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sábado, 3 de julho de 2021

domingo, 27 de junho de 2021

Harpa Cristã. Alma Abatida. Louvor número 193


Alma Abatida
Voz e violão: Altair Campos

Se tu, minh'alma, a Deus suplicas
 E não recebes, confiando fica
 Em Suas promessas, que são mui ricas
 E infalíveis pra te valer

 Por que te abates, ó, minha alma?
E te comoves, perdendo a calma?
Não tenhas medo, em Deus espera
Porque bem cedo, Jesus virá

Ele intercede por ti, minh'alma
Espera nele, com fé e calma
Jesus de todos teus males salva
E te abençoa, dos altos céu

Por que te abates, ó, minha alma?
E te comoves, perdendo a calma?
Não tenhas medo, em Deus espera
Porque bem cedo, Jesus virá

Terás em breve, as dores findas
No dia alegre da Sua vinda
Se Cristo tarda, espera ainda
Mais um pouquinho, e O verás

Por que te abates, ó, minha alma?
 E te comoves, perdendo a calma?
Não tenhas medo, em Deus espera
Porque bem cedo, Jesus virá.

Postagem original em "www.youtube.com/c/altaircampos/featured". 

domingo, 20 de junho de 2021

Adorando em meio a dor.


"Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se ungiu, e mudou de roupas, e entrou na casa do Senhor, e adorou. Então foi à sua casa, e pediu pão; e lhe puseram pão, e comeu" - 2 Samuel 12.20.

Davi pecou com Bate-Seba e teve um arrependimento genuíno. Porém, o resultado de suas ações equivocadas permanecem. O filho do adultério nasce muito doente, Davi abriga em seu coração a expectativa que o Senhor mude de ideia e deixe a criança viva. Num tempo em que o jejum e o sacrifício eram muito raro entre os israelitas, ele passa a suplicar e jejuar pedindo sua saúde. Mas a criança morre.

Algumas passagens das Escrituras Sagradas nos fazem parar e pensar. Como Davi, após interceder fervorosamente perante Deus por seu filho, e não ter a resposta desejada, encontra forças para se levantar, se lavar, ungir-se, trocar de roupas, ir à Casa do Todo-Poderoso, adorar a Deus e se alimentar? Diante do falecimento do filho, tal comportamento foi contrário ao esperado, normalmente o jejum seguia a morte do ente querido.

Davi não sentiu nenhuma indignação, nenhuma ira ou revolta contra Deus? A resposta é simples, mas chata ao nosso coração. Davi entende que todo juízo de Deus é justo e que tendo feito o tudo o que lhe era humanamente possível, só restava se submeter à vontade divina, ardentemente continuar a adorar ao Senhor.

"E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se DEUS se compadecerá de mim, e viverá a criança? Porém, agora que está morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12.23).

Que exemplo!

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Harpa Cristã. Doce Nome de Jesus. Louvor número 154


Doce Nome de Jesus

Oh! Doce nome de Jesus!
 Que belo é a Ti cantar
Com a alma cheia proclamar
O nome bom de Jesus!

Jesus, ó meu doce Rei!
Jesus, verdadeiro Deus!
 Jesus, sempre louvarei
De coração, Teu nome

Adoro o nome de Jesus
Jamais me falta Seu amor
E põe, à parte, minha dor
O nome bom de Jesus

Tão puro o nome de Jesus!
Que meu pesar pôde tirar
A grata paz também me dá
O nome bom de Jesus

No doce nome de Jesus
A minha alma salva está
E nele tu te salvarás
No nome bom de Jesus.

Postagem original em "www.youtube.com/c/altaircampos/featured". 

domingo, 30 de maio de 2021

Paz no Vale - Luiz de Carvalho


Vale Gulmarg, Índia.



Paz no Vale

Mui cansado estou, mas procuro o Senhor
Dele a voz que eu almejo ouvir 
Na gloriosa manhã ou a noite ao dormir
Haverá paz no vale pra mim 

Haverá paz no vale pra mim eu sei
Haverá paz no vale pra mim, Senhor eu sei
Nem a sombra da noite ali verei 
Haverá paz no vale pra mim

Quando o sol surgir no horizonte além
E mostrar todo vale em flor
Eu ali quero estar, mui alegre a cantar
Na presença do meu bom Jesus

Haverá paz no vale pra mim eu sei
Haverá paz no vale pra mim, Senhor eu sei
Nem a sombra da noite ali verei 
Haverá paz no vale pra mim

Haverá paz no vale pra mim eu sei
Haverá paz no vale pra mim, Senhor eu sei
Nem a sombra da noite ali verei 
Haverá paz no vale pra mim.


Composição: Thomas Dorsey. Versão: Darcy Gonçalves. Publicado originalmente em https://www.youtube.com/watch?v=sfsNnOuGdM, créditos para Sandro Hélio. 

sábado, 15 de maio de 2021

Feliz Será - Denise


Feliz Será
Denise 


Se em teu viver existe um vazio
E se não podes cantar, com os que cantam pra Jesus
Não te detenhas, não chores, meu amigo
Cristo transforma as trevas em plena luz.

Feliz serás, jamais verás
Tua vida em pranto se findar
Feliz serás, se ao Senhor
Teu coração entregar
Contempla agora as bênçãos de Cristo
Quando em sorriso tuas lágrimas Ele vai transformar
Pra sempre guiará os teus caminhos
 E com amor ao céu te levará.

Feliz serás, jamais verás
Tua vida em pranto se findar
Feliz serás, se ao Senhor
Teu coração entregar.


Composição: Armando Filho.
_______ 


Produção musical: Raphael Isah
Gravado Ao Vivo pelo Studio Thema


 LP Confiando Vencerei 
℗ 1978 | Bompastor.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Quando qualquer coisa é pecado em sua vida

Tudo pode se consistir em pecado, se a consciência acusa o crente por causa daquilo que ele faz.

Ferir a consciência é pecado porque essa atividade é faltar com amor a si próprio. O mandamento do amor é: Amar a Deus em primeiro lugar e o próximo como a si mesmo (Mateus 22.37-39). Então, que aja amor em nós por nós mesmos, evitado qualquer ação que fira a consciência. 

Em Romanos 14 está escrito: "Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.' [...] 'tudo o que não é de fé é pecado (Romanos 14.22,23).

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

O Sopro de Vida

Por Eliseu Antonio Gomes

Que tipo de Deus você acredita? Existe no mundo três espécies de relacionamento com Deus: o teísmo, o ateísmo e o panteísmo.

O teísta, sem dificuldade alguma, diz: "Deus fez tudo". É a pessoa que crê no Deus pessoal, que é o Criador do Universo, mas não é parte do Universo. As principais religiões teístas são o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.

O ateu é alguém que diz: "Não há Deus". Ele não acredita em nenhum tipo de Deus. Os humanistas pertencem a essa turma.

A pessoa panteísta diz: "Deus é tudo". Eles creem num Deus impessoal, que é o Universo. Afirmam que Deus é a árvore e o fruto, o alimento e o excremento, a fera predadora e o animal perseguido como caça; o fogo e a água, sou eu e é você etc. Neste grupo, estão os adeptos da Nova Era, budistas e hinduístas.

O apologista Norman Geisler, em coautoria com Frank Terek, no livro Não Tenho Fé para Ser Ateu (Editora Vida), fez uma analogia interessante sobre a origem do Universo. Deus é o pintor, e sua criação é a pintura. O artista fez a arte, e seus atributos estão minunciosamente detalhados em sua obra de arte.

Assim, o crente reconhece que o pintor fez a obra de arte; o panteísta, em vez de acreditar que o pintor fez a pintura, acredita que o pintor é a pintura; e, os ateus são categóricos em afirmar que não há nada além do mundo físico, não há pintor responsável pela pintura e mesmo assim a pintura sempre existiu sem que ninguém a tenha criado.

No Antigo Testamento encontramos o vocábulo hebraico "ruach", cuja equivalência em português é “espírito”. Significa, vento, sendo que em muitas passagens o termo define o sopro.

Nos dois primeiros capítulos do Livro de Gênesis, temos o relato da criação. Depois que o Criador traz à existência todo o Universo através do poder da sua palavra, faz Adão, porém, Adão só é descrito como ser vivente quando Deus sopra o fôlego de vida em suas narinas. A partir deste instante, Adão passa a andar segundo a orientação divina. Tempos depois, Adão troca a orientação do seu Criador pela iniciativa humana, própria.

A vontade humana está descrita pelo apóstolo Paulo como "obra da carne": "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus" - Gálatas 5.16-23.

Ainda hoje temos diante de nós o Criador. Ele sopra vida, mas há em nosso íntimo a iniciativa pessoal. Fazemos a seguinte escolha: nos guiamos pela vontade do alto ou vivemos conforme a vontade pessoal.

Viver de acordo com o sopro vivificante é o mesmo que andar no Espírito: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.  Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros" - Gálatas 5.22-25.

Tal qual um trompete, ilustração usada neste singelo artigo, somos nós: nas mãos do instrumentista profissional, tal instrumento de sopro pode apresentar melodias em uma excelente orquestra. Sem o Instrumentista, vivemos apenas como uma peça esquecida dentro da maleta ou encostada em algum canto escuro de um lugar qualquer.

Adão, o Primeiro Homem

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Há poder na luz


Por Eliseu Antonio Gomes

"A Lua inocente que nada faz a não ser brilhar, move todas as incansáveis ondas do mundo" - Francis Thompson.

Há poder na luz. Há no cristão a necessidade de recebê-la, nossa missão é retransmiti-la.

A Lua não produz calor, e nem luz própria, a sua missão é ser refletora da luz solar, quando o Sol emite seus raios para o outro lado do planeta Terra. Isto faz toda a diferença para nós, que estaríamos em escuridão inimaginável sem o reflexo que ela nos envia.

Astrônomos afirmam que a Lua mantem quatro posições diferentes em relação ao Sol durante o mês. Nós percebemos os diferentes ângulos pelo seu reflexo distinto. As posições são classificadas de "lua cheia", "lua minguante", lua nova" e "lua crescente".

Mas, além disso, segundo Isaac Newton, junto com o Sol, a presença da Lua exerce força gravitacional sobre o movimento das águas, mantendo-as nas partes mais baixas da Terra. O Sol e a Lua desempenham papéis importantes no nível dos oceanos. Esta influência é quase que impercebível, apesar das consequências dessa ação ser notada por banhistas em todas as praias.

Como cristãos, fazemos o paralelo da interatividade dos planetas que citamos.

Graças ao equilíbrio entre velocidade e força gravitacional que o Criador deu à Terra, ela gira em torno do Sol e recebe dele iluminação, calor e a pressão gravitacional, que mantém as pessoas e coisas fixadas no solo. Fazendo a analogia com o aspecto espiritual, o Sol é Jesus Cristo e a Terra é toda a humanidade, orbitamos em volta dEle e sem Ele nada podemos fazer (João 15.5).

Há cerca de quatro século e meio, Nicolau Copérnico provou que a Terra se move em torno do Sol. Ela também gira em torno da Lua e gira em seu próprio eixo, o que faz haver dias e noites. Quando estamos nos períodos escuros, o Sol continua a emitir sua luz para o outro lado do globo terrestre e para a Lua, que não permite que na fase da noite a parte escura do nosso planeta seja um breu completo.

A Lua também gira em torno da Terra e jamais deixa de brilhar, sempre está presente nos lados escuros do planeta Terra, emitindo o reflexo do Sol.

Observando a situação pela ótica espiritual, o cristão precisa, tal qual a Lua faz, refletir o brilho de Cristo para as almas que ignoram o Salvador. Nas fases de densas trevas, é preciso agir, como o esplendor da "lua cheia", ou com os brilhos intermediários da "lua minguante", "nova", e "crescente". Jamais deixar de receber o calor e luz de Cristo e nunca deixar de brilhar ao mundo.

Enfim, que todo aquele que está lendo este texto, possa tomar para si o brado do profeta: "Ó terra, terra, terra! Ouça a palavra do SENHOR!" (Jeremias 22.29). E todo cristão desempenhe sua missão como influenciador sobre a escuridão das almas sem Jesus e sobre as águas inquietas de todo coração distante de Deus (Marcos 16.15).

domingo, 22 de setembro de 2019

Gratidão

Bom-dia!

A melhor maneira de começar um dia é agradecendo aquEle que nos permite abrir os olhos, que nos colocou de pé e nos deu forças para recomeçar.

A vida vai passando, e com o passar dos anos o físico já não tem aquela agilidade de antes, mas os neurônios ficam mais espertos. Todos precisamos entender que em cada etapa da nossa existência há o lado bom, que Deus nos dá e precisamos aproveitar ao máximo.

Reencontrei alguém que havia três anos não tinha notícias. "Como vai você?", perguntou ela. Eu respondi: "Menos cabelos na cabeça, mais fios brancos na barba, duas filhas carinhosas, um genro legal, uma netinha muito linda e inteligente; a esposa é gata, continua muito felina; e Jesus continua em meu coração".

Obrigado, Deus!

E.A.G

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

1 Corintios 10.13 - Aquele que está em pé cuide para não cair

Por Cícero Manoel Bezerra

Certa vez alguém havia caído em um pecado desastroso para sua vida, disse-me: "Eu pensava ser suficientemente forte para vencer aquela situação sem precisar de ajuda de ninguém." Como consequência de sua autossuficiência, essa pessoa caiu e trouxe sobre sua vida, marcas que ficarão para sempre.

Em 1 Corintios 10.13, Paulo nos mostra que nunca seremos tentados além de nossa capacidade de suportar a tentação e que Deus a usará para nos fortalecer: "Não sobreveio a vocês nenhuma tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; pelo contrário, juntamente com a tentação proverá livramento, para que vocês a possam suportar."

Se encararmos com sinceridade e honestidade a questão do pecado veremos que o número dos que têm caído é altíssimo! Muitos se deixam levar pelo engano e prazeres do pecado. Tornam-se escravos de sua prática, e quando se dão conta já estão longe do Senhor e perdidos nas trevas da pecaminosidade. São levados e se deixam levar pelas armadilhas preparadas por Satanás para derrubá-los.

Observando nosso círculo de amigos, descobrimos que muitos já não estão mais com o Senhor. Afastaram-se de Deus por se julgarem fortes o suficiente para vencerem sozinhos as tentações. Não conseguindo, acabam vivendo uma falsa imagem de espiritualidade. Estes já não estão em nosso meio, e bem longe estão do Senhor Jesus.

Por que caíram? É uma pergunta que muitos têm feito, mas não t~em obtido resposta. Consideremos duas razões que poderiam ser usadas como tentativas de resposta:

1. Vida dupla. Viver uma falsa espiritualidade. Duplicidade de imagem, levando as pessoas a terem de nós uma ilusão. Projetamos uma devoção que não temos, dando a aparência de que não existe alguém com mais comunhão com Deus do que nós, quando, na verdade, nossa vida é seca, nossos pensamentos são terríveis e nossas fantasias são alucinantes. Estamos literalmente envolvidos em uma falsidade tamanha, que chegamos ao ponto de enganar a nós mesmos. A falta de quebrantamento nos leva a ouvir a verdade, sem deixar que ela encontre guarida em nosso coração. Não queremos ser de maneira alguma descobertos. "O que os outros vão pensar?" Não confiamos nas pessoas ao ponto de pedir-lhe ajuda em situações onde ela seria altamente necessária. Preferimos alimentar o gosto da lascívia, da luxúria, e nos render á escravidão do pecado. Quem nos conhece a fundo sabe que tudo é fantasia e falsidade. Nossa espiritualidade realmente não exite. Vivemos uma vida dupla.

Para sanarmos esse mal, precisamos usar de transparência, tirando a máscara e mostrando o que realmente somos. Isso exigirá de nós muita coragem, pois expor nossos pecados é humilhante. É um tratamento de choque, mas quando o Espírito entra em nossa vida, Ele nos convence de que é necessário mudar. Precisamos tratar tudo e não deixar nada para trás.

Talvez tenhamos a impressão de que perderemos coisas valiosas. Mesmo que isso aconteça,o que ganharemos será muito mais valioso. Teremos comunhão com Deus, paz de espírito e viveremos nossa verdadeira realidade. Não há nada mais gostoso que falar com Deus, ter a consciência limpa, e saber que Ele está nos ouvindo sem nenhuma barreira.

Não há pecado que possa proporcionar melhor sensação que está: estar bem com Deus!

2. Prazer na prática do pecado. Tentação é o convite ao pecado. E isto não é algo horrível e assustador à primeira vista. Ele nos atrai e nos traz prazer. Se começarmos a alimentar nossa vida de fantasias, chegará um tempo e que a verdade não nos incomodará mais. Ela ficará apenas no intelecto, e para qualquer pecado teremos sempre uma explicação lógica que nos satisfaça. Tornaremos-nos "especialistas" nas na racionalização: "Faça isto por causa disto"; não é minha culpa gostar dessas coisas". Quando menos percebemos, estaremos literalmente escravizados por determinadas atitudes ou outros tipos de envolvimentos pecaminosos.

O prazer na prática do pecado é sinal de falta de conversão. Quando recebemos a Jesus como Senhor e Salvador, a situação muda. Nosso prazer deixa de ser a prática do pecado para ser uma vida de bem com Deus e com o próximo. Quando nos sobrevêm as tentações e oportunidades para pecar, fazemos a opção de estar com o Senhor. Avaliamos, refletimos sobre todas as consequências do pecado e damos espaço para que o Espírito Santo nos convença de que viver com Deus é melhor que qualquer prazer mundano.

A fantasia pecaminosa nada tem de bom para nos oferecer, apenas satisfação à carne, desagradando a Deus. Devemos tomar cuidado com o que entra em nossa mente, pois dependendo do nível da fantasia que vivermos, ela poderá tornar-se real. Muitos não praticam suas fantasias apenas por falta de oportunidade. Vivemos num mundo onde recebemos sugestões de fantasias na área de sexo, dinheiro, comida, drogas e das vantagens pessoais. Mas o salário do pecado é a morte e o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo (Romanos 6.23).

Apenas o interesse por informações religiosas ou pela vida religiosa não fará diferença. Precisamos estar conscientes do poder da Palavra de deus. Ela é como uma espada que penetra o mais interior do homem, discernindo tudo o que se passa em sua alma e seu espírito. A Palavra de Deus é poderosa. Devemos dar liberdade ao Espírito Santo para que a use em nossa vida.

É necessário que tenhamos comunhão com Deus e com sua Palavra. Hoje em dia há muitos curiosos da religião. Pessoas que querem saber a verdade, mas não estão dispostas a praticá-las. Não adiante ter uma grande mente e um coração pequeno. A verdade deve passar pelo intelecto, e depois atingir fortemente o nosso coração. Devemos dar lugar ao Senhor, reagir positivamente em relação ao que Ele manda. Deixar de lado a religiosidade vazia, e praticar a verdadeira comunhão com o Pai. É frequente vermos nos religiosos que caem, que sua religião não é forte o bastante para mantê-los firmes. Só quem nos mantém firmes e vitoriosos contra o pecado é Jesus Cristo.

A vida cristã é uma constante batalha. Não podemos nos esquecer disso. Não adianta sermos cristãos nominais, muito menos religiosos. Nenhuma dessas coisas tem poder para nos dar a vitória. A vitória dessa batalha é garantida através de tudo o que Cristo realizou por nós na cruz. Apropriemo-nos dela. Podemos ser livres do pecado. A vida pode ser totalmente diferente, basta pedir perdão, reconhecer que o pecado gera a morte e a separação de Deus. A Bíblia diz que: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1.9).

Alguns pecados terão que ser confidenciados a uma pessoa de nossas confiança, com quem abriremos o coração e de quem com certeza receberemos ajuda. Alguém que participe da luta conosco, até a obtenção da vitória total total sobre o problema. Não deixemos o pecado nos atormentar. Tiremos a transgressão de uma vez por toda de nossa vida no nome poderoso de Jesus Cristo.

E.A.G.

Fonte: Mensagem da Cruz, número 113, maio a junho de 1997.  página 13.Venda Nova - MG (Editora Betânia).

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Salmos 40.1 e a mordomia do tempo

Pastor Jairo Elin Gollmann

Esperei com paciência no SENHOR, e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” - Salmos 40.1. 

Como é difícil entender essa condição, não queremos esperar e muito menos ter paciência. Vivemos um confronto diário com o avanço e os recursos tecnológicos, que torna cada vez mais difícil esperar. 

Nos momentos de angústia, lembre-se das promessas de Deus. Nos momentos de dúvida, lembre-se do que Deus já fez. Nos momentos de dor, lembre-se que Ele é quem te entende. Em todos os momentos, lembre-se que Jesus te ama e quer o seu bem, e não importa o que aconteça, Ele estará te sustentando na caminhada. 

Não se deixe influenciar pelo mundo, pois Deus não mudou, Ele continua trabalhando a nosso favor. Permaneça inteiramente ligado em Deus, o tempo passa muito rápido e quando menos esperamos a promessa se cumprirá.

Então, pare de se preocupar com o tempo, e mantenha o foco no Dono do tempo, Jesus Cristo.

Pense nisso. 

E.A.G.

Jairo Elin é pastor na Assembleia de Deus em Cascavel, Paraná. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Lucas 10.42: Marta, Maria, uma pergunta e a resposta do Mestre Jesus


Marta e Maria.
Pintura de 1863.
Arte de Anton Laurinds Johannes Dorph.
Por Débora Novaes de Castro

O relato contido em Lucas 10.38-42 mostra uma situação um tanto quanto conflitante para nós. A passagem bíblica mostra história das irmãs Marta e Maria, que viviam no vilarejo de Betânia, com seu irmão Lázaro, e eram admiradores de Jesus de Nazaré- aquele amigo especial que costumavam hospedar em sua casa.

Com este amigo, compartilhavam as alegrias e as destemperanças de cada dia. Era um viver simples, pelo que se percebe nas estrelinhas. O vilarejo localizava-se nas encostas do Monte das Oliveiras, no qual Jesus orou e chorou lágrimas de sangue, pouco antes de ser levado preso, para ser julgado e crucificado.

Segundo nos relata João (11.5), Marta era muito amada por Jesus, e também seus irmãos. Era uma seguidora muito atenta aos ensinamentos do amigo nazareno, em quem cria, e tinha um enorme prazer em servir. Em Lucas 10.38-42, vamos encontrar Jesus passando por Betânea, e sendo hospedado por Maria, que se desdobrava nos afazeres doméstico, para que nada faltasse ao Mestre e visitante, especialmente querido, especialmente querido, que tinham o privilégio de receber em sua casa.

Sim, mas e Maria? Como se comportava Maria nessas ocasiões, quando da visita do amigo de Nazaré? Segundo Maria, ela nem se importava em ajudá-la na trabalheira da casa... Só queria mesmo era estar ao pé do Mestre, para escutar e aprender de Jesus. A bem da verdade, será que Marta não teria a sua razão?

Em determinadas situações, assemelhamo-nos às irmãs bíblicas, Marta e Maria. E então pensamos que, nos atropelando numa trabalheira sem fim, é receber bem o visitante que surge em nossa casa. E me vem à mente a pergunta: Meu comportamento se assemelha ao de Marta ou ao de Maria? Primeiro, nos apegamos em boas conversas, assentados ao sofá, ou antes da conversa o levamos para a cozinha e preparamos um café e outras coisinhas mais, com o propósito de agradá-lo? Se somos parecidos com Marta, damos tudo de nós, para que tudo saia a contento e em tempo hábil. Se Maria, deixamos um pouco de lado os outros cuidados, que não sejam a atenção, porque queremos o contato carinhoso e receber todas as informações que o visitante tem para comunicar.

Ao instigante questionamento, consideramos que Maria é figura do discipulado diligente, responsável, seriamente assumido. Desejava aprender, aprender mais, aprender sempre. E para isso, tantas outras coisas haveriam de ser desprezadas. Tenho conhecido muitos crentes do tipo Maria de Betânea. Apegam-se ao estudo da verdade divina e dela não se afastam, nem de dia, nem de noite. São aqueles que tiveram a ventura de escolher a melhor parte.

No livro de Lucas 10.41-42, Maria recorre a Jesus e pede que mande Maria ajudá-la. mas Jesus, ao contrário do que lhe foi pedido, condena o estresse de Maria, dizendo que Maria escolhera a melhor parte. A resposta desconcertante de Jesus para Maria, e para nós, resplandece na grandiosidade do propósito divino, que é o discipulado de Jesus na igreja.

Descoberta arqueológica:  a tumba de Lázaro.
Conclusão

Nota do Editor do blog Belverede:

Jamais se esqueça. Como crentes, devemos renovar a nossa mente dia a dia. E esperar em Deus, porque Ele tem a provisão certa e na medida certa da nossa necessidade que nos afronta. Vale lembrar que você vale mais do que o mundo inteiro para Deus. Ele tem provisão para você. Você vale mais do que os lírios, que embelezam os campos. Você tem mais valor do que os pardais, que voam na direção que quiserem ir. Na medida que desejar se aproximar da Palavra de Cristo, a revelação divina será descortinada para o seu coração.

Assim como as águas dos rios não sobem ladeira acima, têm o curso natural ao mar e compõem o volume dos oceanos, a conversão espiritual implica em decidir viver em novidade de vida, aceitar caminhar no Espírito e permitir que a insignificante vontade humana se dilua na importante e soberana vontade do Criador.

E.A.G.
A autora pertence às instituições Academia Cristã de Letras (ACL) e Academia Paulista Evangélica de Letras (APEL). Congrega na sede Igreja Metodista Renovada, situado em São Paulo-SP.
Fonte: Renovação da Fé. Ano 7, número 31. Janeiro a março de 2007. Páginas 41 e 42. São Paulo / SP. www.renovada.org.br

domingo, 4 de agosto de 2019

A Mordomia da Adoração


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Mordomia, na Bíblia, quer dizer todo o serviço que realizamos para Deus; todo o comportamento que apresentamos como cristãos, diante de Deus e dos homens; é a administração dos bens espirituais e materiais, tanto em termos individuais, como através da ação administrativa dos bens espirituais e materiais à disposição da igreja local. A mordomia cristã está ligada à ética cristã.

O que são louvor e adoração? Existe alguma diferença entre louvar e adorar? A Bíblia declara que a pessoa que passou pela experiência do novo nascimento é o templo do Espírito Santo. Esta assimilação influencia como devemos proceder para adorar a Deus. Como tem sido a nossa mordomia da adoração? Esse é um assunto extremamente importante para a igreja local e para os dias atuais em que atravessamos, pois ninguém pode confundir a mera apresentação em palco com a atividade dos verdadeiros adoradores do Senhor.

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Em tempo oportuno. aprecie também: ► A Mordomia dos Dízimos e Ofertas
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I - O QUE É ADORAÇÃO

1. No Antigo Testamento.

No Antigo Testamento, existe a palavra "shaha" no hebraico, que ocorre mais de cem vezes com o sentido de curvar-se ou prostrar-se diante de Deus.

O culto a Deus teve início nos primórdios do relacionamento do homem com o seu Criador. De início, vemos que, ao desobedecer a voz de Deus, o primeiro casal perdeu uma excelente oportunidade de exaltar a Deus, preferindo ouvir a voz estranha da serpente. Tempos depois, quando Adão e Eva já eram pais, Caim, o primogênito, foi tentado a oferecer a Deus um culto que não lhe agradou, enquanto Abel, seu irmão, foi aceito por Deus ao oferecer um sacrifício apropriado ao Senhor. Àquela altura, os irmãos, com certeza, já tinham alcançado idade suficiente para entender o que faziam, pois um era agricultor e o outro era voltado para ao trabalho pastoril (Gênesis 4.1-8).

Alguns exemplos em que o termo "shaha" é usado: O Senhor mandou Moisés, Arão, Nadabe, Abiú e os 70 anciãos subirem ao monte e inclinarem-se de longe em sinal de reverência e adoração (Êxodo 24.1). Gideão adorou a Deus depois que teve a confirmação de que seria vitorioso (Juízes 7.15). O  Salmo 22, no versículo 27, numa antevisão profética, prevê que todas as nações adorarão a Deus, se inclinarão perante a face do Senhor.

Há ainda, no Antigo Testamento a palavra "abad", que significa "adorar", "trabalhar" ou "servir" a Deus (2 Reis 10.19-23), e também a palavra aramaica "sagad", que tem o significado de "prostrar-se em adoração" diante de Deus (Isaías 44.15, 17, 19; Deuteronômio 2.46).

2. No Novo Testamento.

Quando os magos foram encontrar Jesus, perguntaram: "Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo" (Mateus 2.2). Em outras palavras, queriam dizer "viemos aqui nos prostrar diante dele". E logo, então, "entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra" (versículo 11).

Adorar ao Senhor de modo eficaz tem a ver com fazer escolhas certas. "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês" - Filipenses 4.8.

Escrito em grego, o Novo Testamento registra 59 vezes a palavra "proskynio", com o significado de "prostrar-se". "ser reverente", "adorar", "venerar", "prestar homenagem a alguém", "beijar a mão".

Há a palavra "prokunein", que está intimamente ligada a "gonu" e "gonupetéo";. Em muitos sentidos, é a expressão que corresponde à palavra "adorar" Estudiosos afirmam que "prokunein" tem vinculação com a palavra "beijo". Na Grécia antiga, o ato de beijar o chão era praticado como meio de honrar as divindades terrestre, isso envolvia o gesto de inclinação.

3. Outras palavras relativas a adoração.

Latreia. Esse substantivo e a sua forma verbal "latreúo" nos levam a uma esfera inteiramente diferente daquela visada por "gonupetéo" e "proskunein".  O substantivo "latreia" é menos usado do que o verbo. O sentido básico desse novo vocábulo grego é o de salário ou o de serviço mais geral prestado a alguém, embora sem a ideia consequente de recompensa, mas, abarcando um conceito muito amplo de escravidão. A palavra também pode ser usada para indicar os cuidados com o corpo físico. Não se tratava de um termo religioso por exclusividade, apesar de podermos encontrar instâncias de uso dessa palavra em conexão com o ritual prestado aos ídolos. Parece então, que há a questão da preparação do corpo, associado ao culto.

O uso da palavra para indicar o ministério da oração ocorre nos escritos de Lucas. Primeiro, no caso de Ana (Lucas 2.37) e depois no episódio em que o apóstolo Paulo apresenta sua defesa ao rei Agripa (Atos 26.7).

Leitourgia (liturgia). Esse substantivo e o verbo "leitorgéo" estão etimologicamente relacionados ao serviço prestado em favor de um povo ou nação, isto é, o corpo político. Desde seus mais antigos exemplos, essas palavras têm certo sentido técnico no mundo grego. Elas aludem aos serviços específicos que os ricos, de modo compulsório ou voluntário, prestavam à comunidade ou cidade, usando recurso próprio.

O uso cúltico predomina na Septuaginta (LXX), apenas em alguns casos são não religiosos, em que o sentido clássico desaparece. Nas páginas das Escrituras, o termo liturgia está ligado ao Senhor, o seu Tabernáculo, assim como às funções sacerdotais no sentido literal da palavra. Com certeza, "leitourgia" não é a palavra usada para indicar as funções oficiais dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres da Igreja Primitiva.

"Leitourgós" é o termo usado para indicar o próprio Cristo em Hebreus 8.2: "como ministro' (leitourgós) 'do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem".

Os trechos de Hebreus 1.7, 14, indicam os anjos como "leitourgós", instrumentos da vontade de Deus. Epafrodito aparece como "leitourgós" em Filipenses 2.25, pois ele era o agente executor de uma benfeitoria pública, ou serviço cúltico (versículo 30).

II - COMO ADORAR A DEUS

1. Em "espírito e em verdade".

A mordomia do louvor e da adoração envolve o homem em sua condição tricotômica, seu espírito, sua alma e o seu corpo. A dimensão interna e externa foram criadas para adorar ao Criador. A incorpórea e a corpórea nos reportam à adoração em espírito e em verdade, pois o corpo é o templo do Espírito Santo.

Os nossos sentimentos, emoções e pensamentos, que são as saídas da vida, devem estar alinhados com o princípio vital do Evangelho. Adorar em espírito e em verdade significa ter o corpo, a alma e o espírito preservados e consagrados na expectativa da vinda do Senhor. O conceito da atitude de adoração significa ter plena predisposição para viver em santidade, bloquear as ações prejudiciais possíveis, provenientes de sentimentos, emoções e pensamentos desvinculados das virtudes expostas na doutrina de Cristo.

1.2 A conversa de Jesus com a mulher junto ao poço de Jacó (João 4.1-29).

A mulher samaritana, ao ouvir Jesus, percebeu que Ele era um profeta, não negou suas colocações com respeito à sua vida imoral e admitiu sua culpa. O resumo de sua conduta a deixou completamente chocada. Apesar de não ver Jesus como o Messias, o  conhecimento penetrante a fez pensar no Messias, cujo conhecimento ela sabia ser impressionante, capaz de discernir e declarar todas as coisas.

Através de Jesus, o Espírito Santo agiu no coração daquela samaritana. Ela pareceu demonstrar arrepender-se de sua condição. Então, fez a pergunta sobre o local de adoração. Devia adorar a Deus em Gerizim ou em Jerusalém? Abraão e Jacó tinham construído altares em Siquém, nas encostas do Monte Gerizim ou em suas cercanias (Gênesis 12.7 e 33.20), mas os judeus, por outro lado, enfatizavam Jerusalém como o local único e central de adoração. "Quem estava certo?", era a pergunta implícita daquela mulher a Jesus. Então, Cristo responde que o que importa não é o local de adoração, mas sim a atitude do coração e da mente, e a obediência à verdade de Deus, no que diz respeito ao objeto e ao método da adoração. O que é realmente importante não é onde, mas sim como e o quê revelamos em nossa adoração.

A mulher samaritana perguntou a Jesus onde era o lugar em que se devia adorar a Deus. Muitos estão presos a lugares, a marcas, a tradições. Mas a grandeza de Deus é incalculável. Não tem fronteiras.

Deus se faz presente entre os verdadeiros adoradores, onde eles estiverem. O culto de adoração a Deus pode ser prestado no fundo dos mares, nas mais altas montanhas, nas maiores alturas, nos aviões, nos foguetes ou na lua. Ele “habita no meio dos louvores” (Salmos 22.3).

2. Com o "culto racional".

Etimologicamente a palavra culto quer dizer "a mais elevada homenagem que se presta a uma divindade, isto é, adoração na mais restrita acepção do termo". O culto cristão é uma série de ações, atos conjugados, praticados pelo adorador; trata-se de um conjunto de formas externas em que a própria pessoa, a família reunida ou mesmo a comunidade estabelece a sua vida religiosa. Na atualidade, o culto instituído por uma igreja, na manifestação do seu ritual, é conhecido como "liturgia".

Através do culto, a fé é transmitida em tradição viva (Salmos 78.3). O conjunto da manifestação de atos de adoração forma o culto. Por meio de Jesus Cristo, como casa espiritual, o cristão tem a possibilidade de oferecer sacrifício espiritual a Deus (1 Pedro 2.5).

Os fiéis da comunidade em Jerusalém participavam do culto do templo (Atos 2.46). A mordomia do louvor e da adoração envolve o corpo, é o culto racional ou espiritual, tem o mesmo sentido de "vida agradável a Deus"; o ponto inicial da adoração é o coração.

Precisamos ter a consciência bíblica sobre as consequências das nossas ações em nossa vida espiritual. Seja no corpo físico, na família, na igreja, no trabalho ou no lazer. A adoração proveitosa tem como base aquilo que fazemos, sabendo a razão de estarmos fazendo.

De modo consciente, o crente deve apresentar-se como oferta proativa ao Senhor, em contraste com as ofertas de animais sem vida no culto judaico. O apóstolo aborda a mordomia da adoração, assim: "Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês. E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" - Romanos 12.1-2.

Deus não deseja que os crentes "vivam como" (syschematizo", em grego) as pessoas desse mundo. Esta palavra grega se refere a conformar-se com o estilo ou aparência externos, acomodando-se a um modelo ou padrão. O termo "esquema" tem raiz etimológica em "syschematizo". Para ser um adorador aprovado por Deus, não devemos seguir o esquema de valores deste mundo, mas o sistema que encontramos na Palavra de Deus.

É preciso analisar e reconhecer os nossos pecados e pedir perdão a Deus e ao próximo ofendido, quando houver situação de conflito. "Portanto, se você estiver trazendo a sua oferta ao altar e lá se lembrar que o seu irmão tem alguma coisa contra você, deixe diante do altar a sua oferta e vá primeiro reconciliar-se com o seu irmão; e então volte e faça a sua oferta" - Mateus 5.23-24.

Para que o adorador encontre a aprovação de Deus, tem que ter o seu coração puro e santo (Mateus 5.17-28). Os fariseus baseavam uma vida correta na sustentação de uma aparência externa, mas Jesus ordenou que seus seguidores dessem vez ao Espírito Santo para produzir a verdadeira santidade interior. A aparência religiosa dissimulada pode funcionar diante das pessoas da igreja e de outros ambientes, mas Deus conhece o que acontece no interior de nossas vidas. Portanto, a falta de perdão, a alimentação da ira e as ações sexuais ilícitas, mesmo que escondidas dos homens, estão patentes aos olhos do Senhor, não é a adoração condizente com o culto racional.

O Senhor dá mais valor ao que está no coração do homem diante do altar do que para aquilo que ele oferece. Ele não aceitou o sacrifício ou o culto de Caim porque viu o seu interior e as intenções com que se apresentava. Diz o texto da primeira carta de João, relativo ao episódio do primeiro homicídio: "Não sejamos como Caim, que era do Maligno e matou o seu irmão. E por que o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão eram justas (1 João 3.12).

Nos tempos atuais, que prenunciam a Segunda Vinda de Jesus, uma das características marcantes é a falta de amor. Jesus disse, no Sermão Profético, como um dos indicativos da sua vinda, que nos últimos dias a multiplicação da iniquidade e o esfriamento do amor aconteceriam (Mateus 24.12). A falta de amor é pecado grave, considerado pecado para a morte. Quem não ama aborrece seu irmão. E João diz que "aquele que odeia o seu irmão é assassino, e vocês sabem que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si" (1 João 3.15).

III - GESTOS E ATITUDES NA ADORAÇÃO A DEUS

1. Ajoelhar-se e prostrar-se.

1.1 - A oração de Salomão (1 Reis 8.22-53;  2 Crônicas 6.12-42)

Salomão simbolizou o início de uma nova fase no ato de dedicação ao Senhor no Antigo Testamento. Em seu reinado, construiu o templo de adoração a Deus. No dia da inauguração, ajoelhado e com as mãos estendidas, orou ao Senhor, reconhecendo que em sua grandeza o Criador o imenso Universo não pode contê-lo (1 Reis 8.27-30), observou que no templo a misericórdia divina e a necessidade humana se encontram (conforme o conceito contido em Deuteronômio 12.5) e abençoou os israelitas, pedindo ao Senhor que ouvisse as orações dos seus servos naquele lugar (1 Reis 8.54-61).

1.2 - A adoração de Jesus no Getsêmani (Mateus 26.36-56).

Próximo da crucificação, em grande agonia, Jesus prostrou-se e adorou ao Pai. Em sua oração, pediu "se possível, passe de mim esse cálice". A possibilidade de não provar o cálice existia, pois a vida do Filho só podia ser entregue voluntariamente, aquela bebida vinha do Pai, não de Satanás (João 10.17,18; e 18.11).

Nos Salmos, a figura do cálice aparece em referência à bênção de Deus (23.5) e à sua ira (75.8). Assim quando Jesus prostrou-se no Getsemani sobre o seu rosto, a explicação mais satisfatória do cálice é que se relaciona com a ira divina em que Cristo incorreria na cruz ao aceitar ter sobre si o pecado do homem. Experiência na qual Deus ficaria por algum tempo separado do seu Filho, separação que fez o Filho emitir o horrível grito "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?" (Mateus. 27.46).

Quão incomparável deve ter sido a angústia de Jesus, ali no Getsemani, pois sabia o que significava assumir a culpa de todos os homens, tinha ciência que o pecado separa o homem de Deus, e que os pecados que o separariam do Pai não haviam sidos cometidos por Ele! Desde o começo até o fim, a oração de Cristo foi perfeitamente submissa ao Pai. Aquela oração foi atendida, mas não removendo o cálice, e, sim, dando-lhe forças para bebê-lo e depois de morrer ter a vida novamente em suas mãos (Lucas 22.43; Hebreus. 5.7). Jesus venceu a morte e o pecado!

2. Louvar e Cantar.

"Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração. E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em ação, façam em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" - Colossenses 3.16-17.

O objetivo da revelação divina procede de Cristo e diz respeito a Cristo. O cristão autêntico é aquele que guarda “a palavra de Cristo” em seu coração. A Palavra do Senhor governa cada pensamento, palavra e ação, sim, até mesmo os desejos e motivos mais íntimos. E assim produz na atividade do adorador muitos frutos espirituais” (João 15.5); capacita-o a manejar as Escrituras corretamente (2 Timóteo 2.15), e compartilha-la com o próximo apresentando-a como a verdade e a mensagem para a vida eterna (Filipenses 2.16).

Não é crença baseada em fantasia acreditar que Cristo inspira uma nova canção no coração de quem é adorador. A inspiração é dada no estrito sentido desta palavra. Na igreja do primeiro século, às vezes aconteciam pronunciamentos orais e às vezes na forma cantada (1 Coríntios. 14.15), e algumas passagens do Novo Testamento refletem que houve mensagem em formato de hino (Filipenses 2.5-11; Efésios. 5.14).

3. Glorificar a Deus.

O Novo Testamento registra a atitude de alguns crentes, que deixando de valorizar o ensino apostólico, passaram a fazer da religião um meio de inclinarem-se aos desejos desenfreados da velha natureza carnal. Paulo relata que o culto foi-se degenerando entre os colossenses, a tal ponto de haver homens que prestavam “cultos aos anjos” (Colossenses 2.18) e adverte os cristãos de Corinto sobre o cuidado para não prestarem “cultos aos demônios” (1 Corintios 10.14-33).

Tudo o que o crente precisa saber a respeito da vontade de Deus está na Bíblia Sagrada. Quando o cristão possui familiaridade com as Escrituras, conhece-a, descobre o que o Senhor espera dele (Salmos 119.6-7, 9, 105). E, a leitura devocional acompanhada de oração faz fluir a comunhão. Então, consequentemente, a paz com o Senhor cria nele a condição de discernir quais são as atitudes que o farão um adorador agradável (Colossenses 3.15).

Como é o culto que glorifica a Deus?
• Inclui adoração (Atos 10.46; 1 Coríntios 14.15; Efésios 5.19);
• Inclui oração (Atos 2.32; 4.24, 31; 1 Timóteo 2.1+8);
• Inclui ensino (Atos 2.42; 5.21, 25; 1 Timóteo 4.11, 13).
Busquemos ao Senhor em oração e leitura bíblica. A síntese de Romanos 6.15-23, nos leva ao entendimento de que a escravidão ou obediência forçada ao pecado, se contrapõe à liberdade que Cristo dá. A oração, aliada ao conhecimento bíblico, permite ao adorador viver da obediência para a justiça.

No Antigo Testamento, os adoradores ofereciam diversos tipos de sacrifício, incluindo animais, incenso, cereais, porém, são nos almos que vemos uma exortação sobre a natureza do verdadeiro louvor a Deus. Na visão do salmista, não podemos ter qualquer atitude, gesto ou ação que seja banalizada ou que desvalorize a adoração.

Entender a atualidade, a prática, a importância do louvor e da adoração trata-se de uma necessidade para que o crente experimente sempre mais as bênçãos de Deus. Portanto, sejamos zelosos com a vida espiritual. Precisamos realizar o verdadeiro culto em que o nosso corpo, alma e espírito são apresentados plenamente irrepreensíveis perante o Criador de todas as coisas. Sempre será necessário fazer periodicamente um exame de consciência. Ao seguir o conselho bíblico, desfrutarmos da boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.

CONCLUSÃO

Enfim, é preciso entender bem a mordomia cristã da adoração, todos os crentes devem ter a consciência de que Deus é o Senhor dos senhores, o Rei dos reis e o Supremo Juiz do Universo. Ele é a autoridade suprema nos céus, na terra e na Igreja. Ao prestar-lhe culto, devemos assumir uma postura de temor e reverência.


E.A.G.

Bíblia de Estudo Plenitude para Jovens. Edição 2018. Página 1452. Tamboré, Barueri, SP (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).
Comentário Bíblico Moody. Volume 2.  Mateus a Apocalipse. Charles F. Pfeiffer. Páginas 136, 429 (Editora Batista Regular).
Comentário do Novo Testamento: Exposição do Evangelho de João. William Hendriksen. 1ª edição 2004. Páginas 222 e 223. Cambucí; São Paulo - SP (Editora Cultura Cristã).
Ensinador Cristão, ano 20, número 29. Páginas  25, 29, 32,  37. Bangu, Rio de Janeiro -RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
O Culto e suas formas. Nemuel Kesler. 6ª impressão 2013. Páginas 15 e 16. Bangu, Rio de Janeiro -RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Tempos, Bens e Talentos. Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Elinaldo Renovato. Páginas 73 e 75; 82, 83. 1ª edição 2019. Bangu, Rio de Janeiro -RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).

domingo, 7 de julho de 2019

A oração - Artigo escrito por Lewi Pethrus

Por Lewi Pethrus

Fala-se acerca da armadura do cristão, a qual é necessária na luta, ou no serviço para o Senhor. Explica-se também qual é o meio de receber esta armadura.

Há duas coisas que devemos considerar. Primeiro: a nossa luta, como povo de Deus, não é carnal, mas, espiritual. Segundo: só devemos lutar onde há inimigos.

Cometemos um grande erro quando lutamos onde não há inimigos. Convém pelejarmos no lugar em que estiver o inimigo.

Um comandante inexperiente manda as tropas para o oeste, quando o inimigo está no oriente, pelejando assim, sem motivo e sem resultado, cansando as suas tropas e gastando inutilmente as suas munições.

Onde está o inimigo?

Veja no verso 12 de Efésios 6: "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais." 

Acontece, às vezes, que atacamos a carne e o sangue, procurando convencer os homens dos seus erros, sem nos lembrarmos que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, pois, através das heresias está o poder das trevas, que não se deixa convencer.

Conforme 2 Lucas 2.9, o espírito do anticristo já reina neste mundo, e os homens já estão movidos e dirigidos por este espírito, e poderes estranhos. Não podemos, de forma alguma, convencê-los pelo modo referido. Mas, devemos ter compaixão de tais pessoas, e concentrar a nossa luta contra os poderes das trevas, que está atrás de seus erros. E nessa luta, não vale nada o uso de armas carnais. Se, por acaso, vencermos com armas carnais, a nossa vitória é humana. mas, se a luta é  for espiritual, a vitória é divina.

Às vezes. podemos pensar que a nossa obra é intelectual e, portanto, procurarmos intelectualmente convencer os inimigos dos seus erros. O resultado de uma obra tal é que o povo fica convencido e não convertido. Há muitos trabalhos religiosos que são dirigidos intelectualmente. É um grande erro.

O apóstolo Paulo diz que a fé dos coríntios não estava fundada em sabedoria humana, mas, sim, no poder de Deus. Muitos trabalhos religiosos, que não dão resultado, são provenientes desta causa.

Pode-se fazer uma pregação importante, mas o inimigo não teme, ao contrário, se alegra, fortalecendo-se mais. Por quê? Naturalmente, porque nada perde. Se erramos o alvo nada ganhamos. A pregação belíssima, um templo importante ou um grande número de membros, não tem a menos influência sobre o poder das trevas.

Como vencer?

Só há um meio de vitória, tanto para a igreja quanto individualmente para o membro - a oração.

"Orem em todo tempo no Espírito, com todo tipo de oração e súplica, e para isto vigiem com toda perseverança e súplica por todos os santos" - Efésios 6.18.

A oração vence tudo. Satanás quis impedir Paulo de ir à Macedônia, mas este o venceu. Como? Observe o que ele diz: "orai por mim". Ele não diz "eu sou um apóstolo, um homem sábio - apenas pediu a oração dos santos. Também, o apóstolo orava sozinho, ele mesmo disse "dobro os meus joelhos". Orava com os irmãos, como por exemplo na ocasião da despedida, na praia.

Quando conhecemos o valor da oração, sabemos que o progresso do trabalho não depende da beleza e perfeição da linguagem. É um fato real, não depende disso. Você pode ter pouca inteligência, pode ser fraco, no entanto, ser abençoado. Como? Pela oração. Ao orar, conquista vitórias, verá almas salvas, doentes curados e crentes batizados no Espírito Santo.

Durante esses 20 anos de trabalho tenho visto que há vitória e progresso para a causa do Senhor, quando a igreja ora fervorosamente. Se esquecer de orar, não conquistará vitória. Eu creio na oração. É possível muitas vezes estar escondido um "Judas" ou pecador, seja o que for, tudo é removido pela oração.

Não há causa alguma que mais aborreça Satanás do que a oração. É este o ponto que o crente é mais atacado. Tenho experiência disto. Ainda que eu tenha o desejo de ser uma homem de oração, tenho sido tentado a falhar. O inimigo cria milhares de laços para nos impedir de orar.

Vemos exemplos na vida de Daniel. Muitos laços armou o inimigo contra ele. Mas, Deus lhe deu a vitória. Os inimigos de Daniel procuraram falha na conduta dele, perceberam o seu hábito de constante oração e a sua vida de piedade. E assim armaram uma cilada para impedi-lo de orar durante trinta dias. Que fez Daniel? De um lado estava o cantinho da oração, e de outro, esperava-lhe a cova dos leões. Qual foi a sua escolha? Foi para sua casa e orava como de costume. Ele não fez um "culto de oração" especial, continuou a orar como de costume.

Talvez, Satanás lhe disse: Você não precisa orar tão alto, assim; feche sua janela, e ore apenas com seu coração. Mas Daniel manteve -se firme em seu hábito de orar e venceu. E foi isso uma das maiores vitórias da sua vida. Por meio da oração, experimentou a vitória na cova dos leões.

Algumas pessoas disseram para mim: "Pethrus, acabe com aquelas orações barulhentas antes do culto". E depois do culto, qual o motivo de orar tanto?

Certa vez, fui convidado para jantar em casa de um amigo, um nobre crente. Havia ali outros convidados. Quando estávamos sentados à mesa, ele disse o seguinte: "Em nenhuma igreja tenho achado tanta edificação para minha alma, como na sua. Aprecio muito suas orações, porém, uma coisa quero dizer: acabe com os cultos de oração. Tenho a intenção de levar meus amigos ao culto, mas temo que por causa das orações barulhentas eles se escandalizem. Acabe com aquele barulho e muito mais pessoas se agregará à igreja."

Escutei-o sorrindo e depois lhe respondi: "O sr. não disse que tem achado edificação na nossa igreja, como em nenhuma outra encontrou? Se a causa disso são as orações, como será então se eu acabar com elas?"

***

Vamos orar irmãos. Não tenham vergonha da oração. Deixemos o mundo saber que estamos orando e que cremos no poder da oração.

Tenho assistido a grandes reuniões em que cerca de três mil pessoas louvavam a Deus, duma vez. Isto comove os ouvintes.

Em nossa igreja temos oração ao meio-dia, cada dia. Foram umas irmãs que deram início a isto, vindo ao nosso escritório para orar. Também tenho assistido a esses cultos de oração. Essas orações têm continuado durante dezoito anos, sem parar, e são assistidas por muitos ou por poucos. Se me dessem Estocolmo inteira, eu não acabaria com tais reuniões.

A oração é um poder que afasta as trevas, que liberta as almas e que nos ajuda a vencer em todas lutas. Como é possível orar sempre? Somente estando cheio do Espírito Santo. O Espírito Santo nos ajuda a orar.

Em nenhum ponto me sinto tão fraco quanto neste. Então, não posso aformar: agora vou orar. Mas posso dizer a cada dia: Oh, Deus, ajuda-me a orar!

"Bem-aventurado o povo que conhece os gritos de alegria, que anda, ó SENHOR, na luz da tua presença" - Salmos 89.15.

Amém.

_______

Observação: Ortografia atualizada ao idioma português usado atualmente.

Fonte:
Mensageiro da Paz, ano 1, número 1, 1 de dezembro de 1930 (Rio de Janeiro).
Reprodução a partir de publicação em formato PDF -  https://bit.ly/2xz0lB9

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Deus abençoador e os abençoados com memória curta

Davi e os três heróis na caverna de Adulão. Óleo sobre tela. Arte datada em 1658. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
Davi e os três heróis na caverna de Adulão.
Artista: Claude Lorrain

Na atualidade em que estamos, muitas pessoas estão dispostas a gastar quantias absurdas de dinheiro com publicidade para tornarem seus nomes e marcas de produtos grandes e famosos. Entretanto, no Reino de Deus é diferente. Ao servir a Deus fielmente e dar glória e honra ao seu excelso nome, por meio da nossa dedicação e humildade, o próprio Senhor decide nos honrar permitindo que tenhamos o nosso nome respeitado perante Ele próprio e diante da sociedade.
"Agora diga ao meu servo Davi: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos: 'Eu tirei você das pastagens e do trabalho de andar atrás das ovelhas, para que você fosse príncipe sobre o meu povo, sobre Israel. Estive com você por onde quer que você andou e eliminei todos os seus inimigos diante de você. Engrandecerei o seu nome, como só os grandes têm na terra" - 2 Samuel 7.8-9. 
Você já ouviu a expressão "você tem memória curta? Esta expressão é pronunciada quando alguém se esquece de algo que foi feito em seu favor, e com o passar do tempo caiu em esquecimento. Com relação a Deus corremos o risco de fazer a mesma coisa. Por exemplo, f aça uma recapitulação de quem você era, dos momentos difíceis que você já passou. Agora perceba o quanto Deus já acrescentou e vem acrescentando em sua vida. Devemos fazer esta autoanálise constantemente para reconhecermos o cuidado que o Senhor tem conosco.

Você imaginou que um dia seria um profissional reconhecido, um profissional respeitado, um profissional bem-sucedido em sua área, ou um líder cristão estimado, ou um pastor de uma igreja avivada? Todos nós temos uma história de conquistas e superação em Deus. Com Davi não foi diferente. O pequeno pastor de ovelhas foi honrado por Deus e se tornou o rei de Israel. Contudo, antes de ter se tornado rei, honrou seus pais, serviu seus irmãos, foi desprezado por eles, teve que enfrentar um urso, um leão, um gigante e um rei atormentado por espírito maligno.

Agora que Davi está no auge da sua vida, Deus, através do profeta Natã, o faz lembrar quem ele era e de onde o Senhor o tirou: de detrás das ovelhas, para que fosse o monarca sobre os israelitas. Podemos dizer que o Senhor estava alertando Davi para não sofrer da síndrome da memória curta, não se tornasse o crente abençoado que se esquece dAquele que o abençoou.

Por que será que Deus chamou a atenção de Davi desta maneira? Porque todo aquele que se esquece sua origem, e de onde Deus o tirou, terá uma forte tendência a sair fora do propósito de Deus para a sua vida.

Naquela ocasião, Davi havia acabado de manifestar a intenção de edificar a casa que abrigaria a Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus entre o povo judeu. Por mais linda que fosse a intenção de Davi, Deus repreende-o. Acredito que, neste momento, Deus estava querendo dizer: "Não se sinta melhor do que Eu pelo fato de você estar dentro de um palácio luxuoso, enquanto a arca da minha presença está no interior de uma tenda simples." Além da exortação, o Senhor não permitiu a Davi que construísse o templo, devido ao sangue que ele derramara. Porém, o Senhor autoriza que Salomão, o filho que iria nascer a fazer isso.

A síndrome da memória curta é perigosa, pois, quando ela pega alguém, acreditaremos que foi apenas o nosso braço forte que nos deu a vitória e construiremos cisternas rotas que não retém água. Não devemos nos esquecer de que todas as coisas foram feitas pelo Senhor, e sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1.3).

Uma das principais características de Davi era a facilidade de reconhecer o erro e humilhar-se diante do Senhor em busca do perdão (1 Samuel 18.22-23; 2 Samuel 23,13; Salmo 40.17). Após Deus exortá-lo sobre a importância de não esquecer qual era a sua origem, Davi entrou na presença do Senhor e se humilhou, reconheceu a grandeza e majestade de Deus em sua vida (2 Samuel 7.18-22).

 Ser exortado por Deus é uma bênção divina, pois Ele corrige apenas a quem ama. Vivemos neste mundo em meio a tantos escândalos políticos, debaixo de uma nuvem de pessimismo, a economia brasileira desliza em sua curva de crescimento, mas quem é exortado pelo Senhor precisa entender que para ele existe esperança, a nuvem que está sobre sua cabeça é uma nuvem carregada de bênçãos.

A pessoa que tem a sua imagem ridicularizada, o seu nome é pronunciado na roda de escarnecedores, vive uma crise séria de relacionamento. Mas não deve desanimar, apesar de tudo isso. Precisa ter em mente que se permanecer em humildade perante o Todo Poderoso, que o repreende em algumas falhas que comete, inclusive em equívocos motivado por zelo ás coisas santas, tem plenas condições de superar todas as situações ruins. E a superação ocorre pelo fato de que a esperança do crente não está baseada em soluções humanas. A solução do crente está em Deus. Então, que cada um de nós se veja totalmente motivado a depender dEle e correr para Ele, que é capaz de mudar a nossa sorte e fazer com que o nosso nome seja respeitado em todos os lugares em que for citado.

Nunca se esqueça de onde você veio e nem se esqueça da promessa que Jesus fez quanto ao lugar que deseja levá-lo: o céu. Nunca nos esqueçamos que o nosso Salvador Jesus Cristo recebeu um nome acima de todo nome após sua humilhação e obediência ao Pai, ao realizar o maior feito do Universo: entregar a sua vida para salvar a humanidade (Filipenses 2.5-11).

Que Deus nos abençoe e nos faça melhores em tudo, e que jamais venhamos a nos esquecer de que isto só é possível porque o Senhor acabou de liberar em nossas narinas o seu fôlego de viva.

E.A.G.

Compilações em:
A Síndrome da Memória Curta, Pastor Davy Maia. Revista Renovação da Fé, ano 17, número 69, 3º trimestre de 2017, páginas 28 e 29, Bosque da Saúde, São Paulo/SP).
É Deus quem dá nome ao homem. Erivaldo de Jesus Pinheiro, Bíblia do Pregador Pentecostal, edição 2016, página 471. Barueri, São Paulo/SP. (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).