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quinta-feira, 5 de maio de 2016

O perigo das conjecturas nas pregações nos púlpitos das igrejas evangélicas


O perigo  das conjecturas nas pregações nos púlpitos das igrejas evangélicas-Andando na corda bamba. Interrogação.
Por Lucilene Brito Shirota

"Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?" - Gálatas 3.3.

Objetivo do artigo

O título dessa postagem anuncia o problema da inserção de conjecturas na pregação de conteúdo bíblico. Imaginar fatos não esclarecidos pelas Escrituras pode tornar a preleção mais interessante. porém nada mais são do que suposições, palpites, presunções, especulações, teorias, hipóteses. É exatamente o que um "grande palestrante", mais atuante como político do que como pastor pentecostal, fez; perigosamente ele inventou coisas que a Bíblia não dá nenhuma sustentação.

Idolatria entre cristãos evangélicos?

Quando os israelitas andavam com Deus eram abençoados e ao se afastarem da vontade dEle entregavam-se à idolatria e tornavam-se malditos. Hoje uma parte de nossas igrejas está assim, sem a genuína fé em Deus, sem rumo certo, dada aos sacrifícios tolos como artefatos ungidos, desejosa de curas físicas e emocionais, ambiciosa por riquezas materiais, felicidade temporal, não pensa com seriedade em obedecer ao Abençoador.

A Bíblia é bem clara em Jeremias 17.5: "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!". Então, é assustador ver tantas pessoas defendendo outra pessoa - que é um monte de pó miserável e errante, como somos eu e você e o restante da Humanidade. Inclusive pelo fato de esta defesa ser dirigida para alguém que difunde ideias humanas flagrantemente não constatável na Bíblia Sagrada. 

Quando situações assim acontecem, vemos o quanto a Igreja de Cristo está dispersa e não medita o suficiente na Palavra. Somente o leigo, sem nenhum traço de conhecimento básico e simples dos textos bíblicos, bate palmas ou ecoa elogios a um homem que propaga conjecturas.

Paulo escreveu: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gálatas 1.8). Veja bem: "ainda que nós mesmos ou um anjo..." Isto é, ainda que um anjo de luz aparecesse e pregasse algo diferente, ou mesmo se o próprio Paulo, ou os discípulos de Cristo pregassem algo diferente daquilo que Jesus ensinou, tal pregação deveria ser reprovada, refutada como mentira! Observar tantos crentes agindo como cegos, seguindo não Jesus mas homens e mulheres, que podem ter algum vestígio de conhecimento e poder temporal, é algo preocupante e mostra o quanto a qualidade espiritual dos ditos cristãos evangélicos está baixíssima.

O perigo  das conjecturas nas pregações nos púlpitos das igrejas evangélicas
Pregação irresponsável e audiência desatenta

Ontem, quando eu estava ocupada em meu trabalho, recebi de uma amiga não evangélica, a marcação no Facebook para ver uma pequena parte da gravação da pregação de um pastor, muito conhecido no Brasil, e que também é deputado federal. No evento dos Gideões 2016, este preletor falou algo herético - que nunca, jamais, conseguirá provar ser verdade, porque não existe o devido respaldo bíblico, já que a Palavra de Deus não afirma o que ele disse.

Curiosa, terminei minhas tarefas e, não contente com a mensagem incompleta, quis ver o vídeo em seu conteúdo inteiro de quase duas horas. A íntegra da fala, exposta com ares de convicção plena, é ainda mais horripilante e grotesca do que o trecho editado. O teor é cheio de heresias expressas com pomposidade naquilo que diz, uma situação totalmente ridícula. Mas, muito pior do que assistir isso, é saber que tantos ditos crentes aplaudem tal pregador e apoiam suas sandices fora daquele ambiente.

Em Deuteronômio 12.32 está escrito: "Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás". Ou seja, não posso pregar o que eu quero, do jeito que quero, não posso deixar de ser criterioso (a) ao ilustrar a pregação, só para fazer com que a platéia fique eufórica e realize as coreografias de "reteté", grite efusivamente e se comporte como avião que nunca voa. Não convém inventar um diálogo que a Bíblia não apresenta. Não há harmonia com o Evangelho de Cristo inventar coisas loucas, imaginar diálogos no Céu, extrapolar o conhecimento humano com a intenção de tentar descrever Deus. Não existe nas Escrituras licença para promover movimentos de emocionalismos vazios de espiritualidade. A Bíblia ordena pregar a Santa, Pura e Verdadeira Palavra de Deus, única e exclusivamente! Mais nada! Ir em contrário a tal ordenança nos faz pensar que é uma atitude que se iguala à tentativa do diabo estar acima da posição do Senhor.

Orar e vigiar sempre.

Que cada um de nós pare e medite mais na Bíblia, que todos os cristãos leia-a e não venha com aquela conversa de crente negligente dizendo "a letra mata"... Aquele que usa esse tipo de argumento é pior do que um ímpio e talvez precise se converter! Que haja foco nas Escrituras, oração e persistência na vigilância, porque orar e ler sem vigiar induz à queda, como aconteceu com Davi e Salomão. Vigiemos, oremos e meditemos na Palavra, para que possamos ser ovelhas atentas, distinguindo a voz do Senhor da voz de lobos.

Conclusão

Minha citação de Gálatas 3:3 no início dessa postagem tem o objetivo de causar reflexão. Se não vigiarmos, corremos o risco de iniciar bem a carreira da fé, caminhar no Espírito, entretanto, voltar a agir segundo os apetites da carne e ficar para trás no Dia do Arrebatamento, e lamentar para sempre condenados à punição eterna. 

Oremos em favor da igreja dita de Cristo. Temos visto nitidamente a dispersão de um povo sem interesse nas coisas do Senhor, focado em coisas do mundo, a andar em círculos pelo deserto como perambulou Israel.

Oremos. Peço a Deus em favor de tal preletor, para que se arrependa de suas atitudes inconsequentes ao usar o microfone nos púlpitos, tenha pudores e haja como verdadeiro ministro do Evangelho e volte ao primeiro amor; retome à conduta de anos atrás quando pregou a Palavra com bom senso. sem invencionices.

Se não somos defensores do Evangelho, apenas valorizamos a pregação de loucos ao invés de adorar a Deus, somos apenas um amontoado de religiosos infelizes e miseráveis, gente que não entendeu o propósito e eficácia do sacrifício de Cristo, e estamos condenados ao inferno.

Por ética, não menciono o nome do famoso líder religioso e deputado federal, que considero mais parlamentar do que pastor.

Concluo pedindo perdão aos leitores que consideraram haver algum excesso quanto ao meu modo de expressar o que expressei.

Que Deus continue a abençoar a todos!

quarta-feira, 4 de maio de 2016

O sinais se intensificando...

Armageddon in Alberta | 80,000 evacuate as ENTIRE city burns to the ground
Incêndio catastrófico força 80 mil a abandonarem suas residências. Autoridades apelidaram este incêndio de "inferno das chamas". Primeiro-ministro diz que "é absolutamente devastador".

A cidade canadense de Fort McMurray continuava esta quarta-feira sob a ameaça de um incêndio catastrófico, preveniram as autoridades, depois de mais de 80 mil residentes terem sido forçados a sair das suas casas.

Ainda não foram registadas vítimas do "inferno das chamas", como foi designado pelas autoridades canadenses, que se propaga ao longo da região das areias betuminosas de Alberta.

Mas os dirigentes do país já preveniram para a importância crítica das próximas 24 horas.

"Este incêndio é absolutamente devastador", disse o primeiro-ministro, Justin Trudeau. "É uma perda a uma escala que é difícil para muitos de nós imaginar", reforçou.

Os serviços de emergência de Alberta anunciaram pouco antes da meia-noite de terça-feira que toda a cidade de Fort McMurray, que tem cerca de 100 mil habitantes estava sob obrigação de evacuar. Acrescentaram posteriormente que a vertente norte do inferno estava a "crescer rapidamente".

Imagens da área ao longo da noite mostravam árvores a arder nas proximidades de autoestradas engarrafadas, com colunas de fumo negro a espalharem-se à medida que as chamas consumiam edifícios.

A premier Melissa Blake afirmou que as previsões sobre o que poderia acontecer excederam as piores expectativas.

"Esta é uma situação muito explosiva", avisou Bernie Schmitte, do Ministério da Agricultura e Florestas, acentuando: "Estes são incêndios catastróficos". O fogo já consumiu cerca de duas mil residências nas zonas mais exteriores da cidade e destruiu cerca de 10 mil hectares, detalhou.

Mais de 80 mil pessoas já saíram da cidade, situada 400 quilômetros a norte da capital provincial, Edmonton, segundo Scott Long, dos serviços de emergência de Alberta, com a área em torno do aeroporto a ser a única a não estar sob obrigação de evacuação.

O fogo é combatido por nove aviões-cisterna, uma dúzia de helicópteros e 250 bombeiros e os militares já foram colocados em alerta.

Desde às 08 horas locais de hoje (5 horas pelo horário de Brasília) que os voos sobre a cidade estão suspensos.

As companhias petrolíferas que operam na região, como Suncor, Syncrude e Shell, reduziram a atividade, para facilitar a retirada de trabalhadores não essenciais.

O fogo, que tinha sido contido até domingo a sul de Fort McMurray, foi conduzido para a cidade por ventos de 50 quilômetros horários, ajudado também pela seca que aflige Alberta.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS (05/05/2016): A província canadense de Alberta declarou nesta quinta-feira (5) estado de emergência devido ao incêndio que atinge os arredores da cidade de Fort McMurray.

Fonte: Diário de Notícias

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Cantinho dos Evangélicos - Oficial: O anjo do Senhor acampa-se ao nosso redor


Jardim em flores da especie Margarida.

É muito bom saber que nós, servos de Deus, não estamos desprotegidos e vulneráveis aqui no mundo. Muitas coisas ruins que acontecem no mundo são provocadas por Satanás, outras não.

Em meio ao caos desse mundo, em meio a tanta violência e desastre, o povo de Deus está protegido. Você e eu somos guardados o tempo todo, 24 horas por dia, isso não é maravilhoso?

Ué, mas quem é que nos guarda? ...

Continuação da leitura: O anjo do Senhor acampa-se ao nosso redor .

domingo, 3 de abril de 2016

Um outono sombrio para o Brasil


Um outono sombrio para o Brasil. João Cruzué. Ilustração: mulher jovem ora de joelhos, silhueta com a bandeira nacional do Brasil estilizada. "Se o meu povo, que pertence somente a mim, se arrepender, abandonar os seus pecados e orar a mim, eu os ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e farei o país progredir de novo" - 2 Crônicas 7.14 (NTLH)..

João Cruzué 

Estamos em abril de 2016. Pela tarde fui até a banca de jornal para comprar a Revista Veja; costume de mais de 10 anos. Voltei e fui fazer poucas coisas, pois hoje é sábado e devo descansar. O tempo está seco e faz calor lá fora. Eram 21:16 quando abri a Bíblia para ler uma palavra de Deus, terminei o texto agora, às 23:29. A página que se abriu na Bíblia foi exatamente no capítulo primeiro, do livro do Profeta Oseias. "E disse, pois, o SENHOR a Oseias: Vai e toma uma mulher de prostituições e filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR". Este assunto fez-me voltar à mente um pensamento que tive ontem. E se isto que está acontecendo, hoje no Brasil, for apenas o começo das dores de um período longo de infortúnios econômicos, políticos e sociais? Nós brasileiros somos um povo acostumado a levar a vida com bom humor, zombando e fazendo graça das circunstâncias do cotidiano, mas, sinceramente estou começando a ficar preocupado com a rapidez com que as coisas estão ficando instáveis. 

Quem for ler os jornais de hoje, vai ver que os Bancos brasileiros estão preocupados com o tamanho da dívida do Grupo Odebrecht. Eles já estão revendo suas posições de perdas, reservando vários bilhões para fazer face a um calote gigantesco. 

O perigo financeiro não vem da roubalheira institucionalizada que tomou conta do Brasil nos últimos 16 anos. Isto é apenas a consequência da falta de controle das autoridades responsáveis. E quando isto é a causa é preciso uma resposta muito rápida. Por volta do ano 2002, um grande escândalo explodiu na contabilidade de grandes empresas americanas (Xerox, Wordcom, Enron...). Bilhões de vendas fictícias estavam sendo contabilizadas, para forjar grandes lucros contábeis nos Balanços. Grandes lucros mantinham os bolsos de seus Administradores cheios de dinheiro proveniente de bônus. Poucas vendas = poucos lucros = poucos bônus! Para não perder bônus milionários, os executivos destas empresas forjavam grandes vendas no papel. 

Quando os grandes investidores (Fundos de pensão, multibiliardários árabes...) perceberam que seu capital estava aplicado em empresas que não possuíam controle/governança, deu início a uma fuga de capital. O valor patrimonial das empresas americanas começou a derreter rapidamente. Ninguém era louco de deixar seu dinheiro em um lugar tão mal governado. Daí, abreviadamente, o Governo americano sacou da gaveta um projeto de lei que estava mofando há pelo menos 10 anos para evitar o que se chama em economia de "estouro da manada". Mesmo desatualizada, a Lei Sarbanes-Oxley * foi sancionada com seus 1.107 artigos. Se esta resposta não fosse dada com rapidez, teria acontecido o maior desastre econômico do mundo nos Estados Unidos da América. 

O que aconteceu aqui com a Petrobrás, foi prevenido a tempo e evitado lá. Perda patrimonial por falta de governança, como se diz tecnicamente. 

Vou exemplificar o que acontece, quando os efeitos do descontrole e a desordem atingem as finanças de uma empresa. Não existe pior exemplo disso no mundo dos negócios do que o ocorrido com a Petrobrás, sob a (in)gerência de Dona Dilma Rousseff. 

Em 21 de maio de 2008, ainda sob o governo do Presidente Lula, a Petrobrás atingiu seu maior valor de mercado - R$ 510,4 bilhões de reais. Pela cotação do dólar do dia, (R$ 1,659), seu valor patrimonial em moeda americana era de 307,655 bilhões de dólares. 

Em 07 de março de 2015, a jornalista Gabriela Mello do Jornal Estadão publicou um artigo onde mostra que a Petrobras levou um enorme tombo patrimonial. O artigo diz que o valor da Petrobrás em 04 de março de 2016 caiu para 30,849 bilhões de dólares. 

Fazendo as contas: Se ela valia 307,655 bilhões de dólares em maio de 2008 e 30,849 bilhões em março de 2016, então esta queda patrimonial foi de 276,806 bilhões de dólares. 

Traduzindo: Se em 2008 você tivesse 1.000,00 reais e decidisse aplicar tudo em ações da Petrobras, e em 04 de março de 2016 você fosse vender as ações, você receberia apenas 100 reais. A metade disso pode ser considerada como perda de valor pela queda de preço do barril do petróleo, mas a outra metade foi simplesmente desgoverno

Quando grandes investidores descobrem que uma quadrilha de raposas foram colocadas para tomar conta do galinheiro, eles retiram seu dinheiro o mais rápido que puder. 

Só que a Petrobrás é apenas um de milhares de "galinheiros" que estão sob a administração de raposas no Brasil. No rastro da Petrobrás, estão caindo as grandes empreiteiras brasileiras, Bancos, Construtoras, etc. A Odebrecht, por exemplo, é um caso estupefaciente. Ela deve hoje a "ninharia" de 100 bilhões de reais, segundo a blogueira Natuza Nery em artigo recente na Folha de São Paulo. Deste valor, os Bancos brasileiros são credores de R$ 35 bilhões. Sobrou para os Bancos. 

- Caro blogueiro cristão, o que tem a ver estes números com o Livro do Profeta Oseias? 

Eu já vou responder. 

De acordo com o pensamento que veio à minha mente. Quando as empresas ficam muito endividadas, elas perdem a sustentabilidade nos negócios. Deixam de contratar, e começam a desempregar. 

Quantas grandes empresas brasileiras você pensa que estão desempregando ou deixando de contratar no presente momento? Não me arriscaria a dizer, mas o acompanhamento do desemprego no CAGED está trazendo um frio na barriga dos Economistas. 

Quando o desemprego aumenta, as vendas caem. Quando as vendas caem, os governos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) arrecadam menos impostos, mas se esquecem de cortar os gastos. Assim começa um ciclo vicioso, com a Economia do país descendo a ladeira. 

As Igrejas serão as primeiras a sofrer o impacto do desemprego. 

Um fator ainda pior vem juntar-se à situação econômica ruim. Pela primeira vez, depois de 54 anos, temos uma situação política com potencial explosivo para conflitos sociais no Brasil. 

Há uma Presidente que não governa. Com receio de ser apeada do poder, pede socorro ao seu mentor e aos movimentos radicais e sindicatos de esquerda que cresceram sugando as tetas dos cofres públicos. O Brasil pode ir inteiro protestar nas ruas contra, todavia, o Governo atual da Presidente Dilma não vai ouvir nem recuar um milímetro. 

A Presidente e os que dão sustentação a seu governo já decidiram que ou ficam ou ficam; que se danem os que não estão com eles. Com a desculpa de que outros também roubam, não aceitam entregar o poder, mesmo sendo responsáveis por terem quebrado a Petrobrás e as outras empresas que estão a caminho do brejo. Há um grave risco de estouro da inflação e que falte mercadorias para comprar nos supermercados. Se houver conflitos nas ruas, a primeira coisa que acontecerá são os saques em estabelecimentos comerciais. Somando descontrole com conflitos o resultado não são coisas fáceis de se entender. 

Diante destas circunstâncias, há dois tipos de previsão. A legalidade vai prevalecer e o governo atual vai entregar o poder. A outra saída para o imbróglio em que o Brasil está encalacrado seria o evento de eleições majoritárias ainda em 2016. Este seria o caminho pacífico. 

Todavia, se em lugar da paz, Deus permitir que haja uma ação de poderosos anjos malignos ávidos para insuflar o ódio e a loucura no coração da sociedade - e aí? Bem, infelizmente, isto já aconteceu no passado, inclusive, em países de credo evangélico. 

Já pensou no SENHOR, neste momento, olhando para o Brasil e vendo aqui a mesma situação que acontecia no reino de Israel, nos dias da chamada do Profeta Oseias? 

Diga-me com sinceridade: Como você vê, hoje, a atitude das grandes lideranças das Igrejas Evangélicas no Brasil? Você acha que elas estão preocupadas com evangelização, missões e fazer a vontade do SENHOR? Ou desconfia que elas estão mais ocupadas com projetos políticos, econômicos ou de perpetuação no poder? Hã? 

É por isso que estou receoso. A semelhança do que aconteceu em 11 de setembro de 2001 no Estados Unidos, também não é impossível que DEUS permita algo ruim aqui, para fazer com que seu NOME seja honrado e glorificado e não desprezado pelos ímpios e descrentes, por causa do mau testemunho daqueles que deveriam ser santos. 

De todo coração não desejo que este mal venha bater a nossa porta e nos tirar a paz. 

Por isso, vou orar mais e rogar a misericórdia do SENHOR, para que livre nossa nação dos planos do diabo. 

Louvado seja o nome do SENHOR!  

Comentários: eu também aceito críticas, desde que não sejam anônimas. 

* - http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=312

terça-feira, 29 de março de 2016

E Depois?

"E Depois?" da série de folhetos "Conheça Jesus". Norbert Lieth. Imagem: Nenem e senhora idosa sorrindo.
Ao, final do curso, um velho professor perguntou a um dos seus alunos:

— “O seu curso está terminando, não é verdade?”

— “Sim, professor”, respondeu o aluno, “amanhã vou receber o meu diploma”.

— “O que você vai fazer agora?”

— “Bem, vou fazer a pós-graduação, mestrado, etc... depois penso em casar, juntar fortuna. Serei o melhor naquilo que faço e o meu nome será sinônimo de sucesso”.

“E depois?”

— “Depois, mais tarde, vou me aposentar, ter uma vida mansa. Vou aproveitar para conhecer o mundo...”

— “E depois de tudo isso?”

— “Professor, creio que chegará o dia em que vou morrer...”

— “E depois?”

“Depois...”

Quando a conversa chegou nesse ponto o aluno não soube responder mais. E você, amigo, sabe a resposta? Sabe o que acontecerá depois?

Se observarmos, por um momento, as idéias do jovem, concluímos que a maioria das pessoas pensa de modo semelhante, talvez, incluindo você, não é mesmo?

Normalmente ouvimos alguém dizer: “Vou fazer isto e aquilo...”; “Vou a tal lugar...”. Essas palavras trazem à lembrança um relato que encontramos no Evangelho de Lucas, onde lemos: “O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas 12.16b-20).

Esse homem havia traçado grandes metas, planos ambiciosos para a sua vida, porém, sua confiança estava baseada em um tesouro equivocado.

A Bíblia nos diz: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mateus 16.26). Portanto, o que você fará após a leitura dessas linhas? Continuará negando e rejeitando a Deus?

Qual será a sua decisão? 

A Palavra de Deus mostra de modo muito prático: “É muito fácil andar pelo caminho que leva à perdição, porque ele é largo e há muitos andando nele! No entanto, é muito difícil andar pelo caminho que leva à vida, porque ele é muito estreito e são poucos os que o encontram!

O que você fará?

Continuará andando pelo “caminho largo” por onde andam os que rejeitam a Deus e não se interessam por aquilo que Ele diz? Ou seguirá pelo “caminho estreito”, onde andam os que reconhecem a Jesus como Salvador e Senhor de suas vidas?

 Jesus diz: “Quem crê em Mim – o Filho de Deus – não será condenado pelo Pai, “...mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus”(João 3.18 – NVI).

Ponha a sua fé e confiança em Jesus e receba a vida eterna e a esperança que Ele lhe proporciona. Peça que o Senhor perdoe os seus pecados e aceite-O como Senhor e Salvador da sua vida. Não espere mais, faça-o agora mesmo e poderá ver o poder de Deus trabalhando em você!

Assim, você obterá a resposta à pergunta: “E depois...?”

Extraído do Folheto "E Depois..." da série de folhetos "Conheça Jesus" por Norbert Lieth.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Jesus vive! Mensagem especial para o domingo da Páscoa


Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação - Romanos 4.25. Neiva Silva. Páscoa. Sexta-feira Santa. Ressurreição de Jesus Cristo. Belverede.


Por Neiva Silva

Nós cristãos estamos a TODO TEMPO falando de tudo quanto Jesus realizou e tem realizado em favor da humanidade. Não temos uma data específica para lembrarmos que Ele deixou o lar celestial, doou a sua vida morrendo por nós na cruz, ressuscitou e hoje vive e reina para sempre.

O apóstolo Paulo por intermédio de Jesus assim nos recomenda:

“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a Palavra, esteja preparado A TEMPO E FORA DE TEMPO, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja moderado em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério” -  2 Timóteo 4.1-5.

Coroa de espinhos. By  Waldryano. Jesus vive! Páscoa. Neiva Silva. http://belverede.blogspot.com.br
Que a data de hoje onde se é lembrado que Jesus morreu na sexta-feira e ressuscitou no domingo de páscoa, sirva de reflexão para aqueles que ainda se encontram longe do aprisco do Senhor Jesus. Pois Ele hoje os chama “vinde a mim”. Não tornemos o episódio da crucificação e ressurreição num ato a ser lembrado apenas nestes dias, pois quando Jesus derramou a sua vida, Ele o fez para resgate de muitos.

“Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” -  Mateus 20.28.

Ele nos chama para vivermos uma vida de retidão e santidade a qual só podemos ter se estivermos Nele. “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” - João 15.4, 5.

Se você ainda não confessou que Jesus é o Senhor de sua vida, esta é a sua oportunidade. Pois hoje é o dia de ser salvo. “Pois Ele diz: ‘Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação’. Digo que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!” -  2 Coríntios 6.2.

Conclusão

Jesus veio para isso, para doar sua vida, por amor à humanidade que estava completamente perdida e sem nenhuma expectativa de fazer parte da família de Deus. Com o amor doador de Jesus, todos hoje têm a possibilidade de pertencer a Ele. O que devemos lembrar com afinco é que somente àquele que aceitar a obra que Ele realizou, confessando-o como seu Senhor e Salvador é que será salvo.

“Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” - Mateus 24.13.

__________

Veja mais em Belverede:

O significado cristão da Páscoa 

O significado cristão da Páscoa - conclusão


Ele Vive!

False-Easter-Bunny-coelho-da-pascoa-falso- Jesus-Cristo-vive-ressuscitou-verdade-e-vida normal- Christ-lives-resurrected-truth-and-normal-life

O artigo passou por atualização, quando se fez necessário abrir nova página para o mesmo aqui neste blog: O real sentido da Páscoa. Agradecemos sua atenção.

Páscoa, qual é o significado dela para você?

A Páscoa é apenas um período do ano para você saborear chocolate, vendidos em embrulhos coloridos? Não é preciso sofrer, deixar de comer os ovos de chocolate, sentir a vontade e não se satisfazer. Além de saborosos, os ovos são alimentos nutritivos também. Então, coma-os em família e agradeça a Deus por esta comida prazerosa. Mas jamais se esqueça que a Páscoa celebra a libertação.

Primeiro a liberdade do povo judeu,  que escapou da escravidão no Egito através do socorro de Deus. Depois, a oportunidade da humanidade experimentar a plena libertação das guarras do diabo. Todas as almas que reconhecem a Jesus Cristo como Salvador e Senhor estão livres da escravidão diabólica. Confira na Bíblia: João 3.16; Atos 4.12.

Aproveite essa ocasião para desfazer as mentirinhas. Coelhos botam ovos de chocolates? Não iluda as crianças com essa estória sem nexo. "Quem diz a verdade manifesta a justiça"
(Provérbios 12.17).

Jesus disse para Nicodemos: "Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo".
(João 3:7). O renascimento da fé é uma figura de linguagem, que significa mais do que crer em Deus, é viver com Ele e para Ele, sabendo que depende dEle para estar vivo, ativo, saudável, inteligente, feliz de verdade e pronto para ir morar no Céu.

Jesus ressuscitou para eu e você renascêssemos em Cristo! "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". (2 Coríntios 5:17).

domingo, 20 de março de 2016

Não te indignes

Indignado, Pedro corta a orelha de Malco.



NÃO TE INDIGNES


O Brasil tem passado por dias difíceis.

O mundo tem passado por dias difíceis.

Para quem está “antenado” com tudo o que se passa na mídia, seja jornais, TV e internet sabe do que se está falando...

Em face a tanta fome, doenças, acidentes, corrupção, mentiras e muitas coisas mais, impossível não sentir nada... Difícil não se indignar!

Esta semana muitas pessoas no Brasil ficaram indignadas, incluindo eu, pois março é o mês do meu aniversário e ninguém gosta que o “seu mês” seja “maculado”, não é? (rs...).

No meu caso pessoal, já basta meu pai ter morrido um dia depois de meu aniversário de 21 anos, o que me trás tristes lembranças... Que é hoje compreensível, porque ele tinha uma vida boêmia e fumava QUATRO MAÇOS POR DIA do cigarro Beverly – sem filtro - “carinhosamente” chamado de “estoura peito” na época!

Mas voltando ao nível de País... É muito injusto o que o governo tem feito com este povo alegre, humilde e simples que aqui vive.

A Bíblia diz: “Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” - Provérbios 29.2.

 Já faz muito tempo que o povo brasileiro tem somente uma falsa alegria com as bebidas, futebol, carnaval, drogas, idolatria, etc.

Esta semana tudo extrapolou no entendimento de muitos, outros já esperavam por isso. E as previsões não são boas.

Isto gerou imita INDIGNAÇÃO!

E de um simples sentimento lícito, muitos passaram para o xingamento (claro, temos tido muitos exemplos chulos vindo da boca suja de nossos políticos), o ódio, o desejo de vingança, a incitação à violência e por aí vai...

Sabendo da natureza humana Deus nos deixou estes versículos:

“Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade.”- Salmo 37.1

“Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal.” - Salmo 37.8;

Interessante... estes dois versículos se encontram no mesmo capítulo do Salmo 37 que nos trás tantas promessas de vitória, alegria, paz, prosperidade! Mas (e sempre tem um, mas...) SE o servo de Deus obedecer as Suas ordenanças.

Deus não dá outra forma de vencer senão a de nos conformarmos (tomarmos a mesma forma) mansa e humilde, cheia do Espírito Santo, como Jesus nos ensinou e demonstrou. Então, não nos conformemos com o presente século, recusemos a agir, falar ou pensar como as pessoas que não têm um relacionamento pessoal com o Senhor fazem.

“Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.” - Tiago 1.20.

Nestes momentos difíceis pelo qual toda a Terra passa ao se aproximar da volta de Jesus, mais e mais é urgente e necessário VIGIAR E ORAR para que não entremos em tentação através das distrações e percamos o foco que é:

1. Amar a Deus sobre todas as coisas.

2. Amar ao próximo como a nós mesmos.

Se vencermos nossa velha natureza dia após dia já estaremos dando um bom exemplo para as futuras gerações de que Jesus, que é TUDO em nós, nos dá forças para prosseguir e nos garante uma VIDA ETERNA com ELE onde nunca mais saberemos o que é sentir indignação carnal.

“Maranatha! Ora vem Senhor Jesus!” – 1 Coríntios 16.22b; Apocalipse. 22.20.

Toda glória só a Deus.

Tânia Guahyba.

Belo Horizonte, 20/03/2016.

domingo, 13 de março de 2016

Igreja Luterana de Istambul - Conto


Igreja Luterana de Istambul


      Abortar, mascarar e submergir.

      Doravante essas palavras ecoarão em meu coração como uma canção de Satã. Abortar, mascarar e submergir. Muito simples e executável para alguém pacificado no centro de uma suíte refrigerada, vinte seguros andares acima da cidade, no hotel cinco estrelas Marmara Taksim.
      A cidade – Istambul. Constantinopla de vielas e Audis, do moderno e do antigo, encruzilhada de civilizações, encruzilhada da civilização.
      A missão fora gestada durante três meses. Todas as possibilidades pesadas, as variantes, as eventualidades. Basicamente um avançado sistema de direcionamento de mísseis, uma das muitas tecnologias que faltam ao país para dominar verdadeiramente a tecnologia aeroespacial. Para colocar melhor e também colocar melhores satélites em órbita. E, claro, construir melhores armas no processo.
      O país é o Brasil, eu sou ou era um agente da ABIN, divisão especial ASR, de Ações Sob Risco, nome insosso para o nosso incipiente serviço de operações estrangeiras.
      A tecnologia era iraniana – isso mesmo, iraniana. Estava à venda no mercado negro global, e alguém na inteligência brasileira avisou seus superiores, um deles achando por bem comprá-la.
      O encontro fora marcado pela Deep Web, a web negra e relativamente imune à bisbilhotice da NSA e outras agências de espionagem. Cinco milhões pela tecnologia, uma pechincha, mas o superior que mandou comprá-la teve problemas para arrumar a quantia. Brasil...
      O vendedor, pudemos apurar, era um dissidente religioso, cientista ligado à religião Fé Bahá’í, muito perseguida no Irã. Parece que o cara quis dar o troco, embora a religião, segundo palavras de nosso analista, ‘prime pelo pacifismo’. Bem, eu não sou psicólogo ou especialista em religiões comparadas, só cumpro missões. Um pacote em troca do dinheiro, troca rápida numa loja de tapetes, pacotes novamente trocados a 50 metros, para despiste, repassados 300 metros depois para outro agente, que pegaria o pacote a partir de um veículo em movimento.
      Os escolhidos fomos eu, Pip e Eric, a quem chamávamos de Chaparral, além de um outro elemento, franco-atirador da ABIN de Brasília, a quem eu não conhecia, e de codinome Lampião (na ASR, todos deveríamos adotar pseudônimos, nomes de guerra que deveriam ser usados nas operações.  Assim Marcelo virou Pip, e Eric, Chaparral. Eu, Sammis, virei Sam; sim, óbvio demais para um codinome que objetivava exatamente esconder minha identidade. Questionado por meu superior, quando da escolha do codinome, redargui: “Em nosso mundo, senhor, o óbvio é sempre o mais inacreditável.” Ele sorriu e não me perturbou mais sobre isso).
      Chaparral era agente experiente em ações e um exímio atirador, mas coube a Pip a função de primeiro elemento, por sua longa experiência no Oriente Médio e seu domínio do farsi e de línguas semíticas. Eu seria o elemento de meio, ou seja, pegaria o pacote das mãos de Pip e me dirigiria para uma rua próxima, passando o material para Chaparral, que de carro o levaria para o ponto de extração, onde três outros agentes aguardavam.  Coordenando a operação, o ex-delegado da PF Simeônides Faria, agora chefe de operações da ASR (segundo as más línguas, não por suas competências, que eram algumas, mas principalmente graças às suas boas relações com o partido no poder).
      Tudo que deveria ser discutido já o fora – o perigo de lidar com iranianos, o perigo de comprar tecnologias vetadas e monitoradas pelos americanos e suas vadias, o perigo de o serviço secreto turco ser alertado.
      Minha parte consistia em sair da estação de metrô no momento combinado, em meio à multidão do horário de rush, e andar em direção à loja. Pip sairia dela com o material, cruzaria comigo e trocaríamos de pastas, idênticas. Nossa cobertura era um único atirador, situado a uma distância grande demais – mas a única possível. E vulnerável, pois a ocultação de sua presença era problemática. Tudo precisava ser muito rápido.


      Já subindo as escadas, vindo da estação de metrô, pude ouvir os tiros e a multidão que corria em todas as direções, incapaz de atinar para a origem dos disparos. Instintivamente coloquei a mão na Glock sob meu paletó. Avaliei como pude o perímetro: nada, apenas pânico e terror. Fixei na loja à 50 metros, apressei o passo.
      Pip rompeu pela vidraça lateral da loja, com a pasta enfiada sob um dos braços. Caiu ao chão, imediatamente levantando-se e disparando para o interior. Um homem saiu pela porta, mas antes que pudesse fazer mira em Pip eu já lhe dera três tiros.
       – Pip! Por aqui!
       – Sam! O Mossad! Onde está o atirador???
      Notícia lúgubre, caindo como uma granada, não de estilhaços em chamas, mas de ecoante gelo em meio ao tiroteio. O serviço secreto de Israel, os melhores assassinos, não eram necessariamente nossos adversários, mas inimigos de morte dos iranianos. Mas também dos iranianos traidores? Ou talvez não soubessem? E onde estava nosso maldito atirador?
      Fugimos por entre a multidão, sendo perseguidos por um outro homem saído da loja e aparentemente outros três elementos, sendo dois homens e uma mulher.
      – Você foi seguido? –, perguntou Pip enquanto corríamos despistando nossos perseguidores.
       – Não  – respondi.
      –  Pois tome a pasta, siga para o ponto indicado, creio que somente a operação na loja foi comprometida.
      – Mas afinal o que houve lá?
      Após entrar na loja, ao avistar o cientista, cujas roupas batiam com a descrição combinada, Pip fez-lhe um sinal. Ele aproximou-se um tanto melindrado, e ambos trocaram os pacotes: a grande mala de dinheiro que Pip levava pela pequena pasta do iraniano. Imediatamente foram rendidos por um dos ‘vendedores’ da loja de tapetes, e um casal de ‘turistas’ que até então pareciam insuspeitamente observar as mercadorias. Pip entregara a mala a um dos turistas, mas aproveitando-se de um descuido da mulher, numa manobra envolvente agarrou-a por trás ao mesmo tempo em que segurava seu braço armado, direcionando o disparo instintivo dela para o abdômen de seu companheiro. Em seguida puxou-a para trás, e ambos caíram por trás de pilhas de tapete, fora da alça de tiro do elemento que disfarçara-se como vendedor. Pip sacou rapidamente sua arma, mesmo sendo acotovelado pela mulher, disparou à queima-roupa contra a nuca dela, levantando-se de um salto e disparando contra o vendedor. Iniciou-se a troca de tiros, e Pip aproveitou um momento de disparos que obrigou seu oponente a abrigar-se, para romper pela vidraça lateral. Percebera que era o Mossad pelo grito da mulher, no momento em que a agarrara: ela pediu, em hebraico, para seus companheiros atirarem neles dois.
      – O cientista estava lívido. Lívido demais, tremia demais – continuou Pip enquanto corríamos. – Ao vê-lo, soube logo que algo estava errado.
      Pip me deu a pasta, mas imediatamente aportaram à nossa frente outros dois agentes, de armas em punho. O plano de separar-nos fora comprometido também. Fomos obrigados a disparar em meio à multidão, pois os agentes dispararam contra nós.
      No novo pânico reinante, entramos por uma loja de carnes e saímos pelos fundos. Peguei a pasta, mas pedi a Pip para ignorar o protocolo e não nos separarmos. Aquela era a última missão dele, antes de ser realocado para a academia de formação de agentes, e ele já não era nenhum moleque. Ele refletiu por um momento, coisa rara nesses três anos em que atuamos juntos. E assentiu. Continuamos nossa fuga por uma rua contígua aos fundos da loja de carne, em direção à rua onde Chaparral passaria. Estávamos em cima da hora.
      Chegamos à rua atrasados, Chaparral acabara de passar, mas nos vira pelo retrovisor. Percebeu que acontecera algo, pois o plano era Pip fugir em outra direção, e eu chegar ao ponto de encontro sozinho. Mas era um bom agente, ou um idiota, dependendo de que lado e em que lugar está aquele que avalia.  Deu marcha à ré, e entramos no carro.
      – O Mossad apareceu, a operação foi comprometida. Mas temos a pasta. Atingimos três agentes deles.
      – Maldição! Já avisaram o ninho?
      – Ligarei agora.
      Liguei para o ninho, ou seja, para a suíte de onde nosso diretor coordenava a operação.
      – Anu voando para o ninho. A raposa atacou os pássaros, mas salvamos os ovinhos.
      – Onde você está, anu?  Como está a ninhada?
      – Completa e reunida, ninho. Migrando para o oceano neste momento.
      Houve um silêncio de oito ou nove segundos do outro lado, que psicologicamente durou como alguns minutos.
      – Abortar o voo, anu. Repito, abortar o voo. O oceano está poluído.
      – Mas como, ninho? Quais as instruções?
      – Operação comprometida. Abortar, mascarar e submergir. Repito: abortar, mascarar e submergir.
      Quedamos em silêncio enquanto Chaparral dirigia pelas ruas movimentadas de Istambul, agora indo em direção à parte nova da cidade.
Então fomos abalroados, por um furgão que surgiu de lugar nenhum avançando em direção à porta direita do veículo. Nosso carro fez menção de capotar, mas elevou-se como num cavalo-de-pau e caiu novamente. O lado abalroado era o lado de Pip (eu sentara-me no banco traseiro), que, sempre ágil, imediatamente começou a disparar contra o veículo agressor. Saltei do carro pelo lado esquerdo e disparei também, no que fomos brindados com mais tiros. A pasta, ela deveria estar com escutas ou um sinalizador. Que idiotas! A simples menção da palavra Mossad parece ter nos ‘emburrecido’ ou pior, inadmissivelmente apavorado, e nem nos perguntamos sobre a segurança da pasta.
      Chaparral saíra do carro, e juntos atravessamos a pista movimentada, saltando por sobre a mureta de concreto que separava as duas mãos da via, indo em direção a um pequeno conjunto de dutos de esgoto.
      – Algo está errado! O atirador não estava lá, mas antes de entrar na loja certifiquei-me à distância de sua presença e posição – disse Pip.
      Chaparral sangrava do ombro, logo ele que pouco participara dos tiroteios fora atingido.
      – Fujam, eu vou tentar atrasá-los. Estou com um mau pressentimento, não busquem auxílio diplomático ou da ASR, tentem sair do país por conta própria – disse Pip.
      – De maneira nenhuma, senhor! O senhor fugirá, eu fico para despistá-los. Deus, é sua última missão! – retorquiu Chaparral.
– Vão, idiotas! E não confiem em ninguém! Esses planos valem muito mais que cinco milhões. Talvez tenhamos sido vendidos!
      Outra estrofe da canção de Satã, de que falei no início deste relato, outro trecho que ele usaria em meus dias maus para me acordar e ver-me chorar a seco: “talvez tenhamos sido vendidos.”
      Isso explicaria o sumiço do atirador, os agentes do Mossad, o carro, e principalmente a forma como o diretor falara, sua frieza, seu quase “danem-se aí, idiotas”.
      E a escolha de Chaparral para esta missão... Chaparral caíra em desgraça diante do próprio diretor da Abin, por recusar-se a matar durante uma operação de queima. Coisa simples, em território nacional. Foram duas as ‘recusas’ consecutivas de Chaparral, e ele estava na ‘geladeira’. Por que fora enviado para este caldeirão fervente? Então o próprio diretor da ASR estaria envolvido? E por que não desconfiei dessa sujeira toda?
      Com Chaparral na retaguarda, seguimos os dutos em direção a uma bifurcação, seguida por um viaduto. Eu trazia a pasta, abrira-a ali, recolhendo os papéis, enfiando-os numa embalagem de biscoitos ou coisa parecida, que encontrara pelo chão, e desfazendo-me da pasta. Em seguida entramos por baixo do viaduto, correndo entre os carros.
      Ao sairmos do outro lado, outros perseguidores desceram de um Corolla prata e dispararam contra nós. Chaparral e eu saltamos para trás de veículos que passavam lentos no engarrafamento; Pip, que vinha atrás cobrindo nossa retaguarda, só teve tempo de virar-se para receber sua bala no peito.
      Mesmo ferido, Chaparral correra agachado entre os carros, rapidamente pondo-se em posição de flanquear nossos oponentes. Percebi sua intenção, e Pip não gostaria que eu fizesse algo diferente: levantei-me disparando com tudo que podia, dando cobertura à manobra de Chaparral. E ele emergiu quinze metros além de onde estávamos, exatamente na lateral dos atiradores, que foram alvejados rapidamente.         
      Algo grande e ruim estava em andamento, eram muitos opositores, ATÉ MESMO PARA A CAPTURA DE UM PLANO DE DIRECIONAMENTO DE MÍSSEIS. Abaixado sobre Pip, segurei em sua mão: não conseguia falar mais nada, meu amigo e mentor partia impedido de sua última palavra.  
      Maldito trabalho, maldito dia em que deixei a polícia para entrar neste lodaçal. Ao menos como policial eu morreria em casa, e não do outro lado hostil do oceano.
      – Sam! Fuja para o metrô, eu irei em direção ao porto! Vamos submergir!
      – Está bem! Tome cuidado! Lembra daquele dia no Panamá, os contêineres de carne? Tente fugir da mesma forma!
      Corri em direção à estação de metrô. Sirenes tomavam de assalto os ouvidos; ambulâncias, bombeiros, policiais em suas viaturas brancas com faixas azuis onde se lia um agora onipresente POLIS completavam a medida de nossos olhos. E mais disparos.
      Enquanto corria, subi no capô de um carro para observar. A polícia atirava contra Chaparral, que correra na pior direção, em sentido contrário ao tráfego, dando de cara com as viaturas. Ele não se renderia, ele tinha aquela coisa idiota e romântica do espião, sempre sonhara com esse trabalho de merda. Morreria atirando, esfaqueando, mordendo se pudesse. Morreria com aquele sorriso de deboche, aquele sorriso que me fazia sempre confiar em sua coragem. Agora estava sozinho.
      No metrô eu ficaria encurralado como um rato, as estações poderiam simplesmente ser bloqueadas. Precisava de uma outra saída.
      Em nossa profissão maldita, o óbvio é o mais inacreditável. Andando apressado entre um conjunto de edifícios comerciais, li uma inscrição em turco, Istanbul Luteryen Kilisesi, que nada me disse, mas logo abaixo ela tinha a legenda, em letras menores, agora inteligíveis pelo meu regular alemão: Istanbul-Lutherischen Kirche, Igreja Luterana de Istambul.
      A última vez em que entrara numa igreja fora antes de assassinar o primeiro homem, em minha primeira operação pela ABIN, na cidade paraguaia de Hernandarias. Naquela operação vi que não poderia conciliar minha fé e minha profissão, embora tantos o façam. Instintivamente sabia que cristão algum deveria portar armas, mas até ali tentava contextualizar, meu pastor era policial militar, eu fora um, e havia outros tantos. Grande lástima, são idiotas mentindo para si mesmos e para idiotas. Mas não existe um Deus idiota, um Deus que possa ser engabelado. E como mentir para mim mesmo? Abandonei a fé, lutei com todas as minhas forças para deixar de pensar nela, deixar de torturar-me por matar, por torturar, por mentir por profissão e interesse.
      Agora, cinco anos depois, exausto num país muçulmano, uma casa de Deus é tudo o que eu tenho para abrigar-me, tudo o que eu tenho para dar esconderijo às minhas mentiras e armas. Deus, que caminho tomei, que caminho tomei...
      Eram já dezoito e quinze. Algumas pessoas estavam assentadas nos bancos; um homem à porta me observou a entrar e veio abraçar-me, numa saudação tipicamente turca. Ele percebeu meu constrangimento ao abraçá-lo, mas não era por timidez ou por estar suado e fedendo: tentava evitar que ele sentisse a arma sob meu paletó.
      Sentei-me na penúltima fileira de bancos, do lado direito. Ajeitei a gola, abaixei a cabeça. Ficaria ali até terminar o culto, eventualmente iria ao banheiro e lá tentaria encontrar um espaço ou local onde pudesse esconder-me em silêncio até o dia seguinte. Ou solicitaria abrigo ao pastor, me faria de mendigo ou imigrante em trânsito para a Europa. Falava apenas alemão e inglês; torci para que ele pregasse em alemão e não em ou não apenas em turco.
      Após longos vinte e sete minutos, um jovem achegou-se ao púlpito e proferiu algumas palavras em alemão. Em seguida chamou um grupo de três mulheres, duas senhoras e uma jovem, as quais cantaram. Eles não usavam microfones nem aparelhagem alguma de som, e convidaram todos os presentes a se achegarem para os primeiros bancos, para que pudessem ouvir melhor o culto. Declinei do convite com um aceno de mão, e com alívio percebi que outros dois homens declinaram também.
      Enquanto cantavam, pus-me a refletir não sobre aquele dia miserável, mas sobre a coletânea de misérias que me levaram até ali. Minhas escolhas, minha carreira, minhas ‘conquistas’, cujos prêmios eram meus dois amigos mortos, cujo prêmio fora uma traição, cujo prêmio fora estar sendo procurado por serviços secretos de no mínimo três países. Sim, eram comendas, minhas medalhas de lata: Semi, sub vivo, sozinho e longe de todos que conhecia.
      Era o fim da festa e eu estava nu: Um abortado, um mascarado, um submerso no inferno que a vida tinha pra oferecer. Que tal? Escolhi viver pela espada: Cristo disse que morrerei pela espada. Por que não me levanto de uma vez e vou lá para fora ser morto por israelenses, turcos ou brasileiros que vendem brasileiros?
      Um senhor subiu ao púlpito, todos se levantaram. Levantei-me também. Ele procurou por instantes um trecho em sua Bíblia, e começou a ler.
      Se você é ou já foi um cristão, notadamente um cristão evangélico, deve estar familiarizado com o fato de que Deus fala poderosamente em momentos assim. São mesmo os momentos eleitos. Em meu coração imaginava que Ele não perderia a oportunidade, e faria o homem pregar sobre algo como as agruras do filho pródigo. Mas o Deus-que-não-desiste foi ainda além: o trecho lido era de Gênesis 37, versículos 12 a 36. José sendo lançado num poço, e depois vendido por seus irmãos. Esperava por acusação; ouviria o relato sobre o sacrifício de um inocente, a traição e o degredo.
      Eis-me no poço, eis onde todas as minhas boas intenções me trouxeram. Como li certa vez, e jamais me esqueci: todos os caminhos levam ao tribunal de Cristo. Não sou o fiel José, sou um qualquer que trocou Cristo pela fruição que o mundo apostou na mesa, aposta que ele me fez vencer, e que ele venceu: seria eu homem o suficiente para transformar essa situação, esse literal fundo do poço, em algo benéfico para mim, para mais alguém?
      Esforçando-me para compreender a mensagem, pensava também no que faria. Poderia tentar voltar ao Brasil, descobrir o que acontecera, vingar-me se possível e caso os fatos realmente concretizassem nossas suspeitas. Mas nesse caso, as chances de eu ser morto, no Brasil ou a caminho, eram incomparavelmente maiores.
      Tinha o dinheiro, a conta secreta em Luxemburgo. O falsário em Marselha, especializado em documentos sul-americanos. Ele poderia confeccionar-me documentos de fina falsificação, e dali eu poderia tentar recomeçar, como o filho de Jacó, num ‘Egito’ a escolher, embora com o vingativo Mossad e outros em meu encalço.
      Poderia também jogar alto no velho jogo sujo: tentar revender no mercado os papéis (que tipo de cientista idiota não digitalizaria isso? Medo do poder rastreador (on e off line) da NSA? Das novas granadas de pulso eletromagnético, que se dizia que os americanos já possuíam, e eram capazes de apagar informações de discos rígidos, pendrives e, claro, inutilizar quaisquer parafernálias eletrônicas?). Ou poderia, mesmo traído por parte de meus ‘irmãos’, de alguma forma entregar a tecnologia ao Brasil, dar-lhes o tão almejado trigo. Como José.
      De lapsos em lapsos, deixava de prestar atenção no sermão para juntar os cacos de ideias e traçar meus planos, sempre três, o velho A, B, C. Como em tantas outras vezes, mas agora de uma maneira anabolizada, o tempo oferecia-se como meu inimigo, ou só mais um deles, só mais um dos gigantes que me encurralavam. Defini as três opções.
      O plano A: sair da Turquia, entregar os papéis nalguma representação diplomática num dos países circunvizinhos (três cópias entregues em representações brasileiras em três países diferentes), sacar o dinheiro em Luxemburgo, providenciar documentos falsos, e seguir a sina do traidor, fazer o que fazem traidores quando descobertos: mascarar & submergir, abrigar-me nas sombras. E tentar fazer o que tantos e tantos traidores não tiveram oportunidade, tempo hábil, a singeleza da coragem: Abandonado pelos meus mas abalroado por uma nova chance, encontrar um lugar seguro e voltar para o aprisco deste Deus que não trai. E viver em paz com todos, se possível for.
      O plano B era a direta antítese do A: Simplesmente alcançar de uma vez o fim merecido, o fim dos que vivem pela espada. Sim, abandonar a igreja e ir para fora combater meus perseguidores. Disparar com o abrasante prazer da fúria cada tiro, os tiros derradeiros de minha perícia, e fruir sua doce canção; e tombar no chão sarraceno como meus amigos.
      Se a política é o jogo sujo por natureza, a geopolítica é o poker dos satanases. Quanto ao Brasil, os partidos no governo mudam, mas meu país nunca teve arroubos imperialistas; possui mesmo uma divertida, embora nobre, inabilidade para a vilania. Porém precisa defender-se, defender-se dos chacais. Precisa de informação, o tipo de poder mais básico, molecular, elementar. O plano C seria então um complemento do A; ou melhor, de meu plano de redenção e de meu plano de perdição, seria a síntese: Pois eu posso conseguir informação. É o que sei fazer de melhor. Agora livre das amarras institucionais, que, embora poucas, sempre foram algo sufocante nesse ramo, posso oferecer minha vida em holocausto, e militar até o último suspiro, até que o Mossad ou qualquer me alcance. Ajudando meu país de dentro das sombras. De dentro do Egito. E mais, posso ajudar nações miseráveis a identificar seus inimigos, seus exploradores e manipuladores. Seguir de uma outra maneira a trilha de Assange, de Snowden.
      E retornar ao aprisco. Sim, doravante ninguém me forçará a matar; e espero nunca mais ter que matar. Ah!!! Como um homem pode ser idealista quando está prestes a ser eliminado! Oh Deus, que maldita vida a minha! Tenha misericórdia deste porco, desse saco de ossos angustiados...  
      Sei que é uma proposta a mais miserável, e fácil de ser feita aqui, novamente num banco de igreja, novamente encurralado, novamente no poço. Tudo que tenho é esse resto de vida, e esse ofício amaldiçoado. Mas se é Tua vontade, usa, Senhor, meu dom miserável para promover justiça na terra...
      Se essa pregação é mesmo para mim, se sou o José vendido, se foi Tua mão o que lá fora distorceu as probabilidades para me fazer sobreviver, preciso então ir para fora, encontrar minha posição no tabuleiro, no Egito tão grande em deserto e dor. E reassumir o controle.

      Mas antes o primeiro passo, preciso escalar esse poço em que fui por meus irmãos abortado, mascarado, submerso. Preciso sobreviver.

Sammis Reachers

Conto do livro O Pequeno Livro dos Mortos (Editora Letras e Versos, 96 págs., R$ 20,00). Para saber como adquirir, escreva para  sreachers@gmail.com


quinta-feira, 3 de março de 2016

O que acontece com a igreja brasileira?

Heróis da fé em terras brasileiras.
O que aconteceu com a igreja brasileira? 

Antes que continue a ler este texto, quero que você saiba que é com dor no coração que eu escrevo o que lerá... Redijo mantendo respeito e admiração para com a Igreja, que se encontra fiel a Deus. Sim, ela existe, é para ela que escrevo. A redação também tem o intuito de alertar as outras igrejas a voltarem ao primeiro amor.

Quando digo Igreja, usando o substantivo com vogal maiúscula, falo de um povo imensurável que teve seus pecados perdoados, lavados pelo Sangue de Jesus e que a duras penas continuam firmes nos propósitos do Senhor em semear o verdadeiro Evangelho, convictos que não há outro. Se "igreja" tem "i" minúsculo, falo da instituição humana.

Sabemos todos que ainda existem 7 mil que não se dobraram a Baal (1 Reis 19.18). Deus não nos fez cegos, nem insensíveis. Vemos e nos angustiamos com a presença do joio crescendo tanto no meio do trigo, que se tornou quase impossível conviver pacificamente com pessoas que repetem falácias dentro de instituições eclesiásticas. 

Pois bem; não sou saudosista, embora a idade o permita, porque creio que idade cronológica não é nada para um espírito recriado e cheio do Espírito Santo.

Esta semana, recebi uma correspondência via Correios que trazia a Revista da Missão Vida, Anápolis, Goiás, com destaque para os Heróis da Fé em Terras Brasileiras, o que me levou a escrever este texto. Conheci a Missão Vida e o Reverendo Wildo Gomes dos Anjos em 1993, quando ainda morava em Goiânia. Aproveitei que fui visitar irmãos em Asas de Socorro, Anápolis – Goiás (ministério que usa aviões para socorrer tribos indígenas e missionários no campo de difícil acesso) e ensinar minhas duas filhas – 12 e 6 anos sobre Missões. Porque é preciso mostrar o Caminho...

O Rev. Wildo, aos 13 anos, foi impactado pela dura realidade da vida ao saber da história de um morador de rua. Iniciou então um trabalho árduo no evangelismo e alimentação dos mendigos da cidade. Muitas vezes usando sua própria casa para barbear, dar banho e falar de Jesus.

Ao perceber que não havia instituições para isso, deu início à Missão Vida, fundada em 1983. Que hoje se expandiu para muitas cidades e estados. Com milhares de pessoas atendidas e libertas.

Este é um dos exemplos de verdadeiros heróis da fé no Brasil. A revista fala de outros 58 homens e mulheres, brasileiros ou não, que deram, e alguns ainda dão, sua vida e o Evangelho aos brasileiros. Entregaram-se tendo como alvo Cristo, sem esperar retorno maior do que ouvir “Vinde benditos de Meu Pai...” (Mateus 25.34).

Mas hoje em dia o que temos visto na maioria das igrejas não é mais esta paixão pelas almas, este amor pelos perdidos... Como existem tantos que se autoproclamam cristãos e ao mesmo tempo vivem afastados da doutrina de Cristo! Quando digo doutrina não é referência a usos e costumes, aliás, nisso muitas igrejas ainda penosamente permanecem. Comento sobre o ardor missionário, que está em falta!

Por outro lado, crescem os cultos, aparentemente, idólatras, havendo inclusive pontos de contato físico; ou, cultos, provavelmente, a seres humanos - cujos líderes acabam por pecar ao acalentar tal adoração, ou suposta adoração.

Eu acredito que melhor seria parar tudo, vender os carros, as mansões, os jatinhos, romper os “valiosos” contratos milionários com emissoras de televisão, para conseguirem agradar a Jesus, que nunca ensinou nem demonstrou tal soberba. Mas quem tem coragem? Continuam sorrindo na TV, no YouTube e nas redes sociais.

Como “ficaram famosos” no passado próximo depois de orarem, talvez pensem que ainda estão agradando a Deus. Parecem agir como se tivessem olhos espirituais cegos pelo diabo, muitos estão caminhando nesta vereda de pseudo sucesso e levam consigo milhares de almas de toda uma geração que não foi, ou mal foi discipulada, que batizou sem compromisso, e que não estuda a Bíblia, portanto, não sabe identificar as astúcias diabólicas.

Via internet, interajo com muitas pessoas longe de suas casas. Almas! Meu objetivo é falar do amor de Jesus a elas, que por um motivo ou outro estão longe de seus lares. A maioria sente muitas saudades de seus familiares e amigos que deixaram para trás, encontra-se em situação péssima em todas as áreas que se possa imaginar, mas tentam enganar a si mesmas.

Quem usa redes sociais vê a cada dia uma aberração maior que a outra. E tudo citando o nome Santo e Precioso de Jesus! Nos dias atuais é muito mais difícil evangelizar do que há 30 anos atrás, a dificuldade é causada pelos escândalos dentro das igrejas e expostos na internet. Posta-se de tudo. Quando penso que nada mais iria me surpreender, aparece um vídeo ou foto trazendo uma realidade (ou interpretação dessa realidade) pior do que já havia visto antes.

Agora, a maioria das pessoas têm internet e recebem informação (desinformação ou contra-informação) através da web sobre o "meio evangélico". E como eu disse em uma postagem anterior: nivela-se tudo por baixo. Outro agravante é que por causa de tantos escândalos, muitos crentes salvos não se interessam mais em se fazer presente na Igreja (com vogal maiúscula). O que nos leva a pregar para crentes, o que eu acho mais difícil ainda, pois já estudaram a Palavra, alguns tendo até frequentado Seminário.

O Espírito nos deixou o alerta (1 Timóteo 4.1, 16). E a apostasia já chegou, já está em nosso meio. Peçamos a Deus que nos ajude a permanecermos fiéis até o fim. Roguemos para que recebamos da Sua Graça, sejamos corajosos tais quais os valentes Heróis da Fé, para que façamos coisas de valor para o Reino como eles fizeram.

Oremos pelas pessoas que compõem a liderança das instituições evangélicas brasileiras, que chamados de igrejas. Lideranças essas concedidas graciosamente por Cristo com a finalidade de aperfeiçoamento dos crentes no exercício correto do cristianismo, inseridas no meio religioso com o propósito de edificação do Corpo de Cristo, apresentadas às religiões com a intenção da manutenção da unidade entre os irmãos que professam viver a fé no Salvador, para a transmissão do ensino sobre o Filho de Deus, com vista a que todos alcancemos a mesma medida espiritual do Senhor e com o plano de que haja capacidade de nós, que nos identificamos como os cristãos verdadeiros, saber desprezar e refutar eficazmente doutrinas anticristãs, quando estas são trazidas por homens fraudulentos ao nosso círculo social evangélico (Efésios 4.11-15).

Intercedamos no sentido de que os pastores usem a sabedoria que vem do Alto e tenham a unção do Santo e a fé que vence este mundo, provenientes do nosso Deus verdadeiro (Tiago 3.13-18; 1 João 2.20, 27; 5.4).

Toda glória só a Deus.

Mateus 25. 34-46:

“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna." 

Tânia Guahyba, Pra.
Belo Horizonte, 03/03/2016