Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O apóstolo Paulo legitima a prática do dízimo

Antes de tudo o mais, esclareço que sou uma pessoa totalmente independente de arrecadação de dízimos, ofertas, cestas básicas ou qualquer outro tipo de benefício. Nem eu e nem qualquer familiar recebe valores cuja origem é a igreja. É exatamente o contrário, entregamos com o objetivo que outros sejam beneficiários.

O dízimo ensinado de maneira contextualizada

Todos concordamos que é preciso usar a Bíblia Sagrada de maneira contextualizada.

Nas igrejas evangélicas, o ensino cristão sobre o dízimo não deve ter como base textual Malaquias 3.8-10. A base de contexto é a voluntariedade de Abraão e Jacó (Gênesis 14 e Gênesis 28), a profecia no Salmo 110.4 e Hebreus 5 e 7. Textos desvinculados das imposições da Lei de Moisés.


O dízimo e a acusação de barganhas com Deus

"E disse-me o SENHOR: ...eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la" - Jeremias 1.12.

Algumas pessoas que não são dizimistas se fazem de desentendidas, ou não entendem mesmo, que Deus fez promessas aos dizimistas e ofertantes e Ele cumpre o prometido. Esperar que Deus cumpra o que prometeu é exercício de fé, apenas crer que Ele não mente. O nome dessa esperança não é barganha. Se o contribuinte espera que o Senhor cumpra o prometido, então, isso seria uma barganha? Se for, é uma barganha criada por Deus.

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre" - 2 Coríntios 9:7-9.

"E Deus é poderoso para para fazer abundar em vós toda a graça". Graça significa favor que não merecemos. A promessa divina  está aí... É conteúdo da Palavra de Deus. Devo duvidar da fidelidade de Deus? Se crer nesta promessa estou agindo no sistema da barganha? É claro que não. Estou sendo crente em Deus!

O apóstolo Paulo e a citação de textos referentes aos dízimos


O apóstolo Paulo, em suas cartas, faz referência ao dízimo levítico para extrair dele o principio de que o obreiro cristão é digno de seu salário.

Vejamos:

“Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.” - 1 Coríntios 9:9-14.

Esta orientação de Paulo é baseada em Levíticos 6.16, 26 e Deuteronômio 18.1.

Vejamos, então:

“E o restante dela comerão Arão e seus filhos; ázimo se comerá no lugar santo, no pátio da tenda da congregação o comerão. O sacerdote que a oferecer pelo pecado a comerá; no lugar santo se comerá, no pátio da tenda da congregação.” – Levíticos 6.16, 26.

“Os sacerdotes levitas, toda a tribo de Levi, não terão parte nem herança com Israel; das ofertas queimadas do SENHOR e da sua herança comerão.” – Deuteronômio 18.1


O que fez Paulo? Usou textos da Lei de Moisés, trechos sobre a manutenção do templo judaico, para falar da necessidade de arrecadação de valores para a manutenção do templo cristão.

Paulo afirma que, assim como os sacerdotes da Lei comiam do que era originado de dízimos, a liderança cristã tem o mesmo direito. Assim sendo, Paulo reconhece que há legitimidade na prática do dízimo como forma de manter o serviço cristão.

Não existe contradição alguma nesta abordagem. Não estamos fazendo defesa da volta das práticas da Lei de Moisés para justificar dízimos. Estamos observando que a prática de manter a manutenção do serviço a Deus não está restrita ao Antigo Testamento, é incentivada pelo apóstolo.

A forma e a liturgia de cultuar com ofertas e dízimos mudaram da Antiga Aliança para a Nova Aliança, mas a função de adorar a Deus tem o mesmo princípio. É preciso manter a Obra de Deus colocando a mão no bolso.

Se o apóstolo Paulo não reconhecesse a legitimidade da prática do dízimo, jamais teria feito uso de textos sobre dízimos!

Conclusão


Reflitamos sobre a voluntariedade e o respeito com relação ao dízimo

O dízimo é usado na Igreja como prática de fé e amor ao Senhor e ao próximo. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" - 2 Coríntios 9.7.

Aquele cristão que não quer ser dizimista não seja... Nenhum ministério cristão quer receber dinheiro de quem não está disposto a colaborar voluntariamente.


Todo cristão precisa estar consciente que a arrecadação é feita para investimentos em missões, em evangelismos, em ajuda humanitária, construções e manutenções de templos. Todos esses empreendimentos visam o bem-estar do homem, por quem Jesus Cristo morreu. Dízimo é ato de fé e de amor.

Quem quer colaborar entregando dízimos na igreja tem o direito de fazer isso e precisa ser respeitado nessa decisão. Ele colabora porque se propôs a contribuir com 10% do seu salário, é alguém livre para exercer sua fé e se sente feliz assim. Não critique-o. Ele não pede opinião e nem assessoramento financeiro de quem é contra o ato de entregar dízimos na igreja.


O dízimo não salva o dizimista. Mas, Deus conhece todos os corações. O coração  do cristão que não entrega o dízimo tem alguns motivos para não entregá-lo. Deus sabe quais são... E se esses motivos forem nomeados como ganância e avareza, é claro que este cristão não  entrará no céu, porque todo ávaro e ganancioso ama mais as coisas do que ao Senhor  e ao próximo.

E.A.G.

Consultas: Pequena Enciclopédia Bíblica O. S. Boyer, 19ª impressão, 1992 (Editora Vida); Lições Bíblicas, A Verdadeira Prosperidade - Vida Cristã Abundante, José Gonçalves, lição 6, 1º trimestre de 2012 (CPAD).

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

AGO 2013: surpreendente

Os blogs dos pastores Geremias do Couto e Carlos Roberto Silva trouxeram para a Blogosfera Cristã uma notícia alvissasseira. Pelo menos para os assembleianos que se interessam pela política eclesiástica.

O cobiçado cargo de presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, cujas eleições ocorrerão em 2013, será disputado por três pretendentes ou mais. Diferente de anos anteriores, quando os candidatos eram Samuel Câmara e José Wellington Bezerra da Costa, ou apenas o último.

Nas próximas urnas, além das três escolhas, parece-me que Câmara entrará fortalecido, pois a terceira opção enfraquece Wellington, que embora tenha saído vencedor em vezes anteriores, sempre ganhou com margem pequeniníssa de votos à mais.

O desenho está se formando. Parece que o cenário para as próximas eleições ao cargo de presidente da CGADB será bem diferente do que já houve na história da instituição CGADB. E isso tem como peso diferencial a Terceira Via, encampada pelo Pr. Geremias do Couto.

As figuras dos pastores Gilberto Marques, José Wellington Bezerra da Costa e Samuel Câmara juntas não é algo comum de se ver. Esperamos que haja um consenso entre todos, para que o pleito transcorra em paz e glorifique a Deus, independente de qual lugar for escolhido para a realização da AGO 2013.

E.A.G.

Religiões acompanham só até o cemitério

"Todas as religiões e eu disse TODAS, acompanham o ser humano até o cemitério mais próximo. Só Jesus, conduz os que crêm, além disso. Ele disse: Quem crê em mim como diz as escrituras, rios de água viva manarão do se interior" - João. 7.38.


Pr. Genivaldo Tavares de Melo, em seu perfil no Facebook, hoje, 19 de Dezembro de 2011.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Hilsong - Gloria in Excelsis Deo (Angels we have heard on high)

Gloria in excelsis Deo, em latim, é glória a Deus nas alturas. Ótimo louvor para a atmosfera do Natal

Eliane Brum recebe desculpas de Silas Malafaia

Pose em evento religioso. By Ingrid Sanches Rodrigues - Flickr

No seu perfil do Twitter, em 28 de novembro, o Pr. Silas Malafaia publicou esclarecimentos sobre o termo ofensivo usado quando concedeu entrevista ao The New York Times. Ele faz um pedido de desculpas para Eliane Brum, cujo nome está associado à ofensa.

Vide em ipsis letteris:

"Há uma semana concedi por três horas uma longa entrevista para o jornal The New York Times. De fato, usei uma palavra inapropriada, mas jamais tive a intenção de ferir a honra da jornalista @brumelianebrum.

Na verdade, mencionei a palavra “vagabunda” para qualificar o caráter do artigo escrito por ela, o qual era preconceituoso. De forma nenhuma me referi ao caráter da jornalista.

Após ao mal entendido, enviei um e-mail para Eliane Brum, esclarecendo o fato e pedindo as devidas desculpas.

Afinal, errar é totalmente humano, e nunca deixei de reconhecer meus erros por vaidade pessoal. Quando erro, costumo pedir desculpas.

É lamentável que, após uma entrevista que rendeu quase uma página no The New York Times, algo raríssimo de acontecer com um brasileiro, a mídia se focou apenas em uma palavra. É isso que se pode aproveitar dessa reportagem?"

Fonte: @PastorMalafaia

Veja mais: Eliane Brum - época de preconceito religioso?