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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Juízes - o sétimo livro da Bíblia Sagrada

Paixão e traição na história de Sansão e Dalila.
Para ter uma noção da atmosfera existente entre os israelitas do tempo dos juízes, imagine o seguinte: nos dias de hoje, o que aconteceria se ninguém respeitasse os sinais de trânsito ao dirigir? Com certeza haveria muita confusão, acidentes, muita gente se machucaria e até morreria. Esta situação nos leva a entender que para a vida ser suportável em sociedade é necessário seguir regras pré-estabelecidas.

Autoria e data

O autor de Juízes é desconhecido. Sabe-se que foi uma pessoa inspirada, que selecionou fontes orais e escritas que provessem uma história de Israel com orientação teológica. Pensa-se que algumas partes do livro pode ter sido escrita por Samuel, pois ele era um escritor (1 Samuel 10.25).

A data exata em que o livro foi composto é desconhecida também, mas sabemos que cobre o período entre a morte de Josué e a instituição da monarquia, que se seguiu à coroação de Saul, porém, antes da conquista de Jerusalém por Davi, cerca de 1050 a 1000 a..C.

Cogita-se que a época dos juízes pode ter ocorrido, aproximadamente, entre 1375 a 1040 a.C. Com certeza, foram anos em que os israelitas mergulharam em densas trevas espirituais e dessa época podemos colher valiosas lições.

Por que o livro é chamado Juízes?

Durante a liderança de Josué, Israel finalmente entrou na terra que fora prometida a Abraão. Havia gigantes na terra; não eram, porém, maiores do que Deus. O capitão do exército divino foi capaz de subjugar todos os inimigos de Israel. Surgiu então uma nova geração que não conheceu a guerra, tampouco conhecia a Deus, nem a obra que o Senhor havia realizado em favor de Israel. E por causa do desconhecimento, os israelitas passaram da vitória à derrota.

O livro de Juízes fala de uma época em que os israelitas não seguiam as regras de Deus. O povo de Israel não expulsou os cananeus da terra prometida, como havia prometido a Deus que faria. E não foi só isso: muitas vezes seguidas adoraram os deuses de Canaã, em vez de adorar o verdadeiro Senhor. É claro que Deus não ficou feliz com aquilo, todas as vezes que isso acontecia eles passavam por experiências ruins, o Senhor permitia que o povo sofresse as consequências de suas escolhas infelizes. Mas, por ser misericordioso, quando eles se lembravam de Deus e imploravam por seu socorro, o Senhor providenciava juízes para restaurar a paz e a ordem. 

As histórias seguem um padrão definido: o povo de Israel peca, sofre, busca a Deus, é salvo por um juiz, desfruta de um período de paz, e volta a pecar novamente.  Os juízes, aos quais o Senhor escolheu e ungiu como o seu Espírito, eram líderes militares e políticos, que mostravam aos israelitas em que eles estavam errando.

Os juízes

Seis indivíduos serviram ao propósito de Deus para libertar Israel, cujo papel de libertação possuem narrativas detalhadas, e são considerados "juízes maiores": Otniel (Juízes 3.9-10), Eúde (3.15), Débora (4.5), Gideão (6.34), Jetfé (11.29) e Sansão (13.29). E outros seis,  mencionados rapidamente  são classificados como "juízes menores": Sangar (3.31), Tola (10.1), Jair (10.3), Ibsã (12.8), Elom (12.11) e Abdom (12.13-15). Além destes, há Abimeleque, filho de Gideão, cuja história está vinculada ao seu pai (8.30-31).

Propósito

A composição de Juízes tem três propósitos: histórico, teológico e espiritual. Historicamente, narra eventos de um período específico de Israel. Teologicamente, enfatiza o princípio estabelecido na Lei de que a obediência ao Senhor gera vida e a desobediência traz opressão. Espiritualmente, apresenta a fidelidade do Senhor à aliança com seu povo.

O leitor deve preparar-se para um grande choque, pois as narrativas deste livro mostra que Deus usou como líderes pessoas que não eram exemplos de perfeição. Às vezes, elas mentiam e perturbavam muita gente, como se fossem garotos pirracentos. Mesmo assim, Deus as usou para fazer cumprir seu plano perfeito. Nesta situação, ficamos pensando que se Ele encontrou um modo de trabalhar com pessoas tão complicadas, realizando proezas através da instrumentalização delas, também pode realizar muitas coisas neste mundo através de pessoas comuns como eu e você, pois usa as pessoas do jeito que elas são.

Através dos relatos contidos em Juízes, conhecemos as consequências desastrosas da quebra de comunhão com Deus. O livro é um lembrete, o Senhor exige compromisso da parte do seu povo, quando cometemos pecados, o Ele permite que sejamos castigados, até chegarmos ao completo arrependimento. Também é um alerta, se insistimos em fazer as coisas do nosso jeito poderemos entrar numa enorme enrascada.

Conclusão

Por vontade própria, Deus não deu ao povo de Israel um monarca, dava-lhes os juízes, pois Ele mesmo era o Rei de Israel.

Deus é o Senhor da história, na plenitude do tempo enviou Jesus como nosso Libertador, nosso Salvador, para nos redimir da opressão do pecado e da morte. Cristo é um Juiz Justo, que haverá de julgar o mundo inteiro (2 Timóteo 4.8; Atos 17.31).

Deus é o nosso Juiz e Libertador (Salmos 75.7; Isaías 45.21), capaz de realizar coisas impossíveis. Nos dias atuais, Deus procura homens e mulheres, pessoas consagradas, a quem possa capacitar. Da mesma maneira que escolheu libertadores, ungindo-os com seu Espírito para que fizessem grandes façanhas no passado, pode nos dotar com o Espírito Santo e nos usar para trazer libertação àqueles que estão presos ao desespero e ao pecado.

E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo Indutivo, página 376, edição 1997, Tennessee - EUA (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Plenitude, páginas 252 e 253, edição 2001, Barueri (Sociedade Bíblica do Brasil).
Bíblia Jovem, página 352, edição 2001, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia FaithGirlz!, páginas 300 e 303, edição 2009, São Paulo (Editora Mundo Cristão).
Dicionário Bíblico Universal A.R. Buckland & Luckin Williams, edição 2007, São Paulo-SP (Editora Vida).
Pequena Enciclopédia Bíblica - O. S. Boyer, 19ª impressão, São Paulo, edição 1992 (Editora Vida). 

domingo, 4 de maio de 2014

O Livro de Êxodo

Êxodo quer dizer "saída", é a continuação do relato de Gênesis. Mostra o desenvolvimento de um pequeno grupo de setenta pessoas numa grande nação com milhões de pessoas. Trata do acontecimento mais importante da história do povo de Israel, isto é, a saída do povo israelita do Egito, onde eram escravos. Moisés é o profeta hebreu a quem Deus escolheu para liderar o povo israelita em sua saída do Egito.

Moisés, cujo nome significa "tirado das águas" é a figura humana central do Livro de Êxodo. A autoria de Êxodo é tradicionalmente atribuída a ele, embasada em quatro passagens: 17.14; 24.4, 7; 34.27.

Através de eventos variados e de encontros face a face com Deus, Moisés recebeu a revelação de todas as coisas que o Senhor desejava que ele soubesse. Assim, através do processo de inspiração do Espírito Santo, comunicou ao povo hebreu por via oral e escrita, a revelação que recebeu.

É provável que o Livro de Êxodo tenha sido escrito durante os quarenta anos de caminhada do povo israelita pelo deserto. Descreve o que Deus fez, como libertou o seu povo. e como, daquela gente, fez uma nação cheia de esperança no futuro.

Moisés, ainda bebê, encontrado no rio Nilo dentro de cesto
pela filha de Faraó.
No capítulo 3, vemos como o Senhor o chamou e revelou seu nome Sagrado, EU SOU O QUE SOU, No capítulo 20 temos a lista dos Dez Mandamentos, que é uma das passagens mais conhecidas da Bíblia Sagrada. Em 34.6-7, encontramos a descrição dos atributos de Deus, como compassivo, clemente, longânimo, bom, fiel e perdoador, que pode ser considerada uma lista paralela da descrição do fruto do Espírito, em Gálatas 5.22-23.

O livro tem quatro partes principais:

1. A libertação dos israelitas;
2. A viagem até o monte Sinai;
3. A aliança de Deus feita com o seu povo no monte Sinai, onde Deus lhes deu as leis morais, civis, e religiosas;
4. A construção de um lugar de adoração para o povo de Israel e a apresentação das leis a respeito do sacerdócio e da adoração a Deus.

Veja mais:

O livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito
E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, Enéas Tognini, página 51, 2009, Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil.
Bíblia de Estudo Plenitude, página 64, edição 2001, Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Gênesis, o primeiro livro da Bíblia Sagrada

Monte Aratat, Turquia. Acredita-se que a Arca de Noé esteja localizada nele.

Gênesis, palavra que quer dizer começo, é o nome do primeiro livro da Bíblia Sagrada, que descreve a criação detalhadamente.

Será que o mundo é eterno? Sempre existiu? Muitas pessoas creem que a natureza, o sol, a lua, as estrelas, inclusive os seres humanos, não tiveram um princípio; que há um ciclo inacabável de nascimento, vida, morte, que se repete constantemente. Acreditam que tal ciclo eterno jamais teve início e jamais terá fim. Sempre existiu e sempre existirá.

Gênesis apresenta a concepção, é o livro dos princípios e nos ensina algo diferente. Tudo, exatamente tudo teve seu começo. Ensina-nos que houve um tempo em que o mundo que conhecem não e vivemos não existia. Mas, antes de tudo, Deus, o originador e o fundamento da vida

O livro de Gênesis se divide em duas partes.

A primeira, do capítulo 1 ao 11, conta como Deus estabeleceu os elementos básicos pelos quais fez a obra de criação, salvação e juízo concernente ao pecado e rebelião humanos. Mostra como criou tudo o que existe, inclusive a raça humana. Encontram-se aqui as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o Dilúvio, a construção da Torre de Babel.

Na segunda parte, do capítulo 12 ao 50, Deus inicia o plano da salvação com apenas um homem: Abraão.. Concebe um povo ao qual se revelará como Deus salvador e, por meio deste povo, com o passar do tempo, também se revelará a todos os povos da terra. Detalhes e mais detalhes vão se tornando evidentes à medida que o embrião toma forma. Sara, Isaque, Rebeca, Jacó e Esaú, Raquel, José e seus irmãos. Conta a história dos patriarcas hebreus, mostra que Jacó e seus doze filhos - que viveram por volta de 1900 a 1650 a. C. -  foram o começo das doze tribos de Israel. O livro termina com a história de José, um dos doze filhos de Jacó, que fez com que seus irmãos e o seu pai fossem morar no Egito, e ali o povo escolhido se multiplicaria enormemente.

O embrionário povo de Deus cresce como que no útero. A gravidez se desenvolve. A vida está obviamente se desenvolvendo naquele útero, porém, há, também, muita coisa que não está clara nem visível. O panorama histórico é vago, as nações vizinhas e seus costumes o encobriam, como uma espécie de névoa densa. Mas apesar disso a presença de vida divinamente concebida está lá chutando com força. É a criação, geração após geração!

A tradição atribui a autoria de Gênesis a Moisés, severo, obstinado, um mimado príncipe no Egito, um assassino procurado e fugitivo e ao mesmo tempo humilde homem que liderou um enorme grupo de famílias escravas para fora do Egito. Sendo hebreu acabou trabalhando para o Deus dos hebreus. Moisés registra em Gênesis suas raízes até a primeira família e mesmo até a fundação do planeta e da raça humana, para que todos saibam de onde vieram e para onde estão indo.

E.A.G.

A Mensagem - Bíblia em Linguagem Contemporânea, Eugene H. Petersen, página 17, 20-21, edição 2011, São Paulo, Editora Vida.
Bíblia Devocional de Estudo, página 31, edição 2000, São Paulo, Fecomex. 
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, página 3, edição 2009, Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil.

Artigo paralelo: O livro de Gênesis


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Instrumentos musicais na Bíblia Sagrada

É evidente que há referências frequentes no Antigo Testamento, demonstrando que a música sempre desempenhou papel importante na cultura hebraica. O inventor da música foi Jubal, filho de Lameque, que "foi o pai de todos os que tocava harpa e flauta" - ver Gênesis 4.21.

Depois vemos Labão, quando repreendeu Jacó em Gênesis 31.27 porque saiu sem lhe permitir a alegria da despedida com cânticos, com tamboril e harpa. Depois das batalhas havia cânticos de triunfo - ver Êxodo 15.20.

Os instrumentos, entretanto, pertenciam a outras nações antigas do Oriente Médio, principalmente os Egípcios.

Os instrumentos mencionados na Bíblia podem ser divididos em três grupos musicais de corda, de sopro e de percussão.

1 - Instrumento de corda

Harpa - É o primeiro instrumento musical mencionado na Bíblia em Gênesis 4.21 e é o único instrumento de cordas referido no Pentateuco. Essa alusão sugere que tal instrumento talvez tenha tido origem na Síria. Tem havido diferenças de opinião, se tal instrumento era realmente a harpa ou era a lira

Era um dos quatro instrumentos musicais levados perante os jovens profetas - ver 1 Samuel 10.5. Não se tem certeza quanto ao número de cordas deste instrumento. Em 1 Crônicas 15.21 diz que era oito cordas, mas a alusão da passagem está longe de ser definitiva.

A palavra harpa é igualmente empregada tanto em nossa versão portuguesa como em outras, para traduzir o termo aramaico qitros, que ocorre somente entre os instrumentos da orquestra de Nabucodonosor - ver Daniel 3.5. Vem da mesma raiz de onde se originou a palavra europeia guitarra.

A canção como adoração a Deus
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Aretha Franklin: Oh, Happy Days
O conceito sobre a música na liturgia dos cultos evangélicos
O músico também é um crente
Pastor Antonio Gilberto: O verdadeiro diferencial entre o som profano e o sacro
Três observações sobre o culto a Deus

Saltério - Essa palavra se deriva do vocábulo grego que denota um instrumento tocado com os dedos, e não com um plectro (paleta). É geralmente aceito, que se trata de alguma espécie de harpa, embora sua descrição seja incerta. É mencionado em 1 Samuel 10.5 e, isso parece confirmar a opinião de que era de origem fenícia., embora houvesse pouco contato íntimo entre Israel e a Fenícia.

2 - Instrumento de sopro

Flauta - Esta palavra aparece seis vezes no Antigo Testamento. A flauta era usada em ocasiões festivas - ver Jeremias 48.36 - e também em lamentações como em funerais - ver Mateus 9.23.

Pífaro - Tradução dada por nossa versão do termo aramaico. Ocorre apenas em Daniel 3.7 e se deriva de uma palavra que significa "assobiar" ou "chiar". O som da maioria das flautas e pífaros é acompanhado de um som sibilante.

Trombeta - Ocorre com frequência no Antigo Testamento - ver em Jeremias 6.1. As principais trombetas eram de chifres de carneiro. Mais tarde foi utilizado o metal. 

3 - Percussão

Campainhas - É uma palavra hebraica que significa "bater" e se encontra apenas uma vez em Zacarias 14.20; também é conhecido por címbalos, e provavelmente se refere ao disco ou concha de metal fixada aos arreios dos cavalos, que a tem de ornamento para que produzam um som estridente.

Címbalo - Essa palavra vem do grego, que significa vibrar ou tremer - ver em Salmo 150.5. Sabe-se da existência de dois modelos de címbalo.

a. Consistia de dois pratos chatos de metal, cada um seguro por uma das mãos e batidos um contra o outro.

b. Tinha formas de taças. Uma delas fixa e a outra era batida firmemente contra a primeira. No Salmo 150.5 há alusão a essas duas espécies de címbalos, ainda que não passe de uma conjectura.

Tamborim e pandeiro - Instrumento que se segurava e se batia com as mãos. Era usado para o acompanhamento do cântico e da dança -ver em Êxodo 15.20; e sempre associado com alegria, regozijo - ver Isaías 5.12, e festividades triunfais - ver em 1 Samuel 18.6.

________

Fonte: Apêndice de Bíblia Sagrada Edição em Língua Portuguesa - Torá Liv. e Editora Ltda.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Existem erros, falhas e contradições na Bíblia Sagrada?

Muitos gostam de enfatizar discussões sobre hipotéticos erros da bíblia. Pois bem, a estas pessoas cujas vidas são uma constante indagação, fizemos o favor de relacionar quais os erros que elas tanto procuram.

Vejam os erros que se encontram na Bíblia:

A Bíblia está cheia de erros

o primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
o segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo.

E assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos, porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.

A Bíblia está cheia de contradições

Ela contradiz o orgulho e o preconceito;
Ela contradiz a lascívia e a desobediência;
Ela contradiz o seu pecado e o meu.

A Bíblia está cheia de falhas

porque ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes;
assim foi com a falha de Adão;
com a falha de Caim;
com a falha de Moisés;
a falha de Davi e a de muitos outros que também falharam.

Entretanto, ela é também o relato do amor infalível de Deus.

Deus não escreveu a Bíblia

para pessoas que querem jogar com as palavras;
para aqueles que gostam de examinar o que é bom, mas sem fazê-lo;
para o homem que não acredita porque não quer.

O homem moderno descartou os ensinamentos da Bíblia

pelas mesmas razões que outros homens têm descartado através da história;
por grande ignorância a sua verdadeira mensagem e conteúdo;
intransigente apatia em recusar considerar suas declarações;
bem conhecidos pseudocientistas posando de críticos honestos;
convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.

Somente uma pessoa preconceituosa acreditaria que:

os ensinamentos bíblicos são passados e irracionais, sendo princípios arcaicos e sem propósito;
a Bíblia está cheia de discrepâncias e afirmações inaceitáveis;
Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.

A Bíblia é, afinal, somente mais um Livro religioso:

para milhares que não se arriscam serem honestos consigo mesmos e com Deus;
para os que têm medo de aceitar o desafio do próprio Deus a um exame honesto;
para os que não querem examiná-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.

Autoria desconhecida.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Gênesis: o primeiro livro da Bíblia

O nome “Gênesis” origina-se de uma palavra grega que significa “principio”. Este termo é o título do livro na Septuaginta – a tradução do Antigo Testamento para o idioma grego. O nome hebraico para Gênesis é Bereshith (no princípio). 

Gênesis é a estrutura sobre a qual repousa o restante da Bíblia. O livro começa com “no princípio” e traça o início do universo, bem como do homem, mulher. Leva ao início das eras para encontrar as respostas. Fala sobre muitos começos: o primeiro casamento, a primeira adoração, o primeiro pecado, o primeiro julgamento, a primeira civilização, as primeiras plantas, os primeiros animais; o primeiro anúncio da salvação de Deus. O livro narra desde a época da criação - data sobre a qual podemos apenas especular - até o dia em que Israel chegou ao Egito e se tornou nação (cerca de 1800 a.C.).

O propósito do livro é mostrar - por meio de relatos históricos - que, quando Deus criou o mundo, este era bom. Nas páginas de Gênesis vemos que quando o pecado entrou no mundo, corrompeu a criação e levou Deus a iniciar seu plano de salvação. 

Os cinco primeiros livros da Bíblia – Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio – são chamados de Torá e Pentateuco. Torá é termo utilizado pelos judeus, e refere-se à Lei e ensino. Pentateuco é palavra cunhada por volta de 200 d.C. e significa “volume de cinco livros”, ou “cinco rolos”.

As divisões do livro

A primeira parte (capítulos 1-11) apresenta uma ampla visão dos procedimentos de Deus desde a Criação até Babel – um período caracterizado pela deslealdade humana. Mostra também a maneira de Deus tratar com Noé, com Abraão e com muitos outros, demonstrando o desejo do Criador  ter comunhão com a criatura humana.

A segunda parte, os capítulos 12-50, focalizam o relacionamento de Deus com um homem (Abraão) e sua descendência durante quatro séculos seguintes, quando uma nação é criada e a salvação é prometida à raça humana decaída. Note-se que o realce que o livro de Gênesis confere à relação entre Deus e a humanidade – interrompida no jardim é restaurada por sacrifícios e encontros com Deus.

Se você é como a maioria das pessoas, talvez já se tenha preocupado com as profundas questões da vida. Por que estamos aqui? Qual o significado da vida? Então, tenha em mente que as coisas escritas no Antigo Testamento foram registradas para a nossa instrução, para que, mediante a perseverança e o estímulo das Escrituras, pudéssemos manter a fé e a esperança (Romanos 15.4).

Gênesis: interpretação literal?

Jesus interpretava o livro de Gênesis ao pé da letra. Por que eu o interpretaria diferente?

À medida que estudamos os Evangelhos, vemos que Jesus se referiu à criação de Adão e Eva, ao dilúvio e à destruição de Sodoma e Gomorra literalmente. O Senhor chegou a referir-se a Satanás como assassino desde o começo. Jesus nunca se referiu ao ensino de Gênesis como não literal; ao contrário, dava-lhe apoio como fatos reais.

E.A.G.

Consultas: Caminhada Diária (Editora Sepal), Bíblia de Estudo Indutivo (Editora Vida), Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida), Bíblia de Estudo Palavras Chave (Editora CPAD).

sábado, 14 de agosto de 2010

A IMPORTÂNCIA DAS EPÍSTOLAS PASTORAIS

"Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça" - 2ª Timóteo 3.16.

Sobre os estudos em 1ª e 2ª Timóteo e Tito.

Alguns crentes não dão importância ao estudo das cartas pastorais. Pensam que elas foram escritas apenas para pregadores e não para leigos. Mas, quando adotamos esta postura, perdemos alguns ensinamentos valiosos para nós, cristãos. O propósito da leitura dessas cartas é examinar tais ensinos e aplicá-los em nossa vida cristã.


Grande parte dos ensinos das cartas de Paulo a Timóteo e Tito está relacionada aos falsos mestres. Na atualidade, existem muitas seitas e falsos doutores que trabalham ativamente para difundir seus ensinamentos. E, se os crentes não conhecem a verdade da Palavra de Deus, podem ser desencaminhados por estes falsificadores. Um estudo das epístolas pastorais estimula os cristãos a examinar a Palavra de Deus e a obter uma melhor compreensão da doutrina bíblica fundamental. Isto fará com que os crentes tenham o conhecimento bíblico necessário para refutar a falsa doutrina.

Vivemos em um mundo ímpio. Muitas das características atuais também pertenceram ao tempo em que Paulo viveu. Como crentes, não devemos deixar que a nossa vida seja influência por critérios cruéis deste século. Nestas epístolas, o apóstolo dos gentios dá instruções aos crentes para que levem uma vida de santidade, sobretudo à luz da vinda de Cristo. Os cristãos atuais precisam obedecer essas mesmas instruções.

Outro aspecto importante dessas epístolas é a insistência de Paulo na prática da liderança piedosa. Sob a inspiração do Espírito Santo, o apóstolo elaborou regras para pastores e diáconos que são pertinentes ainda hoje.

As três epístolas pastorais podem ser muito proveitosas aos cristãos. Lê-las e estudá-las ajudará a levar uma vida disciplinada. A unidade da leitura dessas cartas motivam à dedicação mais aprofundada na Palavra.

Fonte: Vida Radiante, volume 11 - Editora Vida.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Bíblia de Gutemberg - a escrita fica e as palavras voam

Numa bela tarde de 1455, há 554 anos atrás, Johannes Gensfleish (1400-1468) hoje considerado o pai da imprensa, mais conhecido como Gutemberg, inventou a tipografia, os sistemas de caracteres móveis. A invenção serviu de base para a evolução das técnicas de impressão no mundo. .
Usado por Deus, Gutemberg deu oportunidade para que a Humanidade, de forma massissa, passasse a deixar as palavras registradas . E teve o privilégio, também, de imprimir a primeira Bíblia impressa tipograficamente. E assim entrou para os anais da História. .
A palavra oral é importante, mas a escrita deve ser muito mais importante ainda, afinal, o próprio Criador entregou a Moisés os mandamentos escritos nas tábuas da lei.
.
E.A.G.
.
Imagem: página de Gênesis. Exposição do Centro Cultural Banco do Brasil.

domingo, 5 de outubro de 2008

As traduções da Bíblia ao idioma português

Por Jaime Nunes Mendes

A Bíblia (plural grego de biblion: “livro”), como todos sabem, é o livro mais conhecido do mundo.

Em 1534, quando Martinho Lutero traduziu sua Bíblia alemã, circulavam no mundo cerca de 15 traduções.

Em 1800 esse número aumentou para 75.

Em 1900 subiu para 567 traduções. Atualmente, a Bíblia completa ou em partes, foi traduzida para mais de 2000 línguas e dialetos.

A primeira tradução da Bíblia inteira para o idioma português é a de João Ferreira de Almeida, datada de 1748. No Brasil, além das tradicionais versões Corrigida e Atualizada, há, especificamente entre os evangélicos, inúmeras traduções ou versões.

Por exemplo: Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Nova Versão Internacional, Bíblia Viva etc. Qual, afinal, é a que melhor reflete o texto original? Inicialmente, faz-se mister saber (para decepção de alguns) que não há nenhum manuscrito original da Bíblia. Os que existem são cópias de cópias, feitas ao longo dos séculos. Todavia, trata-se (para confortos dos decepcionados) de verdadeiras cópias dos antigos manuscritos originais. Através da crítica textual (comparação das diversas traduções) descobre-se que menos de 1% dos textos apresentam contradições ou variações.

Portanto, 99% do conteúdo da Bíblia tem o seu sentido preservado. Vale lembrar que a crítica textual é um dos métodos usados com eficiência para se avaliar a autenticidade de documentos históricos, tais como os de Aristóteles, Homero, Platão etc. As diferenças de vocábulos entre as diversas versões não altera em nada o sentido original.

Exemplo na referência Isaías 1.18a:
• Na versão Corrigida, lê-se: "Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor";

• Na Atualizada: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor";

• Na Bíblia na Linguagem de Hoje: "O Deus Eterno diz: ‘Venham cá, vamos discutir este assunto";

• Na Bíblia do Pão (católica): "Vinde, debatemos - diz o Senhor".
Os verbos arguir, arrazoar, discutir e debater são equivalentes, isto é, possuem sentido comum.

Sobre Isaías 1.18b, lê-se:
• Na versão Almeida Corrigida: "Ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão brancos como a lã";

• Na Bíblia Viva: "Mesmo que os seus pecados sejam vermelhos como sangue, Eu os deixarei brancos como o cal";

• Numa tradução africana, em uma região onde não havia neve, traduziu-se "brancos como a neve" por "brancos como a polpa do coco".
Dessa forma, as expressões branco como a neve, branco como o cal e branco como a polpa do coco transmitem igualmente a ideia original, ou seja, que Deus pode tirar toda a mácula do pecado.

Ao traduzir a Bíblia para uma nova língua, os tradutores muitas vezes levam em conta o contexto cultural do povo que a fala. Por exemplo, numa determinada língua indígena, na qual o nosso pãozinho era alimento desconhecido, na passagem bíblica em que Jesus é chamado "o pão da vida", empregou-se "mandioca da vida", uma vez que a mandioca era o alimento principal da tribo.

Faz-se mister ressaltar, porém, a existência de inúmeras versões ou traduções tendenciosas, que, para se adequarem aos ensinamentos de determinados grupos religiosos ou ideológicos, foram sensivelmente alteradas. Há algum tempo, por exemplo, foi publicada nos EUA uma versão bíblica denominada "politicamente correta", na qual extraiu-se a palavra "escuridão", substituindo-a por "noite", pois segundo os seus organizadores, o sentido "pejorativo" da palavra "escuridão" poderia ser associado pessoas de pele negra.

Nesta mesma versão, Deus não é chamado Pai, e sim Pai - Mãe, por causa do suposto sentido autoritário e machista do termo Pai.

Um outro caso é a famigerada Tradução do Novo Mundo, na qual, por exemplo, tirou-se a palavra "cruz" substituindo-a por "estaca de tortura": "Se alguém quer vim após mim, repudie-se e apanhe a sua estaca de tortura, dia após dia, e siga-me continuamente" (Lucas. 9.23). Nesta mesma versão traduziu-se - tendenciosamente - João 1.1, da seguinte forma: "No princípio era a palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era um deus". Note-se o uso do artigo indefinido "um" (um deus), bem como o “d” minúsculo do nome DEUS (deus).

Fonte: Bíblia de Modo Fácil [comunidade extinta sediada na plataforma Orkut].

terça-feira, 23 de setembro de 2008

DEZ MITOS SOBRE O CÂNON DAS ESCRITURAS

Por Rob Bowman


Mito 1. Os livros do Antigo Testamento foram reconhecidos como inspirados somente séculos após terem sido escritos.


Resposta:

· Muitos livros do Antigo Testamento (e g., Pentateuco, Profetas) explicitamente se dizem inspirados.

· Após o período do Antigo Testamento houve questões apenas sobre alguns livros daquele Cânon.

Mito 2. Vários livros mencionados na Bíblia como sendo parte do cânon estão perdidos.

Resposta:

· É verdade que a Bíblia menciona vários livros históricos que desapareceram (notadamente no Antigo Testamento), mas nunca os cita como Escritura.

· Paulo menciona em suas epístolas outras cartas que tinha escrito (especialmente aos Coríntios), mas não diz nada que indique que elas deveriam ser preservadas.

Mito 3. Os Protestantes descartaram alguns livros do Antigo Testamento após se separarem da Igreja Católica Romana.

Resposta:

· Os Católicos e Anglicanos chamam estes livros de Deuterocanônicos (ou seja, "segundo cânon") e Protestantes chamam-nos de Apócrifa ("escondido").

. A Igreja não tinha declarado oficialmente esses livros como sendo Escritura antes da Reforma.

. Os Católicos Romanos os declaram como sendo Escritura somente no Concílio de Trento (1546).

Cinco Razões para Se Rejeitar os Livros Apócrifos

A. Eles foram escritos durante um período (por volta de 400-50 BC) no qual Israel não teve profetas inspirados declarando a palavra do Senhor - como alguns destes próprios livros descrevem.

B. Eles contêm idéias doutrinais, tal como a oração para os mortos, que contradizem os livros inquestionáveis da Bíblia, e que não podem ser achadas em qualquer outro lugar na Bíblia.

C. Nenhum destes livros jamais são citados como Escritura no Novo Testamento, ou reconhecidos por Jesus ou pelos apóstolos como tal.

D. Alguns Pais da Igreja (incluindo Jerônimo) não consideraram estes livros como sendo Escritura.

E. Os Judeus nunca os reconheceram como sendo Escritura.

Mito 4. Houve grande debate na Igreja primitiva sobre quais livros deveriam ser incluídos no Novo Testamento.

Resposta:

· Debates significativos ocorreram somente com relação a um pequeno grupo de livros.

· A forma básica do cânon (Evangelhos e Epístolas) já existia no segundo século.

Mito 5. A conceito de "Escrituras do Novo Testamento" surgiu somente após o período do Novo Testamento.

Resposta:

· Pedro se refere aos escritos de Paulo como sendo Escritura (2 Pe. 3:15-16).

· Paulo cita do Evangelho de Lucas como Escritura (1 Tm. 5:18; Lc. 10:7).

· O livro do Apocalipse explicitamente se diz Escritura (Ap. 1:1-3; 22:18-19).

Mito 6. A Igreja primitiva suprimiu alguns Evangelhos que continham histórias e ensinamentos autênticos de Jesus.

Resposta:

· A Igreja foi perseguida por mais de dois séculos e não poderia ter suprimido nada.

· Os Evangelhos "rivais", principalmente os gnósticos, foram escritos após o período do Novo Testamento, a maior parte muito tempo depois.

· Os Evangelhos gnósticos contêm ensinamentos e relatos ofensivos e absurdos quando comparados com os Evangelhos do Novo Testamento. É relatada, por exemplo, a história de Jesus criando, do barro, um pássaro vivo, para então matá-lo, ou a história de Jesus ensinando que as mulheres podem se tornar dignas do reino de Deus se elas se transformarem em homens.

Mito 7. Líderes religiosos impuseram o cânon na Igreja no quarto século.

Resposta:

· Os líderes de Igreja procuraram reconhecer o cânon, não impô-lo. Eles disseram que seus próprios ensinamentos estavam sujeitos às Escrituras, que são a autoridade final.

· Um dos requisitos que eles usaram para determinar a canonicidade de um livro era se ele tinha sido recebido como tal pela Igreja como um todo.

Cinco Critérios Usado pela Igreja Primitiva para Discernir o Cânon do Novo Testamento:

A. Apostolicidade: o livro tinha de ser de autoria de um apóstolo ou um de seus assistentes.

B. Antigüidade: o livro tinha de ser de autoria de um líder da primeira geração da Igreja.

C. Autenticidade: tinham de haver tradições históricas que confirmassem a autoria apostólica dos livros.

D. Ubiqüidade: o livro tinha de ter aceitação e uso universais, ou seja, nas igrejas de todo o mundo então conhecido.

E. Catolicidade: o livro tinha de ser consoante tanto com as outras Escrituras, como com o Credo Apostólico.

Mito 8. A Igreja primitiva escolheu como sendo livros do Novo Testamento os que concordavam com suas crenças religiosas.

Resposta:

· Concordância com os credos da Igreja era somente um dos vários critérios usados.

· Quando a Igreja declarou oficialmente os livros que pertenciam ao cânon do Novo Testamento, a maioria de dos líderes admitidamente não entendiam todos os ensinamentos do livro de Apocalipse, mas mesmo assim eles o incluíram.

· A Igreja primitiva rejeitou como sendo Escritura vários livros que estavam em harmonia com suas crenças, tal como o Pastor de Hermas e as epístolas de Inácio, porque eles não satisfaziam os outros critérios.

Mito 9. Livros foram incluídos na Bíblia porque davam testemunho da fé e das lutas do povo de Deus.

Resposta:

· É verdade que alguns livros da Bíblia relatam a fé e as lutas do povo de Deus, mas não todos (por exemplo, Cantares de Salomão).

· Se esse critério fosse verdadeiro e exclusivo, todo e qualquer livro produzido pelo povo de Deus deveria fazer parte da Bíblia.


Mito 10. Deus tem dado outros livros inspirados, além da Bíblia, que devem ser aceitos como Escritura.

Resposta:

· O Antigo Testamento foi o cânon da Palavra de Deus para Israel até a chegada do Messias e, portanto, está fechado.

· O Novo Testamento é o cânon da Palavra de Cristo através dos apóstolos e, portanto, está fechado.

· Os últimos livros do Novo Testamento nos exortam a receber os ensinamentos dos profetas e apóstolos do Novo e Antigo Testamento (2 Pe. 3:2, 16; cf. Hb. 2:2-4; Jd. 3, 17).

· Livros modernos que reivindicam serem Escrituras (e.g., Ciência e Saúde, Livro de Mórmon) contradizem a Bíblia e normalmente são fraudulentos (por exemplo, cometendo plágio).

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