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sexta-feira, 4 de maio de 2012

EBD 2012 Tiatira igreja tolerante

Tiatira era uma cidade da província romana da Ásia, lado oeste do que nos dias atuais é a Turquia Asiática. Passou para o domínio dos romanos em 133 a.C..

Era considerada importante por ser um ponto que ligava os vales Hermo e Caico, Laodiceia e Pérgamo, e por abrigar guarnição de fronteira. Também, por ser centro de manufatureiro, feitura de vestes, cerâmica, trabalhos em bronzes e tinturaria. Na cidade, havia o grande templo dedicado a Ártemis, também conhecida como Diana.

A igreja de Tiatira foi a quarta das sete igrejas da Ásia. Alguns símbolos usados na carta dirigida ao anjo em Tiatira fazem alusão direta às circunstâncias da cidade (Apocalipse 1.11; 2.18-19).

Na carta para a igreja de Tiatira sobressaem dois nomes femininos: Lídia e Jezabel.

Em Atos 16.14 encontramos o registro do encontro do apóstolo Paulo com Lídia. Provavelmente ela era uma vendedora de púrpura e estivesse vendendo lãs tingidas de fabricantes de Tiatira.

A Igreja em Tiatira tolerava o espírito de Jezabel. Vale lembrar as narrativas do Antigo Testamento, em Israel Acabe era o rei, mas era sua esposa, uma figura arrogante e  voluntariosa, autoritária no lar, quem reinava impondo terror contra os servos de Deus. Ela incitava a mistura do culto ao Senhor com o culto a Baal, entidade para qual construiu um templo e através dele estimulava a idolatria da nação israelita por meio de uma sanção real (1 Reis 16.31-33; 2 Reis 9.22).

 O emprego do uso do nome de Jezabel é em caráter simbólico. A Jezabel citada na carta dirigida à igreja de Tiatira se apresentava como profetiza, sua doutrina se assemelhava às ações da esposa do rei Acabe, era uma mulher pagã integrada à comunidade evangélica, alguém influente, que enganava os crentes usando o nome do Senhor.  Portanto, além da adoração aos deuses falsos, a Jezabel de Tiatira era alguém que induzia esposas cristãs a praticarem diretrizes nos moldes do feminismo em seus lares, afrontando assim o plano de Deus para o casamento.

Jezabel também ensinava a comer carne sacrificada aos ídolos. Paulo tratou desse assunto em 1 Coríntios 8. 4-6, 8, quando apresenta posição moralmente neutra. O apóstolo afirma que pode ser considerado pecado apenas quando a ingestão da comida escandaliza (1 Corintios 8.7-12). Então, no caso de Tiatira, poderia ser que cristãos tropeçavam na fé, devido a imaturidade espiritual. As polêmicas originadas pela prática culinária gerava no seio da cristantade o enfraquecimento da igreja.

Os crentes da igreja de Tiatira eram cheios de obras, mas esquecidos de que Jesus Cristo é aquele que sonda corações e mentes  (Apocalipse 2.23). Deus não observa o ser humano como o homem vê o homem. Ele olha para a intenção de cada um, e sabe quem faz a coisa certa pelo motivo certo ou errado.

Isto posto, fica o alerta quanto ao cuidado que os líderes precisam ter com os neófitos na fé,  o discipulado é uma chamada de Cristo aos cristãos, mas em especial aos  pastores (Mateus 28.19).

E.A.G.

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Consultas:
O Novo Dicionário da Bíblia, volume III, quarta edição, Edições Vida Nova.
Manual Bíblico Henry H. Halley, impressão 1998, Edições Vida Nova. 
Bíblia de Estudo Vida, edição 1998, Editora Vida.

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