Por Eliseu Antonio Gomes
INTRODUÇÃO
No hebraico, "nabi" tem sentido primário de apontar alguém que declara algo. No contexto bíblico, descreve aquele que recebeu por revelação direta de Deus suas palavras para proclamar ao povo. Este termo aparece mais de trezentas vezes nas páginas do Antigo Testamento. Entre tantas citações, podemos vê-la em Gênesis 20.7; Números 12.6; 1 Samuel 3.20; 1 Reis 1.8; Salmos 74.9; Jeremias 1.5.
Observa-se em narrativas do Antigo Testamento que o profeta era um homem usado por Deus, alguém que mantinha comunicação com o Espírito do Senhor e recebia dEle visões, previsões, prognósticos, predições e posteriormente transmitia as revelações que via. Era o indivíduo que dirigia-se ao Senhor por meio de súplicas, enfatizando à justiça e ao direito, é quem realizava milagres, pronunciava julgamentos por meio de atos simbólicos. Vivia controlado pelo sobrenatural divino, por isto era chamado de "vidente". Ezequiel é um dos profetas apresentado nas Escrituras como um homem de grandes visões (Ezequiel 1.1).
A palavra vidente no hebraico é "ro'eh" e "hozed", que quer dizer "aquele que vê, que percebe, tem visão". E "profeta é um termo associado à palavra falada, à oralidade. O vocábulo "profeta" em hebraico é "nabi". Etimologicamente, a definição de "nabi" é incerta, mas, diversos significados lhe são atribuídos, entre os quais, "chamado por Deus" e "orador". Porém, a maioria dos estudiosos trata a palavra "profeta" com o sentido de "porta-voz". Deuteronômio 18.15-22 é a passagem que apresenta o padrão que define a função do profeta. As atividades de Moisés preparando o povo israelita para entrar em Canaã é um exemplo essencial que define o papel do profeta.
No ato de profetizar, o profeta comunica aquilo que Deus realmente deseja falar, é o elo entre Deus e os ouvintes, e nesta condição faz com que quem o ouve entenda perfeitamente qual é a intenção e o sentido da mensagem que Deus quer que seja entregue. Esta mensagem sempre tem a finalidade de conclamar o povo à santidade e obediência, que resulta em comprometimento e adoração.
2.1 - O profeta como atalaia.
O profetismo foi um movimento usado por Deus com o objetivo de incentivar, renovar a comunhão do povo com Ele. O profeta do Antigo Testamento era visto como atalaia e pastor (Jeremias 6.16; Ezequiel 3.17), a pessoa escolhida por Deus para trazer assuntos cuja origem era divina.
No contexto do Antigo Testamento, "atalaia" tem o significado de “sentinela”, “guarda” ou “vigia”. O dever do atalaia era manter-se em prontidão, prestar atenção em tudo, vigiar com máxima atenção, com a intenção manter a segurança e o bem-estar de todos. Para isso ele espiava, tinha olhos treinados para observar ao redor e assim saber de tudo o que se passava dentro do ambiente em que era designado a proteger. O sentinela era responsável pela segurança de acampamentos e do povo hebreu, faziam rondas pelas ruas da cidade como força policial, se mantinham em posto fixo sobre os muros e torres das cidades fortificadas (2 Samuel 18.24; 2 Reis 9.17-20; Isaías 62.6; Cantares 3.3 e 5.7).
Seu dever era descobrir o momento em que o inimigo chegasse, sua obrigação era alertar a todos para não não fossem pegos de surpresa. Se o seu alerta não fosse levado a sério e o inimigo atacasse, Deus não cobraria dele as mortes, mas se o atalaia percebesse o movimento de ataque e não alertasse, e o inimigo viesse e causasse mortes, Deus cobraria deles todo sangue que fosse derramado e toda vida que fosse ceifada.
3. Samuel e os demais profetas.
O versículo 21 do capítulo 2 do primeiro livro de Samuel, revela que Ana teve mais seis filhos além de Samuel. O número sete remete à perfeição nas tradições judaicas, pode significar que a bênção de Deus é perfeita na questão da fecundidade de Elcana e Ana como pais de família e uma ênfase das Escrituras sobre o chamado ministerial de Samuel.
O terceiro capítulo de 1 Samuel, versículos 4 a 10, mostra o chamado e prova que Samuel era um jovem disciplinado e comedido.
Samuel, sendo ainda bem jovem, foi favorecido com uma revelação divina. A revelação dizia respeito ao fim do exercício sacerdotal pela genealogia proveniente da casa de Eli e o juízo divino sobre ele e seus filhos (1 Samuel 3.1-21).
Samuel cresceu servindo a Deus junto a Eli, que enxergava cada vez menos conforme envelhecia. Aproximadamente, aos doze anos, enquanto dormia Samuel ouviu uma voz chamando seu nome. Então, ele se levantou e foi aonde Eli dormia e perguntou-lhe se o havia chamado. O sacerdote respondeu-lhe que não o chamara e pediu que voltasse para seu leito. Isso se repetiu por três vezes, até que Eli percebeu que o Senhor chamava Samuel e instruiu-o a voltar para sua cama e quando ouvisse outra vez o chamado, responder "fala, Senhor, porque o teu servo ouve". E quando ouviu novamente a voz chamando-o, fez conforme Eli havia dito. Então, Deus anunciou a ele o juízo que traria à casa de Eli. A situação espiritual dos filhos de Eli os impedia de herdar o ministério do pai, eles estavam corrompidos, portanto Deus não permitiria que continuassem como sacerdotes.
Ao amanhecer, Eli quis saber o que Deus havia revelado a Samuel, e relutante Samuel disse-lhe exatamente o que havia sido revelado. Eli, consternado, aceitou a soberania divina sobre sua casa, dizendo: "Ele é o Senhor. Que Ele faça o que achar melhor" (1 Samuel 3.18).
Daquele dia em diante o Senhor passou a falar com Samuel e usá-lo para através dele falar com o povo israelita, e todos começaram a prestar atenção ao que ele tinha a dizer, com intenção de obedecer ao Senhor.
Algumas qualificações de quem realmente serve ao Senhor:
O ministério profético foi dado por Deus à Igreja. Segundo Atos 13.1 e 15.32, os profetas eram impulsionados pela inspiração profética e entregavam a mensagem de Deus com ousadia. Nesta atividade, tinham como característica exortar, ensinar e orientar o rebanho de Cristo.
Alguns profetas eram usados para predizer o futuro, como Ágabo. Ele saiu de sua casa na Judeia para levar as mensagens de Deus. Em consequência de seu ministério, foi levantada uma oferta em tempo hábil para ajudar a Igreja em Jerusalém durante um período de fome e a Igreja foi avisada antecipadamente sobre a prisão do apóstolo Paulo (Atos 11.28; 21.11).
3. Onde estão os profetas?
Ao apresentar a vontade de Deus ao pecador, a mensagem tem o confronto entre o bem e o mal, a santidade e o mundanismo, o que é considerado a avaliação entre o certo e o errado; a Palavra age como o martelo quebrando pedras e como o fogo consumidor e coisas imprestáveis (Jeremias 23.29). Isto é, ela age de modo contundente. E sendo assim, o príncipe das trevas tem a intenção de silenciar os profetas de Deus, para que as almas perdidas não encontrem o Caminho que leva-as para Deus. Como estratégia ao estado de silêncio quando é a hora do cristão falar, há o argumento "não podemos julgar; alega que o julgamento é uma falta de amor ao próximo". Não se deixe enganar por este pensamento, pois só aqueles que desconhecem a Bíblia, fazem dele um estilo de convivência moldada ao comportamento deste mundo; Jesus diz o contrário: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (João 7.24).
Simbolicamente, o pregador é um atalaia neste mundo distante da vontade de Deus (Ezequiel 3.17-21). Como pregadores - seja a pessoa em posição de líder na igreja ou o membro que frequenta os cultos sem responsabilidade em postos de liderança eclesiástica -, toda pessoa que recebeu a Cristo como Salvador e Senhor tem sobre si a ordenança de Jesus de evangelizar e ensinar as almas como prostrar-se e servir a Deus corretamente.
Jesus descreve os crentes como luz do mundo e sal da terra. Estes dois elementos são agentes transformadores do ambiente onde estão postos. O sal traz sabor para a comida e age como conservante da mesma; e a luz dissipa a escuridão, permite a nós ter visão do lugar em que estamos e ajuda a não tropeçar em coisas que estão pelo caminho e desviar de buracos e crateras. Temos a missão de influenciar as pessoas a servirem a Deus, o que significa exercer julgamentos, alertar sobre comportamentos errados com a finalidade de que as almas saiam das trevas, abandonem o pecado e se salvem da perdição eterna. Há a obrigação de apresentar o que diz a Palavra de Deus a todos neste mundo, nós cristãos seremos cobrados se assim não for feito. Se não fizermos isso estamos pecando por omissão (Mateus 5.13-16; Tiago 4.17).
Ao compartilhar o conhecimento da Palavra de Deus, quem recebe a mensagem que compartilhamos passa a estar em contato com a fragrância espiritual que exalamos e como consequência sua atitude receptiva proporciona-lhe vida eterna. Mas quem ouve a mensagem e a despreza, o bom cheiro representa a ele o sinal da condenação sem-fim. Provérbios 13.13 diz que aquele que despreza a Palavra, perecerá, mas quem for reverente e obedecê-la receberá de Deus um galardão.
CONCLUSÃO
Não é possível dizer com certeza que idade Samuel tinha quando Deus o chamou e entregou-lhe a primeira mensagem. Mas não resta nenhuma dúvida que a partir daquele momento começou a carreira de Samuel como profeta de Deus, líder militar e juiz de Israel. Assim como Samuel gozava de bom conceito diante de seus compatriotas e conterrâneos da sua geração, porque se dedicava ao Senhor com inteireza de coração, é de vital importância que todo cristão se comporte com decência e honestidade diante do povo na sociedade em que vive.
Nos dias atuais, Deus continua chamando pessoas para realizar seus propósitos e o mundo observa com olhar crítico quem ocupa cargo eclesiástico de relevância. Sendo assim, é preciso haver crente com o coração disposto a atender o chamado do Senhor, pessoas que creiam que Ele as chama e queiram obedecer suas orientações, pois é necessário ser visto como um referencial de grande valor espiritual para as almas que ainda não seguem a Jesus Cristo.
E.A.G.
Subsídios:
Bíblia do Pregador Pentecostal. Comentários de Erivaldo de Jesus Pinheiro. Edição 2016. Páginas 1740 e 1794. Barueri - SP (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).
Lições Bíblicas. O Governo Divino em Mãos Humanas - Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel. Osiel Gomes. 4º trimestre de 2019. Lição 3. Páginas 17-22. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
O Governo Divino em Mãos Humanas - Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel. Capítulo 3: A Chamada Profética de Samuel. Osiel Gomes. 1ª edição 2019. Páginas 51 a 57. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
INTRODUÇÃO
O terceiro capítulo de 1 Samuel traz ao leitor da Bíblia o início da carreira ministerial na vida de Samuel, que viveu no decorrer dos últimos dias dos juízes, durante o fracasso do sacerdócio sob o comando de Eli, e no início do regime monárquico do governo desastrado sob o comando de Saul.
I - DEFININDO O "PROFETA" EM ISRAEL
1. A menção de "profeta" no livro.
A primeira menção do ofício de "profeta" registrada nos livros de Samuel, embora o termo profeta não esteja escrito, é feita em 1 Samuel 2.27-36. Trata-se de "um homem de Deus" que a Bíblia não revela seu nome. Este homem não identificado é usado por Deus para repreender Eli como sumo sacerdote e pai.
Os filhos de Eli, Hofni e Fineias, serviam como sacerdotes em Siló, mas tratavam as ofertas a Deus com desprezo e tinham relações com mulheres à porta da entrada da Tenda da Congregação. Estas mulheres, possivelmente, eram dedicadas ao serviço religioso, conforme determinava Êxodo 38.8).
Hofni e Fineias ignoraram as advertências de Eli. Mas Eli não tomou as devidas providências por eles não terem acatado suas repreensões. Assim, por Eli honrar mais aos seus dois filhos do que ao Todo Poderoso, p juízo divino veio sobre sua casa, seus dois filhos foram mortos no dia em que os filisteus capturaram a arca da aliança. Quando Eli soube da morte dos filhos e que a arca havia sido capturada, caiu da sua cadeira para trás, e quebrou o pescoço e morreu. A tragédia alcançou a esposa de Fineias, que em estado de gravidez deu à luz um menino e em seguida faleceu (1 Samuel 1.3,9-18,24-27; 2.11-3.18; 4.1-22; 14.3; 1 Reis 2.27).
Deus sempre apresenta uma pessoa específica para quando é necessário tomar a frente de uma missão especial. Ele usa homens para advertir, repreender, julgar e intervir nos rumos equivocados da humanidade. Moisés e Samuel são bons exemplos disso (Deuteronômio 33.1).
Depois da morte de Eli e seus filhos, Samuel se tornou o líder de Israel. Clamou ao Senhor em Mispa e Deus libertou os israelitas dos filisteus. Por toda a sua vida, Samuel percorreu Betel, Gilgal, Mispa e sua terra natal Ramá, proferindo julgamentos, governando e liderando Israel em atos de adoração.
A primeira menção do ofício de "profeta" registrada nos livros de Samuel, embora o termo profeta não esteja escrito, é feita em 1 Samuel 2.27-36. Trata-se de "um homem de Deus" que a Bíblia não revela seu nome. Este homem não identificado é usado por Deus para repreender Eli como sumo sacerdote e pai.
Os filhos de Eli, Hofni e Fineias, serviam como sacerdotes em Siló, mas tratavam as ofertas a Deus com desprezo e tinham relações com mulheres à porta da entrada da Tenda da Congregação. Estas mulheres, possivelmente, eram dedicadas ao serviço religioso, conforme determinava Êxodo 38.8).
Hofni e Fineias ignoraram as advertências de Eli. Mas Eli não tomou as devidas providências por eles não terem acatado suas repreensões. Assim, por Eli honrar mais aos seus dois filhos do que ao Todo Poderoso, p juízo divino veio sobre sua casa, seus dois filhos foram mortos no dia em que os filisteus capturaram a arca da aliança. Quando Eli soube da morte dos filhos e que a arca havia sido capturada, caiu da sua cadeira para trás, e quebrou o pescoço e morreu. A tragédia alcançou a esposa de Fineias, que em estado de gravidez deu à luz um menino e em seguida faleceu (1 Samuel 1.3,9-18,24-27; 2.11-3.18; 4.1-22; 14.3; 1 Reis 2.27).
Deus sempre apresenta uma pessoa específica para quando é necessário tomar a frente de uma missão especial. Ele usa homens para advertir, repreender, julgar e intervir nos rumos equivocados da humanidade. Moisés e Samuel são bons exemplos disso (Deuteronômio 33.1).
Depois da morte de Eli e seus filhos, Samuel se tornou o líder de Israel. Clamou ao Senhor em Mispa e Deus libertou os israelitas dos filisteus. Por toda a sua vida, Samuel percorreu Betel, Gilgal, Mispa e sua terra natal Ramá, proferindo julgamentos, governando e liderando Israel em atos de adoração.
2. Definição de profeta.
No hebraico, "nabi" tem sentido primário de apontar alguém que declara algo. No contexto bíblico, descreve aquele que recebeu por revelação direta de Deus suas palavras para proclamar ao povo. Este termo aparece mais de trezentas vezes nas páginas do Antigo Testamento. Entre tantas citações, podemos vê-la em Gênesis 20.7; Números 12.6; 1 Samuel 3.20; 1 Reis 1.8; Salmos 74.9; Jeremias 1.5.
Observa-se em narrativas do Antigo Testamento que o profeta era um homem usado por Deus, alguém que mantinha comunicação com o Espírito do Senhor e recebia dEle visões, previsões, prognósticos, predições e posteriormente transmitia as revelações que via. Era o indivíduo que dirigia-se ao Senhor por meio de súplicas, enfatizando à justiça e ao direito, é quem realizava milagres, pronunciava julgamentos por meio de atos simbólicos. Vivia controlado pelo sobrenatural divino, por isto era chamado de "vidente". Ezequiel é um dos profetas apresentado nas Escrituras como um homem de grandes visões (Ezequiel 1.1).
A palavra vidente no hebraico é "ro'eh" e "hozed", que quer dizer "aquele que vê, que percebe, tem visão". E "profeta é um termo associado à palavra falada, à oralidade. O vocábulo "profeta" em hebraico é "nabi". Etimologicamente, a definição de "nabi" é incerta, mas, diversos significados lhe são atribuídos, entre os quais, "chamado por Deus" e "orador". Porém, a maioria dos estudiosos trata a palavra "profeta" com o sentido de "porta-voz". Deuteronômio 18.15-22 é a passagem que apresenta o padrão que define a função do profeta. As atividades de Moisés preparando o povo israelita para entrar em Canaã é um exemplo essencial que define o papel do profeta.
No ato de profetizar, o profeta comunica aquilo que Deus realmente deseja falar, é o elo entre Deus e os ouvintes, e nesta condição faz com que quem o ouve entenda perfeitamente qual é a intenção e o sentido da mensagem que Deus quer que seja entregue. Esta mensagem sempre tem a finalidade de conclamar o povo à santidade e obediência, que resulta em comprometimento e adoração.
2.1 - O profeta como atalaia.
O profetismo foi um movimento usado por Deus com o objetivo de incentivar, renovar a comunhão do povo com Ele. O profeta do Antigo Testamento era visto como atalaia e pastor (Jeremias 6.16; Ezequiel 3.17), a pessoa escolhida por Deus para trazer assuntos cuja origem era divina.
No contexto do Antigo Testamento, "atalaia" tem o significado de “sentinela”, “guarda” ou “vigia”. O dever do atalaia era manter-se em prontidão, prestar atenção em tudo, vigiar com máxima atenção, com a intenção manter a segurança e o bem-estar de todos. Para isso ele espiava, tinha olhos treinados para observar ao redor e assim saber de tudo o que se passava dentro do ambiente em que era designado a proteger. O sentinela era responsável pela segurança de acampamentos e do povo hebreu, faziam rondas pelas ruas da cidade como força policial, se mantinham em posto fixo sobre os muros e torres das cidades fortificadas (2 Samuel 18.24; 2 Reis 9.17-20; Isaías 62.6; Cantares 3.3 e 5.7).
Seu dever era descobrir o momento em que o inimigo chegasse, sua obrigação era alertar a todos para não não fossem pegos de surpresa. Se o seu alerta não fosse levado a sério e o inimigo atacasse, Deus não cobraria dele as mortes, mas se o atalaia percebesse o movimento de ataque e não alertasse, e o inimigo viesse e causasse mortes, Deus cobraria deles todo sangue que fosse derramado e toda vida que fosse ceifada.
3. Samuel e os demais profetas.
Sempre houve em Ana, a mãe de Samuel, um cuidado especial para que seu filho estivesse envolvido com a obra de Deus. Ela orou por ele e o entregou aos cuidados de Eli. Este, observando a dedicação de Ana, orou por ela, rogando a Deus a bênção para a sua casa (1 Samuel 2.20, 21).
Nos dias de Samuel, quase todos os hebreus estavam envolvidos com práticas que se consistiam em pecado, e por este motivo a manifestação do Senhor por meio da Palavra das visões estavam escassas. Neste cenário, Samuel destaca-se em sua geração como um grande profeta, desde Dã até Berseba, porque o Senhor confirmava o seu ministério profético. Por meio de Samuel surgiu um novo ânimo e o despertamento espiritual em Israel (1 Samuel 3.1,19,20).
O profeta autêntico é inspirado pelo Espírito Santo, recebe mensagens por meio de visões e revelações (Números 11.17-25; 1 Pedro 1.21). Os livros do Antigo Testamento nos mostram que, além de receberem inspiração divina para revelar o que Deus queria comunicar para a nação israelita, muitos profetas guiavam e orientavam os reis em suas decisões, e estes eram intitulados "profetas da corte" e "estadistas", e por transmitirem exatamente o que o Senhor desejava expressar, muitas vezes foram perseguidos e mortos, porque a Palavra do Senhor que transmitiam não dizia o que os ouvintes gostariam de ouvir (Mateus 23.37). Às vezes apareciam indivíduos entre os isralitas que ousadamente falavam em nome do Senhor sem que Ele tivesse mandado, inventavam coisas da sua mente e coração, e eram punidos pela ação divina por causa disso (Jeremias 14.14; 23.16 e Ezequiel 1.3).
II - O DESENVOLVIMENTO DO MINISTÉRIO DE SAMUEL
Nos dias de Samuel, quase todos os hebreus estavam envolvidos com práticas que se consistiam em pecado, e por este motivo a manifestação do Senhor por meio da Palavra das visões estavam escassas. Neste cenário, Samuel destaca-se em sua geração como um grande profeta, desde Dã até Berseba, porque o Senhor confirmava o seu ministério profético. Por meio de Samuel surgiu um novo ânimo e o despertamento espiritual em Israel (1 Samuel 3.1,19,20).
O profeta autêntico é inspirado pelo Espírito Santo, recebe mensagens por meio de visões e revelações (Números 11.17-25; 1 Pedro 1.21). Os livros do Antigo Testamento nos mostram que, além de receberem inspiração divina para revelar o que Deus queria comunicar para a nação israelita, muitos profetas guiavam e orientavam os reis em suas decisões, e estes eram intitulados "profetas da corte" e "estadistas", e por transmitirem exatamente o que o Senhor desejava expressar, muitas vezes foram perseguidos e mortos, porque a Palavra do Senhor que transmitiam não dizia o que os ouvintes gostariam de ouvir (Mateus 23.37). Às vezes apareciam indivíduos entre os isralitas que ousadamente falavam em nome do Senhor sem que Ele tivesse mandado, inventavam coisas da sua mente e coração, e eram punidos pela ação divina por causa disso (Jeremias 14.14; 23.16 e Ezequiel 1.3).
II - O DESENVOLVIMENTO DO MINISTÉRIO DE SAMUEL
1. O crescimento profético de Samuel.
O versículo 21 do capítulo 2 do primeiro livro de Samuel, revela que Ana teve mais seis filhos além de Samuel. O número sete remete à perfeição nas tradições judaicas, pode significar que a bênção de Deus é perfeita na questão da fecundidade de Elcana e Ana como pais de família e uma ênfase das Escrituras sobre o chamado ministerial de Samuel.
No capítulo 2 e versículos 18 a 21, notamos que apesar de Samuel ainda ser uma criança, tinha em seu coração o propósito de servir a Deus com fidelidade. Enquanto que os filhos de Eli viviam mergulhados em práticas pecaminosas. Quando teve inicio o ministério profético de Samuel, a casa de Eli e toda a nação de Israel estava em um baixo nível ético, moral e espiritual, esta situação fazia com que raramente o Senhor se manifestasse através de visões (1 Samuel 3.1. Por meio de Samuel, cuja vida estava em comunhão com Deus, houve um avivamento espiritual em Israel, fazendo com que o povo se despertasse para um comportamento equilibrado e aceitável diante de Deus (1 Samuel 9.22).
É muito clara a narrativa sobre o crescimento de Samuel como profeta, na referência bíblica 1 Samuel 3.19-20: "Samuel crescia, e o SENHOR estava com ele e não deixou que nenhuma de suas palavras caísse por terra. Todo o Israel, desde Dã até Berseba, reconheceu que Samuel estava confirmado como profeta do SENHOR". Seu amadurecimento não era apenas físico. Samuel também crescia no conhecimento das tradições judaicas, mas principalmente na comunhão com Deus, assim como ocorreu com Jesus (Lucas 2.52).
O ministério profético de Samuel iniciou a prática de ungir o rei. Quando o povo exigiu um rei, como havia em outras nações, Samuel ungiu Saul, a quem o Espírito de Deus veio em Zufe. Em Mispa, Samuel reuniu os israelitas e declarou Saul como o rei escolhido por Deus para Israel. Quando Saul desobedeceu a Deus e com respeito aos despojos pertencentes aos amalequitas derrotados, Samuel deixou Saul e mais o encontrou, lamentando que o Senhor o havia rejeitado. Os atos seguintes e derradeiros de Samuel foi ungir Davi como rei em lugar de Saul e escondê-lo em sua casa quando Saul tentou matá-lo.
É muito clara a narrativa sobre o crescimento de Samuel como profeta, na referência bíblica 1 Samuel 3.19-20: "Samuel crescia, e o SENHOR estava com ele e não deixou que nenhuma de suas palavras caísse por terra. Todo o Israel, desde Dã até Berseba, reconheceu que Samuel estava confirmado como profeta do SENHOR". Seu amadurecimento não era apenas físico. Samuel também crescia no conhecimento das tradições judaicas, mas principalmente na comunhão com Deus, assim como ocorreu com Jesus (Lucas 2.52).
O ministério profético de Samuel iniciou a prática de ungir o rei. Quando o povo exigiu um rei, como havia em outras nações, Samuel ungiu Saul, a quem o Espírito de Deus veio em Zufe. Em Mispa, Samuel reuniu os israelitas e declarou Saul como o rei escolhido por Deus para Israel. Quando Saul desobedeceu a Deus e com respeito aos despojos pertencentes aos amalequitas derrotados, Samuel deixou Saul e mais o encontrou, lamentando que o Senhor o havia rejeitado. Os atos seguintes e derradeiros de Samuel foi ungir Davi como rei em lugar de Saul e escondê-lo em sua casa quando Saul tentou matá-lo.
2. A formação profética de Samuel.
Deus chamou a Samuel quando ele tinha cerca de 12 anos (1 Samuel 3.1-4), a mesma faixa etária de Jesus quando foi levado a Jerusalém por seus pais (Lucas 2.42).
O jovem Samuel foi chamado para ser um vaso, um instrumento nas mãos de Deus, desde cedo o texto bíblico fala do seu preparo para assumir uma grande missão. Enquanto o tempo não chegava, ele recebia o treinamento e o ensino necessário. Samuel cresceu, desenvolveu seu chamado à Obra de Deus sob os cuidados de Eli.
A passagem de 1 Samuel 2.18-21 descreve Samuel vestido com uma estola de linho ministrando ao Senhor, a tarefa só era permitida ao sacerdote (Êxodo 28.4; 2 Samuel 6.14). Entendemos que Eli deu a Samuel essa vestimenta cerimonial. Notamos que Eli viu no menino as características que o qualificavam ao exercício sacerdotal, Deus preparou como sacerdote e profeta tendo em Eli a pessoa que o instruía. Desta maneira, Samuel foi crescendo em estatura na presença do povo, e todos compreenderam que ele fora encarregado com um ofício profético da parte do Senhor (1 Samuel 3.20).
O jovem Samuel foi chamado para ser um vaso, um instrumento nas mãos de Deus, desde cedo o texto bíblico fala do seu preparo para assumir uma grande missão. Enquanto o tempo não chegava, ele recebia o treinamento e o ensino necessário. Samuel cresceu, desenvolveu seu chamado à Obra de Deus sob os cuidados de Eli.
A passagem de 1 Samuel 2.18-21 descreve Samuel vestido com uma estola de linho ministrando ao Senhor, a tarefa só era permitida ao sacerdote (Êxodo 28.4; 2 Samuel 6.14). Entendemos que Eli deu a Samuel essa vestimenta cerimonial. Notamos que Eli viu no menino as características que o qualificavam ao exercício sacerdotal, Deus preparou como sacerdote e profeta tendo em Eli a pessoa que o instruía. Desta maneira, Samuel foi crescendo em estatura na presença do povo, e todos compreenderam que ele fora encarregado com um ofício profético da parte do Senhor (1 Samuel 3.20).
Samuel era um líder nacional que exercia os ofícios de sacerdote e profeta. Ele aparece diversas vezes nos relatos do primeiro livro de Samuel, oferecendo sacrifícios pelo povo na consagração dos reis Saul e Davi e pelo exército de Israel (1 Samuel 7.9; 9.12,13; 10.8; 13.8,9; 13.3,13). É reconhecido naquela geração como homem honrado "e tudo quanto diz sucede infalivelmente (1 Samuel 9.6) "e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair por terra" (1 Samuel 3.19).
Através do ofício profético de Samuel, surgiu a escola de profetas (1 Samuel 19.18-20; 2 Reis 2.3-5; 6.1).
3. A disciplina de Samuel.
Através do ofício profético de Samuel, surgiu a escola de profetas (1 Samuel 19.18-20; 2 Reis 2.3-5; 6.1).
3. A disciplina de Samuel.
O terceiro capítulo de 1 Samuel, versículos 4 a 10, mostra o chamado e prova que Samuel era um jovem disciplinado e comedido.
Samuel, sendo ainda bem jovem, foi favorecido com uma revelação divina. A revelação dizia respeito ao fim do exercício sacerdotal pela genealogia proveniente da casa de Eli e o juízo divino sobre ele e seus filhos (1 Samuel 3.1-21).
Samuel cresceu servindo a Deus junto a Eli, que enxergava cada vez menos conforme envelhecia. Aproximadamente, aos doze anos, enquanto dormia Samuel ouviu uma voz chamando seu nome. Então, ele se levantou e foi aonde Eli dormia e perguntou-lhe se o havia chamado. O sacerdote respondeu-lhe que não o chamara e pediu que voltasse para seu leito. Isso se repetiu por três vezes, até que Eli percebeu que o Senhor chamava Samuel e instruiu-o a voltar para sua cama e quando ouvisse outra vez o chamado, responder "fala, Senhor, porque o teu servo ouve". E quando ouviu novamente a voz chamando-o, fez conforme Eli havia dito. Então, Deus anunciou a ele o juízo que traria à casa de Eli. A situação espiritual dos filhos de Eli os impedia de herdar o ministério do pai, eles estavam corrompidos, portanto Deus não permitiria que continuassem como sacerdotes.
Ao amanhecer, Eli quis saber o que Deus havia revelado a Samuel, e relutante Samuel disse-lhe exatamente o que havia sido revelado. Eli, consternado, aceitou a soberania divina sobre sua casa, dizendo: "Ele é o Senhor. Que Ele faça o que achar melhor" (1 Samuel 3.18).
Daquele dia em diante o Senhor passou a falar com Samuel e usá-lo para através dele falar com o povo israelita, e todos começaram a prestar atenção ao que ele tinha a dizer, com intenção de obedecer ao Senhor.
Algumas qualificações de quem realmente serve ao Senhor:
• Deus se faz conhecer a ele (Números 12.6; Jeremias 15.19; Ezequiel 3.17);III - O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA ATUALIDADE
• Tem conhecimento profundo das Escrituras (2 Timóteo 3.15-17);
• É receptivo à correção, instrução da Palavra e assim é perfeito aos olhos de Deus (2 Timóteo 3.17);
• É perfeitamente ensinado para toda a boa obra (2 Timóteo 3.17);
• É inspirado pelo Espírito Santo (Números 11.16-29; Neemias 9.30; 2 Timóteo 3.16,
1. O dom da profecia.
O Novo Testamento tem sua definição para profeta (prophétes, em grego). A palavra aparece 159 vezes entre Mateus e Apocalipse. O prefixo da palavra "pro", antes, e "phemi", falar, não deixa dúvidas sobre a função, que é aquele que fala em nome de Deus, inspirado por Aquele que é onisciente, onipresente e onipotente.
O dom de profecia, disponível a todos os crentes, manifesta-se de forma sobrenatural e momentânea; encoraja, exorta e consola a Igreja; edifica de forma coletiva e individual o povo de Deus (1 Coríntios 12.7-11; 1 Timóteo 4.14). Assim como no Antigo Testamento, o profeta é a pessoa que fala em nome do Senhor, é o mensageiro de Deus que anuncia ao povo a vontade de Deus, e através do anúncio instrui a todos sobre a necessidade de compreender a importância de obedecer à vontade do Todo-Poderoso.
Os crentes que são usados pelo Espírito no exercício de dom de profecia na congregação são chamados de profetas (1 Coríntios 14.29,32,37). Mas não podemos confundir o ministério profético com o dom de profecia. Existe diferença entre o dom de profeta (Efésios 4.11) e o dom de profecia (1 Coríntios 12.4). O primeiro faz parte dos dons ministeriais e o segundo está entre os dons espirituais.
O crente usado com o dom de profecia deve se sujeitar ao conteúdo bíblico. E de igual modo os cristãos que exercem o ministério do ensino e da pregação não têm autoridade para aumentar, diminuir ou modificar o cânon sagrado.
2. O ministério de profeta no Novo Testamento.
O Novo Testamento tem sua definição para profeta (prophétes, em grego). A palavra aparece 159 vezes entre Mateus e Apocalipse. O prefixo da palavra "pro", antes, e "phemi", falar, não deixa dúvidas sobre a função, que é aquele que fala em nome de Deus, inspirado por Aquele que é onisciente, onipresente e onipotente.
O dom de profecia, disponível a todos os crentes, manifesta-se de forma sobrenatural e momentânea; encoraja, exorta e consola a Igreja; edifica de forma coletiva e individual o povo de Deus (1 Coríntios 12.7-11; 1 Timóteo 4.14). Assim como no Antigo Testamento, o profeta é a pessoa que fala em nome do Senhor, é o mensageiro de Deus que anuncia ao povo a vontade de Deus, e através do anúncio instrui a todos sobre a necessidade de compreender a importância de obedecer à vontade do Todo-Poderoso.
Os crentes que são usados pelo Espírito no exercício de dom de profecia na congregação são chamados de profetas (1 Coríntios 14.29,32,37). Mas não podemos confundir o ministério profético com o dom de profecia. Existe diferença entre o dom de profeta (Efésios 4.11) e o dom de profecia (1 Coríntios 12.4). O primeiro faz parte dos dons ministeriais e o segundo está entre os dons espirituais.
• O profeta neotestamentário.
Em Efésios 4.11 temos uma lista apontando para cinco dons ministeriais concedidos por Cristo à Igreja, entre os quais consta o de profeta. O evangelista Lucas, em Atos 13.1, nos permite saber que "havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé; Simeão, chamado Níger; Lúcio, de Cirene; Manaém, que tinha sido criado com Herodes, o tetrarca; e Saulo". Apesar de não existir grande quantidade de profetas quanto havia durante o Antigo Testamento, não faltava quem profetizasse nos primeiros anos da Nova Aliança.
• Dom de profecia (1 Coríntios 12.1-11).
Faz parte dos dons espirituais. Dons são são talentos e habilidades dadas por Deus à sua Igreja com o objetivo de servir melhor aos santos, serve para transmitir os desígnios de Deus para a igreja no sentido de exortar, edificar, consolar o povo por meio da elocução. Em 1 Coríntios 14.1, Paulo aconselhou os crentes a buscarem zelosamente os dons espirituais, dando um destaque especial ao dom de profecia. Lucas revela que havia o exercício deste dom em Éfeso (Atos 19.6).Deus continua a falar ao seu povo por meio de profetas e através do dom de profecia. Porém, é importante saber que o dom profético não tem como objetivo criar doutrinas. O dom de profecia não tem caráter normativo, posto que não possuem a autoridade canônica da Bíblia Sagrada - que é a única regra de fé e conduta reconhecida pela Igreja de Cristo. A regra infalível da fé do cristão são as Escrituras Sagradas, portanto, é primordial aos cristãos estarem conscientes que toda locução profética é passível de julgamento à luz da Palavra de Deus (1 Coríntios 14.29).
O crente usado com o dom de profecia deve se sujeitar ao conteúdo bíblico. E de igual modo os cristãos que exercem o ministério do ensino e da pregação não têm autoridade para aumentar, diminuir ou modificar o cânon sagrado.
2. O ministério de profeta no Novo Testamento.
O ministério profético foi dado por Deus à Igreja. Segundo Atos 13.1 e 15.32, os profetas eram impulsionados pela inspiração profética e entregavam a mensagem de Deus com ousadia. Nesta atividade, tinham como característica exortar, ensinar e orientar o rebanho de Cristo.
Alguns profetas eram usados para predizer o futuro, como Ágabo. Ele saiu de sua casa na Judeia para levar as mensagens de Deus. Em consequência de seu ministério, foi levantada uma oferta em tempo hábil para ajudar a Igreja em Jerusalém durante um período de fome e a Igreja foi avisada antecipadamente sobre a prisão do apóstolo Paulo (Atos 11.28; 21.11).
3. Onde estão os profetas?
Ao apresentar a vontade de Deus ao pecador, a mensagem tem o confronto entre o bem e o mal, a santidade e o mundanismo, o que é considerado a avaliação entre o certo e o errado; a Palavra age como o martelo quebrando pedras e como o fogo consumidor e coisas imprestáveis (Jeremias 23.29). Isto é, ela age de modo contundente. E sendo assim, o príncipe das trevas tem a intenção de silenciar os profetas de Deus, para que as almas perdidas não encontrem o Caminho que leva-as para Deus. Como estratégia ao estado de silêncio quando é a hora do cristão falar, há o argumento "não podemos julgar; alega que o julgamento é uma falta de amor ao próximo". Não se deixe enganar por este pensamento, pois só aqueles que desconhecem a Bíblia, fazem dele um estilo de convivência moldada ao comportamento deste mundo; Jesus diz o contrário: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (João 7.24).
Simbolicamente, o pregador é um atalaia neste mundo distante da vontade de Deus (Ezequiel 3.17-21). Como pregadores - seja a pessoa em posição de líder na igreja ou o membro que frequenta os cultos sem responsabilidade em postos de liderança eclesiástica -, toda pessoa que recebeu a Cristo como Salvador e Senhor tem sobre si a ordenança de Jesus de evangelizar e ensinar as almas como prostrar-se e servir a Deus corretamente.
Jesus descreve os crentes como luz do mundo e sal da terra. Estes dois elementos são agentes transformadores do ambiente onde estão postos. O sal traz sabor para a comida e age como conservante da mesma; e a luz dissipa a escuridão, permite a nós ter visão do lugar em que estamos e ajuda a não tropeçar em coisas que estão pelo caminho e desviar de buracos e crateras. Temos a missão de influenciar as pessoas a servirem a Deus, o que significa exercer julgamentos, alertar sobre comportamentos errados com a finalidade de que as almas saiam das trevas, abandonem o pecado e se salvem da perdição eterna. Há a obrigação de apresentar o que diz a Palavra de Deus a todos neste mundo, nós cristãos seremos cobrados se assim não for feito. Se não fizermos isso estamos pecando por omissão (Mateus 5.13-16; Tiago 4.17).
Ao compartilhar o conhecimento da Palavra de Deus, quem recebe a mensagem que compartilhamos passa a estar em contato com a fragrância espiritual que exalamos e como consequência sua atitude receptiva proporciona-lhe vida eterna. Mas quem ouve a mensagem e a despreza, o bom cheiro representa a ele o sinal da condenação sem-fim. Provérbios 13.13 diz que aquele que despreza a Palavra, perecerá, mas quem for reverente e obedecê-la receberá de Deus um galardão.
CONCLUSÃO
Não é possível dizer com certeza que idade Samuel tinha quando Deus o chamou e entregou-lhe a primeira mensagem. Mas não resta nenhuma dúvida que a partir daquele momento começou a carreira de Samuel como profeta de Deus, líder militar e juiz de Israel. Assim como Samuel gozava de bom conceito diante de seus compatriotas e conterrâneos da sua geração, porque se dedicava ao Senhor com inteireza de coração, é de vital importância que todo cristão se comporte com decência e honestidade diante do povo na sociedade em que vive.
Nos dias atuais, Deus continua chamando pessoas para realizar seus propósitos e o mundo observa com olhar crítico quem ocupa cargo eclesiástico de relevância. Sendo assim, é preciso haver crente com o coração disposto a atender o chamado do Senhor, pessoas que creiam que Ele as chama e queiram obedecer suas orientações, pois é necessário ser visto como um referencial de grande valor espiritual para as almas que ainda não seguem a Jesus Cristo.
E.A.G.
Subsídios:
Bíblia do Pregador Pentecostal. Comentários de Erivaldo de Jesus Pinheiro. Edição 2016. Páginas 1740 e 1794. Barueri - SP (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).
Lições Bíblicas. O Governo Divino em Mãos Humanas - Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel. Osiel Gomes. 4º trimestre de 2019. Lição 3. Páginas 17-22. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
O Governo Divino em Mãos Humanas - Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel. Capítulo 3: A Chamada Profética de Samuel. Osiel Gomes. 1ª edição 2019. Páginas 51 a 57. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).