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domingo, 21 de março de 2010

JEREMIAS - A MENSAGEM CONFIADA POR DEUS AO PROFETA

Jeremias amava profundamente o seu povo. Não era por prazer que ele entregava a mensagem de juízo, fazia isso motivado pelo senso de obrigação. Ele sabia que anunciar o castigo divino era a sua missão. A Palavra de Deus era como fogo, não poderia ficar calado (Jeremias 1.5,10; 20.9).

Jeremias recebeu ordem divina para advertir aos israelitas que todos os homens são culpados e responsáveis diante de Deus. Era seu dever informar que Deus não dorme como supõem os homens, está sempre alerta para cumprir sua palavra. Era dever de Jeremias dizer que as nações da sua geração estavam debaixo do juízo divino porque a conduta dos povos está debaixo da justiça humana comum. Tinha a obrigação de informar que os israelitas culpados sofreriam destruição e dificuldade, porque Deus os julgava, e quando Ele viesse, os reinos e povos iníquos seriam arrancados e derribados. (Jeremias 1.11,12).

Jeremias também foi incumbido a transmitir mensagem de esperança: o castigo e o julgamento de Deus são redentores. Deus aflige para curar. Além do julgamento, existe a possibilidade de uma restauração.

Ao profetizar nos últimos dias antes da queda de Jerusalém em 587 a.C., predisse que Deus enviaria Judá e Jerusalém para o exílio na Babilônia, em razão de terem violado a Lei. Entretanto, ele predisse também o dia que Deus destruiria o poder da Babilônia e de outras nações hostis, restaurando a terra de seu povo.

Jeremias, sem cessar, advertia Jerusalém para que se rendesse ao rei da Babilônia, tanto fez que o acusaram de traição. Nabucodonosor recompensou-o por essa advertência ao povo, não só poupando-lhe a vida, mas lhe oferecendo uma honraria qualquer que ele quisesse aceitar, inclusive no ambiente da corte. Mesmo assim, o profeta continuava a bradar que o rei da Babilônia estava cometendo um crime hediondo na destruição do povo do SENHOR, e por essa causa, no devido tempo, seu país seria assolado para sempre (Jeremias 50 e 51).

Jeremias viu Judá e Jerusalém desintegrarem-se moralmente por dentro e serem destruídas militarmente por fora. As profecias de Jeremias cumpriram-se parcialmente com o retorno dos exilados sob a liderança de Zorobabel em 536 a.C. e com a reconstrução da nação no período pós-exílico. Os eventos, porém, dificilmente alcançaram a grandeza das expectativas de Jeremias. O pleno cumprimento das profecias ainda aguarda um cumprimento escatológico.

Várias descobertas arqueológicas importantes corroboram a historicidade do relato bíblico sobre os últimos anos do reino de Judá.

1 - A Crônica Babilônica apresenta informações sobre as campanhas dos exércitos babilônicos de 626 a.C. em diante, incluindo a captura de Jerusalém em 597 a.C.;

2 – As Cartas de Laquis descrevem a situação em Judá pouco antes do cerco final a Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C.;

3 – Em Laquis foi encontrado um selo com o nome Gedalias;

4 – Tábuas de barro foram encontradas junto à Porta de Istar, na antiga Babilônia, afirmam que Yaukin (Joaquim), rei da terra de Yahud (Judá), recebia subsídios reais, uma pensão diária (2º Reis 25.29-30).

E.A.G.
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Fontes: O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova); Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB); Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB); Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida); Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).
Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 1 - Jeremias, o Profeta da Esperança.

sábado, 20 de março de 2010

Jeremias - origem, personalidade, a chamada, esboço do livro do profeta

Festival Darom, Adom. Derto do Neguev. Estado de Israel. Bolg Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br | https://www.israel-in-photos.com/he/festival-darom-adom
Anêmonas em Israel.
Entre os meses de janeiro e março os campos florescem ao norte do Neguev.
A origem do profeta

Jeremias nasceu numa pequena aldeia sacerdotal chamada Anatote, que distava uns seis quilômetros a nordeste de Micmás e sudeste de Jerusalém. Anatote estava situada na terra de Benjamim, que foi dada aos filhos de Arão. Era a terra de Abiatar, de quem o profeta foi descendente Por revelação divina, neste lugar Jeremias comprou um lote que tinha pertencido aos seus antepassados (1 Reis 2.26; Jeremias 1.1; 32.7).


Pela sua linhagem, poderia ter exercido o ofício levítico, que lhe teria proporcionado prestígio e segurança, porém trocou o status social e religioso pelo plano de Deus. Flavio Josefo afirmou que em Israel os sacerdotes eram honrados como se pertencessem à nobreza.

Foi contemporâneo dos reis Josias, Jeoaquim e Zedequias (Jeremias 1.3). Exerceu seu ministério profético entre 626 a 586 a.C..

A vida de Jeremias é uma da mais bem retratada no Antigo Testamento, mais do que a de outros profetas, como Isaías, Ezequiel e Profetas Menores.

A personalidade do profeta

O nome Jeremias significa Jeová exalta e Jeová derruba, o sentido pode simbolizar as orações de seus pais a favor da desconsolada nação da Israel, como também todas as aspirações do profeta perante o caos religioso que viu.

Ele foi considerado o mais introspectivo dos profetas. Sua personalidade é a mais claramente descrita no Antigo Testamento. Não é nenhum exagero dizer que para entender o vocábulo profeta é necessário estudar a vida de Jeremias.

Ele sempre buscou agradar, em tudo, aquEle que o salvou e o convocou para a peleja. Por causa disso, não foi nada popular entre seus contemporâneos, pois exortou Judá a se submeter à denominação do inimigo, para que não perecesse nos confrontos de guerra; mostrou ao povo que o ataque da nação estrangeira era um castigo vindo do Senhor; e avisou que Deus disciplinava a nação, uma vez que ela abandonou os preceitos divinos.

Sendo profeta de severos juízos, tinha poucas amizades. Entre seus amigos, havia Aicam, Gadalias, filho de Aicam, Ebede Meleque, e Baruque (Jeremias 26.24; 39.14; 38.7-13; 39.15-18; 36.4-32).

A chamada do profeta

“E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas nossa capacidade vem de Deus” – 2 Coríntios 3.4,5.

A chamada do profeta ocorreu no reinado de Josias (638-606 a.C.), durou até a queda de Jerusalém.

Quando Jeremias foi chamado para o ofício profético identificou-se como “uma criança” (na’ar, Jeremias 1.6). Este vocábulo é ambíguo em hebraico, descreve infância (Êxodo 2.6) e adolescência em seus últimos anos (1 Samuel 30.17). Então não sabemos com certeza a idade de Jeremias, quando Deus o chamou para o ministério profético. Vinte e um anos, talvez. A nossa certeza é que o profeta foi vocacionado por Deus ainda na flor de seus dias.

Três coisas o Senhor fez em relação a Jeremias: conheceu-o, santificou-o e o deu às nações. Quando o profeta ainda não existia, já era conhecido de Deus; quando ainda não era ciente de sua missão, já se achava separado para o ministério; ainda não sabia falar, todavia, o Senhor já o tinha dado aos povos como arauto.

 Quando ele recebeu sua chamada, assustou-se; quis recuar. Diante da recusa de Jeremias, respondeu Jeová: “Não digas: Eu sou uma criança; porque aonde quer eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR. Após tocar seus lábios, diz: “Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (Jeremias 1.7-9). Assim Deus o comissionou e o capacitou.

Sobre a reação de recuo do profeta, escreveu F.B. Meyer: “Jeremias era muito jovem e tentou esquivar-se da grande missão a ele confiada. Os mais nobres sempre agem assim (Êxodo 4.10). Mais adiante, disse Meyer: “Sempre que Deus nos dá uma comissão, assume a responsabilidade da sua execução em nós, conosco ou através de nós”.

Deus nomeou Jeremias como profeta antes de seu nascimento. Esta nomeação foi no sentido de ter um plano e um propósito para a vida dele. Dessa situação, alguns deduzem que o ser humano não tem condições de rejeitar o plano divino. E buscam apoio nas palavras de Paulo (Romanos 9.18) Outros, pensam que mesmo Deus tendo um plano para a vida de todos nós, existe a liberdade de escolha para aceitar este plano ou rejeitá-lo. É a questão do livre-arbítrio.

Jeremias foi apontado como o profeta chorão e profeta solitário. Chorou porque sofreu muito ao ver a apostasia da sua geração. Sua solidão ocorreu porque recebeu a orientação de Deus para não se casar (Jeremias 9.1; 13.17; 16.2).

A história do profeta cobriu um período quarenta anos. Depois da queda de Jerusalém, ele foi forçado a fugir para o Egito, supõe-se que ali tenha morrido por volta do ano 580 a.C.. A tradição judaica afirma que foi apedrejado.

O Livro de Jeremias 

Jeremias é reconhecido como o seu autor. Porém, muitos acreditam que tenha a contribuição de Baruque, do capítulo 26 ao 45.

Data do livro

Não existe uma data específica, aponta-se o período inteiro do seu ministério para se dizer quando foi escrito, portanto, afirmamos que ocorreu entre 626 e 586 a.C.. 

Palavras-chave:

Arrependimento e restauração.

Versículos-chave: 

Jeremias 4.14; 7.23-24; 8.11-12. 

Propósito do livro:

Não existe ordem cronológico dos fatos neste livro. Todo o conteúdo é um conjunto de compilações das profecias de Jeremias para Judá, uma nação à beira da destruição em consequência da idolatria e tantos outros pecados. O profeta condenou as lideranças religiosas e anunciou que ela estava sob condenação divina caso não se arrependesse. Sua mensagem também de esperança era de que a Nova Aliança seria incondicional e que Deus escreveria a sua Lei nos corações humanos, perdoaria e esqueceria os pecados. Tudo isso se cumpriu em Jesus Cristo.

Esboço do livro: 

1.1 - 35.19: As profecias antes da queda de Jerusalém; 

36.1 - 45.5: As provações e o sofrimento de Jeremias;

40.1 - 45.5: As profecias após a queda de Jerusalém;

46.1 - 51.64: As profecias contra as nações estrangeiras;

52.1-34: Apêndice histórico.

Assim como Jeremias, os cristãos são chamados a servir à Nova Aliança, para compartilhar a esperança do Evangelho com aqueles que se encontram espiritualmente perdidos (2 Coríntios 3.6). 

E.A.G.

Compilações: 
O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova);
Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); 
Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); 
A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB);
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB);
Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida);
Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).

OUTONO

Começou hoje: é outono.
Estação do ano que precede o inverno e que no hemisfério norte vai de 22 de setembro a 21 de dezembro e no hemisfério sul vai de 21 de março a 21 de junho.

Figurativamente, é a idade que precede a velhice, diz que o outono da vida é o primeiro período dos idosos. A decadência, o declínio, o ocaso.
Mas a maior característica desta estação está nas árvores. O outono troca as cores verdes das folhagens, faz com que as copas de tornem amarelas. E assim propicia aos amantes da boa fotografia um show de belas imagens.
O outono também é considerado o tempo da colheita. E isto faz lembrar a Festa da Colheita ou Sega, que os hebreus celebravam. Na Bíblia, esta festividade também chamada de Festa do Pentecostes (Êxodo 23.14-17; 34.18-23). Neste período os judeus faziam ações de graça pelo resultado da colheita anual.
A colheita nos lembra de fruto, e o fruto remete-me à Gálatas 5.22-23: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.
E.A.G.