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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

As obras da carne e o fruto do Espírito


As obras da-carne e o fruto do Espírito. Lição nº 1. EBD - primeiro trimestre de 2017. CPAD - Obras da Carne e o Fruto do Espírito: Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Comentarista. Osiel Gomes.
Por Eliseu Antonio Gomes

A Carta aos Gálatas é uma das epístolas mais enérgicas que Paulo escreveu. Seu conteúdo nos permite vislumbrar o caráter cristão. Na ocasião da redação, o cristianismo corria o risco de ser transformado numa seita do judaísmo, os opositores do apóstolo tentavam convencer os cristãos, convertidos em seu ministério, a desistirem de seguir a doutrina de Cristo que ele anunciava.

Há duas correntes sobre os destinatários de Gálatas. A primeira teoria afirma que os destinatários seriam os cristãos da região conhecida como Galácia étnica, cujas cidades principais eram Ancina (Ankara, atual capital da Turquia), Pessino e Tavium.  A segunda teoria, mais aceitável, afirma que os destinatários localizavam-se na Galácia do Sul, a região abrangida pelas fronteiras da Licia e da Panfília, que o apóstolo visitou em sua primeira viagem missionária, quando pregou nas cidades de Antioquia da Pisía, Icônio, Listra e Derbe (Atos 13 e 14).

A salvação pela graça
Alegria, fruto do Espírito; invejar, hábito da velha natureza
Diga não às drogas: carta de adeus de um jovem de 19 anos ao pai...
Fidelidade
Fruto do Espírito: amor
Salvação e livre-arbítrio
Sete porções bíblicas sobre a saudação "a paz do Senhor"


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

EBD: 1º trimestre de 2017 (CPAD): As Obras da Carne e Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Comentarista: Osiel Gomes


Lição Bíblica da CPAD produzida ao primeiro trimestre de 2017, com comentário de Osiel Gomes.
A editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus apresentou a capa, de muito bom gosto, e o tema, importantíssimo, do 1º trimestre de 2017 da Revista Lições Bíblicas - Adultos.

Assunto: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pastor. Osiel Gomes.

Sumário de subsídios, clique nos temas e confira o que há preparado:

Lição 5 - Paz de Deus: Antídoto contra as Inimizades
Lição 6 - Paciência: Evitando as Dissensões
Lição 7 - Benignidade: um Escudo Protetor contra as Porfias
Lição 8 - A Bondade que Confere Vida
Lição 9 - Fidelidade, Firmes na Fé
Lição 11 - Vivendo de Forma Moderada
Lição 12 - Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina
Lição 13 - Uma Vida de Frutificação

E.A.G.

sábado, 11 de junho de 2016

Reconciliação tratada como brincadeira


Grafite: paciência é a distância entre a semente e a flor.


Reconciliação ou "reconciliação"?

A reconciliação é algo importante para a vida cristã, pois Deus nos chamou para a vida em paz com todos. Após episódios de desentendimentos, nada mais certo que o crente que deseja viver em comunhão com Deus pedir perdão para a pessoa com quem se desentendeu, desculpar-se com aquela pessoa que travou atitudes de desinteligências.

Porém, mais importante do que o "me desculpe" é assumir um compromisso consigo mesmo de cuidar para não repetir a mesma agressão, os mesmos erros, ou deslizes piores muitas vezes, e precisar trilhar os passos da reconciliação repetidamente.

Evite o hábito da repetição de atos e palavras agressivas; mantenha o bom nível espiritual em sua rotina de vida. Não banalize pedidos de desculpas ou de perdão.

Aqueles que introduzem a banalização do erro seguido de solicitação de perdão em seu cotidiano, terminam por perder toda a dignidade e toda credibilidade. A colheita do círculo vicioso de briga/reconciliação é a perda dos melhores vínculos sociais - às vezes sem condição de refazer os laços perdidos.

Não seja uma pessoa briguenta. A Palavra de Deus recomenda manter distância de pessoas dadas às contendas: "Não sejas companheiro do homem briguento nem andes com o colérico" - Provérbios 22:24. Confira mais: Salmos 140.1; Provérbios 3.31; 21.19.

Ame o próximo, quem ama respeita, quem ama não ofende. "O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor" - Romanos 13.10.

Concluindo

Por favor, ninguém pense que esta postagem é alguma espécie de indireta para alguém. Quem me conhece pessoalmente, sabe que não mando recados, se tiver algo comportante a dizer eu digo diretamente a quem deve ser dito. Este blog e as redes virtuais que eu mantenho, são mantidas com o objetivo de expor reflexões bíblicas e reflexões com abordagens de assuntos diversos, de âmbito geral. Ao me comunicar com esta finalidade, algumas vezes tive que explicar que não sou invasivo, que não crio postagem com mensagem indireta, que não faço uso da Internet para dizer publicamente coisas da ordem pessoal contra ninguém.

E.A.G.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A vida segundo o Espírito

Eliseu Antonio Gomes

O capítulo 8, e versículos 1 ao 17, da Carta aos Romanos, fecha a argumentação do tema justificação, apresentado pelo apóstolo Paulo ao longo dos sete capítulos anteriores: a vida no Espírito.

O apóstolo demonstra o fato de que a libertação do pecado produzida pelo Espírito resultou em nosso livramento da culpa e da morte, fruto da obra expiatória de Cristo no Calvário. Trata o crente como que vivendo e estando imerso na esperança, a vida plena no Espírito Santo.

Os filhos de Deus são guiados pelo Espírito de Deus. "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" - Romanos 8.14.

Todos os seres humanos, quer gentios quer gregos, estão debaixo da condenação do pecado. A lei do pecado e da morte, que havia tornado ineficaz a lei, agora está anulada pela lei do Espírito e vida, que opera no sacrifício de Jesus.

Paulo contrasta a anterior servidão de escravos ("sob a tutela da lei") com a nova liberdade de filhos, a cujos corações Deus enviou o Espírito Santo. Estimula o crente a não viver segundo a carne, mas mortificar as obras do corpo, mortificar progressivamente os apetites pecaminosos de natureza inferior. Ensina que o crente deve ser guiado pelo Espírito de Deus, pois quanto mais completamente obediente a Deus o cristão é mais ele viverá conforme os padrões de santidade.

Ninguém sabe as coisas de Deus senão o Espírito de Deus. "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus" - 1 Coríntios 2.10-11.

Como os próprios pensamentos internos de uma pessoa são conhecidos somente por ela, assim também a mente de Deus é conhecida somente pelo Espírito de Deus.

O Espírito examina todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus, responde ao espírito humano interpretando as coisas espirituais para as pessoas espirituais.

O Espírito Santo nos guia em toda a verdade. "Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir" - João 16.12-13.

Todo cristão deve se perguntar se está vivendo em conformidade com a vontade de Deus, se tem uma conduta íntegra e fiel, diante da sociedade e do Senhor. Viver uma vida de consagração pessoal é muito mais que ir a reuniões no templo. Consagrar-se é aceitar a indicação apontada pelo Espírito, dedicar ao Senhor por inteiro, de tudo o que é, de tudo o que tem, de tudo o que faz, em todos os momentos da vida.

Jesus Cristo prometeu aos apóstolos que o Espírito os relembraria de seus ensinamentos (João 14.26). E que o Espírito é o Guia em toda verdade. Assim como essas promessas foram cumpridas no passado apostólico, hoje também cumpre aquela obra, concedendo uma compreensão daquela verdade aos crentes dos dias atuais.

Nosso corpo é morada do Espírito Santo. "Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? " - 1 Corintios 6.19.

Muitos hábitos péssimos, como o do cigarro e o de drogas não legalizadas, acabaram espalhando-se em nossos dias porque foram associadas à ideia de liberdade. Milhões de pessoas do mundo inteiro envolveram-se em dependências químicas, destruindo suas vidas. Nenhum cristão rejeita a compulsão pelos tóxicos porque é proibido; sua convicção vem do fato de que o vício não convém. Os entorpecentes não podem fazer parte da vida de um cristão que é liberto por Cristo e vive a verdadeira liberdade trazida pelo Evangelho.

Quando o crente cede a inclinação da carne, adotando a conduta do velho homem, ele passa a viver segundo a carne e quando a carne assume o controle o Espírito se afasta dele.

O Salmo 45.6-7 declara que o Reino de Deus é um reino justo; Jesus Cristo emitiu a mesma declaração, registrada em Mateus 6.33. E o apóstolo Paulo ensina que os injustos não herdarão o Reino de Deus. Ao fazer esta advertência, tem a intenção de esclarecer que não é possível relativizar o estilo de vida cristão. O crente que persiste em viver segundo a vontade própria e sem arrependimento nos males dos ímpios, terão o mesmo destino dos ímpios.

Fomos comprados por bom preço, vivamos então para Deus. "Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não' (...). 'Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo" -  1 Corintios 6.15, 20.

Como os crentes foram comprados pelo sangue de Cristo, eles devem honrá-lo, que é a quem pertencem.

A Bíblia ensina que a sexualidade é uma dádiva de Deus para nós. Trata-se de algo bom, cheio de prazer e que permite ao ser humano compartilhar de si com o sexo oposto; além disso, é também a garantia da perpetuação da raça humana sobre a terra. Porém, Deus não aprova o desfrutar da sexualidade sem responsabilidade. Usar uma pessoa como simples objeto, esquecendo-se que ela foi feita à imagem de Deus, é pecado. Vemos que pecar contra o próprio corpo, no qual Deus habita, é pecar contra o Espírito Santo. Sendo assim, o uso da sexualidade não pode ser desregrado. Por isso, é muito importante que haja critérios para o uso do sexo, pois, do contrário, ele poderá nos dominar como escravos e poderemos sofrer e causar sofrimento. Deus deseja que todo cristão tenha uma vida sexual pura.
  
Conclusão

O princípio proativo da nova vida em Cristo suplanta o princípio do pecado inerente, habilitando-nos a viver de modo justo (Romanos 8.1-4). Se nós, como filhos de Deus, preferirmos viver em concordância com o Espírito, não com a carne, o poder de ressurreição do Espírito nos dará vida, mesmo em nosso estado mortal. No futuro, nossos corpos, com toda a criação, serão transformados (Romanos 8.18-25). Assim sendo, vivemos no amor do Espírito, que intercede por nós (Romanos 8.28-33) e de Cristo, que nos protege (Romanos 8.34-39).

Compilações:
Bíblia de Estudo Esperança, página 2012, edição 2012, São Paulo (Edições Vida Nova).
Bíblia de Estudo Plenitude, páginas 1052, 1160, 1177, 1180, 1181, edição 2001, Barueri (SBB). 
Ensinador Cristão, ano 17, nº 66, página 39, abril a junho de 2016, Rio de Janeiro (CPAD). 
Lições Bíblicas - Mestre: Romanos - O Evangelho da Justiça de Deus. Esequias Soares. Lição 10: Vivendo uma Vida de Consagração, páginas 69; 2º trimestre de 1998; Rio de Janeiro (CPAD). 
Lições Bíblicas - Professor - Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos; José Gonçalves, 2º trimestre de 2016, páginas 51, 54, Rio de Janeiro (CPAD). 

Plantou, colheu... Gálatas 6.7-8 (charge)

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos" - Gálatas 6.7-9.

"Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita" - Gálatas 6.7-8 (NTLH).

terça-feira, 3 de maio de 2016

A Lei, a Carne e o Espírito


EBD - Lições Bíblicas - Adultos: Maravilhosa Graça: o evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos José Gonçalves (CPAD) Lição 6. A Lei, a Carne e-o Espírito
Por Eliseu Antonio Gomes

Convém dizer que a Epístola aos Romanos não foi escrita ao acaso, nem o apóstolo ditou de improviso conforme as ideias lhe iam surgindo (Romanos 16.22). A carta representa o que o apóstolo vivia, ele respirava o que transmitiu; todo o conteúdo é fruto de muitos anos de experiência com Deus. Ele ensinava em todas as igrejas a essência que encontramos nesta carta, cuja obra é inspirada pelo Espírito Santo.

O pregador inglês Martin Lloyd-Jones destacou que não existe prova melhor para saber se alguém está realmente pregando o verdadeiro evangelho de Cristo do que observar com atenção sua exposição de Romanos 6. Os pregadores do falso evangelho interpretam este capítulo errado, entendem de maneira equivocada o que o apóstolo Paulo escreveu e atribuem o sentido que desejam. Elas imaginam que se uma pessoa é salva pela graça, então pode continuar pecando, tanto quanto goste, porque a vida em pecado redundará em mais graça ainda.

O poder do pecado foi aniquilado por Jesus Cristo e não pela lei. "Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? - Romanos 6.1-3.

Se Deus está pronto para perdoar, por que não dar a Ele mais oportunidades para perdoar? Se o perdão está garantido, temos a liberdade de pecar o quanto quisermos? A firme resposta de Paulo é: "Não!" Resolver pecar implica em aproveitar-se de Deus; tal comportamento demonstra que a pessoa ainda não compreendeu a gravidade do pecado. O perdão de Deus não transforma o pecado em menos grave; a morte de Jesus Cristo comprova a terrível gravidade do pecado; Cristo pagou com a vida para que pudéssemos ser perdoados. Portanto, a disponibilidade da Graça  não deve ser desculpa para uma vida sem santidade.

O objetivo de Deus é que o crente participe da "herança dos santos na luz". O salvo é luz no meio de um mundo perverso. Cristo veio para tornar os homens em pessoas santificadas (Colossenses 1.12; Filipenses 2.15; Tito 2.14). A diferença entre o salvo e aquele que não tem Cristo é tão grande quanto a existente entre a luz e a escuridão. E não é apenas uma questão de comparação; é um fato demonstrado pelo Senhor (João 8.12; Atos 26.16-18). O salvo não é alguém "um pouco melhor" do que os demais; é absolutamente diferente, pois o crente foi resgatado para uma vida santa (Efésios 5.6-8; 1 Tessalonicenses 5.1-6; 1 Pedro 1.16, 23; João 5.17-19; 1 Coríntios 6.19, 20). 

Nossa antiga natureza está morta, agora estamos vivos para Deus. "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus" - Romanos 6.11. 

A expressão "Considerai-vos mortos para o pecado" significa que devemos considerar nossa natureza antiga e pecaminosa como morta e indiferente ao pecado. Por causa da nossa união e identificação com Cristo, não queremos mais continuar com nossas antigas práticas, nossos antigos desejos e objetivos. Queremos viver para a glória de Deus. Ao começarmos a nova vida em Cristo, o Espírito Santo nos auxiliará a sermos exatamente aquilo que Deus quer que sejamos.

Não podemos permitir que o pecado assuma o controle de nossas vidas. "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça" - Romanos 6.12, 13.

Os salvos em Cristo são  exortados à santidade em razão da nova vida que recebem e do esplendoroso futuro que os aguarda na eternidade. No texto de Romanos 13.8-14, o cristão é aconselhado a viver de modo digno diante de Deus e dos homens (Efésios 4.1-3; Colossenses 1.10; 1 Tessalonicenses 2.12). Ele também é incentivado a uma vida santa, tendo em vista o iminente retorno do Senhor e o glorioso futuro que o espera (Romanos 13.11-14).

Não usemos da liberdade para dar lugar à carne. "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos uns aos outros" - Gálatas 5.13.

Jesus Cristo, em sua morte e ressurreição, nos salvou da condenação do pecado - "nenhuma condenação há"; "a lei do Espírito e vida me livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 8.1, 2). A liberdade em Cristo que experimentamos resulta do fato de não estarmos debaixo da lei, mas da graça (Romanos 6.14). O cristão serve o Senhor Jesus Cristo e, como tal, não pode ser servo da lei, pois acha-se livre dela. Não devemos abusar da infinita bondade de Deus mediante a desculpa de que, quanto maior o pecado, maior a graça divina.  Uma vez envolvidos pela graça "não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito". A lei diz "faça e viva", entretanto, a graça diz "viva e faça". Fazemos a vontade de Deus com a ajuda e direção do Espírito Santo para a nossa santificação.

Paulo faz a distinção entre o pecado e a liberdade de servir. A liberdade, ou licença para pecar, não é absolutamente liberdade porque escraviza as pessoas a Satanás, aos outros ou a uma natureza pecaminosa. Os cristãos, ao contrário, não devem ser escravos do pecado, porque são livres para fazer o que é certo e para glorificar a Deus por meio de uma carinhosa ajuda aos semelhantes.

Já não somos mais dominados pelas obras da carne. "Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus" - Gálatas 5.16.21.

Paulo descreve as duas forças antagônicas que estão lutando dentro de nós: o Espírito Santo e a nossa natureza pecaminosa (desejos iníquos ou inclinações gerados pelo nosso corpo). O apóstolo não afirma que essas duas forças são iguais, pois o Espírito tem poder inigualável. Porém, contando apenas com a nossa própria sabedoria, faremos escolhas erradas. Se tentarmos seguir o Espírito o Espírito apenas com nossos esforços humanos, fracassaremos. O único caminho para nos libertarmos de nossos desejos pecaminosos é por intermédio do poder recebido do Espírito Santo (Romanos 8.9; Efésios 4.23, 24; Colossenses 3.3-8).

Todos nós temos desejos pecaminosos e não podemos ignorar a existência deles. A fim de podermos seguir a orientação do Espírito Santo, devemos, determinadamente, enfrentá-los (crucificá-los). Esses desejos incluem pecados evidentes como imoralidade sexual e atividades demoníacas. Incluem também outros que são menos óbvios, como hostilidade, ciúme, ambição egoísta. Aqueles que ignora esses pecados, ou se recusam a enfrentá-los, mostram que não receberam o dom do Espírito que leva a uma vida transformadora.

O fruto do Espírito na vida do crente. "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei" - Gálatas 5.22, 23 (NVI). 

O fruto do Espírito é a obra espontânea do Espírito dentro de nós. Produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. Se quisermos que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir nossa vida à dEle (João 15.4, 5). Devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo e imitá-lo. Como consequência, cumpriremos o propósito da lei - amar a Deus e aos nossos semelhantes.

Se a sua vontade for possuir as qualidades relacionadas ao fruto do Espírito, então pode ter certeza de que o Espírito Santo está guiando seus passos. Ao mesmo tempo, tenha cuidado para não confundir seus sentimentos subjetivos com a liderança do Espírito. Ser dirigido pelo Espírito desperta o desejo de ouvir, a disposição imediata de obedecer à Palavra de Deus e a sensibilidade de discernir entre seus sentimentos e a inspiração divina. 

Viva cada um de seus dias sob o domínio e a direção do Espírito Santo, pois assim as palavras de Cristo estarão em sua mente, o amor de Deus por trás de seus atos e o poder de Cristo o ajudará a sujeitar seus desejos carnais.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, páginas 1561, 1562, 1640, edição 2004, Rio de Janeiro (CPAD). 
Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. José Gonçalves. Página 59; 1ª edição 2016. Rio de Janeiro (CPAD). 
Lições Bíblicas - Mestre. Salvação e Justificação - Os pilares da vida cristã. Eliezer Lira. Lição 11: Vivendo como salvos; páginas 75, 77, 79; 1 trimestre de 2006; ; Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre: Romanos - O Evangelho da Justiça de Deus. Esequias Soares. Lição 7: A Liberdade Cristã, páginas 39, 42, 57; 2º trimestre de 1998; Rio de Janeiro (CPAD).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Davi: a biografia do homem segundo o coração de Deus


A Bíblia Sagrada mostra a biografia de Davi, que encontra-se repleta de circunstâncias românticas e de contraditórios impressionantes, apresenta a condição humana, que manifesta a alma, com suas fragilidades e dinamismos, a excepcional habilidade à superação. Além disso, está marcada pela designação do Senhor, que o descreve como o homem "segundo o coração de Deus" (1 Samuel 13.14 e Atos 13.22).

Apresentamos a sugestão de leitura dos seguintes artigos, publicados há algum tempo aqui no Belverede:


Davi e Golias no Vale de Elã
E.A.G.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Tiago 1.20 - Quando a raiva surgir...

É importante considerar as orientações bíblicas, em todas as circunstâncias da vida. 

Em se tratando de momentos de nervosismos, mesmo que apareçam por motivo correto, o melhor a fazer é esperar o sentimento forte passar e só depois que passou tomar as decisões que devem ser tomadas, porque se não há calma também não há condições de raciocinar corretamente.

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sábado, 16 de maio de 2015

Se tiver amor o resto a gente ajeita

Por Eliseu Antonio Gomes

Quer viver em acordo com Deus? Ele é amor, então passe a agir conforme as Escrituras Sagradas recomendam

Qual é a recomendação? Amar. Tenha a disposição de alimentar sua fé estando sempre em concordância com a Palavra, isto é, amando.

Na passagem de Mateus, capítulo 22 e versículos 34 ao 40 Jesus explica o que fazer para ser um cristão em sintonia com o Criador. Primeiro, é preciso adorar a Deus em nosso cotidiano, estar diuturnamente nos esforçando para ser fiel, com toda a força que há em nosso coração e entendimento, adorá-lo através de nosso estilo de vida. E, em segundo lugar, também  é necessário usar o máximo possível de esforço para amar ao próximo como amamos a nós mesmos.

Precisamos amar o semelhante com toda dedicação possível, pois é desta maneira que expressamos nosso amor ao Senhor. Por quê? Porque quem manda amar o próximo é Deus. Então, ninguém é capaz de dedicar adoração a Deus se não praticar o amor aos semelhantes.

Amar de verdade é praticar ações de bem, tomar atitudes positivas, não basta elaborar bons discursos dizendo "eu te amo".

"Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados" - Judas 1.2.


E.A.G.

terça-feira, 28 de abril de 2015

O que é amor? Definição de Rebeca, 5 anos

"O que é o amor. Rebeca,  cinco anos. Amor é quando você perde um dente
 mas não tem medo de sorrir porque você sabe que os seus amigos ainda vão
 te amar mesmo se tiver faltando uma parte sua."

Eu encontrei este conteúdo numa postagem no Facebook, assim sendo, não é possível atestar a veracidade de autoria, se realmente a frase saiu da cabecinha de uma menina chamada Rebeca e com apenas cinco anos de idade.  

Sobre o manuscrito é muito difícil acreditar que o punho de uma garotinha tenha realizado uma caligrafia tão legível e sobre as linhas. Mas, podemos concordar que o princípio que norteia o amor é o da confiança, como diz a mensagem. Em 1 Corintios 13, Paulo escreveu com palavras diferentes a mesma coisa. Vejamos:

1 Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino.
2 Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
3 Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
4 Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
5 Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
6 Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.
7 Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
8 O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará.
9 Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos.
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.
11 Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança.
12 O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus.
13 Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor. 

Nova Tradução na Línguagem de Hoje (Sociedade Bíblica do Brasil).

segunda-feira, 27 de abril de 2015

O amor não faz mal ao próximo

O amor não faz mal ao próximo de sorte que o cumprimento da lei é o amor" - Romanos 13.10.

A declaração de Paulo de que o cumprimento da lei é o amor reflete o ensino de Jesus de que toda lei e os profetas dependem de dois mandamentos: amar a Deus plenamente e amar aos outros como a nós mesmos (Mateus 22.37-40).

Todos os mandamentos de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, são explicações práticas de como demonstrar amor em diversas circunstâncias. Então, é contraditório afirmar que somos cristãos (do grego "christianous", cujo significado é "aqueles que andam com Cristo") se não praticamos o amor de Deus, e isso envolve o dever de amar todas as pessoas (1 João 4.20-21).

Quem ama não aprisiona, liberta, faz tão bem ao outro que provoca nele o desejo forte de querer ficar sempre por perto, voluntariamente. Deveria ser sempre assim no relacionamento conjugal, entre pais e filhos, entre irmãos biológicos, entes familiares vinculados pela adoção e por todas as pessoas alcançadas pelo elo da fé cristã.

E.A.G.

domingo, 30 de novembro de 2014

Sete pedras de tropeço à pureza sexual das mulheres

Hortense de Beauharnais (1783-1837), esposa do rei holandês
 Luis Napoleão, irmão de Napoleão Bonaparte. Ela entrou para
a história com seu nome associado às aventuras
 de infidelidade conjugal. 
Por Shannon Ethridge
Tradução livre: Eliseu Antonio Gomes

Não são apenas os homens que sofrem com a tentação sexual. Na verdade, nos dias atuais as mulheres precisam de orientação clara sobre a linha que não devem ultrapassar. 

Entregar-se a um romance ardente... Aproximar-se da mesa do colega de trabalho descontraidamente e com a intenção de atrair a atenção para si... Encontrar-se no espaço virtual com uma pessoa em sala de bate-papo, e aceitar elogios "quentes" que afagam o ego... Alguns desses comportamentos, aparentemente inofensivos, poderiam ser considerados atos dolosos e uma traição no casamento? Sim ou não? 

Onde está a linha entre a integridade sexual e a falta de compromisso com Deus? O que constitui a infidelidade conjugal? A mulher pode considerar-se "em estado de pureza" se a relação com o homem não se concretizar fisicamente? A relação enquanto apenas em estágio mental pode ser considerada uma relação  pura?

Algumas mulheres cristãs assumiram para mim o envolvimento em relações virtuais que havia conotação sexual, e mesmo assim se consideravam pessoas sexualmente íntegras. Entretanto, nossa sexualidade não é apenas o que fazemos, mas também o que somos.

Ao nos criar, Deus não nos fez apenas um corpo de carne, também criou a mente. Ele nos fez seres vivos constituídos de coração e espírito. Estes quatro componentes se combinam para formar um todo, composto de estrutura material e substâncias abstratas.  *

Devemos preservar o corpo, superfície visível e tateável, que é apenas uma parte de quem somos. Mas, é vital que, quanto ao compromisso sexual, também haja cuidado com o coração, a mente e o espírito. 

Componentes da sexualidade

Durante a última década, buscando minha própria cura a partir destas questões, bem como o ensino sobre o tema da pureza sexual, eu entendi que, de uma ou outra forma, a integridade sexual é uma batalha que toda mulher deve lutar.

Certa vez, em uma celebração de casamento, após o casal passar pela cerimônia religiosa se dirigiu ao salão de recepção, onde uma mesa enorme estava coberta com uma linda toalha de renda e sobre ela exibia um bolo confeccionado em várias camadas, diversas iguarias, talheres, guardanapos personalizados com monogramas, taças de cristal. Tudo era espetacular, menos o cuidado de quem preparou aquela mobília, pois se esqueceu de fixar de maneira adequada uma das quatro pernas dobráveis, então, quando houve um toque todas as coisas deslizaram ao chão. 

Esta experiência nos ajuda a visualizar o conceito da composição do ser humano. Quando todos os quatro pés de uma mesa não estão firmes, a possibilidade de um acidente é muito grande. O mesmo pode ser dito da nossa sexualidade. Os quatro componentes, corpo, mente, coração e espírito devem permanecer bem fixados para refletir a pureza e a integridade.

Assim sendo, na questão do compromisso sexual, como podemos proteger com segurança nossas mentes, corpos, corações e espíritos? Quais são as situações em que as mulheres são propensas a "deslizar", em qual condição a integridade sexual é destruída? Iremos examinar as tentações mais comuns que as mulheres enfrentam.

Sete armadilhas à pureza sexual

1. comparações doentias. É tentador analisar a aparência do companheiro de matrimônio e comparar com as aparências, mais encantadoras, do pastor atencioso, o galã de Hollywood e do vizinho charmoso, e fantasiar o que poderia viver com eles.

Quando nos comparamos com a modelo de revista ou com a jovem e inteligente secretária, que é a mulher mais bonita do escritório, é óbvio que nos sentimos descontentes.

Nestas duas situações, há o risco de a desilusão afetar o relacionamento conjugal. Podemos cair no desencanto com nossos maridos "menos perfeitos" ou nos sentirmos inferiorizadas. Se você se sentir presa às comparações, procure três virtudes relacionadas ao seu companheiro ou sobre você mesma e faça uma oração agradecendo a Deus por Sua criação maravilhosa. 

2. fantasias mentais envolvendo outros. Se você descobrisse que seu marido fantasia relações com outras mulheres enquanto está em intimidade com você, você se sentiria ofendida? Obviamente, sim. E a maioria dos maridos se sentiriam da mesma forma, se a situação fosse inversa.

Para evitar que sua mente se afaste do leito conjugal é recomendável que as luzes se mantenham acesas durante os momentos íntimos. A recomendação parece estranha, mas pense bem e faça isso. Ao conversar com alguém não fechamos os olhos e nem viramos o rosto para ela e dessa forma estabelecemos a conexão. De igual maneira,  é mais perfeito o contato corporal entre marido e esposa se houver olhos nos olhos e a visualização de um e outro.  

Os olhos fechados e a escuridão dificultam ao invés de estimularem a intimidade sem mácula se a mente é propensa a vaguear. Visualizar o cônjuge durante o ato sexual ajuda a manter-se mentalmente conectada a ele.

As mulheres solteiras também precisam estar conscientes que não é conveniente deixar a imaginação livre para construir relações ilícitas, pois a permissão quebra as defesas de sua mente e a enfraquece espiritualmente. É sempre necessário lutar contra a tentação, é preciso evitar em todos os momentos que as fantasias invadam os pensamentos com idealizações de pecado. 

3. assuntos emocionais. A maioria das mulheres protegem seus corpos do pecado sexual, mas permitem que seus corações se desviem para longe da santidade. Mesmo que o relacionamento sexual nunca se torna físico, quando o coração da esposa cede aos sentimentos imorais, imaginando-se com um homem fora do casamento, o golpe de traição é igualmente esmagador contra o marido e contra Deus, que é santo. "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará" - Hebreus 13.4.

Desiludidas, algumas mulheres procuram tratar o problema de solidão ou rejeição se consolando com alimentos, outras, através do desenvolvimento mental de relações sexuais.

Geralmente, as mulheres não estão dispostas a perder-se em um caso emocional. Se você sente atração imprópria por um homem, evite estar só com ele (mesmo que em ambiente público), abstenha-se de conversar assuntos que jamais conversaria com ele na presença de outras pessoas, incluindo essa mesma condição em comunicações telefônicas, e-mails e chats.

Lembre-se de Provérbios 4.23: acima de tudo é preciso guardar o coração! 

4. pornografia e a atmosfera poluída de chat. Os homens não são os únicos tentados a espreitar pornografia. Muitas mulheres admitem possuir o hábito ao usar a Internet. É provável que a compulsão começa com a curiosidade, talvez interessadas em saber o que seus maridos observam e mais tarde para satisfazer seus próprios apetites lascivos.

Assistir conteúdo pornográfico empurra nossas mentes para longe do plano de Deus, que pretende um ambiente de pureza no ambiente do casamento. E por este motivo as imagens de outras pessoas não devem ter espaço em nossas mentes, inclusive quando estamos em conjunção carnal com nossos cônjuges.

Muitas mulheres apreciam sexo virtual em salas de bate-papo com desconhecidos. Causa forte emoção para elas a intimidade cibernética com um estranho. Divulgam e têm a expectativa de aprender coisas novas com o outro, sem perceber que essa espécie de intimidade é apenas um substitutivo barato, embora aparentemente intenso é coisa irreal. A verdadeira intimidade é a conquistada através do contato pessoal, através de períodos longos de tempo em que duas pessoas se relacionam dentro do matrimônio. 

A mulher solteira demonstra seu amor por Deus, evitando satisfazer a natureza sexual através da virtualidade insalubre, concentrando seus pensamentos nEle e sobre as coisas saudáveis que Ele preparou para ela realizar e que tem convicção ser do seu agrado. Quando ocorrem as relações cibernéticas imorais, a culpa inibe a intimidade com o Senhor.

5. Filmes românticos e novelas. Não é coincidência que o período que eu mais estava experimentando a tentação extraconjugal era durante os dias em que eu assisti All My Children, One Life to Live e Hospital Geral, quando meus filhos iam dormir.  Quando colocamos lixo em nossas mentes, a consequência natural é que eles apodreçam, cheirem mal e contaminem as nossas vidas.  

Romances podem ter um efeito semelhante, induzindo ao adultério mental e físico. Embora existam alguns bons romances de autoria de cristãos, se você se sentir decepcionada com seu marido, não ignore-o e nem troque-o, mentalmente, pelos atores e personagens da ficção.

Cuide bem da sua sobriedade emocional e leve à sério a fidelidade no casamento.

E.A.G.

Postagem paralela: A pornografia pode ser danosa ao cérebro, segundo pesquisa do Instituto Max Planck feita por Simone Külhn
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* Nota do Editor de Belverede:
Seguimos  a corrente teológica que define o homem como um ser tríplice, composto de corpo, alma e espírito. Entendemos que em muitas citações em que a Bíblia apresenta a palavra coração, faz isso como um termo sinônimo à alma, e vice-versa. Também, entendemos que o intelecto, ou mente humana, é a alma.

Fonte: Charisma Magazine - http://www.charismamag.com/life/women/10043-7-stumbling-blocks-to-sexual-purity

O que é aproveitar a vida?


Por Eliseu Antonio Gomes

O que é "aproveitar a vida"? Embriagar-se? Fumar? Drogar-se? Ir às "noitadas" e praticar sexo irresponsavelmente? Buscar o conhecimento ateísta em um curso de faculdade? Casar-se, viver ao lado de um amor, constituir uma família, curtir a alegria de ter um filho nos braços e vê-lo crescer? Observar os pássaros? Envelhecer acompanhando o movimento de carros pela janela de casa? Experimentar o privilégio de uma velhice tranquila conhecendo o mundo em viagens em alto-mar?

Equivoca-se quem acredita que aproveitar a vida é apenas satisfazer os desejos relativos às coisas terrenas. É um erro acreditar que ao viver a vida indo às festas, levar a vida na ''zoera'', é o caminho para encontrar a felicidade. É um engano acreditar que só é possível aproveitar a vida quando ignoramos a vontade de Deus.

Engana-se quem acredite que o estudo é desnecessário e afirme que para ser feliz só é preciso ser um assíduo frequentador de templos e praticante de normas religiosas rígidas. Fanáticos religiosos não percebem que Deus quer nossa felicidade plena, quer que sejamos felizes no plano físico e desfrutemos da felicidade na esfera espiritual.

Tanto a filosofia ateísta quanto a prática de fanatismo religioso separam o espírito humano do Espírito Santo, tornando a alma das pessoas insatisfeitas, mesmo quando o ser humano experimenta tudo que o mundo físico oferece. A desorganização de espaço de tempo entre relações supérfluas e a relação básica no campo da religiosidade produz angústia no coração do homem. O uso de drogas tem preço caríssimo, pois proporcionam prazer pelo entorpecimento da mente e levam embora a saúde e em determinado espaço de tempo leva embora a tranquilidade dos usuários. Dogmas e liturgias de culto não são suficientes para nos fazer melhores. O sexo sem compromisso violenta a alma, porque a relação sem amor, mesmo que consensual, fere o coração dos praticantes por não ser capaz de satisfazer o espírito humano.

Muitas pessoas têm entendimento delimitado sobre o assunto. Por ignorância, alguns acreditam que aproveitar a vida é apenas fazer aquilo que elas fazem e se sentem bem fazendo. Exemplos:  uns gostam de rotina e outros de novidades; algumas mulheres se consideram felizes trabalhando fora de casa e pensam que as mulheres caseiras são tristes porque cuidam dos afazeres domésticos e da família; há quem goste muito de viajar e acreditam que quem aprecie apenas o ambiente do lar e a leitura na cabeceira de sua cama em seu quarto é uma pessoa frustrada.

Devemos buscar a Deus enquanto se pode achá-lo, como diz em Mateus 16.26 "Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?". O texto bíblico faz um alerta importante. Há pessoas que passam a vida inteira deixando Deus completamente de lado baseados na desculpa de que não possuem tempo, de que estão ocupados com atividades inadiáveis  que não poderão deixar para depois., que precisam resolver isso, aquilo e aquilo-outro.

Em Mateus 22.37-39 está escrito: "E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."

Para aproveitar bem a vida é fundamental ter harmonia com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com o meio-ambiente. Seguir as orientações de Cristo. A fórmula perfeita para fazer isso é ter foco, entender e estar de bem com Deus, pois manter o relacionamento espiritual com o nosso Criador nos torna revigorados e capacitados a desenvolver relações proativas.

Fiz uma pesquisa no Google na página de imagens. Usei mais de um idioma, digitei a frase "aproveitar a vida" e a maioria das fotos apresentadas foram de momentos de lazer. Divertir-se é aproveitar a vida mas equilíbrio é tudo. A verdadeira religião não é promotora de ociosidade. Ser uma pessoa espiritual não significa que tenha que deixar as coisas importantes dessa vida de lado, mas sim saber discernir entre o banal e o necessário, aplicar a proporcionalidade de atenção na medida correta! Existem momentos certos para descansar, divertir-se com amigos, estudar, namorar, trabalhar e cultuar ao Senhor.

Para aproveitar a vida de verdade, é necessário ter o precioso objetivo de envolver-se em todas as situações com a postura de não atrapalhar a relação de paz com Deus e a paz com os nossos semelhantes. Quando essa conscientização torna-se uma prática diária, é possível viver a vida inteira feliz, formar-se no curso superior satisfatoriamente, realizar-se ao lado da pessoa amada e com ela criar filho ou filhos, apreciar o que há de bom na fauna e na flora, etc.

A religiosidade voltada ao Deus verdadeiro não nos impede de fazer uma faculdade, um curso de especialização profissional, trabalhar, cultivar relações sociais saudáveis, estar com a família e com ela experimentar momentos gratificantes. Por outro lado, estar envolvido com as coisas dessa vida terrena não impede de prestar reverência ao Senhor, ao contrário, a nossa obediência nos garante fazer todas as coisas com melhor eficácia porque ter paz com Deus produz satisfação plena em todas as áreas da nossa existência.

E.A.G.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A verdadeira fé não faz acepção de pessoas

Por Eliseu Antonio Gomes

O primeiro conselho de Tiago aos irmãos evangélicos é sobre a necessidade de não haver na igreja uma fé que cometa acepção de pessoas. Provavelmente, ele tenha convivido com irmãos que prestavam consideração exagerada às riquezas e aos luxos desse mundo, tenha conhecido crentes que prestigiavam os ricos e desonravam os pobres.

Deus trata todas as pessoas de maneira igual

João viu "uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro..." - Apocalipse 7.9.

Por influência de características genéticas e climáticas e de outras ordens, os seres humanos foram se reunindo em cantos distintos da Terra, mas toda a Humanidade tem origem comum em Adão. Portanto, não tem o mínimo sentido dizer que os negros, os africanos, foram pessoas escolhidas para serem rejeitadas por Deus. Para o Criador,  não há privilégios, favoritismo ou discriminação de raças; o Senhor contempla a todos de maneira igual, independente do grupo biológico, características genéticas e posição socioeconômica (Gênesis 1.27; Isaías 45.12; Atos 17.26).

O que é acepção de pessoas?

Acepção é a tradução de uma palavra grega que, literalmente, significa "receber o rosto". No Novo Testamento, ela é usada primeiramente como uma tradução literal da palavra hebraica do Antigo Testamento correspondente a acepção.

"Receber o rosto" é fazer julgamentos e estabelecer diferenças baseadas em considerações externas, tais como aparência física, status social ou raça; é agir com parcialidade, tomar partido, formar facção, fazer escolhas e rejeições; é a tendência de preferência em favor de pessoa ou pessoas em detrimento de outra ou outras, atribuição de títulos ou privilégios. Tiago utiliza o termo com o significado de preferência de pessoa ou grupo, predileção por alguém em atenção à classe social.

O favoritismo baseado em aspecto externo é incompatível com a fé em Jesus, que veio derrubar as barreiras de nacionalidade, raça, classe e religião. No exercício da fé verdadeira "não pode haver grego, nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos" (Gálatas 3.11).

Você já viveu uma situação de ver uma pessoa pela primeira vez e sentir aversão dela? Esta sensação é o estado primário da acepção, mesclado com o preconceito. É preciso aplicar em nosso viver diário os ensinamentos do próprio Deus, que a despeito de Sua glória e majestade, trata a todos de igual modo, não discriminando raça, nacionalidade, cultura, condição social, sexo. Ele não olha a aparência exterior, mas o coração.

A doutrina calvinista

O teólogo João Calvino ensinava que segundo o decreto de Deus algumas pessoas estão predestinadas a vida eterna e outras a condenação eterna. Esta declaração é contrária ao caráter de Deus, que "amou o mundo inteiro" e interessa-se por todos que aceitam a Palavra, com obediência, em qualquer lugar do mundo, de todas as etnias e classes sociais (João 3.16).

Deus quer que as pessoas de todas as nações se arrependam de seus pecados e sejam salvas (2 Pedro 3.9).

O procedimento ideal do cristão

As exortações da Carta de Tiago abordam a questão da perseverança na provação, a importância de uma fé inabalável, os problemas de riqueza e pobreza (1.2-18); a necessidade de se colocar em prática a Palavra de Deus (1.19 - 2.26); o problema das brigas entre irmãos e o antídoto às crises de relacionamento (3.1-4, 12); as atitudes e características que devem estar presentes no perfil do cristão (4.13 - 5.11); juramentos, oração, o estímulo a que se conduza os pecadores ao arrependimento (5.12-20).

Isto tudo posto, é marcante que as diversas preocupações de Tiago revelam a unidade do seu raciocínio do início ao fim de sua redação. O apóstolo revela a necessidade de cada cristão ser praticante da Palavra de Deus, pois a religião pura se consiste dessa prática, que por sua vez só é possível quando o crente vive em ações de amor a Deus e ao próximo. Amor a Deus manifestado pela obediência; amor ao próximo manifestado através do fato de não discriminá-lo e ao socorrer os pobres e as viúvas em suas necessidades.

Em Tiago 2.3, é apresentada uma situação que exemplifica o ato de acepção. O apóstolo retrata uma cena deplorável. A ilustração mostra duas pessoas de aparências externas bem diferentes entrando num local de reunião como visitantes. Uma delas apresenta todos os sinais de riqueza: veste-se em trajes de luxo resplandescentes e usa anéis de ouro, tais como os usados por membros da classe alta dos cavaleiros romanos. O outro é um homem pobre e veste-se com roupas sujas. O homem rico recebe uma atenção especial e é conduzido com gentilezas ao seu assento. Por outro lado, ao homem pobre é dito: "Você, fique de pé ali', ou: 'Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés" (Tiago 2.3 - NVI).

É pecado fazer acepção, principalmente contra as pessoas menos favorecidas economicamente, pois Deus as escolheu para Si (Tiago 2.5). É preciso vigiar, caso não haja vigilância, é possível haver favoritismo social onde as pessoas dizem ser geradas pela Palavra da Verdade. A principal razão para rejeitar a acepção de pessoas é que o Evangelho é a mensagem que dá respeito e dignidade ao ser humano. O favoritismo, a parcialidade e quaisquer tipos de discriminação devem ser combatidas rigorosamente na igreja local, porque é atitude altamente reprovável diante de Deus.

Atitudes de parcialidade, ou acepção, demonstram que quem assim age não é pessoa espiritualmente sábia, pois a sétima característica da sabedoria do alto é a imparcialidade, ou seja, não executar preferência injusta (Tiago 3.17).

Sobre acepção no Antigo e Novo Testamento

Existem diversas referências no Antigo e Novo Testamento que evidenciam a recomendação de que é preciso saber respeitar as diferenças individuais, e Tiago faz uso de algumas delas.

A passagem bíblica de Deuteronômio 10.17 reflete muitos assuntos abordados por Tiago (1.21 - 2.2.6). O texto veterotestamentário narra o momento quando Moisés, o grande líder de Israel, se despediu do povo, exortou-o a amar a Deus e servi-lo, dizendo: "Pois o Senhor vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande e terrível, que não faz acepção de pessoas".

Tiago também se reporta a Levíticos 19.15 (ARA), que tem escrito "Não farás injustiça no juízo; nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo", uma vez que no capítulo 2 e versículo 18 de sua carta encontramos a citação expressa de Deuteronômio 18.18.

Assim como tratou Tiago, Pedro também abordou a questão da acepção de pessoas: ao chegar à casa de Cornélio. Muitos dos companheiros judeus de Pedro acreditavam que Deus os amava mais do que os gentios, mas Pedro compreendeu que Deus não se relacionava com os israelitas usando favoritismo. Então iniciou a pregação dizendo: "Reconheço, por vontade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo" (Atos 10.34, 35).

Conclusão

Tiago refere-se ao Evangelho como a Lei da Liberdade.

No coração do cristão deve haver respeito às pessoas de maneira igual, o crente não deve favorecer algumas pessoas mais do que outras. Se age assim, desobedece a Lei da Liberdade, a Lei de Cristo. O apóstolo repele, duramente, o comportamento de quem privilegia as pessoas por sua riqueza, afirmando que tal ação se caracteriza em se fazer de "juízes de maus pensamentos", e afirma que tal procedimento a seu tempo será julgado. (Tiago 2.1-4, 12 , 8-9).

Na Igreja do Senhor não deve haver acepção de pessoas, pois todos custaram o mesmo preço do sangue de Jesus e todos somos um nEle. No Corpo de Cristo, constituído por almas remidas,  flui a vida divina, em cujo processo natural é a relação interpessoal de amor e confiança entre todos os membros, que afetam uns aos outros gerando a edificação mútua (Efésios 4.13-16).

O cristão brasileiro, de pele parda, com miscigenação do índio, do europeu, do africano e asiático, tem a mesma importância para Deus que o cristão israelense ou palestino, chinês ou japonês, russo ou norte-americano, inglês ou argentino. Enfim, em Cristo, todos, de qualquer raça, aparência ou cultura, pobres ou ricos, quando aceitam a Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas, são uma só pessoa para Deus (Gálatas 3.28).

E.A.G.

Compilação 
Lições bíblicas - Mestre, Eliezer de Lira e Silva; 3º trimestre de 2014, páginas 41-47, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre, Elinaldo Renovato de Lima; 1º trimestre de 1999, páginas 32-36, Rio de Janeiro (CPAD). 
Tiago - Introdução e Comentário, Douglas. J. Moo, páginas 62 e 63; 1ª edição 1990, reimpressão 2011, São Paulo (Edições Vida Nova).

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A recompensa dos bons e maus semeadores

"Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis" -Colossenses 3.24.

Deixamos de praticar o bem pelo fato de esperar alguma coisa em troca? Se não houver estimativa de bom retorno, nos negamos a ser bondosos ou não nos esforçamos além do habitual e não nos dedicamos a fazer tudo bem feito? Só há esmero quando existe a certeza que haverá alguma recompensa?

A pergunta mais frequente nesta situação, se as respostas às questões acima foram "sim", é: "O que eu vou ganhar com isso?"

No capítulo 3 da Carta aos Colossenses, Paulo orienta sobre os aspectos sociais. Ele fala do relacionamento e dos aspectos entre marido e esposa, entre pais e filhos, relações trabalhistas. Ao concluir as orientações, ele exorta aos leitores a "tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens" (versículo 23). A perspectiva que o cristão deve ter é sempre esta: tudo o que faz para alguém, deve ser feito como sendo feito não apenas para este alguém, mas feito também para Deus.

Os tratamentos de Deus com seus filhos segue princípios que são peculiarmente dEle, e que expressam fielmente seu modo de agir com justiça. Será que a sementinha errada insiste em brotar dentro de nós, levando-nos a fazer as coisas sempre do nosso jeito, visando nosso benefício? "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" - Gálatas 6.7.

Nossos pecados foram perdoados por Cristo? Então, é nosso privilégio, daí por diante, ser conduzidos por Ele, de maneira voluntária adotar metodologias e procedimentos que sirvam para glorificá-lo na grandeza de sua santidade e misericórdia.

Viver em Cristo não é um caminho áspero, é um caminho de amor, de tal modo preparado, que nos proporciona toda a necessária proteção. Para receber as bênçãos de Deus, é necessário permanecer no mesmo caminhar do Espírito Santo, que apresenta-nos a semente certa a semear (Gálatas 5.16-23). Apenas quem plantou amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, colherá amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Ninguém espere lançar ao solo as obras da carne e ser agraciado com o fruto do Espírito.

Quando aceitamos as diretrizes da Palavra, evitamos plantar dissabores, e assim mais tarde não teremos que engolir pratos indigestos. Aquilo que estamos experimentando hoje está diretamente relacionado com alguma coisa praticada em nosso passado, trata-se de uma colheita do que plantamos anteriormente.

Assim, a pergunta inteligente, que todos deveriam formular antes de qualquer ação, é: "qual será a consequência disto em meu futuro?" O princípio que opera nossas vidas é: com a medida com que medirmos seremos medidos por Deus. Temos sido benignos? Benignidade nos será multiplicada. Temos criticado as atitudes de outras pessoas com intenção má? Provavelmente, num futuro não muito remoto descobriremos que estamos fazendo a mesma ação que nos motivou a criticar - ou algo pior - e recebendo as consequências do ato reprovável. Prejudicamos o próximo? Sofreremos, não seremos bem-sucedidos em nossos planos.

Deus já fez tantas coisas em nosso favor, que jamais conseguiremos retribuir-lhe por tudo que fez, a nossa dívida é impagável. Então, tudo o que realizamos agora, seja para nós ou para o próximo, que seja realizado pautado no amor verdadeiro, como se feita para o Criador num gesto de gratidão. A perspectiva correta do cristão é agir assim, este é o procedimento de um autêntico servo de Deus. Paulo declara que somente desta maneira  seremos recompensados como seus herdeiros do Pai Celestial (Colossenses 3.24).

E.A.G.

terça-feira, 25 de março de 2014

Parábola do sapato furado

Cintia Kaneshuigue 

Era uma vez um par de sapatos brancos e brilhantes. Eles se sentiam os mais importantes da sapateira. Como eram usados sem parar, por causa da sua beleza e conforto, estavam sempre à frente dos demais.

Os tênis, sandálias e outros sapatos lhes diziam para darem oportunidades para os outros e que fossem mais humildes, pois por causa do muito uso, logo, logo ficariam gastos e perderiam o lustre. No entanto, ali estavam de novo, sempre adiante dos outros, esperando para serem usados. 

Os dias foram passando e realmente a sola foi ficando cada vez mais finas, especialmente abaixo do artelho maior direito (dedão). Não demorou muito, num belo dia, quando novamente foi escolhido, um pequeno espinho conseguiu perfurar a sola e feriu o dito dedão. Não deu outra, o puseram de escanteio e os sapatos brilhantes não foram escolhidos até que num dia de limpeza foram atirados ao lixo. 

Será que por causa da minha beleza, cultura, inteligência, riqueza, habilidades, etc., não estou me sentindo como aquele sapatinho, maior e melhor do que os outros... se isto acontece comigo ou com você, talvez seja a hora de deixarmos um pouco mais de espaço para os outros, pois, é no revezamento, no abrir de oportunidades para todos que existe felicidade e crescimento na vida. 

Assim como o sapato não era o único da sapateira, você e eu não somos os únicos neste mundo. Sejamos humildes.

"Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos." Marcos 9.35.

sábado, 22 de março de 2014

O que é paciência?


Por Eliseu Antonio Gomes

A paciência é uma das nove características do fruto do Espírito (Gálatas 5.16-23). 

Devemos refutar a ideia de que um cristão paciente é um ser rendido, fracassado. A paciência não é traço de covardia, não é traço de fraqueza, não é virar as costas para as responsabilidades, não é protelar a solução ou fugir dos problemas. Não é cruzar os braços e nem ficar parado sofrendo diante de circunstâncias adversas que o destroem.

Em muitas passagens bíblicas da tradução de João Ferreira de Almeida, a paciência é descrita como longanimidade. Alguns textos: Salmo 103.8, Provérbios 25.15, Romanos 2.4; 2 Coríntios 6.6; Efésios 4.2.

No texto em hebraico de Provérbios 16.32, "longânimo" ('areck) tem raiz no adjetivo longo, remete ao movimento lento e ao cumprimento prolongado. A palavra designa os sentimentos das pessoas, na literatura sapiencial, quem é brando é reputado como portador de entendimento (Provérbios 14.29; Eclesiastes 7.8).

Provérbios 16.32, mostra que a pessoa longânima é uma pessoa que tem mais poder que o capitão de um pelotão armado de exército, que invade e conquista uma cidade. O versículo sintetiza as lições de todo o livro, afirmando que o autocontrole é uma das mais importantes características de sabedoria

No livro de Ezequiel, capítulo 17.3, o texto usa o termo " 'areck" (paciente/longânimo) remetendo ao cumprimento das asas de águias. E Isaías compara a pessoa paciente com essa ave, eficiente predadora, que é símbolo de força e alta resistência.

"Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão" - Isaías 40.31

Davi, que escreveu o Salmo 40.1 ("esperei com paciência no Senhor") é o elemento humano que protagoniza a passagem de 1 Crônicas 14.8-17. Neste texto, ele dá o exemplo de espera segundo a vontade de Deus. Os filisteus vieram contra Davi para guerrear, e ele só ia ao encontro em batalha após consultar a Deus, agindo sempre de acordo com as orientações divinas. Na primeira vez, perguntou se poderia atacá-los, e Deus disse "vá" e ele foi; na segunda consulta, Deus disse-lhe "rodeie e os ataque pelas costas", e assim ele fez; na terceira vez o Senhor pediu que ele aguardasse as copas das amoreiras balançarem, como sinal de que era o momento de atacar, e ele esperou o vento soprar sobre as folhagens e só quando o vento soprou e balançou as folhas ele avançou sobre os inimigos. Em todas esses momentos Davi esperou em Deus e sua espera foi agindo com extrema contundência, e se saiu vitorioso.

Devemos lembrar que o mover de quem é paciente tem como foco lutar e vencer o diabo e jamais o ser humano, porque a nossa luta está na esfera espiritual (Efésios 6.2).

Enfim, ter paciência é ser inteligente e agir enfrentando as dificuldades no momento certo e do jeito correto. É agir como Deus quer, é caminhar junto com o Senhor.

E.A.G.

sábado, 4 de janeiro de 2014

O fruto do Espírito na vida do crente

Por Eliseu Antonio Gomes

No cenário evangélico, existem muitas abordagens acerca do fruto do Espírito. Livros, artigos em revistas, pregações. Embora eu saiba que minha contribuição seja das mais pequenas, digo que é importante tocar neste tema em profundidade pois tal iniciativa contribui para enriquecer a vida cristã daqueles que desejam conformar-se à imagem de Cristo. 

Encontramos no Novo Testamento Jesus Cristo como o Caminho. O coração humano é comparado ao solo, que precisa ser um terreno bem tratado, alvo de bastante cuidado, ser fértil, pois o Agricultor, que é nosso Deus, espera que ele seja produtivo.

Deus não se agrada da ausência do fruto a ser colhido, do fruto doente, da colheita incompleta. A produção perfeita do fruto do Espírito na vida do crente leva-o à comunhão íntima com Deus.

A Parábola do Semeador apresenta quatro tipos de terras:

1 - O terreno à beira do caminho (Mateus 13.4, 19).

Jesus Cristo descreveu o coração de alguns crentes como "beira do caminho". O coração deles é igual solo endurecido, tal qual tijolo e concreto, é semelhante a superfície de terra batida porque transitam milhares de pedestres dia após dia sobre eles. 

A rigidez os torna impenetráveis à água. As sementes são incapazes de germinar em solos duros, morrem antes de brotar. Aves comem essas sementes, pois encontram elas espalhadas. 

São corações fechados para as orientações da Palavra de Deus, mas abertos para muitas pessoas que formam suas opiniões com pensamentos que se chocam ao ensinamento bíblico. Eles dão importância maior para mensagens antibíblicas encontradas em conversas com não cristãos; aos conteúdos estranhos à Bíblia Sagrada encontrados em sites na internet, letras de músicas sem nenhum temor a Deus ouvidas no rádio, em arquivos de MP3; aos textos escritos para debochar da fé cristã, publicados em revistas e livros; sentem prazer em assistir esquetes na televisão e acompanhar roteiros de cinema produzidos para escarnecer da vida em piedade. Enfim, a mídia secular influencia a vida do coração duro e o faz viver afastado da vontade divina.

Os pássaros são analogias das equivocadas relações de amizades desses crentes.

2 - O solo rochoso ou pedregoso (Mateus 13.5-6; 20-21).

Terrenos cheios de pedras não podem ser considerados totalmente imprestáveis ao plantio. Trata-se de um tipo de terra que exige do lavrador maior dedicação, mais suor. Mesmo que os camponeses se disponham a limpar e arar a terra com bastante afinco, usem boas parelhas de animais e ferramentas novas e adequadas, empenhem-se para plantar a lavoura com altos custos, haja chuva no tempo certo, os lavradores correm o risco de colher míseros punhados ou nada do plantio, o proprietário corre o risco de ter um amargo fracasso com a produção de sua lavoura.

Muitas pessoas mental e emocionalmente afirmam amar a Cristo. Mas elas não demonstram sua fé e amor através de atitudes coerentes. Estão apenas ligadas à religião por motivos sociais que lhes são convenientes. Possuem elos com pregadores, tarefas ligadas à liturgia da igreja, mas não têm contato constante com Deus, apesar de participar de cultos. O coração delas parece um tapete verde, porém, o subsolo está composto com enormes formações de granito. 

Não é de admirar que a Bíblia Sagrada repete muitas vezes que o homem é duro de coração, pois a natureza humana está em luta constante contra a vontade do Espírito Santo. A Palavra de Deus admoesta aos crentes esforçarem-se para ter paz com todos na medida do possível e afastar-se da corrupção do mundo, mas o coração pedregoso insiste em manter uma briga contínua com alguém, ou a satisfazer-se com prazeres carnais que não condizem com a pureza da santidade divina. Assim sendo, embora a semente brote em seu solo, jamais a bela planta crescerá e frutificará, as raízes encontrarão a resistência das pedras da contenda, o calor angustiante do ódio escondido, a dureza da desobediência ao Senhor e morrerá seca ou queimada pelo sol escaldante. 

A Palavra de Deus é simbolizada nas Escrituras como o martelo que quebra pedras em pedacinhos (Jeremias 23.29). Terrenos rochosos podem se tornar solos maleáveis. O coração superficial, que pulsa apenas pelo hábito da religiosidade humana pode vir a ser terra fértil e entregar ao Agricultor o fruto do Espírito. Para que seja assim é necessário rever as prioridades, querer trocar o pregador, o professor, a bela liturgia de culto, os prazeres da carne por Deus. As relações sociais na igreja são importantes e lícitas, porém, o Senhor deve estar acima de todas elas. Somente quando Deus é o primeiro na vida do crente é que o solo rochoso de seu coração se torna capaz de receber a semente e transformá-la em árvore frutífera. 

3 -  O terreno cheio de espinhos (Mateus 13.7; 21-22).

O cristão precisa examinar a si mesmo, constantemente, perguntar-se quais são suas prioridades. Ele dá mais valor para o mato inútil ou para o fruto eterno?

Os israelitas do passado cultivavam suas plantações no clima semi-árido, para sobreviverem da agricultura precisavam estar em constante vigilância com o objetivo de evitar que em sua lavoura proliferassem espinheiros, cardos e todo tipo de erva daninha. Embora o solo fosse limpo no momento da plantação, o vento poderia trazer sementes indesejáveis, os pássaros poderiam depositar junto com o esterco sementes de abrolhos e cardos, animais domésticos e selvagens poderiam trazer na pelagem sementes de joio ao entrarem na plantação de trigo. Toda safra de uvas poderia se perder sufocada por abrolhos e cardos.

A Palavra de Deus deve ser guardada no coração para que não pequemos contra Deus. A ansiedade, os cuidados com as coisas dessa vida, o engano das riquezas como solução de todos os problemas e a sedução do materialismo competem com a semente da Palavra de Deus em nossos corações. É preciso vigiar para que o nosso coração apresente o precioso fruto do Espírito em safras que não contenham infestação de matos e plantas espinhentas.  

4 - O terreno bom (Mateus 13.8, 23).

A terra boa é altamente produtiva. Jesus Cristo a descreveu como um solo em que o agricultor planta e obtém colheitas lucrativas, resultados satisfatórios de seu trabalho ao lançar as sementes no solo. O trabalho rende uma semeadura com retorno de trinta vezes, sessenta e outros cem vezes  mais o que foi plantado. 

A terra boa oferece a vegetação que o agricultor plantou, porém antes exige dele que se aplique com habilidade na preparação do plantio, retirando o mato, ervas daninhas e sujeiras. Revolva-a com esmero para dela extrair a máxima produtividade.  

O coração humano não é terra promissora, mas ninguém é irrecuperável para Deus. Jesus Cristo derramou na cruz do Calvário suor e sangue para que fôssemos resgatados da condição de esterilidade, para que nos transformássemos em solo limpo, liso, pronto para ser semeado e pudéssemos ter condições de apresentar frutos agradáveis a Deus na estação certa. 

O que faz surtir o efeito real de transformação na terra à beira do caminho, desértica ou pedregosa, para solo  produtivo é o sincero desejo de frutificar. A mudança acontece ao permitir que o Espírito tenha liberdade e realize a limpeza no coração, deixando-o agir com o arado, a enxada, a foice. Remexa nossa vida toda e nos convença de todos os pecados que praticamos e confessemos esses pecados a Deus dispostos a não repetir nenhum deles outras vezes.

O trabalho espiritual ocorre no coração humano quando o crente dá atenção e pratica a Palavra de Deus.  É entregando o campo para Jesus tomar posse dele como único Dono e Senhor que um crente torna-se capaz de apresentar o fruto do Espírito.

E.A.G.

O presente artigo é baseado nos quatro primeiros capítulos do livro Frutos do Espírito Santo, cuja autoria é de W. Philip Keller, edição 1981, Venda Nova - MG (Editora Betânia).