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sábado, 2 de dezembro de 2017

As 12 aparições de Jesus Cristo nos 40 dias após a ressurreição



1. Jesus aparece a Maria Madalena

"E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram os pés dele e o adoraram. Então Jesus lhes disse: Não tenham medo! Vão dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galileia e lá eles me verão."  - Mateus 28.9-10.

"Havendo Jesus ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios" - Marcos. 16.9

"Depois de dizer isso, ela se virou para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus" - João 20.14.

A ressurreição de Jesus
Sobre a ressurreição

2. A Pedro

"E apareceu a Cefas e, depois, aos doze" - .1 Corintios 15.5

Você me ama?

3. A dois discípulos no caminho de Emaús.

"Depois disso, Jesus manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam a caminho do campo. E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito." - Marcos 16. 12-13

4. O dia em que Ele apareceu aos discípulos, na ausência de Tomé

"Por isso, os soldados disseram uns aos outros:
— Não a rasguemos, mas vamos tirar a sorte para ver quem ficará com ela. Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Repartiram entre si as minhas roupas e sobre a minha túnica lançaram sortes.”
E foi isso que os soldados fizeram.

(João 19-24)

5. Aos discípulos quando Tomé estava presente.

"Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando Jesus veio. 25 Então os outros discípulos disseram a Tomé:
— Vimos o Senhor.
Mas ele respondeu:
— Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, ali não puser o dedo e não puser a minha mão no lado dele, de modo nenhum acreditarei.
Passados oito dias, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos, e Tomé estava com eles. Estando as portas trancadas,
Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse:
— Que a paz esteja com você!
E logo disse a Tomé:
— Ponha aqui o seu dedo e veja as minhas mãos. Estenda também a sua mão e ponha no meu lado. Não seja incrédulo, mas crente.
Ao que Tomé respondeu:
— Senhor meu e Deus meu!
Jesus lhe disse:
— Você creu porque me viu? Bem-aventurados são os que não viram e creram".

(João 20.24-29)

6. Na Galiléia, no mar de Tiberíades, a Pedro, João, Tiago, Natanael, e outros dois.

"Depois disso, Jesus se manifestou outra vez aos discípulos junto ao mar de Tiberíades" - João 21.1

7. Num monte na Galiléia, no episódio da Grande Comissão

"Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes havia designado" - Mateus 28.16.

Marcos 16.14-18; Lucas 24.36-49; João 20.19-23; Atos 1.6-8.

8. A mais de 500 irmãos de uma só vez.

"Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria ainda vive; porém alguns já dormem" - 1 Coríntios 15.6.

9. A Tiago, o apóstolo.

"Depois, foi visto por Tiago e, mais tarde, por todos os apóstolos" - 1 Coríntios 15.7.

Sobre os quatro homens com o nome Tiago, no Novo Testamento

10. A todos os apóstolos reunidos.

"Depois, foi visto por Tiago e, mais tarde, por todos os apóstolos" - 1 Coríntios 15.7.

11. A todos os apóstolos na Sua ascensão.

"Então Jesus os levou para fora, até Betânia. E, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu" - Lucas 24.50-51..

Veja mais: Marcos 16.19-20; Atos 1.9-11 50.

12. Ao apóstolo Paulo.

"Por último, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo" - 1 Coríntios 15.8.

E.A.G.

Textos bíblicos extraídos da tradução Nova Almeida Atualizada (SBB).

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Maria, mãe de Jesus - uma serva humilde

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A maternidade é um privilégio caloroso. Humilde e agradecida como era, Maria não se via merecedora da nobre missão de dar á luz ao Filho de Deus.

Segundo os estudiosos, Maria aparece 150 vezes ao longo do Novo Testamento. Porém, o livro de Lucas é o Evangelho que mais a menciona, pois das 150 vezes citada no Novo Testamento, 90 vezes Maria está presente no Evangelho do autor gentílico.

Ela ocupa  uma posição de destaque entre os personagens bíblicos, e da história humana. É quase tão bem conhecida  como a criança que concebeu.

I - MARIA, A MÃE DE JESUS

É importantíssimo analisar o perfil de Maria, mãe de Jesus, a partir das descrições que encontramos sobre ele na Bíblia Sagrada.

1. Quem era Maria.

O nome Maria era muito muito comum em seu tempo. Deriva do nome hebraico Miriã, fazendo alusão à irmã de Moisés. Este nome alvo de grande consideração nos países cristãos, atualmente, talvez, seja um dos nomes mais comuns em muitos lugares.

Não há registro bíblico de quem foram os pais de Maria. Sem qualquer respaldo da Bíblia, a tradição católica afirma que foram São Joaquim e Santa Ana. Era da descendência do rei Davi (Mateus 1.1, 6; João 7.41, 42; Romanos 1.3). Sendo ela prima de Izabel, e sendo esta da tribo de Levi, chegamos à conclusão de que sua linhagem está ligada ao sumo sacerdote Arão (Lucas 1.5).

Embora a jovem Maria, de Nazaré, possuísse todas as características que, aos olhos das pessoas da época, fariam com que ela parecesse inapta para realizar qualquer tarefa para Deus, teve o privilégio único de ser a mãe do Filho do Altíssimo, porque Deus não olha para a nossa aparência ou poder social. Ele olha para o interior. E viu que Maria tinha um caráter ilibado.

Maria era uma virgem (em grego "parthenos"). Estava comprometida em se casar com José quando atingisse a maioridade, por meio de um contrato matrimonial. Conquanto a relação sexual não fosse permitida nesse tipo de relacionamento, era como se Maria estivesse "casada" com José.

Ela foi o único ser humano presente no nascimento de Jesus que testemunhou sua morte. Ela o viu chegar, como o seu bebê, e o viu morrer, como seu Salvador.

2. Suas qualidades e seu caráter.

Maria é uma das figuras mais proeminentes  da Bíblia. Sua vida foi caracterizada pela fé, humildade e obediência à vontade de Deus. Ela foi escolhida para ser a mãe do Salvador por decisão divina, sendo que o que motivou tal escolha foi suas características morais e espirituais:
• Era virgem (Lucas 1.26, 27);
• Era agraciada e mantinha sua comunhão com Deus (Lucas 1.28).
II - A ELEVADA MISSÃO DE MARIA

É importantíssimo conhecer e saber explicar a elevada missão da mãe de Jesus Cristo, a partir do que a Bíblia Sagrada revela sobre isso.

1. Deus a escolheu para ser a mãe do Salvador.

A glória da vinda de Deus em carne exigia um milagre como o nascimento virginal para indicar a coisa poderosa que Deus estava fazendo por nossa salvação. Em se tratando da fecundação e nascimento de Jesus, houve o extraordinário poder divino em ação, que não se ajusta ao padrão natural da gravidez de nenhuma mãe na história da humanidade. Deus fez com que Maria engravidasse na ausência completa de um pai humano. O nascimento de Cristo é um acontecimento introdutório à salvação dos remidos e ao julgamento final.

Maria, mãe de Jesus, foi a escolhida, dentre tantas mulheres de Israel que aguardavam a promessa divina, para gerar, pelo Espírito Santo, o Filho de Deus. Ela não somente deu à luz o Salvador, como mãe esteve presente em todas as fases da vida do Filho.

2. O anúncio de que seria a mãe do Salvador.

Maria ainda era uma menina quando foi chamada para a nobre missão de conceber o Messias. Ela se colocou submissa à vontade divina, mostrando o quanto confiava e amava o Senhor. Ela não pensou o que poderia acontecer com sua reputação, mas se entregou totalmente aos planos do Pai.

Maria achou que a visita inesperada de Gabriel foi desconcertante e assustadora, a princípio, porém, o que ela ouviu a seguir foi a notícia mais espantosa: seu filho seria o Messias, o Salvador prometido de Deus. Ela não duvidou da mensagem, contudo perguntou como seria possível a gravidez. Gabriel lhe disse que o bebê seria Filho de Deus.

Ela teve dificuldade de entender o que o anjo lhe contou. Seu casamento com José não fora consumado fisicamente. Sendo virgem, não tem ideia de como poderia ter um filho. Gabriel diz que o nascimento de Jesus será provocado pela vinda do Espírito Santo sobre ela e pela sombra do poder de Deus.

Lucas tipicamente vincula o Espírito Santo com o poder de Deus. O verbo "descer" (eperchamai") em Lucas 1.35 também é usado para referir-se à promessa do Espírito Santo que vem sobre os discípulos no Dia de Pentecostes (Atos 1.8). A sombra (episkiazo) diz respeito à presença de Deus, nos faz lembrar da nuvem que deu sombra como sinal da presença divina na transfiguração (Êxodo 40.35; Lucas 9.34).

A resposta de Maria para Gabriel foi perfeita, quando este lhe informou que era a escolhida para gerar o Messias: "Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra (Lucas 1.38).

Em Lucas consta o cântico de Maria quando da anunciação da vinda do Salvador por intermédio do anjo Gabriel, Magnificat (1.46-55). O canto mostra, além da alegria, como ela conhecia bem a Deus, pois seus pensamentos se encheram de palavras do Antigo Testamento. Este louvor possui beleza poética, é musical e essencialmente espiritual. É a expressão humana de agradecimento pelo presente recebido pelo privilégio de gerar o Salvador.

3. Maria, mulher e mãe.

Quando Maria levou o menino Jesus, aos oito dias de idade ao Templo, para ser consagrado a Deus, encontrou  duas pessoas devotas, Simeão e Ana, que reconheceram a criança como o Messias e louvaram a Deus. Simeão dirigiu a Maria algumas palavras que ela deve ter recordado muitas vezes, nos anos que se seguiram: "uma espada também transpassará a tua própria alma (Lucas 2.35). Uma grande parte do seu doloroso privilégio da maternidade seria ver seu filho rejeitado e crucificado pelo povo que Ele tinha vindo para salvar. Podemos imaginar que, mesmo que ela tivesse sabido tudo o que iria sofrer, como mão de Jesus, ainda teria oferecido a mesma resposta de prontidão: "ei-me aqui".

III. O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO

É importantíssimo conhecer qual é o papel de Maria no plano da salvação, e ater-se às informações que a Bíblia Sagrada nos oferece sobre este assunto.

1. Maria deu à luz "a semente da mulher".

Muito antes do advento do Éden, o Criador tinha em mente um Vencedor para a raça humana. A "semente da mulher" que é o Salvador prometido - o Deus que se fez ser humano, Jesus Cristo. Esta semente feriu a cabeça da serpente, venceu o pecado que o diabo trouxe ao mundo.

Em Gênesis 3.15, Deus disse à serpente: "A semente da mulher te ferirá a cabeça". Este versículo de Gênesis é chamado de "proto-evangelho, pois contém uma promessa de esperança e salvação. Sobre Compare a referência de Paulo, em Romanos 16.20 sobre esta passagem, note que a serpente só poderia ferir o calcanhar da "semente da mulher". De fato, "ferir a cabeça" não é uma expressão forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. O esmagamento da cabeça leva à morte enquanto que um calcanhar  ferido pode ser curado. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre;

2. Maria não é redentora.

Considerar Maria num papel que não lhe foi destinado por Deus é incorrer no pecado da mariolatria.

Nos primórdios da Igreja, não havia qualquer menção a outro papel de Maria, a mãe de Jesus, a não ser a elevadíssima missão de ser a mãe do Salvador. Ela própria jamais reivindicou para si nenhuma honraria ou adoração. Nos ensinos do Novo Testamento, não existe nenhuma base para considerar Maria como redentora ou como mediadora entre Jesus e os homens, como ensina a igreja católica. Tal declaração, aceita como dogma, é perigosa; pois a Bíblia diz que "por amor de vós, para que, em nós, aprendais a não ir além do que está escrito" (1 Coríntios 4.6).

A declaração bíblica é direta, incisiva e contundente sobre quem é o salvador: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" - João 3.16-18.

3. Maria não é mediadora.

Em decorrência do dogma da imaculada conceição de Maria, que difunde a ideia de que a "mãe de Deus" foi concebida sem pecado, os católicos romanos entendem que ela tem méritos para ser intermediária entre os homens e Jesus, e se prostram em adoração a ela.

A oração mais conhecida no catolicismo, a Ave Maria, reforça a ideia de que Maria é mediadora e intercessora. Diz: Ave Maria, mãe de Deus, rogai por nós, agora, e na hora de nossa morte, amém". Se tal condição atribuída a Maria fosse um fato, o Espírito Santo não o desprezaria e determinaria que fosse incluído no texto bíblico.

A Bíblia é claríssima como a luz do dia com relação ao relacionamento do homem com Deus exclusivamente através de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não existe suporte bíblico para aceitar que Maria é mediadora entre Deus e os homens..
• Jesus é o único e exclusivo mediador; esse papel é exclusivo de Cristo, nosso Senhor
 (1 Timóteo 2.5).
• Somente Jesus tem o direito e a autoridade para interceder pelos salvos, porque Ele, somente Ele, morreu na cruz para nos salvar (Romanos 8.34).
• O único sumo sacerdote pelo qual podemos chegar a Deus é Jesus Cristo (Hebreus 7.24, 25). 
Sem nenhum respaldo bíblico, a doutrina católica ensina que Maria ressuscitou ao terceiro dia como Jesus; e foi levada ao Paraíso como Jesus; e, tem um trono à mão direita do seu Filho. Caso isso tivesse base nas Escrituras, teríamos que considerar que não há Trindade, mas Quaternidade.

Baseado em Lucas 1.48 ("porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada") o catolicismo romano ensina que Maria merece um culto especial, intitulado hiperdulia - que é superior a dulia (veneração às demais criaturas; anjos e santos) e inferior à latria (adoração devotada somente a Deus). Maria não reclama qualquer tipo de veneração ou honra.

É digno de nota que o versículo 42, deste mesmo livro e capítulo, descreve a mãe de Jesus como "bendita és tu entre as mulheres". A posição "entre" significa parte de uma totalidade, inclusão de pessoas e coisas em um determinado lugar; não quer dizer que está acima. Não existe qualquer base bíblica para que lhe rendamos culto ou adoração.

Habacuque 2.4 resume a mensagem que o profeta recebeu do Senhor: "o justo pela sua fé viverá". Embora este versículo não mencione o juízo explicitamente, o restante do capítulo desenvolve as consequências do pecado (2.6-20). Além disso, o capítulo esclarece o que significa ser justo. A pessoa justa não se embriaga, não se afunda em dívidas, não é dada à violência, não rouba, não é sexualmente imoral, e não é idólatra.

Devido ao equívoco de a igreja romana prestar culto e venerar Maria, caindo na "mariolatria", há outro exagero no meio evangélico que representa o quase silêncio em relação à mãe do Salvador. Não se deve cultuar e venerar Maria, porém, também não se deve ignorá-la e esquecê-la.

CONCLUSÃO

Não se pode negar a honra e os privilégios que o Altíssimo concedeu a Maria de Nazaré para ser mãe do Filho de Deus, encarnando em seu útero. Como a única mulher no mundo que foi escolhida pelo Criador para ser a mãe de Jesus, Deus que se fez homem para salvar o ser humano, merece todo respeito, honra e reconhecimento de seu papel no plano divino em relação à humanidade.

Na presciência de Deus, ela já era "a semente da mulher" (Gênesis 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, que é o diabo. Ela foi a única que concebeu pelo Espírito Santo.  Mas, a ela não se deve render culto, conforme recomenda Jesus (Mateus 4.10).

A Bíblia e as mulheres
Maria foi virgem por toda a sua vida, ou não?
Onde está Jesus? Uma reflexão em Lucas 2.41-52
O espetacular e humilde nascimento de Jesus
O nascimento de Jesus
O que a Bíblia fala sobre anjos, arcanjos, querubins e serafins
Padre Reginaldo Manzotti e a idolatria usando estátua que católicos aceitam como a representação de Maria, a mãe de Jesus

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Defesa da Fé, questões reais, respostas precisas, fé solidificada, página 1426, edição 2010, Rio de Janeiro (CPAD)
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, páginas 32 e 41, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 76 - 80, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro, Elinaldo Renovato, páginas  112 a 127,  1ª edição 2017, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
1426

sábado, 3 de junho de 2017

Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

É notória a existência de várias "Marias" ao longo do Novo Testamento: Maria, a mãe de Jesus; Maria Madalena; Maria a mãe de Tiago e João. E a Maria, citada em João 12.1-11, que é a irmã de Lázaro e Marta.

Marta, Maria e Lázaro, eram bons amigos de Jesus. Eles residiam em Betânia, uma pequena cidade nas encostas do Monte das Oliveiras. Encontrava-se a 6 quilômetros de distância de Jerusalém, havendo um trajeto que poderia ser percorrido em apenas meia hora de caminhada. Então, assim, sempre que Jesus e seus companheiros visitavam Jerusalém, passavam pela casa de seus amigos, em Betânia.

I - O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA

Alguns episódios que se referem à Maria de Betânia:
• Jesus chega à residência de Maria para jantar (Lucas 10.38-42);
• A morte de Lázaro e sua ressurreição (João 11.28-32);
• Maria lava os pés de Jesus e os enxuga com seus cabelos (Mateus 26.6-13 e Marcos 14.3-9; João 12.3).
A atitude de Maria de Betânia,ao escolher o que mais importa, que é dar atenção a Jesus em primeiro lugar, é um ótimo exemplo de crente que oferece a Deus sempre o melhor em forma de gratidão por seu amor.

1. Maria "escolheu a boa parte".

Maria foi uma mulher que honrou Jesus colocando-o acima de toda e qualquer prioridade. Sua atitude de ficar aos pés do Filho de Deus, em íntima comunhão com Ele é exemplar.

A hospitalidade é uma arte. Certificar-se de que um hóspede seja bem recebido, aquecido e bem alimentado, requer criatividade, organização e trabalho de equipe. Sua capacidade de alcançar esses objetivos faz de Maria, e sua irmã, Marta, uma das melhores esquipes de hospitalidade da Bíblia.

Para Maria, hospitalidade significava dar mais atenção ao hóspede que às necessidades que Ele pudesse ter. Ela permitia que sua irmã mais velha, Marta, cuidasse desses detalhes. A atuação de Maria nos eventos mostra que ela era, principalmente, "uma pessoa que responde".

2. Maria deu prioridade a Jesus.

Nós vemos Maria de Betânia, pela primeira vez, durante uma visita que Jesus fez à sua casa.

Um dia, Marta avistou os discípulos subindo a estrada com Jesus. Eles pareciam exaustos. Então foi correndo colocar mais lenha debaixo do forno, para fazer-lhes uma refeição. Maria foi ao encontro dos visitantes. Certificou-se de que Jesus tinha bebida fresca e água para se lavar. Depois ela simplesmente se sentou aos seus pés e ouviu tudo o que Ele tinha para dizer.

Marta, ansiosa, se irritou com o fato de que sua irmã não a ajudava, enquanto preparava um prato atrás do outro. Zangada com Maria por deixá-la fazendo o trabalho todo sozinha, não conseguiu suportar aquilo calada. Por fim, foi até Jesus e interrompeu a conversa.

- Você não pode dizer a Maria para me dar uma mão? - perguntou-lhe.

- Não vejo a razão de fazer a refeição sozinha.

E, gentilmente, Jesus declarou que a decisão de Maria desfrutar da sua companhia era a reação mais adequada, na ocasião. Lembrou-lhe que lugar de uma mulher não é ficar o tempo todo na cozinha.

- "Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, mas apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai tomar dela" (Lucas 10.41-42, NTLH).

3. Mais "Martas" do que "Marias".

Os registros bíblicos que focam Maria de Betânia contém lições de vida cristã. Pequenos atos de obediência e serviço possuem efeitos amplos e altamente benéficos. Analisando o seu caráter, percebemos que, quando o cristão se envolve em tarefas do serviço a Deus, pode ser tentado a afastar-se de Jesus e, se se afastar, de cristão autêntico passa a ser apenas um mero religioso desprovido do Espírito Santo.

As Escrituras Sagradas vão de encontro às inquietudes do homem moderno e pós-moderno e preenche o vazio de sua alma com plenitude de paz e satisfação de viver. No entanto, para muitos parece não haver o menor sentido o que a Palavra de Deus tem a lhe dizer. É muito triste quando um cristão se deixa influenciar pelas filosofias pós-modernistas, pois mesmo que mantenha os hábitos de religiosidade, sua fé é enfraquecida. Embora sejam ativos dentro do templo, cantando e ensinando, não mais possuem motivação para sair às ruas e evangelizar.

II - MARIA, A MULHER QUE UNGIU JESUS

Maria de Betânia foi a mulher que ungiu os pés do Mestre.

1. Maria ungiu os pés de Jesus.

Encontramos Maria de Betânia em outra narrativa bíblica, ela já havia se tornado uma mulher de ação, ponderada, mesclada com adoração. Outra vez, estava aos pés de Jesus. Lavava-o com perfume e sacava-o com seus cabelos. Jesus declarou que seu ato de adoração deveria ser descrito em todas as partes, como um exemplo de serviço precioso.

A oferta que provavelmente representou a economia de toda a sua vida, quinhentos denários (moeda grega), era uma quantia bastante grande para uma pessoa comum. Ao ungir os pés de Jesus com um unguento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a Jesus e as pessoas do que seus bens materiais. O motivo para fazer isso é bastante simples de explicar: ela quis oferecer o melhor para Jesus.

2. Maria ungiu a cabeça de Jesus.

Na semana que antecedeu a crucificação, Jesus saiu de Jerusalém e dirigiu-se à Betânia e ali, na casa de um tal Simão, lhe ofereceram um jantar. Segundo o relato bíblico, uma mulher ungiu sua cabeça e foi criticada por causa disso. Jesus aprovou sua ação de adoração com elogio (Mateus 26.13; Marcos 14.9).

O contexto nos leva a entender que esta adoradora era Maria de Betânia (Mateus 26.6, 7; João 11.1-2).

As ações de Maria são singelas e meigas, marcantes e inconfundíveis aos leitores do Novo Testamento, em todas as épocas. Não é por acaso Jesus ter dito que o gesto dela, ungindo sua cabeça, deve ser lembrado em todos os lugares onde o Evangelho for pregado, em favor de sua memória (Mateus 26.13).

As qualidades e realizações de Maria nos levam a crer que ela entendeu e aceitou a morte iminente de Jesus, e por causa disso dedicou seu tempo para ungir seu corpo enquanto Ele ainda estava vivo.

3. Devemos oferecer o melhor a Jesus.
• Porque Ele é o único realmente maravilhoso (Isaías 9.6);
• Porque Ele é o único realmente poderoso (Mateus 28.18);
• Porque Ele é o único realmente santo (Marcos 1.24);
• Porque Ele é o único realmente invencível (João 16.33);
• Porque Ele é o único realmente capaz (Efésios 3.20).
III - O CARÁTER HUMILDE DE MARIA

Através gestos espontâneos o caráter de Maria é revelado, mostra que era uma pessoa humilde.

1. Maria, uma mulher humilde.

Maria aprendeu quando ouvir e quando agir. À luz da atitude de Maria em ungir Jesus, bem como a ocasião em que ao recebê-lo para jantar em sua casa, é possível notar que ela era essencialmente devotada ao Senhor. Há ações de Maria que demonstram isso de forma testemunhal:
• Sua devoção delicada aos pés de Jesus.
• A atenção e a prioridade integrais a Jesus.
• O derramamento e o quebrantamento do coração de Maria na ocasiões em que ela ungiu os pés de Jesus.
• A humildade de Maria diante das críticas de sua irmã.
2. Maria não revidou as críticas da irmã.

O relato bíblico do episódio em que Jesus visitou Maria e seus irmãos em Betânia, mostra que ela não reagiu de maneira negativa quando foi alvo da queixa e incompreensão de Marta, por preferir estar aos pés de Jesus do que ficar afastada dEle cuidando dos afazeres domésticos. Ela não tentou se defender e não procurou valorizar sua atitude.

Assim como ocorreu com Maria, é possível acontecer com qualquer crente ser incompreendido, até por gente da própria família, em relação ao relacionamento com Jesus e ao serviço cristão. E do mesmo modo como Maria transpareceu ser caráter cristão não retrucando sua irmã. O crente precisa manter-se em silêncio, para que sobressaia sobre ele a aprovação do Mestre, fazendo com que no momento de Deus o familiar queixoso entenda que o alvo de sua crítica escolheu a boa parte.

CONCLUSÃO

É possível destacar vários aspectos da vida que podemos aprender a partir de Maria: a vida familiar, o relacionamento com o próximo, maior brandura no falar e no se dirigir às pessoas. Mas, maior destaque deve ser dado ao aspecto litúrgico. Movida pela fé e gratidão a Deus, Maria soube demonstrar a Jesus, através de seus gestos. seu amor altruísta. .

Como está sua comunhão com o Pai e o Filho? Você tem alegria e prazer em estar em sua presença para adorá-lo pelo que Ele é?

Que o nosso amor pelo Mestre seja maior do que por nossos bens materiais e qualquer outra coisa ou pessoa Que haja em nós espiritualidade semelhante a de Maria, uma devoção mais profunda, enraizada na total entrega da alma e do coração ao nosso Senhor.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 18, nº 70, abril a junho de 2017, página 41, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas. O Caráter do Cristão - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro; Elinaldo Renovato, 2 trimestre de 2017, páginas 66 a 72, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Onde Encontrar na Bíblia? Chave bíblica, roteiros de sermões e curiosidades bíblicas. Geziel Gomes.  página 185. 1ª edição maio de 2008, Taquara, Rio de Janeiro - RJ (Editora Central Gospel).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ananias e Safira, o perigo de falar mentira

A generosidade é uma virtude valiosa, porém, somente se for acompanhada de sinceridade. Ananias e Safira  queriam crédito e prestígio de algo que não praticaram, e mentiram por causa desse desejo.

Uma das grandezas da Bíblia é que ela registra  até mesmo as fraquezas de seus heróis. Documenta atos que são contra  a mensagem que ela propaga. Isso acontece porque ela é a infalível Palavra de Deus. Portanto, fala a verdade. Além disso, revela a debilidade do gênero humano, mostrando que nenhum homem é perfeito.

Em Atos 2.47 e 4.34, ficamos sabendo que "todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e os depositava aos pés dos apóstolos". Ninguém era obrigado a vender suas propriedades, mas alguns fizeram esse ato generoso, dentre eles, destacou-se Barnabé, o único citado nominalmente, exceto o casal Ananias e Safira. que fez um voto, não o cumpriu, mas queria que a Igreja pensasse que o mesmo fora concretizado. Isso se chama hipocrisia.

A mãe de João Marcos, o sobrinho de Barnabé, possuía uma casa em Jerusalém, que servia como lugar de culto e reunião de oração (Colossenses 4.16; Atos 12.12).

O texto sagrado afirma que Barnabé e o casal Ananias e Safira venderam "uma propriedade", mas não diz o seu tipo e nem o seu valor. Também não explica o motivo da atitude estranhíssima de Ananias e Safira perante o apóstolo Pedro. Os expositores da Bíblia, quase que em voz oníssona, admitem que Ananias e Safira queriam crédito e pretígio de algo que não praticaram, desejavam ser honrados como Barnabé.

Ao vender parte do preço da venda da propriedade, levando apenas uma parte, Ananias mentiu. O texto sagrado informa a exortação de Pedro: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus" (Atos 5.3-4). A aparente generosidade de Ananias não foi um ato de fé. Além disso, parece que ele não fez negócio ilícito, pelo que se conclui do verbo grego "nosphizomai" (traduzido por reter) nos versículos 2 e 3.

A sentença foi instantânea, o juízo foi duro, vindo da parte de Deus: "E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.' (...) 'E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.' (..) 'Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou" - Atos 5. 5, 7, 9-10.

O desejo de ser importante, o amor ao dinheiro, a obstinação pela posição de notoriedade no grupo, cegaram completamente tanto Safira quanto seu marido Ananias. Eles foram contaminados pelo vírus desse mundo. "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" - 1 João 2.16.  

Nunca vale a pena ser infiel, apesar de o juízo de Deus nem sempre se manifestar de maneira, rápida e fulminante como neste relato bíblico. São muitos crentes que não levam a sério a obra do Senhor, eles devem considerar que Deus está dando a oportunidade ao arrependimento.  Existem os que praticam algo, aparentemente, muito mais grave que o referido casal, no entanto, o Senhor ainda dá oportunidade para a reconciliação. Entretanto, se os que estão nessa situação continuarem caminhando na trilha da malícia, da fraudulência e hipocrisia, futuramente poderá ser muito tarde. "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente" - Jeremias 48.10a. 

A morte deste casal deve levar cada crente a refletir seriamente sobre a Igreja de Cristo. A porta ainda está aberta para a salvação.

Autoria não divulgada.
Fonte: A Voz da Assembleia, edição julho de 2002, página A6.

domingo, 23 de março de 2014

Caminho de Emaús


"Naquele mesmo dia, dois discípulos estavam indo para uma aldeia chamada Emaús, que ficava a uns dez quilômetros de Jerusalém. E iam conversando a respeito de tudo o que tinha acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. Porém os olhos deles estavam como que impedidos de o reconhecer.

Lucas 24.13-16 
Nova Almeida Atualizada /  NAA
(SBB)



Caminho de Emaús

Dois discípulos no caminho de Emaús 
Iam falando a respeito de Jesus 
Um viajante deles se aproximou 
Não perceberam que era o meigo salvador 

Coro
Fica conosco nosso amado e bom Jesus
Fica conosco pelo seu imenso amor 
Como os discípulos te pediram no Caminho de Emaús 
Fica conosco no amado e bom Jesus 

Eles falavam a respeito de Jesus 
Varão profeta que foi poderoso em Obras 
Diante de Deus, de todo povo, aleluia 
Este Jesus que ainda hoje nos conduz

Chegando a mesa tomando o pão abençoou 
Partiu e deu eles então reconheceram 
Cheio de gozo em ver o filho de Deus 
No mesmo instante ele desaparece.

E.A.G.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A força da jovem Maria


Dias atrás, estive conversando sobre a gravidez de Maria, a mãe de Jesus. Ela foi uma jovem muito forte! Viveu grandes problemas durante a gestação; durante o parto; e no pós parto.


1 - Na concepção, gerou solteira em uma sociedade que apedrejava mulheres nessa situação;

2 - na hora de parir, não encontrou ambiente com privacidade à contento e nem leito limpo e confortável para deitar-se;

 3 - no pós parto, assim que o bebê nasceu, não teve o descanso do resguardo. Logo que o bebê nasceu, foi obrigada a fugir para o Egito, talvez montada no lombo de um burrinho, suportando os solavancos do trote do animal, porque Herodes queria matá-lo.

E.A.G.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O sacrifício vivo que Deus quer


Quando Jesus parou para descansar e tomar água, junto ao poço que o patriarca Jacó abriu, dialogou com uma mulher que ali estava para tirar água. A mulher samaritana levantou a questão sobre qual era o local correto para adoração. Naquela época havia o templo em Jerusalém e também houvera outro, enorme, em Samaria – possivelmente frequentado apenas pelo povoado samaritano.

As ruínas do templo samaritano foram descobertas por arqueólogos e são visitado hoje em dia por turistas.  Ler: Jesus Cristo e o monte Gerisim.

Sobre as construções dos templos judaico e samaritano, é preciso levar em consideração a resposta de Cristo, pois é útil para o denominacionalismo evangélico dos dias atuais, para todos os cristãos que semanalmente frequentam uma denominação cristã. 

A resposta: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. - João 4.23-24. 

Jesus explicou para a samaritana que a verdadeira adoração cristã não depende da localização geográfica. Ser um verdadeiro adorador depende do espírito da pessoa e seu objetivo. É preciso o quê?

1 - adoração em espírito - empreender louvores com todo o ser, aplicando intensidade à adoração ao Pai; ser adorador por toda a vida, interna e externamente, e não apenas em alguns momentos; adorar em público e em particular. 

2 - usar a verdade: é preciso adorar sinceramente. Em casa, na reunião no templo, ou outros lugares, dedicar culto ao Senhor com o único interesse de cultuá-lo, jamais com objetivos paralelos. 

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." - Romanos 12.1. 

O culto a Deus que está ao nosso alcance realizar ao Senhor está relacionado aos nossos corpos, vivos. Deus quer nossos membros em sacrifício vivo. Ou seja, quer que vivamos andando no Espírito e evitando praticar as obras da carne (Gálatas 5.16-23). 

Neste processo, é preciso ponderar como lidamos com o amor. Se usamos o dinheiro que temos com ganância e avareza, logo não amamos a Deus e ao próximo, então, não estamos sacrificando nada que seja agradável a Deus. 

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre." - 2 Coríntios 9.7-9. 

O que seria uma oferta voluntária agradável ao Senhor? É a entrega do corpo, da alma e do espírito. Também tem a ver com o dinheiro entregue na igreja por iniciativa pessoal, sem pressão alguma de qualquer pessoa. 

Penso que o cristão dizimista se encaixa perfeitamente em 2 Coríntios 9.7-10 ao querer entregar 10% de seu salário, mensalmente, com o objetivo de assim adorar a Deus e praticar amor ao próximo. Se ele entende perfeitamente que a salvação está em Cristo e não em qualquer tipo de contribuição financeira à igreja ou à assistência social, sua atitude colaborativa é aceitável. Quanto ao dinheiro da oferta estar estipulado em porcentagem não invalida a situação, se a pessoa o entrega com alegria em seu coração.

A relação entre o cristão e a denominação referente ao dinheiro compete apenas ao ofertante e ao pastor solicitante. Vivemos em um país que goza de liberdade religiosa, e se o ofertante é maior de idade pode fazer o que bem quiser com seu dinheiro. Eu, você, qualquer outra pessoa, não temos o direito de pensar em opinar sobre finanças alheias. Deus nos deu livre arbítrio e permite que usemos o dinheiro que temos em mãos como desejamos. Considero uma invasão interferir nas escolhas que o cidadão trabalhador faz com seus salários, quando ele não deseja opinião a respeito. 

E.A.G.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Eu te vi debaixo da figueira


Não é novidade dizer que existe um incontável número de pessoas ao redor do planeta. Todas possuem uma rotina própria, diferente de todos os demais habitantes da Terra. Elas acordam, consomem o alimento matinal e submergem em suas atividades diárias, cíclicas. Semanalmente espreguiçam-se pelas manhãs em seu domicílio, levantam-se para comparecer ao trabalho, participam de um happy hour às sextas-feiras com os amigos, e depois retornam ao domicílio.

Quando elas acomodam a cabeça no travesseiro, tornam-se iguais ao restante das pessoas no mundo. O ato de bocejar, a cena do revolver o corpo para dormir. Mas, aquele momento entre deitar-se e adormecer é só delas. É o coração batendo, o solilóquio inaudível da alma humana refletindo sobre si mesma e seu papel como ser humano neste mundo. Para alguns, isso é quase imperceptível, para outros é um peso difícil de suportar.

Jesus Cristo vê você com a cabeça posta em seu travesseiro antes de adormecer. Ele sabe quais são os pensamentos que transitam em sua mente, o segredo não partilhado com ninguém. Avalia com precisão seu ritmo cardíaco, constata se o palpitar do seu coração bate feliz ou está pesaroso.

No Evangelho escrito por João, capítulo 1, encontramos a narração sobre como os discípulos passaram a seguir Jesus Cristo. Dispenso breve atenção ao episódio de Natanael. “Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê. Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira. Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel” – João 1.45-49.

Natanael tinha seus momentos de intimidade em solidão. Parecia gostar de ficar alguns instantes só. Não cogitava que era observado. Assim como ele, todos estamos sob observação quando reclinamos a cabeça ao travesseiro.

Deus criou o ser humano para relacionar-se com ele. O coração de cada um de nós espera viver em comunhão com o Criador. Diversas pessoas ao redor do mundo estão em conflito entre interesses pessoais e ter um encontro com Jesus. Sem essa paz, o vazio assola a alma enquanto a cabeça descansa sobre o travesseiro e o sono não a domina completamente. Não é possível encontrar-se com Jesus fisicamente, mas é possível a todo espírito abatido ter um encontro espiritual. Perto de onde estiver deve haver um templo evangélico. Talvez você faça a mesma pergunta de Natanael: “Pode haver coisa boa naquele recinto religioso?” Respondo: Vá e veja.

domingo, 27 de março de 2011

DORCAS: A COSTUREIRA QUE RESSUSCITOU

Máquina de costura Singer - modelo italiano série 12 1876
O ministério de Pedro

Em Atos 9.36-43 encontramos a ministração sobrenatural ocorrida no ministério apostólico de Pedro.Trata-se de uma das sete ressurreições narradas na Bíblia Sagrada. Além dessa, encontramos em 1º Reis 17 (por Elias); 2º Reis 4 (por Eliseu); Marcos 5, Lucas 7, João 11 (por Jesus); e, Atos 20 (por Paulo).

Pedro cumpria sua missão de cuidar do rebanho do Senhor, obedecendo a missão que Jesus lhe tinha atribuído. Ao visitar os discípulos de Lida, uma pequena cidade que ficava, aproximadamente, à uns 40 quilômetros a noroeste de Jerusalem e 20 de Jope, dois homens o procuraram e pediram que o acompanhassem até a cidade deles, Jope.

Jope era metrópole portuária ao sul da terra de Israel, localidade a 60 km de Jerusalém.. Hoje em dia é conhecida como Jaffa, comunidade residencial de Tel Aviv. Alguns associam esse nome a Jafé, filho de Noé, atribuindo a ele a fundação da cidade após o dilúvio. Nos dias atuais, é um centro turístico, por ser região de poucos conflitos. Ali, árabes e judeus têm convivência pacífica há mais de um século. Foi exatamente em Jope que o profeta Jonas zarpou (Jonas 1.3).
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Pedro foi com eles, ao contarem que... [continue a ler...]

sábado, 13 de março de 2010

SOBRE OS QUATRO HOMENS COM NOME TIAGO NO NOVO TESTAMENTO

O nome Tiago é uma derivação em grego do nome Jacó.

1. Tiago filho de Zebedeu


Era apelidado Tiago o Maior para distinguir do seu homônimo. Também conhecido como Tiago Boanerges (filho do trovão, juntamente com seu irmão, o apóstolo João - Marcos 3.17).

Foi um dos primeiros discipulos, sua família tinha posses, seu pai tinha empregados, era do ramo da pesca. Ele veio a ser um dos doze apóstolos e participou do momento da transfiguração (Mateus 4.21; 10.2; 17.1; Marcos 1.20). Sua mãe se chamava Salomé, era irmã da mãe de Jesus (Marcos 15.40; 16.1; João 19.25). Morreu ferido à espada (Atos 12.2).


2. Tiago, o menor

Também foi um entre os doze apóstolos. Era filho de Alfeu e de uma mulher que se chamava Maria (Mateus 10.3; Marcos 15.40; 16.1). A morte dele não está registrada nas Escrituras e nem há dados históricos.


3. Tiago, o irmão do Senhor

Demorou-se bastante para decidir a aceitar a Jesus como Senhor ; após a ressurreição uniu-se aos discípulos; provavelmente foi conquistado no momento da aparição do Senhor após a ressurreição; considerado por muitos como um dos líderes da Igreja em Jerusalém e coluna entre os cristãos; reconhecido como o autor da epístola de Tiago (João 7.5; Atos 1.14; Mateus 13.55; 1ª Corintios 15.7; Atos 15.13; Gálatas 1.18-19; 2.9; Atos 15.13-34; 21.18-19; Tiago 1.1).
Não existe informação da sua morte na Bíblia. A fonte da informação parte de discípulos dos apóstolos. Eles escreveram o que testemunharam. Os documentos não são considerados registros canônicos, porém, são tidos como valiosos dados históricos.

Registros de Josefo afirmam que ele foi lançado do alto de um prédio do templo e após isso foi apedrejado por ordem de Ananias, o sumo sacerdote.

"Sua morte, segundo a tradição cristã, foi a de um mártir. Cerca do ano 63 d.C., os judeus lhe ordenaram que de uma das galerias do templo proclamasse que Jesus de Nazaré não era o Messias. Contudo, em vez de falar assim, ele anunciou à multidão que Cristo era o Filho de Deus e Juiz do mundo. Então, seus inimigos, enraivecidos, o lançaram ao chão e o moeram com pancadas. Não estando ainda completamente morto, acabaram de matá-lo com pedradas, enquanto ele orava por seus algozes. Isso aconteceu pouco antes do cerco da cidade. Tiago era tão altamente considerado que os judeus julgaram ter sido a destruição de Jerusalém e do templo um castigo do céu por terem assassinado esse santo homem" .

4. Tiago, pai de Judas

Ver: Lucas 6.16; Atos 1.23.

Fontes: Pequena Enciclopédia Bíblica O.S. Boyer - Editora Vida; Dicionário Bíblico Universal - A.R. Buckland & Lukyn Williams - Editora Vida.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O valor da oferta da viúva pobre

Lucas 21.1-4 e Marcos 12.41-44 nos mostram a oferta que realmente tem valor para Jesus. Segundo os evangelistas, a mulher depositou duas moedas no gazofilácio, equivalentes cinco réis, no lugar que os judeus guardavam os vasos sagrados e recolhiam as ofertas no templo.

Depois de observar a viúva, Jesus disse aos seus discípulos que aquela viúva havia dado da sua pobreza, o que muitos acabam interpretando como se fosse muito menos do que realmente era. Cinco réis fazia parte da moeda romana, equivalia a um dia inteiro de trabalho.

Segundo Jesus, a diária da viúva era pouco, quando comparada com os valores depositados pelos ofertantes ricos. No entanto, o pouco que ela deu era o seu tudo! Por que será que Jesus a elogiou ao dar uma diária de trabalho, valor que poderia comprometer seu sustendo futuro?

Quanto você ganha por dia? Você já deu uma diária do seu trabalho para Deus, em oferta?

Hoje, em território nacional, por força da lei trabalhista o menor salário de um empregado é r$ 465,00. Por dia, o trabalhador que recebe o salário mínimo ganha r$ 15,50 ao dia. Cansei de ver crentes dando r$ 1,00 na igreja, ou menos que isso, sendo que seus salários são muito mais que o menor piso salarial. O que será que a viuvinha da Bíblia diria para esses ofertantes?

Para alguns, r$ 900,00 pode ser considerado um valor alto, para outros, não significa nada. Jesus não está olhando os números. Para Deus, o que está em consideração é o coração de todos e não as cifras da moeda corrente. Como estão sendo feitas suas contribuições financeiras para a obra do Senhor? É com amor e esforço ou é um valor tirado do que pouco ou nada lhe representa?


Atualizado em 06 de dezembro de 2021, 2h18. . Característica da fonte, construção sintática, imagem, marcadores (tag).

domingo, 6 de abril de 2008

Temperamentos: fazia parte dos planos de Deus o profeta João Batista ser decapitado?


Como maçãs de ouro em bandejas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.
Provérbios 25.11
 (NAA)

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito. Segundo Tim LaHeye em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que não sabem deixar para depois uma reação de coisas que não gostou são as mais temperamentais. Não deixa de ser uma força de expressão que identifica pessoas cujo temperamento é colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos têm porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. E há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também. Conformar-se com o medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove características do fruto há uma identificada como domínio-próprio, que é o mesmo que temperança e autocontrole.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, moldando seu coração à maneira certa e prazerosa em que está o coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir, desvia a fúria de todos os interlocutores e promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com aconteçam reações raivosas, cheias de sede de vingança. Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: 

1 - João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos.

Conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo " filhinhos ". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que viveu até uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

2 -  E o outro João, o batizador.

João Batista, "batista" é a função e não sobrenome dele, veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro, mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1 Coríntios 14.32). João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá. 

Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração. "A resposta branda descia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15.1).

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Os endemoniados de Gadara - questões descomplicadas

Esta postagem recebeu atualização, está ampliada e postada aqui mesmo neste blog. Confira: Os endemoniados gadarenos. A exegese dos textos bíblicos e breve comentário sobre possessos e possuídos.
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Gadara-Eliseu-Antonio-Gomes_Belverede-Umm-Qays-sitio-arqueologico-nymphaeum-gadara
Jordânia, Umm Qays - a antiga Gadara, citada na Bíblia.
O dilema das narrativas dos dois endemoninhados de Gadara.

Essa questão, abordada nesta postagem, foi feita na comunidade Assembléia de Deus - Belém (hospedada na rede social Orkut), que conta com 11.700 participantes, da qual sou um dos três moderadores. E o texto que se segue é uma adaptação da resposta que deixei lá.

Não poucas vezes, formula-se questionamentos sobre as histórias narradas na Bíblia Sagrada. Seja a indagação feita pela motivação da simples curiosidade ou com a intenção nefasta de confrontar nossa crença, é importante estar preparado para a situação.

No primeiro caso, será sempre recomendável responder de pronto, mas se não houver condição para a resposta imediata, pesquisar a respeito e passar a informação o mais rápido que puder. Afinal, existe sinceridade, sede e fome de justiça, no coração de quem deseja aprender sobre a Bíblia Sagrada.

E na segunda circunstância, penso que não existe necessidade de levar adiante a conversa, pois, quem decide levantar temas polêmicos com o objetivo de discutir conosco sobre assuntos da Bíblia, é uma pessoa escarnecedora. Não convém ao cristão se assentar em roda de gente dessa espécie, é o que nos orienta o Salmo 1.

Basta a nós uma observação feita com calma para discernir quais são as intenções do interlocutor.

Há contradições bíblicas entre os relatos de Mateus (8.28-34), Marcos (5.1-15) e Lucas (8.26-37)?

Aparentemente, o leitor encontra contradições em diversos trechos da Bíblia Sagrada. Mas, se faz a leitura sem pressa em tirar conclusões, o indício da discrepância desaparece em face do estudo bíblico cuidadoso.

Podemos tomar como exemplo as narrativas encontradas nos Evangelhos, uma delas é o relato sobre o caso do endemoniado de Gadara. As aparentes diferenças entre os Evangelhos de Mateus e Marcos se aplicam ao de Lucas, também.

Resposta:

Gadara (que em hebraico é "fronteira", "cercado") era uma das dez cidades autônomas da Decápole situadas a sudeste do mar da Galileia, na atual Jordânia, era luxuosa e rica, habitada principalmente por gentios na época de Jesus. Atualmente, a região de Gadara é conhecida pelo nome árabe Umm Qais (a mãe de Qais). No local foi encontrado um grande sítio arqueológico, tornou-se ponto turístico.

A única referência no Novo Testamento à área de Gadara, diz respeito ao episódio  em que demônios são exorcizados e em seguida eles se apoderam de uma manada de porcos e faz com que ela se precipite ao mar. Cogita-se que a região estivesse próxima ao mar da Galileia. A Mishná (uma das principais obras do judaísmo rabínico) afirma que Gadara data do período do Antigo Testamento.

Em Mateus, lemos que após Jesus desembarcar à beira do lago de Genesaré, dois endemoniados encontraram-se com Ele, ao invés de um, conforme as narrativas de Marcos e Lucas. Se Mateus escreveu que haviam dois, isso quer dizer que houve, mesmo... E, considere-se que a narrativa de que houve um homem possuído tem dois registros de origens diferentes. Essa diferença se consiste em grande problema? Não.

Em diversas circunstâncias da vida ocorrem situações semelhantes aos relatórios sobre os homens endemoniados de Gadara. Muita pessoas passam desapercebidamente na vida porquê possuem uma personalidade recatada. Se em uma sala de aula houver 40 alunos e apenas 25 são extremamente extrovertidos, daqui há trinta anos, caso seja feito comentário sobre essa classe, será mais fácil lembrar o nome daqueles alunos mais agitados. Mas isso não quer dizer que 15 deles não estudaram lá.

Concluímos, com toda tranquilidade, que o evangelista Mateus depreendeu com mais detalhes o fato, enquanto os evangelistas Marcos e Lucas depositaram toda atenção apenas ao endemoniado que era o mais agressivo dos dois, o que chamou mais a atenção de todos no local da ocorrência de exorcismos.