicídio argumentando que o sexto mandamento implica uma proibição contra a morte de todas as pessoas inocentes e, portanto, implicação também contra tirar a própria vida. Um argumento adicional foi que o suicídio está absolutamente errado, já que rouba da pessoa responsável qualquer oportunidade de confessar o pecado mortal cometido contra si mesma.

É descrito pelo  nome de “convencional” o suicídio provocado pela tradição cultural ou coerção do grupo social. Exemplos:
• Os esquimós  toleram e esperam o suicídio de idosos e incapacitados.
• Era comum entre os japoneses a prática dohara-kiri como expressão de orgulho, a morte autoinfligida em nome da honra. O suicida era visto como gente nobre ao tirar sua vida para não experimentar alguma situação intolerável. 
Ainda há nos dias atuais a propensão ao suicídio naquela cultura. Em maio de 2007, ao ser investigado por corrupção, o Ministro da Agricultura do Japão sentiu-se extremamente envergonhado e cometeu o suicídio por enforcamento. Em 2014, a taxa média de suicídios no Japão era de 70 pessoas por dia. 
2.2 Suicídio pessoal.

Há hoje entre os cristãos uma atitude não bíblica com relação às dificuldades e aos sofrimentos. Quando as adversidades surgem, muitos creem que estão em pecado e abandonados por Deus. Contudo, foi o próprio Jesus quem nos alertou que não devemos nos surpreender com o fato de encontrar tribulações (João 16.33). A fé não nos isenta das dificuldades, mas nos capacita a enfrentá-las. É necessário aceitar o fato de que a vida presente não é constituída apenas de alegrias e conquistas terrenas. Os crentes são chamados a ter alegria e esperança em meio às provações atuais, com os olhos fitos na era vindoura.

O suicídio de ordem pessoal, obviamente, é realizado por  iniciativa individual, sem a influência de tradição cultural. As motivações para este tipo de morte são variadas e muitas vezes não é possível conhecer a causa direta. No entanto, a atitude é compreendida como um escapismo de problemas.

Quase sempre o suicídio ocorre em resposta ao sofrimento ou em decorrência da ansiedade exagerada, causadora do sofrimento antecipado. O sofrimento pode ser de natureza física, mental, emocional ou espiritual. As principais razões que transformam um individuo em suicida, são: depressão, problemas financeiros, dissolução de um relacionamento, uma forma de protesto, confusão sexual entre gêneros, ritual religioso, fuga da punição e fuga da dor.

Há cristãos que definem o uso do cigarro de nicotina, álcool e drogas ilícitas como maneiras de suicidar-se, lenta e gradativamente.

De maneira equivocada, alguns podem pensar que o suicídio deveria ser aceito como um direito, argumentar que o seu corpo é propriedade pessoal. A Bíblia Sagrada declara que o nosso corpo pertence ao Espírito Santo (1 Coríntios 6.19-20). Somos portadores de uma imagem irradiada na sociedade, seres humanos vivendo em comunidade e nesta condição o ato de suicídio aflige os que testemunham ou recebem a informação do ato suicida, além de gerar culpa e outras circunstâncias tensas.

2.3 "Suicídio" sacrificial.

No Antigo Testamento, a morte de Sansão é um exemplo de auto-sacrifício. Ele agiu de maneira altruísta, com o propósito de livrar Israel da opressão causada pelos filisteus. E por este motivo é mencionado entre os Heróis da Fé (Juízes 16. 23-31; Hebreus. 11:32).

No Novo Testamento, encontramos a questão de alguém salvar a vida alheia em detrimento da sua própria. O ensino de Jesus aborda este tema. Ele disse que a “morte em prol dos outros” é a prova de um amor maior. E como o Bom Pastor que tem um carinho muito especial com suas ovelhas, o próprio Senhor entregou a vida dEle por nós, através de um sacrifício amoroso. A cruz é o ponto central do cristianismo, foi na crucificação que Ele garantiu a vida eterna a todos nós. (João 10.15, 16).


III - O POSICIONAMENTO CRISTÃO PARA O SUICÍDIO

3.1 O posicionamento teológico.

A fundamentação bíblica do cristão contra o suicídio encontra-se no sexto mandamento do Decálogo: "não matarás". O preceito que nega ao ser humano tirar a vida de outro ser humano, também o proíbe de “assassinar” a si mesmo. (Êxodo 20.13; Deuteronômio 5.17).

A razão pela qual o suicídio é considerado uma violação da vontade de Deus, é que Ele é o Criador e Sustentador da vida. O suicida rejeita a soberania de Deus e usurpa sua prerrogativa em relação à vida e à morte (Jó 12:10). Somos produtos das mãos do Criador, portanto, a vida humana pertence a Deus (Salmo 100.3). Cabe ao Criador determinar o tempo de nascer e o tempo de morrer. Somente a Ele é cabível decidir quando e como a vida deve cessar, seja por doença, velhice ou acidente. (Eclesiastes 3.2).

Ao longo da História da Igreja, o suicídio sempre foi visto como um pecado grave. Houve a diferenciação do suicido com outros pecados, destacando-o como o pecado que não permite ao pecador arrepender-se por tê-lo cometido. Assim, no passado era costume da igreja negar o cerimonial de enterro aos cadáveres indicados como alguém suicida.

3.2 O posicionamento ético.

A posição da Ética Cristã é contrária ao suicídio pelos seguintes e principais motivos:
Suicidar-se denota inversão dos valores da vida e falta de confiança em Deus, o suicídio é um gesto de ingratidão que interrompe o ciclo e a missão da vida outorgada por Deus.
Falha por não reconhecer a natureza antinatural da morte (Romanos. 5.12; 1 Coríntios 15.26; 1 Tessalonicenses 4.13-18).
O suicida desconsidera ser criado à imagem e semelhança de Deus, não considera a santidade da vida humana O suicídio implica banalizar a vida que Deus criou (Gênesis 1.26–27; 9.5–6).
O suicídio é uma má administração do corpo. Suicidar-se demonstra amor mal direcionado e é prejudicial para os outros. O ato suicida viola o mandamento de amar “o próximo como a si mesmo” (Mateus 22.36-39; 1 Coríntios 6.19-20,  Efésios 5.29).
O suicídio é um ato egoísta de quem pensa em aliviar seu sofrimento sem se importar com os outros; a pessoa que comete suicídio ignora o sofrimento humano do próximo, de seus pais, irmãos e amigos (Romanos 5.3-5; 8.28; 2 Coríntios 4.17-18; 12.10).
Em face dessa situação lamentável na existência de alguns, a Igreja deve estar disposta a ajudar. Aos cristãos é necessário discernir a condição da pessoa que tem a predisposição ao suicídio.

Alguns sinais da iminente tragédia, são: falar em suicídio de maneira romântica; declarar não ter esperança, dizer ou realmente estar desamparado, descrever-se como pessoa inútil; perda de interesse em coisas materiais; abandono de bens materiais; felicidade súbita seguida pela demonstração de apatia ao visitar entes queridos. Atenção: tais características podem ocorrer em pessoas que não estão propensas ao suicídio.


CONCLUSÃO

Como Igreja de Deus, o cristão é convocado a militar pela vida, levar esperança às pessoas angustiadas. Perante um potencial suicida, é importante persuadi-lo a buscar ajuda e a companhia de parentes e amigos. Assim que houver suspeita, é necessário conduzir o mesmo ao envolvimento com grupos de apoio, sendo que os principais são os familiares que, comprovadamente, o amam e a coletividade da estrutura eclesiástica, voltada ao ministério de socorro aos aflitos.

Os problemas éticos são desafios gigantescos à igreja do Senhor. Por este motivo é necessário sempre buscar maior conhecimento bíblico a respeito do tema. Estar disposto a orar no sentido de estar capacitado a contribuir com ações consistentes. E assim, tornar-se apto a vencer este problema social, tão inquietante até aos servos de Deus.

E.A.G.

Compilações:
Geração JC, ano 27, número 118, páginas 13 e 14
Guia Fácil para Entender a Bíblial. Larry Richards, página 74 e 75, edição 2013, Rio de Janeiro (Thomas Nelson Brasil).
Lições Bíblicas Adulto. Valores Cristãos - Enfrentando as Questões Morais de Nosso Tempo, Douglas Baptista, lição 6 - Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia, 2º trimestre de 2018. 
Lições Bíblicas Adulto. Ética Cristã - Confrontando as questões morais. Lição 9: O cristão e eutanásia e o suicídio, Elinaldo Renovato de Lima, 3º trimestre de 2002. 
Quem é Quem na Bíblia Sagradaeditado por Paul Gardner, 19ª reimpressão 2015, páginas 580 e 581, São Paulo (Editora Vida). 

SciELO - May Christians request medically assisted suicide and euthanasia?, D. Etienne de Villiers, www. scielo. org. za/ scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0259-94222016000400090
The Ethics & Religious Liberty Commission, Suicide from a Christian perspective, 14 de Outubro de 2014, https:// erlc.com/ resource-library/articles/ suicide-from-a-christian-perspective  

Deus cuida de você


No livro de Isaías, capítulo 40 e versículo 31, a Palavra de Deus nos diz que todos que esperam no Senhor renovam as suas forças e voam com as águias. E então questionamos: Quantos cristãos estão vivendo hoje a sua fé ao estilo dessas aves de grande porte, bico e garras?

Durante as tempestades, as águias não se amedrontam. Elas abrem suas asas e voam acima de todas as agitações atmosféricas, enquanto as outras aves têm medo das densas nuvens, raios, trovões, chuvas ventos, granizo, temporal, procela.

É preciso confiar no Senhor em momentos ruins. Se Ele não muda a tempestade, dá asas de águias aos que o servem com fidelidade.

Será que durante as circunstâncias adversas nos esquecemos das promessas e instruções do apóstolo Paulo, ao escrever aos crentes da cidade de Filipos? O texto bíblico contido na Carta aos Filipenses, capítulo 4 e versículo 6, nos ensina que não é necessário que o coração permaneça ansioso durante as tempestades. Mas somos falhos e sentimos a ansiedade quando as coisas não estão bem. Neste momento de fraqueza, devemos abrir as asas e voar alto, é necessário empreender esforços para trocar a motivação criada pela ansiedade por orações, súplicas ações de graças, conforme recomendou o apóstolo.

Deus quer tocar em seu coração, em seu espírito e alma, para que você seja forte em todo tempo. Não importa qual e de qual tamanho é a luta que, inevitavelmente, é travada. O fato de confiar em Deus nos envolve na proteção divina, e dar lugar ao Espírito Santo durante a circunstância adversa, faz com que o desfecho contribua para o nosso bem. 

Estejamos disponíveis ao toque do Espírito Santo. Ao toque do Senhor, podemos todas as coisas em Cristo, que renova as novas forças.

E.A.G.